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desnutrição eventualmente pode ocorrer se a


alimentação não é fornecida de forma
adequada e se episódios sucessivos
acontecem.
2. Diarreia aguda com sangue (disenteria): é
caracterizada pela presença de sangue nas
A diarreia pode ser definida pela ocorrência de
fezes. Representa lesão na mucosa intestinal.
três ou mais evacuações amolecidas ou
Pode associar-se com infecção sistêmica e
líquidas nas últimas 24 horas. A diminuição da
outras complicações, incluindo desidratação.
consistência habitual das fezes é um dos Bactérias do gênero Shigella são as principais
parâmetros mais considerados. Na diarreia causadoras de disenteria.
aguda ocorre desequilíbrio entre a absorção e
a secreção de líquidos e eletrólitos e é um 3. Diarreia persistente: quando a diarreia
quadro autolimitado. aguda se estende por 14 dias ou mais. Pode
provocar desnutrição e desidratação.
De acordo com a OMS, a doença diarreica
Pacientes que evoluem para diarreia
pode ser classificada em três categorias:
persistente constituem um grupo com alto risco
1. Diarreia aguda aquosa: diarreia que pode de complicações e elevada letalidade.
durar até 14 dias e determina perda de Características de um episódio diarreico
grande volume de fluidos e pode causar
agudo: início abrupto, etiologia presumivelmente
desidratação. Pode ser causada por
infecciosa, potencialmente autolimitado, com
bactérias e vírus, na maioria dos casos. A
duração inferior a 14 dias, aumento no volume
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e/ou na frequência de evacuações com  Fungos – Candida albicans


consequente aumento das perdas de água e
Pacientes imunocomprometidos ou em
eletrólitos.
antibioticoterapia prolongada, podem ter
diarreia causada por: Klebsiella, Pseudomonas,
Aereobacter, C. difficile, Cryptosporidium,
Isosopora, VIH, e outros agentes.

Os seguintes agentes infecciosos são os que Eventualmente outras causas podem iniciar o
causam a maior parte dos quadros da diarreia quadro como diarreia tais como: alergia ao leite
aguda: de vaca, deficiência de lactase, apendicite
aguda, uso de laxantes e antibióticos,
 Vírus - rotavírus, coronavírus, adenovírus,
intoxicação por metais pesados.
calicivírus (em especial o norovírus) e
astrovírus. A invaginação intestinal tem que ser
considerada no diagnóstico diferencial da
 Bactérias - E. coli enteropatogênica clássica,
disenteria aguda, principalmente, no lactente.
E. coli enterotoxigenica, E. coli
enterohemorrágica, E. coli enteroinvasiva, E.
coli enteroagregativa, Aeromonas,
Pleisiomonas, Salmonella, Shigella,
Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, Yersinia Anamnese:
 Parasitos - Entamoeba histolytica, Giardia  duração da diarreia;
lamblia, Cryptosporidium, Isosopora
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 número diário de evacuações; episódios diários) e a percepção dos pais de


que há sinais de desidratação.
 presença de sangue nas fezes;
 número de episódio de vômitos;
Exame Físico:

 presença de febre ou outra manifestação;  estado de hidratação / nutricional / alerta


(ativo, reativo e letárgico);
 práticas alimentares prévias e vigentes;
 capacidade de beber e diurese;
 outros casos de diarreia na escola ou em
casa;  percentual da perda de peso (melhor
indicador de desidratação);
 oferta e consumo de líquidos;
 estado geral do paciente (se há lágrimas nos
 medicamentos em uso; olhos, se o paciente tem sede, o nível de
 imunizações; consciência, presença do sinal da prega
cutânea, e como se encontra o pulso e o
 diurese e peso recente; enchimento capilar.
Não se deve esquecer que alguns pacientes  sinais de gravidade: nível de alerta,
têm maior risco de complicações, tais como: fontanela baixa, saliva espessa, padrão
idade inferior a dois meses; doença de base respiratório alterado, ritmo cardíaco
grave como o diabete melito, a insuficiência acelerado, pulso débil, aumento do tempo de
renal ou hepática e outras doenças crônicas; enchimento capilar, extremidades frias, perda
presença de vômitos persistentes; perdas de peso, turgência da pele e sede.
diarreicas volumosas e frequentes (mais de oito
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Sobre a perda de peso e estimativa de


volume necessário para correção do déficit
corporal:

 até 5% representa a desidratação leve -


50ml/kg

 entre 5% e 10% a desidratação é moderada -


50-100ml/kg

 e perda de mais de 10% traduz desidratação


grave - +100ml/kg
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frango com hortaliças e verduras, água de


coco, água.
Se o paciente está com diarreia e está  São inadequados: refrigerantes, líquidos
hidratado deverá ser tratado com o Plano A. Se açucarados, chás, sucos comercializados,
está com diarreia e tem algum grau de café.
desidratação, deve ser tratado com o Plano B.
Se tem diarreia e está com desidratação grave,  Ainda no Plano A, deve-se iniciar a
deve ser tratado com o Plano C. suplementação de zinco e manter a
alimentação habitual.
Plano A
 Observação dos sinais de alarme e
Tratamento no domicílio. É obrigatório aumentar evolução: aumento da frequência das
a oferta de líquidos, incluindo o soro de dejeções líquidas, vômitos frequentes, sangue
reidratação oral (reposição para prevenir a nas fezes, recusa para ingestão de líquidos,
desidratação) e a manutenção da febre, diminuição da atividade, presença de
alimentação com alimentos que não agravem a sinais de desidratação, piora do estado geral
diarreia.
 Deve-se dar mais líquidos do que o paciente
ingere normalmente.
 Além do soro de hidratação oral, são
considerados líquidos adequados: sopa de
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Manter o aleitamento materno e suspender os


outros alimentos (jejum apenas durante o
período da terapia de reparação por via oral).
 Após o término desta fase, retomar os
procedimentos do Plano A.
 De acordo com a OMS é importante que a
alimentação seja reiniciada no serviço de
saúde para que as mães sejam orientadas
quanto à importância da manutenção da
alimentação.
 A primeira regra nesta fase é administrar a
solução de terapia de reidratação oral
(SRO), entre 50 a 100 mL/Kg, durante 4-6
Plano B horas.

