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★ Dieta rica em gordura e açúcar e pobre

DEFINIÇÃO em frutas;
O termo doença inflamatória intestinal engloba ★ Exposição a toxinas e xenobióticos;
diversas situações inflamatórias, mas a literatura ★ Uso de medicamentos (antibióticos e
utiliza o termo voltado para duas doenças AINH);
principais: Doença de Crohn (DC) e retocolite
★ Alto nível socioeconômico;
ulcerativa idiopática (RCUI) ⇒ e ambas são
★ História Familiar (positiva em 10-20% dos
caracterizadas por inflamação intestinal crônica
casos).
que é recidivante e idiopática, podendo estar
associadas a manifestações extraintestinais.
FAMILIAR: fator de risco mais importante para o
★ E para diferenciar as duas ? Aspectos
desenvolvimento da DC.
clínicos, radiológicos, endoscópicos e
histológicos. AMBIENTAIS: tabagismo ⇒ é fator protetor para a
RCUI e fator de risco para DC.
Doença de Crohn (DC): é uma afecção inflamatória
transmural (é transmural porque se estende FATORES GENÉTICOS: influenciam mais na RCUI,
através da parede do intestino). cerca de 67%; enquanto que na DC isso é 20%;
★ Pode acometer QUALQUER segmento do
tubo digestório, desde a boca até o ânus RCU DC
⇒ e nessas áreas teremos uma inflamação
descontínua dos segmentos digestivos Fumo Fator protetor Fator causador

acometidos.
Contraceptivos Nenhum Aumento de
➔ Também é considerada uma doença
orais aumento de risco
sistêmica, visto que apresenta risco
manifestações extraintestinais;
Apendicectomi Fator protetor Não é fator
Retocolite Ulcerativa (RCU) ou colite ulcerativa: é
a protetor
uma doença crônica da mucosa que geralmente
acomete o reto e se estende até atingir parte do
cólon ou todo o cólon (parte central do intestino EPIDEMIOLOGIA
grosso: ascendente + transverso + descendente +
São doenças da era moderna;
sigmóide). Apresenta surtos de remissão e
exacerbação. Padrão bimodal clássico (15-25 anos e 50-70
➔ 40 a 50% dos pacientes vão apresentar
anos) vem sofrendo modificações, com
doença limitada ao reto e ao
diminuição do 2º pico;
retossigmoide;
➔ 30 a 40% dos pacientes vão ter a doença Distribuição semelhante entre os sexos.
além do sigmóide - mas ainda sem
comprometer todo o cólon; Maior prevalência entre caucasianos
➔ 20% tem colite total. (desenvolvidas - EUA e Europa);
➔ As lesões “em salto” não são observadas.
As áreas urbanas apresentam maior prevalência
FATORES DE RISCO de DII que as áreas rurais;
★ Estilo de vida ocidental;
As classes socioeconômicas mais elevadas DIARRÉIA: frequente!!!
apresentam prevalência mais alta que as DESNUTRIÇÃO: frequente!!!
classes socioeconômicas mais baixas. SANGUE NAS FEZES: é incomum (20 a 30% dos
casos);
RCU tem incidência de 1,2 -20,3 casos/100.000 TENESMO (sensação de não ocorrer
pessoas/ano; esvaziamento completo): é incomum!!!
DOENÇA FISTULIZANTE: > 30%.
DC de 0,03-15,6 casos/100.000 pessoas/ano;

ETIOLOGIA
Alteração na função da barreira epitelial
intestinal ⇒ isso facilita a colonização e o
constante estímulo de produtos bacterianos
e citocinas pró-inflamatórias ⇒ disfunção RETOCOLITE ULCERATIVA (RCU)
da imunidade inata e perda do sistema de DOR ABDOMINAL: frequente, em cólica,
especialmente no quadrante inferior esquerdo.
tolerância.
MASSA ABDOMINAL: rara;
DISTENSÃO ABDOMINAL: apenas na doença grave;
ESTENOSES/SINTOMAS OBSTRUTIVOS: é raro;

VÔMITOS: raros!!!
DIARRÉIA: frequente!!!
DESNUTRIÇÃO: ocasional!!!

SANGUE NAS FEZES: comum;


TENESMO (sensação de não ocorrer
esvaziamento completo): muito comum
(proctite);
DOENÇA FISTULIZANTE: rara!!!!

QUADRO CLÍNICO
Altamente dependente do local e extensão da
doença, bem como a forma e intensidade do
processo inflamatório;
★ Se atentar para as enterites: dor
abdominal + diarreia + febre +
emagrecimento;

DOENÇA DE CROHN (DC


DOR ABDOMINAL: especialmente no quadrante
inferior direito.
MASSA ABDOMINAL: frequente (doença ileocecal); MANIFESTAÇÕES
DISTENSÃO ABDOMINAL: frequente;
EXTRAINTESTINAIS
ESTENOSES/SINTOMAS OBSTRUTIVOS: frequente;
ARTRALGIA/ARTRITES
VÔMITOS: frequentes!!!
★ RCU: 6-30% ➔ Protoparasitológico de fezes , coprocultura
★ DC: 15-35%; e pesquisa de toxina para clostridium;

