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INTRODUÇÃO

A Apostila de Anestesiologia foi criada com o intuito de descomplicar a


anestesia na Odontologia, visto que essa é uma das grandes causas de
insegurança e receio entre os acadêmicos. Queremos com esse material,
contribuir para a quebra desse tabu, auxiliando no aprendizado de forma
didática e divertida.

A ideia da apostila surgiu inicialmente da acadêmica Ana Caroline


Azevedo Alves, que possui uma página educacional do Instagram, nomeada
@dentistaconselheira, que já fez outros materiais similares. Junto da acadêmi-
ca, está a professora Thaís Mendes, que apoiou e contribuiu de forma funda-
mental para a realização desse material. Também colaboraram com a confec-
ção dessa apostila, a professora Renata Georjutti e o professor Wanderson
Guerra, além das acadêmicas Ana Paula Venâncio Mendes, Kamila Silva
Bernardes, Larissa Furtado, Mariana Soares e Vanessa de Souza.

Nosso objetivo principal é colaborar com a formação e aprendizado de


vocês, por isso preparamos tudo com muito carinho, pensando em cada
acadêmico e nas maiores dificuldades relatadas, para que todas as dúvidas
fossem sanadas e inseguranças eliminadas.

Destacamos que essa apostila possui direitos autorais, portanto, quando


utilizada para fins de postagens, devem ser dados os devidos créditos aos
autores já citados acima.

Desejamos bons estudos, beijinhos, com carinho!

Thaís Mendes Renata Georjutti Wanderson Guerra Ana Caroline Azevedo


@thaismendesodonto @renatageorjutti @drwandersonguerra @dentistaconselheira

Vanessa de Souza Mariana Soares Larissa Furtado Ana Paula Mendes Kamila Bernardes
@vanessasleite @dentinhodeciduo @larissafurtado_ @amorpor.odonto @kamila_bernardes

A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
Sumário

1. FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS.............................4


2. AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS..............................5
3. ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO ÉSTER.............................................7
4. ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO AMIDA.............................................7
5. VASOCONSTRITORES..........................................................................12
6. ARMAMENTÁRIO...................................................................................14
7. SERINGA................................................................................................14
8. AGULHA.................................................................................................15
9. CARTUCHO............................................................................................16
10. EQUIPAMENTO ADICIONAL...............................................................18
11. TÉCNICA DE ANESTESIA MAXILAR..................................................20
11.1 Injeção supraperiosteal/paraperiosteal......................................20
11.2 Bloqueio do nervo alveolar superior posteroanterior..............21
11.3 Bloqueio do nervo alveolar superior médio..............................22
11.4 Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (infraorbitário).....23
11.5 Bloqueio do nervo palatino maior .............................................25
11.6 Bloqueio do nervo nasopalatino ................................................26
11.7 Infiltração local do palato ...........................................................28
11.8 Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior ...............28
11.9 Abordagem palatina alveolar superoanterior............................29
11.10 Bloqueio do nervo maxilar .........................................................30
12. TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR.......................................32
12.1 Bloqueio do nervo alveolar inferior ............................................32
12.2 Bloqueio do nervo bucal...............................................................34
12.3 Bloqueio do nervo mandibular (Técnica de Gow-gates e Vazira-
ni-akinosi) ...................................................................................................35
12.4 Bloqueio do nervo mentual ..........................................................39
12.5 Bloqueio do nervo incisivo ...........................................................40
13. QUESTÕES...........................................................................................41

Apostila baseada no livro de referência “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
FARMACOCINÉTICA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
Anestésicos locais são agentes químicos que bloqueiam de maneira reversível os potenciais
de ação em todas as membranas excitáveis. Eles são depositados na proximidade de um nervo a fim
de promover o bloqueio da condução de impulsos nervosos, no qual resultará na ausência de dor.

Os anestésicos locais se diferenciam de outras substâncias utilizadas na medicina, pois es-


tas, independentemente da via pela qual são administradas, precisam entrar no sistema circulatório
para poder começar a exercer uma ação clínica. Já os anestésicos locais, em contrapartida, deixam
de exercer a função desejada quando são absorvidos do local de administração para a circulação
sanguínea.

O nível sanguíneo do anestésico local é influenciado pelos seguintes fatores:


• Velocidade de absorção da substância
• Velocidade de distribuição da substância para os tecidos
• Velocidade da biotransformação
• Velocidade de eliminação da substância por vias metabólicas ou excretoras

1) ABSORÇÃO
Todos os anestésicos locais apresentam algum grau de vasoatividade, seja causando vasodi-
latação ou vasoconstrição. Um efeito clínico significativo da vasodilatação é um aumento da
velocidade de absorção do anestésico para a corrente sanguínea, diminuindo assim, o tempo de
ação e a qualidade do controle da dor.

2) DISTRIBUIÇÃO
A distribuição e a concentração plasmática de um anestésico local em certos órgãos-alvo tem
um impacto significativo sobre a potencial toxicidade da substância.

3) METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO, DETOXIFICAÇÃO)


É um mecanismo importante pois a toxicidade geral dos anestésicos locais depende do equi-
líbrio entre a velocidade de absorção pela corrente sanguínea no local da injeção e a velocidade que
ela é removida do sangue por processos de absorção tecidual e metabolismo.
- ANESTÉSICOS DO TIPO ÉSTER: são hidrolisados no plasma pela enzima pseudocolinesterase.
- ANESTÉSICOS DO TIPO AMIDA: sofrem biotransformação mais complexa, principalmente no
fígado. Devido a isso, a função hepática do paciente influencia na velocidade do metabolismo desse
tipo de anestésico. Portanto, pacientes com deficiências hepáticas (hipotensão, insuficiência cardíaca
congestiva – ICC, cirrose) são incapazes de efetuar o seu metabolismo em velocidade normal, o que
acarreta níveis sanguíneos elevados do anestésico e potencial aumento na toxicidade.

4) EXCREÇÃO
Os rins são os principais órgãos excretores para os anestésicos locais e seus metabólicos.
Pacientes com doenças renais significativas (ASA 4 ou 5) podem ser incapazes de excretá-los,
gerando o aumento dos níveis sanguíneos desse composto e da chance de toxicidade.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
ÉSTERES AMIDAS QUINOLINAS
DO TIPO ÁCIDO BENZOICO DO TIPO PARA-AMINOBENZOICO - Articaína - Centbucridina
- Butacaína - Cloroprocaína - Bupivacaína
- Cocaína - Procaína - Dibucaína
- Aminobenzoato de etila - Propoxicaína - Etidocaína
(benzocaína) - Lidocaína
- Hexilcaína - Mepivacaína
- Piperocaína - Prilocaína
- Tetracaína - Ropivacaína

AÇÃO CLÍNICA DE SUBSTÂNCIAS ESPECÍFICAS


Embora existam muitos tipos de anestésicos locais disponíveis para serem usados nas pro-
fissões de saúde, somente alguns deles são atualmente empregados na odontologia. Nesse capitulo
iremos abordar cada tipo de anestésico e a forma correta de selecioná-los.
Entre os fatores que devemos considerar para escolher o anestésico ideal para certo proce-
dimento e paciente, podemos citar: duração da ação da substância e a dose máxima recomendada.

1) DURAÇÃO
A duração da anestesia depende de vários elementos, como: resposta individual à substân-
cia; precisão no depósito do anestésico; condição dos tecidos locais (vascularização, pH); variação
anatômica; tipo de injeção administrada, etc.
Inflamações, infecções, dores (aguda ou crônica) na região de injeção e o aumento da vas-
cularização local têm o potencial de reduzir a duração esperada da anestesia.
Volumes menores do que os recomendados também podem diminuir a duração de ação. E
doses maiores que as recomendadas não aumentam o tempo de ação.

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2) DOSES MÁXIMAS DE ANESTÉSICOS LOCAIS
As doses máximas são representadas em miligramas da substância por quilograma ou por
libras: (mg/kg ou mg/lb). Esses números variam de acordo com a resposta de cada paciente. As
doses máximas que iremos citar, foram aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) dos
Estados Unidos.
A dose máxima recomentada (DMR) deve ser, ainda, diminuída em casos de pacientes de
risco (crianças pequenas e de baixo peso; idosos debilitados).

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ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO ÉSTER
1) CLORIDRATO DE PROCAÍNA
- POTÊNCIA: 1
- TOXICIDADE: 1
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: produz a maior vasodilatação de todos os anestésicos
locais atualmente
- INÍCIO DA AÇÃO: 6 a 10 minutos
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 2% a 4%
- MEIA VIDA: 6 minutos
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma

2) CLORIDRATO DE PROPOXICAÍNA
- POTÊNCIA: 7 a 8
- TOXICIDADE: 7 a 8
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: menos vasodilatador, quando comparado à procaína
- INÍCIO DA AÇÃO: 2 a 3 minutos
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 0,4%
- MEIA VIDA: não disponível
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma

ANESTÉSICOS LOCAIS DO TIPO AMIDA


1) CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA
- POTÊNCIA: 2
- TOXICIDADE: 2

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- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: maior que as da prilocaína e mepivacaína
- INÍCIO DA AÇÃO: 3 a 5 minutos
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 2%
- MEIA VIDA: 1,6 hora (90 minutos)
- AÇÃO TÓPICA: sim (em concentrações de 5%)
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: B
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: sim
- COMENTÁRIOS: padrão ouro entre os anestésicos; eficácia; segurança; reações alérgicas
praticamente inexistentes

INDICAÇÃO
- 2% sem vasoconstritor (lidocaína pura): anestesia pulpar (5 a 10 minutos);
- 2% com adrenalina a 1:50.000: hemostasia (redução do sangramento); anestesia pulpar (60 minutos) e
anestesia de tecidos moles (3 a 5 horas);

- 2% com adrenalina a 1:100.000: redução do sangramento; anestesia pulpar (60 minutos); anestesia de
tecidos moles (3 a 5 horas); pacientes ASA III ou IV com história de problemas cardiovasculares e pacientes
gestantes (uso limitado a 2 tubetes por consulta);
- 2% com adrenalina a 1:200.000: pacientes ASA III ou IV com história de problemas cardiovasculares.

2) CLORIDRATO DE MEPIVACAÍNA
- POTÊNCIA: 2
- TOXICIDADE: 1,5 – 2
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: produz ligeira vasodilatação
- INÍCIO DA AÇÃO: 3 a 5 minutos
- DURAÇÃO: anestesia pulpar com mepivacaína sem vasoconstritor é de 20 a 40 minutos, já em
tecidos moles 2 a 3 horas
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 3% sem vasoconstritor; 2% com vasoconstritor
- MEIA VIDA: 1,9 hora
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: C
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: desconhecida

INDICAÇÃO
- 3% sem vasoconstritor: pacientes com contraindicação ao vasoconstritor; procedimentos sem necessidade
de anestesia pulpar de longa duração ou grande profundidade; pacientes pediátricos e geriátricos.
- 2% com levonordefrina a 1:20.000: anestesia pulpar (60 minutos); anestesia de tecido moles (3 a 5 horas).

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3) CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA
- POTÊNCIA: 2
- TOXICIDADE: 1 (40% menos tóxica que a lidocaína)
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: maior que a mepivacaína e menor que a lidocaína e
procaína.
- INÍCIO DA AÇÃO: 3 a 5 minutos
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 4%
- MEIA VIDA: 1,6 hora.
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: B
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: desconhecida
- CONTRAINDICAÇÃO: pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes;
pacientes com metemoglobinemia idiopática ou congênita, pacientes com hipertemia maligna;
pacientes com anemia; pacientes com insuficiência cardíaca ou respiratória.
- A infiltração supraperiosteal e o bloqueio nervoso são mais pronunciados com a prilocaína pura.
- Já a prilocaína com adrenalina à 1:200.000 fornece longa duração da anestesia.
- O tubete contém 9 mg de adrenalina, por essa razão, indivíduos sensíveis à adrenalina, como os
portadores de doenças cardiovasculares ASA 3, podem receber até quatro tubetes (36mg) destes.

