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isso gera uma inflamação na mucosa, que fica bem

FUNÇÃO rombuda, comprometendo as vilosidades e assim a redução


da absorção de nutrientes.
GASTROINTESTINA A doença celíaca tem susceptibilidade então é mais comum
encontrar essa doença do que uma pancreatite que foi

E PANCREÁTICA provocada por medicamento ou álcool, ou qualquer coisa


que não tenha a ver com genética.
OBS: A pancreatite é multifatorial portanto ela está
relacionada a alterações genética, mas também depende da
Introdução exposição.
→ Em crianças as duas principais causas de má absorção:
→ A função gastrointestinal e pancreática tem funções
Doença celíaca e a fibrose cística do pâncreas. Nos dois
fundamentais como a parte química/enzimática que vai
casos isso leva a secreção muito viscosas, e quando se
degradar essas macromoléculas em moléculas menores, e,
encontram no pâncreas podem gerar obstrução pancreática.
além disso, a integridade da mucosa está preservada.
E somado a outros fatores isso compromete a função
→ Integridade da mucosa – doenças inflamatórias do
pancreática significativamente.
intestino:
→ Em adultos a causa é a mesma, ou vai comprometer o
• Doença de Crohn: é uma doença autoimune que vem se
pâncreas no sentido de uma pancreatite, devida ao
tornando comum, onde temos a inflamação generalizada do
consumo de álcool ou obstrução biliar, ou então quando
intestino comprometendo a absorção de muitos nutrientes.
compromete a mucosa chamamos de doença celíaca em
Porém, não tem um marcador específico para ela, então
adulto
chegamos nela por exclusão.
• Em adultos essa doença celíaca em adultos ficou um
Diagnostico: Colonoscopia com biopsia.
tempão sendo chama de estru tropica ou não tropical. Estru
• Síndrome da pressa intestinal: movimentos peristálticos
= má absorção.
muito acelerados, e isso impede que o bolo alimenta fique
- A pessoa mora longe dos trópicos e viaja para um pais
um tempo parado, o suficiente para sofrer a ação das
tropical e começa a desenvolver a questão de intolerância a
enzimas, quebrar e ser absorvido.
vários alimentos e quando volta para a sua casa natal tudo
- Portanto existem vários fatores que pode acontecer para
volta ao normal. Essa má absorção quando está
causar a má absorção.
relacionada aos trópicos é estru tropical e quando não tem
→ A má absorção ocorre por: Comprometimento da
nada a ver com os trópicos é chamada de doença celíaca.
mucosa; alteração na degradação dos nutrientes; alteração
Portanto o que leva a má absorção em relação a mucosa na
na microbiota (As bactérias saprófitos são fundamentais
maioria das vezes dos adultos é a doença celíaca, mas está
para manter o equilíbrio intestinal e a ajudar na nossa
crescendo casos de doença de cron.
absorção, e o um antibiótico de amplo espectro prolongado
Problema de Problema
pode reduzir a absorção de nutrientes.
mucosa pancreático
→ A alteração no pâncreas também pode alterar essa
Criança Doença celíaca Fibrose cística
absorção, pois ele produz lipase, amilase, protease, tripsina do pâncreas
e quimotripsina (são enzimas endopeptidasese que atua na Adultos Doença celíaca Pancreatite
quebra das proteínas no meio), dá isso tudo é fundamental (Estru tropical) (álcool ou
para ajudar na digestão dos alimentos. obstrução biliar)
→ Possíveis motivos para pancreatite: Consumo exagerado
de bebida alcoólica; exposições a muito radicais livres;
baixos níveis de antioxidantes no plasma; tudo que levar a → Sinais e sintomas da má absorção: estratorreia (gordura
mutação e alteração do reticulo endoplasmático; cálculos nas fezes) diarreia, dor abdominal, perda de peso, fraqueza,
biliares. hipoproteinemia (diminuir a degradação da proteína a nível
→ Não vamos imaginar que criança tem uma pancreatite central – redução de tripsina); hipocalcemia (não consegue
de causa alcoólica ou medicamento exagerado, liberar lipase no intestino, não absorvem os lipídeos
provavelmente, em crianças as alterações vêm por causa de adequadamente, portanto as proteínas lipossolúveis não
alterações genéticas, nesse caso doença celíaca. Portanto vão ser absorvidas. Como sabemos a vitamina D é uma
existem pessoas, como as crianças, que tem a maior chance proteína lipossolúvel,
de desenvolver doença celíaca, onde se encontram alguns que aumenta significativa a absorção de cálcio, ela controla
antígenos leucocitários humanos no sangue. alguns receptores na membrana que dependem da vitamina
→ A doença é a parte que tem a ver com a mucosa, então D. Então se seu corpo, não consegue absorver a vitamina D
na doença vai acontecer um processo alérgico a uns dos porque temos uma redução da lipase, na hora que o corpo
componentes dos glútens, gliadina, mais antigênica de precisa de mais transportadores de cálcio ele não vai ter
todas as proteínas que compõem o centro do glúten. A por que não tem vitamina D – Deficiência na absorção de
pessoa vai produzir anticorpos contra gliadina, não só vitaminas lipossolúveis.
