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Anatomia do esôfago
Função:
Transportar a saliva, líquidos e sólidos até o estômago. Através da ação de fibras esqueléticas e
lisas, o esôfago é capaz de criar ondas de peristalse, que empurram ativamente o conteúdo ao
longo do sistema digestório.
Esfincterers do esôfago:
Esfíncter Esofágico Superior (ou Músculo Cricofaríngeo): Este esfíncter está localizado na
junção faringoesofágica, próxima à cartilagem cricoide. Ele é uma parte do constritor da
faringe, e sua função principal é regular o fluxo de alimentos da faringe para o esôfago.
Durante a deglutição, o músculo cricofaríngeo relaxa temporariamente, permitindo que o bolo
alimentar passe da faringe para o esôfago. Após a passagem do bolo, ele se contrai novamente
para evitar o refluxo de alimentos ou líquidos de volta para a faringe.
Esfíncter Esofágico Inferior (ou Cárdia): Este esfíncter está localizado na junção
gastroesofágica, onde o esôfago encontra o estômago. Sua função principal é regular o fluxo
de alimentos do esôfago para o estômago. Durante a deglutição, o cárdia relaxa
temporariamente para permitir a passagem do bolo alimentar para o estômago. Após a
passagem do alimento, ele se contrai novamente para evitar o refluxo de ácido gástrico ou
partículas de alimentos do estômago para o esôfago.
Esses esfíncteres atuam como válvulas para garantir que os alimentos e líquidos se movam na
direção correta ao longo do sistema digestório. Eles permanecem fechados na maioria do
tempo para evitar o refluxo, mas relaxam de forma coordenada e temporária durante a
deglutição para permitir a passagem do bolo alimentar. Esse mecanismo reflexo é crucial para
garantir uma digestão eficaz e prevenir complicações como o refluxo gastroesofágico.
Vascularização:
Artérias Esofágicas:
1. Parte Cervical: O suprimento arterial para a parte cervical do esôfago é fornecido pelas
artérias esofágicas que se originam da artéria tireoide inferior. Essa artéria é um ramo
do tronco tireocervical, que por sua vez é uma ramificação da artéria subclávia. Essas
artérias garantem o fornecimento de sangue oxigenado para a porção cervical do
esôfago.
1. Parte Cervical: As veias que drenam a parte cervical do esôfago são chamadas de veias
esofágicas e drenam para as veias tireoideas inferiores. Essas veias são responsáveis
por transportar sangue desoxigenado de volta ao sistema venoso.
2. Parte Torácica: Na parte torácica, as veias esofágicas drenam para os sistemas venosos
ázigos e hemiázigos, além das veias intercostais e brônquicas. Essas veias são
responsáveis por drenar o sangue desoxigenado da porção torácica do esôfago.
3. Parte Abdominal: As veias da parte abdominal do esôfago se abrem nas veias gástricas
esquerdas e curtas. Essas veias são responsáveis por drenar o sangue desoxigenado da
porção abdominal do esôfago.
Inervação esofágica
1. Parte Cervical:
2. Parte Torácica:
• Plexo Esofágico: Esta região é inervada pelo plexo esofágico, uma rede
nervosa autônoma que envolve o esôfago.
3. Parte Abdominal:
1. Mucosa:
2. Submucosa:
3. Muscularis Externa:
4. Adventícia:
• Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI): em seu funcionamento normal, é uma zona de alta
pressão que evita o refluxo do conteúdo gástrico
Sistema anti-refluxo
Fisiopatologia
Ocorre quando mecanismos da ZAP são incompetentes e/ou quando a pressão esofágica for
menor que a intra-gástrica
2. EEI hipotônico por esclerodermia (doença autoimune de pele que causa enrijecimento
dos tecidos)
3. Ruptura do EEI
4. Hérnia hiatal
Diagnóstico
• Exames complementares
o Endoscopia Digestiva Alta (EDA) + Bx esofágica
▪ Indicação: sintomas de alarme ou sintomas atípicos
▪ Classificação Endoscópica: de acordo com a extensão das lesões (para
esofagite erosiva)
2. Savary-Miller
❗ Ausência de alterações não exclui o diagnóstico de DRGE (50-70% tem EDA normal),
geralmente o diagnóstico só é feito quando há esofagite de refluxo
o pHmetria de 24 horas (padrão-ouro ): usado para caracterizar o refluxo
▪ Indicação: EDA normal ou duvidosa, refratários ao tratamento com IBP
ou antes de cirurgias
Positivo quando De Meester >14,7 (Tempo de Exposição Ácida ≥7% OU 4-6% com >80
episódios de refluxo)
Não é capaz de identificar refluxos não-ácidos (período pós-prandial ou uso de drogas
antissecretoras) → solicitar impedâncio-pHmetria prolongada (capaz de identificar a altura que
o RGE atinge)
Tratamento
Tratamento conservador
• Teste terapêutico: indicados em pacientes com sintomas <4 semanas ou <40 anos
o Medicações: IBP (omeprazol, pantoprazol, etc.) por 4-8 semanas ± pró-
cinético (se gastroparesia ou dispepsia associada)
Tratamento cirúrgico
• Complicações
o Intra-operatórias
1. Pneumotórax (de CO2, não de AA, absorve sozinho)
2. Sangramentos (vasos cárdicos, A. Hepática variante e ramos da A.
Gástrica Esquerda)
o Pós-operatórias
1. Disfagia pós-Nissen (cirurgia inadequada, em pacientes com
hipomotilidade ou Dx de acalásia)
2. Pseudoacalasia (válvula muito apertada, hiato muito apertado ou
estômago em ampulheta → disfagia pós-operatória)
3. Sd. da bolha gasosa (plenitude e saciedade precoce, por gastroparesia)
4. Hérnia aguda (dor torácica pós-vômitos ou pós-Valsalva)
📋 ESÔFAGO DE BARRETT
• Fatores de risco: DRGE crônico (>5 anos), sexo masculino, >50 anos, tabagismo,
obesidade e caucasianos
• Bloqueadores de Cálcio:
Medicamentos como o nifedipino podem ser prescritos para relaxar o esfíncter
esofágico inferior (EEI) e ajudar a aliviar a dificuldade em engolir associada à acalásia.
• Nitratos:
Os nitratos, como o nitroglicerina, também podem ser usados para relaxar o EEI e
aliviar os sintomas de disfagia e dor no peito.
• Bloqueadores H2:
Medicamentos como a ranitidina ou a famotidina podem ser usados para reduzir a
produção de ácido no estômago e aliviar os sintomas de refluxo gastroesofágico
associados à acalásia.
• Procinéticos:
Medicamentos como a metoclopramida podem ser prescritos para estimular a
motilidade do esôfago e ajudar na passagem de alimentos e líquidos pelo trato
gastrointestinal.