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4) CLORIDRATO DE ARTICAÍNA
- POTÊNCIA: 1,5x a da lidocaína
- TOXICIDADE: 1
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: efeito vasodilatador igual ao da lidocaína
- INÍCIO DA AÇÃO:
• Articaína 1:200.000: infiltração (1 a 2 minutos), bloqueio (2 a 3 minutos);
• Articaína 1:100.000: infiltração (1 a 2 minutos), bloqueio (2 a 2,5 minutos);
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 4%
- MEIA VIDA: 0,5 hora (27 minutos)
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: C
- SEGURANÇA DURANTE A AMAMENTAÇÃO: desconhecida
- CONTRAINDICAÇÃO: pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes;
pacientes que usam medicações antidepressivas e hipertensivas. O uso em gestantes, lactantes ou
asmáticos devem ser realizados sob supervisão profissional.

5) CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA
- POTÊNCIA: 4x maior que a da lidocaína
- TOXICIDADE: 4x menor que a da lidocaína
- PROPRIEDADES VASODILATADORAS: maiores que a da lidocaína, prilocaína e mepivacaína
- INÍCIO DA AÇÃO: 6 a 10 minutos
- CONCENTRAÇÃO EFICAZ: 0,5%
- MEIA VIDA: 2,7 horas
- AÇÃO TÓPICA: nenhuma
- CLASSIFICAÇÃO PARA A GRAVIDEZ: C
- INDICAÇÕES: procedimentos prolongados que exigem anestesia pulpar profunda por mais de 90
minutos e controle de dor pós-operatória.
- A necessidade de analgésicos opioides pós-operatórios diminui consideravelmente quando a
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bupivacaína é administrada para o controle de dor.
- Pouco indicada para crianças pois os procedimentos odontopediátricos geralmente são mais curtos.

6) ANESTÉSICOS PARA APLICAÇÃO TÓPICA


- A concentração de um anestésico tópico é maior que a do mesmo anestésico administrado por
injeção. Isso facilita a difusão pela mucosa, mas infelizmente, também aumenta o risco de toxicidade.
- A anestesia tópica só é eficaz em tecidos superficiais (2 a 3mm).
- Alguns exemplos de substâncias são listada abaixo:

 BENZOCAÍNA
 CLORIDRATO DE BENZOCAÍNA, BUTAMBEN E TETRACAÍNA
 CLORIDRATO DE COCAÍNA
 CLORIDRATO DE DICLONINA
 MISTURA EUTÉTICA DE ANESTÉSICOS LOCAIS (EMLA)
 LIDOCAÍNA
 CLORIDRATO DE TETRACAÍNA

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VASOCONSTRITORES
São fármacos que contraem os vasos sanguíneos controlando assim a perfusão tecidual.
Eles equilibram as ações vasodilatadoras intrínsecas dos anestésicos locais, reduzem a quantidade
de anestésico necessário para um bloqueio nervoso efetivo, oferece maior tempo de analgesia e
maior segurança no uso do anestésico local.
Todos os anestésicos locais injetáveis clinicamente eficazes possuem ação vasodilatadora.
O grau de vasodilatação varia de significativo a mínimo, além de poder variar de acordo com o local
da injeção e a resposta do paciente.
Os vasoconstritores utilizados em associação aos anestésicos odontológicos podem ser di-
vididos em dois grupos, um para as aminas simpatomiméticas, no qual está a adrenalina, noradrena-
lina, levonordefrina e fenilefrina, e um segundo grupo no qual está a felipressina, um análogo da
vasopressina.

1) ADRENALINA / EPINEFRINA
- Mais potente vasoconstritor (100% de potência);
- Atua diretamente nos receptores alfa e beta-adrenérgicos;
- Excelente mecanismo de ação, eficácia e segurança;
- Usado com frequência para hemostasia em procedimentos cirúrgicos;
- Disponível nas concentrações : 1:50.000, 1:80.000, 1:100.000 e 1:200.000;
- Deve ser usada a solução menos concentrada, que produza controle eficaz da dor;
- Dose máxima: pacientes saudáveis (0,2mg por consulta), ASA III OU IV (0,04mg por consulta);

 Indicações
- Hemostasia;
- Diminuir a absorção para o sistema cardiovascular;
- Aumentar a profundidade da anestesia;
- Aumentar a duração da anestesia.

 Contraindicações
- Paciente com hipertensão igual ou superior a 16x10;
- Doença cardiovascular grave;
- Diabetes mellitus descontrolado;
- Hipertireoidismo;
- Sensibilidade ao Bissulfeto de Sódio;
- Usuários de cocaína ou crack.

2) NORADRENALINA
- Ação direta nos receptores Adrenérgicos α e ꞵ;
- 25% da potência da adrenalina1:50.000;
- Vasoconstrição intensa e prolongada;
- Não apresenta um padrão de eficácia e segurança;
- Em região com pouca irrigação pode haver risco de necrose;
- Dose máxima: paciente saudável (0,34 mg por consulta), ASA 3 ou 4 (0,14 mg por consulta);

 Indicação
- Usada como vasoconstritor em anestésicos locais e para tratamento da hipotensão.

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 Contraindicação
- Deve ser evitada com o objetivo de vasoconstrição (hemostasia), especialmente no palato.

3) LEVONORDEFRINA
- Ação direta nos receptores Adrenérgicos α e ꞵ;
- 15% da potência da adrenalina;
- Vasoconstrição intensa e prolongada;
- Necessita de maior dose (1:20.000);
- Início para ação de 30s a 2 min. Na maxila, e 1 a 4 min. na mandíbula;
- Não apresenta padrão de eficácia e segurança;
- Anestésico mais barato;
- Produz menor estimulação cardíaca e do SNC que a adrenalina;
- Pode ser obtida com a mepivacaína em uma concentração de 1:20.000;
- Dose máxima: para todos os pacientes, 1 mg por consulta;

 Indicação
- Anestesia de duração mais longa.

 Contraindicações
- Pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes;
- Pacientes em uso de medicamentos que provocam alterações na pressão sanguínea;
- OBS: em pacientes gestantes e lactantes o uso deve ser realizado sob supervisão profissional.

4) FENILEFRINA
- Vasoconstritor mais estável e mais fraco empregado na odontologia;
- Poucos efeitos colaterais significativos;
- Ação direta nos receptores Adrenérgicos α e ꞵ;
- 5% da potência da adrenalina;
- Vasoconstrição intensa e prolongada;
- Não apresenta padrão de eficácia e segurança;
- Dose máxima: paciente saudável (4 mg por consulta), ASA 3 ou 4 (1,6 mg por consulta);
- Embora o efeito seja menor que o da adrenalina, sua duração é maior;

 Indicação
- Pacientes com hipotensão.

 Contraindicações
- Pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes;
- Pacientes com hipertensão grave ou taquiacardia venticular;
- Pacientes com hipertiroidismo severo.

5) FELIPRESSINA
- Atua na parede do vaso;
- 100% de potência;
- Análogo sintético da vasopressina;
- Promove vasoconstrição venosa e não arterial;
- Não deve ser usado como hemostático devido ao efeito predominante na circulação venosa;
- Dose máxima: para ASA 3 ou 4 (0,27 mg por consulta);

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 Indicação
- Anestesia sem necessidade de isquemia profunda.

 Contraindicações
- Não recomendada quando é necessária hemostasia devido ao seu efeito predominante na
circulação venosa;
- Pacientes com hipersensibilidade ao anestésico e/ou seus componentes;
- Pacientes com hipertermia maligna; insuficiência hepática; hipertireoidismo e ICC;
- Pacientes em uso de paracetamol, fenacetina ou similares;
- Pacientes em diálise renal;
- Totalmente contraindicado à gestastes pois estimula contrações uterinas.

OBSERVAÇÕES
• Ao selecionar um vasoconstritor para uso, deve ser levado em consideração: a duração do
procedimento, a necessidade ou não de hemostasia, além da condição do paciente.
• Quando administrados em conjunto com anestésicos locais, potencializam as ações depressoras
sobre o SNC, portanto deve ser identificado se o paciente faz uso regular de algum fármaco.
• O tempo de validade de um tubete anestésico com vasoconstritor é menor (18 meses) que o de um
tubete sem (36 meses).
• A inclusão da adrenalina na solução anestésica produz diminuição do fluxo sanguíneo, diminuindo o
sangramento e causando um aumento, tanto da profundidade como da duração da anestesia, além
de reduzir a incidência de reações sistêmicas.

ARMAMENTÁRIO
Armamentário nada mais é do que o conjunto de equipamentos necessários para a
administração dos anestésicos locais. Entre eles, podemos citar: seringa (ou carpule), agulha,
cartucho (ou tubete) de anestésico, etc. Nesse capítulo, iremos abordar sobre os cuidados no manejo
desses itens, evitando quaisquer problemas em seu uso.

SERINGA
A seringa é o equipamento onde acoplamos a agulha e o cartucho para administrar a anes-
tesia no paciente. Existem cerca de oito tipos de seringa disponíveis no mercado, mas para escolher
entre elas devemos levar alguns fatores em consideração. De acordo com a American Dental
Association, os critérios de escolha entre as seringas estão:
• Longa duração;
• Capazes de suportar repetidas esterilizações;
• Capazes de aceitar uma grande variedade de cartuchos e agulhas diferentes;
• Leves e de uso fácil com apenas uma das mãos;
• Proporcionar aspiração efetiva e possibilitarem que o sangue possa ser observado no cartucho.
Seringas que não aspirem nunca devem ser usadas para injeções de anestésicos locais.

Abaixo estão listados alguns problemas que podem ocorrer e que o cirurgião-dentista deve
estar atento:

- VAZAMENTO DURANTE A INJEÇÃO: ao recarregar a seringa com um segundo cartucho,


assegurar que a agulha penetre o centro do diafragma de borracha do tubete. Uma perfuração fora

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dessa área pode gerar o vazamento de solução para fora da agulha e para a boca do paciente.
- CARTUCHO QUEBRADO: antes de inserir o tubete na seringa verifique possíveis danos e trincas
no vidro. A inserção da agulha de forma torta no tubete também colabora para a quebra do cartucho.

- ARPÃO TORTO: o arpão deve estar pontiagudo e reto. Um arpão torno produz uma punção fora do
centro do diafragma, o que pode causar a quebra do cartucho.

FIGURA 7.1: Seringa de anestésico local.


FONTE: http://www.forp.usp.br/restauradora/endodontia/temas/instrumental/instrumental_man.html

AGULHA
A agulha é o veículo que permite que o anestésico passe do cartucho para os tecidos intra-
bucais. A maioria usada em odontologia é de aço inoxidável, pré-esterilizadas e descartáveis. Todas
as agulhas têm em comum os seguintes componentes:

- BISEL: é a ponta da agulha. Quanto maior for o ângulo do bisel com o longo eixo da agulha, maior
será a deflexão quando a agulha entrar nos tecidos moles da boca. Geralmente, os fabricantes
colocam indicadores na fixação para orientar os profissionais sobre a posição do bisel.

- FIXAÇÃO: é a peça plástica ou metálica pela qual a agulha fica presa à seringa.

- CORPO: é a peça longa e tubular que vai do bisel até a extremidade que penetra no cartucho. Ele
pode ser de diversos diâmetros (calibres) e comprimentos.

- EXTREMIDADE DE PENETRAÇÃO: ponta da agulha que perfura o diafragma do cartucho.

