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Itália

Regiões Variedade das Uvas

Marco Morais
Bebidas e Harmonização
CES/Jf 2020
Bem Vindos a Itália e suas
particularidades

Vídeo
Itália

A Itália é o maior produtor de vinho do mundo. O clima e a geografia


mudam de região para região, favorecendo infinitas combinações de
castas.

Para comprovar a diversidade dos vinhos italianos, hoje, se uma pessoa


resolvesse beber um tipo de vinho italiano por dia, levaria 13 anos e sete
meses para provar todos eles ...!
Dados
❖ Segundo a Organização Internacional do Vinho, cada italiano consome em
média 54, 2 litros de vinho por ano;

❖ Produção anual: Itália 50,9 França 43,5 hectolitros OIV 2017

❖ Embora a bebida italiana seja totalmente diferente da francesa, os vinhos


produzidos na Itália são nomeados quase como os franceses.

❖ Na Itália, os vinhos recebem o nome do lugar de origem das uvas cultivadas;

❖ Há exceções por conta de algumas castas cuja o nome antecede a


denominação do lugar – Ex: Nebbiolo D’Alba.
Classificação dos vinhos Italianos
Os sistemas de classificação dos Franceses é:

AOC – Appellation d’Origine Contrôllée

Na Itália os vinhos se classificam em 04 categorias:

DOCG – Denominazzione Di Origine Controllata e Garantita

DOC - Denominazzione Di Origine Controllata

IGT – Indicazione geografiche tipiche / “equivale ao vinhos e pays” (vinhos finos


regionais da frança)

VDT – Vinos di Tavola – Ex: Vinhos Solaia, Tignanello, L’aparita (Vinhos de mesa comum
mas que podem ser sofisticados tb).
DOCG
❖ Vinhos Super finos e devem cumprir padrões pré-estabelecidos de cultivo,
colheita e vinificação. Incluem-se nesta lista aproximadamente 16 vinhos.

São eles:

Barollo /Barbaresco/Gattinara/Asti Spumante e Moscato D’Asti/Brunello de


Montalcino/ Vino Nobele de Montalcino/
Chianti/Montefalco/Sagrantino/Torgiono Roso Reserva/Albana Di
Romagna/Carmignano/Franciacorto/Taurasi/ Vernaccia de San
Gimignano/Vermentino di Galura e Brascheto d’Acqui.
DOC
❖ Inclui em torno de 13% dos vinhos produzidos na Itália e abrange cerca de 250
distritos.

❖ A qualidade é muito variável e depende da região, da safra e da forma como são


produzidos;

❖ Alguns rótulos apresentam as sigla - VQPRD / Vinho de qualidades produzido


em região determinada.

❖ Dentro desta categoria ainda é possível encontrar as subcategorias: Superiore,


Riserva e Classico.
Indicazione Geografica Tipiche
Equivale ao Vin de Pays - Vinho regional Francês

São vinhos finos tintos, quase sempre consumidos na própria região


onde são produzidos.
Vinos de Tavola

Nesta categoria alguns viticultores preferem-no ao título DOC.

Ela é muito abrangente e não garante qualidade dos vinhos – com


exceção do Solaia, Tignanello e L’aparitta (estes com preços
altíssimos)
Curiosidades

❖ Na Itália, os nomes das castas utilizadas para produção do vinho tem


menos importância do que na França.

❖ Variedade é enorme e, muitas vezes uma casta existe apenas numa


determinada região.
Curiosamente, as castas italianas, só tem bom desempenho em solos do
país.
❖ As castas mais cultivadas na Itália são: Sangiovese, Nebiolo e Barbera
Regiões Italianas
e seus vinhos
PIEMONTE

Prof. Marco Morais CES/Jf 2015


❖ Localizada no noroeste da Itália, a região faz fronteira com a França e a Suíça;

❖ Nesta região são produzidos alguns dos melhores vinhos tintos italianos – 37
com rótulos de DOC e 06 DOCG;

❖ Os vinhos mais famosos dessa região são: Barollo / Barbaresco e Gattinara


feitos com uvas Nebbiolo.

