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KELLY PACHECO

“Avaliação laboratorial na doença


hepática do cão e do gato”
FÍGADO

■ Múltiplas funções
■ Lóbulos idênticos
■Sinais Clínicos = Quando (muito) mais de 75 % do
órgão estiver comprometido
Estrutura e Função
• É um grande órgão, subdividido em lobos
distintos e situados na porção anterior
direita da cavidade abdominal, em estreita
associação ao diafragma e estômago

• A localização anatômica e a subdivisão


macroscópica em lobos, difere entre as
espécies animais
Hepatócito: Unidade funcional
FUNÇÕES BÁSICAS

 Segundo Guyton (1997)


 o fígado tem funções básicas:
 Funções vasculares para armazenamento e filtração do sangue,
 Funções metabólicas relacionadas à maioria dos sistemas do
organismo,
 Funções secretoras e excretoras, responsáveis pela formação da
bile.
O fígado possui múltiplas funções
para atender ao metabolismo geral.
Principais Causas - Cães

✓ Hepatite infecciosa canina


✓ Hepatite por Leptospira
✓Infecções ocasionais por Toxoplasma,
Neospora caninum e Salmonella
✓ Anormalidades vasculares do sistema porta
✓ Hepatite ativa crônica idiopática
✓ Hepatite lobular dissecante
Distúrbios da função hepática

Mais comuns em doenças difusas


Menos comuns em doenças focais
Exames

• Lesão
– Enzimas

• Vazamento
• Função
– Provas de função
Avaliação da função hepática
A avaliação da função do fígado é feita através da mensuração de
metabolitos hepáticos séricos de forma direta ou indireta, que são
normalmente produzidos e ou excretados pelo órgão.

FIGADO
Distúrbios da função hepática
• Efeitos

– Por formação de
toxinas

– Por compressão
FALHAS NA FUNÇÃO HEPÁTICA
encontrada livre no plasma dos hepatócitos no
rompimento celular é liberada na corrente
circulatória
LESÃO
MASSA MUSCULAR
ML MEE, RINS E
3X
ERITRÓCITOS

rompimento celular ALT hipóxia, acúmulo de lipídeos


hepático hepáticos, doenças bacterianas e
virais, inflamações, neoplasias
hepáticas, endo e exotoxinas,
medicamentos podem induzir a lesão
hetato-celular e a liberação ALT para a
corrente circulatória dos cães e gatos.
predominantemente no citosol e em menor quantidade
nas mitocôndrias dos hepatócitos, e nas células MEE
MLC de todas as espécies domesticas.

enzima de fase aguda, que nos cães tem uma meia-


vida estimada de 4-12 horas, nos gatos de até 77
minutos e nos equinos e ruminantes pode permear por
rompimento celular até 7 a 8 dias.
AST
hepático
hipóxia, acumulo de lipídeos hepáticos, doenças bacterianas
e virais, inflamações, neoplasias hepáticas, endo e
exotoxinas e intoxicações medicamentosas.
CK Seus níveis também podem estar elevados em exercício
intenso e em deficiência de vitamina E e selênio,

Em equinos e ruminantes é a enzima de


utilização mais corriqueira na clínica de grandes
animais para a detecção de lesões hepáticas
Enzimas que detectam colestase

encontrada nas membranas e no citosol de


células, especialmente no epitélio dos ductos
biliares e túbulos renais

pode estar elevada em lesão hepática aguda


GGT (y-glutamil
transferase) Encontrada na maioria dos tecidos corporais, dentre eles, o
pâncreas, rins, também pode estar em presente na
glândula mamaria de cadelas, ovelhas e vacas, com maior
concentração dos túbulos biliares

obstrução dos ductos biliares : cães pode elevar em


até 14 dias 50 vezes e para gatos até 16 vezes o valor
de referência; sendo que em gatos esta enzima pode
se apresentar mais especifica que sensível
Enzimas que detectam colestase

FA na membrana celular de vários tecidos.


Os órgãos como fígado, rins, intestinos,
pâncreas, ossos, e a placenta, tem maiores
concentrações de FA nas membranas celulares;
FA (fosfatase
alcalina) Cães com doenças colestásicas podem aumentar em até 10
vezes os valores de referência de FA, o comprometimento
do fluxo biliar também pode induz ao aumento desta isoforma,
que nestes animais pode permanecer aumentado por até 3
dias, mas apenas de 6 a 7 horas em gatos.
Equinos e ruminantes tem valores de referência mais
amplos, o que dificulta a interpretação nos resultados nestas
espécies;
Doenças como lipidose hepática e inflamação do
parênquima também levam a obstrução de pequenos
canalículos biliares e a liberação de FA de forma indireta.
Falha Hepática
✓ Superação da reserva funcional

✓Diferença entre:

✓falha hepáti ca total

 seleti va (algumas funções podem falhar enquanto outras


permanecem íntegras)

1. Falha de excreção - citoesqueleto (colestase e icterícia)

2. Falha na detoxifi cação (encefalopati a)

 Falha na síntese
Doença hepática aguda
CAUSAS INFECCIOSAS Outras causas: EXTERNAS
Toxinas
1. Hepatite infecciosa canina
–Aflatoxina
PIF; Drogas
2. Leptospirosa – Acetaminofen
3. Platynosomum fastosum – Benzodiazepinicos orais (gato)
– Mitotane
4. Salmonelose
– Sulfas
5. Toxoplasmose – ...
Isquemia
Lipidose
Sinais de doença hepática
difusa
■ Edema
■ Emaciação
■ Desarranjo na função intestinal
■ Prurido ?
■ Diátese hemorrágica
■ Dor abdominal
■ Anorexia tremores musculares, enfraquecimento,
hiperescitabilidade, convulsões
Encefalopatia hepática

Anorexia, tremores musculares,


enfraquecimento, hiperescitabilidade,
Convulsões

Amônia; acetil colina; radicais livres.


PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA

• O fígado está funcionando ou não?


Exames

■ Proteínas
totais
■ Albumina
Proteínas Séricas

Globulinas

Albumina

Normal
Proteínas

Globulinas

Albumina

Reduzidas com globulinas


normais
Proteínas

Globulinas

Albumina

Reduzidas com globulinas


elevadas
Proteínas
• Albumina
• FUNÇÃO: manter constante os níveis de líquido nos vasos sanguíneos. Sendo assim, a albumina
é uma proteína solúvel em água ou em soluções salinas concentradas

• Redução:
• Hepatopatias
• Cirrose
• Inanição
• IRC
• Enteropatias
Proteínas

• Albumina
• FUNÇÃO: manter constante os níveis de líquido nos vasos sanguíneos. Sendo assim, a
albumina é uma proteína solúvel em água ou em soluções salinas concentradas

• ELEVAÇÃO:
• hemoconcentração
Exames

■ Proteínas totais
■ Albumina
■ Pigmentos biliares
■ Uréia
■ Ácidos biliares
■ Testes de
coagulação
Testes de coagulação
Testes de coagulação
Testes de coagulação

• Plaquetometria
• PT e PTT
• Fibrinogênio
• Tempo de sangramento
Exames

■ Proteínas totais
■ Albumina
■ Pigmentos biliares

X
Icterícia
A icterícia pode estar ausente
Em alguns animais hepatopatas .
Icterícia

• Icterícia pré hepática (anemia hemolítica)

• Icterícia hepática

• Icterícia pós hepática (colestase)


Icterícia pós hepática:
Colestase
• Obstrução por :
– Nematódeos/ Trematódeos
– Inflamação de ductos
– Colangite ascendente por enterite
– Obstruções intra canaliculares
– Hepatite em fase de fibrosamento
Anemia Hemolítica
Cão Gato
Autoimune oMycoplasma hemotrópicos
s
Babesia/Rangelia

Mycoplasmas hemotropicos oCitauxzoon


oToxinas: azul de metileno
Transfusão
e acetaminofen
Agentes químicos
oDoença Imune mediada
Drogas oFeLV

Hemangiosarcoma

Lupus eritematoso sistêmico


Anemia
Hemolítica
SMF
Hemocateres
e Fígado
Bilirrubina
Bilirrubina
+ Ácido
glucurônico
Bilirrubina
Albumin Rin
a s
Doença hepática (aguda)

CAUSAS INFECCIOSAS Outras causas


• Hepatite infecciosa canina • Toxinas
• PIF – Aflatoxina
• Drogas
• Leptospirosa
– Acetaminofen
• Platynosomum fastosum – Benzodiazepinicos orais (gato)
• Salmonelose – Mitotane
• Toxoplasmose – Sulfas
– ...
• Isquemia
• Lipidose
• Neoplasia
Causas Hepáticas de icterícia
Cão Gato
Colangiohepatite Colangiohepatite

Doença hepática crônica Lipidose hepática

Cirrose Tumor

PIF
Tumor

Toxinas ( anticonvulsivantes,
Toxinas
antihelminticos e anestésicos) ( acetaminofen)

Leptospirose

Cirros
e
Exames

■ Proteínas totais
■ Albumina
■ Pigmentos
■ Uréia
■ Ácidos
biliares
Ácidos biliares
Pré prandial e pós prandial

Elevação

Cão !

Gato ?
Exames

Como interpretar?
Espécie, idade Histórico: Clínica:

Hemograma: Química Clínica


• ALT
Eritrograma
• AST
Leucograma
• GGT
Plaquetas
• ALP
Tempo de sangramento • Proteínas Totais
Testes de coagulação • Albumina
Urinálise • *Bilirrubinas ?
• Glicose ?
• Uréia
• Amônia
• Acidos
DIAGNÓSTICO: PERFIL BIOQUÍMICO
Doenças Hepáticas Desordens no Metabolismo Pancreatite
ALT Lipídico
Hemograma
AST
Colesterol
GGT PPT/Album
FAL Triglicérides
HDL Colesterol cPL
PPT + Albumina Glicose
fPL
Coagulação
Doenças Renais
Calcio
Glicose
Uréia
Bilirrubinas (gato) Creatinina Ultras
Hemoglobina son
Amônia D
i D
Ácidos biliares a
b i
Densidade Urinária e Calcio
Urinálise Triglicérides
t s
Na+ e Fosforo
Rab HDL Colesterol t
s Magnésio
domi Relação
K+ Pu/C p
Frutosamina
ólise G u
Creatinina
CK
Ca/P
l r
RESUMO
 1. Mensure enzimas que detectam lesão em hepatócitos
1.1 Testes para detecção de lesão em hepatócitos:
Enzimas que estão em maior concentração em hepatócitos (e células musculares também) e são liberados quando existe lesão
– ALT
– AST
– Sorbitol Desidrogenase e Glutamato Desidrogenase (não usados comumente)

2. Mensure enzimas que detectam colestase:


2.1 Testes para detecção de colestase:
A colestase é o comprometimento do fluxo biliar
– FA
– GGT

3. Testes de Avaliação da Função Hepática:


3.1 Testes de avaliação da função hepática:
Avaliação de substâncias que são normalmente removidas, metabolizadas ou excretadas pelo fígado pelo sistema biliar
– Bilirrubinas
– Ácidos Biliares
– Amônia
– Colesterol

Ou substâncias que são sintetizadas pelo fígado:
– Albumina
– Globulina
– Uréia
– Colesterol
– Fatores de Coagulação

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