O CALIBRE da agulha se refere ao diâmetro da luz da agulha: quanto menor for o número,
maior será a “grossura” da agulha. Uma agulha calibre 30 é mais fina que uma de calibre 25, por
exemplo. Vários autores do livro “Manual de Anestesia Local – Malamed” demonstraram em
experimentos que os pacientes não conseguem diferenciar (com relação à dor) entre as agulhas de
calibre 23, 25, 27 e 30. Pode-se notar também, que agulhas de calibre maior têm vantagens sobre as
de menor calibre pois geram uma menor deflexão da agulha; maior precisão de injeção; menor
chance de quebra e aspiração mais fácil.

FIGURA 8.1: Componentes da agulha odontológica para anestésicos locais.


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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
O COMPRIMENTO das agulhas se refere à distância do bisel até a haste de fixação. Elas
estão disponíveis nos seguintes comprimentos: longas (32mm), curtas (20mm) e ultracurtas (10mm).

Existem orientações importantes para utilizar agulhas, podemos citar:


• Usar agulhas descartáveis estéreis;
• Nunca usar uma mesma agulha em mais de um paciente;
• Trocar a agulha após múltiplas penetrações (três ou quatro) no mesmo paciente, pois elas vão
perdendo o corte;
• Sempre descarta-las em local apropriado para materiais contaminados ou pontiagudos;
• Nunca inseri-las totalmente (até a fixação) nos tecidos, isso aumento o risco de fratura;
• Nunca deve ser forçada contra uma resistência, por exemplo, osso.

 SOBRE O RECOBRIMENTO DA AGULHA


De acordo com a Comissão de Biossegurança da UNITRI, é aconselhável desenroscar a
agulha da carpule, assim como remover a lâmina de bisturi do cabo sempre com uso de instrumen-
tais (porta agulha pesado, pinça Kelly ou Koscher). Não é recomendado a remoção da agulha com a
mão e nem a técnica de encaixe, pois ambas as formas tem um alto risco de perfuração.

CARTUCHO
O cartucho é um cilindro que pode ser de vidro ou de plástico e que armazena o anestésico
local. Ele contém aproximadamente 1,8ml de solução e é composto por 4 partes principais:

- TUBO CILÍNDRICO
- ÊMBOLO,TAMPÃO OU ROLHA: está na extremidade do cartucho que recebe o arpão da seringa.
- TAMPA DE ALUMÍNIO: está na extremidade oposta ao êmbolo.
- DIAFRÁGMA DE BORRACHA: membrana semipermeável pela qual a agulha penetra do cartucho.

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FIGURA 9.2: Componentes do cartucho. FIGURA 9.3: Diafragma de borracha.

A composição da solução anestésica dos cartuchos varia caso esteja incluído um


vasopressor ou não.

- A DROGA ANESTÉSICA local interrompe o impulso nervoso propagado, impedindo que ele
chegue ao cérebro. O número de miligramas da droga pode ser calculado multiplicando-se a
concentração percentual (por exemplo: 2% = 20mg/ml) pelo volume do cartucho (1,8ml). Assim, um
cartucho de 1,8ml de uma solução a 2% contém 36mg.

- A DROGA VASOPRESSORA é incluída em muitos cartuchos para aumentar a duração e a


profundidade de ação do anestésico. O pH dos cartuchos com vasopressores é mais baixo (mais
ácido) que os sem. Devido a isso, podem ter sua ação mais lenta e serem um pouco mais
desconfortáveis.

- Os cartuchos com vasopressores têm um antioxidante, o (meta)bissulfeto de sódio. Ele impede a


oxidação do vasopressor pelo oxigênio que pode ficar preso no cartucho durante a fabricação.
- Há também o cloreto de sódio, que torna a solução isotônica em relação aos tecidos do corpo.
- A água destilada é usada como diluente para dar volume à solução no cartucho.

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- O metilparaben é uma substância bacteriostática, fungistática e antioxidante que foi retirada da
composição dos cartuchos em 1984, pois uma exposição repetida ao parabeno estava ocasionando
reações alérgicas em algumas pessoas.
 CUIDADO E MANUSEIO DOS CARTUCHOS
- Os cartuchos, seja de vidro ou de plástico, não devem ser autoclavados;
- Devem ser armazenados em seu recipiente original, à temperatura ambiente e longe da luz solar;
- Antes do uso, aplicar ao diafragma um pano embebido com álcool 70%;
- Não imergir os cartuchos em álcool ou outras soluções esterilizantes pois o diafragma semipermeá-
vel permite a difusão dessas soluções para dentro do cartucho, contaminando-o;
- Não usar cartuchos com o êmbolo extruído, com a tampa corroída, com trincas ou bolhas internas,
pois não se pode assegurar a esterilidade da solução;
- Não usar cartuchos contendo ferrugem. Encontrar ferrugem num cartucho indica que pelo menos
um cartucho no recipiente se quebrou ou vazou;
- Nunca usar um cartucho em mais de um paciente.

FIGURA 9.6: Limpeza do diafragma de borracha com álcool 70%.

EQUIPAMENTO ADICIONAL
No capitulo anterior, foi discutido sobre os três principais equipamentos dos anestésicos
locais. Entretanto, outros itens importantes também podem ser necessários no processo de
administração de um anestésico local.

1 - ANESTÉSICOS TÓPICOS (AT)


Seu uso é fortemente recomendado antes da penetração inicial da agulha pois ele pode reduzir ou
até eliminar o desconforto do paciente. Para maior eficácia, recomenda-se que uma quantidade
mínima de AT seja aplicada com uma haste aplicadora diretamente no ponto de penetração por no
mínimo 1 minuto e já com a mucosa limpa e seca. De acordo com autores do livro referência, a
aplicação do AT por 2 a 3 minutos ocasiona uma analgesia profunda dos tecidos moles.

FIGURA 10.1: Anestésico tópico Benzotop.


FONTE: site DFL.

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2 - HASTES APLICADORAS
São pontas aplicadoras com um algodão na ponta, usadas para aplicação de anestésico tópico e
para compressão de tecidos durante injeções no palato. Podem ser substituídas por um cotonete.

FIGURA 10.2: Hastes aplicadoras.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local –
3 - GAZE DE ALGODÃO Malamed (6° edição)”

Usada para limpar a área de injeção antes da penetração, para secar e para segurar a mucosa,
auxiliando na retração dos tecidos moles.

FIGURAS 10.3 e 10.4: Gaze estéril sendo usada para limpar a mucosa no local de penetra-
ção da agulha e para auxiliar na retração dos tecidos.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

 PREPARAÇÃO DO EQUIPAMENTO
1) Retraia completamente o pistão;
2) Introduza o cartucho com o diafragma voltado para a ponta de baixo da seringa;
3) Volte a seringa para a posição original;
4) Enrosque a agulha na seringa;
5) Remova a cobertura plástica da agulha;
6) A seringa está pronta para uso.

FIGURA 10.5: Passo a passo da preparação da seringa.


FONTE: http://www.forp.usp.br/restauradora/endodontia/temas/instrumental/instrumental_man.html

19

A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR
O local de infiltração do AL (anestésico local) em relação à área de intervenção operatória
determina o tipo de injeção. Existem 3 tipos:

 INFILTRAÇÃO LOCAL: o fármaco é depositado no local onde será realizado o tratamento,


anestesiando pequenas terminações nervosas. Indicada para tratamento de pequenas áreas
isoladas. Ex: administração de AL na papila interproximal antes do alisamento radicular.

 BLOQUEIO DE CAMPO: o fármaco é depositado próximo a ramos nervosos terminais maiores,


de modo que a área anestesiada seja circunscrita, envolvendo os tecidos ao redor de um ou dois
dentes. O tratamento é realizado em uma área distante da qual foi infiltrado o anestésico. Ex: injeções
no ápice ou acima de dente a ser tratado; restauração de dois ou três dentes.

 BLOQUEIO DE NERVO: o fármaco é depositado próximo a um tronco nervoso principal,


anestesiando uma área maior que o bloqueio de campo. O tratamento é, geralmente, distante do
local de injeção. Indicada para controle de dor em um quadrante. Ex: bloqueio do nervo alveolar
inferior.

INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL/ PARAPERIOSTEAL


- Técnica eficaz na mandíbula e maxila (porém, mais bem sucedida na maxila).
- NERVOS ANESTESIADOS: grandes ramos terminais do plexo dentário.
- ÁREAS ANESTESIADAS: polpa, raiz, periósteo, tecido conjuntivo e mucosa.
- INDICAÇÕES: anestesia pulpar dos dentes superiores quando o tratamento envolve só um ou dois
dentes; anestesia dos tecidos moles para procedimentos em área circunscrita.
- CONTRAINDICAÇÕES: grandes áreas; osso denso recobrindo os ápices dentários (determinado por
tentativa e erro, porém mais comum sobre o 1° molar superior permanente nas crianças e sobre o
incisivo central adulto).
- SINAIS E SINTOMAS: dormência na área de administração.

FIGURA 11.1.1: Injeção supraperiosteal na região anterior da maxila. A área em ama- FIGURA 11.1.2: A seringa deve ser mantida paralela ao
relo simula a área anestesiada. longo eixo do dente e inserida na parte alta da prega muco-
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” vestibular sobre o dente.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6°
edição)”

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
TÉCNICA
- Agulha curta, calibre 27 - Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular dente ou acima desta
acima do ápice do dente a ser anestesiado - Agulha não toca osso
- ÁREA ALVO: região apical do dente a ser anestesiado - Aspirar
- Bisel voltado para o osso - Injetar aproximadamente 1/3 do tubete em 20 segundos
- Posicionar a seringa paralela ao longo eixo do dente - Não deixe os tecidos inflarem como um balão
- Introduzir agulha na altura da prega mucovestibular sobre - Retirar a seringa lentamente e aguardar de 3 a 5 minutos
o dente alvo

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR


POSTERIOR - ASP
- OUTROS NOMES: bloqueio da tuberosidade; bloqueio zigomático.
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar superior posterior e seus ramos.
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Polpas do terceiro, segundo e primeiro* molar superiores (no caso do primeiro molar, em 28% dos
casos pode haver necessidade de um bloqueio complementar do nervo alveolar médio);
• Ligamento periodontal vestibular;
• Osso adjacente a esses dentes.

- INDICAÇÕES
• Tratamento de dois ou mais molares superiores.
• Anestesia pulpar para o terceiro, segundo e primeiro molar em 77%-100% dos pacientes. No
entanto, a raiz mesiovestibular do primeiro molar superior não é inervada por esse nervo. Um estudo
concluiu que o nervo alveolar superior médio é responsável pela inervação da raiz mesiovestibular do
primeiro molar superior em 28% das amostras. Portanto uma segunda injeção é indicada, geralmente
supraperiosteal.
• Quando a supraperiosteal está contraindicada ou foi ineficaz.

- CONTRAINDICAÇÕES: alto risco de hemorragia, como no caso do hemofílico (recomenda-se,


nesse caso, a injeção supraperiosteal ou do ligamento periodontal).
- VANTAGENS: atraumática (não toca em osso), alta taxa de sucesso (> 95%).
- DESVANTAGENS: risco de hematoma temporário (10 a 14 dias). Isso ocorre geralmente pela
introdução da agulha muito posteriormente. Além disso, a artéria maxilar pode ser perfurada (o uso
de uma agulha curta reduz esse risco). Não há pontos de referência óssea durante a anestesia, e
pode haver necessidade de uma segunda injeção para anestesiar a raiz mesiovestibular do primeiro
molar superior.
- SINAIS E SINTOMAS: paciente tem dificuldade em perceber dormência nessa região.

