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Documento 1

Tipo documento:
PETIÇÃO
Evento:
PETIÇÃO - REFER. AO EVENTO: 62
Data:
01/07/2021 18:06:30
Usuário:
SC029750 - DAIANE RAMOS
Processo:
5000084-20.2021.8.24.0006
Sequência Evento:
64
Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA


DE BARRA VELHA/SC.

WAGNER BUENO DA SILVA, nos autos do INCIDENTE DE


ALIENAÇÃO PARENTAL n.º 5000084-20.2021.8.24.0006, em trâmite perante esse douto
Juízo, contra GABRIELA FERREIRA FONTES, em atenção ao evento 62, vem,
respeitosamente perante Vossa Excelência, se manifestar sobre os laudos apresentados
nos eventos 58 e 60 pela psicóloga e assistente social nomeada judicialmente nos seguintes
termos:

1) Do laudo apresentado pela ilustre assistente social (seq. nº


58)

Após qualificação e entrevistas das partes e do menor, a ilustre


expert, assim se manifestou:

[…]

Difícil se avaliar com precisão se a rejeição da criança ao pai é


resultante de alienação parental, considerando ser dado
subjetivo, afirmado pelo requerente, negado pela requerida e
criança. Através da leitura e análise dos autos não encontramos
fatos que justificasse o sentimento negativo de Pedro em
relação ao pai, além da “chinelada”.”

E prossegue:

“Independente de quem carrega mais culpa, o estrago está feito.


A criança se nega a ver o pai, forçá-lo, nesse momento, não
contribuirá com a situação e traria mais prejuízos emocionais à
criança. Ao mesmo tempo a ausência paterna definitiva também
poderá resultar em danos emocionais no futuro e então de difícil
reparação. Tanto ódio de uma criança tão pequena contra o pai
e a manutenção desse sentimento não pode ser saudável.”

Por fim, conclui:

“[…] considerando que pai e filho não tem contato há quase 01


ano (…) entendemos que a única forma de contribuir com a

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Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 2

situação e vir de encontro aos interesses, sobretudo da criança,


é a tentativa de visitas assistidas e por profissional qualificado.
Tal instrumento também pode ser importante para avaliar com
mais precisão se há indícios de alienação parental.

Se a possibilidade de visitas assistidas for acatada e


considerando a complexidade da situação, sugerimos ainda que
ocorram nas dependências do Fórum, local neutro, sob
responsabilidade da Assistente Social da comarca, profissional
isento e com condições técnicas para exercer tal missão.

Deste modo Excelência, verifica-se, que o laudo produzido é


inconclusivo quanto a prática de alienação parental, remetendo sua constatação a
encontros futuros entre pai e filho, perceba Excelência que a Assistente Social destacou
a complexidade da situação e em momento algum descartou a ocorrência de Alienação,
sugerindo a visitação assistida como forma importante para avaliar com mais precisão e
afinco a ocorrência ou não de alienação parental.

No que se refere a reaproximação entre pai e filho, por meio de


visitas assistidas, por mais que a situação venha ser uma forma de punição ao genitor
alienado que não vê seu filho há mais de um ano, ressaltando-se, desde logo, que o
genitor não é contra as visitas assistidas (caso seja o entendimento deste douto Juízo),
todavia, como se verá na presente e no parecer ora anexado (doc. 1), a melhor forma de
se restabelecer o vínculo é coibindo os atos de alienação com a guarda compartilhada
entre os genitores, ou seja que a criança possa ter um tempo de convívio equilibrado
entre pai e mãe, tempo o qual diga-se no momento encontra-se zerado já que o direito
de convivência com o genitor não está ocorrendo.

Por fim e caso seja o entendimento deste douto Juízo, na


determinação de visitas assistidas que estas se iniciem desde logo (independente de
decisão ou não de práticas de alienação parental), não somente para que se evidencie a
prática de alienação parental por parte da ré, mas sobretudo, pela reaproximação de pai
e filho.

2) Do laudo ofertado pela Psicóloga:

a) Da nulidade da perícia em razão da ausência de respostas aos


quesitos formulados pelas partes.

Por meio da decisão constante no evento de n. 29, esse douto Juízo


determinou as partes a faculdade de nomeação de assistente técnico e juntada de
quesitos. Por sua vez, as partes por meio das petições dos eventos ns. 41 e 42,
nomearam seus assistentes técnicos e juntaram os quesitos.