❖ Barollo e Barbaresco são nomes de duas aldeias localizadas aos arredores de


Alba

❖ Na Região de Gattinara a uva Nebbiolo é conhecida como Spanna


Toscana

Vídeo
Outros Vinhos Italianos

❖ Centro da Itália

❖ Ilhas da Itália

❖ Nordeste da Itália

❖ Noroeste da Itália

❖ Sul da Itália
Sub-Regiões
A região vinícola do Centro da Itália possui
as seguintes sub-regiões:
◼ Abruzzo

◼ Emiglia-Romagna

◼ Lazio

◼ Marche

◼ Molise

◼ Toscana

◼ Umbria
Sub-regiões
A região vinícola das Ilhas da Itália possui as seguintes sub-regiões:
Sardegna e Sicilia
Sub-regiões
❖ A região vinícola do Nordeste da Itália possui as seguintes sub-regiões:

❖ Friuli Venezia Giulia

❖ Trentino Alto Adige

❖ Vêneto
Sub-regiões
❖ A região vinícola do Noroeste da Itália possui as seguintes sub-regiões:

❖ Liguria

❖ Lombardia

❖ Piemonte

❖ Valle d’Aosta
Sub-regiões
❖ A região vinícola do Sul da Itália possui as seguintes

sub-regiões:

❖ Basilicata

❖ Calabria

❖ Campania

❖ Puglia
Vinhos com maior destaque
Centro

Emilia Romana: Produção de Lambrusco

Ambruzzi: Produção de Montepulciano D’ambruzzio;

Toscana: Produção do Chianti, Brunello di Montalcino,

Vino Nobile Montepulciano e Supertoscanos;

Lazio: Terra do Frascati e Est Est Est


Vinhos com maior destaque
Nordeste
Vêneto: Produção de vinhos bastante conhecidos: Bardolino, Valpolicella,
Amarone della Valpolicella, Prosecco.
Vinhos com maior destaque

Noroeste
Piemonte: Vinhos de grande fama, especialmente da uva Nebbiolo (Barollo e
Barbaresco) além dos Barbera, Bonarda e Dolcetto
Vinhos com maior destaque

Sul
Puglia: (Negroamaro e Primitivo) Basilicatta e Calábria
Vinhos com maior destaque

Ilhas
Sicília: Produção do Corvo, Marsala e onde se destaca a
casta Nero D’Avola.

Sardenha: Destaque para Malvásia e Passito


Principais castas por região
VARIEDADES BRANCAS CORTESE
ARNEIS Principal Região : Piemonte
Principal Região : Piemonte Alta concentração de açúcar e boa acidez,
Vinho de coloração amarelo palha vivo, perfumado, traz aromas de damasco e
maçã.
com aromas de damasco e marmelo.

MALVASIA BIANCA
CATARRATO BIANCO
Principais Regiões : sul da Itália, Puglia,
Principais Regiões : Sicília Calábria, Sardenha.
Abundante na Sicília, tem alto teor de Dá um vinho de bela coloração amarelo
açúcar, ouro claro, pode ser seco
boa acidez e frescor. ou tipo passito. Bouquet amplo, com notas
de amêndoas e nozes.
PROSECCO (Glera) TOCAI FRIULANO
Principal Região : Vêneto Principal Região : Friuli
Cor amarelo palha, aromas florais e de Cor amarelo ouro, com aromas sutis de
frutas, produz o espumante de mesmo flores selvagens, cremosa na boca, é
nome e pode entrar em cortes de outros uma versão da Tokay Húngara e é usada
vinhos. sobretudo nos cortes.

PINOT GRIGIO TREBBIANO


Principais Regiões : Lombardia, Friuli, Cultivada em varias regiões, teve sua
Veneto Versão italiana da francesa Pinot imagem associada a superprodução, mas
Gris, onde dá vinhos mais frescos, com em boas mãos pode dar vinhos
aromas cítricos e florais. interessantes: macios, com aromas de
pêssego.
VERDICHIO VERNACCIA
Principal Região : Veneto Cultivada especialmente na Toscana, em
Boa estrutura e concentração, cor versão seca e doce,
amarelo palha com aroma discreto, mas rica e ampla na
reflexos verdes. Boa acidez e frescor. boca, com notas de
amêndoas e flores.
Principais castas por região