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FIGURA 11.2.1: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP). FIGURA 11.2.2: Agulha na área-alvo para bloqueio nervo alveolar
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” superoposterior (ASP)
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta, calibre 27 - Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para
trás em um só movimento
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular - PARA CIMA: em um ângulo de 45° com o plano oclusal
acima do segundo molar superior - PARA DENTRO: em direção à linha média em um ângulo
- ÁREA ALVO: nervo alveolar superior posterior (posterior, de 45° com o plano oclusal
superior e medial à borda posterior da maxila) - PARA TRÁS: em um ângulo de 45° com o eixo longitudinal
- PONTOS DE REFERÊNCIA: prega mucovestibular, túbero- do segundo molar
sidade da maxila e processo zigomático da maxila - Agulha não toca osso
- Secar com gaze estéril e aplicar anestésico tópico - Com agulha curta, cerca de 4 mm devem ficar visíveis.
- Bisel voltado para o osso - Aspirar
- Introduzir a agulha na altura alta da prega mucovestibular - Injetar ½ ou um tubete todo lentamente
sobre o segundo molar - Aguardar de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO


- O nervo alveolar superior médio (ASM) está presente em apenas 28% da população. Quando
ausente, a inervação pode ser feita pelo nervo alveolar superoanterior (ASA).
- NERVO ANESTESIADO: alveolar superior médio.
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Polpas do primeiro e segundo pré-molares superiores;
• Raiz mesiovestibular do primeiro molar superior;
• Tecidos periodontais e osso sobre estes dentes.
- PRECAUÇÕES: para evitar dor, não introduza a agulha muito próximo do periósteo.

FIGURA 11.3.1: Posição da agulha entre os pré-molares FIGURA 11.3.2: Penetração da agulha para o bloqueio do nervo ASM. 22
superiores para obloqueio do nervo alveolar médio (ASM) FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”
FIGURA 11.3.3: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo alveolar superior médio.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta ou longa, calibre 27 - Bisel voltado para o osso
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular - Avançar a agulha lentamente até que sua extremidade
acima do segundo pré-molar superior esteja localizada acima do ápice do segundo pré-molar
- ÁREA ALVO: osso maxilar acima do ápice do segundo pré- - Aspirar
molar superior - Depositar 0,9 a 1,2ml de solução (de metade à 2/3 do
- Secar com gaze estéril e aplicar anestésico tópico tubete) em aproximadamente 30 à 40 segundos
- Afastar a mucosa para melhor visibilidade - Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento
- Introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular acima
do segundo pré-molar

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROANTERIOR


(INFRAORBITÁRIO) - ASA
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar superoanterior, alveolar superior médio e nervo infraorbitário
(palpebral inferior, nasal lateral, labial superior).
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção;
• Em 72% dos pacientes: polpas dos pré-molares superiores e a raiz mesiovestibular do primeiro
molar superior;
• Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes;
• Pálpebra inferior;
• Lateral do nariz;
• Lábio superior.
- VANTAGENS: técnica simples, segura, minimiza o volume de solução e o número de punções.
- SINAIS E SINTOMAS: dormência na pálpebra inferior, na lateral do nariz, no lábio superior e nos
tecidos moles.
- PRECAUÇÕES: a agulha não deve ser palpável abaixo do tecido (geralmente, se ela for sentida, é
porque seu trajeto está muito superficial, ou seja, a agulha está muito longe do osso). Apesar da
introdução excessiva da agulha ser improvável devido à margem superior do forame infraorbitário,
estime a profundidade de penetração antes da injeção, para evitar danos à órbita.

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FIGURA 11.4.1: Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA).
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURAS 11.4.2 e 11.4.3: Localização do forame infraorbitário em relação à incisura infraorbitária.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 11.4.4: Com o dedo sobre o forame, levante FIGURA 11.4.5: Introduzir a agulha na prega mu- FIGURA 11.4.6: Avançar a agulha parale-
o lábio e mantenha os tecidos tensionados. covestibular acima do primeiro pré-molar. la ao longo eixo do dente para impedir o
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Mala- contato prematuro com o osso.
(6° edição)” med (6° edição)” FONTE: livro “Manual de Anestesia Local
– Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Orientar a agulha em direção ao forame infraorbitário
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibular - Vá depositando a solução enquanto a agulha avança pelos
sobre o primeiro pré-molar superior tecidos moles

- ÁREA ALVO: forame infraorbitário - Avançar a agulha lentamente até que toque o osso
- PONTOS DE REFERÊNCIA: forame infraorbitário - A profundidade aproximada da penetração será de 16mm
(metade da agulha longa), mas essa medida pode variar
- Localize o forame infraorbitário (palpe a incisura infraorbi- - Aspirar
tária, e com uma pressão suave mova os dedos para baixo - Depositar lentamente 0,9 a 1,2ml de solução (1/2 à 2/3 do
até encontrar uma concavidade, este é o forame). Pode ser tubete) em aproximadamente 30 à 40 segundos
que paciente sinta um leve desconforto - Manter pressão digital durante a injeção
- Secar mucosa com gaze e aplicar anestésico tópico - Retirar a seringa lentamente
- Afastar a mucosa para melhor visibilidade - Continuar com a pressão digital sobre o local da injeção
- Introduzir a agulha paralela ao eixo longitudinal do dente e por mais 2 minutos
na prega mucovestibular acima do primeiro pré-molar sup. - Aguardar de 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento
- Bisel voltado para o osso

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR

 OBSERVAÇÃO
Apesar das anestesias no palato serem conhecidas por seu desconforto para o paciente, utilizando as
técnicas certas, elas podem ser TOTALMENTE ATRAUMÁTICAS E INDOLORES.
Uma das formas de reduzir do incômodo do paciente é o uso de ANESTÉSICOS TÓPICOS da forma
adequada, deixando-a agir dos tecidos por pelo menos 2 minutos. Já outra técnica, é o uso da ANESTESIA
COMPRESSIVA, que é produzida aplicando pressão no local da injeção com um objeto firme (haste de
algodão ou cabo de espelho), o qual deve ser mantido em contato com o tecido durante toda a injeção. Esses
tecidos devem ser pressionados até produzir isquemia no local de penetração da agulha, reduzindo a sensação
da penetração. Além das técnicas citadas, é preciso que o cirurgião-dentista tenha o CONTROLE DA
AGULHA, por isso, é aconselhável sempre achar um local de apoio para a mão antes da punção.

- NERVO ANESTESIADO: palatino maior.


- ÁREAS ANESTESIADAS: parte posterior do palato duro até o primeiro pré-molar superior,
medialmente até a linha média e os tecidos moles sobrejacentes.
- INDICAÇÕES
• Tratamentos em mais de dois dentes. Ex: restaurações subgengivais.
• Procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo tecidos palatinos moles e duros.

FIGURA 11.5.1: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo palatino maior.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 11.5.2: Área alvo para o bloqueio FIGURA 11.5.3: Haste de algodão é pressionada na jun- FIGURA 11.5.4: Observe a isquemia do tecido enquanto
do nervo palatino maior. ção do processo alveolar com o osso palatino. A haste é o anestésico é injetado.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local deslocada distalmente (setas) até que seja percebida FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6°
– Malamed (6° edição)” uma depressão no tecido. Essa depressão é o forame edição)”
palatino maior (anterior).
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6°
edição)”

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
TÉCNICA
- Agulha curta, calibre 27 - Aplicar pressão com a haste de algodão ao lado do forame
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: tecidos moles levemente até isquemiar e manter durante toda a inserção da agulha e
anteriores ao forame palatino maior injeção do anestésico
- ÁREA ALVO: nervo palatino maior - Direcionar a carpule à partir do lado oposto da boca
- PONTOS DE REFERÊNCIA: junção do processo álveo- - Bisel voltado para os tecidos moles palatinos
lar maxilar e osso palatino
- Pressionar uma haste de algodão no palato duro na - Introduzir a agulha lateralmente ao forame
junção do processo alveolar maxilar com o osso palatino. - Injetar a solução à cada camada que a agulha perfura
Deslocar a haste distalmente até perceber uma depressão - Tocar o osso palatino (profundidade média de 5mm)
no tecido. Este é o forame palatino maior (geralmente loca-
- Aspirar
lizado distalmente ao segundo molar superior)
- Depositar lentamente ¼ do tubete
- Secar com gaze estéril e aplicar anestésico tópico - Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento

BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO


- OUTROS NOMES: nervo incisivo; nervo esfenopalatino.
- NERVOS ANESTESIADOS: nasopalatino bilateralmente.
- ÁREAS ANESTESIADAS: tecidos moles e duros anteriores do palato duro, de canino à canino.
- INDICAÇÕES
• Restaurações subgengivais;
• Procedimentos periodontais ou cirúrgicos envolvendo tecidos moles e duros do palato.
- PRECAUÇÕES: não inserir a agulha diretamente na papila incisiva e nem dentro do canal incisivo
(muito doloroso); não injetar muita solução.

FIGURA 11.6.1: Área anestesiada no bloqueio do nervo nasopalatino. FIGURA 11.6.2: Área alvo para o bloqueio do nervo nasopalatino.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

- Para esse bloqueio, abordaremos duas técnicas diferentes:

1- TÉCNICA DA INJEÇÃO ÚNICA NO PALATO


- Agulha curta, calibre 27 - Injetar a solução à cada camada de tecido que a agulha
penetra
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa palatina lateralmente - Tocar osso (profundidade média de 5mm)
à papila incisiva (linha média atrás dos incisivos centrais)
- ÁREA ALVO: forame incisivo - Bisel voltado para os tecidos moles palatinos
- PONTOS DE REFERÊNCIA: incisivos centrais e papila - Recuar 1mm (para evitar injeção subperiosteal)
incisiva - Aspirar
- Aproximar a agulha do local da injeção em um ângulo de
45° em direção à papila incisiva
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 min - Depositar lentamente ¼ do tubete
- Pressionar o forame com haste de algodão até isquemiar - Aguardar de 2 a 3 minutos antes de iniciar o procedimento
- Introduzir a agulha no tecido isquemiado

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FIGURA 11.6.4: Área anestesiada pela infiltração palatina.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 11.6.5: A (anestésico tópico é aplicado na mucosa do freio); B (primeira injeção no freio labial),
C (segunda injeção, na papila interdentária), D (terceira injeção, quando a anestesia da área nasopala-
tina é insuficiente após as duas primeiras injeções).
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

2) TÉCNICA DAS MÚLTIPLAS PERFURAÇÕES


- Agulha curta, calibre 27 - Direciona-la para a papila incisiva (face palatina)
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: freio labial, papila incisiva e - Aspirar
papila interdentária - Depositar 0,3ml do anestésico
- ÁREA ALVO: forame incisivo TERCEIRA INJEÇÃO
- PONTOS DE REFERÊNCIA: incisivos centrais e papila - Introduzir a agulha no ângulo de 45° com a papila incisiva
incisiva - Inserir até tocar osso
PRIMEIRA INJEÇÃO (infiltração no freio labial) - Recuar 1mm para evitar injeção subperiosteal
- Bisel voltado para o osso - Aspirar
- Introduzir a agulha no freio - Depositar 0,3ml do anestésico
- Aspirar - OBS: o uso de anestésico tópico e por pressão é desne-
- Depositar 0,3ml do anestésico cessário na terceira injeção pois os tecidos já estão aneste-
SEGUNDA INJEÇÃO siados
- Introduzir a agulha pela vestibular da papila entre os inci- - Aguardar de 2 a 3 minutos
sivos centrais em direção à papila incisiva
- Introduzir a agulha 90° em relação a papila interdentária

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INFILTRAÇÃO LOCAL DO PALATO
- NERVOS ANESTESIADOS: ramos terminais dos nervos nasopalatino e palatino maior.
- ÁREAS ANESTESIADAS: tecidos moles adjacentes ao local de injeção.
- INDICAÇÕES: obter hemostasia durante procedimentos cirúrgicos e controle da dor palatogengival.
- VANTAGEM: área mínima de dormência, minimizando o desconforto do paciente.
- DESVANTAGEM: injeção potencialmente traumática.
- SINAIS E SINTOMAS: dormência, isquemia dos tecidos moles do palato.