SACROILEÍTE ➔ Marcadores fecais: lactoferrina e

★ RCU: 5-15% calprotectina fecal

★ DC: - (diagnòstico/acompanhamento/atividade
da doença)
ERITEMA NODOSO
➔ AST/ALT /FOSFATASE
★ RCU: 2-5%
ALCALINA/BILIRRUBINAS/GAMAGLUTAMILTRA
★ DC: <15%
NSFERASE;
AFTAS ORAIS ➔ Proteínas totais e frações, Ácido Fólico ,
★ RCU: -
Vitamina B12, zinco e perfil do ferro ( ferro
★ DC: 10-30%
sérico, ferritina e saturação de transferrina)
EPISCLERITE
Calprotectina fecal: utilizar para monitorar
★ RCU: 2-4%
atividade da DC. Ela é uma proteína neutrofílica
★ DC: - abundante estável nas fezes.;
COLANGITE ESCLEROSANTE
★ RCU: 2-8% Lactoferrina: feita por ELISA. É um marcador
★ DC: 1-2% sensível e específico da inflamação, serve para
COLELITÍASE diagnostico e monitorar manutenção

★ RCU: -
★ DC: 15-30%

NEFROLITÍASE
★ RCU: 2-5%
★ DC: 5-20%

AMILOIDOSE
★ RCU: raro (1%) COLONOSCOPIA (importante para diagnóstico e
★ DC: - estadiamento)
Doença de Crohn (DC): Apresenta lesões em alto
(áreas de mucosa afetadas alteradas com áreas
DIAGNÓSTICO
de mucosa normal). São vistas também
O diagnóstico envolve forte suspeita clínica, ulcerações aftóides, serpiginosas e longitudinais.
associada essencialmente a achados Tem aspecto macroscópico de pedras de
endoscópicos, radiológicos e histológicos; calçamento (cobblestoning).

EXAMES COMPLEMENTARES
Retocolite Ulcerativa (RCU): Possui um
➔ Hemograma → anemia é sinal
acometimento contínuo, não sendo visto mucosa
relativamente comum; normal entre as áreas acometidas. Pode ter
➔ Ureia; pólipos inflamatórios.
➔ Creatinina;
➔ Ionograma (K, Na, Cl) → devido a diarreia
TRÂNSITO INTESTINAL
Vem sendo gradativamente substituído pela tc e
frequente;
pela rnm , por conta de sua menor acurácia.
➔ PCR, VSH e ALFA-1- GLICOPROTEÍNA →
podem estar elevadas,sobretudo na ENTEROGRAFIA POR TC OU RM
exacerbação da doença.
Sempre realizar na suspeita de doença Convencionais Biológicas moléculas
inflamatória intestinal especialmente em dc, para uso oral
para avaliação primariamente de
Corticosteróides; Antifator Inibidores da
comprometimento de intestino delgado, além de Imunossupresores de necrose Janus
ser útil na suspeita de complicações da doença orais; tumoral; quinase
(abscessos, fístulas, estenoses , tumores). Aminossalicilatos Anti-integri
RMN PÉLVICA orais e tópicos. nas;
Anti-interle
Utilizada essencialmente para doença de Crohn
ucinas
com manifestações perianal para estadiamento e
estudo de fístulas e suas possíveis complicações
Sobre os corticosteróides:
(abscesso).
★ Ele é indicado para remissão clínica na
ENTEROSCOPIA/CÁPSULAS ENDOSCÓPICAS doença em atividade;
Utilizadas para diagnóstico e avaliação de doença ★ NÃO É INDICADO PARA MANTER A
de delgado. REMISSÃO;
★ Mais utilizado: Prednisona 1mg/kg/dia;
BIÓPSIAS
★ Não exceder o uso de 8-12 semanas (é
Devem sempre ser realizadas, entretanto
preciso desmame!).
avaliadas com cautela. Doença LEVE A MODERADA:
★ MESALAZINA/SULFASSALAZINA: Mais
efetivos para RCU não havendo evidências
TRATAMENTO
científicas de seu uso na DC;
Seu objetivo é: ★ AZATIOPRINA: É o imunossupressor de
1. Controle sustentado da inflamação por escolha; Como ponto negativo : Risco de
meio da cicatrização da mucosa; Linfoma (5X), Neoplasia Renal e Câncer de
2. Prevenção de lesões estruturais Pele não melanoma.
★ METOTREXATO: É Imunossupressor
irreversíveis e complicações (fístulas,
alternativo à azatioprina. Cuidado em
abscessos, estenoses, fibrose,
mulheres em idade fértil
dismotilidade , neoplasia); (TERATOGENICIDADE); Papel limitado na
RCU, estando reservada para casos
Desde 2021 um grupo publicou 13 específicos de DC.
recomendações para monitoramento e Doença MODERADA A GRAVE:
tratamento, é o STRIDE II: ★ Anti-TNF:
★ Objetivos a curto prazo → resposta e - Podem ser utilizados para RCU ou DC;
remissão clínica + normalização do PCR; - Quando a doença é refratária aos
★ Objetivos a longo prazo → restauração imunossupressores;
da qualidade de vida e ausência de - DC fistulizante;
incapacidade. - Presença de manifestações
extraintestinais.
Há 3 modalidades para o tratamento, mas a ★ Pequena molécula/inibidor da JAK:
escolha depende do grau da DII. Nesse caso: - Para RCU ativa, moderada ou grave;
➔ Leve a moderada: terapia convencional; - Para quem teve resposta inadequada;
- Perda da resposta ou que são intolerantes
➔ Falha na terapia convencional ou
à terapia convencional ou a um anti-TNF;
contraindicação a ela ou DII grave: terapia
biológica ou pequenas moléculas;
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Terapias Terapias Pequenas
Doença de Crohn (DC): Geralmente está indicada
nas complicações da doença, como quadros
obstrutivos, perfuração e hemorragias.

