Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Turismo Enológico
A sua influência no Crescimento das Regiões
2020 / 2021
Julho de 2021
Agradecimentos
Neste trabalho não posso deixar de expressar o meu mais sincero agradecimento às
pessoas que contribuirão para a realização deste trabalho. Assim vou deixar as minhas
palavras de agradecimento:
Á minha tia que prestou suporte desde o inicio do processo e que sempre me manteve
motivada e sempre disponível para qualquer tipo de duvida foi sem duvida um grande
apoio.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Resumo
Esta Prova de Aptidão Profissional (PAP) consiste no meu projeto final de curso,
resultado de três anos de estudo empenho e dedicação.
Neste projeto irei falar sobre O Turismo Enológico - e sua influência no Crescimento
das Regiões, onde também serão abordadas todas as informações sobre o mesmo.
Este projeto tem como finalidade divulgar o turismo enológico , dar a conhecer o
crescimento vinícola nas diferentes regiões , e fazer com que as pessoas adiram e
fiquem a conhecer também um pouco mais sobre os vinhos do nosso país.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Índice de Figuras
Fig 15- Região Vitivinícola dos Açores (Graciosa, Pico e Biscoitos) Pág 31
Fig 16- Épocas de cultivo e ciclo biológico das principais variedades/castas na vinha
Pág 34
Introdução
Portugal é um país de forte tradição vitivinícola, e a excelente qualidade dos seus vinhos
tem reconhecimento em todo o mundo, sendo numerosos os prémios e distinções
conquistados em concursos internacionais. E para os apreciar e conhecer, nada como
visitar as regiões onde se produzem, sendo os vinhos um excelente pretexto para
descobrir também as paisagens, o património, a cultura e as gentes que aqui vivem.
É na região do Alto Douro Vinhateiro, criada em 1756, que se produz o vinho do Porto,
desde sempre destinado à exportação. Não admira pois que aqui haja uma tradição
secular de receber visitantes e de com eles partilhar o melhor da região. Desde logo a
soberba paisagem do vale do Douro, onde o homem construiu socalcos para plantar
vinha nas encostas duma região de solos agrestes. Deu lugar a uma paisagem
classificada pela Unesco como Património Mundial, povoada de quintas
tradicionalmente ligadas ao vinho. Com possível entrada pelo Porto, onde ficam as
Caves do Vinho do Porto, uma boa maneira de descobrir a região é a bordo dum
cruzeiro, que permitirá visitar alguns dos locais mais emblemáticos ligados á produção
dos excelentes vinhos do Douro e do Porto.
A fundação de Portugal começou pelo norte, berço das mais antigas famílias nobres que
ajudaram os nossos reis na conquista do território. Por este motivo, no norte, onde se
produzem os vinhos verdes, encontramos inúmeros solares e casas senhoriais que, junto
com os seus brasões, ostentam a mais aristocrática hospitalidade. Podemos instalar-nos
em casas e quintas onde nos esperam provas de vinhos e outras experiências, como a
visita a outros elementos do seu património. Nesta região ficam cidades históricas como
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
O Alentejo é uma região fértil em unidades de enoturismo, não fosse esta uma região
onde se encontram vários dos principais produtores nacionais e a sua qualidade é
apreciada em todo o mundo, tendo sido considerada como a melhor região vinícola do
mundo para visitar em 2014 pelos leitores do conceituado jornal americano USA Today.
A vinha corre ao longo de extensas planícies e acompanha olivais e florestas de
montado. É nesta paisagem de vastos horizontes que se inserem quintas e herdades
produtoras de vinho com créditos firmados também na hospitalidade e na gastronomia
por que são conhecidas. Com centro em Évora, outra cidade do Património Mundial que
nos deixa encantados pela beleza e placidez do seu casco histórico, também nestas
herdades podemos participar nas vindimas e observar as diferentes etapas de elaboração
de um vinho. Também destaque especial merece Reguengos de Monsaraz, que em 2015
foi a cidade europeia do vinho e propõe muitas iniciativas a não perder como
observações astronómicas com provas de vinhos, colheita de uvas para a criação de um
vinho comemorativo, provas temáticas e jantares enogastronómicos.
