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DEFINIÇÃO DE FOGO

FOGO INCÊNDIO

DESEJADO INDESEJADO
UTILIZADO DESTRUIDOR
SOB CONTROLE FORA DE CONTROLE

DEFINIÇÃO DE FOGO

 Definição de Fogo: - Produto de uma reação química,


denominada combustão, que produz luz e calor ou só
calor.

 Elementos do fogo:
 Combustível
 Oxigênio (Comburente)
 Calor

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DEFINIÇÃO DE FOGO
 Combustível: Material ou substância que possui a
propriedade de queimar. Apresentam-se em três estados:
Sólido
Liquido
Gasoso

Comburente: É Oxigênio em proporções adequadas (±


8%).

 Calor: Elemento que proporciona a reação entre o


combustível e o comburente. Há casos em ocorrem combustão
espontânea.

TRIÂNGULO DO FOGO

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PONTOS DE TEMPERATURA
 Ponto de Fulgor - É a temperatura mínima, na qual um corpo começa a
desprender vapores que se inflamam em contato com uma chama.
Afastada a chama, o fogo se apaga devido à insuficiência na quantidade
de vapores.

PONTOS DE TEMPERATURA
 Ponto de Combustão ou inflamação - É a temperatura mínima, na qual os
vapores do combustível se formam com rapidez e em quantidade suficiente
para sustentar a queima, bastando para isso que entre em contato com
uma fonte de ignição.

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PONTOS DE TEMPERATURA
 Ponto ou temperatura de Ignição - É a temperatura mínima, na qual os
gases ou vapores desprendidos de um corpo combustível entram em
combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, portanto
independente de contato com uma fonte de ignição.

CLASSES DE INCÊNDIO

 Classe „‟A” : Fogo em material combustível sólido.


 Exemplo: Papel, Madeira, Tecidos, Fibras, etc.

 Classe „‟B” : Fogo em gases, líquidos e


pastas inflamáveis.
Exemplo: Óleos, Gasolina, GLP,
Thinner, Álcool, Cera, etc.

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CLASSES DE INCÊNDIO

 Classe “C” : Fogo em equipamentos


elétricos (ligados)
 Exemplo: Computador, Motores, Painéis, etc.

 Classe “D” : Fogo em metais pirofóricos.


Exemplo: Magnésio, Potássio, Alumínio em pó, etc.

TRANSMISSÃO DO CALOR
- CONDUÇÃO
É a transferência de calor de um corpo para outro
molécula por molécula, pelo contato direto ou mediante um
meio intermediário sólido.

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TRANSMISSÃO DO CALOR
- IRRADIAÇÃO
É a transferência de calor, de um corpo para outro,
mediante os raios térmicos. Desta maneira é que recebemos a luz
do sol.

TRANSMISSÃO DO CALOR
- CONVECÇÃO
É a transferência de calor de um corpo para outro ,
através da massa de ar aquecida.

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PRINCIPAIS CAUSAS DO INCÊNDIO
DISPLICÊNCIA NA VELAS E VAZAMENTO
COZINHA LAMPARINAS G.L.P

DESCUIDO COM
FÓFOROS

PRINCIPAIS CAUSAS DO INCÊNDIO


INSTALAÇÕES
PONTAS DE
INADEQUADAS
CIGARROS

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MÉTODOS DE EXTINÇÃO

MÉTODOS DE EXTINÇÃO

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MÉTODOS DE EXTINÇÃO

AGENTES EXTINTORES
Água: Ação de Extinção é o resfriamento, podendo ser empregada tanto no
estado líquido como no gasoso.
 Estado líquido - JATO COMPACTO E CHUVEIRO (Resfriamento),
NEBLINA (Resfriamento e Abafamento (forma de vapor)).

Espuma: Ação de extinção é de abafamento e, secundariamente, de


resfriamento; por utilizar água na sua formação, conduz corrente elétrica.
ESPUMA QUÍMICA – Reação Química entre Sulfato de Alumínio e Bicarbonato
com estabilizador de espuma.

Por um processo de batimento de uma mistura de água com um agente


espumante e a aspiração simultânea de ar atmosférico em esguicho próprio,
temos também a formação de ESPUMA MECÂNICA, que pode ser de baixa,
média e alta expansão.

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AGENTES EXTINTORES

Gases Inertes: tais como o anidrido carbônico ou gás carbônico, o


nitrogênio e os hidrocarboneto halogenados, não conduzem corrente
elétrica, e extinguem o fogo por abafamento ou rompimento de
cadeia iônica.

Pós químicos: tais como o bicarbonato de sódio, o sulfato de


alumínio, a grafite, há pós especiais, próprios para fogo em
magnésio, sódio e potássio. Esse pós químico geralmente atuam por
abafamento e rompimento da cadeia iônica e não são condutores de
eletricidade.

AGENTES EXTINTORES

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AGENTES EXTINTORES

AGENTES EXTINTORES

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ÁGUA PRESSURIZADA
Fogo em material combustível
sólido.
Exemplo: Papel,
Madeira, Tecidos,
Fibras, Plásticos, etc.

Capacidade 10 L

Alcance médio do Jato 10 M

Tempo de Descarga 60 s

Funcionamento: A Pressão do Gás


propelente expele a Água quando o
Gatilho é acionado.

ESPUMA MECÂNICA

Capacidade 10 L

Alcance médio do Jato 5M

Tempo de Descarga 60 s

Funcionamento: Abre-se a válvula do


Gás, propelente expele a Água
quando a válvula é aberta.

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CO2 – DIÓXIDO DE CARBONO
Fogo em gases, líquidos e
pastas inflamáveis.

Exemplo: Óleos,
Gasolina, GLP, Álcool,
Cola, etc.

Capacidade 2 ; 4 ou 6 Kg

Alcance médio do Jato 2,5 M

Tempo de Descarga 25 s

Funcionamento: Gás armazenado sob pressão,


liberado ao acionar o gatilho.

