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Delegacia Fluvial de Guaíra

ETSP – 06/2021

Noções de combate a incêndio


Noções de combate a incêndio
Objetivos:
Introdução
Elementos do fogo
Tetraedro do fogo
Métodos de extinção
Classificação dos incêndios
Agentes extintores
Extintores portáteis
Introdução
A humanidade incorporou o fogo à sua rotina há milhares de anos

Um dos desafios que ainda perduram é o pleno controle do fogo


Introdução

Fogo Incêndio
Elementos do fogo

Combustível

Comburente

Calor (Temperatura de Ignição)


Elementos do fogo

Combustíveis Sólidos
A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e,
então, reagem com o oxigênio. Outros sólidos (principalmente
metais) primeiro transformam-se em líquidos, e posteriormente
em gases. Quanto maior a superfície exposta, mais rápida será o
aquecimento do material e, consequentemente, o processo de
combustão. (carvão, madeira e pólvora)
Elementos do fogo

Combustíveis líquidos
Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que
dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo para os
homens que combatem o fogo. Na sua maioria são mais leves
que a água e flutuam sobre ela. (gasolina, álcool e éter)
Elementos do fogo

Combustíveis gasosos
Os combustíveis gasosos são armazenados em recipientes,
sob pressão. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás
tende a subir e dissipar-se. Se o peso do gás é maior que o do
ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha
na direção do vento, obedecendo aos
contornos do terreno.
(metano, etano, etileno e butano)
Elementos do fogo

Comburente

É todo elemento que, associando-se quimicamente ao


combustível, é capaz de fazê-lo entrar em combustão. O
oxigênio é o comburente mais facilmente encontrado na
natureza. O oxigênio existe no ar atmosférico em uma
quantidade aproximada de 21%. Normalmente, não ocorre
chama quando a concentração de oxigênio no ar é inferior a
13%.
Elementos do fogo

Temperatura de Ignição
É a temperatura necessária para que a reação química
ocorra entre o combustível e o comburente, produzindo gases
capazes de entrarem em combustão.

Principais Fontes: Reação química (que libere calor),


centelhas, atrito, compressão, chamas e o ambiente.
Tetraedro do fogo

Existe ainda uma reação química contínua entre o combustível


e o comburente, derivada do calor, responsável pela liberação
de mais calor que mantém a combustão, denominada reação
em cadeia. A reação em cadeia não é um elemento do fogo,
mas sim, um processo que se vale do combustível, comburente
e calor para dar sustentabilidade ao processo de combustão.

Se houver quebra da reação em cadeia será promovida a


extinção da combustão,
Tetraedro do fogo
Métodos de extinção

Abafamento

Resfriamento

Quebra da reação em cadeia


Métodos de extinção
Abafamento

O abafamento, que consiste em reduzir a quantidade de


oxigênio para abaixo do limite de 13%. Não havendo
comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo.
Como exceções estão os materiais que têm oxigênio em sua
composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar,
como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco.
Métodos de extinção
Resfriamento

É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu


agente universal a água. Consiste em reduzir a temperatura de
um combustível, ou da região onde seus gases estão
concentrados, abaixo da temperatura de ignição, extinguindo o
fogo. Somente por resfriamento podem ser extintos os
incêndios de combustíveis que tenham comburente em sua
estrutura.
Métodos de extinção
Quebra da reação em cadeia

Processo de extinção de incêndios, em que determinadas


substâncias são introduzidas na reação química da combustão
com o propósito de inibi-la. Neste caso não há abafamento ou
resfriamento. Apenas é criada uma condição especial (por um
agente que atua em nível molecular) em que o combustível e o
comburente perdem, ou têm em muito reduzida, a capacidade
de manter a reação em cadeia
Classificação dos incêndios
A Associação Brasileira de Normas Técnica – ABNT, por meio
da NBR 12693, classifica os incêndios de acordo com os
materiais neles envolvidos.