contra a ela, mas antiendomisio e antitransglutaminase e
- Essa redução de lipase pode também gerar uma alteração quebrar o lactato liberando glicose e galactose que depois
na coagulação, pois vai gerar uma deficiência de absorção vai absorver.
da vitamina K que é fundamental para ativação da A galactose tem que aumentar 20mg/dl acima da glicose no
protrombina– elevação do tempo de protrombina. ponto zero (glicose em jejum), abaixo disso é intolerância a
Alteração na coagulação pois vai diminuir a absorção de lactose.
vitamina K = Hipoprotombinemia. • Para o uso da avaliação da função pancreático na questão
de produção de insulina utilizando o TOGT tem a
interferência da mucosa intestinal se eu não conseguir
Testes laboratorial absorver carboidratos. Isso leva o teste ao erro então eu
não conseguirei interpretar se aquela pessoa vai absorver
Gordura nas fezes – Sudan III adequadamente a glicose dependendo da insulina, pois tem
→ Avalia a capacidade de absorção, porém é um teste intolerância ao carboidrato.
inespecífico que não vai dizer qual a doença só avalia a - Conclusão: Acredito que a professora começou a falar do
capacidade absorção de gordura ou carboidratos, sem ser lactato e depois pulou para TOGT porque o mesmo
muito específico. problema do teste de TOGT o teste de intolerância a
→ EX: Uma pessoa pode ter aumento da gordura nas fezes lactose também tem, portanto, intolerância a carboidrato
quando ela tiver um problema pancreático, pois sem também atrapalha esse teste pelo mesmo motivo.
conseguir liberar lipase no intestino, não vai quebrar os → Além disso, a função pancreática pode interferir a
triglicerídeos e consequentemente não via conseguir dosagem dos carboidratos em relação a liberação de
absorver os Ác. Graxos e assim esses triglicerídeos vão ser insulina. E sabendo que 20% dos pacientes têm TOTG a
eliminados na fezes aumentado a gordura nas fezes, tudo curva com o pico achatado por liberar mais insulina,
por causa de um problema pancreático. Porém existem reprodutibilidade baixa, e interferência hormonal nos
casos em que o pâncreas continua liberando a lipase no escolhemos um carboidrato que ninguém metaboliza que
intestino, mas pessoa tem algum tipo de comprometimento foi a D-XILOSE.
na mucosa do intestino e isso atrapalha a absorção das → A D-xilose é um carboidrato semelhante da glicose, uma
moléculas levando também ao aumento de gordura nas hexose, e o que muda é a posição da hidroxila, o nosso
fezes, pelo mesmo raciocínio que eu descrevi acima. corpo absorve no mesmo local que a glicose (jejuno) e
Portanto, gordura nas fezes não vai identificar a doença e aparece na urina, pois não tem interferência de função
sim a capacidade que o indivíduo tem de absorção de pancreática, ou nem um dos outros exemplos que dei até
lipídeos – gordura nas fezes não da diagnostico, pois agora, pois ela não é glicose.
pode existir diversos fatores como falei antes que causaram → Tem uma ótima depuração, portanto vai aumentando no
esse efeito. sangue vai sendo eliminado na urina. Um paciente tem um
problema renal o carboidrato vai se acumulando sangue e
→ Problemas pancreáticos (problemas químicos) leva a isso da resultados falsos que a pessoa está conseguindo
maior quantidade de gordura nas fezes, assim, valores absorver carboidrato, mas não está.
acima de 9,5/100g de fezes/24h indica insuficiência → Portanto, antes da dosagem vemos se o paciente tem o
pancreática, doença do trato biliar. valor de ureia e creatinina normal.
