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Gonçalo Neves
Douro
Regiões Vinícolas
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Património Mundial
Regiões Vinícolas
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Algumas datas importantes…
• 1908 foram corrigidas as demarcações com base nas freguesias dando origem á
região como a conhecemos hoje em dia
Regiões Vinícolas
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Serviço de Vinhos
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TRADIÇIONAL VERSUS MODERNO
Regiões Vinícolas
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Região Demarcada do Douro
Regiões Vinícolas
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Região Demarcada do Douro
-Cerca de 40 000 hectares de vinha
- Baixo Corgo apesar de ter a menor área é a que tem mais área de vinha.
-O rio Douro e os seus afluentes, como por exemplo o Tua e o Corgo, correm
em vales profundos e a maior parte das plantações são encaixadas nas bacias
hidrográficas dos rios.
Regiões Vinícolas
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Características do solo
Regiões Vinícolas
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Características do clima
Regiões Vinícolas
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Características do clima
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Castas mais utilizadas
Brancas
Arinto TINTAS
Viosinho
Rabigato TOURIGA NACIONAL
Côdega TINTA RORIZ
Gouveio BASTARDO
Moscatel galego SOUSÃO
Sercial ou esgana-cão TINTA AMARELA OU
Verdelho TRINCADEIRA
GRAND NOIR
TINTA BARROCA
MOURISCO TINTO
TINTA FRANCISCA
Regiões Vinícolas
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Vinhos produzidos
-Os principais vinhos são produzidos de lotações de várias castas, tanto
brancos como tintos, apesar de hoje em dia haver alguns produtores a fazer
monocastas.
-O Douro durante muito anos focou as suas atenções para o Vinho do Porto e
só a partir da década de 90 começou a apostar nos vinhos de brancos e
tintos.
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CASTAS PORTUGUESAS
Rabigato
Casta branca portuguesa, implantada no Douro, de
forma mais enraizada no Douro Superior. Pouco
produtiva.
Uma das tradicionais castas que conferem acidez ao
Vinho do Porto, pois é senhora de uma elevada acidez
natural.
Muito boa estrutura, sustentada por boa graduação
alcoólica, menor capacidade aromática.
Acácia, flor de laranjeira, sugestões vegetais e quando a
vide tem idade adulta, oferece-nos vibrantes notas
minerais.
CASTAS PORTUGUESAS
Tinta Roriz / Aragonês
É a mesma casta que a espanhola Tempranillo. A Tinta Roriz é
muito fina e de extraordinária qualidade, por isso está presente em
dois vinhos lendários produzidos na Península Ibérica: o português
Barca Velha e o espanhol Vega Sicilia. Esta uva também tem sido
cultivada há séculos no Alentejo, mas com o nome de Aragonês.
Em bons anos produz vinhos encorpados, escuros e muito
aromáticos. Tem aromas finos e delicados, de pimenta e uvas. A
casta Aragonês tem alto rendimento e é indispensável para o lote
de um bom Vinho do Porto. Vinhos tintos variados também
mostram bons resultados, especialmente na região do Dão,
enquanto os melhores lotes do Alentejo geralmente correspondem
a vinhos com amplas percentagens de Tinta Roriz, tal como os
tintos secos do Douro.
CASTAS PORTUGUESAS
Touriga Franca
Também conhecido localmente (embora não juridicamente) como
Touriga Francesa, é a casta mais cultivada no Vale do Douro e é
responsável por muitas das uvas que entram na produção dos
vinhos secos do Douro e do Vinho do Porto. Os produtores adoram
a Touriga Franca, pois é fácil de cultivar, resistente e de confiança
quanto à obtenção de bons rendimentos. Mostra aromas delicados
mas intensos, com notas de frutas escuras e flores, combinadas
com corpo amplo e pigmento profundo. É uma das principais
variedades utilizadas em lotes de Vinho do Porto, juntamente com
outras variedades bem conhecidas do Douro, como a Tinta Roriz e
Touriga Nacional. Encontra-se mais no Alentejo, Tejo, Beiras e ao
redor de Lisboa. Apesar da força como variedade de lote, pode ser
utilizada sozinha, como monovarietal.
