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Itália

Os gregos da antiguidade chamavam a Itália de Enotria (Terra do Vinho). Conhecer a grande


diversidade de vinhos do país, é um verdadeiro desafio. A Itália é o maior produtor de vinhos do
mundo, e também, o que mais classes e marcas distintas oferece. Cada região é fiel as suas
tradições locais e protege suas próprias denominações. Atualmente a Itália conta com mais de 200
zonas DOC.
Em 1992 se aprovou uma nova lei para poder recuperar os prestigio de algumas regiões vinícolas,
assim como seus vinho.
Existe atualmente na Itália mais de 1000 variedade de uvas nativas.
A Legislação Italiana
Vino da Távola – alguns desses vinhos são produzidos em zonas DOC, mas sem respeitas as
regras da legislação.
IGT (Indicacione Geografica Tipica)- Produzido em regiões menos tradicionais mas sujeito a
fiscalização mais rígida.
DOC (Denominazione de Origine Controllata) – São vinhos de qualidade procedente de zonas regulamentadas pela legislação.
DOCG (Denominazione de Origine Controllata e Garantita) – Designa um grau de qualidade superior, o termo Garantita significa
que o vinho responde a exigências mais restritas.
Vocabulário do Vinho Italiano
Fottoria, Podere, Tenuta e Azienda Agricola, esses termos designam uma propriedade, ou seja, o vinho foi engarrafado na
propriedade.
Riserva ou Vecchio - é utilizado nos vinhos DOC ou DOCG, que tenham passado por envelhecimento em barrica ou em garrafa
maior que a média.
Superiore – significa que o vinho tem algo a mais em álcool.
Classico – se refere a principal zona de uma determinada denominação.
Novello – vinho novo.
Abboccato – vinho ligeiramente doce.
Amabile – vinho um pouco mais doce.
Emiglia-Romana
Muito conhecida por seus tesouros culinários – Queijo parmesão e Prosciutto.
Emiglia
A uva local chama-se Lambrusco que é utilizada em 4 DOCs distintas.
Lambrusco de Sorbara – é seco com boa acidez.
Lambrusco Salamino di Santa Croce – vinho seco e com boa acidez.
Lambrusco Grasparossa di Castelvetro – vinhos mais tânicos e amplos.
Lambrusco Reggiano – é o de produção mais larga e geralmente é doce
Romana
Os principais vinhedos se estendem a sudeste de Bologna. Os principais vinhedos desta região são:
Albana – variedade nativa, produz vinhos brancos com aroma suave.
Sangivese de Romana – produz vinhos ligeiros e agradáveis muito populares localmente.
Bosco Eliceo – predomina a uva Trebbiano.
Toscana
É uma das regiões onde as tradições vitícolas tiveram uma maior continuidade. A toscana é uma zona
conhecida por todo mundo por seu tintos de Chianti, que, na década de 60 era um vinho leve e
insignificante. Mas na metade dos anos 80 a região se converteu em ponta de lança da inovação
vitícola da Itália. A mudança também chegou nas zonas Costeiras, como a Zona de Bolgheri, da onde
procedem dois dos melhores vinhos da Itália: o Sassicaia e Ornellaia. A grande uva tinta da Toscana é
a Sangiovese, que produz os Chianti Classico, Brunello di Montalcino e o Vino Noble di Montepulciano.

Chianti – A principio era feito com um corte de quatro uvas: Sangiovese, Canaiolo, Trebbiano e
Malvasia. Desde 1992 está autorizado o acréscimo de 10% de outras uvas. As sete zonas que tem o
direito de colocar seu nome além da denominação basica: Classico (o mais extenso), Rufina (O Menor),
são os que mais contribuiram para a imagem do Chianti. Há também, Colli Senesi, Colli Fiorentini,
Montalbano, Colli Aretini e Collini Pisane.
Brunello di Montalcino – a única Casta autorizada é a Brunello, e os vinhos devem passar no mínimo 3
anos e maio em barrica. Podem envelhecer durante muitas décadas em garrafa. O Rosso di Moltalcino
produz vinhos dos mesmos vinhedos que podem ser vendidos depois de um ano de maturação.
Vino Noble de Montepulciano – bonita cidade, e celebre por seus vinhos tintos a muitos séculos, a principal casta é a
Prugnolo(80%), que é suavizada pela Canaiolo e a Mammolo. Deve estagiar no mínimo dois anos em barrica.
Carmignano – pequena zona vitícola a oeste de Florenza, tem grande prestigio pela seriedade de seus vinhos. A principal uva é a
Sangiovese, podendo ser cortado com 10% de outras uvas.
Vernaccia di San Gimignano – a Vernaccia produz um vinho branco com uma ponta de ácidez.