Retocolite Ulcerativa (RCU): Cerca de 20 a 30% dos


pacientes com RCU necessitam de tratamento
cirúrgico. É indicada a cirurgia eletiva a casos de
intratabilidade por medidas clínicas.

PROGNÓSTICO DESFAVORÁVEL

DC RCU

1) Pacientes Jovens no 1) Pacientes jovens


momento do
2) Envolvimento
diagnóstico;
Pancolônico
2) Tabagismo;
3) Atividade
3) Presença de lesões Endoscópica intensa
anais/perianais (Ulcerações)
complexas;
4) Necessidade de
4) Necessidade Inicial hospitalização
de corticoides;
5) Hipoalbuminemia
5) Envolvimento
6) Proteina C reativa
extenso do intestino
elevada
delgado;

6) Lesões
endoscópicas graves
(úlceras profundas)

PRINCIPAIS DIFERENÇAS
Caso não seja articular, pode-se pensar em:
ARTRALGIAS
traumatismo/fratura, fibromialgia, polimialgia
A avaliação nas artralgias é feita com o objetivo
reumática, bursite e tendinite.
de ser feito um diagnóstico preciso, identificando
os sinais de perigo (trauma, artrite séptica e CRONOLOGIA
gota), evitar exames desnecessários e Para analisar a cronologia da queixa do paciente,
tratamento oportuno. você deverá focar em 3 tópicos:
1. Início: surge “do nada” ou surge
Para auxiliar no diagnóstico diferencial,
lentamente, durante o decorrer do dia?
questiono-se sobre:
2. Evolução: a dor muda seu padrão com o
1. A dor é difusa ou específica de
decorrer do dia/atividades?
determinado lugar?
3. Duração: o paciente está sentindo os
2. Limita a movimentação ativa e/ou
sintomas há mais ou menos que 6
passiva?
semanas? (inferior a 6 semanas → agudo;
3. Tem tumefação?
superior a 6 semanas → crônico).
4. Crepitação?
5. Deformidade articular? Caso o tempo seja inferior a 6 semanas, isto é,
seja uma situação aguda, pode-se pensar em:
Raciocínio:
artrite aguda, artrite infecciosa, gota, pseudogota,
★ Anatomia (articular ou não?)
artrite reativa e agressão inicial da artrite crônica.
★ Cronologia (agudo ou não?): usar como
referência 6 semanas; NATUREZA DO PROCESSO
★ Natureza do processo (inflamatório ou
Para tal tópico, você pode se atentar aos sinais
não?): inflamatório a dor alivia com o uso
flogísticos (calor, rubor, edema, dor e limitação
da articulação; não inflamatório a dor
funcional), para buscar o componente
alivia com o repouso.
inflamatório. Se atente aos:
★ Extensão (monoarticular ou não?): avaliar
- Sinais locais;
o número de articulações acometidas.
- Sinais sistêmicos: fadiga, febre, perda de

ANATOMIA peso;
- Exames laboratoriais: PCR, VHS,
Identifique se as queixas do paciente estão
Hipoalbuminemia e T…
atreladas a estruturas articulares ou não.
- Relação com a cronologia;
ESTRUTURAS Osso justarticular, sinóvia,
ARTICULARES líquido sinovial, cápsula EXTENSÃO
articular, ligamento
É importante saber o número de articulações
intraarticular.
acometidas, bem como se há simetria (exemplo:
ESTRUTURAS ligamentos, tendões, bursas, queixas em ambos os punhos):
PERIARTICULARES ossos, músculos, nervo e pele. ★ Monoarticular = 1 articulação;
★ Oligoarticular = 2 a 4 articulações. Mas a
depender da fonte: 2 a 3.
★ Poliarticular = maior ou igual a 5 ★ Presença de creptos;
articulações. Mas a depender da fonte: ★ Presença de tendinite (exemplo: punho
maior ou igual a 4. esquerdo inchado).
★ Amplitude do movimento articular:
HISTÓRIA CLÍNICA observe se a redução do ângulo do
➔ Fármacos: sobretudo corticoides movimento na mobilização ativa e passiva;
(osteoporose induzida por seu uso em ★ Faça testes para saber se o paciente
excesso), imunossupressores e quinolonas consegue vencer a força do examinador, a
(altera cartilagem e tendões); força da gravidade;
➔ Episódio desencadeante: trauma
(osteonecrose, laceração de menisco); EXAMES COMPLEMENTARES
➔ Infecções recentes: alguns patógenos Os exames de laboratório devem ser utilizados
funcionam como um gatilho para para confirmar um diagnóstico clínico
desencadear artropatias autoimunes. Se específico, e não para rastrear ou avaliar os
atente para: febre reumática e artrite pacientes com queixas reumáticas vagas. Uma
reativa. avaliação adicional está indicada para:
➔ Presença de comorbidades: DM (síndrome 1. Condições monoarticulares;
do túnel do carpo), fibromialgia 2. Condições traumáticas ou inflamatórias;
(depressão e insônia). 3. Presença de alterações neurológicas;
➔ Uso de álcool e outras drogas. 4. Manifestações sistêmicas;
➔ Fármacos (corticóides, imunossupressores, 5. Sintomas crônicos (> 6 semanas);
quinolonas) 6. Ausência de resposta às medidas
sintomáticas.

