Helena Ribeiro Veiga - nº 8 - 12.º D Porto, 20 de julho de 2022 INTRODUÇÃO Este relatório surge no âmbito da realização da Prova de Aptidão Profissional (PAP), do Curso Profissional de Técnico de Receção. A PAP consiste num projeto prático, consubstanciado num produto, numa intervenção, ou numa atuação, consoante o curso, no qual o aluno no fim do curso profissional apresenta e defende perante um júri, bem como um relatório final de realização e apreciação crítica, onde aplica as aprendizagens produzidas nas diversas áreas de formação ao longo dos três anos de curso, de maneira a obter o diploma de qualificação profissional. O tema deste projeto é a criação de um roteiro gastronómico de Portugal, onde irei pesquisar informações sobre os diferentes pratos típicos e doçaria típica de cada região do nosso país, procurando explicar um pouco da história dos mesmos. Esta escolha deve-se à junção de alguns dos meus gostos pessoais, tais como: gastronomia, viagens e curiosidades sobre o meu país. 1.Rota da Gastronomia da região Norte
- O Porto e Norte de Portugal, são conhecidos pelo
caráter genuíno das suas gentes e pela tradição de bem receber.
- Gastronomia rica, acompanhada pelos excelentes
vinhos da região.
- É uma região de boas pastagens pelo que aqui se criam
bovinos cujas raças autóctones têm Denominação de Origem Protegida (DOP)
- Situa-se a maior área de criação do porco bísaro.
1.1 Pratos típicos da Região Norte Tripas à Moda do Porto Rojões Prato emblemático da cidade do Porto deu Este prato pode-se encontrar em origem ao apelido dos seus habitantes, os várias zonas do país, mas é mais tripeiros. As tripas à moda do Porto levam tradicional do Minho. Leva carne de feijão, salpicão, carnes, orelheira, mão de porco aos pedaços, sem osso, sendo vaca, chouriço e, claro, tripas, sendo acompanhado de chouriças de normalmente acompanhado de arroz sangue, tripas enfarinhadas e sangue branco. de porco cozido cortado em tiras finas Francesinha para acompanhar. Normalmente é servido com arroz branco ou com Este prato típico da cidade do Porto papas de sarrabulho. consiste numa sanduíche que leva carne de vaca, linguiça, salsicha fresca, queijo e molho. No entanto, existem várias versões deste prato, sendo que alguns restaurantes substituem o bife de vaca por carne assada. 1.2 Doces Tradicionais da Região Norte Fogaça da Feira Jesuíta A Fogaça da Feira é um pão doce com leve A origem deste doce (Jesuíta) não é sabor e aroma a limão e canela, de consensual e não se sabe ao certo tonalidade acastanhada e forma cónica qual será a sua verdadeira origem. A estilizando no topo quatro bicos. É sua ligação à Companhia de Jesus e constituída por uma massa solta e leve, de aos seus monges conhecidos como cor ligeiramente amarelada, com pequenas jesuítas é inegável. Há, contudo, perfurações sendo estaladiça no exterior. informações que levam a crer que a Toucinho do Céu de Guimarães receita tenha chegado a Portugal pelas mãos de um pasteleiro espanhol Semelhante a um bolo ou pudim, o que trabalhava, na altura, na toucinho do céu leva ovos, açúcar, confeitaria Moura em Santo Tirso. amêndoas e no início era feito com banha de porco, daí o nome. Depois o ingrediente foi substituído por manteiga, mas o nome manteve-se. A receita surgiu no Convento de Santa Clara. 1.3 Produtos Gastronómicos Região Norte Vinho do Porto Azeite de Trás-os-Montes O vinho do Porto não é um vinho doce O Azeite de Trás-os-Montes DOP é natural, mas, sim, fortificado. Isso equivale produzido na região Transmontana, a dizer que ele não é um vinho nos concelhos de Mirandela, Vila Flor. naturalmente doce, favendo uma posterior Carrazeda de Ansiães e algumas adição de aguardente. Sabe-se que a freguesias dos concelhos de Valpaços, denominação “vinho do Porto” data da de Murça, de Moncorvo, do segunda metade do século XVII. Mogadouro, de Vimioso e de Bragança. Castanha de Trás-os-Montes Em Portugal, a produção de castanha é mais rica na região de Trás-os-Montes, nomeadamente em alguns concelhos dos distritos de Vila Real e Bragança. A cultura está ecologicamente adaptada e já recebeu a Denominação de Origem Protegida (DOP) Castanha da Terra Fria. 2.Rota da Gastronomia da região Centro
- Ao longo da sua costa, sobretudo na região Oeste,
podemos encontrar vários pratos tradicionais de peixe.
