Você está na página 1de 32

Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas

Escola Básica e Secundária de Miragaia

Roteiro Gastronómico de Portugal

CURSO PROFISSIONAL TÉCNICO DE RECEÇÃO


Helena Ribeiro Veiga - nº 8 - 12.º D
Porto, 20 de julho de 2022
INTRODUÇÃO
Este relatório surge no âmbito da realização da Prova de Aptidão Profissional (PAP), do Curso Profissional de
Técnico de Receção. A PAP consiste num projeto prático, consubstanciado num produto, numa intervenção,
ou numa atuação, consoante o curso, no qual o aluno no fim do curso profissional apresenta e defende
perante um júri, bem como um relatório final de realização e apreciação crítica, onde aplica as aprendizagens
produzidas nas diversas áreas de formação ao longo dos três anos de curso, de maneira a obter o diploma
de qualificação profissional.
O tema deste projeto é a criação de um roteiro gastronómico de Portugal, onde irei pesquisar informações
sobre os diferentes pratos típicos e doçaria típica de cada região do nosso país, procurando explicar um
pouco da história dos mesmos. Esta escolha deve-se à junção de alguns dos meus gostos pessoais, tais
como: gastronomia, viagens e curiosidades sobre o meu país.
1.Rota da Gastronomia da região Norte

- O Porto e Norte de Portugal, são conhecidos pelo


caráter genuíno das suas gentes e pela tradição de bem
receber.

- Gastronomia rica, acompanhada pelos excelentes


vinhos da região.

- É uma região de boas pastagens pelo que aqui se criam


bovinos cujas raças autóctones têm Denominação de
Origem Protegida (DOP)

- Situa-se a maior área de criação do porco bísaro.


1.1 Pratos típicos da Região Norte
Tripas à Moda do Porto Rojões
Prato emblemático da cidade do Porto deu Este prato pode-se encontrar em
origem ao apelido dos seus habitantes, os várias zonas do país, mas é mais
tripeiros. As tripas à moda do Porto levam tradicional do Minho. Leva carne de
feijão, salpicão, carnes, orelheira, mão de porco aos pedaços, sem osso, sendo
vaca, chouriço e, claro, tripas, sendo acompanhado de chouriças de
normalmente acompanhado de arroz sangue, tripas enfarinhadas e sangue
branco. de porco cozido cortado em tiras finas
Francesinha para acompanhar. Normalmente é
servido com arroz branco ou com
Este prato típico da cidade do Porto papas de sarrabulho.
consiste numa sanduíche que leva
carne de vaca, linguiça, salsicha fresca,
queijo e molho. No entanto, existem
várias versões deste prato, sendo que
alguns restaurantes substituem o bife
de vaca por carne assada.
1.2 Doces Tradicionais da Região Norte
Fogaça da Feira Jesuíta
A Fogaça da Feira é um pão doce com leve A origem deste doce (Jesuíta) não é
sabor e aroma a limão e canela, de consensual e não se sabe ao certo
tonalidade acastanhada e forma cónica qual será a sua verdadeira origem. A
estilizando no topo quatro bicos. É sua ligação à Companhia de Jesus e
constituída por uma massa solta e leve, de aos seus monges conhecidos como
cor ligeiramente amarelada, com pequenas jesuítas é inegável. Há, contudo,
perfurações sendo estaladiça no exterior. informações que levam a crer que a
Toucinho do Céu de Guimarães receita tenha chegado a Portugal
pelas mãos de um pasteleiro espanhol
Semelhante a um bolo ou pudim, o que trabalhava, na altura, na
toucinho do céu leva ovos, açúcar, confeitaria Moura em Santo Tirso.
amêndoas e no início era feito com banha
de porco, daí o nome. Depois o ingrediente
foi substituído por manteiga, mas o nome
manteve-se. A receita surgiu no Convento
de Santa Clara.
1.3 Produtos Gastronómicos Região Norte
Vinho do Porto Azeite de Trás-os-Montes
O vinho do Porto não é um vinho doce O Azeite de Trás-os-Montes DOP é
natural, mas, sim, fortificado. Isso equivale produzido na região Transmontana,
a dizer que ele não é um vinho nos concelhos de Mirandela, Vila Flor.
naturalmente doce, favendo uma posterior Carrazeda de Ansiães e algumas
adição de aguardente. Sabe-se que a freguesias dos concelhos de Valpaços,
denominação “vinho do Porto” data da de Murça, de Moncorvo, do
segunda metade do século XVII. Mogadouro, de Vimioso e de
Bragança.
Castanha de Trás-os-Montes
Em Portugal, a produção de castanha é
mais rica na região de Trás-os-Montes,
nomeadamente em alguns concelhos dos
distritos de Vila Real e Bragança. A cultura
está ecologicamente adaptada e já
recebeu a Denominação de Origem
Protegida (DOP) Castanha da Terra Fria.
2.Rota da Gastronomia da região Centro

- Ao longo da sua costa, sobretudo na região Oeste,


podemos encontrar vários pratos tradicionais de peixe.