→ O teste é feito com a ingestão média de 50g de → Então para fazer a dosagem o paciente em jejum toma
gordura/dia dois dias antes da colheita. uma solução de 0,5g D-XILOS/50 em uma solução aquoso
• Dieta normal: Excreção média < 7g de gordura/24h a 10%, o máximo da dosagem é 25g de D-xilose para
• Valores entre 7 – 9,5/100g de fezes/24 pode indicar 250ml de água, então se o paciente passar de 50kg ele não
doença celíaca (ou qualquer outro problema relacionada a aumenta mais essa carga.
alteração na mucosa
• Valores acima de 9,5/100g de fezes/24h indica
insuficiência pancreática ou doença do trato biliar.
→ Quanto maior a quantidade de gordura encontrada nas Menos que 25mg/dl o paciente tem um problema de
fezes, mais vai estar relacionada com problemas absorção a nível de jejuno
pancreático do que problemas com a mucosa intestinal. OBS: Enterite regional ou uma que compromete várias
partes dos intestinos (bactéria que se aloja no jejuno é
Teste da D-Xilose regional).
→ Avalia a capacidade de absorção de carboidratos. → Problemas que podem comprometer a absorção da D-
→ O paciente vai ingerir carboidrato e depois eu vou dosar Xilose: Anemia perniciosa (deficiência de ácido fólico e
esse carboidrato na corrente sanguínea. vitamina B12) e enterite regional (jejuno).
→ Agora essa mulher alucinou, vou pontuar afirmações
depois concluímos: Teste de expiração de hidrogênio
• No teste de intolerância à lactose o paciente vai ingerir a → A valiar a capacidade de absorção dos carboidratos
lactose e se ele tiver a lactase a enzima vai ser capaz de → Útil na detecção de:
Intolerância à lactose – O paciente não tem a enzima para • Má absorção, mas ainda não é intolerante ao
quebrar esse carboidrato então a lactase se acumula no carboidrato.
intestino por muito tempo, onde as bactérias vão
metabolizá-la produzindo intermediários de 2 e 3 carbonos
(piruvato e acetil-CoA). Nesse metabolismo vai aumentar a
a produção de gás hidrogênio. Assim, se aumenta a
quantidade de gás hidrogênio no ar inspirado, depois de
ingerir a lactose, isso indica que o paciente não tem lactose
suficiente, pois se tivesse não teria produzido o gás, pois as
bactérias não teriam tempo de metabolizar o carboidrato.
→ Avalia a quantificação do gás hidrogênio que é medida - Aumentou mais não tem sintoma, portanto não tem
em parte por milhão intolerância.
→ Síndrome da pressa intestinal não da tempo de quebrar
o carboidrato adequadamente e ele chega no intestino Doença celíaca (DC)
grosso onde começará a ser metabolizado por bactérias → A doença apresenta uma reação inflamatória pela
OBS: Investigar a análise de proliferação bacteriana por presença da gliadina uma proteína presente no complexo
causa desse fato também. proteico do glúten que causa a deficiência na absorção. –
→ Interferência de antibióticos: Mata as bactérias inibindo Não acontece só em uma parte do intestino então altera a
o processo de metabolização que elas fariam caso o absorção de muita coisa.
paciente fosse intolerante e isso leva a resultados falsos → Fraqueza, falta de apetite, diarreia, perda de peso,
negativo, como se fosse normal, porque não produziu gás dermatite, deficiência de ferro, ácido fólico, cálcio e
hidrogênio (bactéria não metabolizou a lactose). vitamina B12.
→ O fumo vai aumentar a quantidade de gás hidrogênio, • Pode ter aumento da homocisteína devido a deficiência
portanto o paciente fumante tem que ter um período de da vitamina B12 e isso pode aumentar o risco
abstinência – falsos positivos. cardiovascular.
→ Interpretação – O paciente vai expirar e vai ser medido → A predisposição genética inclui os genes HLA-DQ2 e
a quantidade de gás hidrogênio no tempo: HLA-DQ8.
