GOTOSA ALUNOS: VANESSA NEULS, KARINA NEULS E ANTÔNIO CARLOS.
DISCIPLINA: BIOQUÍMICA CLÍNICA
PROFESSORA: ANGELINA BASSO
SUMÁRIO • 1 – INTRODUÇÃO • 2 – DESENVOLVIMENTO • 2.1 – FISIOPATOLOGIA • 2.2 – EXAMES DE ANÁLISES CLÍNICAS • 2.3 – DETALHES SOBRE OS EXAMES • 3 – CONCLUSÃO • 4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INTRODUÇÃO • A gota é uma doença antiga, e pode ser definida como um tipo de artrite inflamatória causada pela deposição de cristais de monourato de sódio tendo em vista o aumento dos níveis de ácido úrico nas articulações, nos tecidos periarticulares, no tecido subcutâneo e nos rins. • A doença predomina entre os cidadãos 40-60 anos e em negros. • É possivelmente associada à hipertensão. • Existe uma tendência hereditária nos casos de gota. • Os valores de ácido úrico são relacionados com o risco de desenvolver gota. Em pacientes com concentração de ácido úrico maior que 9mg/dl, o risco é de cerca de 4,9%. FISIOPATOLOGIA • Cerca de 90% dos casos de gotas se devem à hiperuricemia decorrente da hipoexcreção renal do ácido úrico, associados a um defeito tubular e os 10% restantes são devidos ao aumento da síntese de ácido úrico (defeitos enzimáticos, alto turnover, e dieta rica em purinas). • O excesso de cristais no sangue e no líquido sinovial ultrapassam o limiar de solubilidade e precipita, sendo fagocitado. A partir disso, inicia-se uma cadeia de eventos inflamatórios dentro da articulação que é sua expressão máxima (artrite gotosa). • A hiperuricemia é uma condição necessária para o desenvolvimento da artrite gotosa, mas a maioria dos pacientes hiperuricêmicos nunca desenvolve gota. FISIOPATOLOGIA • A concentração do ácido úrico é dependente do equílibrio entre a produção e excreção de uratos, quando esta concentração aumenta pode ocorrer deposição dos cristais de monourato de sódio, resultando do aumento da saturação de ácido úrico nos líquidos orgânicos, em média é necessário excretar 700 mg ao dia de ácido úrico em 24 horas para poder manter a concentração do ácido úrico em níveis que impliquem em risco de levar a deposição. • O processo continua com a fagocitose dos cristais de monourato pelos neutrófilos, levando a um aumento celular e a produção de líquido na articulação, iniciando um processo que tem envolvimento de citocinas (IL-1, Il-6 e Il-8), além do fator de necrose tumoral entre outras citocinas. • A resposta neutrofílica leva a um aumento de enzimas lisossômicas e radicais superóxidos e quimiocinas que mantém o quadro inflamatório. FISIOPATOLOGIA • Hiperuricemia assintomática: caracteriza-se por níveis elevados de ácido úrico sérico (> 7 mg/dL). Indivíduos hiperuricêmicos têm maior chance de desenvolver gota que normouricêmicos, porém a maioria permanece assintomática, não necessitando nenhuma medida terapêutica. • Artrite gotosa aguda: a descrição clássica da gota é a crise de artrite noturna monoarticular da primeira metatarso- falangeana (podagra) extremamente dolorosa com duração de 5-7 dias, mas com maior intensidade da dor nas primeiras 12 horas, presença de calor, edema e eritema na articulação são frequentes, por vezes, a hiperemia articular pode ser confundida com quadro de celulite, sintomas sistêmicos como febre, calafrios e mal-estar são descritos em alguns pacientes. Cerca de 80% dos casos tem envolvimento monoarticular e em membros inferiores. EXAMES DE ANÁLISES CLÍNICAS • Dosagem de ácido úrico no soro: índices que variam de acordo com o sexo, sendo considerado normal nas mulheres até 6,5 mg/dL e até 7 mg/dL nos homens. • Dosagem de uréia no sangue: índices considerados normais para ambos os sexos são de 10 à 50 mg/dL. • Dosagem de creatinina no sangue: índices considerados normais nas mulheres de 0,6 à 1,1 mg/dL e nos homens de 0,7 à 1,3 mg/dL. • Hemograma completo: que pode apresentar leucocitose (inflamação). DETALHES SOBRE OS EXAMES • Dosagem de ácido úrico no soro: Teste enzimático fotométrico usando TBHBA (ácido 2,4,6-tribromo-3 hidróxibenzóico). O ácido úrico é oxidado a alantoína pela uricase. O peróxido de hidrogênio gerado reage com 4-aminoantipirina e TBHBA, dando origem ao indicador colorimétrico quinonimina. • Dosagem de uréia no sangue: Reação de Berthelot. Em meio alcalino, na presença de salicilato, nitroprussiato de sódio e hipoclorito, os íons amônio reagem dando origem a um composto cromógeno azul esverdeado. A intensidade da cor formada é diretamente proporcional à concentração da uréia na amostra analisada. DETALHES SOBRE OS EXAMES • Dosagem de creatinina no sangue: É realizada pela colorimetria. Ocorre a verificação da coloração da reação por meio do espectofotômetro, que compara a intensidade de cor com uma cor estabelecida, a qual o aparelho é zerado, chamada de “branco”. • Hemograma completo: Contagem de leucócitos na amostra analisada, apontando infecção. CONCLUSÃO • A artrite gotosa é uma doença crônica, que causa no paciente portador, restrições. Sendo assim, cabe ressaltar que a gota não é uma doença letal e que o maior obstáculo está em evitar as reincidivas das crises agudas, já que não há cura para a doença, mas amenização dos sinais e sintomas através dos meios profiláticos e de um diagnóstico antecipado e preciso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ABRANS, B.; BERKOW, R. Manual Merck de geriatria. São Paulo: Rocca, 1995. • AZEVEDO VF, et al. Revisão crítica do tratamento medicamentoso da gota no Brasil. Revista Brasileira de Reumatologia, 2017. • PINHEIRO, G. R. C. Revendo a Orientação Dietética na Gota. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 48, 2008.