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Insuficiência renal

- Insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade de seus rins filtrarem


resíduos, sais e líquidos do sangue.
- a insuficiência é comum em pacientes que já estão no hospital com alguma outra
condição.

Fisiopatologia

- Diversos distúrbios pré-renais, intrarrenais e pós-renais podem levar à diminuição


rápida da função dos rins.

- A obstrução do trato urinário, por exemplo, por cálculos urinários.

- Após hemólise e destruição de células musculares (miólise), a hemoglobina ou a


mioglobina, respectivamente, são filtradas por meio dos glomérulos e precipitadas
no lúmen tubular ácido, em especial porque sua concentração tubular é
aumentada pela absorção de liq ́ uido. A obstrução resultante prejudica a formação
de urina.

- as precipitações intrarrenais de ácido úrico e oxalato de cálcio podem obstruir os


túbulos.

- A função renal também pode cessar como resultado de doenças rapidamente


progressivas (p.ex., glomerulonefrite), ou lesão tóxica do rim (intrarrenal)

- Constrição das arterió las aferentes: – A deficiência de energia inibe a Na+/K+-


ATPa- se; o aumento resultante na concentração intracelular de Na+ também
causa, por meio do trocador 3Na+/Ca2+, aumento na concen- tração intracelular
de Ca2+ (→ p. 12, 114) e, desse modo, vasoconstrição. – A isquemia promove a
liberação de renina, tanto primariamente como mediante um aumento no
fornecimento de NaCl à mácula densa (reabsorção reduzida de Na+ nos tú- bulos
ascendentes) e, portanto, a formação intrarrenal de angiotensina II, que tem uma
ação vasoconstritora.

- Obstrução do filtro glomerular por fibrina e eritrócitos agregados.

􏰁 Vazamento de liq
́ uido filtrado dos túbulos lesados.

􏰁 Obstrução do lúmen tubular por células tubulares descamadas, por cristais, ou


devido ao edema das células tubulares.

􏰁 Estase intravascular por trombose ou adesão de eritrócitos suicidas na camada


vascular (“lodo”).

A trombose e a morte dos eritrócitos são promovidas por lesão às células
endoteliais e subsequente diminuição de formação de ON.
As células sanguin
́ eas não podem ser varridas da rede entre a medula e o córtex
renais, mesmo se a pressão de perfusão se elevar. Em humanos, a formação
aumentada de endotelina vasoconstritora provavelmente possui um papel pouco
importante.

Nos primeiros três dias de insuficiência renal aguda, nenhuma urina (anúria)
ou apenas um pequeno volume de urina pouco concentrada (oligúria) é excretada
como regra (fase oligúrica: → A2).

A recuperação após a fase oligúrica levará a uma fase poliúrica,


caracterizada por aumento gradual da TFG, enquanto a função de reabsorção do
epitélio do néfron ainda está prejudicada (rins perdedores de sal: → A3).

Se os túbulos renais são lesados (p. ex., por metais pesados), ocorre
insuficiência renal poliúrica como res- posta primária, isto é, grandes volumes de
urina são excretados apesar de uma diminuição acen- tuada da TFG.

O perigo da insuficiência renal aguda está na incapacidade dos rins de


regular o balanço hídrico e de eletrólitos.

A principal ameaça na fase oligúrica é a hiper-hidratação (principalmente


com infusão de grandes volumes de liq ́ uido) e hipercalemia (sobretudo com
liberação simultânea de K+ intracelular, como em queimaduras, contusões,
hemólise, etc.). Na fase poliúrica, a perda de Na+, água, HCO –, e, em especial,
de K+ pode ser tão grande a ponto de provocar risco de morte.

- Entre os exames que fazem o diagnóstico de insuficiência renal aguda estão:

 Medições da produção de urina


 Exames de urina
 Exames de sangue
 Exames de imagem, como ultrassom e tomografia computadorizada
 Remoção de uma amostra de tecido de rim para o teste (biópsia).

Sinais e sintomas de insuficiência renal aguda podem incluir:

 Diminuição da produção de urina, embora, ocasionalmente, a urina


permaneça normal
 Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés
 Sonolência
 Falta de fome
 Falta de ar
 Fadiga
 Confusão
 Náusea e vômitos
 Convulsões ou coma, em casos graves
 Dor ou pressão no peito.
insuficiência renal crônica
Doença renal crônica (DRC) é a deterioração da função renal de longa duração
e progressiva.
Os sintomas desenvolvem-se lentamente e nos estágios avançados incluem
anorexia, náuseas, vômitos, estomatites, disgeusia, noctúria, esgotamento,
fadiga, prurido, diminuição da acuidade mental, contrações musculares e
cãibras, retenção hídrica, desnutrição, neuropatia periférica e convulsões.
O diagnóstico baseia-se nos exames de laboratório de função renal e, às vezes,
em biópsia renal.
O tratamento é primariamente direcionado para a doença subjacente, mas inclui
manejo de líquidos e eletrólitos, controle da pressão arterial, tratamento da
anemia e vários tipos de diálise e transplante renal.

As causas mais comuns em os EUA em ordem de prevalência são


- Nefropatia diabética

- Nefroesclerose hipertensiva

- Várias glomerulopatias primárias e secundárias


- Síndrome metabólica, em que estão presentes hipertensão e diabetes tipo 2, é
uma causa significativa e crescente de lesão renal.

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