Web Douro
HTTP://WWW.IVDP.PT/PT/DOCS/REVISTA%20PORTO_DOUR
O_MAGAZINE_N_6.PDF
HTTP://WWW.MAISNET.NET/TAG/IVDP/
HTTP://DOURO-250-ANOS.BLOGSPOT.PT/
HTTP://WWW.INFOVINI.COM/PAGINA.PHP?CODNODE=3893
HTTP://WWW.IVDP.PT/
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Távora-Varosa
Regiões Vinícolas
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Távora-Varosa 17
Regiões Vinícolas
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Távora-Varosa
A região situa-se próxima da região do Douro, fazendo fronteira a sul.
Tem nas proximidades os rios Paiva, Távora e Varosa.
A vinha está plantada num planalto a altitude entre os 500 e 800 metros
Regiões Vinícolas
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Távora-Varosa
Regiões Vinícolas
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Vinhos Verdes
Regiões Vinícolas
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Vinhos Verdes 14
Regiões Vinícolas
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Vinhos Verdes
Há alguns anos atrás, devido à dimensão da propriedade média ser muito reduzida,
raramente superando o meio hectare por família, as vinhas foram obrigadas a
compartilhar o pouco espaço disponível com as restantes culturas essenciais para a
A REGIÃO TEM
sobrevivência dasINFLUÊNCIA ATLÂNTICA,
famílias, o milho, batatas,COM SOLOS
couves NA SUA
e demais MAIORIA
produtos DE
hortícolas. Para
ORIGEM GRANÍTICA,
aproveitar a propriedadeO tão
CLIMA É AMENO
reduzida, E COM recorriam
as famílias ELEVADA aPRECIPITAÇÃO, QUE SEda
métodos de condução
VAI TRADUZIR
vinha NA
alternativos PRODUÇÃO
que forçavam aDE VINHOS
vinha FRESCOS,
a elevar-se LEVES
do solo E ELEGANTES.
em direção ao céu,
favorecendo métodos como as uvas em enforcado, rodeando e abraçando as árvores, ou
a latada, plantando a vinha nas bordaduras dos campos e lançando os seus ramos em
redor de postes altos que forneciam uma sombra retemperadora, permitindo assim
libertar muito do espaço tão precioso no solo, o que levava, por vezes, à dificuldade na
maturação correta das uvas na altura das vindimas.
Regiões Vinícolas
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Vinhos Verdes
BRANCAS
Alvarinho
Avesso
TINTAS
Arinto (pedernã)
Alvarelhão
Loureiro
Vinhão
Azal
Padeiro
Trajadura
Amaral
Godelho
Espadeiro
Lameiro
Viosinho
Regiões Vinícolas
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CASTAS PORTUGUESAS
Loureiro
Cultivada sobretudo no Alto Minho, aromaticamente
exuberante, há quem a considere, a par do Moscatel,
a mais perfumada das castas portuguesas, sugerindo
loureiro (e daí lhe virá o nome), tília, acácia, laranja e
pêssego. Tal como acontece com o Alvarinho, o
Loureiro é uma casta de grande tipicidade, usada
também em vinhos de casta única. As suas
excepcionais qualidades aromáticas constroem, com
outras uvas da região, alguns dos melhores vinhos
brancos portugueses.
CASTAS PORTUGUESAS
ALVARINHO
Regiões Vinícolas
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Trás-os-Montes 15
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Na sub-região de Chaves a vinha é plantada nas encostas de pequenos
vales, onde correm os afluentes do rio Tâmega. A sub-região de Valpaços
é rica em recursos hídricos e situa-se numa zona de planalto. No Planalto
Mirandês é o rio Douro que influencia a viticultura.
Regiões Vinícolas
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Bairrada
Regiões Vinícolas
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Bairrada 12
Regiões Vinícolas
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Características da Região
A Bairrada é uma região que apesar de sua longa história de produção de vinhos, a
certificação da região ainda é recente. A demarcação para vinhos tintos e brancos é de 1979
e para espumantes de 1991.
Há registos que desde o século X é elaborado vinho na região. Em 1867, o cientista António
Augusto de aguiar estudou os sistemas de produção de vinhos e definiu as fronteiras da
região e em 1867, vinte anos mais tarde, fundou a Escola Prática de Viticultura da Bairrada.
Destinada a promover os vinhos da região e melhorar as técnicas de cultivo e produção de
vinho. O primeiro resultado prático da escola foi a criação de Vinho Espumante em 1890.
A região da Bairrada situa-se entre Águeda e Coimbra, delimitada a norte pelo rio Vouga, a
sul pelo rio Mondego, a leste pelas Serras do Caramulo e Buçaco e a oeste pelo oceano
atlântico. É uma região de orografia maioritariamente plana, agricultura de pequenas
propriedades, com vinhas que raramente ultrapassam os 120 metros de altitude, que, devido
a sua planura e a proximidade do oceano, goza de um clima temperado por uma fortíssima
influencia atlântica, com chuvas abundantes e temperaturas medias comedidas.