FIGURA 11.7.1: Superposição de infiltrações palatinas sequenciais FIGURA 11.7.2: Área de introdução e área-alvo para infiltração.
e locais de penetração da agulha. FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta, calibre 27 - Introduzir a agulha em um ângulo de 45° com o local desejado
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: gengiva inserida, à 5 a 10mm - Injetar a solução enquanto penetra com a agulha nos tecidos
da margem livre da gengiva - Tocar osso (profundidade de aproximadamente 3 à 5mm)
- ÁREA ALVO: tecidos gengivais - Injetar 0,2 a 0,3 ml de solução anestésica lentamente
- PONTOS DE REFERÊNCIA: tecidos gengivais da área - Se o objetivo for a hemostasia de locais cirúrgicos mais inten-
- Bisel voltado para os tecidos moles palatinos sos, continuar este procedimento de deposição de anestésico
em toda a área cirúrgica
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 min
- Aplicar pressão no tecido com a haste de algodão

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO


ANTERIOR – ASMA
- Representa uma injeção de bloqueio do nervo maxilar recém-descrita.
- Promove anestesia pulpar em incisivos, caninos e pré-molares a partir de um único local de injeção
no palato duro.
- NERVOS ANESTESIADOS: nervo ASA, nervo ASM (quando presente), plexo nervoso dentário
subneural dos nervos alveolar superoanterior e médio.
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Polpa dos incisivos, caninos e pré-molares superiores;
• Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes;
• Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival destes dentes.
- VANTAGENS: anestesia de múltiplos dentes superiores com uma única injeção, técnica simples e
segura, menor volume de anestésico.
- DESVANTAGENS: requer administração lenta; técnica um pouco incômoda para o paciente; o uso

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de anestésico local contendo adrenalina com concentração de 1:50.000 é contraindicado.
- SINAIS E SINTOMAS: sensação de dormência na área anestesiada; palidez dos tecidos moles.

FIGURA 11.8.1: Extensão da anestesia alveolar superior média anterior (ASMA).


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 11.8.2: Anatomia do bloqueio do nervo al- FIGURA 11.8.3: Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior.
veolar superior médio anterior (ASMA) FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed
(6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta, calibre 27 - Carpule se apoia nos pré-molares contralaterais
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: palato duro, na metade de uma - Introduzir a agulha em um ângulo de 45° com o palato
linha imaginária que vai da sutura palatina mediana à margem - Manter haste de algodão pressionando durante todo o
gengival livre. A linha está localizada no ponto de contato entre tempo
o primeiro e o segundo pré-molar - Tocar osso
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 minutos - Aspirar
- Aplicar pressão com haste de algodão por 2 minutos - Injetar metade ou um tubete inteiro
- Bisel voltado para o osso

ABORDAGEM PALATINA-ALVEOLAR SUPERO-


ANTERIOR (P-ASA)

- OUTROS NOMES: abordagem palatina do nervo ASA; abordagem palatina do bloqueio de campo
maxilar anterior.
- NERVOS ANESTESIADOS: nasopalatino e ramos anteriores do ASA.

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- ÁREAS ANESTESIADAS
• Polpa dos incisivos centrais, laterais e caninos (em menor grau);
• Tecidos periodontais vestibulares e palatinos associados a estes dentes.
- CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com caninos de raízes extremamente longas (eles podem não
obter anestesia profunda), procedimentos que exigem mais de 90 minutos.

FIGURA 11.9.1: Extensão da anestesia na abordagem palatina alveolar superoanterior.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 11.9.2: Área de introdução da agulha. FIGURA 11.9.3: Orientação da seringa.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – FONTE: livro “Manual de Anestesia Local –
Malamed (6° edição)” Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta, calibre 27 - Bisel voltado para o epitélio
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: imediatamente lateral à papi- - Agulha em um ângulo de 45° em relação ao palato e paralela
la incisiva ao longo eixo dos incisivos centrais
- ÁREA ALVO: forame nasopalatino - Introduzir a agulha de 6 a 10mm
- PONTOS DE REFERÊNCIA: papila nasopalatina - Injetar a solução enquanto penetra com a agulha nos tecidos
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 min - Aspirar
- Injetar ½ ou um tubete inteiro lentamente
- Aplicar pressão no tecido com a haste de algodão até
promover isquemia

BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR


- OUTROS NOMES: bloqueio da segunda divisão ou bloqueio nervoso V².
- É um método eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila.
- NERVO ANESTESIADO: divisão maxilar do nervo trigêmeo.
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Polpa dos dentes superiores do lado do bloqueio;
• Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes;
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• Tecidos moles e osso do palato duro, e parte do palato mole;
• Pele da pálpebra inferior;
• Lateral do nariz;
• Bochecha;
• Lábio superior
- INDICAÇÃO: procedimentos cirúrgicos que envolvem quadrantes; e casos em que uma inflamação
ou infecção tecidual impedem o uso de outros bloqueios regionais ou supraperiosteais.
- CONTRAINDICAÇÕES: profissionais inexperientes, pacientes pediátricos (pela não cooperação e
pelas dimensões anatômicas menores), pacientes não cooperativos, inflamação ou infecção dos
tecidos sobrejacentes ao local da injeção e risco de hemorragias (por exemplo, hemofílicos).
- VANTAGENS: injeção atraumática, alta taxa de sucesso, minimiza o número de perfurações e de
volume de solução.
- DESVANTAGENS: risco de hematoma, ausência de hemostasia.
- SINAIS E SINTOMAS: pressão atrás da parte superior da maxila do lado da injeção, progredindo
para formigamento e dormência da pálpebra inferior, lateral do nariz e lábio superior.

- Para esse bloqueio, abordaremos duas técnicas diferentes:

FIGURA 11.10.1: Área anestesiada no bloqueio do nervo maxilar.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

1) ABORDAGEM DA TUBEROSIDADE ALTA


- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Secar com gaze e aplicar anestésico tópico
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: altura da prega mucovestibu- - Bisel voltado para o osso
lar acima da face distal do segundo molar superior - Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para
- ÁREA ALVO: nervo maxilar, no ponto onde ele atravessa trás cerca de 30mm (chegando à fossa pterigopalatina)
a fossa pterigopalatina, superior e medial à área alvo do - Não deve ser encontrada resistência
bloqueio do nervo ASP
- PONTOS DE REFERÊNCIA: prega mucovestibular acima - Aspirar
da face distal do segundo molar superior; tuberosidade da - Depositar um tubete inteiro lentamente
maxila e processo zigomático da maxila - Aspirar varias vezes durante a injeção
- Tensionar os tecidos para melhor visibilidade - Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento

FIGURA 11.10.2: Bloqueio do nervo maxilar, abordagem da tuberosidade alta.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”
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2) ABORDAGEM DO CANAL PALATINO MAIOR
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Aplicar pressão com haste de algodão até isquemiar
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: tecidos moles palatinos direta- - Bisel voltado para os tecidos moles palatinos
mente sobre o forame palatino maior - Anestesiar forame palatino maior
- ÁREA ALVO: nervo maxilar, a agulha atravessa o canal - Sondar delicadamente o forame
palatino maior para alcançar a fossa pterigopalatina - Manter a agulha em um ângulo de 45° para facilitar a entra-
- PONTOS DE REFERÊNCIA: forame palatino maior, jun- da no forame
ção do processo alveolar maxilar e o osso palatino - Avançar a agulha lentamente até 30mm
- Localizar o forame palatino maior - Aspirar
- Tencionar os tecidos para melhor visibilidade - Injetar um tubete inteiro lentamente
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico por 2 minutos - Aguardar 3 a 5 minutos

FIGURA 11.10.3: A (bloqueio do nervo maxilar, abordagem do canal palatino maior). Observar a direção da agulha e do corpo da seringa
no canal. B (bloqueio do nervo V2, abordagem do canal palatino maior). Observar a localização da extremidade da agulha na fossa pteri-
gopalatina (círculo).
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 11.10.4: Abordagem do canal palatino maior.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR


Infiltrações na mandíbula possuem uma taxa MENOR de êxito que na maxila, isto porque, a
lâmina óssea cortical sobrejacente aos dentes mandibulares é normalmente mais grossa, principal-
mente nos adultos, e o osso é mais denso, dificultando que o anestésico se difunda.

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR


- O bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI) tem uma frequência menor de êxito se comparada à
outras técnicas devido a dois fatores: variação anatômica na altura do forame mandibular, e a maior
profundidade de penetração dos tecidos moles exigida, que acarretam maior imprecisão.
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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
- Um bloqueio suplementar (do nervo bucal) é necessário em casos que exigem a anestesia dos teci-
dos moles na região posterior. .................................................................................................................
- Também pode ser preciso uma infiltração supraperiosteal na região de incisivos inferiores para corri-
gir uma anestesia parcial...........................................................................................................................
- Uma injeção do ligamento periodontal (LPD) pode ser necessária em casos em que partes isoladas
dos dentes (geralmente a raiz mesial de um primeiro molar) permanece sensíveis.................................
- A anestesia intraóssea (IO) é uma técnica suplementar empregada geralmente em molares quando o
BNAI se mostrou ineficaz, principalmente quando o dente apresenta envolvimento pulpar......................
- O BNAI bilateral é raramente indicado em tratamentos que não sejam cirurgias mandibulares bilate-
rais (desconforto pro paciente, dificuldade de deglutir, falar, perigo de lesar tecidos moles).

- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar inferior, incisivo, mentual e lingual (comumente).

- ÁREAS ANESTESIADAS

• Dentes mandibulares até a linha média;..............................................................................................


• Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula;.................................................................
• Mucoperiósteo bucal, membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual);.........
• Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual);....................................
• Periósteo e tecidos moles linguais (nervo lingual)...............................................................................

- VANTAGENS: proporciona ampla área de anestesia em apenas uma injeção.

- DESVANTAGENS: não indicada para procedimentos localizados; alta frequência de insucesso (31%
a 81%); referências intraorais não consistentemente confiáveis; aspiração positiva maior de todas as
técnicas de injeção intraoral.

- SINAIS E SINTOMAS: formigamento ou dormência no lábio inferior e na língua.

- PRECAUÇÕES: não depositar o anestésico local se não houver o contato com o osso pois a agulha
pode estar no interior da glândula parótida, próximo ao nervo facial e um bloqueio transitório (paralisia)
do nervo facial pode ocorrer. Não fazer contato com o osso com muita força.

- FALHAS NA ANESTESIA: depósito do anestésico abaixo do forame mandibular; depósito do anes-


tésico anteriormente ao ramo da mandíbula; inervação acessória dos dentes mandibulares; anestesia
incompleta dos incisivos centrais ou laterais.

- COMPLICAÇÕES: hematoma (raro); trismo; paralisia facial transitória produzida pelo depósito do
anestésico local no interior da glândula parótida gerando a anestesia do nervo facial (o que gera a
incapacidade fechar a pálpebra inferior e a queda do lábio superior do lado afetado).