Umbria
Coração verde da Itália, seus vinhos são muito parecidos com os da Toscana. A Umbria goza de uma
grande reputação pelo seus vinhos brancos procedentes de Orvieto (Procanico).
Aqui também são produzidos os vinhos tintos de Sagrantino di Montefalco, que são poderosos podendo
ser secos ou doces

Piemonte
Nesta região se elabora vinhos únicos e apaixonantes, procedentes em
sua maioria de uvas nativas. Ao sul do rio Po e sudeste de Turin se encontra a
cidade de Alba e as colinas de Monferrato e de Langhe. Esta região concentra 90%
da produção de uvas piamontesas em numerosas DOCs.
A Barbera é a cepa tinta mais plantada na Itália. O Barbera de
Monferrato Origina um vinho ligeiro, e as vezes pouco frisante; já o Barbera d’Alba
tem mais corpo; mas é na cidade de Asti que esta casta alcança sua maxima
expressão. O Barbera d’Asti possui um textura sedosa e uma agradavel acidez.

Barolo – é feito da variedade Nebbiolo, possui uma cor vermelho granada intenso, uma textura densa e sabores que chegam a
boca e permanecem largamente. O vinho envelhece pelo menos teres anos, dois desses em barricas.
Barbaresco – A leste de Barolo, seus vinhedos de Nebbiolo estão cultivados entre 200m e 300m de altitude. Aqui, a legislação
exige apenas dois anos de envelhecimento, sendo um em barrica.
Dolceto – são apreciados por sua leveza, ao mesmo tempo que são firmes na boca e bem estruturados, são vinhos
feito para serem apreciados ainda jovens.
No Piemonte também são produzidos vinho brancos, as principais variedades são:
Cortese – vinhos brancos vivos e com aromas de limão, o principal vinho produzido por esta casta é o Gavi.
Ruero – produz vinhos aromáticos simples e diretos.
Arneis – produz um vinho seco, vivo elegante e fresco na boca.

Trentino
Região produtora de vinhos brancos de alta qualidade.

Alto-Adige
Os vinhos brancos dessa região adquiriram fama internacional. As
principais variedades são: Sylvaner, Müller-Thurgau, Riesling, Riesling Italico e Pinot
Blanc.
Os vinhos dessa região são elegantes e apresentam agradaveis aromas
florais.
Veneto
É a região vitícola italiana mais variada e seus vinhedos oferecem a
possibilidade de elaborar numerosos estilos de vinho.
Soave – os melhores precedem da zona Clássico, onde são
cultivados a 250m de altitude. A principal variedade é a Garganega. Seco e
saboroso, o Soave Classico apresenta uma acidez agradável e aromas frutados.
Valpolicella e Bardolino – há varios tipos de Valpolicella: Genérico,
Classico, Ripasso, Reccioto della Valpolicella e Amarone della Valpolicella.

Puglia
É a região da Itália que produz mais uva e mais vinho, apesar de não ter a maior superfície de vinhedo. A
Puglia apresenta uma serie de variedades nativas: Bombino branco, Bombino negro, Negroamaro – (uva
negra e amarga de Salento), Uva de Tróia e a Primitivo.

Basilicata
Produz um dos melhores vinhos do sul da Itália, entre eles o Agrianico del Vulture.

Campania
As esperanças de qualidade descansam nas colinas de Irpinia; as DOCs de Greco di Tufo e de Fiano di
Avellino podem dar vinhos brancos deliciosos. Já na denominação Taurasi, origina grandes vinhos tintos de
guarda.
Sicilia
A cepa branca Catarratto ocupa 45% dos vinhedos, seguida pela
Trebbiano Toscano e, de muito longe pelas variedades Grillo e Inzolia.
Nas uvas tintas o destaque fica por conta da Nero d’Avola, seguida
da Nerello Mascarese, a Perricone e a Frappato de Vittoria.
Os tintos de Etna e os legendários Moscateis de Siracusa e de Noto,
quase estão desaparecidos.

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