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Objetivos
Bibliografira / Webgrafia
Saber Comer para Melhor Viver – versão atualizada de Alimentação Saudável. Lisboa: Caminho, 4ª
edição, 2000.
https://www.acpp.pt/maria-de-lourdes-modesto
Os doces estiveram sempre presentes nas refeições dos conventos, mas somente a
partir do século XV, com a divulgação do açúcar, atingiram notoriedade. O açúcar possibilitou a
criação de várias “caldas”, que mãos sábias souberam encontrar e padronizar. Há que ter em
conta que, naquela época, a população feminina dos conventos era, na sua maioria, composta
por mulheres que não tinham escolhido o a vida conventual por fé, mas sim por imposição
social. Para se entreterem durante o interminável tempo claustral, dedicavam-se à confeção de
doces que foram diversificando e aprimorando.
Os conventos tinham fácil acesso aos diferentes produtos para praticarem uma boa
mesa. No entanto, de todos os ingredientes presentes nos doces conventuais, a par
do açúcar e da amêndoa, a gema que tem grande relevância, estando a origem das
riquíssimas receitas conventuais e intimamente relacionada com o aproveitamento de ovos,
sobretudo a gema.
Portugal sempre teve uma grande produção ovícola, sendo mesmo o principal produtor
de ovos da Europa entre os séculos XVIII e XIX. Grande parte da clara era exportada e usada
como purificador na produção de vinho branco ou ainda para engomar os fatos elegantes dos
homens mais ricos, nas principais cidades do mundo ocidental. Com tantas claras a serem
utilizadas para diversos fins, havia um grande excedente de gemas. Inicialmente, eram
deitadas para o lixo quantidades imensas de gemas ou então dadas aos porcos.
Os doces estiveram sempre presentes nas refeições dos conventos, mas somente a partir do
século XV, com a divulgação do açúcar, atingiram notoriedade. O açúcar possibilitou a criação
de várias “caldas”, que mãos sábias souberam encontrar e padronizar. Há que ter em conta
que, naquela época, a população feminina dos conventos era, na sua maioria, composta por
mulheres que não tinham escolhido o a vida conventual por fé, mas sim por imposição social.
Para se entreterem durante o interminável tempo claustral, dedicavam-se à confeção de doces
que foram diversificando e aprimorando.
Portugal sempre teve uma grande produção ovícola, sendo mesmo o principal produtor de ovos
da Europa entre os séculos XVIII e XIX. Grande parte da clara era exportada e usada como
purificador na produção de vinho branco ou ainda para engomar os fatos elegantes dos
homens mais ricos, nas principais cidades do mundo ocidental. Com tantas claras a serem
utilizadas para diversos fins, havia um grande excedente de gemas. Inicialmente, eram
deitadas para o lixo quantidades imensas de gemas ou então dadas aos porcos.
A receita é do final do século XIX, tendo sido das únicas deixadas pelo abade
de Priscos, que foi um dos grandes cozinheiros do seu tempo, chegando mesmo a
cozinhar para o Rei. Além da receita, o abade deixou um alerta no que respeita à sua
confeção, ao dizer que ”A receita é só o princípio… As mãos, o olfato, o paladar do
verdadeiro cozinheiro fazem o principal”.
Barrigas de Freira
As barrigas de freira são consideradas um doce regional, com a forma peculiar de meia-lua e que resulta de uma co
essência amêndoa moída, o que lhe confere um sabor muito característico e irresistível. Prepare
este excelente doce com a receita tradicional de barriguinhas de freira.
Toucinho do Céu
O toucinho do céu é um dos mais
célebres doces tradicionais de Portugal,
com origem na doçaria conventual. O nome
deve-se ao facto de a receita original ter
banha de porco nos ingredientes e, sendo
um doce criado nos conventos, seria, pois, o
Toucinho do Céu.
Fatias do Bispo
Esta receita portuguesa, de origem
conventual, é muito comum na mesa da consoada,
embora seja confecionada ao longo de todo o ano.