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Os solos da região são de diferentes épocas geológicas, predominando os terrenos pobres que
variam de arenosos a argilosos, encontrando-se também, com frequência franco-arenosos, no
entanto a vinha é cultivada predominantemente em solos de natureza argilosa e argilo-
calcaria.
Os invernos são longos e frescos e os verões quentes, amenizados por ventos de oeste e de
noroeste, que com maior frequenta e intensidade se fazem sentir nas regiões mais próximas
do mar.
As castas brancas são plantadas nos solos arenosos da região, sendo a casta
fernão pires (na região denominada por maria gomes) a mais plantada. Em
quantidades mais reduzidas existem as castas arinto, rabo de ovelha, cercial e
chardonnay. Os brancos da região são delicados e aromáticos.
Regiões Vinícolas
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IG Beira Atlantico e Terras de Sicó
Inserindo-se numa mancha de vinha localizada no litoral Centro de Portugal. São solos de
origem argilo-calcárea, de diferentes nuances com pequenos afloramentos de xisto,
povoando o verde das encostas solarengas da Serra de Sicó, com um clima de invernos frios e
húmidos e verões quentes e secos.
As castas que se encontram mais nesta sub-região são o alfrocheiro preto, baga, bastardo,
rufete, tinta roriz e trincadeira nas tintas, e nas brancas, a Fernão pires, rabo de ovelha,
arinto e cerceal.
Regiões Vinícolas
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CASTAS PORTUGUESAS
Bical
Casta especialmente presente e divulgada no centro
do país. Tem como característica ser bastante
temporã, ou seja, amadurece cedo. Pode produzir boa
graduação alcoólica mas tem tendência a cair na
acidez.
Produz vinhos aromáticos, de boa estrutura corporal.
Quando bem trabalhada, apresenta bons resultados ao
ser fermentada em barrica de carvalho.
Beira interior
Regiões Vinícolas
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Beira Interior 19
Regiões Vinícolas
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Características da Região
A denominação de origem Beira Interior foi criada em 1999, resultado da
aglutinação das regiões de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel, que
passaram a sub-regiões desde então.
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Dão
Regiões Vinícolas
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Dão 18
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
O Dão é uma região com muitos produtores, onde cada um detém pequenas
propriedades. Durante décadas, as uvas foram entregues às adegas cooperativas
encarregadas da produção do vinho. O vinho era, posteriormente, vendido a
retalho a grandes e médias empresas, que o engarrafavam e vendiam com as suas
marcas.
Regiões Vinícolas
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Características da Região
As vinhas são constituídas por uma grande diversidade de castas, entre as quais a touriga
nacional, alfrocheiro, jaen e tinta roriz (nas variedades tintas) e encruzado, bical, cercial,
malvasia fina e verdelho (nas variedades brancas). Os vinhos brancos são bastantes
aromáticos, frutados e bastante equilibrados. Os tintos são encorpados, aromáticos e podem
ganhar bastante complexidade após envelhecimento em garrafa.
Regiões Vinícolas
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DO Lafões
Regiões Vinícolas
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CASTAS PORTUGUESAS
ENCRUZADO
É considerada uma das grandes castas portuguesas,
capaz de dar origem a excelentes vinhos brancos.
É cultivada quase exclusivamente na região do Dão.
Vinhos elegantes e complexos, com sugestões
aromáticas minerais, de pimento verde, rosas,
violetas e citrinos. Com fermentação em barricas de
carvalho, sobressaem aromas de baunilha e uma boa
envolvência e untuosidade na boca
CASTAS PORTUGUESAS
Touriga Nacional
No passado, a Touriga Nacional foi a variedade dominante do Dão,
onde se diz ter origem e é, em grande parte, responsável pela
fama dos vinhos tintos desta região. Hoje é, também, uma das
variedades mais importantes do Douro, considerada uma das
melhores de Portugal e do mundo. A Touriga Nacional dá origem a
vinhos escuros poderosos, encorpados e com aromas complexos e
excepcionais. Frequentemente revela notas de amora preta, mirtilo,
esteva e alecrim. A fama tem assegurado a sua disseminação por
todas as regiões do país (dos cantos mais a Norte ao Sul do
Algarve). É também grande o interesse dos viticultores no
estrangeiro: já está a ser plantada na Austrália e nos EUA, entre
outros países. Os vinhos Touriga Nacional envelhecem lindamente
e alcançam complexidade aromática com um criterioso estágio em
barrica.