VARIEDADES TINTAS BARBERA


No Piemonte, terra natal, é vinificada
solo, mas entra em cortes de outras
AGLIANICO regiões. É uma cepa versátil, de acidez
Principais Regiões : Campania, Basilicato, elevada e pouco tânica. Dá vinhos
Puglia e Molise. Apelidada de Barolo do ligeiros, coloração tendendo ao púrpura.
Sul. Em geral, tem cor rubi intensa e faz
vinhos potentes, com taninos macios e de
grande acidez.
CANAIOLO DOLCETTO
Principais Regiões : Vinificada Vinificada desde a Idade Média, hoje sua
preferencialmente naToscana, onde faz parte produção se limita ao Piemonte, fronteira com
dos cortes do Chianti Classico e DOCG e, Ligúria. Normalmente dá vinhos frescos,
eventualmente, de outros vinhos. Tem cor rubi delicadamente perfumados e frutados para
intensa e aromas de cerejas maduras e toques serem consumidos jovens.
herbáceos.
LAMBRUSCO
CORVINA Na origem, cepas selvagens, cultivadas pelos
Da região de Veneto, principal casta do romanos no norte da Itália. Hoje, seu habitat é a
Valpolicella, normalmente associada às região da Emília-Romana, onde se encontra
variedades Rondinella e Molinara. diferentes tipos, que dão origem normalmente a
Produz de roses a vinhos potentes e de vinhos roses e tintos frisantes, de qualidade
sobremesa. Cor rubi intensa e compacta, irregular.
toques de cereja amarga e, após barrica, de
especiarias.
MONTEPULCIANO
Originaria de Abruzzo, onde produz vinhos
frutados, com toques de framboesa, NEGROAMARO - Região: Puglia
ameixas e frutas do bosque, Principal casta da região. Em parceria com
taninos naturalmente aveludados e bom outras, resulta em vinhos tintos e elegantes.
teor alcoólico. Vinificada solo, tem cor rubi escuro, taninos
concentrados, bouquet de cerejas amargas e
NEBBIOLO cassis.
Principal casta do Piemonte e uma das
mais importantes da Itália. Devido a
NERO D’AVOLA
presença de vários monastérios, sua
Região: Sicília
vinificação foi desenvolvida com
preciosismo. Casta sensível, produz vinhos Cor rubi fechado, taninos finos, corpo
tintos rubi, tendendo ao grená, aromas mediano e traços selvagens, de frutas
complexos com a evolução: silvestres e mirtillo. Bom potencial de
envelhecimento.
de frutas vermelhas, castanhas a florais e
especiarias.
PRIMITIVO - Região: Puglia SANGIOVESE - Região principal: Toscana
Casta antiga, mesmo DNA da Zinfandel. Cepa + representativa da Itália, onde tem
Antes utilizada em cortes, atualmente clones: Sangiovese Grosso, Sangiovese
largamente vinificada solo, gerando um Picollo (fértil e disseminada em outras
vinho estruturado, de intensa coloração e regiões). Em geral: Cor rubi tendendo ao
toques de frutas vermelhas maduras e grená com a idade, aromas de amoras e
especiarias. cerejas maduras, tabaco, trufas, amargor
final.
Rótulos
Classico: vinhedos situados no coração da região; Nome de vinhedos
específicos: “Colli di Senesi”;

Superiore: com regras mais restritas e maior teor alcoólico;

Riserva: envelhecido em garrafa e barril por no mínimo 3 anos;

Passito: Vinho encorpado (doce ou seco) feito com uvas passas;

Recioto: vinho tinto ou branco suave feito com uvas passas;

Amabile: meio doce; Amaro: amargo ou seco; Dolce: doce.


Vinhos
Piemonte
Barolo: Vinho potente, longevo, ácido e tânico, evolui para frutas
pretas, especiarias e couro;

Barbaresco: também potente, taninos mais macios e mais

frutas;
Piemonte

SPUMANTI D’ASTI: Vinho popular, com produção de 65 milhões gfas/ano


– mosto fermentado em tanques selados até atingir de 5% a 7% álcool,
filtrado sob pressão para deter fermentação e preservar o frescor.