- Nos prados e serras verdejantes do interior do país,
onde predomina a carne.
- É precisamente nesta região que podemos saborear a
Chanfana, uma especialidade confecionada em caçoilas de barro, tapadas com folha de couve, em fornos de lenha, bem como do Leitão da Bairrada, talvez o prato mais famoso do Centro de Portugal. 2.1 Pratos típicos da Região Centro
Leitão da Bairrada Chanfana
É um dos pratos regionais mais conhecidos São muitas as versões existentes e apreciados da região da Bairrada, tendo sobre a origem da chanfana, um dos sido nomeado uma das 7 Maravilhas da pratos de carne mais típicos da Gastronomia de Portugal. O leitão da cozinha portuguesa. Uma delas atribui Bairrada é enfiado no espeto, fechado com a sua invenção ao Mosteiro de a pasta de sal e pimenta no seu interior e Semide, próximo de Miranda do assado em fornos a lenha. Corvo. Apesar do mistério em torno da Caldeirada de Enguias sua origem, a chanfana rapidamente se popularizou em vários concelhos da A caldeirada de Enguias é um prato região Centro, onde se realizam típico da região de Aveiro, semanas gastronómicas anuais para principalmente das zonas ribeiras. São promover esta iguaria. muitos os restaurantes que servem como prato principal, cada um com o seu segredo. 2.2 Doces Tradicionais da Região Centro Ovos Moles de Aveiro Arrufada de Coimbra Os Ovos Moles de Aveiro são um ícone Bolo lêvedo, redondo, preparado com gastronómico. Nascidos no Século XVI, no farinha, ovos, açúcar, manteiga, leite Convento de Jesus de Aveiro, obtêm-se suficiente para amassar e uma colher através da junção de gema com uma calda de chá de canela. Leva sobre a de açúcar e o saber-fazer tradicional, superfície uma argola feita com um seguindo a receita conventual transmitida rolinho de massa em jeito de coroa, em segredo ao longo de gerações. por vezes com o centro polvilhado com açúcar granulado. O peso varia Pão de Ló de Ovar consoante o tamanho. O “Pão de Ló de Ovar” é um produto de pastelaria confecionado à base de ovos, açúcar e farinha. Apresenta-se dentro de uma forma revestida com papel branco, é uma massa leve, cremosa, fofa e de cor amarela, designada por “ló” com uma fina côdea acastanhada e o interior de textura húmida. 2.3 Produtos Gastronómicos Região Centro Cereja do Fundão Pão de Centeio da Guarda A “Cereja do Fundão”, graças às suas O pão de centeio foi, ao longo dos características, goza de grande tempos, um alimento base das gentes notoriedade e reputação, assumindo uma do distrito da Guarda. A demonstrá-lo importância agrícola, económica e pode transcrever-se do livro Memórias gastronómica que a tornam num dos do Concelho do Sabugal: «Em todas principais ex-libris da região. as freguesias há o forno do povo onde os vizinhos cozem o seu pão..». O pão Cherovia feito à base de farinha de centeio, com A Cherovia é uma raiz que tem a forma de sal e fermento de padeiro. O seu uma cenoura e a cor do nabo. O seu sabor aspeto interior é seco e poroso. é uma mistura de ambos os legumes, mas mais acentuado e até adocicado. É um sabor único e extremamente agradável. A Cherovia representa um tubérculo com o qual se identifica a Covilhã e o seu Concelho. 3.Rota da Gastronomia da região de Lisboa e Vale do Tejo - São os chamados "petiscos”, os pratos que mais caracterizam a cidade.
- De um vasto conjunto de petiscos que facilmente se
encontram numa rua lisboeta, existem 5 que merecem constar na lista dos "obrigatórios”: Raivas de Lisboa, Sardinhas assadas, Peixinhos da Horta, Pataniscas e pastéis de bacalhau e Pastéis de Belém.