• Normal
• Diagnóstico da doença celíaca.
→ Uma coisa que aumenta muito a predisposição do
indivíduo desenvolver DC é presença dos antígenos
leucocitário humanos: HLA-DQ2 e HLA-DQ8.
→ Esses antígenos leucocitários humanos não são usados
para diagnóstico da doença, pois nem todo mundo que tem
esses antígenos tem a DC. Porém, quando o diagnóstico
está difícil nós fazemos a biopsia do intestino (redução das
vilosidades intestinais por causa da doença inflamatória) e
- Em nem um tempo aumento a quantidade do gás associamos a pesquisa de alguns autoanticorpos, como
hidrogeno e o paciente não apresentou nem um sintoma antigliadina e antiendomisio. E quando esses resultados
• Positivo para intolerância a lactose estão confusos, a biopsia não está condizente com os
anticorpos, tipo, eu vejo redução das vilosidades mais não
consegui identificar direito esses anticorpos, está tudo
muito confuso, esses antígenos locatários servem para
descartar a hipótese de doença celíaca.
Ausência – Negativo para DC
Presente – Relacionado a outros achados clínicos é alta
para ser positivo
→ Nem todo mundo que tem esses antígenos apresentam
doença celíaca, é um achado comum, que aumenta a
- A quantidade de gás é identificada após de uma hora que predisposição. Não é a presença que é útil e sim a ausência,
foi ingerido a lactose pois se não tem, não tem DC, já que se fosse positivo os
- Em 90 min começa a aparecer os sintomas antígenos deveriam estar presentes.
- O que concluímos é que pela produção do gás hidrogênio → Não de uso rotineiro, usamos mais quando o
está caracterizando má absorção e pelos sintomas diagnostico está confuso, a biopsia e a pesquisa dos
intolerância. autoanticorpos não estão batendo, dificultando o
diagnóstico.
OBS: A pancreatite, independente da causa, vai levar a
obstrução, causando o aumento da amilase e lipase no
sangue e cria um ambiente muito favorável para a ativação
do tripsinogênio liberando tripsina que leva a necrose e
ajuda a ativar a cascata inflamatória.
OBS: Não necessariamente vai ter presenças dos três, mas
a autogliadina é o melhor, pois é mais direcionado, mas
• Diagnostico da fibrose cística
nem sempre eu acho, portanto, ne, sempre os três vamos
Teste do suor
estar alterados
→ A biopsia não é especificas outras doenças também
- O teste do suor realizado pelo teste de iontoforese de
podem tem uma redução das vilosidades. Mas para tem DC
pilocarpina e o método mais sensível para o diagnóstico de
as vilosidades tem que estar comprometidas, e nós
FC
precisamos encontrar os anticorpos, que são característicos
- Aumento de cloro no suor.
da doença, também.
- Após o estímulo, por iontoforese será capturado o cloro
→ Diagnóstico é junção da biopsia com a pesquisa de
no suor pelos eletrodos.
anticorpos.

- Hoje em dia observamos a mutação no gene do


transportador de clore que fecha o diagnóstico da doença. –
Não é feito na rotina.
- Manifestação clínica - pulmonar: infeção respiratória e
secreção muito viscosas.

Análise gástrica (acida)


→ Um teste que avalia qual é o pH do estomago através de
• Velocidades comprometidas o que reduz a capacidade de um eletrodo.
absorção. → Acloridria e anacidez são quase sinônimos que significa
que precisamos diminuir a quantidade de acido no
estomago. O ph do estomago é por volta de 1,5 – 2 a o
Fibrose cística aumento dele pode reduzir a absorção de proteínas.
• Acloridria – Ausência de ácido livre (pH em torno de 3.5)
→ O transportador de cloro vai sofrer mutações nos seu
• Anacidez – Ausência de todos os ácidos (pH em torno de
gene e isso impede a saída do cloro para fora da célula.
