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Prevenção e Combate ao Fogo .......................................................................................... 3


Equipamentos Auxiliares ................................................................................................... 6
Emergência a bordo ........................................................................................................... 8
Sobrevivência na Selva, Deserto e Gelo .......................................................................... 15
Sobrevivência no Mar ...................................................................................................... 21
Fatores Humanos na Aviação Civil ................................................................................. 25
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‣ O controle e a extinção de um incêndio requerem que os assuntos tratados neste


manual, como a natureza física e química do fogo, os dados sobre as fontes de
calor, a composição e característica dos combustíveis e as condições necessárias
para a combustão sejam entendidos e relacionados entre si;

‣ Grande parte das mortes em incêndios é causada pela a absorção da fumaça


inalada no mesmo devido ao monóxido de carbono;

‣ Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo co-


mo o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à
combustão de materiais diversos.

‣ Para que haja combustão, os quatro elementos essenciais precisam estar presentes
(tetraedro do fogo):

Calor: Dá início ao fogo.

Combustível: Alimenta o fogo, seja ele


sólido, líquido ou gasoso.

Comburente: Oxigênio que alimenta e


intensifica o fogo.

Reação em cadeia: é o que torna a queima


autossustentável, ou seja, o calor do fogo
gera novas partículas químicas que são
queimadas formando um ciclo.

‣ Combustíveis que são líquidos são classificados em duas definições: Volátil ou


Não volátil. Volátil, seu acendimento é rápido, como o álcool e gasolina. O Não
Volátil são combustíveis que tem seu acendimento demorado;

‣ A combustão pode ser classificada em Completa e Incompleta. A combustão


completa ocorre quando existe oxigênio suficiente para consumir todo combustível. A
Incompleta é a falta de oxigênio para consumir o combustível.
‣ Métodos de extinção do Fogo:

Extinção Física Extinção Química


Resfriamento: retirar o calor do material.
Isolamento retirada do combustível ainda não Quebra de reação em cadeia: extintor Halon que age a
queimado. nível molecular impedindo a propagação do fogo.
Abafamento: impedimento do contato do comburente
(oxigênio) com o combustível.
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‣ Classificação de Classes de Incêndios:

Classes Características Agente extintor ideal


do fogo
São combustíveis sólidos. Exemplo: Papel, Água pressurizada (comum) e
A camisa, espuma, couro, algodão etc. água pressurizável (temos no
avião).
São combustíveis líquidos inflamáveis e PQS (pó químico seco), que
B graxas, quemam apenas na superfície. causa dificuldade de respirar
Exemplo: Gasolina, querosene, álcool, óleo, em local fechado ou HALON.
etc.
Todos os equipamentos ligados a rede CO², oferece risco de
C elétrica. Quando desligado a energia torna- queimadura por sua baixa
se de classe A. Exemplo: Geladeira ligada, temperatura ou HALON.
fogão ligado, micro-ondas etc.
D São metais pirofóricos: Urânio, sódio, Pó químico especial ABC.
petróleo, metais leves, lítio, magnésio etc. Nunca usar extintores de
HALON ou água nessa classe.

Para melhor fixação deste conteúdo utilize o acrônimo BLEM:


“Se tem fogo não está tudo BLEM”
Característica Classe
B - Brasa A
L - Líquidos e graxos B
E - Energizados C
M - Multicoisas D

‣ As três primeiras fases de um Incêndio são a eclosão, instalação e propagação;


Eclosão: Dá origem ao fogo;

Instalação: É quando há uma forma definida de combustão;

Propagação: Desenvolvimento do fogo após a instalação. Temos três tipos:


1. Condução: transmitido pelo próprio material molécula a molécula

2. Convecção: transmitida através de uma massa de ar aquecida

3. Irradiação: transmitido por ondas de calor, sem utilizar qualquer meio


material.
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‣ O ponto de fulgor é a temperatura na qual um combustível libera vapor em


quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável. Ele sozinho não é
suficiente para gerar fogo, é necessária uma fonte de calor externa.

‣ O ponto de ignição é a temperatura mínima em que ocorre uma combustão,


independente de uma fonte de ignição, como uma chama ou faísca, quando o
simples contato do combustível , em contato com o comburente já é o suficiente
para estabelecer a reação.

‣ Extintores de água: São extintores usados somente para fogos de classe A.


Pelo o método de resfriamento. O Extintor é diferenciado da cor Verde,
alcance de até 6 metros e duração de 30 segundos;

‣ Extintores C0²: É indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico


energizado), por não ser condutor de eletricidade. Pode ser usado também em
incêndios de classes A e B (sendo necessário o rescaldo posterior). Age pelo o
método de abafamento e resfriamento. Sua utilização pode causar queimaduras
e sufocamento em lugares confinados.

‣ Extintores de Halon: São os extintores mais usados na Aviação, há vários tipos


sendo o BCF 1211 o mais comum. O extintor de Halon age por abafamento e
quebra da reação química. Ele é utilizado para pagar fogo de classe B, classe C e
classe A com restrições porque necessita de rescaldo posterior, que consiste em
eliminar as brasas e o calor utilizando outro extintor ou qualquer líquido não
inflamável. Alcance de até 2 metros e duração de 8 segundos;

‣ O comissário deve fazer o check pré voo verificando a fixação, validade do


extintor, o lacre, o manômetro (ponteiro na faixa verde) e a integridade do mesmo;

‣ Extintor deve ser usado na posição vertical e em movimentos de varreduras;

‣ Em caso de incêndio a bordo da aeronave, o comissário deve notificar


primeiramente ao comandante e combater o fogo em seguida ou notificar outro
comissário enquanto você combate o fogo. Retire os passageiros ao redor e isole;

‣ A aeronave possui sistemas de prevenção e combate de incêndio fixos e Portáteis:


Fixos: Portátil:
Detectores de fogo ou fumaça (prevenção); Extintores Manuais.
Extintores para os motores e a APU -
Auxiliary Power Unit (combate);
Extintor de HALON sob (abaixo) as pias do
Toalete (combate).