Lisboa
Regiões Vinícolas
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Lisboa
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Colares
Regiões Vinícolas
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Colares
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
A região de Alenquer produz alguns dos mais prestigiados vinhos DOC da região de
Lisboa (tintos e brancos). Nesta zona as vinhas são protegidas dos ventos atlânticos,
favorecendo a maturação das uvas e a produção de vinhos mais concentrados. Nas
outras zonas da região de Lisboa, os vinhos tintos são aromáticos, elegantes, ricos em
taninos e capazes de envelhecer alguns anos em garrafa. Os vinhos brancos
caracterizam-se pela sua frescura e carácter citrino.
A maior denominação de origem da região, Encostas d'Aire, foi a última a sofrer as
consequências da modernização. Apostou-se na plantação de novas castas como a
baga ou castelão e castas brancas como arinto, malvasia, fernão pires, que partilham
as terras com outras castas portuguesas e internacionais, como por exemplo, a
chardonnay, cabernet sauvignon, aragonez, touriga nacional ou trincadeira. O perfil
dos vinhos começou a alterar-se: ganharam mais cor, corpo e intensidade.
Regiões Vinícolas
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DOC Lourinhã
Regiões Vinícolas
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DOC Lourinhã
Regiões Vinícolas
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Vinho Medieval de Ourém
Nas adegas de Ourém, simples, frescas, escuras, pouco húmidas e que muitas vezes
ocupam o rés-do-chão da habitação do viticultor, são utilizadas, exclusivamente, uvas
das castas fernão pires para mosto branco e trincadeira para mosto tinto, sendo a
vindima feita, obrigatoriamente, à mão.
Regiões Vinícolas
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Vinho Medieval de Ourem
Regiões Vinícolas
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Vinho Medieval de Ourem
Ainda que sendo feito maioritariamente de uvas brancas muito maduras este
vinho é “tinto”, “guloso” e “forte”. Tem aromas de vinho branco, que variam
com o estado de maturação das uvas, bem “casados” com os de tinto, e com
boa acidez. Este método permite obter vinhos macios e complexos, tanto a
nível aromático como gustativo.
Regiões Vinícolas
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Vinho Medieval de Ourem
Regiões Vinícolas
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Vinho Medieval de Ourem
Regiões Vinícolas
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Vinho de Carcavelos
Regiões Vinícolas
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Vinho de Carcavelos
Regiões Vinícolas
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Vinho de Carcavelos
Regiões Vinícolas
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Vinho de Carcavelos
No último quartel do século XVIII, era já um vinho prestigiado e conhecido das elites
europeias. A produção chegou a atingir 3.000 pipas nos primeiros anos de oitocentos,
verificando-se intensa exportação, sobretudo através de Inglaterra, para mercados como
a América do Norte, Índia e Austrália.
Porém, nem só de momentos bons viveu o “Carcavelos” pois ao longo da sua já longa
existência teve alguns reveses, em virtude das pragas vinhateiras. Foi o que aconteceu
décadas mais tarde com a terrível filoxera que assolou o país e quase o extinguiu.
Associada a esta desgraça surgiu, na segunda metade do século XX, a necessidade de
urbanizar terrenos e com ela outra terrível praga: a especulação imobiliária!
Na década de 1980, as Quintas da Ribeira, dos Pesos e da Samarra, em Caparide,
arriscaram reiniciar nos seus terrenos a prática produtiva interrompida, esforço que a
Câmara Municipal de Cascais reconheceu, através da respectiva inclusão no catálogo-
inventário do património municipal. Em vista está ainda a implementação de um projecto
museológico, através da recuperação e adaptação da adega e respectivos anexos a
museu, apoiando assim a CM Cascais a retoma da produção do vinho generoso, criando
rotas enoturísticas no território e associando-se às iniciativas da Confraria de Enófilos do
Vinho de Carcavelos.
Regiões Vinícolas
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Vinho de Carcavelos
Regiões Vinícolas
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CASTAS PORTUGUESAS
ARINTO / PEDERNÃ
Uma das castas portuguesas mais antigas e de grande
tradição, especialmente na região de Bucelas.
Encontra-se na maioria das regiões vitivinícolas,
adaptável.