PÓ QUÍMICO SECO - PQS


Fogo em
equipamentos
elétricos
(ligados)

1; 2 ; 4 ; 6
Capacidade
8 ou12 Kg

Alcance médio do Jato 5M

15 s (4)
Tempo de Descarga
25 s (12)
Funcionamento: Gás armazenado sob
pressão, liberado ao acionar o
gatilho.

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EQUIPAMENTOS DE COMBATE
A INCÊNDIOS

SISTEMAS PREVENTIVOS FIXOS


Rede Preventiva

São dutos destinados a condução da


água exclusivamente
para o combate a incêndios.

Tal duto sairá do fundo do


reservatório
superior, abaixo do qual terá uma
válvula de retenção e de um registro,
atravessando verticalmente todos os
pavimentos da edificação,
com ramificações para todas as
caixas de incêndio e terminando no
hidrante de recalque.

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SISTEMAS PREVENTIVOS

 CAIXA DE INCÊNDIO

 REGISTRO

 MANGUEIRA

 ESGUICHO

BOMBAS DE INCÊNDIO

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLES)

 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS (PARA-RAIOS)

ESCADA ENCLAUSULADA A PROVA DE FUMAÇA

MANGUEIRAS

Tubos enroláveis de nylon revestidos,


internamente, de borracha, possuindo nas
extremidades juntas do tipo storz. Utilizado
como duto para fluxo de água
entre a unidade propulsora e o esguicho.

Diâmetro: 1 1/2" e 2 1/2".


Comprimento: 15m

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CMI – CASA DE MÁQUINA DE
INCÊNDIO

As bombas de incêndio devem


possuir ligações elétricas
independentes, e sua função é
fornecer a pressão necessária
para o jato de água. O
acionamento pode ser
automático ou manual.

ESGUICHOS

TRONCO CÔNICO

Utilizado quando a solicitação for jato


compacto. Não possui comando para variação de jato,
sendo o mais utilizado pelos Bombeiros.

ESGUICHO REGULÁVEL
Utilizado nas ações que exigem alternância
de tipos de jatos (Compacto/Neblina).
Podendo atuar em diversas classes de
incêndio.

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RTI – RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO

CHAVE DE MANGUEIRA

Serve para o acoplamento e desacoplamento das juntas de


união das mangueiras com o esguicho e de mangueira com
mangueira.

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

COMO USAR O EXTINTOR


 Procure um extintor apropriado para a CLASSE DO INCÊNDIO a ser combatido.
 Segure o extintor na posição na posição vertical.
 Rompa o lacre.
 Retire o pino de segurança.
 Observe a posição do vento e fique a favor dele. Isso evita que a fumaça e o
próprio extintor se torne um empecilho.
 A distância ideal para o combate gira em torno de um metro. É claro que às vezes
o ideal não é possível, então busque chegar mais o perto possível, dentro da
proporção mencionada.
 Dirija o jato para a base do fogo (parte baixa do fogo), deve-se fazer
movimentos como se estivesse varrendo o fogo.
 Em combustíveis líquidos o combate deve ser feito cobrindo o fogo, fazendo tipo
uma nuvem de agente extintor.
 Aperte o gatilho até o fim.
 Ao terminar o combate, verifique se realmente as chamas foram completamente
extintas. Esse cuidado é importante para evitar que fogo reinicie. Em alguns casos
revirar parte das cinzas será necessário.

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COMO USAR O EXTINTOR

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 11.901, DE 12 DE JANEIRO DE 2009.

Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras

providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:
o
Art. 1 O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo disposto nesta Lei.

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o
Art. 2 Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado
contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou
empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
o
§ 1 (VETADO)
o
§ 2 No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de
Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer
hipótese, à corporação militar.
o
Art. 3 (VETADO)
o
Art. 4 As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:
I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;
II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível
de ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;
III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e
combate a incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio.
o
Art. 5 A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas
de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais.
o
Art. 6 É assegurado ao Bombeiro Civil:
I - uniforme especial a expensas do empregador;
II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;
III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;
IV - o direito à reciclagem periódica.
o
Art. 7 (VETADO)
o
Art. 8 As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os
cursos técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições
desta Lei, ficarão sujeitos às seguintes penalidades:
I - advertência;
II - (VETADO)
III - proibição temporária de funcionamento;
IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.
o
Art. 9 As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil poderão
firmar convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito
Federal, para assistência técnica a seus profissionais.
Art. 10. (VETADO)
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

o o
Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188 da Independência e 121 da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Tarso Genro

Carlos Lupi

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João Bernardo de Azevedo Bringel

Salvamento Terrestre é toda atividade


realizada em terra com objetivo de salvar vidas humanas e animais, meio ambiente e
preservar patrimônios.

Operações de salvamento consistem basicamente em: remoção de pessoas, animais,


bens ou ainda na recuperação de corpos dos mais variados sinistros, com a finalidade de
preservar sua integridade física e psíquica, o que torna o serviço altamente especializado, o
qual exigindo dos socorristas preparo físico, técnico e psicológico em função dos diferentes
tipos de atividades e materiais nelas empregados.

Conjunto de equipamentos com acionamento eletromecânico ou hidráulico destinado a


realizar transporte vertical de passageiros, cargas ou para ambos concomitantemente entre
os pavimentos de uma edificação. Devido às diversas aplicações, os equipamentos possuem
os mais diversos itens de segurança e proteção aos usuários: reguladores de velocidade,
freios de segurança, limites de parada, botões de emergência etc.
As solicitações para o atendimento dessa
emergência, com vítimas, envolvem diversas causas e
circunstâncias, conforme os vários tipos que podem ser
classificados:

· Retiradas de pessoas do interior das cabinas;


· Acidentes com as vítimas presas entre a cabina e o
piso dos pavimentos;
· Vítima presa às ferragens ou ao contrapeso;
· Vítima no interior do fosso.