Do outro lado do Atlântico destaca-se o Vinho Madeira que nos mais variados pontos
do globo ganhou fama e prestígio, um verdadeiro “tesouro” que já no século XVIII era
apreciado por reis, príncipes, generais e exploradores. Entre as castas utilizadas para o
Vinho Madeira são de salientar as Sercial, Boal, Verdelho, Tinta Negra e Malvasia, esta
última representando o vinho doce, encorpado, de perfume intenso e cor vermelha. As
vinhas, dispostas em socalcos sustentados por paredes de pedra, fazem lembrar
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
OBJETIVOS DO PROJETO
Objetivos gerais
Objetivos específicos
Viticultura
Importância económica a nível regional e do país
A vitivinicultura está historicamente ligada a Portugal como atividade agrícola de
relevante importância económica e social. No quadro do valor da produção do ramo
agrícola nacional, este sector representa 13% do total.
Com uma superfície vitícola de 240 mil hectares, a cultura da vinha ocupa cerca de
6,9% da Superfície Agrícola Útil portuguesa. Verifica-se que cerca de metade da área
do Continente se encontra em explorações especializadas em viticultura, com o maior
contributo da Península de Setúbal, Alentejo, Trás-os-Montes e Ribatejo.
Relativamente à estrutura fundiária neste sector, constatam-se grandes disparidades
entre regiões, com a área média por parcela variando entre 0.17 ha/exploração no Minho
e quase nove vezes mais em Setúbal e Alentejo, para uma média nacional de 0.8 ha.
Dado que 68% das explorações têm plantações com mais de 30 anos, trata-se de uma
atividade com raízes temporais profundas e, ao mesmo tempo, um elevado grau de
envelhecimento e consequente necessidade de reestruturação.
A produção de vinho, expressa em número de produtores, distribui-se por todo o país,
com predominância a norte do Tejo, acentuando-se a norte do Mondego e sempre nos
distritos do centro e litoral. A produção associada de 104 adegas cooperativas tem
contribuído com cerca de cinquenta por cento para a produção de vinho do Continente,
verificando-se que o diferencial entre este segmento e o dos produtores individuais tem
vindo a aumentar a favor destes. A grande maioria da área desta cultura é explorada por
produtores individuais. É no Alentejo e Península de Setúbal que o peso das sociedades
é mais significativo. No sector do vinho a estrutura empresarial é diversificada,
coexistindo empresas de cariz familiar, de Pequenas e Médias Empresas, por vezes
apenas de base regional, a par de grupos económicos de dimensão internacional, sendo
ainda de destacar o sector cooperativo, que apresenta uma importância determinante
pelo peso do número de produtores abrangidos pela sua atividade de concentração e
comercialização, contribuindo para cerca de metade da produção nacional.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Estremadura
Península de Setúbal
Bairrada
Douro
Alentejo
Dão
Ribatejo
Algarve
Portugal é um país com diversos tipos de climas, e por consequências com diversos
tipos de castas, que dão origem a variados tipos de vinho e a diversas regiões
vitivinícolas.
É na Beira Litoral, entre Águeda e Coimbra, que se situa a região da Bairrada. A zona é
muito próxima do mar, por isso o seu clima é tipicamente atlântico: Invernos amenos e
chuvosos e Verões suavizados pelos efeitos dos ventos atlânticos.
A maior parte das explorações vinícolas são de pequena dimensão. A área ocupada
pelas vinhas (maioritariamente em solos argilo-calcáricos ou arenosos) não ultrapassa os
10000 hectares.
A Península de Setúbal é rodeada pelo oceano Atlântico e pelos rios Tejo e Sado. A
região, situada a sul de Lisboa, é essencialmente marcada pelo turismo e pelas grandes
explorações vitícolas.