Aletria Conventual
Esta receita, com origem na doçaria
conventual, como indiciam o nome e a quantidade de
gemas usadas, não leva leite, ao contrário do que se
passa com outras variantes da aletria.
Pastéis de Nata
Os pastéis de nata são uma das mais populares
especialidades da doçaria portuguesa. Pode dizer-se mesmo
que são um dos símbolos da cultura portuguesa, assim como
vinho do Porto, o cozido à portuguesa ou até o fado… A receita,
de origem conventual, foi criada pelos monges do Mosteiro dos
Jerónimos. Os pastéis começaram a ser comercializados em 1837, numa pequena pastelaria
contígua ao mosteiro, com o intuito de angariar dinheiro para tentar manter a Ordem. Os
pastéis de nata têm um aspeto semelhante e uma história comum aos pastéis de Belém, mas
são doces completamente diferentes.
Tecnologia de matérias-primas
Composições & Utilizações
A pastelaria e a padaria são secções de produção alimentar onde se manuseia e utiliza uma
enorme variedade de géneros alimentícios distintos. Inevitavelmente, qualquer profissional de
pastelaria deve possuir conhecimentos sobre as características, aplicação e utilidade de cada
ingrediente que utiliza no seu dia-a-dia de trabalho.
Utilização
Massas Composição
Cozinha Pastelaria
Mil-Folhas, Palmieres,
Farinha, água, margarina Empadas, Florões,
Folhada Tartes Folhadas,
folhada, sal Vol-au-vents (…)
Pastéis de Nata
Choux, Paris-Brest,
Leite, água, sal, margarina,
Choux / Fartos Geimets, Gnocchi Profiteroles, Rins,
farinha, ovos
Éclairs
Guarnição de
Leite, manteiga, farinha, Flamejados,
Crepes consommés,
gemas de ovo, sal Recheados
Acepipes variados
Composição
Leite-creme Leite, açúcar, amido de milho, limão, pau de canela, ovos, baunilha
Arroz-doce Arroz carolino, leite, água, pau de canela, canela em pó, limão, açúcar, ovos
Aletria Massa, leite, água, pau de canela, canela em pó, limão, açúcar, ovos
Sonhos Farinha, óleo, leite, água, sal, açúcar, limão, margarina, ovos, canela em pó
Bolo enrolado (torta) Ovos, farinha, açúcar, laranja, açúcar em pó, margarina
laranja
O AÇÚCAR
O açúcar faz parte da família dos glícidos solúveis (também chamados hidratos de carbono), ditos açúcares de
As suas duas principais fontes são a cana-de- açúcar, nas regiões tropicais, e a beterraba sacarina, nas regiões te
Apresentações do açúcar:
OUTROS:
A FARINHA
A farinha é um produto obtido da moagem de grãos sãos de diversos cereais. O
trigo, o centeio e o milho são os mais utilizados para a produção de farinha para panificação.
A forma como se obtém a farinha tem variado ao longo dos anos e dos conhecimentos
técnicos de cada época. Primeiro à mão, depois com recurso ao vento, à água ou aos
animais e, mais tarde, através de meios mecânicos.
A farinha de trigo
Trigo mole (Triticum cestiver) – utilizado para a produção de farinhas para a indústria da
panificação e pastelaria.
Trigo rijo (Triticum durum) – destinado para a produção de sêmola e essencial para a indústria
de massas alimentares.
A diferença entre as várias farinhas está na sua granulometria, cor e teor de cinzas
e glúten. Após a moagem, as farinhas podem ser corrigidas adicionando-se componentes,
como fermento, cálcio, ferro e vitaminas. As farinhas de trigo classificam-se da seguinte
forma:
A farinha de milho
Farinha de centeio
AS GORDURAS
A gordura é uma substância que facilita a preparação dos alimentos ao nível da confeção, textura e sabor, sendo
Temperatura (a Serve
Gordura alimentar partir da qual se Uso adequado para
inicia a degradação) fritar
Óleo de sementes
(milho, girassol, 160 ºC Em cru, para temperar Não
soja)
Margarinas e
outras gorduras 140 ºC* Em cru Não
para barrar
Tabela “Utilização adequada de gorduras alimentares” adaptada com algumas alterações de Peres,
E.