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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
 RETIRADA DE VÍTIMA PELO ALÇAPÃO
1- Utilizar o painel de controle na casa de máquina ou sobre a cabina que permitem a
parada da máquina bem como o nivelamento com o pavimento.
2- Abrir o alçapão e passar um profissional para o interior da cabina, equipado.
3- Retirar a, ou as vítimas com uso de cadeiras, escadas e/ou macas.

 RETIRADA DE VÍTIMA PELA PORTA DE EMERGÊNCIA LATERAL


1- O elevador ao lado deve ser alinhado lateralmente ao elevador do em pane e sua
porta lateral de emergência mantida aberta;
2- Abrir a porta lateral emergência do elevador sinistrado, colocar uma escada ou
preferencialmente uma prancha de madeira entre ambos;
3- Um profissional deverá obrigatoriamente passar para o elevador em sinistrado e
iniciar a retirada das vítimas.

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OUTRAS AÇÕES:

Se a vítima estiver presa entre a cabina e a parede do andar, soltar os parafusos que
prendem a mesma aos trilhos da caixa de corrida e afastá-la com os equipamentos
adequados.

 VÍTIMAS PRENSADAS PELO CONTRAPESO:


- Avaliar o movimento do contra peso, pois isso pode livrar a vítima;
-Existindo óbito, movimentar o contrapeso para liberar a vítima;
-Não havendo óbito ou não sendo possível movimentar o contrapeso. Deve-se liberar o
mesmo das guias, afrouxando os parafusos fixadores e liberar a vítima e levá-la ao hospital.

NO CASO DE VÍTIMAS PRESAS NO INTERIOR DA CABINA:


 Localizar a posição da cabina em relação ao pavimento; dividir a equipe de trabalho,
devidamente equipada com rádios e lanternas, entre a casa de máquinas e o local
próximo à cabina com as vítimas;
 Na casa de máquinas deverá ser efetuado o corte da energia elétrica
do elevador sinistrado, por meio do desligamento da chave geral correspondente;
Simultaneamente às ações desenvolvidas na casa de máquinas, deverá ser procedida a
abertura da porta do andar mais próximo à cabina com vítimas;
 O nivelamento será processado por meio da liberação do freio hidromecânico e
rotação lenta e contínua do volante de inércia da máquina de tração;
 Nivelar a cabina levando em consideração a capacidade nominal de carga;
 Após o nivelamento da cabina com o andar, comunicar aos operadores da casa de
máquinas que parem a operação, freando novamente o elevador, o que permitirá o
destravamento e a abertura da porta da cabina de forma mecânica, girando a polia
ou movimentando a lança do controlador de porta, dependendo do modelo;
 Retirar as vítimas.

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ORIENTAÇÕES DE SINAIS E AJUDAS VISUAIS
Fonte: Port. nº 18GM5 – M. Aer:

AJUDAS VISUAIS SINAIS DE IDENTIFICAÇÃO DE HELIPONTOS:

O sinal de identificação da área de pouso será uma letra indicadora do tipo de heliponto
(público, privado ou militar), colocado no centro da área de toque, dentro de um triângulo
eqüilátero com o vértice pintado apontado para o norte magnético.

As prescrições estabelecidas neste item são as mínimas exigidas para um razoável grau
de proteção ao fogo e de salvamento em área de pouso e decolagem de helicópteros.

Quando o heliponto está localizado em um aeroporto, os sistemas de proteção contra o


fogo e o de salvamento devem ser dimensionados com base na Instrução do Comando da
Aeronáutica (ICA) 92-1, de 24jan2000, ou outra que venha substituí-la.

Para helipontos situados fora da jurisdição de um aeroporto, a proteção contra incêndio


deve ser considerada sob três aspectos:
a) Prevenção contra incêndio em helipontos situados ao nível de solo;
b) Prevenção contra incêndio em helipontos elevados;
c) Medidas para extinção de incêndio e de salvamento em acidentes ocorridos em
helipontos elevados.

Prevenção contra incêndio em helipontos ao nível do solo deverá obedecer às


recomendações previstas neste item, além de outras estabelecidas pelo Serviço Contra
Incêndio do Comando da Aeronáutica.

Durante as operações de reabastecimento e de partida, a proteção do helicóptero


deverá ser feita com equipamento portátil apropriado, manuseado por pessoal treinado
conforme IT nº 17 – Brigada de incêndio.

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O armazenamento de combustível deve estar a uma distância de segurança da área de
pouso, nunca inferior a 30 m. A segurança contra incêndio em helipontos elevados deve
obedecer às recomendações previstas neste item, além daquelas previstas nos itens
anteriores, no que couberem.

Nos helipontos elevados, a estrutura na qual se situa a área de pouso deve ser de
material incombustível. Existência de fácil acesso ao heliponto elevado, para possibilitar o
transporte de equipamentos necessário ao combate a incêndio de grandes proporções,
além de condições para uma rápida evacuação de toda a edificação.

Plano de Emergência pode ser definido como a sistematização de um conjunto de


normas e regras de procedimentos, destinadas a minimizar os efeitos dos desastres que se
prevê que venham a ocorrer em determinadas áreas sob determinadas condições, gerindo
de forma otimizada o emprego de recursos e a participação de pessoal técnico-
especializado para lidar com eles.

AS RAZÕES PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE EMERGÊNCIA SÃO:

1. A identificação objetiva dos riscos;


2. O estabelecimento de cenários de acidentes para os riscos identificados;
3. A definição de princípios, normas e regras de atuação geral face aos cenários possíveis;
4. A organização sistemática dos meios de socorro prevendo as missões que competem a
cada um dos intervenientes;
5. A oportunidade que permite desencadear ações oportunas, destinadas a minimizar as
consequências do sinistro;
6. Evitar confusões, erros, atropelos e a duplicação de atuações;
7. A previsão e a organização antecipada da evacuação e intervenção;
8. A otimização dos procedimentos sob forma de rotina, os quais poderão ser testados,
através de exercícios de simulação.