O clima da região é mediterrânico temperado com Verões quentes e secos e Invernos
amenos e chuvosos. A humidade relativa média anual situa-se entre os 75% a 80%, o
que reflete a proximidade do mar.
A Península de Setúbal compreende duas Denominações de Origem (Palmela e Setúbal)
e a designação de vinhos regionais Península de Setúbal.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Banhada na Corrente do Golfo, a ilha Madeira tem um clima ameno, com média de 22 º
C no verão, 16 º C no inverno. O clima temperado e húmido e o solo vulcânico fértil são
ótimos para fazer vinhos mais maduros, assim como vinhos leves e com álcool
moderado.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Os vinhos são categorizados pelo método e pelo tempo de envelhecimento. São feitos
de uvas brancas tradicionais ou Tinta Negra, e ficam em barricas de madeira
envelhecida durante pelo menos 5 anos. Os Vintage, ficam em barricas de madeira
envelhecendo por 20 anos.
vinhedos, que a área de cultivo na ilha do Pico, foi declarada Património Mundial da
UNESCO.
A maioria dos vinhedos de Açores são cultivados dentro de currais, em pequenos
quadrados emparedados por pedras de rocha vulcânica preta. As videiras são plantadas
em buracos e suas raízes se aprofundam entre as rachaduras. As paredes as protegem
dos ventos do Atlântico e do excesso de sal, num cenário particularmente
impressionante.
Atualmente, três ilhas produzem vinho. Grande parte da ilha da Graciosa tem o estatuto
DOC em virtude do seu estilo mais leve dos seus brancos, vinificados na cooperativa
local. Existem mais duas regiões DOC para vinhos fortificados; em algumas áreas
costeiras da ilha do Pico e na região dos Biscoitos, uma pequena área no norte da ilha
Terceira. Uma quantidade do vinho IGP Açores de boa qualidade e não fortificado, é
produzida tanto no Pico como na Terceira por produtores privados e em pequena escala
por cooperativa no Pico. A maioria dos vinhos são brancos, muito frescos, graças ao
nevoeiro e ao clima temperado. Existem também os Vinhos de cheiro, produzido por
castas híbridas, apreciado pelos habitantes locais.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
âmbito da sua participação nesta exposição da digressão científica que fez pelos países
europeus produtores de vinhos, que desencadeou a análise crítica e audaz ao sector
vitivinícola nacional, expressa nas famosas Conferências sobre Vinhos, proferidas por
António Augusto de Aguiar, em 1875, no Teatro de D. Maria e, posteriormente, no da
Trindade.
O início do século XX, foi marcado pela Exposição Universal de Paris
emblematicamente inaugurada em 1900. Portugal participou ativamente neste evento,
dedicando especial atenção à secção de Agricultura, por todos considerada o sector mais
importante da nossa representação. Deste evento, ficou-nos a obra fundamental de B. C.
Cincinnato da Costa, "Le Portugal Vinicole", editada especificamente para ser
apresentada na exposição.
Em 1907/1908, iniciou-se o processo de regulamentação oficial de várias outras
denominações de origem portuguesas. Para além da região produtora de Vinho do Porto
e dos vinhos de mesa Douro, demarcavam-se as regiões de produção de alguns vinhos,
já então famosos, como são o caso dos vinhos da Madeira, Moscatel de Setúbal,
Carcavelos, Dão, Colares e Vinho Verde.
Com o Estado Novo (1926/1974), foi iniciada a "Organização Corporativa e de
Coordenação Económica", com poderes de orientação e fiscalização do conjunto de
atividades e organismos envolvidos. Foi neste contexto que se criou a Federação dos
Vinicultores do Centro e Sul de Portugal (1933), organismo corporativo dotado de
grandes meios e cuja intervenção se marcava, fundamentalmente, na área da
regularização do mercado.
À Federação, seguiu-se a Junta Nacional do Vinho (JNV) (1937), organismo de âmbito
mais alargado, que intervinha tendo em conta o equilíbrio entre a oferta e o escoamento,
a evolução das produções e o armazenamento dos excedentes, em anos de grande
produção, de forma a compensar os anos de escassez.
