Você está na página 1de 14

O que vejo da minha janela?

Grupo 3

Diana Lourenço Nº1

Matilde Ferreira Nº15

7ºB

Disciplina: Ciências Naturais

01/11/2022
Índice

Introdução 3
Região do Douro 4
 Rochas e minerais 4
 Solo 5
 Clima 5
 Relevo 6
 Rio Douro e seus afluentes 7
 Fauna 8
 Flora 9
 Ação Humana e Sustentabilidade 10
Introdução
Região do Douro

Da minha janela vejo o Douro, uma das regiões mais bonitas do mundo
vinícola, classificada como Património Mundial em 2001 pela UNESCO.
Ao longo do tempo, o rio Douro e os seus afluentes escavaram a sua
passagem por vales profundos e escarpados.
Para cultivar a vinha nesta região, os homens tiveram que partir muita
pedra à mão e construíram os socalcos, que vistos de longe parecem uma
escadaria gigantesca, cada socalco é sustentado por um muro em pedra.
Antigamente a mecanização era inexistente, todo o trabalho era feito por
homens e mulheres, desde a plantação até à colheita.
Por volta de 1970 começaram a surgir os primeiros patamares e o trator
começou a ser utilizado e ajudou bastante em todo o trabalho vinícola.

Rochas e minerais

Esta paisagem é rica em rochas e minerais, que surgiram pela erosão


fluvial dos rios e dos ribeiros. Existem as rochas metamórficas ( xistos e
quartzitos), rochas magmáticas (granitos) e rochas sedimentares (areias,
arenitos e cascalheiras)
Fig. 2 - Xisto

Fig. 3 Quartzito

Fig. 1 - Granito
Fig. 3- Quartzito

Solo
Fig. 4 Arenito
O solo, no qual estão plantadas as videiras
do Douro, é composto essencialmente por xisto, que é uma rocha metamórfica
muito laminada, esta estrutura, laminada, permite a penetração das raízes das
videiras.
É um solo rico em nutrientes e com capacidade para reter a água, o
próprio xisto retém uma grande quantidade de humidade, que por vezes é
suficiente para a videira sobreviver durante o verão.
Assim, o solo das vinhas do Douro permite que as videiras se
desenvolvam de uma forma um pouco autónoma.

Fig. 5 - Solo de xisto

Clima

Caracterizada pelos seus vales profundos, protegidos pelas montanhas,


esta região tem invernos muito frios e verões muito quentes e secos. Este clima
combina com as pequenas bagas de uva, de pele grossa, que caracterizam as
castas tradicionais do Douro e favorece a produção de vinhos de alta
qualidade. O clima desta região pode definir-se como mediterrâneo –
subcontinental.

Relevo

Esta zona tem um relevo bastante acidentado, formado por uma


sequência de vales, encaixados e estreitos com variações de altitude máxima
de 800 metros.

Fig. 6 –
Paisagem do Douro
Fig. 7 – Mapa de hipsometria do Douro

Rio Douro e seus afluentes

Um dos maiores rios da Península Ibérica, o


segundo maior rio de Portugal, com um cumprimento
de 938 KM, dos quais 200 se situam em Portugal, o rio
Douro nasce em Espanha, na serra de Urbião e
desagua no Oceano Atlântico, junto às cidades do
Porto e Vila Nova de Gaia.
Fig. 8 – Localização do Rio Douro

A bacia hidrográfica do rio Douro é a bacia nacional que apresenta o


maior valor de escoamento na sua foz, em termos de volume de águas.
Tem numerosos afluentes em território nacional, sendo os mais
importantes, na margem direita, o Sabor, o Tua, o Corgo, o Tâmega e o Sousa,
e na margem esquerda, o Águeda, o Coa, o Távora, o Varosa, o Paiva e o
Arda.
Todos estes afluentes são rios de planalto, com grandes ressaltos no
seu leito e forte poder erosivo, bem evidenciado pelos vales encaixados e
profundos que todos possuem.
Fig. 9 – Bacia Hidrográfica do Dou

Fauna

A fauna presente nesta região distingue-se pelo número de espécies e


pelo seu estatuto de conservação.
No que respeita a aves existe o milhafre-real, o chasco-preto, o abutre
do Egito, o tartaranhão, a águia-real, a gralha-de-bico-vermelho, a cegonha-
preta, o falcão, entre outros, todas estas aves encontram-se em perigo, pois
são muito vulneráveis.
Quanto aos mamíferos podemos encontrar o morcego, o lobo, o rato e o
gato bravo, entre outros.
Nesta área encontram-se alguns abrigos de criação e/ou hibernação de
morcegos, com importância a nível nacional.
No grupo dos répteis, podemos encontrar o cágado, a víbora-cornuda,
entre outros.

Fig. 10 – Milhafre-real Fig. 11 - Falcão


Fig. 12 – Morcego
Fig. 13 – Víbora – cornuda

Flora

A flora desta região tem uma grande variedade de culturas regionais e


ibéricas. A diversidade de biótopos deve-se ao clima, ao relevo, geologia e
outros aspetos históricos que caracterizaram esta paisagem.
A floresta é escassa, nas zonas planálticas predomina a cultura de
cereais, os lameiros ocupam as zonas mais baixas e húmidas dos vales. Nas
arribas, predominam as culturas mediterrâneas, a vinha, o olival, o amendoal e
o laranjal. Podemos ainda encontrar o carvalho e o sobreiro.

Fig. 14 – Vinha Fig. 15 – Olival


Fig. 16 – Carvalho Fig. 17 – Amendoeira

Ação Humana e Sustentabilidade

Esta magnífica paisagem da região douriense, em muito se deve ao trabalho do ser


humano, é o homem que trabalha estas terras, antigamente com a força da sua mão, hoje
em dia com a ajuda de maquinarias.
Contudo, e apesar da região do Douro ser uma área protegida nem sempre o Homem
respeita o rio e a natureza, isso verifica-se:

 Com as descargas de efluentes industriais;


 Com a deposição de dejetos animais resultantes de atividades agro-pecuárias;
 O uso muito intenso de fertilizantes e pesticidas nas atividades agrícolas;
 A deposição de lixos urbanos em aterros;
 A construção de fossas sépticas.
                                                                                                      
Fig. 18 – Agentes de poluição no rio Douro

Para além de todos estes problemas, esta região tem perdido população
e a existente está a ficar cada vez mais envelhecida, a baixa densidade
económica, cultural e social, a baixa instrução, as dificuldades no setor do
vinho, que é principal cultura da região e a falta de estratégias comuns aos
vários municípios, todos estes fatores estão a pôr em causa a sustentabilidade
deste património.
É preciso tomar medidas, incentivar os mais jovens a permanecer na
região e a dinamizar as nossas culturas e tradições.
Conclusão
Bibliografia

 https://resources.natural.pt/uploads/additional-information/
2019/06/12/08/YfRdAaTkRKW3Arwk.pdf
 https://www.douro.com.pt/pt/blog/regiao-do-douro/douro-internacional-
pintura-montanhas-penhascos

Você também pode gostar