Tintos: Barbera, Dolcetto e Gattinara

Brancos: Moscato, Gavi e Arneis


Veneto
O Amarone della Valpolicella é o destaque da região, um dos vinhos
mais encorpados do mundo, feito a partir de uvas secas em
tabuleiros de madeira por no mínimo 3 meses.

Uvas: Corvina, Molinara e Rondinella


Toscana
Ocupa o trono italiano. Tem verões quentes e secos, muitos vinhedos
de altitude elevada em montanhas e colinas, solo de marga calcária
arenosa. Divide-se em duas áreas: a zona costeira e as colinas
centrais de Florença e de Siena.

A primeira se concentra nos tintos, especialmente de castas


bordalesas e na segunda estão os DOCGs clássicos que deram
prestígio a Toscana.
Resumo viticultura Itália

❖ Mais de 2000 variedades de uvas autóctones;

❖ Mais de 1 milhão de produtores e propriedades de apenas 1 ha;

❖ Grande número de cooperativas;

❖ Qualidade avança, mas o controle ainda é fraco, dando margem


a um quadro bastante variável.
Clima e Solo
Solos pobres e montanhosos e Clima mediterrâneo.

❖ Vocação nata para vitivinicultura em várias regiões.

❖ Cerca de 370 variedades autorizadas.

❖ Há vinhos tintos com grande diversidade, com grande presença


de um perfil organoléptico de frutas vermelhas, negras e
terrosas e, nos brancos, notas herbáceas, minerais e boa
acidez.
Principais vinhos

❖ Barolo – Região do Piemonte ❖ Franciacorta - Região da Lombardia

❖ Barbaresco - Região do Piemonte ❖ Sagrantino di Montefalco - Região da

❖ Valpolicella - Região do Vêneto Umbria

❖ Amarone della Valpolicella - Região do ❖ Brunello di Montalcino - Região da

Vêneto Toscana

❖ Valpolicella Ripasso - Região do Vêneto ❖ Vin Santo - Região da Toscana

❖ Supertoscanos - Região da Toscana


Espanha
Regiões Variedade das Uvas

Marco Morais
Bebidas e Harmonização
CES/Jf 2020
Espanha

A Espanha é o país com a maior área de vinhedos do mundo.

❖ Hoje a Espanha ocupa o 3º lugar no raking de produção de


vinhos do mundo; ficando atrás somente da Itália e França.

❖ As localidades produtoras são agrupadas segundo as


características geográficas e climáticas.
Denominações de Origem
❖ A Espanha possuí 54 DO; (De acordo com a Bíblia do Vinho)

❖ 17 Regiões regiões administrativas produzem vinhos. A maior


concentração está em Castilha La Mancha;

❖ O consumo de vinho no país é de aproximadamente 39,5l per


capta ano;

❖ Embora pouco consumidos no mundo todo, alguns vinhos se


destacam, como é o caso dos vinhos da região de RIOJA
Quando os espanhóis falam em feitura de vinhos, usam o verbo
“elaborar” em vez de fabricar, produzir ou manufaturar.

Os produtores de vinhos da Espanha dizem que elaborar algo


implica em consciência, tempo e labor de criar e cultivar.

É diferente da mera produção.


Legislação Espanhola

❖ O setor vitivinícola espanhol é regido por normas claras para a


qualificação de seus produtos, os quais são registradas perante à
União Europeia.

❖ A principal divisão é entre os vinhos de Denominación de


Origem(DO) e Denominación de Origem Calificada (DOCa)

Rioja é a única região com DOCa.


Original: http://revistaadega.uol.com.br/artigo/espanha-um-pais-de-varios-inhos_9422.html#ixzz3JMjOJNz2
Clima e Solo

De modo geral, climas extremos (desérticos, vulcânicos e gelados) que


variam do quente e seco mediterrâneo ao sul e ao norte mais frio,
sob influência do Atlântico. Algumas regiões de grande altitude, como
a Catalunha, têm o calor refrescado pela costa mediterrânea. Grande
luminosidade, uma das médias anuais mais altas do planeta (3.000
hs/ano). Maior concentração de chuvas no inverno.
Viticultura
❖ Mais de 600 variedades plantadas; 20 representam 80% da produção;

❖ Algumas uvas autóctones, outras com versões nos países vizinhos e castas
francesas nobres introduzidas mais recentemente.