Saber Comer para Melhor Viver – versão atualizada de Alimentação Saudável. Lisboa: Caminho, 4ª
edição, 2000.
* Temperaturas variáveis conforme a gordura que, em média, aguentam sem se degradarem até aos
140 ºC.
Origem Animal
Origem Vegetal
AS LEVEDURAS
Microrganismo, da família dos fungos, pertencente à espécie Saccharomyces cerevisiae
de raça minor. Em meio nutritivo propício e em condições especiais, uma célula de levedura
divide-se em novas células segundo leis bem determinadas. Graças ao grande progresso das
indústrias bioquímicas, em escala industrial, podem obter-se células de leveduras, de
características rigorosamente iguais às da célula mãe, a partir de uma levedura selecionada,
bacteriologicamente pura. Encontra-se no mercado em dois tipos: levedura fresca e levedura
seca. A utilização conveniente da levedura permite:
OS OVOS
Os ovos desempenham um papel relevante na pastelaria, assim como na panificação. No centro de classificação,
salubridade e integridade, são classificados por categorias e classes de
peso.
Categoria B – São considerados ovos de categoria B, todos os ovos que não reúnam as
condições de exigência relativas aos ovos de categoria A. Os ovos desta categoria apenas
podem ser encaminhados para a indústria.
Ovoprodutos são todos os produtos obtidos a partir do ovo (gema e clara) depois de retirada a
casca e que se destinam ao consumo humano. Podem ser complementados com outros
produtos alimentares ou aditivos e podem encontrar-se no estado líquido, concentrado,
desidratado, cristalizado, congelado e ultracongelado, tendo várias aplicações.
Bolos, gelados, croissants Pudins, leite-creme, gelados Mousses, merengues, sorvetes, chantilly
OS PRODUTOS LÁCTEOS
O Leite é uma secreção nutritiva de cor branca produzida
pelas glândulas mamárias das fêmeas dos mamíferos.
Sendo que, quando se fala de leite, se trata sempre de
leite de vaca, quando o não é, tal é referido em destaque,
uma vez que o termo também caracteriza o suco de
determinadas plantas ou frutos. É comercializado nas
seguintes apresentações:
O Iogurte - Este derivado é obtido pela ação dos fermentos lácteos Lactobacillus
bulgaricus e Streptococus termophilus sobre o leite. O iogurte contém um baixo teor de
lactose e uma g r a n d e v a r i e d a d e de minerais, onde se
destaca o cálcio. É comercializado ao natural ou açucarado, em
estado sólido ou líquido, com uma diversidade de aromas, polpas
e/ou pedaços e, segundo o teor de gordura, pode ser
considerado magro, meio-gordo e gordo.
AS MASSAS BASE
Na pastelaria as massas podem-se agrupar em:
OS CREMES
Os cremes são preparações feitas essencialmente com ovos, leite, açúcar e aromatizadas.
Na pastelaria desempenham um papel relevante sobretudo em guarnições. Do vasto leque
de cremes que existe, apenas citaremos os que se consideram ser os mais utilizados:
Cremes Composição Utilização
Chantilly Natas, açúcar Stº Honoré, Bavarois, Charlottes diversas,
Gurnições diversas
Inglês Leite, açúcar, vagem de Farófias, Pudim, Diplomático (…)
baunilha, Ovos
Pasteleiro Leite, açúcar, maizena, limão, Choux, Éclairs, Mil Folhas. Polkas,
ovos, vagem de baunilha guarnição de Biscuits, (…)
Amêndoa Amênda, manteiga, açúcar em Guarnições, Tartes, Tarteletes,
pó ovos, farinha, Rum
Manteiga Manteiga s/sal, ovos, açúcar, Guarnições, decoração Paris-Brest,
água Troncos de Natal, Entremeios de chocolate
Ovos Ovos, açúcar, água, manteiga Pão-de-ló, Trouxas
Receitas e fichas técnicas
Apresentam-se de seguida algumas receitas de exemplo da Doçaria Tradicional e
Conventual Portuguesa e outras de utilidade prática. Além das que aqui se expõem,
tomará contato com outras nas aulas de caráter prático.