‣ Lembre-se de que equipamentos de combate ao fogo são os extintores portáteis


e os equipamentos de prevenção são os quipamentos de fumaça e o placar
indicativo de temperatura (próximo á lixeira do lavatório).

‣ Os lavatórios são equipados com um extintor Halon, que estar sob (abaixo) da pia.
Ele possui dois bicos ejetores com cera nas pontas que derretem a 79ºC ou 174ºF;
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Machadinhas: encontrada na Cabine de comando, cabo isolante de 15.000 volts.

Luvas de Kevlar ou Amianto: protege de temperaturas de 250ºC até 700ºC (com uso
rapido).

CAF: Capuz antifumaça ou PBE (protective breathing equipament) é utilizado para


proteger os órgãos de visão e respiração durante um combate ao fogo ou
despressurização. No check pré-voo, o comissário deverá verificar o lacre e o
indicador de integridade;

Máscaras full-face: cobre a região da cabeça toda com um cilindro de O² acoplado,


protege órgãos de visão e respiração ou em tratamento terapêutico.
Conecte a máscara na saída correta:
Vermelha (HIGH): É para Adultos, 4 litros
por minuto.

Verde (LOW): É para uso de crianças ou


bebês (tubo afastado do rosto), 2 litros por
minuto.
No check pré-voo o Cilindro de O² deverá
estar na posição 1500 PSI.

‣ As máscaras de CAF são utilizadas apenas por tripulantes para entrar em áreas
tóxicas ou em caso de despressurização. Possui um cilindro de O² e dura 15
minutos.

‣ Ao perceber nos lavatórios, verifique a temperatura com o dorso da mão, se a porta


estiver quente, não abra. Abra uma pequena fresta da porta e descarregue o
extintor HALON. Desligue a eletricidade e realize o rescaldo posterior;

‣ Em um incêndio, com presença forte de fumaça na cabine de passageiros, deve-


se rastejar o mais próximo do chão e improvisar uma máscara com um lenço
umedecido no rosto até saída de emergência mais próxima;

‣ Os extintores portáteis são aparelhos operados no combate ao princípio de


incêndio;

‣ Existem combustíveis que pela sua grande velocidade de queima, criam enorme
produção de gases e quando inflados em compartimentos fechados produzem
explosão;
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‣ Um passageiro que estava fumando a bordo acabou adormecendo e deixou o


cigarro cair no tapete gerando um princípio de incêndio. O extintor mais adequado
para combater o fogo é o de água pressurizada. O uso do cigarro a bordo é
proibido em todas as fases do voo;

‣ Não podemos utilizar o extintor de água em um fogo de classe D devido a


possibilidade de Explosão;

‣ O estofado da poltrona, um forno elétrico da galley (energizado), o combustível da


aeronave e o lixo dos toaletes são, respectivamente, incêndios de classe A, C, B e
A;

‣ Devemos ter cuidado ao acionar os extintores perto de pessoas, a fim de não atingir
os órgãos da visão e a respiração;

‣ O Extintor de Halon é de uso em áreas confinadas;

‣ O toalete possui os seguintes sistemas de detecção de fogo: Detector fumaça,


Placar indicativo de temperatura e extintor de Halon fixo sob (abaixo) a pia do
lavatório;

‣ Os exemplos de equipamentos improvisados de combate ao fogo são refrigerante,


água mineral, gelo, mantas, líquidos a base d’água e urina;

‣ Incêndio em área aberta é aquela em que um CMS tem dificuldade de manter o


foco de incêndio isolado, em um ambiente não confinado;
‣ Incêndio em área fechada é aquele que ocorre em locais confinados por exemplo:
bins e lavatórios;

‣ Não é permitido beber a água do extintor de água pois contém glicol


(anticongelante).
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‣ Emergência é toda ou qualquer situação anormal que possa pôr em risco a


segurança da Aeronave ou das pessoas que nela ocupam;

‣ A Emergência onde não existe tempo hábil para efetuar manobras de emergência
é a Não preparada;

‣ A Emergência onde existe tempo hábil para efetuar manobras de emergência é a


Preparada. O comandante irá notificar e informar a emergência, comunicando o
tempo hábil para se preparar para o pouso, informar o local onde será efetuado o
pouso, sendo Mar ou Terra;

‣ Havendo tempo disponível para um pouso preparado, o cmte comunicará através


de um briefing chamado TEST:

T Tipo de emergência.
E Evacuação: possibilidade ou não.
Sinais convencionais a serem combinados. Para avisar
S que faltam 30 segundos para o impacto e avisar a
necessidade ou não de evacuação.
T Tempo disponível.

‣ Ao comunicar a situação de emergência aos passageiros os comissários deverão


se posicionar ao longo da cabine para transmitir segurança e conter o pânico.

‣ O Código internacional de emergência, para ser acionado no Transponder da


aeronave é 7.500 (Significa Sequestro);

‣ As malas deverão ser acomodadas nos compartimentos superiores (Bins) ou


trancado nos toaletes. As poltronas deverão estar na posição vertical e os
passageiros com o cinto atado durante todo o voo;

‣ É proibido fumar durante todas as partes do voo;

‣ Por medida de segurança, as saídas de emergências deverão estar desobstruídas;

‣ Cockpit estéril procedimento em que a comunicação entre comissários e cabine


de comando cessam, bem como sua entrada no cockpit em uma altitude de 10 mil
pés.