6.0) *Por mim, aqui é caixão e vela preta. Desnutrição
Isso deixa a cela mais negativa, e essa diferença de
proteica SIGNIFICATIVA
potencial acaba atraindo muito sódio hidratado para entrar
dentro da célula. A entrada do sódio acaba levando agua, e
Esse aumento de ph dificulta a desnaturação das proteínas
assim as secreções liberadas com as enzimas pancreática
e leva uma redução de absorção das mesmas pelo intestino.
acaba perdendo agua deixa do a secreção muito viscosa
OBS: Idoso vai perder a capacidade de manter o pH do
levando a obstrução dos ductos pancreáticos, impedindo o
estomago entorno de 1.5, por causa da redução da
tripsinogênio, lipase e amilases pâncreas ficam retidas na
atividade metabólica das celulas, reduzindo a produção de
celulas pancreática. Com o tempo essas enzimas acabam
suco gástrico, reduzindo a natural desnaturação de
aumentando no sangue.
proteínas, absorvendo menos proteínas.
→ Obstrução pancreática leva o aumento amilase e lipase
→ Aplicação
no sangue que servem como marcador de
• Diagnóstico de anemia perniciosa (redução da absorção
obstrução(lesão?) pancreática.
de B12) na ausência de ácidos, porém está pode ocorrer em
OBS: Antes de aumentar no sangue ela se acumulam dento
idosos.
da célula pancreática
• Diferenciação entre úlcera gástrica que diminui a
→ O tripsinogênio é produzido no pâncreas e quando
secreção gástrica e tem alteração do pH (como a acidez
chega intestino é ativado e transformado em tripsina e
está levando a lesão daquelas celulas existe um feedback
começa a degradar proteína. O problema das obstruções e
negativo para aumentar esse pH) e a duodenal que aumenta
que impedem que eles chegam no intestino e quando elas
a secreção gástrica, e nesse caso não tem alteração do pH.
se acumulam no pâncreas, se ativam e começa a fazer
– Exames de imagem.
autodigestão do pâncreas.
• Avaliação da vagotomia – verifica se depois da cirurgia o
pH do paciente está normalizado.
tentam achar o motivo da diarreia, de ontem vem, sem
Causas frequentes de diarreia saber ainda qual a doença.
→ Infecções bacteriana (salmonela e shigella) OBS: Redução da IgA pode propiciar a infeções intestinais
Detecção: cultura bacterina - VSH e PCR são marcadores inflamatórios não
→ Parasitoses (giardíase) específicos, eles elevados são indicativos de doença de
Detecção: exames parasitológicos de fezes. Crohn. São bem inespecíficos, mas tudo bem, porque é
→ Síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDE) superdifícil dar diagnóstico dessa doença, portanto
→ Doença celíaca, espru, fibrose cística. qualquer coisa é útil (critério de eliminação até chegar no
diagnóstico da doença).
→ O problema da doença são secreções muito viscosas que
leva obstrução das vias respiratórias e nos ductos
pancreáticos provocando a inflamação e deposito, ou seja,
leva atenções pancreática e pulmonares significativa.

Pancreatite
→ Pâncreas é 1% endócrino (1 a 1.5g) e 98% exócrino
→ Produz em torno de 22 enzimas, sendo 15 proteases. Ou
seja, a chance de acontecer desses inogenios se ativares e
as enzimas começam a atuar no pâncreas é muito alta
quando acontece obstrução.
→ Adulto – 2 a 3L de suco pancreático por dia (enzima
- O paciente está com histórico de muita diarreia, então +bicarbonato – neutralizar o suco para que as enzimas
são feitos exames de primeira fase, u hemograma já da pra possam atuar no seu pH ideal).
ver, que se tiver muito monócito e linfócitos já direciona → Liberação controla por calecistoquina, secretina e
para infecção viral, e se tiver muito segmentado, e gastrina (+distensão do duodeno, gorduras e álcool –
granulamentoso toxica aponta para infeção bacteriana. somatostatina).
