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DENGUE HEMORRÁGICA
É uma doença febril aguda, de
etiologia viral e de evolução benigna
na forma clássica, e grave quando se
apresenta na forma hemorrágica.
DENGUE
DENGUE HEMORRÁGICA
A dengue é, hoje, a mais importante arbovirose
que afeta o homem e constitui-se em sério
problema de saúde pública no mundo,
especialmente nos países tropicais, onde as
condições do meio ambiente favorecem o
desenvolvimento e a proliferação do Aedes
aegypti, principal mosquito vetor.
DENGUE
DENGUE HEMORRÁGICA
O vírus da dengue é um arbovírus
do gênero Flavivírus, pertencente à
família Flaviviridae.
DENGUE HEMORRÁGICA
A transmissão se faz pela picada do Aedes
aegypti, no ciclo homem - Aedes aegypti -
homem.
DENGUE HEMORRÁGICA
A transmissão mecânica também é possível, quando
o repasto é interrompido e o mosquito,
imediatamente, se alimenta num hospedeiro
suscetível próximo.
DENGUE HEMORRÁGICA
O período de incubação varia de 3 a 15 dias,
sendo, em média, de 5 a 6 dias.
DENGUE HEMORRÁGICA
A suscetibilidade ao A imunidade é permanente A imunidade cruzada
vírus da dengue é para um mesmo sorotipo (heteróloga) existe
universal. (homóloga). temporariamente.
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
DENGUE HEMORRÁGICA
A fisiopatogenia da resposta imunológica à infecção aguda por dengue pode ser
primária e secundária.
Resposta primária = o título de
anticorpos se eleva lentamente.
DENGUE HEMORRÁGICA
A suscetibilidade em relação à Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) não está
totalmente esclarecida. Três teorias mais conhecidas tentam explicar sua
ocorrência:
1° Teoria relaciona a FHD com a virulência da cepa 2°Teoria de Halstead, a FHD se relaciona com
infectante, cepas extremamente virulentas infecções sequenciais por diferentes sorotipos do
geram casos graves vírus da dengue, num período de 3 meses a 5 ano
DENGUE HEMORRÁGICA
DENGUE HEMORRÁGICA
3° Uma hipótese integral de multicausalidade tem sido proposta por autores cubanos,
segundo a qual se aliam vários fatores de risco às teorias de Halstead e da virulência da
cepa. A interação desses fatores de risco promoveria condições para a ocorrência da FHD
DENGUE HEMORRÁGICA
Fatores epidemiológicos
Existência de população suscetível
Presença de vetor eficiente
Alta densidade vetorial
Intervalo de tempo calculado entre 3 meses e 5 anos
entre duas infecções por sorotipos diferentes
Sequência das infecções (Den-2 secundário aos outros
sorotipos)
Ampla circulação de vírus.
DENGUE HEMORRÁGICA
DENGUE HEMORRÁGICA
Fatores individuais:
Menores de 15 anos e lactentes
Adultos do sexo feminino
Raça branca
Presença de doenças crônicas (diabetes, asma
brônquica, anemia falciforme)
Preexistência de anticorpos e intensidade da
resposta imune anterior.
DENGUE HEMORRÁGICA
DENGUE HEMORRÁGICA
Fatores virais
Virulência da cepa
circulante e sorotipo viral
que esteja circulando no
momento.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DENGUE HEMORRÁGICA
Dengue clássica
O quadro clínico é muito variável. A primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°),
de início abrupto, seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia,
astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo.
Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da
febre. Alguns aspectos clínicos dependem, com freqüência, da idade do paciente.
DENGUE HEMORRÁGICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DENGUE HEMORRÁGICA
Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
Os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, porém evoluem
rapidamente para manifestações hemorrágicas e/ou derrames cavitários e/ou
instabilidade hemodinâmica e/ou choque. Os casos típicos da FHD são caracterizados
por febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência circulatória. Um
achado laboratorial importante é a trombocitopenia com hemoconcentração
concomitante.
