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APOSTILA PARA INICIANTE A BRIGADA DE INCÊNDIO 1

AUTOR NICOLAU BELLO GOMES – nicobelo@hotmail.com

BELLO
NONONONONO DO BRASIL LTDA.

CURSO DE PREVENÇÃO

COMBATE A INCÊNDIO

SERVIÇO DE SEGURANÇA
NONONONO DO BRASIL LTDA.
RUA QUE SOBE E DESCE S/Nº . Km 80 – Sorocaba-SP
AUTOR NICOLAU GOMES

AUTOR:- NICOLAU BELLO GOMES 1


nicobelo@hotmail.com
APOSTILA PARA INICIANTE A BRIGADA DE INCÊNDIO 2
AUTOR NICOLAU BELLO GOMES – nicobelo@hotmail.com

FOGO
Desde a antiguidade, vem sendo o fogo um auxiliar inestimável ao homem.
Quando o homem primitivo conseguiu o controle as chamas iniciou-se um processo de
desenvolvimento que se prolonga e se moderniza em nossos dias. O calor produzido pelo
fogo, quer como aconchegante na lareira, ou como força violenta de um alto forno, capaz de
fundir o mais duro dos metais, sempre está presente na vida do homem, principalmente nos
nossos dias.
Esse mesmo fogo, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento da humanidade, quando
fora de controle, transforma-se no mais cruel dos inimigos, ceifando vidas e causando
prejuízos incalculáveis.
Quando isso acontece (é o que chamamos de incêndio), portanto devemos estar preparados
para combatê-lo de modo eficiente e o mais rápido possível.
FOGO:- Embora ele nos seja tão familiar, definir o fogo não é tão simples como nos parece.
Chamamos FOGO, uma reação química envolvendo materiais combustíveis que se
transformam e combinam-se como o oxigênio contido no ar, produzindo chamas, luz e calor.

TRIÂNGULO DO FOGO

Três elementos são necessários para que se inicie ou haja fogo. São eles:-

Calor Oxigênio

Combustível

1- COMBUSTÍVEL – É tudo que se queima. Ex:- Madeira, tecidos, gasolina,etc.


2- OXIGÊNIO – Existente no ar que respiramos, na proporção de 21%.
3- CALOR – O suficiente para elevar um material à sua temperatura de combustão.
O fósforo ilustra bem o processo:- o fósforo contido na ponta do palito é o combustível,
envolvido pelo oxigênio do ar.
Se junta o calor ao mesmo, quando esfregamos o fósforo na lixa da caixa. A fricção leva-o à
sua temperatura de combustão, daí o surgindo o fogo

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FULGOR – COMBUSTÃO – IGNIÇÃO

Ponto de fulgor:- é a temperatura mínima em que um corpo desprende gases que se


queimam em contato com uma fonte externa de calor, não havendo duração prolongada na
queima, por não serem os gases em quantidades suficientes.
Ponto de combustão:- é a temperatura através da qual um corpo emite gases em
quantidades suficientes, para que haja chama permanente, quando houver contato com uma
fonte externa de calor.
Ponto de ignição:- é a temperatura através da quais os gases desprendidos por um corpo
entram em combustão sem o auxílio de fonte externa de calor. Sómente a presença do
oxigênio é suficiente.

TRANSMISSÃO DE CALOR

É útil conhecer os processos de transmissão de calor porque são estes que propagam os
incêndios ou são responsáveis por eles.
CONDUÇÃO:- É a transmissão de calor feita por aquecimentos progressivos, principalmente
nos corpos sólidos. Os líquidos são em geral maus condutores.
CONVECÇÃO:- É a transmissão de calor por meio de correntes circulatórias originadas da
fonte.
IRRADIAÇÃO:- É a transmissão de calor por raios, sem os auxílios de substância material. A
sensação de calor produzida por uma lâmpada elétrica acesa é um caso típico de propagação
de calor por irradiação.