‣ Para que as luzes de emergência possam funcionar automaticamente, as posições


das chaves devem estar: ARMED na cabine de comando e NORMAL na cabine
pax.
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‣ Só poderão sentar próximas as saídas de emergências quem se sentir capaz para


abrir em uma eventual emergência. Não poderão ser colocados passageiros Idosos,
portadores de necessidades e, nem crianças com menos de 15 anos de idade;

‣ O Uso de equipamentos eletrônicos portáteis, a bordo somente será permitido


quando a aeronave estiver em nível de cruzeiro e com o modo avição ativado;

‣ É proibido em toda a parte do voo, qualquer tecnologia que tenha transmissão sem
fio que utilize radiofrequência (Como rádios, wireless, wi-fi e Bluetooth);

‣ Quando a Aeronave estiver abastecendo simultaneamente com o embarque dos


passageiros, a porta em uso para o embarque será a oposta à do Abastecimento;

‣ A RBAC-121 prevê a obrigatoriedade de kits de primeiros socorros e kits


médicos a bordo (abordado no GRUPO 3);

‣ A aeronave possui sistema de comunicação entre os tripulantes e entre os


tripulantes e passageiros, o MASTER CALL. É um sistema de comunicação por
meio de chamadas e luzes indicativas.

Rosa: comunicação entre tripulantes


(interfone);
Azul: chamada de passageiro no assento;
Âmbar: chamada de passageiro no
lavatório.

‣ O comissário deverá utilizar o megafone, para qualquer tipo de


comunicação, em caso de falha dos sistemas e para comunicação em
emergência;

‣ O cheque pré-voo dos megafones consiste em verificar sua fixação e sua


carga através da emissão de um som característico ao se apertar o gatilho;

‣ Em um pouso noturno, as janelas deverão estar abertas para acostumar a visão dos
passageiros;

‣ As luzes de emergência, antes de qualquer voo, deverão estar armadas em


Automáticas. Elas serão ligadas automaticamente quando houver falhas na
iluminação da cabine ou força desligada. Sua duração é de 20 minutos;

‣ Os cintos de segurança dos passageiros são de retenção abdominal e o dos


tripulantes são tóraco-abdominal;
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‣ Não é recomendado gestantes viajarem a partir do 7º mês de gestação. A partir do


8º mês é obrigatório a apresentação do laudo médico;

‣ Todas as aeronaves que realizem voos transoceânicos deverão disponibilizar


equipamentos individuais (Colete salva-vidas e assento flutuante) e coletivos
(barcos e escorregadeiras-barco) de flutuação;
‣ Antes de um pouso de emergência, o comissário deve fazer uma revisão mental
dos procedimentos de emergência em 30 segundos;
‣ Deve-se ser acomodado nos bolsões à frente, nas poltronas, os objetos
pontiagudos como sapatos, óculos e objetos cortantes;
‣ Quando a cabine de comando informa impacto, os comissários deverão dar a
ordem aos passageiros: “Abaixem-se, abaixem-se!” “Brace, Brace!”;
‣ Vozes de comando para uma evacuação:

“Soltem os cintos e saiam! Soltem os cintos e saiam!


“Realease your seatbelts and get out! Realease your seatbelts and get out!”

“Corram para mim! Corram para mim!


“Run to me! Run to me!”

“Salta e escorrega! Salta e escorrega!


“Jump! Jump!”

‣ O coeficiente de evacuação é a saída completa de todos os passageiros e


tripulantes da aeronave por uma saída de emergência operante em 90 segundos:

Tipo Equipamento auxiliar de Coeficiente de


de Descrição evacuação evacuação (em 90
saída segundos)
A Saída a mais de Escorregadeira inflável de pista 90 a 100
1,80m do solo dupla.
I Saída a mais de Escorregadeira inflável de pista 50 a 55
1,80m do solo simples.
II Saída a menos de Escada própria ou 30 a 40
1,80m do solo escorregadeira não inflável.
III Janela na cabine de Tiras, corda de escape ou 20 a 30
passageiros dispositivo para escorregar.
IV Janelas da cabine de Tiras ou corda de escape. 15 a 20
comando

‣ A sequência correta para sair em uma janela de emergência é:


PERNA - CABEÇA - TRONCA - PERNA

‣ As saídas que, normalmente, oferecem maiores restrições numa evacuação de


emergência no mar, na maior parte das aeronaves, são as das janelas sobre as
asas e a janela do cockpit;
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‣ Não se deve utilizar as saídas da aeronave em uma amerissagem (pouso em água)


que esteja abaixo do nível d’água. Somente as saídas acima da água;

‣ As saídas de emergências sobre as asas possuem tiras de escape, para o auxílio da


evacuação em uma amerissagem (pouso na água), deve-se tirar do seu
compartimento e fixá-la em uma argola no extradorso da aeronave (somente na
saída tipo III);

‣ O manômetro das escorregadeiras deve estar na faixa verde.

‣ Se as escorregadeiras não inflarem automaticamente, deve-se acionar o botão de


acionamento manual. Se mesmo assim o acionamento manual não funcionar, o
comissário deverá permanecer na saída de emergência inoperante e direcionar os
passageiros para outras saídas;

‣ Caso o passageiro não queria pular da aeronave, deve-se empurrar o passageiro


pela a cintura;

‣ Em uma eventual despressurização, o comissário


deverá imediatamente se sentar na poltrona mais
próxima, puxar a máscara de oxigênio e colocar em
seu rosto. Os demais passageiros deverão colocar
primeiro suas máscaras para então ajudar os outros;

‣ Na PSU, possui máscaras de oxigênio de acordo com o número de assentos, e,


uma máscara adicional para comissários ou crianças de colo (é por este motivo
que não devemos colocar mais de uma criança de colo em uma fileira);

‣ As máscaras de Oxigênio são acionadas de diversas formas:


Automaticamente pela despressurização da cabine;
Eletronicamente pelo comando no cockpit;
Manualmente inserindo algum objeto fino no compartimento das máscaras.