INCÊNDIO CLASSE “A”


INCÊNDIO CLASSE “B”
INCÊNDIO CLASSE “C”
INCÊNDIO CLASSE “D”
INCÊNDIO CLASSE “K”
Classificação dos incêndios

INCÊNDIO CLASSE “A”


São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que
formam brasas e deixam resíduos. São os incêndios em
madeira, papel, tecidos, borracha e na maioria dos plásticos.
Classificação dos incêndios

INCÊNDIO CLASSE “B”


São os que se verificam em líquidos inflamáveis (óleo,
querosene, gasolina, tintas, álcool, etc.) e também em graxas e
gases inflamáveis.
Classificação dos incêndios

INCÊNDIO CLASSE “C”


São os que se verificam em equipamentos e instalações
elétricas, enquanto a energia estiver alimentada, como, por
exemplo, um motor elétrico ligado.
Classificação dos incêndios

INCÊNDIO CLASSE “D”

São os que se verificam em metais como lítio e


cádmio (em baterias), magnésio (em motores),
selênio, antimônio, potássio, alumínio
fragmentado, zinco, titânio, sódio e zircônio.
São exemplos de metais combustíveis.
Classificação dos incêndios

INCÊNDIO CLASSE “D”


É caracterizado pela queima em altas
temperaturas e por reagir com extintores
comuns (principalmente os que contenham água).
Classificação dos incêndios
INCÊNDIO CLASSE “K”

São os que se verificam em gordura animal,


vegetal e têm sido por muito tempo a principal
causa de incêndios em cozinhas. A natureza
especifica desses incêndios é diferente da maior
parte dos outros incêndios.
Classificação dos incêndios
INCÊNDIO CLASSE “K”

Depois de ocorrida a autoignição, o óleo mudará


ligeiramente sua composição ao queimar-se,
tornando a nova temperatura de autoignição mais
baixa que a original. Com isso o incêndio tornar-se-á
autossustentável, a menos que a massa inteira de
óleo seja resfriada a uma temperatura abaixo
desta nova.
Agentes extintores
Agentes extintores
Água Pressurizada
Agente extintor de uso mais comum, é aplicada nas formas de
jato sólido e neblina de alta velocidade. Atua principalmente por
resfriamento. É o meio por excelência para a extinção de
incêndios classe “A”, onde o material tem de ser bem
encharcado de água para garantir a extinção total do fogo e
impedir seu ressurgimento.
Agentes extintores
Água
Na ausência de espuma, também é altamente eficiente na
extinção de incêndios classe “B”.
A água extingue incêndios principalmente por resfriamento
e, secundariamente, por abafamento.
Agentes extintores
Espuma

É um agente extintor aplicado preferencialmente em incêndios


classe “B”, podendo ser também utilizada em incêndios classe “A”.
Espuma Mecânica – Empregada para produção de grandes volumes
de espuma que misturam proporcionalmente o líquido gerador com
ar e água. A espuma mecânica atua flutuando sobre a superfície do
líquido inflamado isolando-o da atmosfera.
Agentes extintores
Espuma

