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BRONQUIOLITE VIRAL E

OBLITERANTE
Introdução

É uma síndrome infecciosa viral aguda, inicialmente


no trato respiratório superior e que progride com
manifestações no trato superior e inferior afetando
sobretudo os bronquíolos;

A infecção pelo vírus provoca inflamação da mucosa


que reveste as vias aéreas distais, ocasiona edema e
congestão pulmonar, reduz o calibre dos bronquíolos e
dificulta a passagem de ar, com obstrução ao fluxo
aéreo;
SARMENTO, 2007
Introdução
Além da contaminação intra-domiciliar,
A BVA é uma das principais causas de o risco ocorre em confinamento, em
hospitalização na criança até 2 anos, pequenas residências, ou sistema de
principalmente menores de 1 ano; calefação e tabagismo de membros da
família;

A infecção viral no trato respiratório


influem sobre vários fatores de defesa
do hospede e preparam caminho para
uma subsequente infecção, a infecção
bacteriana, que é secundaria depois
do dano pelo vírus.

SARMENTO, 2007
O vírus é inoculado
através da superfície da
Fisiopatologia
mucosa nasal

Desenvolvimento de Obstrução bronquiolar,  Hipoxemia


sintomas característicos atelectasia e  Shunt intrapulmonar
de infecção respiratória  Retenção de CO2 e
hiperinsuflação
redução do pH
superior, como rinorreia,

Necrose das células


Aspiração de secreção
ciliadas e proliferação das
contaminada
células não ciliadas.

Disseminação para as vias Intenso processo inflama-


respiratórias inferiores tório

SARMENTO, 2007
Quadro Clínico
Inicialmente, os achados clínicos correspondem à infecção das VAS: coriza, rinorréia,
redução do apetite/anorexia, febre baixa ou ausente e irritabilidade.

Persistência dos sintomas,


No caso de obstrução nasal acentuada  maior sofrimento respiratório apneia, esforço respiratório
importante e cianose central

Taquipnéia, com respiração superficial, sinais de desconforto respiratório, febre, tosse


produtiva, expiração prolongada, dispnéia, expiração prolongada, assincronismo
toracoabdominal  IR ou até falência respiratória.

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Quadro Radiológico
 Hiperinsuflação torácia difusa;
 Hipertransparência;
 Retificação das hemicúpulas diafragmáticas;
 Espessamento peribrônquico;
 Atelectasias;
 Infiltrados de baixa densidade;
 Espessamento pleural.

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Tratamento
• A terapêutica consiste na manutenção do equilíbrio térmico, metabólico,
hidroeletrolítico e hemodinâmico, inclui medidas de suporte para as
manifestações mais intensas e varia conforme a severidade do quadro clínico
infeccioso.

• A maioria dos lactentes que desenvolvem BVA evolui com quadros leves que
não necessitam de hospitalização. É recomendada a hospitalização em
lactentes com sinais de doença grave.
Oxigenioterapia
• A oxigenioterapia é um dos principais determinantes da necessidade
de terapêutica hospitalar na BVA e da duração da hospitalização.

• É utilizada quando a queda de saturação está em 90% e o bebê


apresenta sinais de desconforto respiratório.

• A terapêutica pode ser suspensa quando o paciente mantém níveis


estáveis de oximetria acima de 90% em ar ambiente.
Referências
BEDRAN, Renata Marcos et al. Atualizações no tratamento de bronquiolite viral aguda. Revista Médica de Minas Gerais, Minas Gerais, v. 26, p.23-25, 2016.

SARMENTO, G. J. V.; PEIXE, A. A. F.; CARVALHO, F. A. Fisioterapia Respiratória em Pediatria e Neonatologia. 1. ed. Barueri/SP: Editora Manole Ltda, 2007.
RODRIGUES, Claudiane Pedro; SANTA MARIA, Giovanna Oliveira Santa Maria; ALVES, Luiz Antonio. Fisioterapia na bronquiolite obliterante. Revista Terra &
Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa, [S.l.], v. 31, n. 60, p. 65-72, jul. 2018.
Procedimento Operacional Padrão. Fisioterapia na Bronquiolite Viral Aguda. Uberaba: Ebserh, 2016. 2ª ed, 15 p. Disponível em:
http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/POP+35+Fisioterapia+na+bronquiolite+viral+aguda+5.pdf/9973dc94-2fa4-446f-bb02-313aa7d5b669.
Acesso em: 30 abr. 2021

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