‣ TUL é o Tempo Útil de Lucidez ALTITUDE TUC / TUL


TUC é o Tempo Útil de Consciência 40.000 pés 10 a 30 seg
É o tempo em que a pessoa, sob o efeito da 35.000 pés 30 a 60 seg
despressurização, consegue manter sua capacidade de 30.000 pés 45 a 75 seg
raciocínio e sua coordenação motora para realizar 25.000 pés 2 a 3 min
tarefas e tomar atitudes. 2.000 pés 5 a 12 min

‣ A pressão interna da aeronave tem que ser maior que a pressão externa, então os
aviões são pressurizados a uma altitude de pressão entre 6.000 a 8.000 Pés;

‣ Se a pressão da cabine atingir 10 mil pés, assoará o alarme sonoro de


despressurização. Ao atingir 14 mil pés as máscaras de oxigênio cairão
automaticamente;
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‣ O comandante, em uma despressurização, tem 15 minutos para descer até o nível


de segurança, que é onde exista Oxigênio 0² na atmosfera a partir de 10.000 pés;

‣ Uma despressurização pode ser:


Explosiva: menos de 1 seg;
Rápida: entre 1 a 10 seg;
Lenta: mais de 10 seg.

‣ O sistema de oxigênio fixo é um ar misturado com o ar da cabine. Não é indicado


sua utilização em um incêndio a bordo, pois pode levar à intoxicação por
monóxido de carbono;

‣ Em um pouso emergência, deve-se informar aos passageiros os procedimentos de


evacuação com mímicas e gestos. Podendo haver passageiros estrangeiros e
surdos na aeronave;

‣ Uma turbulência pode ser severa, modera e leve. A pior é de céu claro, a CAT -
clear air turbulence se caracteriza por ventos em jato, não é detectado pois não há
umidade;

‣ Em uma turbulência, todos os passageiros deverão estar sentados com cintos atados
e a poltrona na posição vertical. Deve-se travar os compartimentos da galley;

‣ A posição de impacto dependerá da posição do seu assento:

Quando estiver de costas para o nariz da aeronave: Cinto de segurança apertado,


braços cruzados ou esticados e cabeça pressionada para trás;

Quando estiver de frente para o nariz da aeronave: Cinto de segurança apertado,


com os braços cruzados e a cabeça baixa, pressionando o pescoço para evitar o
efeito chicote (balançar a cabeça fortemente no impacto).
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‣ Antes da abertura da porta, em um pouso de emergência, o comissário deverá


verificar pela a janela as condições externas. Caso não for possível fazer a
evacuação por aquela saída, deve-se redirecionar os passageiros para saída mais
próxima;

‣ A evacuação da cabine deve ser evidente quando houver ruptura estrutural da


aeronave, fogo incontrolável na cabine ou amerrissagem (pouso no mar);

‣ A sequência hierárquica para autorizar a evacuação não evitente:


Comandante, tripulante técnico, chefe de comissários e comissários;

‣ Depois da evacuação, só poderá retornar a aeronave quando os motores esfriarem


e todo o combustível tiver evaporado;

‣ O anexo 13 da OACI diz sobre investigação de acidentes aeronáuticos e o anexo


17 fala sobre atos ilícitos na aviação civil;

‣ Após o pouso de emergência, os passageiros somente podem iniciar o abandono


da aeronave após sua parada total, abertura das portas e, quando necessário,
inflação das escorregadeiras;

‣ A dinâmica geral que envolve a evacuação da aeronave é:


Abrir os cintos de segurança, abrir as saídas e portas operativas, conduzir a
evacuação com rapidez e ritmo;

‣ Em um pouso na água, só poderão ser utilizadas as saídas de emergência que


estiverem acima do nível da água;

‣ Os coletes salva-vidas em crianças deverão ser ajustados nos ombros e nas


pernas e nos adultos deve ser ajustado nos ombros e cintura;

‣ Por medida de segurança, só deverá ter contato com a cabine de comando 10


minutos após a decolagem. Esse procedimento se chama Sterile Cockpit;

‣ Não é permitida a permanência de passageiros na Galley durante o voo, porque


em caso de despressurização não existe o número de máscaras suficientes;

‣ Se um passageiro cai durante uma evacuação, obstruindo o corredor da aeronave,


deve-se pedir ajuda aos outros passageiros;
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‣ O período internacional de silêncio é quando as chamadas de socorro são mais


eficazes. Elas vão dos 15 aos 18 minutos e dos 45 aos 48 minutos de cada hora
(horário no Ocidente). Dos 00 aos 03 minutos e dos 30 aos 33 minutos, depois de
cada hora cheia (horário Oriental).

‣ Antes de fechar as portas, deve-se verificar se não existe nenhum objeto estranho
em seus encaixes, prejudicando a correta vedação;

‣ As Escorregadeiras deverão ser armadas com as portas fechadas, antes da partida


dos motores e desarmadas antes do desembarque dos passageiros;

‣ Havendo a necessidade de o comissário permanecer no solo, o melhor ângulo que


ele deverá ficar em relação ao piloto do helicóptero de resgate é de 45º à direita
ou à esquerda:

‣ Nenhuma pessoa pode atuar como membro de uma tripulação de aeronave civil
brasileira se tiver consumido bebidas alcoólicas em até 8 horas antes do voo;

‣ Se durante o check pré-voo dos equipamentos de emergência, ocorrer alguma


anormalidade, o comissário deverá comunicar algum tripulante técnico a bordo ou
a manutenção;