- Saindo das portas da cidade de Lisboa, temos, por
exemplo, Almada, Barreiro, Moita e Seixal que possuem uma longa tradição de concursos que celebram a gastronomia local, nomeadamente os pratos à base de peixe e mariscos. 3.1 Pratos típicos da Região de Lisboa e Vale do Sopa Caramela Tejo Ensopado de Enguias A Sopa Caramela, confecionada à base de Para sua preparação amanham-se as batata, feijão, repolho, cenoura, toucinho e enguias e cortam-se em bocados enchidos - é, ainda hoje, um símbolo da regulares. Tempera-se com sal. comunidade do Pinhal Novo, onde assenta, Cortam-se as cebolas em rodelas e em larga parte, a sua origem e cuja cultura alouram-se com azeite. Quando as gastronómica é acarinhada pela cebolas estiverem bem louras, junta- população, enquanto fonte de consciência se o tomate cortado em bocados coletiva e identidade territorial. grossos, os dentes de alho Choco frito “à setubalense” esmagados, o louro, a salsa, o colorau, o sal e a pimenta. A quantidade e, sobretudo, a qualidade do choco que é capturado na Baía de Setúbal está, certamente, na origem do sucesso do Choco Frito à Setubalense, que é hoje um verdadeiro atrativo gastronómico da cidade, proposto em inúmeros restaurantes.. 3.2 Doces Tradicionais da Região de Lisboa e Vale do Tejo Pastéis de Belém Travesseiros de Sintra Estes pastéis têm cerca de 7 cm de Bolos de massa folhada recheados diâmetro, massa folhada feita com farinha, com doce de ovos e amêndoa que margarina e água, são recheados com tradicionalmente se comem ainda creme de ovos, fabricado com gemas, quentes. Prepara-se a massa folhada farinha, leite gordo, açúcar, água, canela e em quatro voltas que se estende com raspa da casca de limão, sendo cozidos e cerca de meio centímetro. Corta-se tostados no forno. em retângulos de 10 a 12 cm, recheiam-se e enrolam-se. Vão ao Pastéis de feijão de Torres Vedras forno muito quente, salpicando-se com Os pastéis são constituídos por urna açúcar à saída do forno. massa de farinha e água suficiente para amassar, estendida muito fininha e recheada com um doce feito de feijão, açúcar, ovos e amêndoa. São embrulhados individualmente em papel celofane e colocados em caixas de cartão. 3.3 Produtos Gastronómicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo Carne de Bravo do Ribatejo Arroz Carolino das Lezírias A Carne de Bravo do Ribatejo DOP é Ribatejanas proveniente da desmancha de carcaças de O Arroz Carolino das Lezírias bovinos da Raça Brava de Lide. A gordura Ribatejanas apresenta elevada intramuscular é muito característica nestas capacidade de absorção de água e carcaças, apresentando um aspeto geral de moléculas aromáticas dos designado por marmorização, contribuindo condimentos. A colheita obedece a para a suculência, firmeza e sabor da regras próprias, incluindo data, carne. Possui cor vermelho cereja escuro e estado fenológico e humidade do brilhante. bago, mas também na maquinaria Pera Rocha do Oeste usada quer na colheita, quer no transporte, armazenagem, secagem, A polpa da Pera Rocha do Oeste DOP é descasque, branqueamento e caracterizada por ter cor branca e ser polimento. macia, granulosa, doce, não ácida, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado. 4.Rota da Gastronomia da região do Alentejo - No passado, a vida no Alentejo era bastante dura e os recursos económicos do povo eram escassos. Este fator fez com que a tradicional gastronomia alentejana se tornasse simples, mas imaginativa, misturando os ingredientes da época, à disposição para criar pratos cujas origens são fáceis de reconhecer.
- A cozinha tradicional alentejana tem como base os
incontornáveis porco, borrego e o pão. Sempre o pão. Em praticamente todas as famílias, há sempre alguém que come, sempre à refeição, um pouco de pão alentejano.