Então esses exames iniciais eles já começam a filtrar e → A pancreatite é a ativação de enzimas proteolíticas que
fazer um rastreio mais específico do que poderia ser a vai provocar a autodigestão do pâncreas. Essa autodigestão
causa daquelas dores. (provada pela maioria das vezes pela tripsina), ativa
- Nos exames de primeira fase, hemograma, eletrólitos, também a cascata da inflamação. Dessa forma, nesse
sangue oculto fecal, substância redutoras nas fezes, e EPF, quadro inflamatório temos a proteína C reativa (marcador
se algum deles der positivo, e depois disso nos inespecífico inflamatório e todas as doenças inflamatórias
identificamos que pé uma síndrome de pós enterite, uma cursam com aumento da PCR) – RESPOSTA NORMAL
alergia alimentar uma parasitose qualquer um desses e DA INFLAMÇÃO.
depois é encaminhado par ao tratamento e fim. • Valor de prognóstico. >150 mg/dl em 48 do início da dor
- Porém, se mesmo depois do tratamento, não houverem – indicativo de necrose
alterações significativa começamos a pesquisa para → Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) –
descobrir o porquê está acontecendo aquela má absorção Não tem uns patógenos que provoca essa inflamação é o
intestinal, então entramos nos exames de segunda fase. que diferencia ela da SEPSE.
→ Hiperglicemia (>200 mg/dL) também é um indicativo
de necrose. Isso acontece, pois a lesão no pâncreas, pode
comprometer o endócrino ou exócrino e isso reduz a
liberação a insulina e isso deixa uma pessoa,
momentaneamente com DM1 – a glicose aumenta muito.
→ Síndrome da disfunção de múltiplos órgãos (MODS) –
Acontece muito na SEPSE levando a necrose.

- Os exames de terceira fase são mais específicos para


descobrir qual o tipo da doença e os de segunda fase eles
metabolismo do álcool, o acetaldeído, pode se ligar a
proteínas e DNA e isso pode gerar muitas mutações
OBS: Fibrose cística já tem secreção espessa com o uso o
álcool nos pacientes que tem essa doença pode deixar
reduzir ainda mais o volume das secreções, deixando-o
mais espesso.

Litostatina
→ Quando secretada inibe a precipitação de bicarbonato
portanto é um fator de proteção. Porém o álcool reduz a
contração de litostática, impedindo a enzima de inibir a
• A pancreatite pode evoluir para uma resposta inalatória precipitação, ou seja, precipitando, e aí é o role todo que eu
sistêmica ou resposta inflamatória sistêmica diante de um expliquei aí em cima e leva a obstrução.
microrganismo. Isso acontece, pois a tripsina vai ativar a RESUMINDO: Os níveis de litostatina são reduzidos nos
pre-calicreina calicreninogenico) em calicrenina. Essa pacientes com pancreatite causa pelo álcool na pancreatite
enzima, vai ativar os sistemas de cininas que ativam o crônica calcificante.
sistema complemento que atrai neutrófilos e macrófagos - Quando o paciente desenvolve uma pancreatite acaba
levando a produção de citosina como IL 1, TNF-FALFA, acumulando muito bicarbonato e precipitação de proteínas
iL-6 e IL-8 as mais pro inflamatórias que tem). dentro do pâncreas, e isso acaba chamando muito do cálcio
Além disso os macrófagos e neutrófilos também, produzem sério para dentro do pâncreas (calcificação de proteínas e
mediadores inalatórios como o PAF (fator ativador depósitos de cálcio lá dentro) causando um processo de
plaquetário) que vai aumentar as citocinas pro inflamatória obstrução mais sério. Assim, a pancreatite o cálcio é
= Isso tudo ativam a resposta inflamatória. atraído para o pâncreas para se livrar dessas proteínas e
• No outro lado da via a gente temos a ativação do fato isso leva a hipocalcemia.
XII(fator de hegman) em fator XIIa, que ativa o sistema d - O paciente tem hipercalcemia, o cálcio vai se acumular
coagulação pela via intrínseca que pode contribuir para no pâncreas levando a uma pancreatite calcificante.
formação de microtrombos nos vasos pancreáticos que
podem causar necrose. Piorando cada vez a situação da CONCLUSÕES DA MINHA CABEÇA:
lesão. - A professora falou, o seguinte, que temos dois motivos
para causar uma pancreatite crônica calcificante. Uma que
a pessoa e normal, ter os níveis de cálcio normal, mas por
causa de uma pancreatite ele acaba sendo sequestrado e
Análise da função pancreática reduz os níveis de contração do cálcio no sangue. E
→ Geralmente as causas mais frequentes da pancreatite existe a possibilidade de o paciente devolver uma
aguda: Associado ao uso do álcool (geralmente pancreatite por causa do seu natural hipercalcemia, nesses
comprometimento hepático – hepatite) e a obstrução biliar casos vamos ter no sangue um aumento da contração de
pela presença de cálculos no trato biliar. Em muitos casos, cálcio.