MEIOS PARA EXTINÇÃO DO FOGO

Conhecido o triângulo do fogo, concluímos que, para a extinção do fogo, basta eliminar um
dos elementos essenciais à sua existência.
Os processos para extinção do fogo, com a eliminação de um de seus componentes são:-

1 – RESFRIAMENTO:- Consiste na retirada do calor do material incendiado, até que ele fique
abaixo de seu ponto de ignição. O agente mais usado é a água, que existe com maior
facilidade e é o mais econômico, além de ser o elemento com maior capacidade de absorver o
calor. Ex: apagar uma fogueira com água.

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2 – ABAFAMENTO:- Consiste em diminuir ou isolar o oxigênio interrompendo o triângulo do


fogo. Ex: Quando colocamos um copo sobre uma vela acesa.
3 – CORTE OU REMOÇÃO DO SUPRIMENTO DO COMBUSTÍVEL:- Como exemplo, tem o
fechamento da válvula de um tambor de gás.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

Em princípio de incêndio, temos que observar e determinar a sua classe. Os incêndios são
classificados em A,B,C, e D.

CLASSE “A” – São considerados de classe “A “ os fogos em papéis, madeira, tecidos e


outros materiais que deixam cinzas depois de queimados. A extinção dá-se por resfriamento:
eliminação ou redução de calor normalmente com água ou espuma.

CLASSE “B” – Fogo em líquidos inflamáveis como gasolina, óleos, tintas, graxas, etc. A
extinção dá-se por abafamento: isolamento entre o combustível e o oxigênio. O agente
extintor cobre a superfície inflamada com uma camada que isola o oxigênio do ar, abafando o
fogo.

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CLASSE “C” – É o fogo em aparelhos elétricos ou em instalações com corrente ligada. A


extinção dá-se por abafamento como na classe “B”. Retirada ou isolada a corrente elétrica, os
incêndios de classe “C”passam a ser incêndios semelhantes aos de classe “A”.

CLASSE “D”- É o fogo em metais pirofóricos tais como:- magnésio, alumínio em pó, zinco,
zircônio, sódio, potássio e outros. A extinção dá-se por abafamento ou ação química.

AGENTES EXTINTORES

Agente extintor entende-se certas substâncias (sólidas, líquidas ou gasosas), que são
utilizadas na extinção de um incêndio quer abafando-o, quer resfriando-o, ou ainda, utilizando
conjuntamente esses dois processos.
Os agentes extintores devem ser aplicados conforme a classe de incêndio, pois, em alguns
casos, sérias conseqüências poderão ocorrer, quando empregados inadequadamente.

PRINCIPAIS AGENTES EXTINTORES:-


1 – ÁGUA:- Jato pleno (compacto: chuveiro; neblina; vapor).
2 – AREIA:- (Seca)
3 – GASES INERTES:- CO2, nitrogênio, etc.
4 – LÍQUIDOS VOLÁTEIS:- Tetracloreto de carbono, clorobromometrano, brometo de metila.
5 – ESPUMA:- química e mecânica.
6 – PÓS QUÍMICOS:- Talco, sulfato de alumínio, grafite, bicarbonato de sódio.
7 – LÍQUIDOS UMECTANTES.

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APARELHOS EXTINTORES

São os aparelhos extintores dos mais variados tipos, tamanhos, modelos e processos de
funcionamento.
Quanto ao tipo, os aparelhos extintores mais usados são:- água pressurizada (gás); Carga
Líquida (CL); Espuma (ES); Gás Carbônico (CO2); Pó Quimico Seco (PQS).
Quanto ao tamanho, os extintores podem ser:- portáteis (até 10 Litros para:- espuma, carga
líquida e água pressurizada, (até 6 Kilos para CO2, e até 10 Kilos para pó químico) e
rebocáveis (carretas), para tamanhos maiores.
Quanto ao modelo, o extintor varia muito, conforme a procedência (nacional ou estrangeiro) e
conforme o fabricante.
Quanto ao processo de funcionamento, os extintores são geralmente de duas espécies: de
inversão e de válvula.
1) – De inversão:- Os extintores de inversão são os de espuma e carga líquida.
2) – De Válvula:- Os extintores de válvulas são os de gás carbônico, pó quimico seco e água
pressurizada. As válvulas são encontradas nos mais variados tipos e modelos.