Boa acidez é o seu trunfo, a que se junta uma
estrutura de qualidade. O aroma com notas de maçã
verde e limão. Produz vinhos que evoluem muito
bem em garrafa
CASTAS PORTUGUESAS
FERNÃO PIRES / MARIA GOMES
Uma das castas portuguesas mais antigas e, de
longe, a mais cultivada das castas brancas.
De grande capacidade produtiva, dá desde
vinhos planos, por falta de acidez, mas quando
boa, faz vinhos distintos e de forte
personalidade. Apresenta aromas cítricos
maduros e notas de mimosa, tília e laranjeira,
integrando-se na família de castas aromáticas
como o Alvarinho, o Loureiro e o Moscatel.
Tejo
Regiões Vinícolas
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Tejo 10
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Regiões Vinícolas
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Características da Região
A região do Tejo já foi famosa por produzir enormes quantidades de vinho que
abasteciam especialmente os restaurantes e tabernas de Lisboa. Era uma
região onde as grandes casas agrícolas pretendiam obter o máximo rendimento
das vinhas e posteriormente produzir um vinho de pouca qualidade que seria
vendido a granel. Nos últimos 15 anos, a região foi submetida a mudanças
significativas tanto nos campos como nas adegas. Muitas vinhas foram
transferidas da zona de campo para os solos pobres da charneca e do bairro: a
produção baixou, contudo a qualidade melhorou significativamente.
Regiões Vinícolas
96
Características da Região
Regiões Vinícolas
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Alentejo
Regiões Vinícolas
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Alentejo
•1| Portalegre
•2| Borba
•3| Évora
•4| Redondo
•5| Reguengos
•6| Granja-Amareleja
•7| Vidigueira
•8| Moura
Regiões Vinícolas
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Características da Região
Hoje, o Alentejo tem um enorme potencial na produção vitivinícola, todavia a região nem sempre
contou com o apoio das políticas agrícolas nacionais. Devido às especificidades do clima, solos
pobres e estrutura agrária (grandes propriedades) as principais produções do Alentejo sempre
foram os cereais, a oliveira, o carvalho e o gado. Durante as primeiras décadas do século XX, o
governo tencionava fazer do Alentejo o “celeiro” de Portugal, por isso a cultura do milho e outros
cereais foi amplamente divulgada. O vinho tinha uma importância diminuta e destinava-se
essencialmente ao consumo local. A vinificação era realizada segundo os processos tradicionais
herdados dos romanos e a fermentação realizava-se em grandes ânforas de barro.
Nos anos 50, foi criada a primeira adega cooperativa da região com o objetivo de controlar a
produção vinícola. No entanto, foi apenas nos anos 80 que o Alentejo se submeteu à grande
revolução na produção vitivinícola. Demonstrando uma enorme capacidade de organização, os
produtores alentejanos constituíram inúmeras associações, revitalizaram as cooperativas e
encorajaram os produtores privados. Assim, o sector vitivinícola ganhou outra relevância,
justificando a demarcação oficial da região em 1988.
Regiões Vinícolas
100
Características da Região
O Alentejo é uma das maiores regiões vitivinícolas de Portugal, onde a vista se perde em
extensas planícies que apenas são interrompidas por pequenos montes. Esta região
quente e seca beneficiou de inúmeros investimentos no sector vitivinícola que se
traduziu no crescimento da quantidade e qualidade dos vinhos produzidos e
consequentemente, no reconhecimento a nível nacional.
É uma zona muito soalheira permitindo a perfeita maturação das uvas e onde as
temperaturas são muito elevadas no verão, tornando-se indispensável regar a vinha.
O tipo de relevo predominante na região é a planície, apesar da região apresentar
também alguns relevos que tem grande influencia nos vinhos nessas zonas. A serra de
S. Mamede no norte do Alentejo, a cordilheira mais alta a sul do Tejo, constitui o
exemplo flagrante desta influência, levando a uma frescura retemperadora que só a
altitude pode proporcionar. Também o Redondo, protegido pela barreira natural da serra
da Ossa, tal como a Vidigueira, abrigada pela serra de Portel, beneficiam desta situação
para apresentarem vinhos mais frescos e elegantes.