HEMOGRAMA Incluir contagem de leucócitos.

REAGENTES DE Na suspeita de artrite inflamatória


FASE AGUDA aguda: PCR, VHS.

NÍVEL SÉRICO Úteis no diagnóstico da gota e na


DE ÁCIDO monitoração da resposta à
ÚRICO
terapia de redução de uratos.
➔ Normalmente, os níveis
urinários de ácido úrico
são < 750 mg por 24 horas.
➔ Valores séricos nos
homens: 4,0-8,6 mg/dL;
➔ Valores séricos nas
mulheres: 3,0-5,9 mg/dL.
EXAME FÍSICO
Anti-CCP e FR Artralgia em quadro sugestivo de
Será feito por intermédio da inspeção, palpação e
AR.
manobras. Sendo assim:
★ Observe o aspecto: presença de edemas,
sinais flogísticos,sinais de trauma;
própria droga ou de seu metabólito) →
DEFINIÇÃO Indinavir em adultos; ceftriaxona em
A nefrolitíase, ou doença calculosa renal, é uma crianças; Altas doses vitamina D;
condição comum, dolorosa e de alto custo. ★ Redução do volume urinário;
★ Acomete mais homens que mulheres ★ Imobilização prolongada;
(proporção inferior a 2:1); ★ Alterações do pH urinário (pH alcalino:
★ Recorrência é comum → 50% dos acidose tubular renal ou infecção por
pacientes apresentam segundo episódio germes);
de litíase, após 5 a 10 anos do primeiro ★ Doenças Endócrinas que interferem sobre o
episódio caso não façam tratamento. metabolismo de cálcio (mais comumente
★ Idade (jovem: terceira ou quarta década Hiperparatireoidismo primário);
de vida);
FATORES
IMPORTANTE:
Principal causa em pacientes jovens → LITÍASE
FAMILIARES/GENÉTICOS
História familiar de nefrolitíase, Hipercalciúria
URINÁRIA.
idiopática, hiperexcreção de Ácido Úrico,
Pacientes > 50 anos: CA de bexiga > CA de
hiperoxalúria, cistinúria, hipocitratúria,
próstata > Litíase.
hipomagnesiúria.
FATORES DE RISCO
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS TIPOS DE CÁLCULO
Duplicidade pielocalicial, rins policísticos, rim em 75 a 80% dos pacientes terão cálculos de cálcio,
ferradura, rim espongiomedular e outros.
compostos primariamente de oxalato de cálcio.
FATORES EPIDEMIOLÓGICOS Com menor frequência, fosfato de cálcio. Outros
Clima quente, exposição ao calor ou ar
tipos:
condicionado no trabalho, dieta com maior
★ Cálculos de ácido úrico;
consumo de proteína animal e sal, ou dieta pobre
★ Estruvita (fosfato de amônio magnesiano);
em cálcio, sedentarismo.
★ Cistina.
FATORES PESSOAIS
Como infecção urinária de repetição, uso de A formação do cálculo é fruto um processo
medicamentos (aciclovir, sulfadiazina e indinavir), completo e multifatorial, sendo a fisiopatogenia
comorbidades como hipertensão, diabetes e associada a:
obesidade. ★ Distúrbios metabólicos;
★ Infecção do Trato Urinário (principalmente ★ Infecções urinária;
por germes produtores de urease) → ★ Anormalidades anatômicas;
Proteus e Klebsiella; ★ Causas idiopáticas.
★ Uso de drogas litogênicas (por indução de
alterações metabólicas ou precipitação da OBS: o mesmo paciente pode ter cálculo misto.