Ingredientes:
Confeção:
Ingredientes: 1. Coloque um tacho ao lume com a
½ casca de½limão
casca de limão
1 colher (sobremesa) de farinha água, o açúcar, a casca de limão, o
(sopa)
1 colher 1 colher (sobremesa
de vinho do Porto de farinha)
1 pau de canela toucinho e o pau de canela.
150 ml 1 colher (sopa) de vinho do Porto
de água 2. Deixe ferver durante 2 minutos e
12 gemas
1 pau de canela
400 g de açúcar passe depois a calda por um passador de
50 g detoucinho
150 ml de água
fresco
caramelo líquido p/ untar a forma rede.
12 gemas
3. À parte, desfaça a farinha com as
400 gr de açúcar
gemas e verta a calda em fio, mexendo
50 gr toucinho fresco
sempre. Deixe amornar e junte o vinho do
Caramelo líquido p/untar forma
Porto.
4. Deite o preparado numa forma de
pudim caramelizada e leve a cozer em banho-maria a 190° C, durante 1 hora.
5. Retire depois de cozido, deixe arrefecer muito
bem e desenforme.
Barrigas de Freira
Confeção:
Ingredientes:
250 gr de pão-de-ló 1. Leva-se o açúcar a ponto de pasta.
500 gr de açúcar 2. Corta-se o pão-de-ló em fatias que se colocam numa
125 gr de amêndoa
9 gemas de ovo travessa e se regam com metade do açúcar em ponto.
1 ovo inteiro
3. Pelam-se as amêndoas.
4. Em seguida, juntam-se ao açúcar restante e deixa-
se ferver um pouco.
5. Se, por acaso, o açúcar, depois de ferver com a amêndoa, subir de ponto, junta-
se-lhe um pouco de água.
6. Tira-se do lume, deixa-se arrefecer e junta-se-lhe as gemas bem batidas com o
ovo inteiro.
7. Depois mistura-se bem, volta ao lume brando, mexe-se
sempre até engrossar, retira-se e deita-se por cima das
fatias do pão-de-ló, cobrindo
tudo.
8. Polvilha-se com canela e guarnecem-se com
cerejas cristalizadas.
Toucinho do Céu
Confeção:
Ingredientes:
100 g de doce de chila 1. Leve a água e o açúcar ao lume
150 g de amêndoas peladas e raladas
18 gemas
durante cerca de 10 minutos, até obter
2 claras ponto de pérola.
200 ml de água
500 g de açúcar 2. Sem retirar do lume, junte o doce
açúcar em pó p/ polvilhar
de chila e a amêndoa, misturando bem.
Sem parar de mexer, deixe levantar
fervura e retire.
3. Misture as gemas e as claras e
adicione um pouco do preparado anterior, misturando bem. Junte à restante calda
de açúcar e amêndoa e mexa até estar bem ligado.
4. Volte a levar ao lume e, mexendo sempre, retire quando começar a querer levantar
fervura.
5. Deite numa taça, deixe arrefecer e, assim que estiver quase frio, despeje para uma
forma de mola (22 cm de diâmetro), com o fundo
previamente
forrado com papel vegetal, untada com margarina e
polvilhada com farinha.
6. Leve a cozer a 180 º C, durante cerca de 1 hora.
7. Depois de desenformado e frio, polvilhe o toucinho-
do-céu com açúcar em pó.
Papo-de-Anjo
Confeção:
Ingredientes:
1 colher (chá) de canela 1. Leve o açúcar ao lume com um
3 ou 4 colheres (sopa) de doce de fruta copo de água e deixe ferver até obter
500 g de açúcar+ q.b. p/ polvilhar
7 gemas ponto de espadana. Adicione o doce de
8 ovos inteiros
fruta e volte novamente a ferver até obter
o mesmo ponto.