Administrar o soro de reidratação oral sob  A SRO deve ser oferecida de forma frequente,
supervisão médica (reparação das perdas em quantidades pequenas com colher ou
copo, após cada evacuação.
vinculadas à desidratação).
 A mamadeira não deve ser utilizada.
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 Considera-se fracasso da reidratação oral se  Em geral, o paciente deve ser mantido no


as dejeções aumentam, se ocorrem vômitos serviço de saúde, em hidratação parenteral
incoercíveis, ou se a desidratação evolui para de manutenção, até que tenha condições de
grave. se alimentar e receber líquidos por via oral na
quantidade adequada.
 Nesta fase deve-se iniciar a suplementação
de zinco.  As indicações para reidratação venosa
são: desidratação grave, contraindicação de
hidratação oral (íleo paralítico, abdômen
agudo, alteração do estado de consciência
ou convulsões), choque hipovolêmico.
 Idealmente deve-se conseguir a punção de
veia calibrosa. Em casos de choque
hipovolêmico, podem ser necessários dois
acessos venosos.
 Caso não seja possível infusão venosa,
considerar infusão intraóssea.
Plano C
Podem ser utilizados os seguintes critérios
Corrigir a desidratação grave com terapia de para internação hospitalar: choque
reidratação por via parenteral (reparação ou hipovolêmico, desidratação grave (perda de
expansão). peso maior ou igual a 10%), manifestações
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neurológicas (por exemplo, letargia e


convulsões), vômitos biliosos ou de difícil controle,
falha na terapia de reidratação oral, suspeita
de doença cirúrgica associada ou falta de
condições satisfatórias para tratamento
domiciliar ou acompanhamento ambulatorial.
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 o aleitamento materno deve ser mantido e


incentivado durante o episódio diarreico.
 quando necessário, deve-se recomendar jejum
durante o período de reversão da
desidratação (etapa de expansão ou
reparação). A alimentação deve ser reiniciada
logo que essa etapa for concluída (em geral,
no máximo, 4 a 6 horas).
 A alimentação deve ser reiniciada de acordo
com o esquema habitual do paciente, sendo
uma oportunidade para a correção de erros
alimentares.
 Os pacientes hospitalizados com diarreia
persistente devem receber, de acordo com a
OMS, 110 calorias/kg/dia7.
 São critérios fundamentais para avaliar a
A manutenção da alimentação com oferta evolução clínica: a redução das perdas
energética apropriada é um dos pilares mais diarreicas e a recuperação nutricional ou
importantes no tratamento da diarreia aguda. retomada do ganho de peso esperado para
a idade.
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 de acordo com a OMS deve-se cuidar para 1. Reposição de perdas para prevenir a
que o paciente com diarreia persistente desidratação no paciente com diarreia (Plano
receba diariamente as quantidades de A);
micronutrientes: 50ug de folato, 10mg de
2. Reversão da desidratação, ou fase de
zinco, 400µg de vitamina A, 1mg de cobre e
reparação, para o paciente com
80mg de magnésio.
desidratação por diarreia (Plano B).

O princípio fisiológico da eficácia vincula-se ao


fato de que a via de transporte ativo,
acoplada de sódio-glicose-água pelo
enterócito está preservada na diarreia aguda,
independentemente da etiologia. Vale lembrar
que são outras vias que explicam o aumento da
MORAES, Antônio ; CASTRO, Fernando. Diarreia aguda. v. 102, n. 2, 2014.
secreção e diminuição da absorção de água e Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/0047-
eletrólitos na diarreia aguda. 2077/2014/v102n2/a4191.pdf>.

BATISTA, Mauro; SECRETÁRIO, Morais; SCHIER DA, Aristides; et al. Diarreia


A utilização dos soros de reidratação oral pode aguda: diagnóstico e tratamento Departamento Científico de

ser feita com dois objetivos: Gastroenterologia Presidente. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-
Aguda.pdf>.
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USO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM DIARREIA PLANO C PARA


TRATAR A DESIDRATAÇÃO GRAVE NA UNIDADE HOSPITALAR O PLANO C
CONTEMPLA DUAS FASES PARA TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS: A FASE RÁPIDA E
A FASE DE MANUTENÇÃO E REPOSIÇÃO FASE RÁPIDA -MENORES DE 5 ANOS
(fase de expansão). [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/manejo_paciente_diarreia_cartaz.pdf
>.

BRANDT, Kátia Galeão; DE CASTRO ANTUNES, Margarida Maria ; DA SILVA,


Gisélia Alves Pontes. Acute diarrhea: evidence-based management. Jornal de
Pediatria, v. 91, n. 6, p. S36–S43, 2015. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/jped/a/xBGFDFKmnhQZZJmh9LGbhRw/?lang=pt>. Acesso
em: 9 Jan. 2022.

LINDBERG, Suécia; DITE, P; KHALIF, Rússia; et al. Diarreia aguda em adultos e


crianças: uma perspectiva mundial. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<https://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/guidelines/acute-diarrhea-
portuguese-2012.pdf>.

FALCÃO, Marion; KELLY, Vanzella; KASPER, Carneiro; et al. Diarréia aguda:


diagnóstico clínico e tratamento. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em:
<https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882991/36-diarreia-aguda.pdf>.

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