CÁLCULOS DE CÁLCIO
Estão associados com alterações bioquímicas Ácido úrico: principalmente devido a urina
urinárias, sendo elas: persistentemente ácida (pH <5,5), em situações
de hiperprodução e excreção de ácido úrico.
- HIPERCALCIÚRIA (elevada excreção urinária de
cálcio): pode ser com ou sem hipercalcemia Estruvita: forma-se apenas em pacientes que
(excesso de cálcio no sangue); têm infecção urinária crônica devido a
- HIPEROXALÚRIA (excesso de oxalato): está microrganismos produtores de urease como
associada a doença inflamatória intestinal e/ou Proteus e Klebsiella. Porém, têm-se observado
mal absorção intestinal ou hiperoxalúria primária). que mesmo bactérias não produtoras de urease,
- HIPOCITRATÚRIA (baixa concentração de citrato): como Escherichia coli, podem criar condições
pode ocorrer de forma leve numa proporção litogênicas por centralizar o processo de
significativa de formadores de cálculo na cristalização.
ausência de acidemia aparente. Cistina: podem se desenvolver nos pacientes com
➔ É importante em pacientes com acidose cistinúria - uma doença autossômica recessiva
metabólica; caracterizada por inabilidade no manuseio dos
➔ É válido enfatizar que o citrato é importante aminoácidos dibásicos.
inibidor da formação de cálculos de
oxalato e fosfato de cálcio;
Oxalato 50% do cálculo é puro; no restante,

- PH URINÁRIO PERSISTENTEMENTE ALCALINO: de cálcio está misturado a outros sais.


(70-80%) ➔ Geralmente fosfato de
urina alcalina está associada com a formação de
cálcio;
cálculos de fosfato de cálcio. Tal situação ocorre
➔ pH alcalino / Sd. Má
na acidose tubular renal distal. absorção;
- BAIXO VOLUME URINÁRIO: é responsável por ➔ hipercalciúria idiopática
(normocalcêmica) CAUSA +
aumentar a concentração dos fatores litogênicos.
COMUM em todasas idades
Algumas condições predisponentes estão → restrição dietética de sal
associadas a formação de cálculos de cálcio, e proteínas de origem
sendo elas: animal, mas NÃO de cálcio;
➔ Diurético tiazídico
➔ HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO:
suspeitar na presença de hipercalcemia Estru- Infecção por bactérias produtoras
(usualmente leve e intermitente); vita de UREASE (uréia → amônia → pH
➔ ANORMALIDADES ANATÔMICAS: do trato (10-20%) alcalino Proteus, Pseudomonas,
urinário, podendo contribuir com a litíase Klebsiella → ATB Coraliformes
(podem ser ác úrico ou cistina) →
por obstrução e estase urinária, sendo elas
remoção.
→ rins em ferradura, obstrução da junção
uteropélvica, divertículos calicinais e rim
esponja medular); Ácido São radiotransparentes!!!!

➔ ACIDOSE TUBULAR RENAL DISTAL (TIPO I): úrico ➔ Hiperuricosúria (gota);


(5-10%) ➔ Baixo volume urinário;
pH urinário é persistentemente alto e leva a
➔ Diarréia crônica (acidose
acidose metabólica na maioria dos metabólica);
pacientes. ➔ Sd. mieloproliferativa, pH
ácido.
Tratamento: restringir alimentos
OUTROS TIPOS DE CÁLCULOS
ricos em purinas, alcalinizar urina
➔ Pode ocorrer hematúria macroscópica no
(bicarbonato potássio / citrato de
potássio) - não utilizar bicarbonato episódio de dor.
de sódio (efeito hipercalciúrico),
acetazolamida, alopurinol. FEBRE E PIÚRIA (>5 LEUCÓCITOS POR CAMPO EM
SEDIMENTO URINÁRIO) SUGERE PIELONEFRITE
Cistina Cistinúria (autossômica recessiva) SOBREPOSTA, COM PREDISPOSIÇÃO À
(2-3%) - aumento da cistina urinária. PH BACTEREMIA E SEPSE URINÁRIA.
ácido;
➔ Tratamento: alcalinizar
EM SUMA:
urina;
Dor lombar acompanhada de hematúria
➔ Cristais de cistina no EAS
micro/macroscópica (com comprovação
(hexagonais) →
laboratorial); Eliminação de cálculo e/ou
patognomônico.
comprovação radiológica ou
ultrassonográfica da presença atual ou
QUADRO CLÍNICO pregressa de cálculo (assintomático) e/ou
Sintomas clássicos: cólica renal + hematúria. Dor evidência de procedimentos prévios para
retirada de cálculo → RECORRÊNCIA.
lombar acompanhada de hematúria
micro/macroscópica (com comprovação
laboratorial);
DIAGNÓSTICO
★ Quando o cálculo está no cálice renal e EXAME DE URINA
apresenta pequeno volume, ele costuma ★ Hematúria (90%);
ser assintomático → causa hematúria ★ Cristais de cistina (hexagonal);
microscópica. ★ Estruvita (tampa de caixão);
★ Se o cálculo estiver na pelve renal, pode ★ Observação: cristais de oxalato de cálcio
causar abrasão na movimentação → ou de ácido úrico são apenas sugestivos.
causa dor lombar.
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
Rx simples de abdome: 90% são radiopacos; e/ou
Cólica nefrética: inicialmente localizada na
Ultrassom: evidência hidronefrose; Tomografia
r. lombar, flanco ou FI, súbita, geralmente
unilateral, em cólica, irradiada para trajeto helicoidal de abdome e pelve sem contraste, com
ureteral, região da bexiga e genitália externa. cortes finos de 5 mm (a tomografia é
especialmente útil em suspeita de cálculo
Sintomas atípicos: dor abdominal, náusea, ureteral).
alteração de jato urinário, dor no pênis ou
testículo. UROCULTURA
Solicitar na dependência de:
A dor em cólica em maior intensidade é
➔ Sintomas de ITU (diagnóstico diferencial
característico da obstrução do fluxo urinário e,
com pielonefrite ou associação da litíase
consequentemente, da hidronefrose (rins
com ITU);
“inchados”/”dilatados” devido a obstrução)..
➔ Leucocitúria muito importante;
➔ A dor pode se irradiar da lombar para
➔ Bactérias presentes no exame de urina
flanco ou para testítulos/grande lábio
simples → Nitrito positivo;
homolateral;
➔ Características do cálculo (ex: coraliforme,
➔ Essa dor é acompanhada de náusea,
obstrutivo, etc.)
vômito e plenitude abdominal;
ATENÇÃO: Evitar solicitação de Urografia Excretora NA CRISE AGUDA
ou outros exames que utilizem contraste 1. Hidratação;
radiológico na fase aguda. 2. Antiemético se necessário;
OUTROS 3. Antiespasmódicos, antiinflamatórios não
História de eliminação de cálculos ou de hormonais, morfina e seus derivados;
procedimentos prévios para retirada ou
fragmentação de cálculo - realizar
TRATAMENTO DE
preferencialmente fora do período de dor aguda. PREVENÇÃO/RECORRÊNCIA
1. Ingesta normal de cálcio alimentar;
Exame de Urina (sedimento urinário); 2. Redução da ingesta de sódio;
3. Redução da ingesta de proteína animal;
Dosagens séricas de cálcio (preferencialmente
4. Dieta rica em fibras, legumes e frutas
ionizado), ácido úrico, fósforo e creatinina;
(citrato);
Dosagens urinárias de cálcio, sódio, ácido úrico, 5. Aumento da ingesta de potássio alimentar.
oxalato, citrato e creatinina pH urinário; 6. Controle do peso.