A JNV veio a ser substituída em 1986 (D.L. nº 304/86 de 22 de Setembro) pelo
Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), organismo adaptado às estruturas impostas pela
nova política de mercado decorrente da adesão de Portugal à Comunidade Europeia.
Surge, então, uma nova perspetiva na economia portuguesa e, consequentemente, na
viticultura.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
A entrada de Portugal na União Europeia (na altura CEE) obrigou a certas alterações na
designação dos vinhos produzidos. O conceito Denominação de Origem é atribuído a
vinhos que, pelas suas características, estão intimamente associados a uma determinada
região: têm origem e produção nessa região e possuem qualidade ou, características
inerentes ao meio geográfico (fatores naturais e humanos). Estes vinhos são submetidos
a um elevado controlo em todas as etapas de elaboração. As entidades certificadoras
examinam os processos de elaboração e produção do vinho, de modo a preservar a
qualidade e as suas características únicas.
DOP significa Denominação de Origem Protegida. É uma designação comunitária
adotada para designar os vinhos com Denominação de Origem e que os integra num
registo comunitário único e lhes confere proteção de acordo com a regulamentação.
DOC (Denominação de Origem Controlada): Vinhos provenientes das regiões
produtoras mais antigas e, por isso, sujeitos a legislação própria (características dos
solos, castas, vinificação, engarrafamento).
Vinhos com Indicação Geográfica, ou seja, produzidos numa região específica e
elaborados minimamente com 85% de uvas provenientes dessa região e de castas típicas
da região. Estes vinhos são controlados por uma entidade certificadora.
IGP designa Indicação Geográfica Protegida. É uma designação comunitária adotada
para designar os vinhos com Indicação Geográfica e que os integra num registo
comunitário único e lhes confere proteção de acordo com a regulamentação.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Com efeito, sabe-se que pelo menos à época do Império Romano o vinho já era
amplamente cultivado em Portugal. A sua produção passou muitas fases ao longo do
tempo, mas vale a pena destacar a data de 1756, em que o Marquês de Pombal criou a
Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com a função de delimitar
a 1ª região demarcada do mundo, registar as vinhas e classificar os vinhos de acordo
com a sua qualidade.
visitar as caves de Vila Nova de Gaia onde o vinho do Porto envelhece, na Rota
do Vinho do Porto
brindar também com os recentes mas excelentes espumantes de vinho verde
degustar alguns vinhos portugueses nas Salas de Provas Vinhos de Portugal, de
Lisboa ou do Porto. Ficam ambas em imóveis e locais que só por si merecem
visita
fazer um passeio de barco com os golfinhos do Sado, na rota dos Vinhos de
Setúbal
na mesma rota, conhecer a Península de Troia onde fica a maior extensão de
praias da Europa
conhecer no Alentejo o maior lago artificial da Europa, o Alqueva, onde pode
fazer-se um cruzeiro ou alugar um barco-casa e passar uns dias de puro
relaxamento
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
O vinho verde, único no mundo, é um excelente motivo para descobrir a região. O seu
nome estará ligado à cor predominante da região em que se produz ou à acidez que lhe é
peculiar, como se as uvas fossem colhidas verdes. Porém, branco ou tinto, é um vinho
leve que se bebe fresco e acompanha bem peixes e mariscos, abundantes no litoral. O
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
fazer uma prova de vinho, visitar as vinhas e a adega nas quintas que o permitem
provar o vinho e adquirir uma garrafa no Solar do Alvarinho, em Melgaço
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Aqui nascem também os vinhos de mesa do Douro, que nas últimas décadas têm
adquirido grande notoriedade e projeção além-fronteiras graças à sua qualidade, tanto
nos tintos como nos brancos e até nos rosés.
Inseparável do rio Douro que a percorre em vales profundos desde a fronteira com
Espanha até perto do Porto, esta região de montanhas de xisto, com solos pobres e
agrestes, foi transformada por ação do homem que plantou a vinha degrau a degrau.