O laudo contudo foi ofertado nos eventos n. 60 dos autos, sem


possuir nenhuma resposta aos quesitos formulados pelas partes, o que poderá
futuramente, em razão de nulidade, prejudicar a r. sentença considerando que os

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quesitos devem possuir resposta. A propósito do assunto, o inc. IV, do art. 473, do
CPC, é claro, quando determina a necessidade de resposta aos quesitos formulados
pelas partes:

Art. 473. O laudo pericial deverá conter:

(...)

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo


juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

No mesmo sentido, a jurisprudência aplicável a espécie:

AÇÃO REGRESSIVA. SEGURADORA. RESSARCIMENTO. LAUDO


PERICIAL. AUSÊNCIA DE RESPOSTAS AOS QUESITOS
FORMULADOS PELAS PARTES. CERCEAMENTO DE DEFESA. 1.
O laudo pericial deve conter resposta conclusiva a todos os
quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do
Ministério Público.? (CPC 473, IV). 2. A ausência de resposta aos
quesitos formulados pelas partes configura cerceamento de
defesa. (TJ-DF 07007694820178070018 DF 0700769-
48.2017.8.07.0018, Relator: FERNANDO HABIBE, Data de
Julgamento: 22/05/2019, 4ª Turma Cível, Data de Publicação:
Publicado no DJE: 04/06/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.)

PROVA PERICIAL. CERCEIO DE DEFESA. AUSÊNCIA DE


RESPOSTA AOS QUESITOS FORMULADOS PELAS PARTES.
NULIDADE. Objetivando-se evitar o cerceio do direito de defesa
da Autora, haja vista a constatação de que o Perito Oficial
deixou de apresentar no corpo do laudo suas respostas aos
quesitos apresentados pelas partes, conforme apontado pela
Autora em impugnação ofertada de forma tempestiva, acolho a
preliminar de nulidade para cassando a r. sentença, determina-
se o retorno dos autos à origem, com a reabertura da instrução
processual, com vistas à intimação do Expert para
complementação de seus trabalhos, oportunizando-se o
contraditório e proferindo-se, ao final, nova sentença, conforme
se entender de direito. (TRT-3 - RO: 00108632720175030061 MG
0010863-27.2017.5.03.0061, Relator: Maria Cristina Diniz Caixeta,
Data de Julgamento: 05/11/2018, Quarta Turma, Data de Publicação:
05/11/2018.)

Deste modo, a ausência de resposta aos quesitos proporciona o


cerceamento de defesa situação a qual deve ser repelida pelo Judiciário. Contudo embora

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Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 4

tal situação pudesse eventualmente ser sanada através de intimação da Perita para
respostas dos quesitos, no caso em tela tal medida se faz desnecessária considerando que
o laudo apresentado é nulo não apenas pela ausência de respostas aos quesitos, mas sim,
diante de inúmeras situações que resultam na flagrante nulidade do documento, as quais
abaixo aponta.

b. Da nulidade da perícia em razão da ausência de


acompanhamento dos assistentes técnicos nos trabalhos de elaboração do laudo.

Excelência o Código de Processo Civil é claro ao dispor de acordo


com a regra disposta no § 1º, do art. 471, que:

Art. 471. (…)

§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os


respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização
da perícia, que se realizará em data e local previamente
anunciados.

In casu, não houve qualquer manifestação da expert sobre a data


em que se realizaria os trabalhos. Assim como não houve qualquer comunicação da
assistente técnica para acompanhar os trabalhos, por consequência, verifica-se desde
logo, a ofensa ao mencionado dispositivo legal, o que certamente no futuro, poderá
acarretar em nulidade da sentença por ofensa ao devido processo legal se o
instrumento foi aceito como válido.

A propósito do assunto, a ementa do acórdão, por ocasião do


julgamento do REsp. Nº 1.1563.849/PR em 9/112010, e que teve como eminente
Relator o Ministro Sidnei Beneti, em que por maioria, se deu provimento ao recurso,
para anular decisão que desconsiderou o acompanhamento do assistente técnico de
uma das partes, acarretando por consequência, a nulidade do laudo produzido
naqueles autos:

“PROCESSO CIVIL E DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. AÇÕES DE


REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E MEDIDA CAUTELAR.
CRIANÇA POSSÍVEL VÍTIMA DE ABUSO SEXUAL. SUSPENSÃO
DA VISITAÇÃO PATERNA. REALIZAÇÃO DE PERÍCIA
PSICOLÓGICA. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO ASSISTENTE
TÉCNICO. NULIDADE. SENTENÇA PROLATADA. INEXISTÊNCIA
DE PERDA DO OBJETO.