‣ As máscaras passam a fornecer oxigênio aos passageiros, depois de sua queda


quando o passageiro puxar a mesma para baixo e em direção ao rosto. A máscara
irá liberar oxigênio contínuo;
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‣ Em uma situação de sobrevivência, apenas sobreviverão aqueles que nao


perderem a vontade de viver. O papel do comissário é promover a organização e
salvar o maior númer de vidas possível pois é através de suas decisões que o grupo
poderá ter acesso a abrigo, fogo, água e alimento;

‣ Em uma sobrevivência é fundamental os seguintes princípios: Manter a calma,


pensar antes de agir, preservar o sono e ter uma reserva de água;

‣ Em caso de pouso de emergência em um lugar hostil, afaste-se da aeronave, evite


flutuar em áreas cobertas por combustível e preste socorro aos feridos. Caso seja
necessário voltar para a aeronave, volte somente quando o combustível estiver
evaporado;

‣ Radiotransmissores de emergência:

Beacon: Localizado no bin, é um transmissor que possui uma bateria interna que
é ativada por submersão em qualquer líquido (água, refrigente, café, urina, etc) ou
manualmente atravez de um switch (botão). Antes de efetuar o abandono da
aeronave, deve-se pegar o rádio dentro do bin e acionar em seguida e manter na
posição vertical;

TLE/ELT - Transmissor Localizador de Emergência: acionado manualmente


no cockpit ou pela força de impacto de 5G.
Frequências
121,5 MHz frequência internacional de emergência
243,0 MHz frequência militar
406,0 MHz frequência via satélite

‣ Para obter água potável procure por rios, lagoas, águas correntes, água das plantas,
frutas, trilhas de animais, água de chuva captada em um recipiente limpo,
improvisação de um destilador solar ou orvalho;

‣ Em caso de abandono do local do acidente, deve-se improvisar um aviso


informando a direção seguida, a data e a hora de partida. Marque o trajeto com
sinais de que alguém passou por ali como corte em arvores, galhos quebrados,
setas, etc;
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‣ Para a prova da ANAC a água deverá ser purificada por 1 minuto, mas caso queira
usar na prática ferva por um pouco mais. Você também pode improvisar um filtro
para remover as partículas maiores presentes na água, mas ainda sim precisará
ferver;

‣ Devido ao seu maior valor nutritivo e fonte de vitaminas, os sobreviventes devem


dar preferência a alimentos de origem animal;

‣ A água que não necessita de purificação é a água da chuva coletada em recipientes


limpos;

‣ Para purificar a água com iodo, deve-se adicionar apenas 8 gotas por litro, e
aguardar 30 minutos para o consumo. Por exemplo: Para purificar 3 litros de água
é necessário 24 gotas de iodo e aguardar 30 minutos (o tempo de espera não se
altera);

‣ Se a pessoa não ingerir alimentos, o mínimo de consumo de água por dia é de


meio litro. Se a pessoa ingerir alimentos o mínimo diário é de 2 litros;

‣ Se durante uma sobrevivência, o sobrevivente não dispor de água potável, o


mesmo não deverá ingerir o alimento ou apenas mastigar o alimento e cuspir. O
corpo demanda muita água para digerir os alimentos, principalmente a carne;

‣ O sobrevivente deve ocupar a mente realizando tarefas, mesmo que simples para
manter a sanidade e não entrar em pânico;

‣ Os artifícios pirotécnicos geralmente podem ser acionados duas vezes, uma


durante o dia e o outro durante a noite. Ele possui tampas com as letras D (diurno)
e N (noturno) em alto relevo para que possam ser identificadas pelo tato;
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‣ O sinalizador de fumaça e o corante marcador de água devem somente ser


acionados durante o dia;

‣ No caso de uma sobrevivência na selva você deverá ter as seguintes ações


subsequentes em mente:

‣ Para a obtenção do fogo podemos usar lentes, pedras, pilhas, com arco por atrito,
pederneira e baterias para provocar faíscas e assim iniciar as chamas;

‣ O local para acender e criar a fogueira devem estar limpo e seco;

‣ O breu vegetal é uma resina extraída da árvore do breu que tem várias utilidades,
dentre elas a facilidade de acender o fogo servindo como isca, preservar a brasa
acesa caso precise transportá-lo e também afastar os mosquitos quando queimado;

‣ Em uma sobrevivência na selva temos três principais tipos de fogueiras: Fogo de


moquear (moquém), fogareiro e fogo de assar;

‣ O local para se fazer o abrigo deve ser elevado do chão, ligeiramente inclinado
para ajudar em caso de chuva, próximos a água potável e afastado de árvores
grandes e de árvores com fruta pois pode atrair animais ou correr o risco de cair
um galho e machucar alguém;

‣ O abrigo na neve pode ser em forma de caverna de neve (tem risco de intoxicação
por monóxido de carbono), Trincheira que é o mais fácil e mais rápido de ser
construído e o Iglu que é o melhor porém o mais difícil de construir, geralmente é
usado em uma sobrevivência prolongada;
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‣ Ao estender o braço direito em direção em que o Sol nasce, têm-se o Leste à sua
direita, o Oeste à sua esquerda, o Norte à sua frente e o Sul à suas costas. Fique
atento pois em algumas questões podem perguntar onde estará o Sul se você
apontar o braço esquerdo para onde o Sol nasce (estará à sua frente);

‣ A aeronave pode servir de abrigo se ela estiver em condições de se abrigar, devido


à sua integridade ou corpos presos nas ferragens;

‣ O maior problema de um sobrevivente em uma área gelada está relacionado com


a manutenção da temperatura corporal;

‣ O tipo de abrigo mais fácil e mais usado é em forma de A e o Rabo de Jacu, que
também pode ser usado para proteger a fogueira e a lenha da chuva e do vento;

‣ A melhor opção de abrigo no deserto é a aeronave e durante o dia quente é melhor


ficar à sombra das dunas de areia.

