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Não há cura para nenhuma dessas formas da DII, apenas tratamento para impedir as
remissões.
EPIDEMIOLOGIA
3,1 milhões de pessoas nos EUA possuem DII;
1,3% da população adulta dos EUA tem DC ou RCU;
1;160 no Canadá possui DII;
Ocorreu um aumento progressivo de DII nos últimos anos na América Latina;
ETIOLOGIA
Não existe uma causa definida para DII, mas sabe-se que é resultado de uma resposta imune
exacerbada aos antígenos das bactérias que formam a microbiota intestinal em pacientes que são
geneticamente suscetíveis.
Fatores genéticos;
Alteração da microbiota
Uso de AINEs;
Presença de cepas patológicas;
FISIOPATOLOGIA
Ocorre quando um indivíduo geneticamente suscetível se expõe a um fator desencadeante e gera um
processo inflamatório da mucosa intestinal, que terá caráter progressivo, não há cura e pode evoluir
para câncer – por isso é tão importante o diagnóstico precoce.
dano câncer
estenose fístulas cirurgias
intestinal instestinal
recidiva
recidiva recidiva recidiva
histológica recidiva
endoscópica clinica 3-5 cirurgica
1 semana 1 ano depois radiológica
anos depois após 5 anos
depois
DIAGNÓSTICO
Geralmente é tardio, mas o ideal seria fazer diagnóstico precoce pelo risco de evolução da doença.
Não existe nenhum método padrão ouro, o diagnóstico é feito por um conjunto de informações clinicas,
laboratoriais, patológicas, endoscópicas e de imagem.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DOENÇA DE CROHN
Pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (boca-ânus), mas a porção mais afetada é o
íleo terminal, podendo ter extensão para o cólon (40%), e as menos comuns são esôfago, estômago,
duodeno e jejuno.
Também pode ter manifestações perianais em 10% dos casos no momento do diagnóstico e mais
de 30% dos casos vão desenvolver ao longo da vida.
Sintomas gerais – como pode acometer qualquer porção do TGI, os sintomas são variados – padrão
inflamatório comum:
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Diarreia aquosa;
Dor abdominal em cólica;
Perda de peso;
Fraqueza;
Febre;
Massa palpável associada ou não a um abscesso – não é frequente;
Quando é ileocecal – pode simular uma apendicite aguda com febre, dor no QID, náuseas e
vômitos.
>> acometimento do reto – mais comum nos casos de colite extensa (no ocorrer em 50% dos casos):
Fístulas;
Fissuras;
Plicomas inflamatórios;
Dor epigástrica;
Odinofagia;
Disfagia;
Distensão;
Dor abdominal;
Vômito;
Redução ou parada da eliminação de fezes;
>> casos de perfuração – ocorre a perfuração da parede intestinal e formação de fistula entre as alças,
seno rara a perfuração livre para a cavidade.
A intensidade das manifestações depende da extensão e gravidade das lesões – proctite, colite
esquerda, pancolite.
CARACTERISTICAS CLÍNICAS
CARACTERÍSTICA DC RCU
TIPO DE
INFLAMAÇÃO Transmural Mucosa
MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÃO DC RCU
Manifestações extra-intestinais
Dor abdominal frequente em QID; História de sintomas que não são usuais;
EXAMES LABORATORIAIS
ASCA (para DC) e ANCA (para RCU);
Geralmente não são usados na prática, apenas para os casos que precisa diferenciar de colite
indeterminada.
Hemograma – pode ter alterações:
Anemia;
Leucocitose;
Trombocitose;
Aumento das provas inflamatórias – VSG e PCR;
Aumento da calprotectina fecal;
Importante para ajudar a fazer diagnóstico diferencial da Síndrome do Intestino Irritável;
Hipoalbuminemia;
Hipocalcemia;
Deficiência de vitamina B12;
Deficiência de vitamina D;
Quando não deve pedir - Múltiplas evacuações e sinais de choque – pode ter muitas
complicações.
Alternativa - retossigmoideoscopia
Doença de crohn
Áreas descontinuas – partes com inflamação ao lado de partes normais;
Lesões perianais;
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Cápsula e enteroscopia;
Enterografia por TC ou RM- mais usado;
RX contrastado de trânsito de ID – segundo mais usado;
Retocolite ulcerativa
Mucosa edematosa de forma difusa;
Mucosa exsudativa e friável;
Ulcerações;
Hiperemia;
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EXAMES DE IMAGEM
Ecografia/dopller;
RX abdome – principalmente nos casos de abdome distendido com risco de ruptura (DC).
Obstrução intestinal;
Distensão intestinal;
Megacólon tóxico – dilatação (total ou segmentar) acima de 6cm ou 5,5cm se for cólon
transverso.
TC abdome;
RM de abdome;
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
Infecções que simulem uma DII:
Tuberculose intestinal;
Parasitoses – angiostrongiliase (simula DC);
Vírus - Citomegalovírus; SARS-COV2
Clostridium dificille – colite pseudomembranosa;
Neoplasias;
Isquemias;
Uso de medicamentos que podem irritar e inflamar a mucosa – AINEs (inibe as COX e não produz
prostaglandina, que é um fator protetor da mucosa de todo o TGI);
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PROGNÓSTICO
75% dos casos de DC e 25% dos casos de RCU poderão necessitar de cirurgia;
RCU e DC tem maior risco para câncer colorretal;
Por isso a necessidade de diagnóstico precoce, o que geralmente não ocorre.
Pacientes com mais de 8 anos de doença – colonoscopia anual por causa do risco de câncer
(independentemente da idade, considera o tempo de doença).
TRATAMENTO
Como não há cura, o objetivo do tratamento é evitar remissões e manter essa remissão sem o uso de
corticoides, além de cicatrizar as lesões da mucosa e evitar cirurgias.
DOENÇA DE CROHN
Remissão
Prednisona – 0,75mg-1mg/dia;
Prednisolona - 0,75mg-1mg/dia;
>> IMUNOSSUPRESSORES
INFLIXIMABE – casos graves que não respondem aos corticoides IV - 5mg/kg nas semanas 0,2,6
USTEQUINIMABE
TOFACITINIBE
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Manutenção da remissão
>> IMUNOSSUPRESSORES – 6-mercatopurina e Metotrexato são mais usados e são indicados quando
há:
DC grave;
Dois ou mais corticoides em um ano;
Recaídas quando reduz a dose de corticoide;
Recaem em 3 meses depois da retirada total do corticoide;
Prevenção de recorrência nos casos pós-operatórios;
RETOCOLITE ULCERATIVA
Remissão
>> AMINOSSALICILATOS – RCU leve a moderada.
>> CORTICOIDES – RCU moderada a grave, dando alivio rápido dos sintomas, mas não ajuda a cicatrizar
lesões.
PREDNISONA – VO ou IV, 0,75-1mg/kg/dia
METILPREDNISOLONA – 60mg/dia
Manutenção
Deve ser feito em TODOS os pacientes porque a maioria tem recidiva da RCU em 5 anos.
>> AMINOSSALICILATOS
MESALAZINA – 2mg, VO, 12/12h
>> IMUNOSSUPRESSORES – nos casos de reativação frequente mesmo usando doses corretas de
Mesalazina ou que não podem usar aminossalicilatos.
AZATIOPRINA
6-MERCAPTOPURINA
>> AGENTES BIOLÓGICOS – devem ser mantidos se foram usados para fazer a remissão e podem ser
alternativas para os pacientes que fizeram o tratamento de remissão com imunossupressores.
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