- Nos prados e serras verdejantes do interior do país,


onde predomina a carne.

- É precisamente nesta região que podemos saborear a


Chanfana, uma especialidade confecionada em caçoilas
de barro, tapadas com folha de couve, em fornos de
lenha, bem como do Leitão da Bairrada, talvez o prato
mais famoso do Centro de Portugal.
2.1 Pratos típicos da Região Centro

Leitão da Bairrada Chanfana


É um dos pratos regionais mais conhecidos São muitas as versões existentes
e apreciados da região da Bairrada, tendo sobre a origem da chanfana, um dos
sido nomeado uma das 7 Maravilhas da pratos de carne mais típicos da
Gastronomia de Portugal. O leitão da cozinha portuguesa. Uma delas atribui
Bairrada é enfiado no espeto, fechado com a sua invenção ao Mosteiro de
a pasta de sal e pimenta no seu interior e Semide, próximo de Miranda do
assado em fornos a lenha. Corvo. Apesar do mistério em torno da
Caldeirada de Enguias sua origem, a chanfana rapidamente
se popularizou em vários concelhos da
A caldeirada de Enguias é um prato região Centro, onde se realizam
típico da região de Aveiro, semanas gastronómicas anuais para
principalmente das zonas ribeiras. São promover esta iguaria.
muitos os restaurantes que servem
como prato principal, cada um com o
seu segredo.
2.2 Doces Tradicionais da Região Centro
Ovos Moles de Aveiro Arrufada de Coimbra
Os Ovos Moles de Aveiro são um ícone Bolo lêvedo, redondo, preparado com
gastronómico. Nascidos no Século XVI, no farinha, ovos, açúcar, manteiga, leite
Convento de Jesus de Aveiro, obtêm-se suficiente para amassar e uma colher
através da junção de gema com uma calda de chá de canela. Leva sobre a
de açúcar e o saber-fazer tradicional, superfície uma argola feita com um
seguindo a receita conventual transmitida rolinho de massa em jeito de coroa,
em segredo ao longo de gerações. por vezes com o centro polvilhado
com açúcar granulado. O peso varia
Pão de Ló de Ovar
consoante o tamanho.
O “Pão de Ló de Ovar” é um produto de
pastelaria confecionado à base de ovos,
açúcar e farinha. Apresenta-se dentro de
uma forma revestida com papel branco, é
uma massa leve, cremosa, fofa e de cor
amarela, designada por “ló” com uma fina
côdea acastanhada e o interior de textura
húmida.
2.3 Produtos Gastronómicos Região Centro
Cereja do Fundão Pão de Centeio da Guarda
A “Cereja do Fundão”, graças às suas O pão de centeio foi, ao longo dos
características, goza de grande tempos, um alimento base das gentes
notoriedade e reputação, assumindo uma do distrito da Guarda. A demonstrá-lo
importância agrícola, económica e pode transcrever-se do livro Memórias
gastronómica que a tornam num dos do Concelho do Sabugal: «Em todas
principais ex-libris da região. as freguesias há o forno do povo onde
os vizinhos cozem o seu pão..». O pão
Cherovia feito à base de farinha de centeio, com
A Cherovia é uma raiz que tem a forma de sal e fermento de padeiro. O seu
uma cenoura e a cor do nabo. O seu sabor aspeto interior é seco e poroso.
é uma mistura de ambos os legumes, mas
mais acentuado e até adocicado. É um
sabor único e extremamente agradável. A
Cherovia representa um tubérculo com o
qual se identifica a Covilhã e o seu
Concelho.
3.Rota da Gastronomia da região de Lisboa e Vale do Tejo
- São os chamados "petiscos”, os pratos que mais
caracterizam a cidade.

- De um vasto conjunto de petiscos que facilmente se


encontram numa rua lisboeta, existem 5 que merecem
constar na lista dos "obrigatórios”: Raivas de Lisboa,
Sardinhas assadas, Peixinhos da Horta, Pataniscas e
pastéis de bacalhau e Pastéis de Belém.