2. Retire do lume e, depois de
arrefecer um pouco, adicione os ovos
(previamente bem
batidos com as gemas) e a canela.
3. Distribua o preparado em forminhas de
queques muito bem untadas com manteiga
e leve a cozer em forno moderadamente
quente (190º a 200º C).
4. Desenforme os papos de Anjo e polvilhe-os
com açúcar.
Fatias do Bispo Confeção:
Aletria Conventual
Confeção:
Ingredientes:
1. Leve ao lume um tacho com água temperada com sal e,
1 pau de canela
10 gemas quando levantar fervura, junte a aletria. Deixe cozer cerca
250 g de aletria
350 g de açúcar de 5 minutos e, passado esse tempo, escorra a massa,
750 ml de água
passando-se depois por água corrente.
canela em pó q.b.
casca de 1 limão 2. Leve ao lume a água com o açúcar, a casca de limão e
o pau de canela, deixando ferver até obter ponto de
pérola fraco (a calda é espessa e corre em fio, ficando
uma gota suspensa na extremidade, como se fosse uma
pérola).
3. Junte a aletria escorrida e deixe ferver mais 2 minutos. Passado esse tempo,
retire o tacho do lume.
4. Desfaça as gemas, num passador de rede fina, e junte-lhes um pouco de calda
quente, misturando bem.
5. Envolva as gemas na aletria e leve novamente ao lume, brando, mexendo
sempre para espessar, mas sem deixar ferver.
6. Retire a casca de limão e o pau de canela.
7. Deite a aletria numa travessa e
deixe arrefecer. Faça esboços
com a canela e sirva.
Pastéis de Nata
Confeção:
Ingredientes:
Ingredientes:
Para a massa
Para a massafolhada
folhada
1. Para o folhado, amasse a farinha com a água e
11 pitada
pitada de
de sal
sal o sal. Faça uma bola e dê dois golpes em forma
300
300 ml
ml de
de água
água morna
morna de cruz até ao centro.
400
400 g de margarina p/folhados
g de margarina p/folhados 2. Ponha a margarina sobre um pedaço de papel
500
500 gg de
de farinha
farinha vegetal e bata-a com o rolo para que fique com a
Para o recheio
Para o recheio mesma consistência que a massa.
100
100 ml
ml de
de água
água
3. Divida depois a massa, puxando para fora as
22 colheres
colheres (sopa) de
(sopa) de farinha
farinha
22 ovos
quatro partes em que ficou divida (formará uma
ovos
300 espécie de estrela de quatro pontas). Coloque a
300 gg de
de açúcar
açúcar
500
500 ml
ml de
de leite
leite margarina no centro e envolva-a completamente
77 gemas
gemas com as pontas.
casca
casca de
de 11 limão
limão 4. Vire a massa ao contrário, colocando as pontas
sobre a superfície de trabalho e, com um rolo,
estenda-a até obter um retângulo com
aproximadamente 40×15 cm.
5. Comece por dobrar a massa em três partes iguais. Vire-a e estique de novo até voltar a
ter um retângulo alongado. Repita o processo de folhear a massa (dobrar e esticar)
mais duas vezes e reserve no frigorífico durante 10 minutos.
6. Passado o repouso, retire a massa do frio e dobre-a em dois, juntando as pontas no
centro. Estique novamente a massa até ter cerca de 4 mm e salpique-a com água em
toda a sua extensão.
7. Enrole-a uniformemente, corte em rodelas com cerca de 1 cm de espessura e coloque
cada pedaço numa forma de pastel. Tape e deixe repousar durante 10 minutos.
8. Molhe depois o polegar em água, carregue no centro da rodela e puxe a massa até ao
cimo da forma.
9. Para o recheio, coloque o leite a ferver com a casca de limão. Retire um pouco do leite
e desfaça nele a farinha.