UM PLANO DE EMERGÊNCIA DEVE, POR ISSO TER AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:

 SIMPLICIDADE – Ao ser elaborado de forma simples e concisa, será bem


compreendido, evitando confusões e erros por parte dos executantes;

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 FLEXIBILIDADE – Um plano não pode ser rígido. Deve permitir a sua adaptação a
situações não coincidentes com cenários inicialmente previstos;

 DINAMISMO – Deve ser atualizado em função do aprofundamento da análise de


riscos e da evolução quantitativa e qualitativa dos meios disponíveis;

 ADEQUAÇÃO – Deve estar adequado à realidade da instituição e aos meios


existentes;

PRECISÃO – Deve ser claro na atribuição das responsabilidades.

The United States Department of Defense define terrorismo como “uso calculado de
violência ilegal e ilegítima ou ameaça de violência para provocar medo, com intenção de
coagir ou intimidar governos ou sociedades visando a alcançar resultados, geralmente, no
campo político, religioso ou ideológico”.

Assim, podemos dizer que as ações terroristas são as seguintes:

» Não são objeto-fim da ação. O objetivo final da ação é outro.


» Possuem motivação ideológica (religião, política, mas também convicções pessoais).
» São frequentemente de grande repercussão.
» Podem envolver violência, ameaça ou graves danos (ciberterrorismo, blecautes, outros).
» Não estão relacionados necessariamente a grupos terroristas.
» Não requerem participação de estrangeiros.
» Podem ter motivação econômica (agroterrorismo, narcoterrorismo).

Outras formas de terrorismo incluem:

» raptos e sequestros;
» dispositivos incendiários;
» armas e dispositivos químicos, biológicos e radioativos ou nucleares;
» ocupação armada com reféns;
» ataque cibernético;
» agroterrorismo.

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PLANEJAMENTO

É fundamental, em todas as áreas de Emergência, o planejamento de ações e o


inventário de riscos.

CONTRA INCÊNDIO

Proteção contra incêndio e explosões:

Sistemas de detecção, Sistemas de alarme, Sistemas de escape, Sistemas de ventilação e tiragem,


Dispositivos corta-fogo, Sistemas automáticos de extinção; Sistemas manuais de extinção, Sistemas de
trânsito (viação e sinalização) e, Adequação arquitetônica.

A primeira autoridade a tomar conhecimento do fato deve (se há explosão, gases,


fumaça com coloração diferente, várias pessoas apresentando sinais e ou sintomas
semelhantes, pó desconhecido) realizar as seguintes ações:

1. Isolar a área (perímetros maiores para risco desconhecido, com o mínimo de 100
metros).
2. Acionar socorro especializado.
3. Em casos de risco evidente, como gases e fumaças, proceder a imediata evacuação do
prédio para área ao ar livre.

É fundamental que as organizações e corporações públicas e privadas, assim como os


órgãos de segurança e de saúde pública, possuam planos para resposta a ameaças com
bombas.

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O que é Espaço Confinado?
• Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para a ocupação humana
contínua;
• Possui meios limitados de entrada e saída;
• A ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes;
• Pode existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Quais são os tipos de trabalhos em Espaços Confinados?


• Manutenção, reparos, limpeza ou inspeção de equipamentos ou reservatórios.
• Obras da construção civil.
• Operações de salvamento e resgate.

*PARA TODAS AS AÇÕES usar EPIs e normas de segurança.

Quais são os riscos quando se trabalha em Espaços Confinados?


• Falta ou excesso de oxigênio.
• Incêndio ou explosão, pela presença de vapores e gases inflamáveis.
• Intoxicações por substâncias químicas.
• Infecções por agentes biológicos.
• Afogamentos.
• Soterramentos.
• Quedas.
• Choques elétricos.
• Todos estes riscos podem levar à morte ou doenças.

Certificando-se que a sua empresa Segue a:


• NBR 14.787 -2001/2002(atualizada)

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– Espaços confinados – prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção
(ABNT). Está foi substituída pela ABNT/NRB16577-(28/03/2017).

Atribuições e Competências do Supervisor de Entrada:


• Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) antes do início das atividades;
• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na PET.

Vigia:
O vigia deve:
• adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou
privada, quando necessário;
• ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme,
perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não
puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.

Definição de PET:

Permissão de Entrada e Trabalho, documento obrigatório para quaisquer atividades a


serem executadas dentro do Espaço Confinado.

HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO LEGAL EM ESPAÇOS CONFINADOS

A NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;


A NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário ;
A NR-30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário;
A NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
A NR-31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração
Florestal e Aquicultura;

Como estas cinco Normas Regulamentadoras são direcionadas para setores econômicos
específicos e são observados espaços confinados nas mais variadas atividades econômicas,
fazia-se necessária a publicação de uma NR que abordasse o tema de forma mais
pormenorizada e estruturada.

A NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados - em dezembro de


2006, preencheu a lacuna na legislação de SST.

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Produtos perigosos são os de origem química, biológica ou radiológica que apresentam
um risco potencial à vida, à saúde e ao meio ambiente, em caso de vazamento.

FISPQ – FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS:

A Ficha fornece informação sobre diversos aspectos dos produtos químicos, quanto à
segurança, saúde, proteção e meio ambiente. Elas não podem ser consideradas “FISPQ”
BELFIRE – SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
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quando não forem elaboradas em conformidade integral com a Norma Técnica NBR-14.725
da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Para cada produto há uma ficha de informação bastante detalhada, com as seguintes
informações:
Identificação do produto; Medidas de segurança; Riscos ao fogo; Propriedades físico-
químicas; Informações eco toxicológicas; Dados gerais.

Além das informações usuais de uma Ficha de Segurança de Produto Químico (FISPQ),
estão também disponíveis: informações eco toxicológicas, métodos de coleta, neutralização
e disposição final, potencial de concentração na cadeia alimentar, demanda bioquímica de
oxigênio, entre outras.

LEGISLAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS:

Resolução nº 420 – de 12/02/2004


Publicado no DOU em 13/05/2004

Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de


Produtos Perigosos.