- Saindo das portas da cidade de Lisboa, temos, por


exemplo, Almada, Barreiro, Moita e Seixal que possuem
uma longa tradição de concursos que celebram a
gastronomia local, nomeadamente os pratos à base de
peixe e mariscos.
3.1 Pratos típicos da Região de Lisboa e Vale do
Sopa Caramela Tejo Ensopado de Enguias
A Sopa Caramela, confecionada à base de Para sua preparação amanham-se as
batata, feijão, repolho, cenoura, toucinho e enguias e cortam-se em bocados
enchidos - é, ainda hoje, um símbolo da regulares. Tempera-se com sal.
comunidade do Pinhal Novo, onde assenta, Cortam-se as cebolas em rodelas e
em larga parte, a sua origem e cuja cultura alouram-se com azeite. Quando as
gastronómica é acarinhada pela cebolas estiverem bem louras, junta-
população, enquanto fonte de consciência se o tomate cortado em bocados
coletiva e identidade territorial. grossos, os dentes de alho
Choco frito “à setubalense” esmagados, o louro, a salsa, o
colorau, o sal e a pimenta.
A quantidade e, sobretudo, a qualidade do
choco que é capturado na Baía de Setúbal
está, certamente, na origem do sucesso do
Choco Frito à Setubalense, que é hoje um
verdadeiro atrativo gastronómico da
cidade, proposto em inúmeros
restaurantes..
3.2 Doces Tradicionais da Região de Lisboa e Vale do Tejo
Pastéis de Belém Travesseiros de Sintra
Estes pastéis têm cerca de 7 cm de Bolos de massa folhada recheados
diâmetro, massa folhada feita com farinha, com doce de ovos e amêndoa que
margarina e água, são recheados com tradicionalmente se comem ainda
creme de ovos, fabricado com gemas, quentes. Prepara-se a massa folhada
farinha, leite gordo, açúcar, água, canela e em quatro voltas que se estende com
raspa da casca de limão, sendo cozidos e cerca de meio centímetro. Corta-se
tostados no forno. em retângulos de 10 a 12 cm,
recheiam-se e enrolam-se. Vão ao
Pastéis de feijão de Torres Vedras
forno muito quente, salpicando-se com
Os pastéis são constituídos por urna açúcar à saída do forno.
massa de farinha e água suficiente para
amassar, estendida muito fininha e
recheada com um doce feito de feijão,
açúcar, ovos e amêndoa. São embrulhados
individualmente em papel celofane e
colocados em caixas de cartão.
3.3 Produtos Gastronómicos da Região de Lisboa e Vale do Tejo
Carne de Bravo do Ribatejo Arroz Carolino das Lezírias
A Carne de Bravo do Ribatejo DOP é Ribatejanas
proveniente da desmancha de carcaças de O Arroz Carolino das Lezírias
bovinos da Raça Brava de Lide. A gordura Ribatejanas apresenta elevada
intramuscular é muito característica nestas capacidade de absorção de água e
carcaças, apresentando um aspeto geral de moléculas aromáticas dos
designado por marmorização, contribuindo condimentos. A colheita obedece a
para a suculência, firmeza e sabor da regras próprias, incluindo data,
carne. Possui cor vermelho cereja escuro e estado fenológico e humidade do
brilhante. bago, mas também na maquinaria
Pera Rocha do Oeste usada quer na colheita, quer no
transporte, armazenagem, secagem,
A polpa da Pera Rocha do Oeste DOP é descasque, branqueamento e
caracterizada por ter cor branca e ser polimento.
macia, granulosa, doce, não ácida, muito
sucosa e de perfume ligeiramente
acentuado.
4.Rota da Gastronomia da região do Alentejo
- No passado, a vida no Alentejo era bastante dura e os
recursos económicos do povo eram escassos. Este fator
fez com que a tradicional gastronomia alentejana se
tornasse simples, mas imaginativa, misturando os
ingredientes da época, à disposição para criar pratos
cujas origens são fáceis de reconhecer.

- A cozinha tradicional alentejana tem como base os


incontornáveis porco, borrego e o pão. Sempre o pão. Em
praticamente todas as famílias, há sempre alguém que
come, sempre à refeição, um pouco de pão alentejano.