❖ A uva mais popular chama-se Airen, usada para vinhos brancos, mas
especialmente para licores.

❖ Dentre as nobres, a mais plantada é a Tempranillo, seguida da Garnacha,

Monastrell, Bobal e Carinena (Mazuelo) para tintos e Albarino, Viura/Macabeo e


Palomino para brancos.
Os vinhos subdividem-se
❖ Denominación de Origen (DO): vinhos que devem atender a
especificações quanto às variedades de uva permitidas, modo de cultivo e
localização dos vinhedos. Assim, apresentam um patamar mínimo de
qualidade. Existem mais de 70 DOs e cada uma delas submete-se a seu
próprio Conselho Regulador.

❖ Denominación de Origen Calificada (DOCa): categoria mais prestigiosa


do que a anterior, apenas DOs que existam há pelo menos 10 anos podem se
alistar para se tornarem DOCa. Hoje são apenas duas: Rioja (norte) e
Priorato (nordeste)
Regiões prestigiosas e
produtoras de Vinho
❖ Rioja ❖ Ribera Del Duero
Rioja Alavesa
1.
❖ Penedès (Origem do Cava)
2. Rioja Alta
❖ Priorato
3. Rioja Baixa
❖ Jerez (0rigem do Xerez)
❖ Rias Baixas
Principais uvas da Espanha

❖ Tintas ❖ Brancas
Garnacha Macabeo

Moravia Verdejo

Navarra Parrellada

Tempranillo ➢ Airen – a mais importante


Cabernet Sauvignon
Tempranillo
Varietal originária de Rioja, mas também de Portugal com outro nome: (Tinta
Roriz). Produz um vinho fino e complexo e de boa qualidade. Possui cor intensa
e bem estruturado, mas geralmente com pouca acidez.

Principais descritores aromáticos são: frutas vermelhas – framboesa e


morango – especiarias e tabaco.
Garnacha
Uva para corte, utilizada para acrescentar álcool e corpo. Na França é
conhecida como Grenache. É uma uva versátil, produz desde vinhos rosés,
passando pelos tintos, chegando aos vinhos de sobremesa.

❖ Pode estagiar em madeira (velha, de preferência) ou não.

❖ Origina vinhos alcoólicos, aromáticos com poucos taninos e baixa acidez.

Principais descritores aromáticos são: Damasco, Pimenta do reino,


Especiarias, Castanha assada, café e couro
Graciano
Uva menor, usada em alguns Rioja Tintos para acrescentar aroma e sabor ao
Tempranillo. Também é conhecida como Morrastel e Tinta Miúda.

O vinho produzido com a Graciano costuma ser rico em acidez, e às vezes


bastante tânico. Isso faz com que seja bastante apto, também, a envelhecer com
qualidade.

Principais descritores aromáticos são: hortelã e a frutas escuras, com toque


mineral e apimentado.
Vinhos Fortificados - JEREZ

Envelhecimento pelo método “solera” de acordo com a categoria de vinho, que


se decide em função do vinho base, em janeiro após a vindima.

A soleira consiste em um conjunto de barris de madeira usados para


envelhecimento de bebidas como xerez, vinho da Madeira, Marsala, Mavrodafni
(uma qualidade de vinho grego fortificado), Muscadelle e vinagre balsâmico.
Jerez
❖ Assim como o Champagne ou o Porto, o Jerez é o vinho mais complexo e mais
trabalhoso da Espanha.

❖ O Jerez é feito em múltiplos estilos, que variam de assustadoramente seco até


o tão mais doce.

❖ O Jerez seco, assim como o vinho branco, deve ser consumido em poucos dias
depois de aberto.

❖ A região de Jerez também é uma das mais emocionantes regiões da Espanha e


o local onde surgiram os pequenos pratos conhecidos como tapas, para os
quais o Jerez é o perfeito acompanhamento.
Uma nova experiência ...
Cava - Catalunia
❖ Este espumante espanhol similar ao Champagne;
❖ Com origem em 1851, sua produção efetiva se dá nos anos 1870 e em
1877.

