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DOENÇA RENAL

CRÔNICA (DRC)
DEFINIÇÃO
• EVIDÊNCIA DE ANORMALIDADES ESTRUTURAIS OU FUNCIONAIS
PRESENTE POR MAIS DE 3 MESES. Com implicações na saúde
• Como avaliar?
- Marcador de dano renal: albuminúria
- Marcador de função reduzida : Taxa de filtração glomerular (tfg)
- Anormalidades no sedimento urinário
- Alterações histológicas
- Alterações em exames de imagem
- Distúrbios eletrolíticos devido a lesão tubular
FISIOPATOLOGIA
• Agressão renal que leva a perda irreversível de néfrons
- Por conta disso ocorre alterações compensatórias nos néfrons
remanescentes
- Redução da massa renal = readaptação dos néfrons = aumento de
fluxo para os néfrons restantes = hipertrofia dos néfrons
- Com o tempo ocorre esclerose dos néfrons sobreviventes devido a
hiperfiltração adaptativa realizada por eles.
EPIDEMIOLOGIA
• Principais : HAS, DM, GLOMERULOPATIAS, entre outras...
• Brasil = HAS, DM, glomerulopatias
• Mundo = DM, HAS, glomerulopatias
- Lesão dos glomérulos a partir das doenças citadas.
DIAGNÓSTICO
• Dosagem de creatinina para estimar tfg
• Relação albumina x creatinina
• EAS
• USG para avaliar sintomas obstrutivos, nefrolitíase, doença renal
policística, tamanho e simetria dos rins
• Eletrólitos (Na, k, cl, bicabornato)
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
• Urina de 24h
• Cockcroft e gault ([140 - idade (anos)] x peso (kg) / cr x 72
• CKD Epi : RFG = 163 x (Cr/0.9)-1.209 x 0.993 idade

• Ureia ( 15 -35 )
• Creatinina ( 0,8 – 1,0 )
• Clearence Creatinina ( 100 -125 ml/min )
CLASSIFICAÇÃO
MANEJO DA DRC
• 1. EVITAR MAIS DANO AO RIM

• 2. CONTROLE DA PROGRESSÃO DA DRC

• 3. COMPLICAÇÕES RELACIONADAS

• 4. PREPARO PARA A DIÁLISE


Bom ressaltar
• Tratar causas reversíveis da da disfunção renal
- Infecções, hipovolemia, hipotensão, choque
- Controle de drogas nefrotóxicas (aminoglicosídeos, aines)
- Uso de contraste iodado
- Controle de doenças obstrutivas: prostáticas, litiase...
1- Evitar mais dano ao rim / Controle da
progressão da doença.
• A) evitar e corrigir o uso de antibióticos de acordo com o nível de
disfunção renal
• B) evitar o uso de medicações nefrotóxicas ( uso de AINE, exames
contrastados)
• C) controle mais rigoroso de doenças associadas a DRC ( HAS , DM,
GN)
• D) redução da proteinúria ( IECA. BRA )
• C) Controle mais rigoroso de doenças associadas a DRC ( HAS , DM,
GN)

• Glicemia de jejum 80-120mg/dl

• HbA1c <7%

• O controle adequado da pressão arterial retarda a progressão da DRC.


Nos portadores de nefropatia não diabética, se apresentarem
proteinúria > 1g/24horas, a pressão arterial deve se manter < 125/75
mmHg.
• D) redução da proteinúria ( IECA. BRA )

• Estes pacientes devem ser tratados com inibidor da enzima de


conversão da angiotensina II (IECA) como primeira escolha.
Antagonista de receptor de Angiotensina II (ARA II) pode ser
associado para obtenção de melhor controle da pressão arterial e/ou
proteinúria.

- Restrição de sal e proteínas na dieta. Avaliar caso a caso.


RELEMBRANDO
• FUNÇÕES RENAIS:

• EXCRETORA (LIQUIDOS - URINA)


• Mantem em formas avançadas de DRC

• FILTRAÇÃO GLOMERULAR
- Decrécimo linear na DRC

• ENDOCRINA (EPO + VIT D)


COMPLICAÇÕES RELACIONADAS
• A) restrição dietética
• B) controle do balanço cálcio/fósforo
• C) controle da anemia
• D) manejo da hiperlipidemia
• E) controle da hiperuricemia
• F) balanço hidroeletrolítico ( potássio, sódio)
DISTÚRBIO MINERAL ÓSSEO NA DRC
• Controle do eixo cálcio / fósforo
- Vit D, pth, fósforo
- CA e fósforo são inversamente proporcionáis
- Hiperparatireoidismo secundário
. Principais doenças relacionadas:
- Osteíte fibrosa deve-se a grande proliferação de tecido fibroblástico
que substitui o osso sob a influência do aumento do PTH.
- Osteomalácia : Defeito na mineralização óssea
CONTROLE DA ANEMIA
• Os rins produzem eritropoetina e na DRC ocorre deficiência da
mesma.
• Anemia normocítica e normocrômica
• Valores de Hb estarão abaixo da normalidade
- Tratamento é realizado através da reposição de eritropoetina (via
subcutânea)
BALANÇO HIDROELETROLÍTICO (Na,
k)
• Pacientes com DRC normalmente respondem a restrição de sódio e
ao diurético de alça
• Aumento da ingesta de água pode levar a hiponatremia e edema
- Esta deve ser regulada na prática por volume total da diurese + 500
ml
- TFG em torno de 10, mesmo doses altas de furosemida não são tão
eficazes.
Hipercalemia
• Conforme o paciente perde a capacidade de excreção de eletrólitos, K
tende a se acumular
• Medicamentos (ieca, bra, espirolactona)

- Tratamento
- Gluconato de cálcio (primeira coisa a ser usada, estabiliza a
membrana cardíaca.
- Insulina + soro glicosado (principal)
- Bicarbonato (paciente com hipercalemia + acidose)
- Beta 2 agonista (sabultamol)
PREPARO E INÍCIO DA DIÁLISE
• Indicada em pacientes em estágio V (TFG < 15 ml/min)
• Devendo ser preparada desde o estágio IV ( <30 ml/min)
• As diretrizes do KDIGO 2012 sugerem que a diálise deve ser iniciada
quando surgem sinais e sintomas atribuíveis à falência renal de difícil
controle, inabilidade para controlar o status volêmico e a pressão
arterial, deterioração progressiva do perfil nutricional refratária às
intervenções dietéticas ou ainda, comprometimento cognitivo.
• Confecção de FAV e cateter de tenckhoff
• Tx Renal?

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