Através do Decreto nº 1.797/96 (Acordo para a facilitação do


transporte de Produtos Perigosos no Mercosul), foram estabelecidas
normas e procedimentos para o transporte rodoviário e ferroviário
desses materias, entre membros do acordo.

Em maio de 1997, o Ministério dos Transportes aprovou a Portaria nº


204, com "Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos! inserindo modificações na
classificação dos produtos enquadrados na Classe 2 e detalhando as
especificações aplicáveis às embalagens.

Alterada pela Resolução 701 de 25/08/2004: (PRIMEIRA APÓS PRONTA)

Publicado no DOU em: 31/08/2004

BELFIRE – SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO


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Altera a Resolução n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos e seu
anexo; ... ... ...

RESOLUÇÃO Nº 3886 - de 06/09/2012 (ULTIMA VISTA APÓS PRONTA até a data desta
pesquisa)

Publicado no DOU em: 12/09/2012


Altera a Resolução ANTT nº 3.665, de 4 de maio de 2011, que atualiza o Regulamento para
o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

Este Manual é a tradução adaptada do ”Guia Norte-americano de Atendimento a


Emergências com Produtos Perigosos” desenvolvido pelo Ministério do Transporte do
Canadá, pelo Departamento de transporte dos Estados Unidos(DOT) e pela Secretaria de
Comunicações e Transportes do México (SCT),cuja tradução foi efetuada pela Associação
Brasileira de Indústrias Químicas (ABIQUIM) e adaptada para a realidade brasileira.

O manual é dividido em 5 secções coloridas:


(SEÇAO BRANCA / SEÇÃO AMARELA / SEÇÃO AZUL / SEÇÃO LARANJA / SEÇÃO VERDE)

Ele foi desenvolvido para ser utilizado pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária e
outras pessoas de serviços de emergências, que possam ser os primeiros a chegar no local
de um acidente com produtos perigosos, adotando as recomendações da ONU para o
transporte de produtos perigosos. É principalmente um guia para auxiliar as equipes de
emergência na identificação específica ou genérica dos materiais perigosos envolvidos em
acidentes rodoviários ou ferroviários, nas definições das ações de proteção da equipe e da
população em geral durante a fase de resposta inicial do acidente.

Cada Guia está dividido em itens e subitens com os seguintes títulos:


ƒ “Riscos Potenciais”, subdivididos em “fogo ou explosões” e “riscos à saúde”;
ƒ “Segurança Pública”, subdivididos em “vestimentas de proteção” e “evacuação”;
ƒ “Ações de Emergência”, subdividido em “fogo”, “vazamento ou derramamento” e
“primeiros socorros”.
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Procedimentos para Utilização do Manual :
A consulta ao manual é simples e rápida.

Pode-se então chegar a Guia através das seguintes informações:


• Painel de Segurança Número de Identificação do Produto (nº da ONU);
• Nome do Produto, e Rótulo de Risco.

Painel de Segurança:
O primeiro no local deve consultar o manual da seguinte forma:
1- Abrir a seção amarela e localizar o número da ONU;
2- Identificar o número da Guia, e
3- Abrir a seção laranja e localizar o número correspondente.

Nome do Produto: (Pode ser encontrado na FISPQ, ou com TESTEMUNHAS.)

1- Abrir a seção azul e localizar o nome do produto;


2- Identificar o número da Guia, e
3- Abrir a seção laranja e localizar o número
correspondente.

É todo dispositivo de uso individual utilizado pelo


trabalhador, destinado a prevenir riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde do
trabalhador. Para ser comercializado, todo EPI deve ter Certificado de Aprovação (CA),

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emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme estabelecido na Norma
Regulamentadora no 06 do MTE.

Quando usar?
Durante realização de atividades rotineiras ou emergenciais, de acordo com o grau de
exposição.

Como escolher?

De acordo com as necessidades, riscos intrínsecos das atividades e parte do corpo a ser
protegida.

Observações:
Em caso de dúvida, ou desconhecimento do grau de exposição e/ou contaminação a que o
trabalhador estará exposto, deverão sempre ser utilizados os EPI's de proteção máxima.
Após a avaliação da situação, deverá ser adequado o uso dos EPI's às reais situações.

CLASSIFICAÇÃO DOS EPIS DE ACORDO COM TIPO DE PROTEÇÃO

Proteção cutânea:
Roupas de proteção às substâncias químicas.

Estilo:
Roupa de encapsulamento completo e Roupa não encapsulada.

(A diferença entre elas é que a segunda não apresenta a proteção facial como parte
integrante). #Uso #Resistência química #Penetração #Degradação #Permeação #Material
de confecção #Materiais de proteção e #Níveis de proteção (A, B, C e D).

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Luvas de Proteção:
Luva é a forma mais comum de roupa de proteção.

Botas de Proteção:

Até recentemente as botas de proteção comercialmente disponíveis eram


confeccionadas somente em PVC ou borracha. Devido as necessidades do mercado, os
fabricantes desses materiais vêm desenvolvendo um elevado número de misturas de
polímeros que são mais resistentes às substâncias químicas.

Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)

Existem vários tipos e classes de EPR aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Quanto ao modo de funcionamento existem dois tipos:

• Purificadores de Ar: EPR no qual o ar ambiente contaminado, antes de ser inalado, passa
através de filtro que retém o aerossol presente;
• Adução de Ar: EPR que fornece ao usuário, por meio de uma mangueira, ar de qualidade
respirável proveniente de uma atmosfera independente do ambiente como, por exemplo,
de cilindros de ar comprimido ou de compressor.

Tipos de equipamentos de proteção respiratória:


 Equipamentos dependentes (MASCARAS FACIAIS E SEMI-FACIAIS C/ FILTROS).
 Equipamentos independentes.

Riscos respiratórios:

Risco respiratório é toda alteração das condições normais do ar atmosférico que


interfere no processo da respiração, gerando consequentemente danos ao organismo
humano.