- Aos ingredientes principais adicionam-se temperos


locais que crescem livremente nas planícies e perto das
ribeiras.
4.1 Pratos típicos da Região do Alentejo
Açorda Alentejana
A açorda é uma sopa que é apenas Migas à Alentejana
escaldada. É sempre um caldo quente e Prato característico do Alentejo
transparente, aromatizado com coentros ou elaborado com fatias de pão duro
poejos, ou os dois, alhos pisados com sal amolecido em água quente e
grosso e condimentado com azeite. A cozinhado em gordura (resultante da
receita de açorda pode variar consoante a fritura das carnes de porco) até se
zona do Alentejo e pode servir-se com obter uma bola enxuta e consistente,
peixe fresco, bacalhau ou ovo. com uma crosta exterior levemente
Sopa de Beldroegas dourada. Acompanha com a carne
A sopa de beldroegas com queijo é um dos frita.
pratos mais apreciados de todo o Alentejo.
A alimentação do Alentejo é
fundamentalmente sazonal pelo que, nas
épocas em que não há beldroegas, esta
sopa pode ser confecionada com
espinafres ou mesmo com alface.
4.2 Doces Tradicionais da Região do Alentejo
Manjar Branco
Este Manjar Branco não tem nada a ver Bolo Podre
com o clássico preparado Manjar Branco
É um bolo feito com farinha, mel,
feito com peito de galinha e servido em
açúcar, azeite, ovos, aguardente,
taça como doce de colher. Este Manjar
canela, casca de laranja, cravinho-da-
Branco é atribuído ao Convento de Santa
Índia (facultativo) e amêndoas para
Clara de Portalegre e são pequenos bolos,
decorar. É referenciado como receita
gelatinosos, preparados com leite, farinha
pertencente às freiras Carmelitas do
de arroz e açúcar.
Convento de N.ª Sr.ª da Esperança,
Granadas de Vendas Novas fundado em 1541.
Bolos em forma de granada, com uma
camada inferior de massa e recheio de
doce fabricado à base de farinha,
margarina, ovos, açúcar, pinhão e coco.
Embaladas individualmente dentro de
caixas com 6 unidades, acompanhadas de
um texto em verso, que faz a apologia dos
bolos.
4.3 Produtos Gastronómicos da Região do Alentejo

Bolota Pão de Trigo do Alentejo


É um fruto de forma oval, de cor castanha, O pão constitui, no Alentejo, não
cuja parte comestível corresponde à apenas alimento por si só, como
amêndoa. Esta tem igualmente forma oval, também faz parte de quase todos os
cor branco-amarelada. A bolota é muito rica pratos da cozinha regional, sejam
em óleo, pesa cerca de 10 g e mede 5 cm eles salgados ou doces. É facto
de comprimento. assente e reconhecido que a açorda
Licor de Poejo alentejana não se pode fazer com
qualquer outro pão. O mesmo se
É um licor de cor amarela, preparado por poderá dizer para as migas, para a
destilação alcoólica de uma infusão de sopa de cachola ou para a sopa de
poejo seco. Apresenta-se ou em garrafas cação.
de vidro de litro ou numa típica garrafa
alentejana, forrada a cortiça. É feito através
de uma primeira destilação em caldeiras a
fogo direto, de álcool a 90° e uma infusão
de poejo seco.
5.Rota Gastronómica da região do Algarve

- Quando se pensa em gastronomia algarvia é o peixe


que nos vem à cabeça. São 200 km de costa que nos
colocam à mesa espécies tão variadas como a sardinha,
o atum, o lingueirão, as amêijoas ou as ostras.

- Assim que rumamos ao interior, primeiro para o barrocal


e depois para a serra, começam a ganhar destaque as
carnes – porco e aves – e os enchidos.

- Também não podemos deixar de falar das figueiras, das


amendoeiras e das alfarrobeiras cujos frutos dão origem
ao melhor da doçaria desta região.
5.1 Pratos típicos da Região do Algarve

Muxama Estupeta de Atum


A Muxama é feita de peças lombares de Produto resultante da salga húmida de
atum, seco e salgado, de consistência pedaços de atum. Tem cor castanho-
rígida e textura suave. Hoje em dia o seu escura, consistência firme e sabor
consumo é como aperitivo, cortado em próprio, salgado. A estupeta é o
fatias muito fininhas. ingrediente principal de uma salada
fria, muito típica no Algarve, que se
prepara com tomate, pimento e
Ovas Salgadas estupeta previamente demolhada.
As ovas de atum têm de comprimento
cerca de 20 cm e de largura 10cm. São
secas e salgadas. Apresentam uma cor
avermelhada e o seu peso varia com o
tamanho. Atualmente, e dada e escassez,
consomem-se em especial como aperitivo.
5.2 Doces Tradicionais da Região do Algarve