10. Bata as gemas e os ovos sem fazer espuma. Retire a casca de limão e adicione o leite
fervido, mexendo bem para não cozinhar os ovos. Em seguida, junte a farinha
dissolvida e reserve.
11. Leve o açúcar e a água a ferver até obter
uma calda em ponto pérola.
12. Adicione a calda ao preparado de leite, mexa
e deite nas formas, tendo o cuidado de não
as encher demasiado para o recheio não sair
durante a cozedura.
13. Leve a cozer em forno quente (250º C ) durante cerca de 25 minutos.
14. Desenforme os pastéis de nata mal saiam do forno.
Massa de Fartos ou “Pâte à Choux”
Ingredientes:
Ingredientes:
500mlde 500
águaml de água
8 Ovos 8 Ovos
200 grde 200
Manteiga
gr Manteiga
400 grde 400
Farinha
gr dedefarinha
Trigo de Trigo
1 pau
de Canela
1 pau de canela
1 casca
de1 Limão
casca de limão
A técnica básica é cozinhar a massa até começar a inchar e então juntar os ovos fora do lume, lentamente,
batendo para incorporar o máximo de ar possível. A massa deve estar quente o suficiente para
cozinhar um pouco os ovos, mas sem endurecer a mistura.
Massa Folhada
Ingredientes:
3,5 dl de água
15 gr de sal
400 gr de Manteiga
700 gr de Farinha de Trigo
3. Faça uma bola. Corte um X em cima para evitar que encolha. Embrulhe-
a em papel-vegetal enfarinhado; leve ao frigorífico durante 30 m.
Acrescentar a Manteiga
4. Antes de acrescentar a manteiga à massa, estenda um quadrado de 2 cm de
espessura sobre uma folha de papel-vegetal ou película aderente, usando um
rolo da massa.
Massa Lêveda
Chamada massa de pão, este tipo de massa permite a confeção
dos bolos mais variados, desde Brioches e folares da Páscoa a bolos e
tartes de frutas. É conhecida pelo seu sabor, ligeiramente ácido, e pela
sua esponjosidade. Estas características são explicadas pela reprodução
das células do fermento que, ao aumentarem de volume, vão-se
transformando em açúcar, álcool e dióxido de carbono.
Massa Quebrada
Trata-se da massa preferida para as bases das tartes e
tarteletes. Devido ao seu elevado teor de gordura, é
aconselhável não preparar a massa a uma temperatura
elevada. Com efeito, os ingredientes e a mesa de trabalho
deverão estar à temperatura ambiente. O tempo de preparação
deve ser curto. A massa tem de ficar lisa e com um tom mate.
Creme de ovos
Ingredientes: Confeção:
600g Gemas 1. Colocar a água com o açúcar num tacho até atingir o ponto
1000g Açúcar
50cl Água pérola (107 ºC).
2. Colocar as gemas numa taça.
3. Adicionar o ponto de açúcar em fio às gemas mexendo sempre.
4. Levar ao lume a cozer mexendo sempre no fundo do tacho em forma de cruz.
5. Retirar do tacho e reservar.
6. Arrefecer e trabalhar sobre tampo de pedra com
ajuda de uma espátula.
Creme de pasteleiro
Confeção:
Ingredientes: 1. Envolver o açúcar, a farinha, as gemas e um pouco de
100cl Leite
250g Açúcar leite (só para dissolver).
125g Farinha
2. Ferver o restante leite com a baunilha e a zeste de limão.
8 Gemas
10g de Manteiga 3. Verter o leite fervido, em fio, no preparado anterior.
1 Vagem de Baunilha
1 Zeste de Limão 4. Colocar o preparado ao
lume e mexer sempre no fundo
com uma
colher.
5. Retirar do lume depois de engrossar.
6. Arrefecer imediatamente e de forma rápida.
7. Colocar manteiga por cima para não ganhar crosta. (A colocação de açúcar
não é aconselhada pois pode provocar a fermentação).
Nota: Este creme, adicionado de 50 g de manteiga e 50 g de amêndoas peladas e
trituradas, dá origem ao creme de amêndoa (Frangipane).
