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Os medicamentos antiasmáticos podem ser divididos em dois grupos, sendo

eles os medicamentos de resgate, para alívio das crises: usados em todas as fases,
ou medicamentos de manutenção, que possuem ação mais longa.

MEDICAMENTOS DE RESGATE (ALÍVIO)


Usados de acordo com a necessidade do paciente, atuando rapidamente no alívio
dos sintomas e na reversão da broncoconstrição.
1. Agonistas dos receptores β2 adrenérgicos (simpatomiméticos): são os
broncodilatadores mais usados no tratamento do asmático. Os β2-agonistas
são potentes broncodilatadores e podem ser administrados pelas vias
inalatória, oral ou intravenosa, sendo a primeira a preferida. Por essa via, os
efeitos desejados são mais rápidos e o risco de reações indesejáveis é
menor. O grupo dos broncodilatadores de ação curta, também chamados de
broncodilatadores de resgate, inclui os medicamentos salbutamol, fenoterol e
terbutalina. Em média, seu efeito broncodilatador, quando administrado pela
via inalatória, tem início em poucos minutos e dura de 4-6 h. São
recomendados para o alívio imediato de sintomas agudos e constituem a
primeira opção broncodilatadora nas exacerbações. São agonistas seletivos
dos receptores beta-adrenérgicos. Em doses terapêuticas, atua nos
receptores beta2-adrenérgicos da musculatura brônquica.

2. Anticolinérgico inalatório: Brometo de Ipratrópio: São geralmente mais


utilizados quando há hipersensibilidade aos agonistas dos receptores beta-2.
Brometo de ipratrópio é um agente antimuscarínico, que tem sido usado
efetivamente para o tratamento de asma aguda ou crônica, podendo
potenciar os efeitos broncodilatadores de agonistas ß2-adrenérgicos. A
terapia adjuvante com ipratrópio tem sido sugerida pelos clínicos para
pacientes com exacerbação moderada ou grave de asma que falham em
responder adequadamente aos agonistas ß2-adrenérgicos e aos
corticosteróides. O ipratrópio atua bloqueando os receptores muscarínicos no
pulmão, inibindo a broncoconstrição e a produção de muco nas vias aéreas.
É um bloqueador muscarínico não seletivo e não se difunde no sangue, o que
previne a aparição de efeitos colaterais sistêmicos.

MEDICAMENTOS DE MANUTENÇÃO (CONTROLADORES)


São a base do tratamento da asma persistente e possuem atividade
anti-inflamatória.
1. Agonistas dos receptores β2 adrenérgicos de longa ação: é composto
por formoterol e salmeterol. O efeito broncodilatador de ambos dura
aproximadamente 12 h, mas o início de ação do formoterol é mais rápido que
o do salmeterol. A monoterapia é formalmente contraindicada e, assim, eles
nunca devem ser prescritos isoladamente, mas sempre e obrigatoriamente
associados à corticoterapia inalatória. estão indicados quando não há
resposta adequada ao tratamento com corticosteróides inalatórios (e
assegurada adesão e técnica correta de inalação). A ação broncodilatadora
dos β2-agonistas se dá através da ativação do receptor β2-adrenérgico
acoplado à proteína G na superfície celular.
2. Corticóides inalatórios: Também chamados de esteróides inalados, são um
grupo de medicamentos anti-inflamatórios que ajudam a tratar distúrbios
respiratórios, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Os corticosteróides inalatórios são, no presente, as drogas controladoras
mais eficazes, sendo recomendadas para a asma persistente,
independentemente do nível de gravidade. O tratamento a longo prazo com
corticosteróides inalatórios reduz significativamente a frequência e a
gravidade das exacerbações, não tem metabolismo de 1ª passagem, por isso
tem menos efeitos adversos que corticóides orais; diminuem secreção e
fazem broncodilatação (Budesonida, Beclometasona, Triancinolona,
Fluticasona).
3. Corticosteróides orais: Multiplicidade de atividades anti inflamatórias, além
de suprimir a inflamação das vias aéreas, a hiperresponsividade tipicamente
decresce por um fator de 2 a 4 vezes. Desfechos clínicos benéficos incluem
menos sintomas asmáticos, função pulmonar aumentada, melhor qualidade
de vida relacionada à asma, e menos exacerbações asmáticas, incluindo
ataques graves resultando em hospitalização ou morte. Prednisona,
Prednisolona. Esta classe é usada na gravidez.
4. Outros: Existem outros medicamentos utilizados na terapia anti asmática
como adjuvantes:
● Xantinas: Teofilina e Aminofilina: aumento dos movimentos ciliares e ação no
diafragma. Podem causar convulsões. A aminofilina aumenta a mortalidade
nas crises.
● Antagonistas dos leucotrienos: Montelucaste, Zafirlucaste, Zileutona.
● Anti IgE: Omalizumabe- inibe broncoconstrição induzida por alérgenos. São
adjuvantes em asma alérgica de difícil controle em pacientes > 12 anos.

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