- Aos ingredientes principais adicionam-se temperos
locais que crescem livremente nas planícies e perto das ribeiras. 4.1 Pratos típicos da Região do Alentejo Açorda Alentejana A açorda é uma sopa que é apenas Migas à Alentejana escaldada. É sempre um caldo quente e Prato característico do Alentejo transparente, aromatizado com coentros ou elaborado com fatias de pão duro poejos, ou os dois, alhos pisados com sal amolecido em água quente e grosso e condimentado com azeite. A cozinhado em gordura (resultante da receita de açorda pode variar consoante a fritura das carnes de porco) até se zona do Alentejo e pode servir-se com obter uma bola enxuta e consistente, peixe fresco, bacalhau ou ovo. com uma crosta exterior levemente Sopa de Beldroegas dourada. Acompanha com a carne A sopa de beldroegas com queijo é um dos frita. pratos mais apreciados de todo o Alentejo. A alimentação do Alentejo é fundamentalmente sazonal pelo que, nas épocas em que não há beldroegas, esta sopa pode ser confecionada com espinafres ou mesmo com alface. 4.2 Doces Tradicionais da Região do Alentejo Manjar Branco Este Manjar Branco não tem nada a ver Bolo Podre com o clássico preparado Manjar Branco É um bolo feito com farinha, mel, feito com peito de galinha e servido em açúcar, azeite, ovos, aguardente, taça como doce de colher. Este Manjar canela, casca de laranja, cravinho-da- Branco é atribuído ao Convento de Santa Índia (facultativo) e amêndoas para Clara de Portalegre e são pequenos bolos, decorar. É referenciado como receita gelatinosos, preparados com leite, farinha pertencente às freiras Carmelitas do de arroz e açúcar. Convento de N.ª Sr.ª da Esperança, Granadas de Vendas Novas fundado em 1541. Bolos em forma de granada, com uma camada inferior de massa e recheio de doce fabricado à base de farinha, margarina, ovos, açúcar, pinhão e coco. Embaladas individualmente dentro de caixas com 6 unidades, acompanhadas de um texto em verso, que faz a apologia dos bolos. 4.3 Produtos Gastronómicos da Região do Alentejo
Bolota Pão de Trigo do Alentejo
É um fruto de forma oval, de cor castanha, O pão constitui, no Alentejo, não cuja parte comestível corresponde à apenas alimento por si só, como amêndoa. Esta tem igualmente forma oval, também faz parte de quase todos os cor branco-amarelada. A bolota é muito rica pratos da cozinha regional, sejam em óleo, pesa cerca de 10 g e mede 5 cm eles salgados ou doces. É facto de comprimento. assente e reconhecido que a açorda Licor de Poejo alentejana não se pode fazer com qualquer outro pão. O mesmo se É um licor de cor amarela, preparado por poderá dizer para as migas, para a destilação alcoólica de uma infusão de sopa de cachola ou para a sopa de poejo seco. Apresenta-se ou em garrafas cação. de vidro de litro ou numa típica garrafa alentejana, forrada a cortiça. É feito através de uma primeira destilação em caldeiras a fogo direto, de álcool a 90° e uma infusão de poejo seco. 5.Rota Gastronómica da região do Algarve
- Quando se pensa em gastronomia algarvia é o peixe
que nos vem à cabeça. São 200 km de costa que nos colocam à mesa espécies tão variadas como a sardinha, o atum, o lingueirão, as amêijoas ou as ostras.
- Assim que rumamos ao interior, primeiro para o barrocal
e depois para a serra, começam a ganhar destaque as carnes – porco e aves – e os enchidos.