1. A realização da perícia psicológica – considerada sua alta


carga de subjetividade, notadamente em se tratando da tutela do
melhor interesse da criança – deve se dar com a rígida
observância do disposto no art. 431-A do CPC.

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2. A possível supressão de informações derivada da ausência de


acompanhamento do assistente técnico de uma das partes, em
relação à qual não houve intimação para o início da produção da
perícia, acarreta a nulidade desse laudo.

3. Se o julgamento de matéria jurídica for ultimado, mesmo que


em apreciação de agravo de instrumento, as conclusões ali
exaradas são infensas à nova análise em sede de apelação, por
força do empeço da preclusão. Nessas hipóteses, a prolatação
de sentença não provoca a perda do objeto do recurso especial
originado da interlocutória. 4. Recurso especial provido.” (grifei)

Deste modo o instrumento apresentado encontra-se eivado de


nulidade, contudo caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência e venha manter
a prova pericial aqui impugnada o que não se espera e se diz apenas para argumentar,
passa-se a análise do laudo apresentado.

Em breve síntese, após qualificação das partes, metodologia e


entrevistas, a ilustre expert, assim concluiu:

“Ressalte-se que não há indícios de práticas de alienação


parental por parte da genitora, nem tampouco do genitor,
ficando assim descartada esta questão, conforme resultados
dos instrumentos técnicos, assim como não apresenta sinais
de tal prática nos comportamentos do infante.

Diante do exposto, com base nos resultados dos instrumentos


técnicos específicos, nos comportamentos analisados, relatos
e percepções, concluo não haver sinais e indícios que
apontem alienação parental discutidas nos presentes autos de
ambas as partes.”

Ao final, recomendou o encaminhamento dos genitores para


tratamento psicológico e a manutenção do menor no tratamento. Além disso, sugeriu o
reestabelecimento do vínculo paterno, por meio de visitas assistidas com assistente social
ou psicólogo do CREAS, inicialmente com encontros quinzenais, com duração de 1 hora em
lugar neutro, com posterior ampliação do horário.

Com o devido respeito ao entendimento da perita, nada mais


impreciso, pois como se verá adiante o laudo possuí inúmeras irregularidades, seja pela
forma com que foi materializado, seja pelas técnicas utilizadas na sua elaboração e que
são de uso proibido pelo Conselho Federal de Psicologia.

Além disso, como já se disse, as visitas tais como propostas, soam


como uma punição ao genitor alienado, principalmente em razão dos prazos e horários ali
estabelecidos, ressaltando-se novamente, que o genitor não é contra as visitas assistidas
(caso seja o entendimento deste douto Juízo), todavia, como fica muito bem evidenciado na

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Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 6

presente e no parecer ora anexado (doc. n.1) a melhor forma de se restabelecer o vínculo,
é coibindo os atos de alienação e a guarda compartilhada entre os genitores.

Excelência, considerando que assistente técnico do genitor


alienado não pode acompanhar os trabalhos para elaboração do laudo pericial, não restou
outra alternativa ao autor, em respeito ao contraditório, solicitar um parecer de profissional
capacitado para devida analise da questão da alienação parental, bem como, do laudo
pericial elaborado pela perita psicóloga.

Destaca que é plenamente possível em respeito aos princípio do


amplo contraditório, princípio da cooperação a juntada de parecer por profissional diverso
daquele inicialmente indicado em respeito ao contraditório. Vejamos:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO Embargos à execução - Decisão


agravada que reconheceu a preclusão quanto à substituição de
assistente técnico e determinou o desentranhamento do parecer
técnico apresentado pela embargante Recurso da embargante -
A executada juntou parecer elaborado por profissional diverso
daquele outrora indicado, sem, contudo, externar nenhuma
justificativa para a substituição do assistente anteriormente
nomeado - A fim de assegurar a plenitude do contraditório, a lei
confere às partes a possibilidade de participar da apuração
pericial por meio de assistentes técnicos - O art. 471, § 1º, do
CPC/2015 estipula a necessidade de que haja prévia indicação
do profissional para que ele possa acompanhar o trabalho
pericial e, em seguida, confeccionar parecer (art. 471, § 2º, do
CPC/2015) -- Por outro lado, nada impede que a parte traga aos
autos considerações de profissional especializado, haja vista
que não existe impedimento legal para tanto - Tendo em vista
que a determinação de desentranhamento do parecer técnico se
mostra excessiva, dá-se parcial provimento ao recurso apenas
para aceitá-lo como prova documental, de sorte que o perito não
tem obrigação de se pronunciar sobre ele. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO, COM DETERMINAÇÃO.” (TJSP –
Agravo de Instrumento nº 2268492-65.2019.8.26.0000, Relatora:
Des. JONIZE SACCHI DE OLIVEIRA, Data de Julgamento:
28/02/2020, 24 ª Câmara de Direito Privado)

