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DOENÇAS RENAIS
1. EPIDEMIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA
RENAL CRÔNICA 5
Definição de DRC 5
Prevalência, etiologia e fatores de risco da DRC 6
Fisiopatologia da DRC 7
Hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal 9
2. NUTRIÇÃO NA DRC 18
Dietoterapia na DRC 18
Energia 19
Lipídio 20
Proteína 20
Carboidrato 22
Potássio 22
Sódio e líquidos 24
Fósforo 25
Cálcio 26
Ferro 26
Vitaminas 26
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
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FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS RENAIS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Objetivo da disciplina
Objetivos específicos
Ementa da disciplina
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FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS RENAIS
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Vazamentos peritoneais
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Urografia excretora
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2. NUTRIÇÃO NA DRC
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quando necessário, quais são as corporal diariamente, em virtude do
estratégias aplicadas no tratamento menor nível de atividade física.
conservador e na terapia dialítica. Como descrito no parágrafo acima,
para pacientes em tratamento
Energia conservador e em hemodiálise o
Não há diferenças nas limite mínimo de ingestão
recomendações de ingestão energética (~ 30 kcal/kg de peso
energética para indivíduos corporal/dia) poderia ser
saudáveis e para pacientes com interessante, mas é necessário que
DRC. Isso porque evidências haja uma avaliação individual e
científicas indicam que o gasto cautelosa de cada caso.
energético de repouso (GER) de
Uma questão importante de se
pacientes com DRC na fase dialítica
considerar é que pacientes em
é semelhante ao de indivíduos
tratamento conservador apresentam
saudáveis. No entanto, no
dificuldade em alcançar a ingestão
tratamento conservador, observa-se
energética recomendada, pois, nesta
um menor GER, enquanto na
fase, há necessidade de restrição de
hemodiálise observa-se um menor
proteínas. Assim, a ingestão de
nível de atividade física, indicando
alimentos altamente energéticos e
que estes pacientes (em tratamento
com baixo teor proteico é de suma
conservador e hemodiálise)
importância. Exemplos destes
requereriam menor ingestão
alimentos são: tubérculos, como
energética (~ 30 kcal/kg de peso
mandioca, farinha de tapioca e de
corporal/dia).
mandioca, doces, mel, margarina e
Segundo o guia norte- óleos de origem vegetal. Vale
americano de condutas em salientar que a dieta deve conter, no
nefrologia (National Kidney mínimo, 25 kcal por quilo de peso
Foundation/Clinical Practices for corporal para assegurar o balanço
Chronic Kidney Disease - nitrogenado, tendo em vista a
NKF/DOQI), pacientes com DRC necessidade de a dieta ser
com idade menor do que 60 anos hipoproteica no tratamento
devem ingerir cerca de 35 kcal por conservador.
quilo de peso corporal por dia,
Outra questão importante a se
enquanto aqueles com idade maior
considerar é a quantidade de energia
do que 60 anos devem consumir
contida na solução da diálise
cerca de 30 kcal por quilo de peso
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peritoneal, a qual apresenta elevado Para reduzir a ingestão de
conteúdo de glicose. Logo, gordura saturada, sugere-se a
principalmente para pacientes com ingestão de carnes e laticínios
sobrepeso ou obesidade, a magros e, no máximo, de dois ovos
quantidade de energia fornecida por semana. No tratamento
pelo dialisato deve ser descontada conservador, em virtude da
do plano alimentar do paciente. necessidade de reduzir o aporte
proteico, a dieta normalmente já é
Lipídio pobre em gorduras saturadas.
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pacientes com a taxa de filtração aminoácidos indispensáveis (1
glomerular acima de 70 ml por comprimido para cada 5 kg de peso
minuto devem ingerir uma dieta corporal), com exclusão
contendo entre 0,8 a 1,0 g/kg de praticamente total da ingestão de
peso corporal/dia. Considerando alimentos de origem animal. A
que esta é a recomendação de vantagem desta estratégia é o
ingestão proteica para indivíduos retardo ainda mais significativo da
saudáveis proposta pelo Institute of progressão da doença, porém, as
Medicine (DRI – RDA), estes desvantagens são a difícil adesão e o
indivíduos não necessitariam ser alto custo do suplemento.
submetidos à restrição proteica.
É de suma importância
No entanto, quando a taxa de salientar que, na presença da
filtração glomerular estiver entre 30 restrição proteica, a ingestão
a 70 ml por minuto sugere-se que a energética adequada é de suma
ingestão de proteína seja de 0,6 g/kg relevância para manter o balanço
de peso corporal/dia, sendo que nitrogenado do organismo. Para
50% dessa proteína deve ser pacientes com DRC e com diabetes,
proveniente de proteína de alto em que a ingestão energética é
valor biológico. Se o paciente prejudicada pelo deficiente
apresentar muito resistência à consumo de carboidratos, a ingestão
restrição proteica, a ingestão diária proteica diária deve ser de 0,6 a 0,8
de proteínas pode ser, no máximo, g por quilo de peso corporal.
de 0,8 g/kg de peso corporal.