Doce de Gila ou Chila
Confeção:
Ingredientes:
1000g Abóbora Gila 1. Partir a abóbora sem utilizar facas ou objectos
800g Açúcar
1 Pau de Canela metálicos, pois estes alteram o sabor da gila. Com as mãos,
1 Zeste de Limão separar a abóbora em vários pedaços e retirar as sementes e
10g de Sal
25cl de Água filamentos mais amarelos.
2. Lavar os pedaços em várias águas até deixar de deitar
espuma. Colocar os pedaços num alguidar com bastante água
e
com a casca para cima. Deixar de um dia para o outro.
3. Levar a abóbora a cozer em água a ferver e temperada com sal. Deixar cozer até ficar
bem tenra e a separar-se da casca.
4. Retirar do lume e deixar arrefecer um pouco. Retirar do tacho (sem utilizar objectos
metálicos) e deixar escorrer cerca de 30 minutos.
5. Levar ao lume o açúcar, a água, o pau de canela e a casca de limão. Mexer e deixar ferver
até atingir o ponto pérola. Passados cerca de 8 minutos
passar com a colher na calda. Se a calda começar a cair
em gotas, está no ponto.
6. Juntar a abóbora e deixar cozer, mexendo sempre e
separando os fios. Quando fizer ponto estrada, está
pronto.
Confeção:
Ingredientes:
1000g Polpa de Marmelo 1. Num tacho, misturar a polpa de marmelo com o açúcar,
800g Açúcar
1 Zeste de Limão a zeste de limão e o pau de canela.
1 Pau de Canela 2. Levar ao lume.
3. Deixar ferver mexendo sempre para não pegar.
4. Retirar a casca de limão e o pau de canela.
5. Retirar do lume quando estiver em ponto estrada.
6. Colocar num recipiente e deixar arrefecer.
Operações de quantificação de produtos, ingredientes,
proporções e pesagens
Açúcar..................................................................................................................................... 10 g
Água/leite................................................................................................................................ 15 g
Cacau/chocolate em pó............................................................................................................ 8 g
Farinha...................................................................................................................................... 7 g
Fécula de batata/maisena......................................................................................................... 7 g
Margarina Vaqueiro................................................................................................................ 15 g
Óleo/Azeite............................................................................................................................. 12 g
Passas/Corintos...................................................................................................................... 10 g
Técnicas de preparação e confeção de produtos de doçaria regional e
Conventual
Cremes como o creme de baunilha têm muita tendência a talhar. Prepare-os sobre lume
muito brando ou em banho-maria, sem deixar ferver. Arrefeça o creme sobre um recipiente
com gelo, tendo o cuidado de o mexer para não criar película à superfície. Se apesar disso o
creme talhar, bata-o no copo misturador.
Para liquidificar uma geleia de frutos ou uma gelatina, leve ao lume com um pouco de água,
em banho-maria, mexendo sempre.
Utilize uma trincha e margarina derretida para untar formas. Para untar generosamente
utilize a Vaqueiro à temperatura ambiente e espalhe-a com os dedos ou com uma "boneca"
feita com papel de cozinha.
Proteja com folha de alumínio a forma onde está a cozer a sobremesa, caso a superfície
comece a queimar.
Para verificar a cozedura de um pudim pique-o com um espeto ou palito de madeira. Se sair
seco e liso, a cozedura terminou. Se o palito sair húmido, necessita de prolongar a cozedura
por mais algum tempo.
Unte com óleo as frigideiras quando não são antiaderentes, limpando o excesso com papel
de cozinha.
Deite a massa só até 2/3 da altura da forma para que possa crescer durante a cozedura,
sem transbordar.
Mantenha os crepes quentes, sobrepondo-os num prato sobre uma panela com água a
ferver. Se tiver micro-ondas, utilize-o para aquecer os crepes.