Os extintores ainda diferem em: pressurizados e não pressurizados.


Os pressurizados têm, no seu interior, a pressão necessária para o seu funcionamento. Os
não pressurizados são aqueles que têm necessidade de serem dotados de um recipiente
anexo, contendo um gás inerte, a fim de promover a expulsão de sua carga líquida, o qual tem
pressão desenvolvida pela própria reação química das substâncias que integram suas cargas.
Os aparelhos têm seu uso aplicado às classes de incêndio, de acôrdo com os agentes
extintores de suas cargas.

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EXTINTOR DE ESPUMA

O Extintor de espuma é próprio para incêndios de classe “A” e classe “B”, não podendo ser
usado no de classe “C”. O mais comum extintor de espuma, usualmente com capacidade para
10 Litros, contém uma solução de bicarbonato de sódio em água, um agente estabilizador de
espuma, dentro do próprio reservatório e uma solução de sulfato de alumínio, dentro do
reservatório menor.
Quando o extintor é invertido, os líquidos misturam-se e formam uma solução espumosa com
dióxido de carbono (CO2), encerrado em bolhas resistentes e duráveis. Um extintor de
espuma de 10 Litros, convenientemente carregado, descarregará 70 a 75 Litros de espuma. O
alcance é de aproximadamente 9 a 12 m, com o tempo de descarga de cerca de 1 minuto.
Os tipos mais usuais de extintor de espuma são 10 Litros, 75 Litros e 150 Litros. Os modelos
existentes são mais ou menos padronizados.
A carga do extintor de espuma de 10 Litros é dividida em duas câmaras. A câmara metálica
externa tem capacidade para 8 Litros de água, 600 gramas de bicarbonato de sódio e mais 70
g de alcaçuz ou outro agente estabilizador. A câmara interna tem capacidade de 1 litro e meio
de água, mais 800 g de sulfato de alumínio. Invertendo-se o aparelho, esses componentes
reagem entre si, resultando gás carbônico que, ao se formar, dá origem às bolhas, sendo que
o alcaçuz dá estabilidade às mesmas. Forma-se, ainda, o sulfato de sódio, que nenhuma ação
tem sobre o fogo. E Espuma é recomendada para incêndios em combustíveis comuns (classe
“A”), onde a ação de cobertura e resfriamento é importante, e para incêndios em líquidos
inflamáveis (classe “B”), onde as labaredas são acessíveis. Uma cobertura de espuma
abafante deve ser colocada sobre a superfície em chamas.

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A espuma não tem ação sobre fogos em álcool, thiner, acetona e éteres. Esse extintor de
espuma, recarregado anualmente, é testado por pessoa habilitada, cada cinco anos, e sempre
que apresentar deformação. Deve ser colocado na parede, a uma altura de no máximo 1,80 m
do solo à tampa, em local de fácil acesso e protegido contra avarias.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS COM EXTINTORES DE ESPUMA

1 – Não deixar o bico entupido. Ao retirar a tampa, manter o rosto afastado, protegido,
procurando certificar-se de que o bico esta desimpedido.
2 – Não invertê-lo, a não ser para uso.
3 – Não usá-lo em eletricidade.
4 – Não jogar espuma diretamente sobre o líquido em chamas, pois poderá ainda espalhar
mais fogo.
5 – Ao aplicar o extintor, se possível dê as costas ao vento. A espuma deixa resíduos que
devem ser limpos após um incêndio, pois contaminará soluções químicas.
A área de extinção de um extintor de espuma de 10 Litros (ES10), é de 2 m2 (dois metros
quadrados).

EXTINTORES ABC

São extintores que trabalham sobre pressão e na sua composição de Pó contém:-


Fosfato de mono-amônio e de sulfato de amônio, seu pó tem côr predominante amarelo.
Apropriados para incêndios de classe A – B - C

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OS EXTINTORES DA BELLO & CIA LTDA SÃO PINTADOS EM SEU BOJO


PARA MELHOR IDENTIFICAÇÃO NAS CORES

BRANCA – Extintores de Pó Quimico Seco


AMARELO – Extintores de Espuma Mecânica
AZUL – Extintores de CO2 (Gás Carbônico)
VERDE – Extintores de Água Pressurizada

MODO DE USAR O EXTINTOR DE ESPUMA

1 – Retirar o aparelho com cuidado e levá-lo até as proximidades do fogo.