- Também não podemos deixar de falar das figueiras, das
amendoeiras e das alfarrobeiras cujos frutos dão origem ao melhor da doçaria desta região. 5.1 Pratos típicos da Região do Algarve
Muxama Estupeta de Atum
A Muxama é feita de peças lombares de Produto resultante da salga húmida de atum, seco e salgado, de consistência pedaços de atum. Tem cor castanho- rígida e textura suave. Hoje em dia o seu escura, consistência firme e sabor consumo é como aperitivo, cortado em próprio, salgado. A estupeta é o fatias muito fininhas. ingrediente principal de uma salada fria, muito típica no Algarve, que se prepara com tomate, pimento e Ovas Salgadas estupeta previamente demolhada. As ovas de atum têm de comprimento cerca de 20 cm e de largura 10cm. São secas e salgadas. Apresentam uma cor avermelhada e o seu peso varia com o tamanho. Atualmente, e dada e escassez, consomem-se em especial como aperitivo. 5.2 Doces Tradicionais da Região do Algarve
Dom Rodrigo Folhados de Tavira
Originários da doçaria conventual, são São feitos com massa folhada que se citados por Thomaz Cabreira. Os doces do corta às tiras e se enrola num Algarve podem ser classificados em pauzinho para formar o bolo. Cozem diversos tipos. Um deles é o dos doces de no forno e são depois passados por ovos, de que é paradigma o Dom Rodrigo, calda de açúcar. Primitivamente ter- pelo seu aspeto e sabor. se-ão chamado Bolos Folhados, passando, posteriormente a Folhados Figos Cheios de Olhão de Tavira. Os figos, cor de mel e bem redondos, são recheados com amêndoa, açúcar, chocolate, canela e erva-doce. Apresentam-se embrulhados em papel branco franjado a imitar uma réstia de alhos. Cada figo recheado pesa cerca de 40 g. 5.3 Produtos Gastronómicos da Região do Algarve Alfarroba Medronho do Algarve O fruto é uma vagem (acastanhada, quase O Medronho do Algarve IGP é preta, quando madura) comprimida e com uma aguardente de frutos, 10 a 30 cm de comprimento, sendo muito obtida exclusivamente por rico em açúcar. Na cozinha tradicional fermentação alcoólica e algarvia tem grande expressão o Pão de destilação de frutos carnudos Alfarroba. do medronheiro, proveniente de um habitat próprio da sua área Citrinos do Algarve geográfica de produção. Todo o ciclo de produção, desde a Os Citrinos do Algarve IGP caraterizam-se obtenção da matéria-prima, pela sua casca fina, intensamente colorida destilação e envelhecimento ou e brilhante, e pelo seu elevado teor de estágio, tem lugar na área sumo, o qual é particularmente doce. As geográfica delimitada. caraterísticas climáticas regionais proporcionam dois picos de produção em dezembro/janeiro e em junho/julho. 6.Rota Gastronómica da região da Madeira
- A alimentação da ilha baseia-se nos costumes rurais, e
em geral, quanto mais próxima se encontra dos métodos de confeção tradicionais mais saborosa se torna.
- O Bolo do Caco é uma espécie de pães de trigo servidos
quentes com manteiga de alho e salsa em feiras e festas populares, estão presentes nas ementas de todos os restaurantes. 6.1 Pratos típicos da Região da Madeira Espetada Madeirense Um prato simples, com poucos Peixe-espada com banana ingredientes, mas que forma um bom sabor Prato bastante conhecido na região e na sua totalidade. Isso deve-se não apenas que mostra dois dos produtos mais aos bons ingredientes utilizados, como conhecidos na Madeira. O peixe também à forma de preparo. Isso pode espada e a banana fazem parte da sofrer algumas variações, no entanto, são cultura local e são bem utilizados, importantes que algumas recomendações principalmente a banana. sejam seguidas para fazer a verdadeira espetada madeirense. Lapas Grelhadas da Madeira As lapas são pequenos moluscos que podem ser retirados de pedras próximas à região. A sua utilização na culinária deu-se, também, pela facilidade de muitos conseguirem apanhar as lapas e cozinhá- las para comer no mesmo dia. 6.2 Doces Tradicionais da Região da Madeira
Queijada da Madeira Rebuçados de Funcho
Pequenos bolos de forma achatada e A sua confeção é através do arredondada cuja base, de massa muito aquecimento do açúcar, a água e a fina, é dobrada para o centro, por forma a essência de funcho obtendo o ponto conter o recheio. de bola dura. Depois da massa arrefecer, moldam-se pequenos charutos que são cortados, com uma Bolo de Mel faca afiada, em pequenos cilindros. Trata-se de um bolo tradicional, indispensável na época do Natal. Deve ser partido à mão e acompanhado de licores ou vinho da Madeira. Este bolo pode ser naturalmente conservado durante vários meses, mantendo as suas excelentes qualidades. 6.3 Produtos Gastronómicos da Região da Madeira Banana da Madeira A planta multiplica-se através de rebentos Poncha da Madeira IGP emitidos a partir da base. Depois de originarem folhas, as plantas emitem um A Poncha da Madeira escape floral, no qual os primeiros grupos apresenta um leque muito de flores originam o fruto comestível. Os variado de aromas e sabores, frutos, dispostos em cachos, são bagas especialmente resultantes da alongadas, com um comprimento médio de utilização de frutos, mas 14 cm. também de diferentes combinações de ingredientes e da arte de cada produtor. Mel-de-cana Muito utilizado na doçaria tradicional madeirense, constituindo um ingrediente imprescindível na feitura de bolos (não esquecendo o tradicional bolo de mel-de- cana) e biscoitos característicos da região. 7.Rota Gastronómica da região dos Açores - A gastronomia dos Açores é riquíssima em sabores e nasce da influência histórica, clima e posição geografia das ilhas. As ilhas serviam como ponto de abastecimento para as naus em rotas de comércio marítimo, chegando aos Açores especiarias e produtos oriundos dos quatro cantos do mundo.