FIGURA 12.1.1: Marcos ósseos para o BNAI. 1 (língula); 2 (borda distal do FIGURA 12.1.2: A borda posterior do ramo mandibular pode ser
ramo); 3 (incisura coronoide); 4 (processo coronoide); 5 (incisura segmoi- aproximada intraoralmente pela utilização da rafe pterigomandi-
de); 6 (colo do côndilo); 7 (cabeça do côndilo). bular ao se voltar superiormente em direção a maxila. 33
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”
FIGURA 12.1.3: Área anestesiada por um bloqueio do nervo alveolar inferior. FIGURA 12.1.4: Note a posição do corpo da seringa no canto da
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” boca, geralmente correspondendo aos pré-molares. A ponta da agu-
lha toca a extremidade mais distal da rafe pterigomandibular.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Colocar o corpo da seringa no canto contralateral da
boca, na região de pré-molares
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa lingual do ramo da mandíbula, na inter-
secção de uma linha horizontal (orienta o sentido anteroposterior - Bisel voltado para o osso
da injeção) e outra vertical (orienta a altura da injeção) - Introduzir a agulha lentamente até que toque osso
- ÁREA ALVO: nervo alveolar inferior antes de entrar no forame (aproximadamente 20-25mm – 2/3 da agulha longa)
- PONTOS DE REFERÊNCIA: incisura coronoide, rafe pterigoman- - Recuar 1mm para evitar injeção subperiosteal
dibular e plano oclusal dos dentes inferiores posteriores - Aspirar
- Coloque o polegar da mão esquerda na incisura coronoide. Uma - Depositar 1,5ml de solução lentamente
linha imaginária liga a ponta do dedo à parte mais posterior da rafe - Para anestesiar o NERVO LINGUAL recue a seringa
- Essa linha deve ser paralela ao plano oclusal e à uma altura de 6 até ficar apenas metade da agulha no tecido
a 10mm acima dele - Aspirar
- A agulha deverá ser inserida no ponto que corresponde à três - Deposite a solução restante de 0,3ml
quartos dessa linha imaginária - Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico

FIGURA 12.1.5: Colocação da agulha e seringa para um BNAI. FIGURA 12.1.6: A profundidade de penetração é de 20 a 25 mm.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

BLOQUEIO DO NERVO BUCAL


- OUTRO NOME: bloqueio do nervo bucinador.
- NERVO ANESTESIADO: bucal.
- ÁREA ANESTESIADA: tecidos moles e periósteo bucal dos molares inferiores.

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
FIGURA 12.2.1: Área anestesiada por um bloqueio do nervo bucal.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURAS 12.2.2 e 12.2.3: Alinhamento da seringa: paralelamente ao plano oclusal no lado da injeção, mas bucal a ele, e
distal e bucalmente ao último molar.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta ou longa, calibre 25 ou 27 - Bisel voltado para o osso
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa distal e bucal em relação - Inserir a agulha paralelamente ao plano oclusal, e distal-
ao último molar do arco mente e bucalmente ao último molar
- ÁREA ALVO: nervo bucal ao passar sobre a borda anterior - Injetar anestésico a cada camada que a agulha avança
do ramo da mandíbula - Introduzir até tocar osso (aproximadamente 2 a 4mm)
- PONTOS DE REFERÊNCIA: molares inferiores - Aspirar
- Afastar os tecidos para melhor visibilidade - Depositar 0,3ml de solução lentamente
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Não deixar os tecidos inflarem como um balão
- Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento

BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: TÉCNICA


DE GOW-GATES (BNMGG)

- OUTROS NOMES: bloqueio nervoso da terceira divisão; bloqueio nervoso V³......................................


- A técnica Gow-Gates é um verdadeiro bloqueio nervoso mandibular por proporcionar anestesia em
praticamente toda a distribuição de V³........................................................................................................
- O nervo alveolar inferior, o lingual, o milo-hióideo, o mentual, o incisivo, o auriculotemporal e o bucal
são todos bloqueados.............................................................................................................................
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar inferior, mentual, incisivo, lingual, auriculotemporal, milo-hióideo
e bucal (em 75% dos pacientes)..............................................................................................................
- ÁREAS ANESTESIADAS.......................................................................................................................
• Dentes inferiores até a linha média;................................................................................................

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• Mucoperiósteo e mucosas bucais do lado da injeção;.........................................................................
• 2/3 anteriores da língua e assoalho da cavidade oral; ........................................................................
• Tecidos moles e periósteo da língua; ..................................................................................................
• Corpo da mandíbula; ................................................. ........................................... ..............................
• Pele do zigoma e regiões temporais. ........................................... .............................................

- INDICAÇÕES

• Múltiplos procedimentos nos dentes inferiores; ...................................................................................


• Procedimentos nos tecidos moles bucais ou linguais do terceiro molar até a linha média;............
• Quando o bloqueio do nervo alveolar inferior não se fez efetivo................................................

- VANTAGENS: maior frequência de êxito que o BNAI; menor índice de aspiração positiva (2% vs 10%
a 15% do BNAI); ausência de problemas de inervação acessória aos dentes inferiores; requer apenas
uma injeção; o bloqueio nervoso bucal é geralmente desnecessário.

- DESVANTAGEM: o índice do insucesso usando o BNMGG pode ser tao alto quando o insucesso do
BNAI caso o dentista não tenha experiência com a técnica.

- COMPLICAÇÕES: hematoma; trismo (raro); paralisia temporária do III, IV e VI nervos cranianos


(causando diplopia, blefaroptose, paralisia completo do olho por até 20 minutos após a injeção).

FIGURA 12.3.1: Área anestesiada por um bloqueio do nervo mandibular (de Gow-Gates).
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 12.3.2: Área alvo: colo do côndilo. FIGURA 12.3.3: Marcos extraorais FIGURA 12.3.4: O corpo da seringa e a
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed agulha ficam paralelos à linha que conecta
(6° edição)” (6° edição)” o canto da boca ao tragus.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local –
Malamed (6° edição)”

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FIGURA 12.3.5: Marcos intraorais. A ponta da agulha é colocada imediatamente abaixo da cúspide mesiolingual do segundo molar ma-
xilar A (e é movida até um ponto imediatamente distal ao molar) B (mantendo a altura da etapa anterior). Esse é o ponto de inserção.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Dirigir a seringa para a área alvo
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: mucosa da parte mesial do ramo - OBS: a altura de inserção é maior que aquela do BNAI
mandibular, numa linha do trago até o canto da boca, ime- - Orientação do bisel é irrelevante
diatamente distal ao último molar do arco superior
- Introduzir a agulha lentamente até tocar osso (colo do côn-
- ÁREA ALVO: lateral do colo condilar dilo) aproximadamente 25mm – 2/3 da agulha longa)
- REFERÊNCIA EXTRAORAL: borda inferior do tragos e co- - Recuar 1mm para evitar injeção subperiosteal
missura labial - Aspirar (se a aspiração for positiva, retrair a agulha e re-
- REFERÊNCIA INTRAORAL: cúspide mesiolingual e face angula-la um pouco para superior. Normalmente isso ocorre
distal do segundo molar maxilar na artéria maxilar interna (que está inferior à área alvo)
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Depositar 1,8ml - 3ml de solução lentamente
- Dirigir a seringa a partir do canto da boca do lado oposto - Pedir para o paciente manter a boca aberta por 2 minutos
- A agulha deve ser colocada imediatamente à distal do último para permitir a difusão do anestésico
molar superior, e na altura imediatamente abaixo da cúspide - Aguardar pelo menos 5 minutos antes do procedimento
mesiolingual desse mesmo dente (o início da anestesia pelo BNMGG é mais lento)
- Alinhar a agulha com o plano comissura-tragos

BLOQUEIO MANDIBULAR DE BOCA FECHADA DE


VAZIRANI-AKINOSI
- OUTROS NOMES: técnica da tuberosidade.
- NERVOS ANESTESIADOS: alveolar inferior, incisivo, mentual, lingual e milo-hióideo.
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Dentes inferiores até a linha média;
• Corpo da mandíbula e parte inferior do ramo mandibular;
• Mucoperiósteo e mucosas bucais anteriores ao forame mentual;
• 2/3 anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual);
• Tecidos moles e periósteo linguais (nervo lingual).
- INDICAÇÕES
• Pacientes com limitação de abertura bucal, trismo;
• Pacientes com presença de espasmos dos músculos da mastigação;
• Múltiplos procedimentos em dentes inferiores;
• Incapacidade de ver pontos de referência para o BNAI (por exemplo, devido à língua grande).
- VANTAGENS: relativamente atraumático, baixa frequência de aspiração, proporciona uma anestesia
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eficaz na presença de um nervo alveolar inferior bífido e de canais mandibulares bífidos.
- DESVANTAGENS: difícil visualização da trajetória da agulha e a profundidade de inserção; nenhum
contato ósseo (profundidade de penetração arbitrária).
- COMPLICAÇÕES: hematoma; trismo (raro); paralisia transitória do nervo facial (causada pela inser-
ção excessiva e a injeção da solução anestésica na glândula parótida).

FIGURA 12.4.1: Área anestesiada por um bloqueio de Gow-Gates. FIGURA 12.4.2: A (Área de inserção da agulha em um bloqueio de Vazirani-
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” Akinosi), B (Mantenha a seringa e a agulha na altura da junção mucogengi-
val acima do terceiro molar maxilar).

FIGURAS 12.4.3 e 12.4.4: O corpo daseringa é mantido paralelo ao plano oclusal maxilar, com a agulha FIGURA 12.4.5: Avance a agulha posteriormente até
no nível da junção mucogengival do segundo e terceiro molares maxilares. os tecidos no lado medial do ramo mandibular.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed
(6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha longa, calibre 25 ou 27 - Manter a agulha paralela ao plano oclusal e na altura da
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: tecidos moles sobrejacentes à junção mucogengival do segundo ou terceiro molares superi-
borda lingual do ramo mandibular adjacente à tuberosidade ores
maxilar, na parte alta da junção mucogengival do segundo - Bisel voltado para a linha média
ou terceiro molar maxilar - Introduzir a agulha posteriormente e um pouco lateralmente,
- ÁREA ALVO: tecidos moles na região do nervo alveolar de modo que ela avance tangente ao processo alveolar supe-
inferior, do lingual e do milo-hióideo. A altura da injeção é rior posterior e paralela ao plano oclusal
abaixo da BNMGG e acima do BNAI - Introduzir a agulha 25mm – 2/3 da agulha longa
- PONTOS DE REFERÊNCIA: junção mucogengival do - Aspirar
terceiro ou segundo molar superior; tuberosidade maxilar e - Depositar 1,5ml – 1,8ml de solução lentamente
incisura coronoide
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento
- Pedir para o paciente ocluir suavemente

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
BLOQUEIO DO NERVO MENTUAL
- O nervo mentual é um ramo terminal do nervo alveolar inferior, e se localiza entre o ápice do
primeiro e do segundo pré-molares inferiores.
- NERVO ANESTESIADO: mentual.
- ÁREAS ANESTESIADAS: membrana mucosa bucal anteriormente ao forame mentual até a linha
média, e a pele do lábio inferior e do queixo.
- INDICAÇÕES: biópsias dos tecidos moles; suturas de tecidos moles.
- PRECAUÇÕES: evite tocar no periósteo com a agulha (doloroso). O contato da agulha com o nervo
mentual pode ocasionar uma sensação de “choque”.
- COMPLICAÇÕES: hematoma, parestesias no lábio e/ou queixo.