2 – Inverter o aparelho.
3 – Dirigir o jato contra a base do fogo, em caso de materiais sólidos.
4 – Dirigir o jato contra as bordas ou peças salientes, em caso de líquidos.

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EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

Extintor de Pó ou PQS, para maior facilidade, de estudo e reconhecimento. A carga desse


extintor constitui-se, quase exclusivamente, de bicarbonato de sódio, o qual é tratado, a fim de
circular livremente no interior do aparelho.
A principal ação do pó, no fogo, é fazer, sobre a superfície em chamas, uma nuvem de pó
para isolar o oxigênio. Além desta ação do pó no estado normal, ainda há a produção de CO 2
e vapor d’água em conseqüência da queima do bicarbonato, que auxiliam no abafamento.
A ação do extintor de pó demonstra mais eficiência que o CO2 , pois sendo sólida, a nuvem cai
e tem ação de permanência, pois o fogo, antes de tornar a avivar, tem de queimar o
bicarbonato.

TIPOS DE EXTINTORES DE PÓ QUIMICO SECO

a) Pressão Injetada:- Constitui-se de duas camadas: 1a. para o Pó, testada à pressão de
500 libras/polegadas quadradas e outra menor, de CO2 ou nitrogênio, com válvula de
abrir e fechar. O CO2 ou nitrogênio, comprime o pó a cerca de 250 Libras por polegada
quadrada. Consta ainda de um tubo flexível de saída com esguicho, com válvula tipo
gatilho, que permite descargas intermitentes.
b) Pressurizado:- consta de uma única peça, onde o pó é pressurizado com CO2 ou
nitrogênio, tendo um manômetro para controle da pressão interna.
O extintor de pó é empregado para incêndios em líquidos inflamáveis e para incêndios em
equipamentos elétricos. Também para fogos superficiais, desde que haja à disposição um
extintor que atue por resfriamento que auxilie a extinção do material, em combustão lenta e
braseiros. Os extintores de pó são recomendados para incêndios em metais, assim como:
magnésio, pó de alumínio, zinco, zircônio, sódio ou potássio. Neste caso, o Pó deve ser
especial.

MODO DE USAR O APARELHO EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO

Aparelho pressurizado

No caso de aparelhos que já forem providos da pressurização, proceder da seguinte forma:

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1 – Retirar o pino de segurança.


2 – Retirar a mangueira do suporte, segurando o difusor.
3 – Apontar para o fogo.
4 – Apertar o gatilho da válvula.

APARELHO PRESSURIZÁVEL
1 – Retirar o aparelho do suporte.
2 – Levá-lo o mais próximo possível do fogo.
3 – Retirar a mangueira do suporte, segurando pela pistola.
4 – Abrir o pressurizador lateral.
5 – Apertar o gatilho, dirigindo o jato para o fogo.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO

Atua o CO2 como agente extintor por abafamento. A rápida expansão do CO2 comprimido
baixa a temperatura e parte do gás são solidificadas em partículas (gêlo sêco). O efeito do gás

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é o abafamento pela exclusão do oxigênio. O CO2 é gás incolor e não venenoso. Quando
inalado em grande quantidade, pode sufocar. O CO2 não é condutor de eletricidade.
É contraindicado para o fogo de classe “A”, age sómente, sobre a chama e é quase nulo seu
poder de penetração. Não é eficiente em fogo de madeira, tecidos, etc. Bom para o combate
ao fogo de classe “B”, abafa a superfície inflamada e exerce ao mesmo tempo o poder de
resfriamento, contribuindo para a extinção das chamas.
Deve ser evitado o jato em qualquer parte do corpo, pois poderá provocar queimaduras.
É indicado para combate ao fogo de classe “C”, pois além de abafar o fogo e não ser condutor
de eletricidade, não danifica os equipamentos com os quais não tem contato.

PRINCIPAIS PARTES DO EXTINTOR DE CO2.