Pesquisa qualitativa de cistina urinária


(quantitativa se necessário); RESTRIÇÃO DO CÁLCIO
Não é mais preconizada atualmente!!!
Exames específicos se alterações nos exames ➔ Nenhum estudo prospectivo mostrou
anteriores. efeito benéfico sobre a redução da
EXAMES DE IMAGEM recorrência de cálculos;
➔ Comprometimento ósseo devido ao
balanço negativo de cálcio;
➔ Ausência de uma clara distinção
entre hipercalciúria renal e absortiva;
➔ A restrição crônica de cálcio poderia
supra-regular o receptor da vitamina
TRATAMENTO D levando a estímulo conjunto da
absorção intestinal de cálcio e da
MEDIDAS GERAIS
reabsorção óssea;
1. Aumento da ingestão hídrica (30 mL/kg
➔ A excreção de cálcio não depende
peso corpóreo);
exclusivamente da ingestão de
2. Estímulo à atividade física.
cálcio mas também da de sódio,
ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS proteína e potássio.
1. Adequação da dieta de acordo com o
distúrbio metabólico;
QUANDO ENCAMINHAR
2. Ingestões de cálcio e oxalato devem ser
balanceadas (evitar restrição importante PARA EMERGÊNCIA:
★ Cálculo com evidência de infecção
de cálcio);
concomitante;
3. Adequar ingestão de sal ( aumentar a ★ Cálculo obstrutivo em rim único ou em
reabsorção de sódio + cálcio) e proteína paciente transplantado renal;
animal (ácido sulfúrico → H+ → cálcio dos ★ Dor refratária ao tratamento clínico
ossos → aumento calciúria); (analgesia e terapia expulsiva);
4. Estimular o consumo de alimento ricos em ★ Insuficiência renal aguda.

potássio e frutas cítricas;


PARA AMBULATÓRIO ESPECÍFICO (UROLOGIA)
➔ Cálculos ureterais e renais > 10 mm.
➔ Cálculos ureterais entre 4 e 10 mm que
não foram eliminados após seis semanas
de tratamento conservador.
➔ Cálculos vesicais.
➔ Cálculo renal sintomático (episódios
recorrentes de dor, hematúria ou infecção
de trato urinário).

LECO É a primeira escolha nos


(litotripsia cálculos renais e ureterais
com ondas de proximais que são inferiores
choque
a 20 mm. A exceção é:
extracorpórea)
pólo inferior do rim /
gestante / ITU com febre.

Ureteroscopia Escolha para a retirada dos


cálculos impactados em
URETER DISTAL.

Nefrolitotomia Quando o tamanho > 2 cm;


percutânea Cálculos coraliforme;
Localizados no pólo renal
inferior; Refratários à LOCE.

Cirurgia TTO refratário


(nefrolitotomia Coraliforme complexo
aberta)
Geralmente:
DEFINIÇÃO ★ Assintomáticos/oligossim
É uma situação clínica em que há redução da áticos
capacidade de oxigenação dos tecidos causada
pela redução da massa de glóbulos vermelhos.