‣ Não se deve comer vísceras nem beber o sangue dos animais mamíferos pelo risco
de contaminação;

‣ Na caça, as trilhas deixadas pelos animais, são locais que podem levar a uma fonte
de água e locais prováveis para capturar animais;

‣ As armadilhas devem ser colocadas ao anoitecer e checadas ao amanhecer;

‣ Não deve colocar seu corpo a favor o vento, para não deixar o animal sentir nosso
cheiro. Devemos nos posicionar contra o vento;

‣ Caso decidam abandonar a aeronave, as marchas deverão ser iniciadas de manhã


e interrompidas às 15 horas para a montagem do acampamento. Para cada três
horas de caminhada, descanse uma hora. O grupo que efetuará a caminhada deverá
levar dois terços da alimentação disponível;

‣ Ambos o local de abatimento e a limpeza dos animais devem ser afastados do


abrigo para evitar predadores no acampamento. As vísceras devem ser colocadas
em buracos;

‣ A melhor maneira de se construir uma fogueira, de maneira eficiente e protegida


do vento é próximo a uma rocha ou de um anteparo natural;
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‣ Os tipos de armadilhas mais comuns para capturar os animais são: Arapuca, Laço
e Mundéu;

‣ Águas claras geralmente indicam terra próxima. Águas escuras geralmente


indicam oceano aberto e profundo;

‣ Os peixes mais venenosos são aqueles de boca pequena que assemelha a um bico
de papagaio, tem espinho, nadam em águas profundas, possuem placas ósseas,
carne com mau cheiro. São alguns exeplos: Piranhas e Candiru (penetra com
extrema facilidade pela uretra ou pelo ânus);
‣ Todos os frutos que animais e aves comerem podemos consumir sem restrição;

‣ Todo vegetal desconhecido, que aparenta as características cabeludo, amargo ou


leitoso (regra CAL) não é próprio para o consumo;

‣ Se estiver perdido, a orientação pode ser por meio do Sol, pelo relógio, pela
bússola ou estrelas;

‣ Não devemos gastar muita energia e tembém não devemos dormir em contato
direto com o solo pois ele suga todo seu calor. É muito importante verificar as
vestimentas antes de se vestir pois pode conter aranhas ou escorpiões;

‣ Todos os tipos de cobras podem ser comidos, desde que corte alguns dedos antes
da cabeça para se caso for venenosa, remover as bolsas de veneno;

‣ As cobras venenosas possuem características que as diferenciam das outras:


Cabeça triangular com as escamas pequenas, olhos pequenos e afinamento da
cauda de repente;

Antídotos de veneno de cobra


A quantidade mínima de soro contra picada de Coral Micrúrico ou elapídico
cobra é de 100mg;
Jararaca Botrópico
OBS: Tabela resumida com as principais cobras Surucucu Laquético
e seus respectivos antídotos. Cascavel Crotálico

‣ Após um pouso na selva, a primeira ação dos tripulantes é afastar-se da aeronave


e ministrar os primeiros socorros aos feridos;

‣ Num pouso de emergência, para facilitar a localização por meio dos agentes de
busca e salvamentos, os passageiros e tripulantes deverão permanecer próximos à
aeronave, e realizar as sinalizações previstas;

‣ Antes de se iniciar um voo sobre grandes florestas devem-se chegar todos os


equipamentos de salvamento a serem transportados no avião;

‣ Nunca deixar de providenciar num acampamento fogueiras num raio de 50 a100


metros para a sinalização;
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‣ Para se produzir fumaça branca, deve-se colocar folhas verdes, musgos ou pequena
quantidade de água na fogueira e, para se produzir fumaça Preta, deve-se colocar
borracha, óleos ou pneus na fogueira;

‣ A cobra Coral vive em buracos e sombras e preferem caçar a noite, onde ocorre
1% dos acidentes;

‣ O mosquito Anopheles é marrom e transmite a malária. O mosquito Aedes aegypti


é preto e possui riscos brancos, transmite a dengue e a febre amarela;

‣ O serviço de busca e salvamento é o SAR (search and rescue), ele está disposto
no anexo 12 da OACI;

‣ Ao avistar um grupo de indígenas deve-se esperar que os indígenas se aproximem


partindo deles o entendimento. Respeite os costumes locais, não se aproxime das
mulheres e nao tente impor sua vontade;

‣ A carnaúba é chamada de "árvore da providência" ou de "árvore da vida" por


que dela se aproveita praticamente tudo. Da raiz extraem-se remédios do caule se
extrai madeira; das folhas são feitas coberturas para casas, cordas, chapéus,
calçados e outros objetos, além de ser extraído cera; o fruto serve de comida.

‣ Muitas plantas têm amido, como batatas e mandiocas, que devem ser cozidas, pois
cruas são indigestas. A mandioca brava também deve ser cozida porque crua é
venenosa;

‣ Se tiver dúvida se uma planta é comestível ou não, ferva por 15 minutos para
neutralizar qualquer tipo de veneno;

‣ Brotos vegetais, como o da samambaia e do bambu, são comestíveis. Devemos


ferver por 10 minutos, trocar a água e ferver por mais 30 a 40 minutos para
eliminar o gosto amargo;

‣ O maior perigo na selva são os insetos;

‣ De acordo com a RBHA 121, as aeronaves que voarem sobre regiões de selva
deverão ter um conjunto de sobrevivência para cada grupo de 50 ocupantes;
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‣ O nome dado a uma cama improvisada é Tapiri.