1 – Cilindro de aço.
2 – Gatilhos de ação rápida (jato intermitente).
3 – Esquicho difusor de forma cônica, que nos modelos pequenos é ligado diretamente à
válvula.
4 – Mangueira flexível de alta pressão, que nos modelos grandes liga a válvula ao difusor.
5 – Pino de segurança.
6 – Válvula de segurança.

Os extintores de CO2 não precisam ser recarregados periódicamente, porém, no mínimo em


cada seis meses, deverá ser verificado o peso do seu gás. Caso este peso tenha caído cerca
de 10%, o aparelho deverá ser recarregado imediatamente.
Os extintores de CO2 devem ser recarregados por pessoal habilitado, que possui equipamento
necessário, o que evitará danos prejudiciais aos aparelhos, pelo uso de ferramentas não
adequadas. Deverão os cilindros ser submetidos a testes de segurança, no mínimo cada cinco
anos.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM O EXTINTOR DE CO2

1 – Não conservá-lo em locais de elevada temperatura, acima de 40 C.


2 – Não usá-lo em incêndios de pós metálicos e metais alcalinos.
3 – Não usá-lo em incêndios de materiais comuns onde possa se verificar uma combustão
lenta, com brasas.

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4 – Não permanecer em local inundado de CO2, pois apesar de não ser tóxico, é sufocante.
5 – Não usar CO2 em superfície frageis e superaquecidas, pois a diferença brusca de
temperatura provocará ruptura no material.

MODO DE USAR O CO2

1 – Retirá-lo do suporte da parede.


2 – Conduzi-lo pelo punho até a proximidade do fogo.
3 – Retirar o pino de segurança.
4 – Retirar o esguicho do suporte, pegando-se pelo punho.
5 – Acionar a válvula ou gatilho.
6 – Dirigir o jato contra a base do fogo.

APARELHO EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

Atua a água como agente extintor por resfriamento. Sua ação específica está nos incêndios
classe “A”, com inúmeras vantagens sobre a espuma, dado o seu poder de penetração em
combustíveis sólidos com combustão lenta.
Totalmente contra indicado em fogos de classe “B” e “C”. No primeiro caso, por poder
aumentar o volume do líquido em combustão, além de, com a força do jato, espalhar mais
fogo. No caso do fogo em eletricidade, é contra-indicado pelo fato de conduzir corrente e por
em risco a vida do operador.
Podemos encontrar extintores de água acionados por dois sistemas: pressurizados e
pressurizáveis.

a) – PRESSURIZADO:- Á água contida em seu cilindro de aço é mantida sob pressão


durante o tempo todo. Essa pressão, que pode ser de ar comprimido ou CO 2 , é
controlada através de manômetros. O aparelho é operado mediante a retirada do pino de
proteção e acionamento da válvula, sendo o jato guiado por mangueira nele contida.
b) – PRESSURIZÁVEIS:- São aparelhos formados por um cilindro metálico contendo água e
outro cilindro de aço anexo, contendo CO2, provido de válvula que, em caso de uso, é
aberta liberando o CO 2, para o cilindro que contém água, possibilitando a expulsão da
mesma sob pressão. Como no caso anterior é esse aparelho possuidor também de
mangueira para dirigir e orientar o jato.

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CUIDADOS COM O USO DO EXTINTOR DE ÁGUA

1- Não usá-los nos incêndios em equipamentos elétricos ou pós metálicos ou metais


alcalinos.
2- Verificação constante através do manômetro ou do peso do pressurizador.
3- Inspecionar periódicamente o cilindro internamente, para verificar a existência de
corrosão, eliminando-a.
4- Sómente abrir o extintor de água, quando houver certeza de que o mesmo está totalmente
sem pressão.

MODO DE USAR O EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

PRESSURIZADO:-
1 – Retirá-lo do seu suporte.
2 – Conduzi-lo pelo punho até as proximidades do fogo.
3 – Soltar a trava de segurança.
4 – Acionar o gatilho.
5 – Dirigir a água para a base do fogo.

PRESSURIZÁVEL:-
1 – Retirá-lo do suporte.
2 – Levá-lo até as proximidades do fogo.
3 – Abrir a válvula do pressurizador.

