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Objectivos
1. Conhecer o conceito de Insuficiência Renal (IR) e as principais diferenças
entre Insuficiência/Lesão Renal Aguda (IRA) e Doença Renal Crónica (DRC)
2. Conhecer as causas mais comuns da DRC
3. Conhecer a classificação da DRC e seus estadios de progressão
4. Conhecer os marcadores de dano renal (importantes para a prática clinica)
5. Explicar os mecanismos de adaptação renal à lesão e suas consequêencias
6. Explicar a fisiopatologia das manifestações clinicas da IRC
TFG
Estadio Descrição Manuseamento
(ml/min/1.73 m2)
Diagnóstico e tratamento da causa, se possivel
1 Dano renal com TFG normal 90
Tratamento precoce das co-morbilidades.
A detecção precoce do dano renal e aplicação de
Dano renal com TFG
2 60-89 medidas agressivas pode atrasar ou prevenir a
ligeiramente reduzida
progressão para insuficiência renal
TFG ligeira-moderadamente
3a 45-59
reduzida O mesmo que o anterior +
TFG moderada-gravemente Avaliação e tratameno das complicações
3b 30-44
reduzida
2. Creatinina sérica
3. Outras equações que têm como base os niveis de creatinina sérica e que tem em
conta as variações da creatinina com a idade, sexo, etnicidade e área de superficie
corporal (p.ex. Cockroft and Gault ou Modification of Diet in Renal Diseases (MDRD)
B- Proteinuria
4. Microalbuminuria
Corresponde à excreção de albumina acima do nivel normal mas abaixo do nivel detectado
pelos testes realizados para proteinuria total
Deve ser testada em todos grupos de risco para doença renal pelo menos uma vez ao ano
(historia familiar de dça renal, DM, HTA, LES...).
Normal 30 mg Normal
< 150 mg
20% é albumina ( 30 mg) 30-300 mg Microalbuminúria
Normal 30 mg Normal
< 150 mg
20% é albumina ( 30 mg) 30-300 mg Microalbuminúria
E- Anormalidades genéticas
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
Teoria
Percentagem de nefrónios
necessária para manter a balança
glomerulo-tubular na DRC
• Variável com os diferentes
solutos (linhas A, B, C)
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
Principais Manifestações
6 • Desordens gastrointestinais,
7 • Complicações neurológicas
6- Manifestações
6. 1- Acúmulo de produtos nitrogenados (Ureia e Creatinina)
• Não adequada. Nivel plasmático aumenta com da TFG mas está sujeito a outras influências
(p.e. ingestão proteica, desidratação)
• O aumento só deve ser valorizado se em simultâneo com o aumento da creatinina plasmática
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
6. 1- Acúmulo de produtos nitrogenados (Ureia e Creatinina)
Creatinina (normal = 0,6-1,5 mg/dl (44.2-134 mmol/l); varia com idade, sexo, massa muscular)
6- Manifestações
6.2- Balança da Água
6- Manifestações
6.2- Balança da Água
Isostenúria
osmolaridade urinária
semelhante à do plasma
Incapacidade dos rins em variar a osmolaridade urinária osmolaridade urinária 300 mOsm/l
Na Para excretar o total de solutos/dia (600 mOsm/l) diurese minima deverá ser 2000 ml/dia (600/300)
DRC
Na fase final da IRC (TFG 5 ml/min) retenção de água
Hiponatrémia
dilucional Desidratação
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
6.3- Balança do Na+
da TFG:
Mecanismos adaptativos para manutenção da balança do Na+
• Na fase inicial: • proporcional da reabsorção tubular de Na+
• da FENa (excreção até 30% do Na+ filtrado)
Na da TFG:
• Na fase avançada Retenção de Na+ (e água) no LEC edema, HTA
DRC
(e após atingir capacidade • Se ingestão excessiva de água hiponatrémia
máxima de excreção)
• Se restrição de água hipernatrémia (rara)
Manutenção da concentração de Na+ e H2O no LEC na IRC: diurese/24h + ingestão de 500 ml de água/24h
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