‣ Insetos comestíveis: Gafanhotos, grilos, tapurus (larvas de coco), besouros,


escaravelhos, içás (formigas tanajuras) e cupins.

‣ As fossas são importantes para controlar a higiene do acampamento e evitar o


surgimento de insetos e animais, temos dois tipos:

Fossa de detritos: Utilizado para descartar o lixo comum do acampamento.

Fossa de dejetos (latrina): É construída especificamente para urina e fezes. De


acordo com o manual de Busca e Salvamento MCA 64-3, define a distância de
700m do acampamento e da fonte de água potável (é o que você vai responder na
ANAC), porém essa distância é inviável na realidade;

‣ Deve-se cubrir o corpo o máximo possível com o vestuário, afim de proteger-se


de mosquitos, insetos, do sol ou do frio;

‣ Animais perigosos na selva: Serpentes e cobras, arraias de rio, bagres e mandis,


baiacus (sim, eles existem nos rios), poraquês, candirus, piranhas, aranhas e
escorpiões, lacraias, abelhas, vespas, formigas, carrapatos (transmissores da Febre
Maculosa), mutucas, bichos de pé e sanguessugas;

‣ Para remover um carrapato aproxime uma brasa nele, pingue uma gota de iodo ou
puxe cuidadosamente com uma pinça;

‣ Após o pouso de emergência na água, os passageiros só poderão sair da aeronave


após a parada total da aeronave e a abertura das saídas de emergência acima do
nível da água;

‣ Antes do pouso de emergência, deverá colocar todos os objetos soltos da cabine,


dentro dos toaletes, distribuir mantas e travesseiros para os passageiros utilizarem
sobre os joelhos para proteção do rosto durante o impacto;

‣ Os comissários deverão ocupar suas posições ao longo do corredor antes de


comunicar aos passageiros para conter as primeiras manifestações de pânico;
‣ Ao fazer um check pré pouso de emergência, verifique se todos os passageiros
estão com o cinto atados, poltrona na posição vertical com as mesinhas recolhidas;

‣ As cordas das saídas sobre as asas são para serem usadas em um pouso na água
(amerrisagem). Ao abrir a janela de emergência retire a corda do compartimento
e fixe na argola do extradorso da asa;

‣ Dê preferência a fazer o embarque nos botes pela estação de embarque para evitar
danos no bote ou até mesmo que ele vire;
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‣ Para evitar hipotermia na água, os passageiros deverão se agrupar fazendo uma


corrente em círculo;

‣ Em qualquer sobrevivência, os turnos de vigias, não devem ser superiores há 2


horas, para evitar a exaustão. Se disponível, deverá ter no mínimo duas pessoas
por vez de vigia;

‣ Em dias quentes, deve-se retirar o excesso de roupas, mas mantendo o corpo


protegido dos raios solares, mantendo a cabeça e o pescoço cobertos. Proteja os
olhos do excesso de luminosidade;

‣ Os botes deverão estar secos, o peso das pessoas distribuídos por todo o bote, o
toldo armado além de proteger do Sol, poderá coletar água da chuva. Utilizar
cartuchos pirotécnicos, corantes ou pó marcador de mar, espelho sinalizador,
lanternas apenas ao avistar ou ouvir uma embarcação ou aeronave. Tome cuidado
para não molhar os equipamentos;

‣ Assim como mencionado no início do material, todas as aeronaves que realizem


voos transoceânicos deverão disponibilizar equipamentos individuais (Colete
salva-vidas e assento flutuante) e coletivos (barcos e escorregadeiras-barco) de
flutuação;

‣ Só poderá inflar os coletes na soleira da aeronave, no caso de fazer o abandono


pela à asa, deverá inflar antes de pular da asa;

‣ Em caso de ataque de tubarões, utilize o repelente de tubarão (pó de acetato de


cobre presente no kit de sobrevivência);

‣ Voos Transoceânicos são voos realizados além de 370 km da costa.

‣ Os coletes salva-vidas são da cor amarela (para passageiros) e laranja (para


comissários) que destacam-se no mar. Eles têm uma lâmpada que é ativada por
água e dura aproximadamente 10 horas;

‣ O corante marcador d’água é um equipamento de sinalização de uso diurno e


sua cor é verde. Para a ANAC, otempo de visibilidade do corante é de três horas;

‣ Após o abandono da aeronave, o comissário deverá desconectar a escorregadeira


da aeronave com a faca flutuante, afasar-se da aeronave e jogar a biruta d’água no
mar para retardar sua movimentação;
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‣ As escorregadeiras poderão ser utilizadas tantos para pousos na Água como em


Terra;

‣ O kit de sobrevivência no mar estão localizados nos botes e escorregadeiras-


barcos;

‣ Os botes e escorregadeiras devem ser unidos e manter uma distância mínima de 8


metros quando o mar estiver calmo, quando agitado deverá manter o dobro da
distância;

‣ A evacuação da aeronave será por todas as saídas que se encontrarem acima do


nível da água;

‣ Se as escorregadeiras não inflarem automaticamente, deve-se acionar o botão de


acionamento manual. Se mesmo assim o acionamento manual não funcionar, o
comissário deverá permanecer na saída de emergência inoperante e direcionar os
passageiros para outras saídas;

‣ O embarque nas escorregadeiras-barcos no mar poderá ser efetuado diretamente


pulando da aeronave direto no bote ou indiretamente que é cair no mar e nadar até
o bote, subindo pela estação de embarque;

‣ Antes de o comissário abandonar a aeronave, o mesmo deverá o cheque de


abandono, verificando se ninguém foi abandonado e buscar o beacon;

‣ Dividir os ocupantes do bote em turnos de vigilância, não excedendo a duas horas,


distribuindo tarefas a todos para que se mantenham ocupados e tranquilizando-os
mostrando que os recursos são suficientes e que os socorros não tardarão a chegar;