❖ 95% dos Cavas são provenientes de Sant Sadurni d’Anoia, na


província de Barcelona, com as uvas macabeo, xarel-lo e parellada,
além de chardonnay, malvasia riojana, trepat, garnacha, monastrell
e pinot noir. Método clássico, com maturação de no mínimo 9 meses
antes do engarrafamento.
Ribera Del Duero
Destacado terroir e microclima (seco e bem-drenado). A Tempranillo em sua
altitude tem a casca mais fina, com acidez e frutas mais marcantes, fazendo os
vinhos mais elegantes, com grande concentração, complexidade e potencial de
envelhecimento. Além disso, sofreu grandes transformações para modernizar
enologia. Produz desde século XVI, se destacou com a produção da Vega Sicília
a partir de 1854, usando também castas bordalesas. D.O. desde 1982.
Rioja
❖ RIOJA – Vitinicultura que remonta aos monastérios da Idade Média;

❖ Teve seu desenvolvimento no Séc.XIX;

❖ Primeira DOCa Espanhola;

❖ Tem destaque pelos tintos produzidos com Tempranillo.


Priorato

❖ Pequeno e único terroir de muito destaque a partir dos anos 2000;

❖ Pelo sistema de classificação espanhol, Priorat é uma das duas únicas


denominações de origem a receber distinção máxima de qualidade, sendo
chamada de Denominação de Origem Calificada. A outra é Rioja.
Cultivares
❖ As variedades de uva mais cultivadas são:

✓ Mazuela (mais conhecida como Carignan ou Cariñena)

✓ Garnacha (Grenache).

Variedades tintas autorizadas:

Garnacha peluda, Tempranillo, Picapoll Negre, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Pinot
Noir, Merlot e Syrah

Variedades brancas autorizadas:

Garnacha Blanca, Macabeo, Pedro Ximénez, Chenin Blanc, Moscatel de Alejandría, Moscatel
de Grano Menudo, Blanquilla, Picapoll Blanc e Viognier
Classificação
Portugal
Regiões Variedade das Uvas

Marco Morais
Bebidas e Harmonização
CES/Jf 2020
Portugal

Portugal é um país de longa tradição vinícola. A vitivinicultura portuguesa


demorou a evoluir tecnologicamente e, por muito tempo, produziu vinhos de
pouca qualidade.

Nas ultimas duas décadas, como consequência do importante desenvolvimento


econômico, político e social do país, a vitiviniculutura portuguesa experimentou
grande evolução, particularmente no campo tecnológico.
Vinhos Tradicionais
Tradicionalmente, 03 estilos de vinhos se sobressaem como representativos da
vitivinicultura Portugueses:

❖ Vinhos Frescos de grande acidez (Verdes)

❖ Vinhos tintos encorpados e tânicos (Douro e Bairrada)

❖ Vinhos Fortificados(Porto e Madeira)


Denominações de Origem
❖ Em Portugal são 31 Do’s e 12 IG’s

❖ Vinho Regional: Menção tradicional que equivale a indicação geográfica


protegida (IGP), que indica vinhos feito pelo menos com 85% de uvas
provenientes de uma região;

❖ DOC: Indica origem, castas, métodos de vinificação e características


organolépticas pré-estabelecidas;

❖ Espumantes: Távora – Rosa e Bairrada;


❖ Brancos, leves e frescos: Vinho Verde;

❖ Brancos envelhecidos em carvalho: Alentejo e Douro;

❖ Rosados: Produção generalizada;

❖ Tintos de médio corpo e elegante: Alentejo, Dão e Palmela;

❖ Tintos Robustos: Douro, Trás-os-montes e Bairrada;

❖ Licorosos e Fortificados: Moscatel de Setubal, Porto e Madeira.


Principais Uvas
✓ Tintas Brancas

✓ Touriga Nacional ✓ Alvarinho

✓ Tinta Roriz ✓ Arinto

✓ Castelão ✓ Bual

✓ Trincadeira

✓ Periquita

✓ Aragonês
Variedades
❖ Touriga Nacional

Uva portuguesa cultivada em quase todo o país.