FIGURA 12.5.1: Área anestesiada pelo bloqueio do nervo mentual. FIGURA 12.5.2: Localize o forame mentual movendo o dedo na
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” região anterior até o osso parecer irregular e côncavo.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 12.5.3: Posição do cirurgião-dentista para bloqueio do nervo mentual direito (A) e esquerdo (B). FIGURA 12.5.4: Local de penetração da agulha.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)” FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Ma-
lamed (6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta calibre 25 ou 27 - Secar com gaze e aplicar anestésico tópico
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: prega mucobucal no forame - Afastar a mucosa (melhor visualização)
mentual ou imediatamente anterior à ele - Bisel voltado para o osso
- ÁREA ALVO: nervo mentual - Introduzir a agulha até o forame (5-6mm)
- Peça para o paciente fechar parcialmente a boca - Aspirar
- Com o dedo, localizar extraoralmente o forame mentual. - Depositar 0,6ml de solução anestésica (1/3 do tubete)
Pode ser que o paciente sinta algum incomodo - Aguardar de 2 a 3 minutos antes do procedimento
- OBS: o osso posterior e anterior ao forame é liso, mas
em torno dele, é mais áspero

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BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO
- O nervo incisivo é um ramo terminal do nervo alveolar inferior como uma continuação direta deste
no forame mentual, seguindo anteriormente pelo canal incisivo, fornecendo inervação àqueles dentes
anteriormente ao forame mentual.
- NERVOS ANESTESIADOS: mentual e incisivo.
- ÁREAS ANESTESIADAS
• Mucosa bucal anterior ao forame mentual;
• Lábio inferior e pele do queixo;
• Fibras nervosas pulpares aos pré-molares, caninos e incisivos.
- INDICAÇÕES
• Procedimentos envolvendo a anestesia pulpar;
• Casos em que o bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI) não está indicado (por ex: tratamento
de múltiplos dentes anteriores, para evitar BNAI bileterais).
- PRECAUÇÕES: evite tocar no periósteo com a agulha (doloroso). O contato da agulha com o nervo
mentual pode ocasionar uma sensação de “choque”.
- COMPLICAÇÕES: hematoma, parestesias no lábio e/ou queixo.

FIGURA 12.6.1: Área anestesiada por um bloqueio nervoso incisivo.


FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed (6° edição)”

FIGURA 12.6.2: Retraia o lábio para inserção FIGURA 12.6.3: Para obter anestesia lingual após FIGURA 12.6.4: Retraia a língua para obter
atraumática da agulha. esse bloqueio, insira a agulha interproximalmente e melhor acesso a borda lingual da mandíbula.
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Ma- deposite anestésico enquanto a agulha avança em FONTE: livro “Manual de Anestesia Local –
lamed (6° edição)” direção lingual. Malamed (6° edição)”
FONTE: livro “Manual de Anestesia Local – Malamed
(6° edição)”

TÉCNICA
- Agulha curta calibre 27 - Introduzir a agulha na região de canino ou primeiro pré-molar,
- ÁREA DE INTRODUÇÃO: prega mucobucal no forame dirigindo a agulha ao forame mentual
mentual ou imediatamente anterior à ele - Avançar a agulha até o forame (5-6mm)
- ÁREA ALVO: nervo mentual, onde no interior se encontra o- Aspirar

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nervo incisivo - Depositar 0,6ml de solução anestésica (1/3 do tubete)
- Peça para o paciente fechar parcialmente a boca - Durante a injeção, manter uma pressão leve do dedo sobre
- Com o dedo, localizar extraoralmente, o forame mentual o local de injeção (intra ou extraoral) para aumentar o volu-
Pode ser que o paciente sinta algum incomodo me de solução entrando no forame
- Secar com gaze e aplicar anestésico tópico - Os tecidos podem inflar ligeiramente
- Afastar a mucosa (melhor visualização) - Retirar a agulha
- Bisel voltado para o osso - Manter pressão, agora mais firme, no local por 2 minutos
- Aguardar de 3 a 5 minutos antes do procedimento

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QUESTÕES
TEMA: ANESTÉSICOS E VASOCONSTRITORES

1. (FUNCERN -2018) O anestésico mais apropriado para uso em gestante é:


a) Mepivacaína.
b) Lidocaína.
c) Bupvacaína.
d) Prilocaína.
REFERÊNCIA: Ano: 2018 Banca: FUNCERN Órgão: Consórcio do Trairí - RN Prova: FUNCERN - 2018 - Consórcio do Trairí - RN - Cirurgião Dentista. Retirado do site: Q
Concursos.com >https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/odontologia-odontologia/anestesiologia-em-odontologia/questoes?page=2<

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2. (STF-2008) A biotransformacão da prilocaína é mais lenta que a da lidocaína e ocorre principalmente


no fígado.
a) Certo
b) Errado
REFERÊNCIA: Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STF Prova: CESPE - 2008 - STF - Analista Judiciário - Odontologia. Retirado do site Q concursos.com
>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2008-stf-analista-judiciario-odontologia/questoes?page=27&per_page=5<
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3. (AOCP-2018) A velocidade com que um anestésico local é removido do sangue é descrita como
meia-vida de eliminação. Dos anestésicos locais abaixo, o que possui a menor meia-vida é a:
a) Articaína
b) Prilocaína
c) Lidocaína
d) Mepivacaína
e) Bupivacaína
REFERÊNCIA: Ano: 2019 Banca: Instituto AOCP Prova: Polícia Civil do Espírito Santo-ES- Períto Criminal – Área 6, questão 58. Retirada do site Gran Concursos >
https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/odontologia-anestesiologia <
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4. (AOCP-2019) Em casos de superdosagem de anetésicos locais, o sistema que originará os primeiros


sinais e sintomas clínicos é o :
a) Respiratório
b) Cardiovascular

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
c) Hepático
d) Nervoso central
e) Renal
REFERÊNCIA: Ano: 2019 Banca: Instituto AOCP Prova: Polícia Civil do Espírito Santo-ES- Períto Criminal – Área 6, questão 58. Retirada do site Gran Concursos >
https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/odontologia-anestesiologia <
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5. (CESPE-2017) Uma mulher de 23 anos de idade compareceu ao consultório odontológico para a


extração de dentes. Na anamnese, ela relatou ser portadora de anemia. Devido à possibilidade de agravamen-
to do quadro sistêmico da paciente, a ela é contraindicado o sal anestésico:
a) Lidocaína
b) Bupivacaína
c) Mepivacaina
d) Articaína
e) Prilocaína
REFERÊNCIA: Ano: 2017 Banca: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB, CESPE Prova: Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, Analista Judiciário, Odo ntologia- Questão
32. Retirada do site Q Concursos > https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/da777ebd-89 <
____________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. (AOCP-2018) Ao realizar uma anestesia utilizando a lidocaína 2% sem vasoconstritor, a duração do


efeito pulpar é de:
a) 5 a 10 minutos
b) 20 minutos
c) 30 minutos
d) 40 minutos
e) 50 minutos
REFERÊNCIA: Ano: 2018 Banca: AOCP Prova: Prefeitura Municipal de Belém, Odontologia. Retirada do site Questões Estratégicas >
https://www.questoesestrategicas.com.br/questoes/busca/assunto/anestesiologia?pagina=3 <

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7. (AOCP-2017) O vasoconstritor é adicionado aos anestésicos com a finalidade de:


a) Aumentar o prazo de validade do anestésico
b) Aumentar a velocidade de absorção
c) Diminuir a velocidade de absorção e aumentar o tempo de duração
d) Aumentar a quantidade de anestésico utilizado
e) Baratear o custo
REFERÊNCIA: Ano: 2017 Banca: AOCP Prova: INSTITUTO AOCP - 2017 - EBSERH - Cirurgião Dentista (HUJB – UFCG). Retirada do site Questões Estratégicas >
https://www.questoesestrategicas.com.br/questoes/busca/assunto/anestesiologia?pagina=4 <

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8. (IDECAN – 2017) Todos os anestésicos locais utilizados na clínica diária apresentam algum grau de
vasodilatação. Essa é a razão porque a maior parte deles encontra-se associada a um vasoconstritor. São
considerados benefícios dessa associação, EXCETO:
a) Redução do sangramento transoperatório.
b) Redução do fluxo sanguíneo para o local de injeção.
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c) Aceleração da absorção do anestésico para a circulação sanguínea.
d) Menor toxicidade devido aos níveis mais baixos de fármaco no sangue.
REFERÊNCIA: Ano: 2017 Banca: IDECAN Prova: IDECAN – 2017 – Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo – MG, Cirurgião Dentista. Retirada do site Q Concursos >
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/6dd1cdd9-3d <

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TEMA: ARMAMENTÁRIO

1. A respeito dos instrumentais odontológicos e seu manuseio, julgue o item:


Após o atendimento odontológico, a agulha retirada de uma seringa do tipo carpule deve ser entortada ou
quebrada e tratada como artigo semicrítico não reaproveitável, antes de ser descartada em recipiente rígido
apropriado para perfurocortantes.
( ) CORRETO
( ) ERRADO
REFERÊNCIA: Questões de concurso. Disponível em: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/ab58da02-b5. Acesso: 12 de agosto de 2020.

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2. Julgue os próximos itens, relativos à anestesiologia odontológica:

As seringas carpule com refluxos facilitam a observação de possível e indesejada injeção intravascular. Se a agulha estiver
dentro de uma artéria, enquanto o êmbolo é pressionado o sangue reflui para dentro do tubete.

( ) CORRETO
( ) ERRADO
REFERÊNCIA: Gran cursos questões. Disponível em: https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/odontologia-anestesiologia/566950. Acesso: 12 de
agosto de 2020.

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3. Sobre o recobrimento da agulha:

Após a remoção da carpule da boca do paciente, a agulha deve ser colocada em cima da bandeja odontológi-
ca, depois o Cirurgião Dentista deve pega-la pela ponta e jogar no lixo comum:

( ) CORRETO

( ) ERRADO

REFERÊNCIA: Ana Paula.

4. Marque V para VERDADEIRO e F para FALSO:


a) ( ) Um antisséptico tópico não deve ser usado para o preparo do local da injeção pois pode ocasio-
nar uma crise alérgica no paciente.
b) ( ) O uso do anestésico tópico é fortemente recomendado antes da penetração inicial da agulha na
mucosa.
c) ( ) As hastes aplicadoras devem estar disponíveis como parte do equipamento para anestésicos
locais.

43
REFERÊNCIA: Ana Paula.

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5. Preencha os espaços de acordo com os nomes das estruturas:

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TEMA: PRECAUÇÕES E SUPERDOSAGEM

1. Os anestésicos locais são drogas relativamente seguras quando usadas na forma recomendada.
Porém, o uso de qualquer droga, inclusive anestésicos locais, gera o risco de respostas indesejadas,
principalmente quando há superdosagem. Em relação aos fatores relacionados a uma superdosagem no uso
de anestésicos locais, é incorreto afirmar que:
a) Quanto maior a vascularização do local de injeção, mais rápida será a absorção da droga para a
circulação, aumentando o risco de superdosagem.
b) A injeção intravascular acidental de anestésico local pode gerar níveis de drogas especialmente altos
em tempo mínimo, levando a reações de superdosagem sérias.
c) Velocidade de injeção do anestésico não está relacionada ao aumento do risco de superdosagem,
uma vez que a quantidade de droga injetada será a mesma.
d) A adição de um vasoconstritor ao anestésico local diminui a perfusão da área e a velocidade de
absorção sistêmica da área, reduzindo a toxicidade do anestésico e o risco de superdosagem.
UNILAVRAS - Prefeitura de Bom Despacho – MG – Gestor público municipal – Odontologia

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2. Em casos de superdosagem de anestésicos locais, o sistema que originará os sinais e sintomas


clínicos iniciais é o
a) Respiratório
b) Cardiovascular
c) Hepático
d) Nervoso central
e) Renal

Policia Civil do Espírito Santo – ES (PC/ES/ES) 2019, Cargo: perito oficial criminal – área 6/ questão 59, Banca: instituto AOCP Nivel: superior

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44

A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!
3. A overdose de anestésicos locais pode ser causa de óbito. O primeiro passo para o tratamento da
overdose grave é:
a) Colocar o paciente em posição supina, com os pés ligeiramente elevados.
b) Proporcionar oxigenação e ventilação adequadas
c) Realizar massagem cardíaca
d) Administrar benzodiazepínicos injetáveis
e) Administrar um vasopressor para elevar a pressão arterial.

Policia Civil do Espírito Santo – ES (PC/ES/ES) 2019 Cargo: perito oficial criminal – área 6/ questão 65 Banca: instituto AOCP Nivel: superior

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4. O que se deve fazer quando um paciente afirma ser alérgico a um anestésico local?
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_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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TEMA: ANATOMIA MANDIBULAR

1. A divisão do nervo mandibular (V3) provém de qual nervo?


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2. Quais são os ramos do nervo mandibular (V3)? Nomeie as estruturas abaixo.