A água representa aproximadamente 85% (em peso) da


composição da espuma, tendo um efeito secundário na extinção do
incêndio. A espuma extingue o incêndio principalmente por
abafamento e, secundariamente, por resfriamento.
Agentes extintores
Vapor
O vapor de água pode ser utilizado como agente extintor, por
abafamento. Por sua temperatura normalmente elevada, não
tem nenhuma ação de resfriamento.
Usa-se o vapor para extinguir incêndios classe “B”,
principalmente em porões de praças de caldeiras, tanques de
carga e praças de máquinas de navios a vapor, quando
esses incêndios se mostram insensíveis a outros métodos.
Agentes extintores
Gás carbônico
O gás carbônico é um gás inerte que não alimenta a
combustão, agindo na redução do comburente (oxigênio) a
níveis abaixo de 16%, sendo empregado como agente extintor
por abafamento, criando, ao redor do corpo em chamas, uma
atmosfera pobre em oxigênio.
Agentes extintores
Gás carbônico
É especialmente indicado para incêndios classe “C”, por ser
um mau condutor de eletricidade. O CO2 é amplamente
utilizado em extintores portáteis, sendo empregado em
incêndios das classes “B” e “C”.
Agentes extintores
Compostos halogenados e halocarbonados
Os compostos halogenados são utilizados atualmente apenas
em sistemas fixos. O mais conhecido e utilizado na Marinha do
Brasil é o halon. O Protocolo de Montreal restringiu o halon
devido a sua implicação na destruição da camada de ozônio.
Quando liberado, o halon forma uma nuvem de gás, com
aspecto incolor, inodoro e densidade cinco vezes maior que a
do ar. Ele extingue o fogo através da quebra da reação
em cadeia, atuando a nível molecular.
Agentes extintores
Compostos halogenados e halocarbonados
Quando um incêndio for extinto por um agente halogenado,
alguns cuidados deverão ser tomados, pois subprodutos
oriundos da combustão, formando diversos elementos tóxicos
podem causar a morte instantânea.
Para se efetuar a reentrada será
necessário o uso de um equipamento
autônomo de respiração.
Agentes extintores
Compostos halocarbonados e halocarbonados

O gás halocarbonado é um agente extintor que tem como


componentes primários um ou mais componentes orgânicos
que contenham: fluorino, bromino clorino ou iodino.
São gases limpos, pois não deixam resíduo após a evaporação
quando na supressão do incêndio; e são não condutores
elétricos.
Agentes extintores
Compostos halocarbonados e halocarbonados
São aplicáveis, onde um meio de combate não condutor
elétrico é essencial ou desejável e onde a limpeza pós
combate por outro meio apresente problemas.
Agentes extintores
Pó químico
Os pós químicos secos são substâncias constituídas de
bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de
potássio. O pó químico extingue o fogo através do método de
extinção química, pois faz a quebra da reação em cadeia,
atuando a nível molecular e também por abafamento.
Agentes extintores
Pó químico
É empregado para combate a incêndios em líquidos
inflamáveis, podendo ser utilizado também em incêndios de
equipamentos elétricos energizados, porém podem inutilizar os
Mesmos.

PQS – Tipos B e C MET-L-X – Tipo D APC – Tipo K


Água Pressurizada

Dirigir o jato contínuo para a base das chamas. Após extinto o


fogo, dirigir o jato sobre o material ainda incandescente até
encharcá-lo.
Espuma Mecânica

Lançar a espuma contra uma antepara/parede.


Dióxido de Carbono

A descarga, intermitente, deve ser dirigida para a base das


chamas, após sua extinção, deve ser mantido o jato para permitir
um maior resfriamento e prevenir o possível reavivamento do
fogo.
Pó Químico Seco

Esguicho sobre as chamas,movimentando o esguicho


rapidamente de um lado para outro.
Pó Químico Seco para Metais Combustíveis

Cobrir o metal incendiado com uma camada de pó, sem deixar falhas.
À medida que as chamas diminuírem de intensidade, reduzir a
pressão no esguicho e manter o jato sobre a área incendiada.
APC
Carretas
Obrigado

O “Fogo Sagrado” é a paixão, a fé, o entusiasmo a se dedicar à


carreira; é o seu intenso amor, o seu devotamento pela grandeza
da profissão; é a larga medida de uma verdadeira vocação e de
um sadio patriotismo. É o supremo amor pelo serviço. É essa
crença que anima a ponto de, naturalmente, julgar que os deveres
que a lei marca são o mínimo, e que para bem servir cumpre ir
além do próprio dever, fazer tudo quanto é humanamente possível,
à custa, embora, de ingente labor. O “Fogo Sagrado” é essa força
misteriosa que, dominando a alma, o conduz sempre ao sacrifício
com inexcedível vibração e estoica resignação.

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