(Identificação, Isolamento, Salvamento, Contenção, Descontaminação)

Uma das primeiras ações a ser executada em um cenário acidental envolvendo produtos
perigosos, e outras emergências é o da pronta classificação e identificação da emergência e
dos produtos envolvidos.
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CHEGANDO AO LOCAL:

Mantenha uma distância segura: não seja mais uma vítima. Mantenha o vento pelas
costas para evitar a inalação de fumaça, vapores ou gases. Verifique a existência de vítimas
e solicite socorro médico.
ISOLE A ÁREA:
 Afastar os curiosos, sinalizar e isolar o local imediatamente.

ATENTAR PARA A NECESSIDADE DE EVACUAÇÃO DA ÁREA!

Entre as inúmeras medidas de controle adotado rotineiramente em uma ocorrência


envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos, as mais empregadas são:

Estanqueidade do vazamento:

Essa operação visa paralisar a saída do produto do sistema contenedor (tanque, tambor
entre outros), por meio da aplicação de dispositivos específicos de vedação e outros.

Contenção do produto vazado:

As técnicas para contenção dependem do ambiente para o qual o produto esta vazando, ou
seja, para a atmosfera (ar), solo, sistema de drenagem ou corpo d’água.

Dependendo das características físicas do produto, e do cenário onde se desenvolve a


ocorrência, há uma técnica apropriada para contenção do produto vazado, com a finalidade
de conter o produto líquido numa depressão do terreno.

Neutralização:

 Diluição
 Remoção do Produto
 Prevenção e Combate a Incêndios
 Criação de Zonas de Trabalho

(Em face de constatação de quaisquer situações perigosas na zona de influência do


acidente, o local da ocorrência poderá ser imediatamente interditado e isolado,
definindo-se zonas de trabalho, como Zona QUENTE, MORNA E FRIA.)
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 Isolar e sinalizar o local.
 Cercar com diques de terra ou areia.
 Recobrir com lona ou manta plástica.
 Recolher o produto e embalagens.
 Evitar o contato com água.

CASO O PRODUTO PERIGOSO ENTRE EM CONTATO COM AS ÁGUAS DA REGIÃO ,


VEÍCULAR A INFORMAÇÃO NOS MEIOS DE NOTÍCIAS.

 Coletar amostras de produtos, resíduos e solo


 Caracterizar o site contaminado
 Sanear e recuperar os locais impactados
 Recolher e destinar os resíduos
 Repor os recursos utilizados.

Ações de Rescaldo:

 Tratamento e disposição de resíduos;


 Monitoramento ambiental;
 Recuperação das áreas contaminadas.
 Avaliação das ações;
 Relatório técnico;
 Reavaliação e adequação do plano de emergência.

 Salvar vidas e contribuir para essa nobre missão vai exigir de você entrega aos estudos,
conhecimento de suas condições físicas e emocionais!
 Além de manter o tripé técnico, físico e emocional sempre estável é importante não esquecer
que em momento algum o profissional deve trabalhar sozinho.
 Então se capacite, capacite sua equipe e conte e confie em Deus, pois os Planos Dele sempre
serão melhores que os nossos.

“5. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá:


6. ele deixará claro como a alvorada
que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente.
(Salmos 37:5-6)

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Nosso material está dividido em 4 (quatro) módulos : Atendimento a vítimas clínicas,
Atendimento a vítimas de trauma , Emergências diversas e Acidentes com múltiplas vítimas.

INTRODUÇÃO
Acidentes e males súbitos são ocorrências diárias, para essas vítimas, entretanto na
maioria das vezes, é questão de vida ou morte a prestação dos primeiros socorros
adequados logo depois do ocorrido.

TEMPO RESPOSTA:

 Até 4 minutos - Sem danos


 De 4 a 6 minutos - Danos Cerebrais
 Após 6 minutos - Dano Irreversível

PRINCIPAIS OBJETIVOS:

 Manter a vida;
 Evitar que lesões já existentes se agravem.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Conjunto de gestos e atitudes precisas e objetivas efetuadas de modo a preservar a


vida sem recursos ou qualquer equipamentos.
Tem como objetivo assegurar a manutenção adequada da ventilação e circulação até a
chegada de ajuda especializada.

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA - A profissão de Bombeiro Civil está registrada na Classificação


Brasileira de Ocupações (CBO), sob o código 5171. Na classificação, bombeiros e salva-vidas
estão na mesma família e entre suas responsabilidades estão salvamentos terrestres,
aquáticos e em altura; proteção de pessoas e patrimônios de incêndios,

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explosões, vazamentos, afogamentos ou qualquer outra situação de emergência, com o
objetivo de resgatar e salvar vidas; realizações de primeiros socorros e de curso e
campanhas educativas; formando e treinando equipes, brigada e corpo voluntário de
emergência.

CÓDIGO PENAL - Artigo 135: “Deixar de prestar assistência, quando possível, fazê-lo sem
risco pessoal à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave ou eminente perigo; ou não pedir nesses casos, o socorro da
autoridade pública: Pena – Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único
– A pena é aumentada da metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave,
e triplicada, se resulta a morte.” (Decreto de lei nº. 2.848 de 07 de dezembro de 1940).

PROTOCOLO
ILCOR
INTERNATIONAL LIAISON COMMITTE FOR RESUSCITATION
1. Protocolo seguido : American Heart Association (AHA)
2. Ultima atualização foi em novembro de 2015 e se atualiza de 5 em 5 anos.

O QUE É UMA PCR


1. É qualquer ritmo que o coração venha a assumir sem pulso central.
2. A parada cardiorrespiratória pode ocorrer na presença de 4 ritmos cardíacos
diferentes: TAQUICARDIA VENTRICULAR, FIBRILAÇÃO VENTRICULAR, ATIVIDADE
ELÉTRICA SEM PULSO, ASSISTOLIA.
3. Em adultos, os casos de parada cardiorrespiratória (PCR), geralmente estão
relacionados a alterações elétricas no coração.
4. “A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR é o distúrbio elétrico mais comum”
5. 80% dos casos de PCR são FV.