‣ O racionamento de água deve decorrer nas primeiras 24 horas. Existem os


dessalinizadoresou dessalgadores químicos de água do mar, podemos colher água
da chuva ou mesmo orvalho. Trazer toda água possível do avião, não se deve fazer
esforços demasiados;

‣ Para improvisar anzóis, pode-se usar grampos, alfinetes, pregos de sapato e


broches dos tripulantes. E para iscas pode-se usar penas e vísceras das aves e
peixes como iscas;

‣ Não se deve se alimentar de peixes com aparência duvidosa, com pele dura
recoberta com camada de ossos ou espinhos, ou bico semelhante a de um
papagaio. Algumas espécies apresentam olhos, bocas e nadadeiras pequenas;

‣ Uma vez capturado, o peixe deve ser morto antes de ser trazido para dentro do
bote;

‣ Os moluscos agarrados ao casco do navios ou qualquer estrutura metálica não


poderão ser consumidos devido ao risco de intoxicação;
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‣ Para evitar a hipotermia, uma pessoa que estiver com colete salva-vidas dentro
d’água, deve adotar a posição help, para diminuir o frio intenso do mar;

‣ Após um pouso de emergência na água os passageiros deverão ser instruídos para


permanecerem juntos, utilizando os equipamentos de flutuação disponível
(Assentos, coletes, botes e escorregadeiras-bote);

‣ Numa preparação da cabine, para um pouso de emergência, o procedimento quanto


aos objetos pontiagudos e sapatos de salto alto deverão ser retirados e colocados
dentro dos bolsões a frente dos passageiros;

‣ Para atuar com sucesso numa emergência, deve-se antes de tudo estar
familiarizado com todos os equipamentos que existe a disposição;

‣ Deve-se ter cuidado ao jogar a âncora dos botes ou escorregadeiras para que ela
não fique presa a nenhuma parte da aeronave;

‣ Num pouso de emergência no mar, a evacuação é comandada por qualquer


comissário, pois a situação é evidente;

‣ De um modo geral a sobrevivência no mar dependerá das rações, dos


equipamentos disponíveis e da iniciativa dos náufragos;

‣ Após um pouso de emergência no mar, já acomodados no bote salva-vidas,


devem-se evitar flutuar em águas cobertas de combustível. Deve-se manter os
coletes vestidos e inflados até o momento do resgate;

‣ Quando houver vazamento no bote ou escorregadeiras, deve-se corrigi-lo por meio


de bomba manual. Em dias quentes deve-se esvaziar um pouco o bote porque o ar
se expande, em dias frios deve-se encher até a capacidade total do bote;

‣ No kit de sobrevivência no mar existem vários medicamentos, o medicamento que


não pode ser ingerido sendo impróprio para o a situação em questão, é o laxante
devido ao risco de desidratação.

‣ A proteção contra raios solares num bote salva-vidas é por meio de toldos, vestes
e óculos;
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‣ São o estudo das capacidades e das limitações humanas relacionadas ao trabalho


e que podem aumentar ou diminuir a segurança;

‣ Relacionam pessoas e equipamentos utilizados por exemplo: a tomada de decisão,


as comunicações, o projeto dos instrumentos e das cabines de pilotagens, os
manuais de operação da aeronave, entre outros;
‣ CRM – Corporate Resource Management/Treinamento em gerenciamento de
recursos de equipes. O treinamento CRM tem o objetivo de aprimorar a eficiência
operacional em benefício da segurança de voo. As fases do CRM são:
1ª Fase - conscientização: treinamento dos conceitos iniciais;
2ª Fase - prática de CRM;
3ª Fase - reciclagem do CRM feita a cada 2 anos.

‣ Diferença entre erro e violação:


Erro: é todo tip de falta não intencional;
Violação: é o descumprimento intencional de regras ou procedimentos.

‣ Assertividade: É a habilidade social de afirmar seus próprios direitos e


expressar seus pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara,
honesta e apropriada ao contexto, sem violar o direito das outras pessoas.

‣ Briefing: é um conjunto de informações passado em uma reunião para o


adequado desenvolvimento de um trabalho destacando o que se espera da
atuação de cada um. É feito anteriormente do voo visando compensar a
dificuldade de comunicação durante a atividade aérea.

‣ Conflito: é o resultado da divergência de opiniões, gerada pela diversidade de


idéias e de interesses.

‣ Estresse: é a redução no desempenho das funções profissionais devido a


desgaste físico ou psicológico. Pode levar à fadiga. É um dos estados que mais
propiciam falhas humanas.

‣ Fadiga: é a diminuição progressiva da habilidade para realizar uma determinada


ação. Os sinais da fadiga são deteriorização da qualidade do trabalho,
imprecisão, desinteresse, tédio, falta de entusiasmo e apatia, entre outros. Como
medida preventiva o tripulante deve dormir oito horas por dia.

‣ Consciência situacional: é a capacidade de perceber corretamente todos os


fatores que envolvem uma determinada situação. Fatores que diminuem a
consciência situacional são desinformação, falta de atenção, estresse e fadiga,
desmotivação, preocupação, entre outros.
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‣ Sinergia: é quando um objetivo ou resultado é conseguido a partir de várias


ações ou esforços coordenados.

‣ Motivação: é a quantidade de energia que um ser humano consegue produzir


para conquistar suas necessidades.

‣ Regulamentação dos fatores humanos: Anexo 6 da OACI: operação de


aeronaves; Anexo 1 da OACI: licença de pessoal;
DOC 9683 da OACI: manual de instrução para Fatores Humanos;
IAC 060-1002A: Treinamento em gerenciamento de recursos de equipes
(Corporate Resource Management - CRM).

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