DENGUE HEMORRÁGICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DENGUE HEMORRÁGICA
Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
A principal característica fisiopatológica associada ao grau de severidade da FHD é a
efusão do plasma, que se manifesta através de valores crescentes do hematócrito e
da hemoconcentração. Entre as manifestações hemorrágicas, a mais comumente
encontrada é a prova do laço positiva.
DENGUE HEMORRÁGICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DENGUE HEMORRÁGICA
Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de doença,
precedido por um ou mais sinais de alerta. O choque é decorrente do aumento da
permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência circulatória. É de
curta duração e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida após
terapia anti-choque apropriada.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL
DENGUE HEMORRÁGICA
ASPECTOS CLÍNICOS
DENGUE HEMORRÁGICA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A Dengue tem um amplo espectro clínico, podendo manifestar variados sinais e
DENGUE HEMORRÁGICA
sintomas, além de ser uma doença dinâmica. Devido a essas características, pode-se
destacar seu diagnóstico diferencial em síndromes clínicas:
a) SÍNDROME FEBRIL: enteroviroses, influenza e outras viroses respiratórias, hepatites
virais, malária, ;
b) SÍNDROME EXANTEMÁTICA FEBRIL: rubéola, sarampo, escarlatina, eritema infeccioso;
c) SÍNDROME HEMORRÁGICA FEBRIL: hantavirose, febre amarela, leptospirose, malária grave;
d) SÍNDROME DOLOROSA ABDOMINAL: apendicite, obstrução intestinal, abscesso hepático,
abdome agudo, colecistite aguda etc;
e) SÍNDROME DO CHOQUE: meningococcemia, septicemia, meningite por influenza tipo B;
f) SÍNDROME MENÍNGEA: meningites virais, meningite bacteriana e encefalite.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Dengue clássica
DENGUE HEMORRÁGICA
É DE amplo espectro clínico, doenças a serem consideradas no diagnóstico
diferencial são:
gripe,
rubéola,
sarampo e
outras infecções virais, bacterianas e exantemáticas.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Febre Hemorrágica da Dengue - FHD:
DENGUE HEMORRÁGICA
Início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito com outras
infecções virais e bacterianas e, a partir do 3º ou 4º dia, com choque
endotóxico decorrente de infecção bacteriana ou meningococcemia.
DENGUE HEMORRÁGICA
EXAMES ESPECÍFICOS
A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus dengue (VDEN)
pode ser feita por:
·isolamento viral, pesquisa de anticorpos (sorologia),
·detecção de genoma viral (RT-PCR) ou
·estudo histopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais por
imunohistoquímica.
EXAMES ESPECÍFICOS
Sorologia – é o método de escolha para a confirmação laboratorial na rotina:
DENGUE HEMORRÁGICA
Captura de IgM por ELISA (MAC ELISA) o método de escolha (infecções atuais
ou recentes)
Baseia-se na detecção de anticorpos IgM para o VDEN.
Os níveis de IgM tornam-se detectáveis muitas vezes após o período de 6 a
10 dias.
O anticorpo IgM anti-dengue desenvolve-se rapidamente, a partir do 5º dia
do início da doença (primo-infecções ou infecções secundárias.
A pesquisa de anticorpos IgG (ELISA) e o teste de inibição de
hemaglutinação (IH), que (fase aguda e convalescente recente) de casos
suspeitos.
EXAMES ESPECÍFICOS
DENGUE HEMORRÁGICA
Isolamento viral – é o método mais específico (padrão ouro) para o
isolamento e a identificação do sorotipo do VDEN. Amostras de sangue:
Líquido céfalo-raquidiano (LCR) e
Fragmentos de vísceras (fígado, baço, coração, pulmão, rim e
cérebro). A colher na primeira semana da doença (período de
viremia).
Técnica de Imunofluorescência
EXAMES ESPECÍFICOS
DENGUE HEMORRÁGICA
REVERSA SEGUIDA DA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (RT-PCR).