Regiões Vinícolas
101
Características da Região
Grande parte dos 22 000 hectares de vinha alentejana concentram-se nas oito
sub-regiões da denominação de origem alentejana:
Na sub-região de Portalegre as vinhas são plantadas nas encostas graníticas da
serra de São Mamede, sofrendo a influência de um microclima (temperaturas
são mais baixas devido à altitude). No centro do Alentejo situam-se as sub-
regiões de Borba, Reguengos, Redondo e Évora que produzem vinhos bastantes
similares. No sul alentejano (mais quente e seco) localizam-se as sub-regiões de
Moura, Vidigueira e Granja-amareleja.
Regiões Vinícolas
102
Características da Região
No Alentejo há inúmeras castas plantadas, contudo umas são mais relevantes que outras (seja
pela qualidade ou pela área plantada). As castas brancas mais importantes na região são a
roupeiro, a antão vaz e a arinto. Em relação às castas tintas, salienta-se a importância da
casta trincadeira, aragonez, castelão e alicante bouschet (uma variedade Francesa que se
adaptou ao clima alentejano).
Os vinhos brancos DOC alentejanos são geralmente suaves, ligeiramente ácidos e apresentam
aromas a frutos tropicais. Os tintos são encorpados, taninos médios e com aromas a frutos
silvestres e vermelhos.
Além da produção nas sub-regiões DOC, o Alentejo apresenta uma elevada produção e
variedade de vinho regional. Os produtores optam, muitas vezes, por esta designação oficial
que permite a inclusão de outras castas para além das previstas na legislação de vinhos DOC.
Assim, é possível encontrar vinhos regionais produzidos com touriga nacional, cabernet
sauvignon, syrah ou chardonnay.
Regiões Vinícolas
103
Borba
Regiões Vinícolas
104
Évora
No passado, durante a parte final final do século XIX, Évora gozou de um
prestígio muito grande, tendo sido reconhecida como uma das sub-regiões
mais admiradas do Alentejo, berço de muitos dos vinhos mais cobiçados da
região.
Foi preciso esperar até ao final da década de oitenta do século passado para
assistir ao renascimento de Évora, capital e parte integrante do Alentejo
central. A paisagem é dominada pelos solos pardos mediterrânicos, numa
paisagem quente e seca que propicia a elaboração de alguns dos vinhos mais
prestigiados do Alentejo.
Regiões Vinícolas
105
Granja-Amareleja
É uma zona de extremos que dá corpo a vinhos com personalidade. Os verões muito
quentes e secos implicam maturações precoces, dando azo a vinhos quentes e suaves,
de grau alcoólico elevado.
Regiões Vinícolas
106
Moura
A casta castelão domina a paisagem por inteiro, bem adaptada aos rigores de
um clima tão extremado.
Regiões Vinícolas
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Portalegre
Portalegre é uma sub-região muito diferente das restantes sete. É aquela que mais se
diferencia pela originalidade e condição.
Regiões Vinícolas
108
Redondo
É uma das sub-regiões mais consistentes face à proteção que a Serra d´ Ossa
oferece.
Regiões Vinícolas
109
Reguengos
Regiões Vinícolas
110
Vidigueira
A falha da Vidigueira que marca a divisória entre o alto e o baixo Alentejo,
determina a razão de ser da Vidigueira, a sub-região alentejana situada mais a
sul.
As escarpas da falha, de orientação este-oeste condicionam o clima da
Vidigueira convertendo-a, apesar da localização tão a sul, numa das sub-
regiões de clima mais suave do Alentejo.
Apesar da localização tão a sul, a Vidigueira foi durante anos palco privilegiado
para os vinhos brancos Alentejanos, graças ao clima temperado da sub-região.
Regiões Vinícolas
111
CASTAS PORTUGUESAS
Antão Vaz
Cultivada no Alentejo, bem adaptada a regiões
quentes.
Aromática, notas tropicais, menor acidez,
gulosa e envolvente.
Na boca, os vinhos são macios, ligeiramente
acídulos e estruturados, mantendo a fineza e o
frutado referidos no aroma
Funciona muito bem com fermentação em
barrica.
CASTAS PORTUGUESAS
Trincadeira/ Tinta Amarela
Embora a Trincadeira seja uma das castas portuguesas mais
difundidas, desenvolve-se melhor em locais quentes, secos e com
muito sol, tornando-se perfeitamente adequada para regiões como
o Alentejo. No entanto, não é fácil de produzir uma vez que é
propensa a rendimentos irregulares e bolores desastrosos. Mas, na
maioria dos anos, a Trincadeira produz grandes vinhos com
excelente acidez, taninos suaves e aromas abundantes e intensos
de ameixa preta e amora em compota, resultando em vinhos
elegantes e bem equilibrados.