- A utilização de especiarias na confeção dos pratos é
muito variada, sobretudo o uso de pimentas como a Pimenta da Terra e açafroa dos Açores, por outro lado, os produtos frescos oriundos da terra e mar, são o grande trunfo da cozinha regional. 7.1 Pratos típicos da Região dos Açores
Sopas do Espírito Santo
Torresmos As populares sopas do Espírito Santo Carne de porco, entrecosto, toucinho e também são conhecidas por “Sopas do fígado de porco, temperados com Império”. Apesar de muitas pessoas alho, sal, pimenta da terra (malagueta) afirmarem que estas sopas são típicas da e vinho branco, que são cozinhados Ilha Terceira e do Faial, elas são 24 h depois de temperados, até encontradas em todas as ilhas, tendo desaparecer toda a gordura. apenas variações nas receitas
Cozido das Furnas
O seu sabor único, vem do fato de ser confecionado sem a adição de água ou especiarias. Cozinhado em buracos feitos no solo vulcânico do vulcão das Furnas, a sua cozedura faz-se através do calor vulcânico no interior dos buracos. 7.2 Doces Tradicionais da Região dos Açores
Queijadas de Vila Franca do Campo Biscoitos de Orelha
A derivação da Queijada da Vila, está Os Biscoitos de Orelha de Santa Maria ligada ao fabrico do queijo e dos queijeiros são feitos manualmente, e requerem que levavam o leite ao Convento de Santo destreza do seu criador na hora de André, da Primeira Regra de Santa Clara enrolar a massa sobre os dedos da de Vila Franca do Campo. mão esquerda e no corte das orelhas, para lhe proporcionar o formato Fofas do Faial triangular, original e característico, As fofas, verdadeiras delícias típicas da típico e exclusivo das doceiras da Ilha Ilha do Faial, são doces, tradicionalmente de Santa Maria. confecionados na altura do Carnaval. Compostas por uma massa aromatizada com sementes de funcho (erva-doce), são muitas vezes recheadas com um creme de limão ou um creme de baunilha. 7.3 Produtos Gastronómicos da Região dos Açores
Ananás dos Açores/São Miguel
Ananás dos Açores/São Miguel tem uma Queijo São Jorge forma cilíndrica, ligeiramente afusada, representando a coroa entre 1/3 e 1/4 do O queijo São Jorge DOP é comprimento do fruto. Em plena obtido a partir de leite cru de maturação, a epiderme apresenta vaca. Trata-se de um queijo coloração amarelo dourada a amarelo curado, de pasta dura ou semi- palha com pigmentação dura e cor amarelada.
Chá dos Açores
A primeira notícia que se conhece a respeito do chá nos Açores data de 1801, donde se pode concluir que já nos finais do século XVII se conhecia esta planta nos Açores. 8. Dieta Mediterrânica - O padrão alimentar da dieta mediterrânica, característico dos países da bacia do mediterrâneo está associado a uma maior longevidade, melhor qualidade de vida e à diminuição do risco de desenvolvimento de doenças crónicas não transmissíveis. - Nas refeições principais o consumo frequente de peixe e o consumo moderado de ovos deve ser a escolha de eleição em detrimento do consumo de carnes. As carnes devem ser de aves e livres de peles e gorduras e o consumo de carnes vermelhas deve ser limitado a um máximo de uma vez por semana. - A Dieta Mediterrânica proporciona-nos uma alimentação saudável, perfeitamente compatível com o prazer de degustar pratos saborosos. Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas Escola Básica e Secundária de Miragaia