É mais frequentemente diagnosticada em


exames laboratoriais de rastreamento. ANEMIAS HEMOLÍTICAS
Uma situação menos comum é a presença de Icterícia,esplenomegalia,urina escura em casos
anemia avançada com seus sinais e sintomas de destruição intravascular de glóbulos
associados. vermelhos (hemoglobinúria).
HÁ MENSURAÇÃO DE 3 VARIÁVEIS
PARA SUA IDENTIFICAÇÃO: ANEMIAS HEMOLÍTICAS
➔ Hemoglobina (Hb, em g/dl) GENÉTICAS
➔ Hematócrito (Ht, em %)
➔ Números de glóbulos vermelhos ( em Úlceras de MMII.
quantidade/mm3)

ANEMIAS CARENCIAIS
QUADRO CLÍNICO
Os sintomas estão relacionados à adaptação dos Glossite, despapilação de língua, queilite
sistemas cardiovascular/respiratórios à redução angular, unhas quebradiças, neuropatia
da oferta de oxigênio; periférica.

A intensidade do quadro clínico depende:


1. Velocidade de instalação da anemia; CLASSIFICAÇÃO
2. Presença de comorbidade; FISIOPATOLÓGICA
3. Própria capacidade de reserva funcional A classificação pode ser feita mediante os
orgânica do paciente;
mecanismos que originam as anemias. Como
assim? Podemos ter o que chamamos de anemia
ANEMIA É causada por perda de sangue
com causas HIPOPROLIFERATIVAS, ou seja, a
AGUDA ou hemólise. Os sintomas
medula óssea não está produzindo eritrócitos de
envolvem:
★ Dispneia; forma adequada. Ou, podemos ter o que
★ Palpitações; chamamos de anemias de causas
★ Taquicardia; HIPERPROLIFERATIVAS, nessas, a medula óssea
★ Tontura; tem bom funcionamento, entretanto, há uma
★ Fadiga extrema; destruição aumentada dos eritrócitos na

