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PROTOCOLO DE PSORÍASE

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

ÁREA DO CONHECIMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA


CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA
DOCENTE GABRIEL FREITAS

ACADÊMICAS ALANA OLIVEIRA, CÁTIA RAUBER e DÉBORA COMIOTTO

Psoríase

A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e
descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo,
cotovelos e joelhos, mas pés, mãos, unhas e a região genital também podem ser afetados. A extensão da psoríase
varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.

TIPOS MAIS COMUNS DE PSORÍASE

Psoríase Vulgar ou em placas

É a forma mais comum da doença, caracterizada por lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas,
com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos. Algumas
vezes elas podem coçar, causar dor e atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais e dentro da boca do
paciente. Nos casos considerados mais graves, a pele ao redor das articulações pode rachar e sangrar.

Psoríase Invertida

É em forma de manchas inflamadas e vermelhas que atingem, principalmente, as áreas mais úmidas do corpo,
onde normalmente se formam dobras, como nas axilas, virilhas, em baixo dos seios e ao redor dos órgãos
genitais.
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Psoríase Gutata

É mais comum entre crianças e jovens com menos de 30 anos. Geralmente é desencadeada por infecções
bacterianas, como as de garganta, por exemplo. São formadas pequenas feridas, em forma de gota, que são
cobertas por uma fina escama. Normalmente aparecem no tronco, pernas, braços e couro cabeludo.

Psoríase Palmo-plantar

As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Psoríase Ungueal

É o tipo de psoríase que afeta os dedos e unhas das mãos e dos pés. Ela faz com que a unha cresça de forma
anormal, engrosse e escame, perca a cor, surgindo depressões puntiformes ou manchas amareladas.
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Fatores de risco

 Histórico familiar: talvez este seja o fator de risco mais significativo para psoríase. Quanto mais
parentes diagnosticados com a doença o paciente tiver, mais chances de desenvolver a doença
 Infecção bacteriana ou viral: pessoas com quadros constantes de infecção têm igualmente mais
chances de serem diagnosticadas com a doença
 HIV/Aids: pessoas com Aids ou portadoras do vírus HIV, que têm deficiência no sistema
imunológico, também são mais propensas a desenvolver a psoríase
 Estresse: ele também pode impactar no sistema imunológico
 Obesidade: o excesso de peso facilita o desenvolvimento da doença
 Fumo: o uso do cigarro não só é um fator de risco para psoríase como também pode determinar o
quão grave será a doença.

Tratamento não farmacológico

Um dos fatores de risco para a psoríase é o estresse, que pode agravar os sintomas da psoríase, fazendo
com que as lesões piorem e o tratamento farmacológico não seja tão eficaz, ou demorando um tempo maior
para ter o efeito esperado. Um estudo feito por Kênia e Eliana mostrou que em pacientes com psoríase,
mostraram que, após o tratamento psicológico de cinco sessões, pacientes apresentaram uma diminuição da
lesão na de área afetada pela psoríase. Tendo em vista este estudo, é importante orientar o paciente do cuidado
integral com sua saúde, ressaltando que alguns hábitos podem auxiliar muito na melhora do quadro da doença.
Outro fator de risco importante é a obesidade e o tabagismo, sendo importante assim indicar ao paciente que,
caso seja possível, que consiga fazer uma alimentação saudável, afim de procurar melhor o seu estado de saúde
e diminuir este fator de risco, a mesma indicação serve para o tabagismo.
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Tratamento farmacológico
● No couro cabeludo ou no canal auditivo externo, corticosteroides potentes em um veículo em solução (por
exemplo, fluocinonídeo 0,05%) são frequentemente indicados. Clobetasol 0,05% shampoo, espuma ou spray
também pode ser usado para o envolvimento do couro cabeludo.

● Na face e nas áreas intertriginosas, uma pomada ou creme de baixa potência (por exemplo, 1%
de hidrocortisona de venda livre) é muitas vezes suficiente.

 Para placas grossas nas superfícies extensoras, preparações potentes são frequentemente necessárias.

 Análogos tópicos da vitamina D- Os análogos tópicos da vitamina D para o tratamento da psoríase incluem
o calcipotrieno (calcipotriol), o calcitriol e o tacalcitol. Embora os análogos tópicos de vitamina D sejam
eficazes como monoterapia em alguns pacientes, uma revisão sistemática descobriu que a terapia combinada
com um corticosteroide tópico é mais eficaz do que qualquer tratamento isoladamente.

Referências

SILVA, K. S; SILVA, E. A. T. Psoríase e sua relação com aspectos psicológicos, stress e eventos da vida.
Estudos de Psicologia. v. 24 n. 2 pg. 257-266. 2007.

FELDMAN, S. R. Epidemiologia, manifestações clínicas e diagnóstico de psoríase. Disponível em:


<https://www.uptodate.com/contents/epidemiology-clinical-manifestations-and-diagnosis-of-
psoriasis?search=psor%C3%ADase&source=search_result&selectedTitle=2~150&usage_type=default&displ
ay_rank=2> Acessado em: 12 de setembro de 2018.

FELDMAN, S. R. Tratamento da psoríase em adultos. Disponível em:


<https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-psoriasis-in-
adults?search=psor%C3%ADase&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display
_rank=1> Acessado em: 12 de setembro de 2018.

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