Verde no verão, cor de fogo no outono, a vinha deu lugar a uma paisagem única
classificada pela Unesco.
Deixemo-nos pois encantar com a paisagem do Douro: os vales, a fita azul do rio
serpenteando ao fundo, as vinhas em socalcos, o ar puro... Embora hoje já não se vejam
os barcos rabelos transportarem o vinho rio abaixo, ele continua a descer o rio até ao
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Porto, onde envelhece nas vizinhas Caves de Gaia, e por isso herdou do local de partida
para o resto do mundo o nome com que ficou famoso.
A região produtora está dividida em três áreas. A oeste, no Baixo Corgo, fica a capital
do vinho do Porto, a cidade do Peso da Régua, onde devemos fazer uma visita ao
Museu do Douro e ao Solar do Vinho do Porto, para provar e aprender mais sobre este
néctar. O Pinhão já fica na sub-região do Cima Corgo, que concentra os mais afamados
vinhos do Porto. Perto do Peso da Régua, fica o miradouro de São Leonardo de
Galafura. Mas não menos empolgante é a paisagem que se pode admirar do miradouro
de São Salvador do Mundo, já na margem sul e na sub-região do Douro Superior, junto
a São João da Pesqueira.
E não podemos deixar de aproveitar para visitar algumas das muitas quintas produtoras
de vinho do Douro e do Porto, algumas preparadas para o enoturismo. Onde haveria
afinal melhor lugar para provar um cálice de Porto ou saborear um bom vinho do Douro
à refeição? É que quase trezentos anos depois de o Marquês de Pombal decretar a
demarcação desta zona vinhateira, para além do Porto também os vinhos do Douro
sobem ao primeiro lugar em concursos internacionais. E sabem ainda melhor na terra
que os produz.
Na margem norte do rio e com ligação direta à Régua, também a cidade de Vila Real
merece uma visita, assim como o Palácio de Mateus, que fica nas imediações. A visitar
ainda Lamego, também com ligação à Régua, mas já na margem sul. Fica aos pés do
concorrido santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Também a sul, fica o Parque Arqueológico de Foz Coa, uma enorme galeria de arte
rupestre ao ar livre, classificada Património Mundial.
Rota da Bairrada
Em pleno Centro de Portugal, a Rota da Bairrada situa-se numa faixa junto ao litoral
onde ficam Aveiro ou a praia da Figueira da Foz, mas abrange também a área de
Coimbra, cidade classificada Património Mundial pela Unesco. Nesta região existem
algumas das mais antigas e reputadas termas nacionais, com spas e programas de saúde.
O leitão da Bairrada, um ex-libris da gastronomia nacional, é particularmente apreciado
na companhia dos bons vinhos da região, nomeadamente dos espumantes de que a
Bairrada foi uma das primeiras regiões produtoras em Portugal.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Esta região de vastos horizontes, a que os sobreiros conferem uma sensação de força e
perenidade, foi em tempos um extenso campo de trigo. Atualmente, as searas dão lugar
a enormes vinhas, cujos vinhos recebem a força da paisagem e do calor ambiente,
estando entre os mais reconhecidos de Portugal.
Agrupamento de Escolas de Rodrigues de Freitas
PAP 06.05Tema Projeto PAP Renata Lopes.docx
Para além do Vinho Regional Alentejano, que se encontra por toda a região, os
produtores de vinho distribuem-se por 8 áreas de Denominação de Origem Controlada -
Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos, Vidigueira, Évora, Granja/Amareleja e Moura,
o que permite uma variedade de escolha em qualquer ponto do Alentejo.
Bibliografia
Alves, F. (2003) – Aplicação da Produção Integrada da Vinha na Região Demarcada do
Douro: elaboração de proposta de guia de referência. In” Tese de Mestrado e Pós-
graduação em Fitotecnia Opção Viticultura. UTAD, Março de 2003.
Webgrafia
https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/rotas-dos-vinhos