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Técnico em

Enfermagem
Módulo III
ENFERMAGEM EM
CLÍNICA CIRÚRGICA
ENFERMAGEM EM
CLÍNICA MÉDICA
Prof. Ricardo Juliano

• Biomédico;
• Enfermeiro;
• Pós Graduado em Docência do Ensino Superior.
HEMODIÁLISE

A Hemodiálise é utilizada em pacs que estão extremamente


doentes e que necessitam de diálise a curto, médio e longo prazo,
variando de alguns dias e semanas, até a recuperação da função
renal, bem como em doença renal crônica avançada e/ou renal
terminal, que necessitam de terapia de longo prazo ou substituição
permanente.
Seu principal objetivo é extrair as substancias nitrogenadas tóxicas
do sangue e remover o excesso de liquido.
DIALISADORES

Dispositivos de fibras ocas contendo milhares de minúsculos


tubos capilares, que transportam o sangue através do
dialisador.
Os tubos são porosos e atuam como membrana
semipermeável, possibilitando a passagem de toxinas, líquido
e eletrólitos pela membrana.
Imagens das fibras do dialisador após limpeza mecânica em
diferentes momentos. Imagens A, B e C: inspeção a olho nu.
Imagens D, E e F com ampliação 250x.
A e D, número de pacientes 3 (1º reúso);
B e E, número de pacientes 5 (6º reúso);
C e F, número de pacientes 10 (12º reúso).
Conclusão:

O reúso de dialisadores foi seguro dos pontos de vista clínico,


microbiológico e inflamatório. O desempenho do dialisador
permaneceu adequado até o 12º reuso.
INSUFICIENCIA RENAL AGUDA – IRA

É a perda aguda e possivelmente reversível da função renal. Onde


ocorre a diminuição da diurese e, portanto, uma sobrecarga hídrica
que pode levar o paciente a apresentar dispnéia levando até mesmo
ao edema agudo de pulmão.
Além da dificuldade em eliminar o excesso dos íons de hidrogênio,
causando seu acúmulo metabólico e gerando acidose e aumentando
a concentração de potássio, (hipercalemia), podendo causar arritmia
ou até mesmo PCR.

Hipercalemia:

Mais comumente a hipercalemia, distúrbios


hidroeletrolíticos podem causar PCR, como em
grandes queimados, pacientes com diabetes,
doença renal crônica ou rabdomiólise.
Os principais marcadores de função renal são Uréia e creatinina.
UREIA: 16 a 40mg/dl
CREATININA: 0,6 a 1,2mg/dl.
O Indice de Filtração Glomerular (IFG) é o que melhor avalia o
funcionamento global dos rins.
Outro método de avaliação é pela DCE Depuração da Creatinina
Endogena, realizado através da coleta de urina de 24 horas.
O que é Clearance de creatinina?

O exame de creatinina é laboratorial e pode ser feito por dois


métodos diferentes. Pelo sangue, onde é possível investigar
apenas o nível da taxa da substância, sua concentração
pela urina (exame conhecido como clearance de creatinina) ou a
comparação entre as duas medidas.
Quando o clearance de creatinina é indicado?

Geralmente o clearance de creatinina é indicado pelo médico


nefrologista quando notada alguma alteração na concentração
de creatinina no sangue. O exame é solicitado quando apontado
alguma alteração na concentração de creatinina no sangue ou
aumento da quantidade de proteína na urina, o que pode ser um
indício de problema nos rins. Esses dados também são
importantes para auxiliar no diagnóstico de doenças renais e
cardíacas. O clearance de creatinina também pode ser pedido
para acompanhar o avanço de algumas doenças, como
insuficiência cardíaca congestiva e a insuficiência renal crônica.
Desta forma, o exame é recomendado quando o paciente
manifesta alguns destes sinais e sintomas:

•Inchaço no rosto, punhos, coxas ou tornozelos;


•Urina com sangue ou espuma;
•Diminuição acentuada da quantidade de urina;
•Dor constante na região dos rins;
Quando os valores de clearance estão baixos pode significar
problemas renais, como insuficiência renal e cardíaca ou carência
de carnes em decorrência de dietas, principalmente vegetarianas.
Já os valores elevados do clearance de creatinina geralmente
acontecem em grávidas, após a prática de alguma atividade de
física ou mesmo depois de consumir grandes quantidades de carne.
INDICAÇÃO SUBSTITUTIVA DE TERAPIA RENAL

•Pacientes oligúricos ou anúricos,


Hipercalemia(valores plasmáticos superiores a 6,5
mEq/L);
•Acidemias graves (pH menor que 7,1);
•Azotemia (ureia superior a 150 mg/dl);
•Hipervolemia (congestão pulmonar, edemaagudo
de pulmao),
pericardite e neutropenia.
•Encefalopatia,urêmicaDisnatremias graves (sodio
maior que 160 mEq/L)
FÍSTULA ARTERIOVENOSA (FAV) Locais:

•No punho (radiocefálica) ;


•No cotovelo (braquiocefálica) primeira fistula;
•Uma transposição de fístula na veia braquial basilica;
•Tempo de maturaçào é entre 45 e 120 dias. A parede do vaso
deve ficar espessa para que haja hemostasia adequada
CUIDADOS Com FÍSTULA
ARTERIOVENOSA (FAV):

•Realizar exercícios com a mão para


aumentar tamanho desses vasos
(espremendo uma bola de borracha para
fistulas realizadas no antebraço);
•Evitar a punção venosa e as medições da
pressào arterial no braço com o dispositivo
de acesso;
•Sinais e sintomas de problemas do
acesso (fistula ou enxerto coagulados,
infecção);
•Atentar para o frêmito da FAV.
•CATETER DE SHILLEY
Pode ser implantado Subclávia, Jugular e
Femoral (última escolha).
Devendo ser utilizados para diálise aguda e por um período
limitado. Cateteres femoral devem ser utilizado por pacientes
acamados, e como última escolha.
Cateteres de longa permanência devem ser usadas em
conjunção com um plano de acesso permanente. A escolha do
cateter deve ser baseada na experiência local, metas de
utilização e custo. Cateteres de longa permanência não devem
ser colocados se possível do mesmo lado do acesso
arteriovenoso local, Vantagens e Desvantagens, Imobilidade do
paciente; alto risco de infecção; alta recirculação menos que seja
usado um cateter de >18cm de comprimento Inserção fácil; baixo
risco na inserção, conforto para o paciente; uso prolongado; e
menor taxa infecção.
METODOS DIALÍTICOS

Hemodiálise intermitente: terapia difusiva, onde solutos e


água são transportados através de uma membrana de
baixo fluxo e de baixa permeabilidade hidráulica (celulose
ou sintética) para o dialisato, em sistema de contra-
corrente. Utiliza-se nesta técnica altos fluxos de sangue e
de dialisato, 300-400ml/min e 500-800 ml/min,
respectivamente,duração de 4 a 6 horas/sessão. com
Depuração de uréia: 150-200 ml/min.

Hemodiálise estendida (HDE): A duração da HDE é de 6


a 12 horas. utilizando-se um fluxo de sangue igual ou
menor que 200ml/min e de dialisado de 300 ml/min.
Hemodiálise contínua (HDVVC): Utiliza-se nesta técnica baixos
fluxos de sangue e de dialisato 100- 150 ml/min e 1 litro/hora
respectivamente, com duração de 24 horas por dia. Depuração
de uréia: 17-21 ml/min Utilizadas em pacientes instáveis
hemodinamicamente.

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