Dom Rodrigo Folhados de Tavira


Originários da doçaria conventual, são São feitos com massa folhada que se
citados por Thomaz Cabreira. Os doces do corta às tiras e se enrola num
Algarve podem ser classificados em pauzinho para formar o bolo. Cozem
diversos tipos. Um deles é o dos doces de no forno e são depois passados por
ovos, de que é paradigma o Dom Rodrigo, calda de açúcar. Primitivamente ter-
pelo seu aspeto e sabor. se-ão chamado Bolos Folhados,
passando, posteriormente a Folhados
Figos Cheios de Olhão de Tavira.
Os figos, cor de mel e bem redondos, são
recheados com amêndoa, açúcar,
chocolate, canela e erva-doce.
Apresentam-se embrulhados em papel
branco franjado a imitar uma réstia de
alhos. Cada figo recheado pesa cerca de
40 g.
5.3 Produtos Gastronómicos da Região do Algarve
Alfarroba Medronho do Algarve
O fruto é uma vagem (acastanhada, quase O Medronho do Algarve IGP é
preta, quando madura) comprimida e com uma aguardente de frutos,
10 a 30 cm de comprimento, sendo muito obtida exclusivamente por
rico em açúcar. Na cozinha tradicional fermentação alcoólica e
algarvia tem grande expressão o Pão de destilação de frutos carnudos
Alfarroba. do medronheiro, proveniente de
um habitat próprio da sua área
Citrinos do Algarve geográfica de produção. Todo o
ciclo de produção, desde a
Os Citrinos do Algarve IGP caraterizam-se
obtenção da matéria-prima,
pela sua casca fina, intensamente colorida
destilação e envelhecimento ou
e brilhante, e pelo seu elevado teor de
estágio, tem lugar na área
sumo, o qual é particularmente doce. As
geográfica delimitada.
caraterísticas climáticas regionais
proporcionam dois picos de produção em
dezembro/janeiro e em junho/julho.
6.Rota Gastronómica da região da Madeira

- A alimentação da ilha baseia-se nos costumes rurais, e


em geral, quanto mais próxima se encontra dos métodos
de confeção tradicionais mais saborosa se torna.

- O Bolo do Caco é uma espécie de pães de trigo servidos


quentes com manteiga de alho e salsa em feiras e festas
populares, estão presentes nas ementas de todos os
restaurantes.
6.1 Pratos típicos da Região da Madeira
Espetada Madeirense
Um prato simples, com poucos Peixe-espada com banana
ingredientes, mas que forma um bom sabor
Prato bastante conhecido na região e
na sua totalidade. Isso deve-se não apenas
que mostra dois dos produtos mais
aos bons ingredientes utilizados, como
conhecidos na Madeira. O peixe
também à forma de preparo. Isso pode
espada e a banana fazem parte da
sofrer algumas variações, no entanto, são
cultura local e são bem utilizados,
importantes que algumas recomendações
principalmente a banana.
sejam seguidas para fazer a verdadeira
espetada madeirense.
Lapas Grelhadas da Madeira
As lapas são pequenos moluscos que
podem ser retirados de pedras próximas à
região. A sua utilização na culinária deu-se,
também, pela facilidade de muitos
conseguirem apanhar as lapas e cozinhá-
las para comer no mesmo dia.
6.2 Doces Tradicionais da Região da Madeira

Queijada da Madeira Rebuçados de Funcho


Pequenos bolos de forma achatada e A sua confeção é através do
arredondada cuja base, de massa muito aquecimento do açúcar, a água e a
fina, é dobrada para o centro, por forma a essência de funcho obtendo o ponto
conter o recheio. de bola dura. Depois da massa
arrefecer, moldam-se pequenos
charutos que são cortados, com uma
Bolo de Mel
faca afiada, em pequenos cilindros.
Trata-se de um bolo tradicional,
indispensável na época do Natal. Deve ser
partido à mão e acompanhado de licores
ou vinho da Madeira. Este bolo pode ser
naturalmente conservado durante vários
meses, mantendo as suas excelentes
qualidades.
6.3 Produtos Gastronómicos da Região da Madeira
Banana da Madeira
A planta multiplica-se através de rebentos Poncha da Madeira IGP
emitidos a partir da base. Depois de
originarem folhas, as plantas emitem um A Poncha da Madeira
escape floral, no qual os primeiros grupos apresenta um leque muito
de flores originam o fruto comestível. Os variado de aromas e sabores,
frutos, dispostos em cachos, são bagas especialmente resultantes da
alongadas, com um comprimento médio de utilização de frutos, mas
14 cm. também de diferentes
combinações de ingredientes e
da arte de cada produtor.
Mel-de-cana
Muito utilizado na doçaria tradicional
madeirense, constituindo um ingrediente
imprescindível na feitura de bolos (não
esquecendo o tradicional bolo de mel-de-
cana) e biscoitos característicos da região.
7.Rota Gastronómica da região dos Açores
- A gastronomia dos Açores é riquíssima em sabores e
nasce da influência histórica, clima e posição geografia
das ilhas. As ilhas serviam como ponto de abastecimento
para as naus em rotas de comércio marítimo, chegando
aos Açores especiarias e produtos oriundos dos quatro
cantos do mundo.