Quando em lote com Aragonês, no Alentejo, ou com Touriga
Nacional, no Douro, onde é conhecida como Tinta Amarela, irá
resultar num vinho muito envolvente.
Península de Setúbal
Regiões Vinícolas
114
Características da Região
Regiões Vinícolas
115
Características da Região
Regiões Vinícolas
116
Características da Região
Regiões Vinícolas
117
Características da Região
Regiões Vinícolas
118
Moscatel
Regiões Vinícolas
119
Moscatel
Regiões Vinícolas
120
Moscatel
Regiões Vinícolas
121
Algarve
Regiões Vinícolas
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Algarve
Regiões Vinícolas
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Algarve
Regiões Vinícolas
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Algarve
Regiões Vinícolas
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Açores
Regiões Vinícolas
126
Açores
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Açores
•1| Graciosa
•2| Pico
•3| Biscoitos
Regiões Vinícolas
128
Açores
Em pleno Oceano Atlântico e a uma distância de 1600 Km a Oeste da costa
continental Portuguesa, situa-se o arquipélago dos Açores constituído por nove
ilhas, em três das quais se cultiva a vinha: Terceira, Pico e Graciosa.
Estas Ilhas foram colonizadas em meados do Séc. XV, pensando-se que foram os
Frades Franciscanos quem nelas introduziram o plantio da vinha; na época
constataram semelhanças entre as condições edafoclimáticas da Sicília e algumas
ilhas deste Arquipélago, tendo trazido várias plantas da casta mais conhecida, o
Verdelho (antigo Verdecchio siciliano, segundo alguns investigadores), cuja
expansão foi rápida e abundante.
A qualidade e o prestígio dos vinhos dos Açores são conhecidos de longa data,
facto que levou a que fossem reconhecidas três Indicações de Proveniência
Regulamentada: "Pico", "Graciosa" e "Biscoitos".
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Açores
Dada a sua localização, os Açores têm um clima com características
tipicamente marítimas, que se traduz em temperaturas amenas, com
pequena amplitude térmica, pluviosidade elevada e bastante humidade.
A cultura da vinha, no arquipélago dos Açores, remonta aos primórdios
da sua colonização. Aproveitando se da rusticidade da planta, o homem
deu vida aos extensos mantos de magma consolidado. Rasgando fendas
na lava ardida, favoreceu a deposição de resíduos orgânicos que viriam a
formar “a cama” das jovens videiras.
Pela necessidade de arrumar a excessiva quantidade de pedra que
impossibilitava a prática agrícola, ergueu os “currais” e abrigou a vinha
dos ventos marítimos. Este engenhoso sistema de proteção definiu na
paisagem um monumental rendilhado de micro espaços separados por
muros de pedra solta, com mais de 500 anos, que foram em 2004
classificados como património mundial da humanidade pela UNESCO.
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Açores
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Açores
Arinto dos açores
O arinto dos açores é a casta mais importante do arquipélago. É uma
casta autóctone e única no mundo, desconhecendo-se até ao momento a
sua origem. No entanto, recentes estudos apontam para que seja
descendente da casta verdelho.
É, das três castas tradicionais cultivadas no pico, a mais resistente às
intempéries, evidenciando maior capacidade de produção aliada a uma
qualidade enológica semelhante ou até superior à do verdelho.
Terrantez do pico
A terrantez do pico é das três castas autóctones dos açores a que tem
menor área cultivada. É única no mundo e esteve quase em extinção, O
uso do nome geográfico justifica-se para não criar confusão com a casta
terrantez cultivada no continente e também na madeira. A
caracterização molecular mostra que é uma casta diferente de todas as
outras cultivadas no país.
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Açores
O vinho licoroso da ilha alcançou grande notoriedade a partir do século XVII, e tornou-
se um importante produto de exportação. Documentos históricos atestam a presença
frequente dos vinhos "verdelho do Pico", em cartas de vinho de banquetes reais dos
czares Russos.
Nesta nova versão, a uva verdelho divide espaço com a arinto. Elas são fermentadas
em cascos até o vinho atingir 14,5% de teor alcoólico, quando é então fortificado com
aguardente vínica para chegar a 16,5% de álcool. Em seguida, amadurece por 3/4 anos
em madeira, antes de ser engarrafado.
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Açores
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Açores
O vinho licoroso da ilha alcançou grande notoriedade a partir do século XVII, e tornou-
se um importante produto de exportação. Documentos históricos atestam a presença
frequente dos vinhos "verdelho do pico", em cartas de vinho de banquetes reais dos
czares russos.