principalmente com o excesso do uso de álcool, pode
evoluir para hepatite. → O GP2 é secretado no interior dos ductos em resposta a
→ A fisiopatologia da pancreatite crônica e multifatorial, inflamação, precipitando-se rapidamente, levando a
por exemplo, alterações genéticas podem alterar nas obstrução pancreática.
enzimas, como a tripsina, inibindo sua auto-inibição e
permanece ativa por um tempão, ou pode sofrer alterações Pancreatite genética
no ativador dela esteja super expresso, e não vai conseguir → Mutações (R122H) no gene PRSS1, (serina protease =
inibir a tripsina. tripsina) são as causas mais comum e explicam de 65% a
• Álcool: O sulco pancreático fica com baixo volume, com 80% dos casos. – Auto capacidade de auto inativação
alta concentração proteína e baixa concentração de mutada
bicarbonato isso leva a precipitação de proteína nos ductos • O gene R122H é responsável pela inativação da tripsina,
pancreáticos com posterior calcificação segundaria. portanto quando ele falha a tripsina fica mais tempo ativa
- O bicarbonato se liga com o cálcio e forma o carbonato quebrando proteína dentro do pâncreas
de cálcio que forma muitos aglomerados de proteínas → Podemos ter a própria tripsina falhando ou os receptores
precipitando, o que pode levar a obstrução. que inativam falando, nesse caso os receptores são SPINK
RESUMINDO: O álcool diminui a quantidade de 1, CTRC e CPA1(enovela de forma inadequada e isso leva
bicarbonato pois aumenta o carbonato de cálcio que vai se um estresse no reticulo endoplasmático), o que aumenta a
precipitando junto com as proteínas, então isso pode levar chance de ter uma pancreatite, pois em qualquer obstrução
a obstrução significativa. Além disso, o intermediário do que tiver a tripsina se ativa.
→ Se a lipase estiver mais de 2x maior que amilase isso
indica uma causa alcoólica. Isso acontece porque, uma
dislipidemia aumenta a lipase, assim pessoas com
• Quando o reticulo percebe que tem um monte de CPA1 triglicerídeo alto aumento a lipase, por isso que a lipase é
dobrado errado ela começa a produzir chaperonas o que dosada junto com a amilase. Assim, o álcool leva a
causa um estresse absurda levando a obstrução dislipidemia e é por isso que ele aumenta, indiretamente, a
contração de lipase no corpo, que aumenta para aumentar
sua função na tentativa de quebrar mais triglicerídeos agora
que eles aumentaram no meio por causa das dislipidemias.
OBS: Não é só o álcool leva a dislipidemia. – O acúmulo
de quilomícrons pode levar a obstrução dos ductos
pancreáticos e levar a uma pancreatite provocada por
dislipidemia severa.
O que pode levar mais de 2x a lipase
- Álcool
- Triglicerídeos muitos altos – Problemas genéticos que
• O estresso do retículo é um problema pois ele leva um
leva o aumento da Apo E assim o aumenta a concentração
acúmulo de proteínas gerando um transtorno no pâncreas.
dos quilomícrons.
Além disso esse acúmulo de proteínas interferir na
→ Qual quer coisa que aumenta muito as lipases vai
inativação de outras proteins importantes.
comprometer a relação lipase-amilase.
→ Na pancreatite de origem biliar geralmente ocorre
Outras causas
elevação de ALT, AST, fosfatase alcalina, gama GT e
→ Deficiência de antioxidantes (Vitamina A, C e E,
bilirrubina.
selênio metionina, ect.) e/ou aumento de radicais livres
gerados por processo inflamatório. Progressão da doença
MAS PORQUE DEPOIS DISSO TUDO A LIPASE É
em pancreatite cônica
“MELHORZINHA “QUE A AMILASE?
→ A hipertensão ductal causada por obstrução ao fluxo do
Porém como a amilase tem interferência de função renal,
suco pancreático pode contribuir para a perpetuação da
que é algo muito comum, a amilase acaba variando muito
injuria tecidual.
mais que a lipase.