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EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS

Chama-se, para efeito de prevenção e combate a incêndios de material hidráulico o


equipamento que torna possível transportar a água dos locais de abastecimento às
imediações do fogo.

A) MANGUEIRAS
As mangueiras para incêndio são geralmente de lona ou fibras sintéticas forradas em
borracha.
As mangueiras no trabalho contra incêndios são chamadas linhas. São linhas adutoras,
quando empregadas unicamente para o transporte de água até as imediações do incêndio e
linhas de ataque, quando empregadas para o ataque direto ao fogo.
Os danos causados às mangueiras, normalmente, são ocasionados pelo arrastamento, calor,
mofo, ferrugem, ácidos, gasolina, óleos, etc. O arrastamento das mangueiras em superfícies
abrasivas desgasta-lhes o tecido, enfraquecendo-as.
Pregos, farpas, vidros, podem ocasionar estragos sérios as mangueiras.
Deve-se evitar: arrastá-las desnecessáriamente, passagem de veículos sobre eles, guardá-las
molhadas.
Para conservação das mangueiras devem ser observadas as seguintes normas:
1 – Conservá-la secas e em local ventilado;
2 – Mantê-las desligadas dos hidrantes;
3 – Examiná-las visualmente quanto à ruturas ou abrasões;
4 – Submetê-las a teste de pressão hidráulica, após 10 anos de serviço, e posteriormente,
cada 2 anos;
5 – Secá-las completamente após o uso.

B) MANOBRA COM MANGUEIRAS


1 – ENROLAR:-

O transporte e a guarda das mangueiras são geralmente feito com os lances enrolados. Para
se enrolar um lance de mangueira deve-se colocá-lo estendido, o mais reto possível e iniciar-
se o enrolamento por uma das extremidades.

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2 – DOBRAR

Quando se acondicionam mangueiras nas caixas de incêndio, carretas ou carros de


bombeiros, prevendo-se uma utilização imediata, estas devem primeiramente ser dobradas ao
meio e depois enroladas, de maneira que as duas extremidades fiquem do lado externo do
rolo. Na dobra central convêm que seja colocado um tarugo de madeira, para evitar uma
dobra viva na mangueira.

3 – ENGATE

O engate de uma mangueira a um hidrante, a outra mangueira ou a um esguicho se faz


adaptando os dentes da junta de engate rápido da mangueira à abertura da outra junta,
girando-a em seguida para a direita.
Para desengatar, é suficiente segurar uma das juntas e girar a outra até liberar os dentes, que
possam pelas respectivas aberturas.
Se necessário, usa-se chaves de mangueiras para facilitar o desengate.

4 – DESCARGAS DE ÁGUA

Terminado o trabalho, os lances da mangueira são desengatados e colocados estendidos ao


solo de maneira a mais reta possível. Uma pessoa levanta uma das extremidades de
mangueira e caminha sob ela, levantado-a sucessivamente por partes, até provocar a total
saída da água de seu interior. Depois achata-la bem ao solo, procedendo a seguir seu
enrolamento.

C – MANGOTINHO

“(São mangueiras de borracha de diâmetro menor do que o das mangueiras comuns de ¾ ou


1”). São utilizadas em instalações leves ou carros de bombeiros. Especialmente indicados
para trabalhos em princípio de incêndio, pois possuem bôa capacidade extintora, sem
provocar grandes danos ao material como acontece, com frequência, nos trabalhos realizados
com mangueiras de 2 ½”.

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C) ACESSÓRIOS

Entre os equipamentos complementares do material hidráulico, alguns são indispensáveis ao


trabalho.
Far-se-á a referência aos mais comumente empregados:

1 – Junta de União

Para facilidade de transporte e manuseio, as mangueiras são utilizadas em seções de 15 a 30


metros. Para interligá-las e para juntá-las aos hidrantes, carros de bombeiros ou esguichos, às
suas extremidades são adaptados peças metálicas, dotadas de encaixes, que tornam
possíveis estas ligações. Essas peças são chamadas juntas de união.
Antes de o operador providenciar qualquer ligação, deve, preliminarmente, verificar a
existência de arruelas de borracha, sem as quais a perda de água e de pressão poderá
comprometer todo o trabalho da linha.