Nesta nova versão, a uva verdelho divide espaço com a arinto. Elas são fermentadas
em cascos até o vinho atingir 14,5% de teor alcoólico, quando é então fortificado com
aguardente vínica para chegar a 16,5% de álcool. Em seguida, amadurece por 3/4 anos
em madeira, antes de ser engarrafado.
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Madeira
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Madeira
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Madeira
Com uma superfície total de 738Km2, a Ilha da Madeira está situada em pleno
Oceano Atlântico.
Descoberta por navegadores Portugueses em 1418, a Ilha da Madeira cedo
despertou o interesse do Infante D. Henrique que a considerou privilegiada
para o plantio da vinha e da cana do açúcar, pois introduziu o seu cultivo na
ilha, mandando vir da Grécia, cepas "Malvasia”.
As zonas eleitas para a cultura da vinha são as encostas soalheiras viradas a sul
onde, na sua forma alta, a vinha dá abrigo a outras culturas, muito embora se
cultive também em forma baixa, em especial nas vizinhanças do mar.
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Madeira
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Madeira
O vinho da Madeira começou a ser exportado para todo o mundo a partir do
século XVIII. Os barris de vinho eram transportados em barcos, por isso ficavam
sujeitos a inúmeras variações de temperatura até chegarem ao destino. Uma
vez no destino, havia vinho que não sendo vendido, voltava para o destino de
origem. Uma vez na Madeira, verificava-se que o vinho apresentava-se muito
mais aromático e com novo sabor. Deste modo, a partir de 1730, os barris de
Madeira começaram a ser enviados em longas viagens com o objetivo de
apurar as qualidades do vinho.
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Madeira
O processo de fortificação consiste na paragem da
fermentação com a adição de álcool vínico a 96% vol. A
escolha do momento da interrupção da fermentação faz-se
de acordo com o grau de doçura pretendido para o vinho,
podendo-se, com este procedimento, obter quatro tipos de
vinho: o seco, o meio-seco, o meio-doce e o doce.
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Madeira
«Estufagem»
O vinho é colocado em cubas de inox, aquecidas por um sistema de
serpentina, por onde circula água quente, por um período nunca
inferior a 3 meses, a uma temperatura entre os 45 e 50 graus celsius.
Concluída a «estufagem», o vinho é sujeito a um período de «estágio»
de pelo menos 90 dias à temperatura ambiente. A partir deste
momento pode permanecer em inox, ou ser colocado em cascos de
madeira, até reunir as condições que permitem ao enólogo fazer o
acabamento do vinho, para que possa ser colocado em garrafa, com a
garantia de qualidade necessária. No entanto, estes vinhos nunca
podem ser engarrafados e comercializados antes de 31 de outubro do
segundo ano seguinte à vindima. São vinhos maioritariamente de lote.
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Madeira
«Canteiro»
Os vinhos selecionados para estágio em «canteiro» (esta denominação
provém do facto de se colocar as pipas sob suportes de traves de
madeira, denominadas de canteiros) são envelhecidos em cascos,
normalmente nos pisos mais elevados dos armazéns onde as
temperaturas são mais elevadas, pelo período mínimo de 2 anos. Trata-
se de um envelhecimento oxidativo em casco, desenvolvendo os vinhos,
características únicas de aromas intensos e complexos. Os vinhos de
canteiro só poderão ser comercializados, decorridos pelo menos 3 anos,
contados a partir de 1 de janeiro do ano seguinte ao da vindima.
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Madeira
Podemos encontrar várias designações no vinho da madeira: os vinhos de lote, sem
indicação de idade, para os vinhos que tenham um envelhecimento mínimo de 3 anos;
ou com indicação de idade, podem ser de 5, 10, 15, 20, 30, 40, 50 e mais de 50 anos de
idade.
Outras menções tradicionais são frasqueira ou garrafeira para vinhos que indiquem o
ano de colheita e casta recomendada, produzidos pelo processo de canteiro e
envelhecimento contínuo mínimo de 20 anos em madeira. Já os colheita devem indicar o
ano da colheita, como o próprio nome indica, e serem envelhecidos continuamente em
madeira pelo menos durante 5 anos.
Outras menções são reserva (velho), reserva velha (reserva especial ou muito
velho) e reserva extra, cujos padrões estejam em conformidade com as idades de 5, 10 e
15 anos, respetivamente.
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