DENGUE HEMORRÁGICA
DETECÇÃO DE ANTÍGENOS NS1
Método imunoenzimático (ELISA) a detecção de antígenos virais
específicos de dengue do tipo NS1. Sensível e específico e deve ser
utilizado em pesquisas e nos casos graves.
DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO
Material obtido após a morte do paciente. As lesões anatomopatológicas
podem ser encontradas no fígado, baço, coração, linfonodos, rins e
cérebro. O diagnóstico é presuntivo.
EXAMES ESPECÍFICOS
DENGUE HEMORRÁGICA
IMUNOHISTOQUÍMICA
DENGUE HEMORRÁGICA
Não congelar o sangue total.
DENGUE HEMORRÁGICA
EXAMES INESPECÍFICOS
DENGUE HEMORRÁGICA
GRUPO C E D
DENGUE HEMORRÁGICA
Hemograma – a contagem de leucócitos é variável, podendo ocorrer desde
leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose com atipia linfocitária é um
achado comum.
Coagulograma – aumento nos tempos de protrombina, tromboplastina
parcial e trombina. Diminuição de fibrinogênio, protrombina, fator VIII,
fator XII, antitrombina e antiplasmina.
Bioquímica – hipoalbuminemia e discreto aumento dos testes de função
hepática: aminotransferase aspartato sérica – AST/TGO) e
aminotransferase alanina sérica – ALT/TGP).
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
DENGUE HEMORRÁGICA
DENGUE HEMORRÁGICA
ESTADIAMENTO CLÍNICO E CONDUTA
DENGUE HEMORRÁGICA
TRATAMENTO
DENGUE HEMORRÁGICA
GRUPO A : DENGUE FEBRIL
SUSPEITA CLÍNICA-EPIDEMIOLÓGICA
+
FEBRE DE APARECIMENTO RECENTE (2 A 7 DIAS)
+
DOIS OU MAIS SINTOMAS: MIALGIA; ARTRALGIA; CEFALEIA; DOR RETRO-
ORBITÁRIA; LEUCOPENIA; NÁUSEAS E/OU VÔMITOS; EXANTEMA
DENGUE HEMORRÁGICA
1. Encaminhar para domicílio
2. Hidratação oral: 60-80 mL/kg/dia Pelo menos 1/3 com SRO
3. Orientar paciente sobre sinais de alerta
4. Reavaliação precoce ambulatorial ou no pronto atendimento com novo
hemograma
5. Sintomáticos: dipirona, paracetamol, antieméticos
GRUPO B: DENGUE FEBRIL + FENÔMENOS HEMORRÁGICOS OU
DENGUE HEMORRÁGICA
FATORES DE RISCO
1. Presença de petéquias ou prova do laço positiva*
2. Ausência de sinais de alarme
3. Ausência de sinais de choque
FATORES DE RISCO
CONDUTA
DENGUE HEMORRÁGICA
INTERNAÇÃO do paciente SE:
੦ comorbidade grave
੦ plaquetas < 50.000/mm³
1. hidratação oral
2. retorno para reavaliação em 24 horas ambulatorial
3. sintomáticos
GRUPO C:DENGUE COM SINAIS DE ALARME
SINAIS DE ALARME
DENGUE HEMORRÁGICA
1. presença ou não de fenômenos hemorrágicos
2. ausência de sinais de choque
CONDUTA
DENGUE HEMORRÁGICA
GRUPO D:DENGUE COM SINAIS DE CHOQUE
DENGUE HEMORRÁGICA
1) Presença ou não de fenômenos hemorrágicos
2) Sinais de choque:
CONDUTA
DENGUE HEMORRÁGICA
PREVENÇÃO
੦ Proteção sorotipo específica;
੦ Infecção por sorotipo protege por 3 meses contra todos, mas NÃO a longo prazo;
੦ Vacina dengue disponível: 3 doses, intervalo 6 meses, É proibida para quem
nunca teve dengue;
੦ Limpeza de entulhos em áreas com LIRaa alto.
REFERÊNCIAS
https://www.funasa.gov.br/site/wp-
content/uploads/2010/01/dengue_%20guia_vig_epid.pdf