6.4- Balança do K+
6- Manifestações
6.4- Balança do K+
• Dieta,
• Acidose libertação do K+ intracelular ( de 0,6 mEq/l de K+ por redução de 0,1 no pH)
K+
• Sobrecarga de K+ endógena (hemólise, trauma, infecção)
6- Manifestações
6.5- Balança do H+
6- Manifestações
6.5- Balança do H+
Rim normal
Tubulo proximal
• Dependente do pH extracelular
6- Manifestações
6.5- Balança do H+
Rim normal
Celula intercalada
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
6.5- Balança do H+
Rim normal
a) Tampão Fosfato
(Na2HPO4/NaH2PO4)
= Na2HPO4- + H+ NaH2PO4- =
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
6.5- Balança do H+
Rim normal
a) Tampão Amónia:
(NH3/NH4)
= NH3 + H+ NH4 =
6- Manifestações
6.6- Metabolismo do Ca++, Fósforo e Vitamina D
Rim normal
6- Manifestações
6.6- Metabolismo do Ca++, Fósforo e Vitamina D
IRC avançada
(TFG < 20 ml/min)
6- Manifestações
6.6- Metabolismo do Ca++, Fósforo e Vitamina D
Hipocalcémia
Activação da Vit D PTH +
Hiperfosfatemia
reabsorção renal
reabsorção reabsorção óssea reabsorção renal
do Ca2+ filtrado
intestinal de Ca2+ de Ca2+ e PO43- do PO43- filtrado
( excreção de Ca2+ )
Osteodistrofia excreção
renal de PO43-
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
6- Manifestações
6.6- Metabolismo do Ca++, Fósforo e Vitamina D
Hiperparatiroidismo 2ário
Osteodistrofia Renal
• Descalcificação da fosfatase
• Aumento do Ca2+ extracelular (Hipercalcémia)
óssea alcalina
excitabilidade neuromuscular
fraqueza muscular • Deformidades
esqueléticas
• Fibrose do tecido ósseo medular
• Fracturas
• Litiase renal (precipitação de sais de cálcio)
• Desordens neurológicas (memória, depressão)
• Alterações cardiacas
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
Sindrome urémico
Manifestações em todos os sistemas organicos
Cardiovasculares
Respiratórias
Hematológicas
Neuromusculares
Gastrointestinais
Musculoesqueléticas
Cutâneas
Endócrinas…..
Sindrome urémico
Sindrome urémico
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
Independentemente da causa, a DRC representa uma perda da capacidade functional dos rins,
com deterioração progressiva da filtração glomerular, reabsorção tubular e funcoes endocrinas
Todas formas de DRC caracterizam-se por redução da TFG reflectindo redução do número de
nefrónios funcionais
A taxa de destruição dos nefrónios difere de caso para caso variando de meses até vários anos
À medida que as estruturas renais são destruidas, cada nefronio residual sofre hipertrofia
estrutural e funcional, de forma a compensar a função dos nefronios perdidos.
Neste processo, os nefrónios residuais devem filtrar uma maior carga de água e solutos do
sangue acabando tambem por sofrer destruição.
Tipicamente, os sinais e sintomas ocorrem gradualmente, não sendo evidentes até estadios
avançados da doença devido à capacidade de compensação dos rins.
Deste modo, os principios gerais de manuseamento da DRC passam sobretudo por tratar as
anormalidades metabolicas intercorrentes e retardar a progressão da doença
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
• Controlo da TA
Terapia de substituição
• Dialise peritoneal
• Hemodialise
• Transplante renal
Fisiopatologia
Doença Renal Crónica
• Anemia ( eritropoiese - resistência da medula óssea à acção da eritropoietina ou inibição da eritropoiese pelas toxinas uremicas; da
Hematológicas vida média das hemácias; perdas hemáticas; dieta- proteinas, vitaminas, ferro.
• Alteracao da hemostase devido as toxinas urémicas (defeitos qualitativos e quantitativos das plaquetas)
• susceptibilidade às infecções (defeitos na imunidade humoral e celular; alterações leucocitárias e das barreiras contra infecção)