 LÓGICA DA PCR
1. “Quando o paciente está em PCR, não há fluxo sanguíneo e não há oxigenação
celular...
2. ...sem oxigenação, as células nervosas morrem e a vítima morre...
3. ...geralmente, a causa da PCR tem relação com a FV...”

 ...LOGO,...
1. “...para a vítima não morrer preciso comprimir para promover fluxo sanguíneo...

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2. ...preciso gerar fluxo sanguíneo para oxigenar as células...
3. ...preciso Desfibrilar para reverter a FV...”

CADEIA DA SOBREVIVÊNCIA PCREH

1. Reconhecimento da PCR e acionamento do serviço especializado;


2. RCP precoce com ênfase nas compressões;
3. Rápida Desfibrilação;
4. Suporte avançado eficaz;
5. Cuidados pós-RCP integrados

 ETAPAS DO ATENDIMENTO
1. Avaliação da Cena;
2. Avaliação do Nível de consciência;
3. Pedido de Ajuda;
4. Avaliação da Respiração;

 AVALIAÇÃO DA CENA
1. Nunca entre em um local que não seja seguro. E se o local em que você estiver não
parecer seguro, torne-o seguro ou saia imediatamente!
2. Preservar sua segurança é importante:
I. Cena está Segura?
II. O que aconteceu?
III. Qual é o Nº de vítimas?
IV. Demanda de EPI?
 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Nível de consciência: (AVI)

A – Alerta
V – Estimulo verbal

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I – Inconsciência

Vítima Inconsciente peço ajuda !

Vítima consciente:
1. Posição de segurança
2. Avaliar causa
(Chamar socorro se necessário!)

 PEDIDO DE AJUDA

Pontos importantes:
1. Conhecer o Sistema de Urgência (SU) responsável pelo atendimento na área de
seu trabalho e residência ;
2. Saber como acionar este sistema ;
3. Preservar sua segurança é importante;
4. Manter a calma. (O transporte da vítima só deve ser realizado em último caso, na
impossibilidade de socorro especializado).

 PROCURE INFORMAR:

1. O tipo de emergência;
2. O número de vítimas;
3. O endereço do evento com pontos de referência;
4. O melhor acesso ao local;

 AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO

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IMPORTANTE!

- VÍTIMA INCONSCIENTE E SEM RESPIRAÇÃO = VÍTIMA EM PCR


- TODA VÍTIMA EM PCR DEVE-SE REALIZAR RCP

 RCP

1. Realizar 30 compressões e 02 ventilações, trocar o socorrista “compressor” a cada 5


ciclos de 30 X 2;
2. Compressão de 100 a 120 por minuto.

 CIRCULAÇÃO – CAB-D

Comprimir para promover o fluxo sanguíneo.


- Técnica de compressão
1. Utilizar peso do tronco
2. Deprimir esterno de 5 cm a 6 cm
3. Compressão de 100 a 120 por minuto
4. O tórax tem que voltar a posição de repouso
5. Tempo de compressão = Tempo de
6. Descompressão

 ABERTURA DAS VIAS AÉREAS – CAB-D

1. Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo.

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2. A principal causa de obstrução no paciente inconsciente é a queda da língua
3. A extensão da cabeça alinha os ângulos respiratórios e traciona a língua para cima

 BOA RESPIRAÇÃO – CAB-D

1. O socorrista treinado em PCR poderá implementar as ventilações em um relação de 30


compressões para 2 ventilações.

 DESFIBRILAÇÃO – CAB-D

1. Ligar o aparelho e instalar as pás SEM interromper a RCP, no tórax seco e sem pêlos.
2. Não desfibrilar sobre aparelho marcapasso.
3. Retirar adesivos dos locais de colocação das pás.
4. Não tocar no paciente no momento do choque.
5. Não permitir que outros toquem no paciente no momento do choque.
6. Após o choque, recomeçar pelas compressões torácicas...

 QUANDO DEVO PARAR A RCP?

1. Quando a vítima se movimentar;


2. Por ordem médica;
3. Por cansaço extremo.

 CASO A VITIMA SAIA DA PCR O QUE FAZER?


1. Coloca-la na Posição Lateral de Segurança (PLS)

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 CINEMÁTICA DO TRAUMA:

Definição - É o estudo dos movimentos dos corpos.

Introdução - Estuda como a energia agressora (agente causador) interage com a vítima.

Formas de energia: Mecânica ou Cinética, térmica, química, elétrica e radiação.

Energia mecânica é o agente de lesão mais comum.

É o agente dos acidentes automobilísticos, quedas traumatismos fechados e abertos ou


explosões.
Portanto, conhecendo o mecanismo de trauma, poderemos presumir a gravidade das
lesões.

 EXAME DA CENA
1. Observe a cena, identificando riscos para si, para a vítima e para terceiros.
2. Procure observar a origem do trauma;
3. Avalie a quantidade de vítimas, verificando a necessidade de recursos adicionais;
4. Use EPIs.

 PERGUNTAS DA CENA

1. Cena está Segura?


2. Qual o mecanismo do evento?
3. Qual é o Nº de vítimas?
4. Necessito de equipamento?
5. Necessito de Apoio operacional?

 AVALIAÇÃO DA VÍTIMA

1. EXAME INICIAL (Impressão Geral)


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Avaliação do nível de consciência – AVDI
1. A – Alerta
2. V – Verbal
3. D – Doloroso
4. I – Inconsciência

 A.B.C
Abertura de vias aéreas com imobilização de cervical
Boa Ventilação
Circulação com contenção de Hemorragias

ABERTURA DE VIAS AÉREAS COM IMOBILIZAÇÃO DE CERVICAL – ABC

Utilizamos a manobra de elevação de mento (Chin-Lift ) e a Manobra de tração da


mandíbula sem inclinação da cabeça (Jaw-Thrust ).