Utilizada na produção dos melhores Vinhos do Porto, mas também responsável


por grandes vinhos de mesa, tanto varietais, como em assemblage.

Foco na Harmonização

Normalmente seus vinhos têm taninos bem marcantes, boa estrutura e acidez.
Vão bem com queijos amarelos carne de cordeiro, cabrito e aves.
Variedades
❖ Castelão

Uva portuguesa que tornou-se muito famosa aqui no Brasil por um de seus muitos
nomes. Ex:Periquita, como é chamada na região de Setúbal.

Seus vinhos varietais normalmente têm bom frescor e leve acidez, taninos bem
presentes, marcados, principalmente quando são jovens.

Foco na harmonização

Vai bem com carnes vermelhas grelhadas, carne de porco. É muito comum vê-la
num corte com outra uva portuguesa, a Trincadeira. Ou mesmo com a Tinta Roriz
(Tempranillo).
Variedades
❖ Trincadeira
Uva portuguesa conhecida por Tinta Amarela, na região do Douro.

Seus vinhos são normalmente bem estruturados, com boa acidez e bem
equilibrados. Os taninos estão sempre presentes, mas que ficam bem
redondinhos, se deixarmos o vinho respirar um pouco (“abrir o vinho”).

Foco na harmonização

Seus vinhos vão bem com carnes em geral e queijos macios.


Variedades
❖ Aragonês
Raramente utilizada na forma varietal, a Aragonez (no Alentejo) e a Tinta Roriz
(no Douro). Os varietais de Aragonês são vinhos com intensa coloração rubi-
violáceo, que evolui com os anos para o rubi acastanhado; tem bom corpo,
acidez equilibrada, aromas de frutas vermelhas com toques de caramelo, que
evoluem para frutas secas e tabaco. Uma excelente uva.

Foco na harmonização: Carnes leves, sopas, excelente com brie, camembert


e mesmo fondue de queijo. Na cozinha portuguesa, bacalhau ao forno.
Variedades Branca
❖ Alvarinho
É a mais nobre das castas brancas portuguesas e produz um vinho de elevadíssima
qualidade. O vinho monovarietal Alvarinho possui cor palha e com reflexos citrinos.

O aroma é intenso, delicado e complexo, que vai desde o


pêssego, limão, maracujá e lichia (carácter frutado), a flor de laranjeira e violeta
(carácter floral), a avelã e noz (carácter amendoado) e a mel (carácter caramelizado).
Seu sabor é complexo, macio, redondo, harmonioso, encorpado e persistente.

Foco na harmonização: crustáceos, peixes, lagosta e sardinha assada


E o Vinho Verde?
Vinho Verde não é verde!...

Vinho Verde pode ser tinto, branco, rosé ou espumante.

O nome descreve seu estilo fresco e não está relacionado à sua cor, que é quase branco-

água. De baixo teor alcóolico, são ácidos com níveis de açúcar natural da uva.

Alguns dos melhores vinhos são feitos exclusivamente de uva Alvarinho cultivadas ao redor
de Monção. Alvarinho é tida como a uva mais nobre da região ao norte de Portugal.
Vinhos do Porto
Rubi: Vinho mais jovem, rico em aromas de frutas vermelhas, encorpados.
Ficam até 03 anos em barricas de carvalho.

Tawny: Colheita de apenas uma vindima e com no mínimo 07 anos em madeira.

Vintage: De uma colheita de excelente qualidade. Engarrafado entre o segundo


e o terceiro ano após a vindima. Guardado em caves por até 40 anos.
Cerca de 250 castas nacionais, com nomes peculiares e muitas vezes utilizadas
somente in loco, formam um imenso patrimônio vitícola.

Com algumas exceções como: Alvarinho e Encruzado, nos brancos, e a Touriga


Nacional e Baga, nos tintos, a força dos vinhos portugueses está na arte do lote
(ou Blend). No passado, a mistura de castas nas vinhas quase sempre ditava o
lote final. Hoje em dia, com os avanços da viticultura, e possível avaliar o valor
de cada casta e deixar o lote por conta da maestria do enólogo." (José João
Santos, crítico de vinhos português)

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