→ Presença de autoanticrpos circulante (FAN, anticorpo
antianidrase carbônica III, e anticorpo anti-lactoferrina),
além de certos padrões de HLA. Isso tudo está associado
Macroamilase sérica (rara)
com desenvolvimento do quadro inflamatório que pode
→ Amilase ligado a outras proteínas (IgA e IgG) deixando-
aumentar o risco da pessoa desenvolver pancreatite.
a mais tempo no sangue, e com o tempo ia aumentando sua
concentração no sangue e interfere no teste. Assim, uma
Amilase sérica
pessoa que não tem problema nem um, mas com o tempo
→ A amilase e lipase vão diminuir no intestino e aumentar
começa a produz anticorpos que começam a se ligar com
no sangue.
amilase que acaba se acumulando, e leva uma falsa
→ São marcadores de obstrução, pois tem uma quantidade
elevação da amilase, como se a pessoa tivesse pancreatite,
significativa dentro da célula e fácil de dosar.
mas não tem.
→ A amilase está presente no pâncreas e a salivar e as duas
→ Então, o mais logo seria dosar a lipase e ver que está
vão quebrar a mesma coisa. Se eu dosar so a amilase no
tudo normal, porém se você quiser perder tempo, dose o
pâncreas não seria interessante, pois por exemplo a amilase
caralho da amilase para ver se é microamilase caralho. -
salivar pode estar aumentada e confundir, gerando uma
Determinação de macroamilase por cromatografia
especificidade para o teste.
determinação de isoenzimas por eletroforese.
• A amilase tem uma depuração renal, portanto os níveis
dela depende da função renal. Assim, uma insuficiência
Lipase sérica
renal vaia cumular amilase no pâncreas e ela pode ser
→ Mais “especificazinha”, como eu disse, que a amilase
confundida como marcador de pancreatite, mas não é, é só
para o diagnóstico de pancreatite.
porque ela não está sendo depurada. Então quando
→ Os níveis se elevam um pouco mais tarde que os da
desconfiamos que a IR que está mexendo com pancreatite,
amilase, porém perduram por mais tempo. Portanto, se eu
as coisas estão misturadas:
tiver só a lipase alta, pode ser alguma dislipidemia sim, ou
só o fim da fase aguda da pancreatite que só tem a lipase
→ Pode ser dosado no líquido ascético e pleural para alta. Como pode acontecer o contrário também, de ter só
identificação de perfurações intestina sou esofágica. amilase alta, e isso indicar o início da fase aguda.
- Nada a ver para ver função pancreática Por isso, que curva de enzima é importante entender o que
está acontecendo com o paciente, então, fazer a curva é
essencial para a gente entender em que fase a doença pode
estar da doença (depois pode mudar completamente)
→ Não é detectada na urina, apesar da excreção renal, mas
a depuração é muito baixa na urina, pois vi sendo
metabolizada.
→ Pode elevar-se em obstrução do trato biliar extra-
hepático, lipemia, etc.
→ Os níveis de amilase e lipase sérica podem se
normalizar no curso da pancreatite crônica, quando grande
parte da massa pancreática for destruída.
• Onde vemos mais elevação da lipase e da amilase é na
fase aguda da pancreatite, porque depois que rompeu
aquele monte de célula, normaliza um pouco e a coisa vai
involuindo e não vemos mais o aumento das enzimas
(matou todas as celulas que já deveriam tem matado
mesmo).
→ Intolerância a glicose (dano pancreático),
hipoalbuminemia (redução de tripsina), deficiência de
vitaminas lipossolúveis (redução de lipase) e/ou
anormalidade da função hepática podem ser vistos
tardiamente, principalmente se a causa for álcool.
→ Em reagudizações da pancreatite crônica, ativa de novo
e um monte de celulas começa a morrer, eu posso ter
aumento de amilase e lipase sérica.
→ As enzimas ficam armazenadas nos cistos e o
pseudocisto tem uma camada mais resistência e isso faz
com que a lipase e amilase fiquem mais persistentemente
elevadas, mesmo na fase aguda dura mais tempo amilase e
lipase alterada.
→ As duas são inespecíficas, mas juntas tem tudo a ver
com função pancreática (dor abdominais diarreia e vomito
– com certeza pede amilase e lipase)

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