BOA VENTILAÇÃO – ABC


1. Ver – movimentos respiratórios.
2. Ouvir – ruídos da respiração.
3. Sentir – ar saindo das narinas.

CIRCULAÇÃO COM CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS – ABC

Identificar os sinais e sintomas de Hemorragias e realizar o controle.


Ex: Perfusão Periférica.

Exame Rápido ou Foca:


Dependendo do mecanismo do trauma:
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1. Exame Rápido – Céfalo-caudal
2. Exame Focal – Local da Lesão
Obs. Em vítimas graves ou envolvidas em acidentes de cinemática intensa o exame deve
ser Rápido (Céfalo-caudal).

DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AEREAS


1. Corpos estranhos podem bloquear a passagem de ar obstruindo total ou
parcialmente as vias aéreas. Quando se fala em obstrução de vias aéreas por corpo
estranho a palavra chave é SOM!!!
OBSTRUÇÃO LEVE OBSTRUÇÃO GRAVE
parcial / moderada total / severa
- acalme a vítima - acione o socorro
-estimule a tosse -manobra de desobstrução
-administre oxigênio
- encaminhe para o serviço médico
Obs.: a manobra de desobstrução é contra Cuidado: a vítima pode desmaiar e evoluir
indicada rapidamente para uma parada e morte.

 Manobra de Heimlich - Movimentos ritmados para dentro e para cima ( movimento


único ) , até que o corpo estranho seja expelido ou a vítima perca a consciência.

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 Desobstrução de vias aéreas no bebê e na criança.
Repetir a sequência:
05 Pancadas secas no dorso / 05 Massagens na frente / Verificar se objeto visível.

QUEIMADURA
A queimadura é uma lesão causada por fatores térmicos, químicos, eletricidade e
radiação, entre outros. Dependendo da localização, da extensão e do grau de profundidade,
a lesão produzida nos tecidos de revestimento do organismo (como a pele) pode desfigurar,
causar incapacidades temporárias ou permanentes e levar à morte.

AS QUEIMADURAS SÃO CLASSIFICADAS EM:

 Queimadura de 1º grau – Atinge somente a epiderme (camada mais superficial da


pele). Caracteriza-se por dor e vermelhidão no local queimado.
 Queimadura de 2º grau – Atinge a epiderme e a derme (camada localizada abaixo da
epiderme). Caracterizam-se por dor, vermelhidão e formação de bolhas.
 Queimadura de 3º grau – Atingem todas as camadas da pele, inclusive o tecido
gorduroso e os nervos, podendo alcançar inclusive os ossos. Caracteriza-se por pouca
dor, já que destrói as terminações nervosas de sensibilidade. A pele fica seca, dura,
enrugada, escurecida ou esbranquiçada.
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COMO AGIR:

- Interrompa o processo que está originando a queimadura. Se for fogo na roupa, não deixe
a pessoa correr. Deite-a no chão e comece a abafar as chamas pela cabeça, usando um
cobertor, um tapete, um casaco grosso ou faça-a rolar no chão.
- Jamais deixe de lado a sua própria segurança ao ajudar em uma situação como essa.
- Depois de apagado o fogo, não retire roupas coladas na pele, apenas recorte as partes
soltas, sobre as áreas queimadas.
- Cubra a área queimada com gaze esterilizada ou panos limpos ( sempre úmidos ), para
evitar infecção.
- Não aplique qualquer creme ou pomada na queimadura, a não ser que haja prescrição
médica.
- Jamais rompa as bolhas formadas na queimadura
- Em queimaduras de 1º e 2º grau resfrie o ferimento com água corrente. Não aplique gelo
no local.
- Em queimaduras químicas, limpe e remova a substância da pele e das roupas. Em seguida,
lave o ferimento com bastante água corrente.
- Em caso de queimadura de origem elétrica, não socorra a vítima antes de desligar a
corrente.
- Além da queimadura, a corrente elétrica pode gerar parada cardiorrespiratória, devendo
neste caso ser aplicada a reanimação. Após prestar o primeiro atendimento (veja no item
choque elétrico), chame socorro ou conduza a pessoa ao hospital.

HEMORRAGIA
 É a perda de sangue por rompimento de vaso sanguíneo - veia ou artéria. Deve ser
controlada imediatamente, sendo abundante e não controlada causa a morte em
minutos.
 Classifica-se: Arteriais e venosas, Internas e externas.

 CONTROLE DA HEMORRAGIA
1. Compressão direta da lesão.
2. Elevação da área traumatizada.
3. Torniquete.
Obs.: Região do tórax utilizar o curativo de três pontas.

ATAQUE EPLÉTICO
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Os sintomas mais comuns de uma crise epilética são:
 Perda da consciência;
 Contrações dos músculos;
 Mordida da língua;
 Incontinência urinária;
 Confusão mental.

Durante um ataque epiléptico deve-se colocar a pessoa deitada de lado para facilitar a
respiração e, não se deve mexer nela durante as convulsões, removendo objetos que
possam cair ou machucar a pessoa. A crise deverá passar em até 5 minutos, caso demore
mais tempo é recomendado levar a pessoa ao pronto socorro ou chamar sistema de
emergência.

ACIDENTE COM MULTIPLAS VÍTIMAS


O atendimento a acidentes com múltiplas vítimas é um desafio no qual os serviços de
atendimentos pré-hospitalares e os hospitais se deparam com frequência. Diariamente
temos em nosso país acidentes dos mais variados tipos com número de vítimas superiores a
cinco.
O conceito do melhor esforço, ou seja, o melhor atendimento para a vítima mais grave
deve dar lugar ao conceito de o melhor atendimento para o maior número possível de
vítimas, no momento que elas mais precisam e no menor tempo possível.

 START(Simple Triage and Rapid Treatment)


Um método simples, que se baseia na avaliação da respiração, circulação e nível de
consciência, dividindo as vítimas em quatro prioridades e utiliza cartões coloridos para
definir cada uma das prioridades. A Prioridade de Atendimento às Vítimas obedece a
seguinte ordem:

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