ANEMIA A anemia da perda sanguínea periferia (é o que chamamos de hemólise) ou


CRÔNICA crônica manifesta-se mais está ocorrendo uma perda muito acelerada
frequentemente na forma de (hemorragia aguda), essa perda é maior que a
deficiência de ferro do que com capacidade de reposição da medula.
um quadro de produção Quem norteia a diferença entre essas duas? é a
aumentada de eritrócitos.
CONTAGEM DE RETICULÓCITOS.
★ Red Cell Distribution Width (RDW): Ele
ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA reflete a variação do tamanho das
hemácias. Valor normal? hemácias com
Baixa contagem de reticulócitos (< 1%). tamanho semelhante → homogêneo;
Ex: Anemia ferropriva, Deficiência de Vitamina Valores aumentados? hemácias de
B12 ́/ácido fólico e doença crônica. tamanhos diferentes → isso no sangue
periférico chamamos de: ANISOCITOSE;
ANEMIA HIPERPROLIFERATIVA
DIAGNÓSTICO
Alta contagem de reticulócitos (> 1,5%).
Inicialmente, para direcionar a investigação ⇒
Ex: Doença Falciforme, Talassemias, Anemias
anamnese e exame físico. Em seguida, há a
Hemolíticas autoimune.
avaliação laboratorial inicial, que envolve:
1. Hemograma (Hb e índices
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA hematimétricos);
2. Contagem de reticulócitos;
3. Avaliação da lâmina de sangue periférico.
ANEMIA MACROCÍTICA
Após essas etapas, você irá analisar a
Células são maiores que o habitual. Exemplos:
necessidade de solicitar os exames seguintes de
anemia megaloblástica, etilismo e anemia da
acordo com a etiologia pensada:
hepatopatia crônica, anemia aplásica, anemia
1. Avaliação das outras séries ( Leucócitos e
do hipotireoidismo e outras formas adquiridas
plaquetas) - Mielograma;
de anemia sideroblástica.
2. DHL , Bilirrubina Indireta e haptoglobina -
Hemólise;
ANEMIA MICROCÍTICA 3. Ferro, Ferritina, Transferrina e Saturação de
Células em tamanho reduzido. Em casos de Transferrina e Capacidade de Fixação ao
anemias hipocrômicas e microcíticas, tem ferro.
como causas principais: ferropriva, doença
crônica, talassemia minor, sideroblástica ANEMIA FERROPRIVA
(congênita, álcool, drogas,chumbo). As anemias associadas a eritrócitos
normocíticos e normocrômicos e a uma resposta
ANEMIA NORMOCRÔMICA inapropriadamente baixa dos reticulócitos
(índice reticulocitário < 2-2,5) são anemias
Causas principais: ferropriva, doença crônica, hipoproliferativas. As anemias hipoproliferativas
insuficiência renal, sangramento agudo, constituem as anemias mais comuns, e, na
hemólise, anemia dedoenças endócrinas clínica, a anemia ferropriva é a mais frequente,
(hipotireoidismo, hipogonadismo), anemia seguida da anemia da inflamação.
aplásica, invasão medular, anemia carencial ★ Também chamada de Anemia Ferropenia;
mista (ferro + folato). ★ É a deficiência nutricional mais comum no
ATENÇÃO PARA OS ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS: planeta;
★ Volume Corpuscular Médio (VCM): Ele ★ Ocorre , principalmente, em mulheres na
reflete o tamanho médio das hemácias. terceira e na quarta décadas de vida;
★ HB corpuscular média (HCM): Reflete a cor ★ Período prolongado de balanço negativo
das hemácias (diz o quanto de de ferro é o mecanismo fisiopatológico
hemoglobina tem em média dentro das mais frequente.
hemácias);
★ Concentração de HB corpuscular média ETIOLOGIAS
(CHCM); As condições que aumentam a demanda de ferro
ou sua perda ou que diminuem o aporte e a
absorção do elemento podem provocar
deficiência de ferro .
O QUE É ESPERADO NOS
DEFICIÊNCIA DE FERRO POR EXAMES LABORATORIAIS?
AUMENTO DAS NECESSIDADES: 1. Anemia microcítica/hipocrômica;
★ Gestação 2. Reticulócitos Baixo;
★ Lactação 3. RDW aumentado;
★ Hemorragia (tratos gastrointestinal ,
geniturinário e respiratório) FERROPENIA: =DEPLEÇÃO DA FERRITINA –
AUMENTO DA CAPACIDADE DE FIXAÇÃO DO FERRO
DEFICIÊNCIA DE FERRO POR
– AUMENTO DOS RECEPTORES DA TRANSFERRINA-
SUPRIMENTO INADEQUADO MICROCITOSE - HIPOCROMIA.
★ Déficit De Dieta
★ Alterações De Absorção, Má Absorção
É de extrema importância a investigação da
Intestinal; causa de perdas de sangue ou de diminuição
★ Gastrectomia de suprimento de ferro após o diagnóstico de
★ Gastrite Atrófica anemia ferropriva.
★ Distúrbios Do Transporte De Ferro
★ Doença Celíaca DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
★ Anemia de Doença Crônica;
QUADRO CLÍNICO ★ Talassemia;
A sintomatologia da doença é insidiosa, gerando ★ Anemia Sideroblástica;
uma grande tolerância do indivíduo à anemia. ★ Hemoglobinopatia C;
★ Intoxicação por Chumbo
Os sinais relacionados com a deficiência de ferro
dependem da gravidade e da cronicidade da
anemia, além dos sinais habituais de anemia –
TRATAMENTO
fadiga, palidez e capacidade reduzida de Dependerá do perfil do indivíduo, pois, pacientes
exercício físico. idosos sintomáticos com anemia ferropriva grave
➔ A queilose (fissuras nos ângulos da boca); e instabilidade cardiovascular podem necessitar
➔ Coiloniquia (unhas dos dedos das mãos de transfusão de hemácias. Entretanto, indivíduos
em forma de colher) constituem sinais de mais jovens que estão compensados da anemia
deficiência avançada de ferro tecidual. podem ser tratados de modo mais conservador
Em geral: mediante reposição do ferro. O principal aspecto
● Fadiga, irritabilidade, palpitações; nesses pacientes é a identificação precisa da
● Cefaléia, dispneia, tontura; causa da deficiência de ferro.
● Perversão do Apetite (PICA);
O tratamento, portanto, baseia-se na reposição
● Papilas filiformes/ PALIDEZ;
de ferro e na reversão da causa base. Sendo
● Queilite angular;
assim:
● Alterações ungueais ( estrias longitudinais
➔ A reposição de ferro VO é a forma
/Coiloquinias- Unhas em forma de colher
preferível ( menor custo/efeitos adversos);
➔ Sulfato Ferroso (40mg de Fe elementar);
Esclera Azul: sinal raro, em que a esclera fica
➔ Dose = 120-180 mg de Fe elementar ( 2- 3
mais fina, deixando a coróide visível, em
tomadas).
virtude da formação inadequada do colágeno.

A ingestão com Vitamina C aumenta a absorção,


TRÍADE ESPECÍFICA PARA FERROPENIA: diminui a absorção antiácidos, chá, alimentos
PAGOFAGIA, COILONÍQUIA E ESCLERA AZUL. ricos em cálcio e café;

Efeitos Colaterais: constipação, fezes escurecidas,


náuseas, diarréia, pirose e dor epigástrica;

Outros sais de Ferro= Ferro polimaltose


aminoquelado.

Vias EV e IM são consideradas em situações


específicas:
➔ Intolerância à medicação oral;
➔ Necessidade rápida de reposição por
perda intensa.

IMPORTANTE:
COM A REPOSIÇÃO ADEQUADA, A CADA 3
SEMANAS, ESPERA-SE AUMENTO DE 2g/dl de Hb.
APÓS CORREÇÃO DA Hb, DEVE-SE MANTER A
REPOSIÇÃO POR 3- 6 MESES , A DEPENDER DA
CAUSA DE BASE, PARA ADEQUADA CORREÇÃO
DO ESTOQUE DE FERRO.

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