2 – Esguichos:-

Esguichos são peças reláticas adaptadas à extremidade da linha de mangueira, destinadas a


dar forma, dirigir e enrolar o jato de água.

São vários os tipos de esguichos:

Esguicho agulheta:-
É o tipo mais comum. Constituído de um cone oco. A parte posterior é ligada à mangueira e a
parte anterior, mais fina, dispõe de boca removível chamada requinte.
O requinte, cujo diâmetro regula a formação do jato, pode ser substituído por outros de
diversos tamanhos, conforme se deseje jato, de maior ou menor volume de água ou menor
alcance.

Esguicho com regulagem:-


São os tipos de esguichos com dispositivo especial capazes de produzir jatos sólidos ou
neblina, controlados pelo próprio operador.

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3 – Derivantes e coletores:
Derivantes são aparelhos destinados a permitir desdobrar uma linha em duas ou mais linhas
de ataque.
Coletores se destinam a reunir em uma só linha duas ou mais linhas adutoras. Os coletores
são usados muito raramente, pois somente nos casos de se ter mais de uma fonte de
reabastecimento com pressão, tenta-se reuní-las em uma só tinha, para se conseguir a
pressão mínima indispensável para o trabalho.

4 – Chave de mangueira:-

Destina-se a completar o engate ou desengate das juntas de união. Alguns tipos servem
também, como alavanca para pequenos arrombamentos.

AGENTES EXTINTORES

CLASSES ÁGUA ESPUMA PÓ CO2 ABC


DE FOGO QUIMICO
A Ótimo Bom Regular Não Ótimo
B Não Bom Ótimo Bom Ótimo
C Não Não Bom Ótimo Bom
D Não Não * Ótimo Não Não
? Para os incêndios de classe “D” usa-se o Pó Químico Especial.

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA

01 – Não permita o acúmulo de lixo fora dos locais apropriados.


02 – Não guarde estopa nem trapos impregnados de óleo, cêra, ou combustível porque
podem inflamar espontaneamente.
03 – Não fume em locais proibidos.

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04 – Não jogue pontas de cigarros acesos e apague fósforos antes de jogá-los for a; use
sempre cinzeiros nos locais onde é permitido fumar.
05 – Mantenham em seu poder as quantidades mínimas de inflamáveis, estritamente
necessárias o seu trabalho.
06 – Conserve os combustíveis e inflamáveis em recipientes próprios, fechados, em ordem e
devidamente rotulados, longe do alcance dos “curiosos”.
07 – Os líquidos inflamáveis emitem vapor constantemente: aquecê-los, ascender fogo em
sua extremidade ou produzir faíscas nas imediações é arriscar-se a MORRER por
EXPLOSÃO e INCÊNDIO.
08 – Não permita a formação de poças de combustíveis, nem que os mesmos sejam jogados
no esgoto, pois que se inflamam fácilmente e produzirão explosões. Lave os derramamentos
com água.
09 – O uso de combustível para limpeza requer ventilação do ambiente e especial atenção às
fontes de calor próximas, que devem ser eliminadas.
10 – Não use fogareiros a álcool ou outros em locais não apropriados. Não aqueça o almoço
em locais inadequados como vestiários, “quartinhos”, depósitos, etc.
11 – A fumaça é asfixiantee, às vezes, também tóxica. Evite respirá-la e não desça por
escadas interiores que estejam tomadas pelo gás quente ou pela fumaça. Você seria
fatalmente ASFIXIADO.
12 – As lâmpadas elétricas produzem calor; não às abandone em contato com substâncias
combustíveis.
13 – Mostre ao novo funcionário os riscos de acidentes e incêndio existentes no seu local de
trabalho e “apresente-o”aos meios de prevenção e combate ali localizados.
14 – Não faça instalações elétricas “de emergência”porque elas sobrecarregam os circuitos,
provocando aquecimentos e fogo.
15 – Não substitua fusíveis queimados por moedas, chapinhas etc. Os fusíveis são a únicas
seguranças da instalação contra a sobrecarga e o incêndio.
16 – Em caso de incêndio, não deixe o pânico fazer vítimas; faça com que as pessoas saiam
em ordem, devagar, sem atropelos e que fechem as janelas, gavetas e portas.
17 – Não obstruam, nem mudem de lugar, os aparelhos de combate a incêndio (extintores,
hidrantes, mangueiras, etc.).
18 – Se você usar um extintor ou descarregá-lo acidentalmente, comunique o fato
imediatamente ao responsável, por escrito, para que se providencie a sua recarga.
19 – Não rompa os lacres dos extintores, a não ser para usá-los.
20 – Não exerça atividades diversas das previstas para cada local ou recinto.