- A utilização de especiarias na confeção dos pratos é


muito variada, sobretudo o uso de pimentas como a
Pimenta da Terra e açafroa dos Açores, por outro lado, os
produtos frescos oriundos da terra e mar, são o grande
trunfo da cozinha regional.
7.1 Pratos típicos da Região dos Açores

Sopas do Espírito Santo


Torresmos
As populares sopas do Espírito Santo
Carne de porco, entrecosto, toucinho e
também são conhecidas por “Sopas do
fígado de porco, temperados com
Império”. Apesar de muitas pessoas
alho, sal, pimenta da terra (malagueta)
afirmarem que estas sopas são típicas da
e vinho branco, que são cozinhados
Ilha Terceira e do Faial, elas são
24 h depois de temperados, até
encontradas em todas as ilhas, tendo
desaparecer toda a gordura.
apenas variações nas receitas

Cozido das Furnas


O seu sabor único, vem do fato de ser
confecionado sem a adição de água ou
especiarias. Cozinhado em buracos feitos
no solo vulcânico do vulcão das Furnas, a
sua cozedura faz-se através do calor
vulcânico no interior dos buracos.
7.2 Doces Tradicionais da Região dos Açores

Queijadas de Vila Franca do Campo Biscoitos de Orelha


A derivação da Queijada da Vila, está Os Biscoitos de Orelha de Santa Maria
ligada ao fabrico do queijo e dos queijeiros são feitos manualmente, e requerem
que levavam o leite ao Convento de Santo destreza do seu criador na hora de
André, da Primeira Regra de Santa Clara enrolar a massa sobre os dedos da
de Vila Franca do Campo. mão esquerda e no corte das orelhas,
para lhe proporcionar o formato
Fofas do Faial
triangular, original e característico,
As fofas, verdadeiras delícias típicas da típico e exclusivo das doceiras da Ilha
Ilha do Faial, são doces, tradicionalmente de Santa Maria.
confecionados na altura do Carnaval.
Compostas por uma massa aromatizada
com sementes de funcho (erva-doce), são
muitas vezes recheadas com um creme de
limão ou um creme de baunilha.
7.3 Produtos Gastronómicos da Região dos Açores

Ananás dos Açores/São Miguel


Ananás dos Açores/São Miguel tem uma
Queijo São Jorge
forma cilíndrica, ligeiramente afusada,
representando a coroa entre 1/3 e 1/4 do O queijo São Jorge DOP é
comprimento do fruto. Em plena obtido a partir de leite cru de
maturação, a epiderme apresenta vaca. Trata-se de um queijo
coloração amarelo dourada a amarelo curado, de pasta dura ou semi-
palha com pigmentação dura e cor amarelada.

Chá dos Açores


A primeira notícia que se conhece a
respeito do chá nos Açores data de 1801,
donde se pode concluir que já nos finais do
século XVII se conhecia esta planta nos
Açores.
8. Dieta Mediterrânica
- O padrão alimentar da dieta mediterrânica, característico
dos países da bacia do mediterrâneo está associado a
uma maior longevidade, melhor qualidade de vida e à
diminuição do risco de desenvolvimento de doenças
crónicas não transmissíveis.
- Nas refeições principais o consumo frequente de peixe e
o consumo moderado de ovos deve ser a escolha de
eleição em detrimento do consumo de carnes. As carnes
devem ser de aves e livres de peles e gorduras e o
consumo de carnes vermelhas deve ser limitado a um
máximo de uma vez por semana.
- A Dieta Mediterrânica proporciona-nos uma alimentação
saudável, perfeitamente compatível com o prazer de
degustar pratos saborosos.
Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas
Escola Básica e Secundária de Miragaia

Obrigado!

Você também pode gostar