Quando o paciente não está
Quando a taxa de filtração mais em tratamento conservador,
glomerular for inferior a 30 ml por isto é, está em tratamento dialítico,
minuto, a ingestão proteica diária a recomendação de ingestão
deve ser de 0,6 g por quilo de peso proteica é muito diferente. Para
corporal, com menos de 50% pacientes em hemodiálise, sugere-se
provenientes de proteínas de alto a ingestão de 1,2 g por quilo de peso
valor biológico. Outra opção para corporal diariamente, enquanto
estes pacientes (taxa inferior a 30 ml para os pacientes em diálise
por minuto) é uma dieta ainda mais peritoneal a recomendação é de 1,2 a
restrita na ingestão de proteínas – 1,4 g por quilo de peso corporal
0,3 g/kg de peso/dia – associada a diariamente. Em ambos
uma mistura de cetoácidos e (hemodiálise e diálise peritoneal),
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50% das proteínas ingeridas devem séricas de potássio. O que torna este
ser de alto valor biológico. Ressalta- quadro preocupante é que a
se que, em casos de hiperfosfatemia, hiperpotassemia está vinculada à
a ingestão proteica deve ser arritmia cardíaca e morte súbita.
diminuída para, no mínimo, 1 g por Dessa forma, recomenda-se a
quilo de peso corporal diariamente. restrição de alimentos ricos em
potássio, de forma que a ingestão
Carboidrato dietética deste nutriente seja de 50 a
A ingestão de carboidratos 70 mEq por dia. No proximo Quadro
também é similar entre indivíduos são apresentados os alimentos com
saudáveis e com DRC (~ 50 – 60% maior e menor teor de potássio.
do VET), devendo haver alteração
Vale ressaltar que, para
apenas quando o indivíduo
preparar as hortaliças, recomenda-
apresenta distúrbios no
se cocção em água, sendo que a água
metabolismo glicídico, como diabete
do cozimento deve ser descartada.
melito.
Este procedimento já reduz 60% do
Potássio conteúdo de potássio do alimento,
não havendo a necessidade de
repeti-lo.
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Quadro: Teor de potássio nos alimentos.
Frutas Hortaliças
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ALIMENTOS COM ELEVADA QUANTIDADE DE POTÁSSIO (> 5,1
MEQ/PORÇÃO)
Frutas Hortaliças
1 banana nanica média 1 pires de acelga crua
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restrição hídrica é mais aplicada desenvolvimento de hiperfosfatemia
para pacientes em hemodiálise, neste estágio, visto que os
porém, pode ser necessária também procedimentos dialíticos não são tão
na diálise peritoneal, caso o paciente eficientes na remoção de fósforo.
apresente retenção hídrica. Já no Desse modo, pacientes em diálise
tratamento conservador, a restrição devem ser orientados a ingerir de 8
hídrica quase nunca é necessária. a 17 mg de fósforo por kg de peso
corporal por dia. Alguns alimentos
Para pacientes em hemodiálise, ricos em fósforo que devem ser
a ingestão hídrica é calculada por evitados são: cervejas, refrigerantes
meio da somatória de 500 ml ao à base de cola, chocolates,
valor da diurese residual de 24 amendoim, castanhas e nozes.
horas. Para pacientes anúricos em
hemodiálise, a ingestão hídrica deve Ressalta-se que nem sempre a
ser de, no máximo, 1 L por dia. É restrição dietética de fósforo é
importante que o nutricionista deixe suficiente, havendo a necessidade de
claro para o paciente que estes se utilizar quelantes de fósforo
valores referem-se não somente a (exceto o quelante de hidróxido de
água, como também a líquidos, alumínio, que pode causar
como leite, sucos, sopas etc. intoxicação em pacientes com DRC).
Recomenda-se que, quando o Os quelantes devem ser ingeridos
paciente estiver com sede, ele ingira juntamente com as refeições que
água com gotas de limão, ao invés de contêm mais fontes de fósforo, não
sucos e refrigerantes. Outra havendo necessidade de se utilizar o
estratégia é reduzir o consumo de quelante quando a
alimentos muito salgados ou muito refeição/alimento possuir pouco
doces, os quais aumentam a sede. deste nutriente. Destaca-se que,
para pacientes que também
Fósforo possuam hipercalcemia, não se deve
No tratamento conservador, a utilizar quelantes à base de cálcio.
restrição proteica leva a uma
Finalmente, enfatiza-se que as
diminuição na ingestão de fósforo,
concentrações séricas de fósforo
pois estes nutrientes (proteína e
devem ser mantidas em torno de 2,7
fósforo) compartilham das mesmas
a 4,6 mg/dL para pacientes nos
fontes. No tratamento dialítico, a
estágios 3 e 4, e entre 3,5 e 5,5
restrição de fósforo se torna ainda
mg/dL para os em estágio 5.
mais importante, pois é comum o
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Cálcio A recomendação diária de
ingestão de ferro para pacientes com
DRC é a mesma proposta para
indivíduos saudáveis. No
tratamento conservador, em virtude
da restrição proteica e redução do
consumo de carnes, a
suplementação com ferro pode ser
necessária. No tratamento dialítico,
a combinação de eritropoietina
humana recombinante e ferro
No tratamento conservador, em endovenoso pode ser indicada para
virtude da restrição proteica, pode prevenir ou tratar a anemia.
ocorrer diminuição na ingestão
dietética de cálcio, e a Vitaminas
suplementação com esse Em razão das alterações
micronutriente pode ser necessária. dietéticas acima mencionadas, é
A recomendação de ingestão diária possível que a ingestão de algumas
de cálcio é de 1,4 a 1,6 g para vitaminas seja prejudicada. Não
pacientes em tratamento obstante, em decorrência dos
conservador e menor do que 1 g para processos dialíticos, pode ocorrer
pacientes em tratamento dialítico. maior perda de vitaminas
Quando na utilização de quelantes à hidrossolúveis. Além disso, atenção
base de cálcio, a ingestão dietética especial deve ser direcionada ao
somada ao quelante não deve aporte de vitamina D, visto que esta
ultrapassar 2 g. vitamina é indispensável no controle
homeostático de fósforo e cálcio –
Ferro
nutrientes que se alteram na DRC
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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