AUTOR:- NICOLAU BELLO GOMES 19


nicobelo@hotmail.com
APOSTILA PARA INICIANTE A BRIGADA DE INCÊNDIO 20
AUTOR NICOLAU BELLO GOMES – nicobelo@hotmail.com

PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIO


Certificado o fogo, avise imediatamente o Corpo de Bombeiros.

Aja da seguinte forma:-

Nosso telefone de emergência 555.

Telefone 193 ou 3221-3416 ou 3221-7460


Uma vez atendido pelo Corpo de Bombeiros, ofereça as seguintes informações:
a) Há um incêndio.
b) Local
c) Um ponto de referência se a rua for pouco conhecida.
d) Tipo de prédio.
e) O que está queimando e em que andar.
f) Extensão do incêndio (sala, conjunto, quarto, todo o pavimento ou prédio todo, etc).
g) O nome de quem estiver avisando e o respectivo número do telefone.
h) Informe também se há feridos.

DADAS AS INFORMAÇÕES:-
Aguarde o pedido de confirmação, que será feito logo em seguida pelo Corpo de
Bombeiros.

ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA

(vide abaixo)

AUTOR:- NICOLAU BELLO GOMES 20


nicobelo@hotmail.com
APOSTILA PARA INICIANTE A BRIGADA DE INCÊNDIO 21
AUTOR NICOLAU BELLO GOMES – nicobelo@hotmail.com

ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA DE
INCÊNDIO

¶ 1 - Zelar pelas Normas de Segurança, limpeza e manutenção dos


Hidrantes, extintores, bombas, telefones de emergências e macas.
¶ 2 – Auxiliar na Ordem e disciplina do comportamento
humano dentro da Fábrica. Ex:- discussões, aglomerações
que provocam desordem ou transtorno para a
tranqüilidade da Fábrica.
¶ 3 – Não fumar nos recintos da Fábrica. Somente permitido na
Área de Café.
¶ 4 – Não permitir o uso de CELULAR nos recintos da Fábrica.
Orientar, se houver a necessidade, para o uso de telefones comum
existente nos escritórios.
¶ 5 - Dar bom exemplo nas atitudes, no comportamento, na
assiduidade, higiene e disciplina.
¶ 6 - Em caso de princípio de incêndio, utilizar extintores
imediatamente e tomar providências necessárias para a solução
dos problemas.
¶ 7 - Evacuação de pessoas do local de trabalho nos casos de
emergência.
¶ 8 - Realizar, registrando em relatórios específicos, as seguintes
inspeções:
Moto Bomba – ligar durante 15 minutos – semanalmente
Hidrantes – Certificar a vazão nos Hidrantes – mensalmente
Extintores – Inspeção Geral – mensalmente
¶ 9 - Efetuar limpeza nas caixas de mangueiras, tubulações e
extintores mensalmente.
¶ 10 - Realizar no mínimo, um Treinamento prático por mês,
conforme escala.
¶ 11- Estar atento às responsabilidades descritas no Plano de
Emergência.
¶12- Instruir terceiros e contratados quanto aos procedimentos de
Emergência e as Normas da Companhia.

AUTOR:- NICOLAU BELLO GOMES 21


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APOSTILA PARA INICIANTE A BRIGADA DE INCÊNDIO 22
AUTOR NICOLAU BELLO GOMES – nicobelo@hotmail.com

AUTOR:-
NICOLAU B GOMES
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