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3. De acordo com as imagens, responda qual(is) nervo(os) bloqueamos para anestesiar as áreas que
estão marcadas.

45
4. Para realizar a exodontia do elemento 36 qual (is) bloqueio (os) devemos fazer?
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5. Para realizar a exodontia do elemento 41 qual (is) bloqueio (os) devemos fazer?

__________________________________________________________________________________________

6. Para realizar a exodontia do elemento 44 qual (is) bloqueio (os) devemos fazer?
__________________________________________________________________________________________

7. Julgue as alternativas abaixo como verdadeira ou falsa:

( ) Um dos nervos que devemos bloquear para fazer a extração do elemento 36 é o Nervo Alveolar Superior
Posterior;

( ) O bloqueio do Nervo Alveolar inferior é incomum na prática odontológica;

( ) O Nervo Mentual se origina através do forame Mentual;

( ) O Nervo Bucal inerva tecidos moles e o periósteo dos molares superiores;

( ) O Nervo Incisivo também inerva a polpa dos incisivos e caninos inferiores;

( ) Quando fazemos o bloqueio do Nervo Lingual anestesiamos toda a língua do paciente;


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8. Cite algumas indicações para realizarmos o bloqueio do Nervo Mentual e do Nervo Incisivo:

46
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

9. Em quais procedimentos devemos bloquear o Nervo Bucal e o Nervo Lingual?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

10. Complete a tabela:

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11. Colora as estruturas de acordo com a legenda abaixo:
 Nervo mandibular: azul
 N. Alveolar inferior: vermelho
 N. Bucal: verde
 N. Lingual: laranja
 N. Mentoniano: preto
 N. Incisivo: amarelo
 N. Milo-hiódeo: rosa
47
REFERÊNCIAS:
https://www.passeidireto.com/arquivo/7322
7681/tecnicas-anestesicas-mandibulares;
Livro Malamed;
; Aulas apresentadas pela professora Thais
Apostila Anatomia Cabeça e Pescoço;
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TEMA: TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA

1. A técnica de anestesia dos ramos do nervo maxilar é eficaz para produzir anestesia profunda de parte
da maxila, quando necessários procedimentos que envolvem quadrantes em cirurgias extensas, como exérese
de lesões e instalação de implantes. Considerando-se os aspectos anatômicos da região, as condições do
paciente, bem como a técnica de administração, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que
contém todas as CORRETAS.

I. Após o bloqueio troncular da segunda divisão do V par, o anestésico pode se difundir pela fissura orbital
inferior, causando diplopia, por bloqueio temporário do VI par craniano.
II. No caso da anestesia por bloqueio do nervo infraorbital, é possível haver o deslocamento das estruturas
orbitais por volume excessivo, produzindo tumefação periorbital e proptose.
III. Poderá ocorrer o bloqueio anestésico do VII par craniano, no interior da glândula parótida, causando
paralisia facial.
IV. Uma possível injeção intravascular, por penetração da agulha no plexo venoso pterigoideo, ou mesmo por
perfuração da artéria maxilar, poderá ocorrer quando da realização do bloqueio do nervo alveolar superior
posterior.
a) Apenas I, II e III
b) Apenas I, II e IV
c) Apenas II e IV
d) Apenas I e IV
e) Apenas I e II
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48
2. A técnica anestésica, mais utilizada para anestesia dos dentes maxilares, é indicada para protocolos
de tratamento limitados a uma área relativamente circunscrita, podendo envolver poucos dentes e tecidos
moles adjacentes. Essa injeção é chamada:
a. Supraperiostal
b. Intraligamentar
c. Intraóssea
d. Intrapulpar
e. Intrasseptal

Concurso: Tribunal de Justiça do Mato Grosso do SUL-MS (TJ/MS) Ano: 2017, Cargo: Técnico de Nível Superior – Odontologi, Banca: PUC-PR.

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3. (AOCP-EBSERH/HU-UFJF-2015) Para anestesiar os incisivos superiores, os caninos superiores e os


pré-molares superiores, sem causar a anestesia dos músculos da expressão facial, o local da punção deve ser:
a) Por vestibular entre o canino superior e o primeiro pré-molar superior.
b) Por vestibular entre o incisivo lateral e o canino superior.
c) Por vestibular entre o primeiro e o segundo pré-molar superior.
d) No palato duro, na metade do caminho, ao longo de uma linha imaginária, conectando a sutura
palatina mediana à margem gengival livre (a referencia é o ponto de contato entre os pré-molares superiores)
e) No palato duro, próximo à margem cervical do canino superior (2mm abaixo), com o bisel voltado
para o osso, e injetando um volume máximo de anestésico de um terço do tubete.
__________________________________________________________________________________________

4. Para uma adequada anestesia local é necessário que o cirurgião dentista saiba corretamente a
anatomia do nervo trigêmeos e suas ramificações. Referente a anatomia detalhe a ramificação o nervo
trigêmeo na maxila.
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__________________________________________________________________________________________
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5. Para fazer o procedimento odontológico como uma restauração CL II no elemento 14 em resina e a


extração dos dentes 15 e 16 com doença periodontal avançada em uma única seção clinica o cirurgião dentista
deve optar por qual técnica anestésica?
a) Bloqueio do nervo Infraorbitario
b) Supraperiostial/ Bloqueio do nervo Nasopalatino
c) Bloqueio dos nervos alveolares superior médio e posterior/ bloqueio do nervo palatino maior
d) Bloqueio do nervo alveolar médio/ Bloqueio do nervo lingual
__________________________________________________________________________________________

6. Uma das técnicas anestésicas maxilares que objetivam anestesiar a região anterior da maxila é a
técnica de Bloqueio do nervo infraorbital. Marque a alternativa correta acerca das áreas que serão anestesia-
das com essa técnica.
a) Pálpebra inferior, asa do nariz externa e lábio superior
b) Pálpebra superior e inferior, asa do nariz externa e lábio superior

49
c) Pálpebra inferior, asa do nariz interna e lábio inferior
d) Pálpebra superior, asa do nariz interna e lábio superior

REFERÊNCIA: 2016, IBFC, EBSERH, Cirurgião Dentista - Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Faciais (huap-uff). Prova: 57383
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7. Sobre as técnicas da maxila, assinale a INCORRETA.


a) A técnica NASA também conhecida com infraorbitária além de anestesiar tecidos intra bucais ela
também anestesia a pálpebra inferior, asa do nariz externa e lábio superior.
b) A técnica intra-pulpar deve ser aplicada apenas em dentes da maxila
c) A técnica do bloqueio do nervo alveolar superior posterior na maioria das vezes não anestesia a raiz
mesial no primeiro molar superior.
d) Na técnica supraperiostial o anestésico é depositado sob o periósteo junto ao osso.
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8. Para realizar uma exodontia dos elemento 12, 11, 21 e 22 quais técnicas anestesia são as indicadas
para o procedimento?
a) Bloqueio do nervo Infraorbitário/ Bloqueio do nervo Nasopalatino
b) Supraperiostial/ Bloqueio do nervo Nasopalatino
c) Bloqueio dos nervo alveolar posterior/ bloqueio do nervo Palatino maior
d) Bloqueio do nervo alveolar médio/ IntraPulpar

GABARITO

ANESTÉSICOS E
ARMAMENTÁRIO
VASOCONSTRITORES
QUESTÕES RESPOSTAS
QUESTÕES RESPOSTAS
1 ERRADA
1 B
2 ERRADA
2 B
3 ERRADA
3 A
4 F, V, V
4 D
1° bisel / 2° corpo / 3° fixação / 4°
5 E
5 adapatador da seringa / 5° extremida-
6 A
de de penetração
7 C
8 C

PRECAUÇÕES E SUPERDOSAGEM

QUESTÕES RESPOSTAS
1 C
2 D
3 A
Acredite no paciente! Não use nenhuma forma de anestésico local (especialmente os tópicos) até que você
4 seja capaz de determinar se existe uma alergia real, documentada e reprodutível. Procure determinar o que
aconteceu de verdade para fazer com que o paciente fizesse essa afirmação e como sua “reação” foi tratada.

50
ANATOMIA MANDIBULAR
QUESTÕES RESPOSTAS
1 O nervo mandibular corresponde a terceira divisão (V3) do nervo trigêmeo.
N. Alveolar inferior, N. Bucal, N. Lingual, N. Mentoniano, N. Incisivo e N. Milo-Hióideo.
1. N. Mandibular /
2. N. Bucal
2 3. N. Alveolar inferior
4. N. Mentoniano
5. N. Lingual
6. Gânglio trigemial
2. N. Bucal
3 3. N. Mentoniano
4. Bloqueio do N. Mandibular
4 N. Lingual, n. Alveolar inferior e n. Bucal. (Lado esquerdo)
5 N. Alveolar inferior, N. Incisivo, N. Mentual e N. Lingual. (Lado direito)
6 N. Alveolar inferior, N. Lingual e N. Mentoniano. (Lado direito)
7 (F) (F) (V) (F) (V) (F)

Uma das indicações para realizar o bloqueio do N. Incisivo é quando algum dente anterior inferior vai passar
8 por tratamento endodôntico. Já uma indicação para realizar o bloqueio do N. Mentoniano é em caso de sutu-
ra ou biópsia em tecidos moles vestibular na região do forame mentual até a linha média.

Uma das indicações para realizar o bloqueio do N. Bucal é em caso de sutura de algum tecido mole da região
9 vestibular dos molares inferiores. Já o bloqueio do N. Lingual é indicado em casos onde o dentista precisa de
fazer um procedimento mais invasivo na língua do paciente.

NERVO ÁREAS ANESTESIADAS INDICAÇÕES

- Polpa dos dentes inferiores até a linha - Tratamento Endodôntico de dentes inferiores;
média; - Biópsia e sutura de tecidos moles na região de
Nervo
- Mucosa vestibular da linha média até a 2º PM até a linha média;
alveolar
distal do 2º pré-molar; - Extração de dentes inferiores (para extrair os
inferior
- Metade do lábio (do lado anestesiado); posteriores é necessário bloquear o N. Bucal
- Pele do mento; também)

10 - Tecidos moles e periósteo vestibular dos - Procedimentos que envolvam os tecidos moles
Nervo Bucal
molares inferiores; vestibulares na região de molares inferiores;

Nervo - Mucosa lingual de todo hemiarco ou da - Procedimentos que exijam anestesia apenas do
Lingual região anterior ao local da punção; tecido mole lingual;

- Mucosa vestibular anterior a região do - Biópsia e sutura em tecido mole vestibular an-
Nervo forame mentual até a linha média; terior a região do forame até a linha média;
Mentoniano - Pele do lábio inferior;
- Pele do mento;

51
- Mucosa vestibular anterior a região do - Tratamento endodôntico
forame mentoniano até a linha média; - Biópsia e sutura em tecido mole vestibular an-
Nervo - Pele do lábio inferior; terior a região do forame até a linha média;
Incisivo - Pele do mento;
- Polpa e tecido ósseo de pré-molares, ca-
ninos e incisivos;

11

TÉCNICAS ANESTÉSICAS DA MAXILA


QUESTÕES RESPOSTAS
1 B
2 A
3 D
Por vestibular ele se ramifica em Nervo Alveolar Superior Posterior, Nervo Alveolar Superior Medio e Nervo Al-
4
veolar Superior Anterior. Por palatina ele se ramifica em Nervo Palatino maior e Nervo Naso Palatino.
5 C
6 A
7 B
8 A

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A venda desse material por outros meios, a não ser nas páginas dos autores descritos na introdução, é proibida. Denuncie!

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