Se não dispuser de fritadeira elétrica ou de termómetro de cozinha, controle a temperatura do
óleo introduzindo no banho de fritura o cabo húmido de uma colher de madeira. Quando se
formarem pequenas bolhas à volta do cabo o óleo está na temperatura ideal.
Retirar uma forma do banho-maria é fácil, se introduzir previamente na panela, uma tira
reforçada de folha de alumínio cujo comprimento ultrapasse em 10 cm, a soma do dobro da
altura mais o diâmetro da panela. Faça esta tira aderir às paredes e ao fundo da panela.
Encha com água e introduza a forma. No final, retire a forma puxando simultaneamente pelas
pontas da tira.
Liquidifique o mel que espessou ou cristalizou, introduzindo o frasco que o contém dentro de
uma panela com água a ferver, durante algum tempo.
Peneire a farinha e o açúcar, para os tornar mais leves e eliminar pequenos torrões.
O forno
As massas
Polvilhe com farinha a pedra da mesa, antes de estender a massa. Utilize pouca
farinha, de contrário, a massa absorve-a, modificando a sua estrutura.
A cozedura
Certas massas exigem ser pinceladas com gema antes da cozedura para ficarem mais
brilhantes e douradas.
Salvo outra indicação, desenforme o bolo sobre uma rede para arrefecer mais depressa.
Para pelar as amêndoas escalde-as em água a ferver. Deixe assim durante alguns
minutos. Escorra a água e pele-as. Deixe secar.
A MERENGAGEM
Os merengues são claras batidas em castelo,
adicionadas de açúcar, sendo essencialmente a forma de
adicionar o açúcar que permite diferenciar os vários tipos de
merengagem. Ou seja, se as claras forem batidas em conjunto
com o açúcar e com a essência pretendida, podemos designar
a merengagem por “vulgar” (ou ordinária) e a sua utilização faz-
se em farófias, merengues ou fundos de vacherin e petit-
fours.
Utilizar claras de ovos sem a menor partícula de gema, uma vez que a gordura
contida nas gemas diminui o seu desenvolvimento.
Devem bater-se claras muito frescas colocando alguns grãos de sal ou gotas de limão.
Deve-se começar por bater as claras numa velocidade lenta, para as partir, e
depois acelerar, progressivamente, para as montar.
EQUIPAMENTO
Batedeira – Estas máquinas servem para bater e amassar massas. Para tal, dispõem
de um conjunto de acessórios. O que as caracteriza é a capacidade da sua bacia, que
pode ser de 10, 20, 40 e 60 litros ou até mais. A capacidade da bacia diz-nos a
potência da batedeira e a sua capacidade de amassadura. As batedeiras de maior
dimensão podem, em muitos casos, utilizar bacias de menor dimensão. Para que tal
seja possível
também metálico.
8. Mãos à obra!
3. Os produtos frescos poderão ser comprados diretamente a produtores locais desde que se
tratem de produtos considerados de baixo risco (ex.: fruta, vegetais, pão). Quando for
efetuada uma compra direta, deve ser assegurado que as embalagens se encontram
limpas e que irão manter a integridade dos alimentos, conforme as especificações
definidas.
8. Avaliar a qualidade dos produtos frescos pelo odor, visão e toque. Rejeitar os produtos
que não apresentem as características próprias;
Higienizar as mãos;
Usar um termómetro higienizado e verificado;
Secar a sonda do termómetro com álcool antes da colocação no alimento;
Registar as temperaturas no registo adequado.
4. Reduzir ao mínimo o tempo que os alimentos estão fora do frigorífico (entre 5 e 65ºC);
10. Os utensílios de uma determinada área devem ser armazenados nessa mesma área;
O Lay-out
Alguns fatores são muitos importantes para qua a apresentação de um prato seja
agradável: a combinação dos alimentos, harmonia entre si, ponto focal, " fluxo" e altura.
O Ponto Focal
Os pratos ou travessas devem conter um ponto focal - significa que deve existir
uma área onde os olhos automaticamente se dirijam. A existência e a localização deste
foco central terão ligação direta com a arrumação e a harmonia dos alimentos.