Assim considerando a ausência de impedimento legal pra


apresentação de laudo confeccionado por profissional diverso ao indicado como assistente
técnico, haja vista, que o assistente técnico sequer foi devidamente intimado da data para os
inicios dos trabalhos, vem apresentar embasado no parecer técnico firmado por profissional
devidamente habilitado no Conselho de Psicologia, as irregularidades contidas no laudo
psicológico apresentado pela perita nomeada.

Como já dito, o laudo apresentado possui inúmeras irregularidades,


vejamos:

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Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 7

-A estrutura formal do laudo vai contra a resolução n.


06/2019, do Conselho Federal de Psicologia (CFP);

- Ausência de referencial teórico vai contra a mesma


resolução CFP n. 06/2019, art. 13 § 7°;

- Teste utilizados na confecção do laudo que são proibidos


pelo Conselho Federal de Psicologia segundo resolução
CFP 09/2018, art. 2, § 1°;

- Ausência de respostas aos quesitos formulados pelas


partes;

- Ausência de análise documental e outras fontes;

- Falta de clareza e ausência de registros sobre as técnicas


e instrumentos utilizados em cada participante e a falta de
detalhamento de registros pertinentes à construção e
entendimento do laudo. Dessa forma, está irregular com a
resolução CFP 06/2019, art. 13 inc. I, § 4°;

- Incongruência nos atendimentos, estando novamente


irregular com a resolução CFP 06/2019, art. 13, § 4°;

- Parcialidade na confecção laudo.

Em que pese as inúmeras irregularidades constatadas, a que mais


chama a atenção, é a utilização de testes psicológicos de uso proibido pelo Conselho
Federal de Psicologia. Ora, se assim foi feito pela i. expert, evidente que o laudo
apresentado não se presta ao que foi proposto, pois encontra-se passível de anulação pelo
próprio Conselho de Classe da perita. Fazendo uma comparação a grosso modo, seria o
mesmo que se utilizar de lei inconstitucional (testes) para se proferir sentença (laudo), o que
não se pode permitir.

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Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 8

Diante de tal situação Excelência, é de rigor que o laudo apresentado


pela i. expert não seja levado em consideração por esse Juízo para fundamentar sua
decisão, pois, caso assim ocorra estará embasada em documento anulável, o que
certamente ocasionaria graves prejuízos à parte.

Assim, necessário se faz a desconsideração do laudo apresentado, a


nomeação de novo perito ou o julgamento do feito, com base no grande arcabouço
probatório existente a qual deixa claro os indícios de alienação praticados no caso em tela.

Excelência, esse douto Juízo poderá proferir decisão independente


de novas provas, pois os autos já contém elementos suficientes para decisão. Sobre a
possibilidade de julgamento havendo provas contundentes da alienação, o entendimento da
eminente Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Especializada de Família e Sucessões de
Várzea Grande-MT e Diretora do IBDFAM-MT, Eunice Jaqueline da Costa Silva Cherulli, é
assertivo:

“Mas casos há, em que a conduta alienante, dispensará


relatórios e laudos, não havendo necessidade de sua confecção,
não ficando o julgador adstrito à juntada de tal documento aos
autos. A faculdade legal, estampada em seu artigo 5º, vem
assegurar celeridade aos casos gravíssimos da prática, onde se
requer decisões rápidas e sobeja a prova já anexada pela parte
aos autos”.1

Com efeito, verifica-se desde logo, a possibilidade de julgamento do


incidente de alienação parental, independente de prova pericial.

No presente caso, basta uma análise do decorrer processual, que


pode ser extraído diversas situações que denotam recalcitrância da genitora em oportunizar
o convívio do filho com o pai. Mesmo após inúmeras interpelações judicias, que lhe
impuseram advertências como a aplicação de multa e a possibilidade de alteração dos
termos da guarda, a genitora manteve-se indiferente aos comandos deste Juízo.

Mesmo que a criança, externe inconscientemente o desejo de não


ver o genitor é que é feliz sem ele é inconteste que, desde o início da marcha processual, a
genitora deliberadamente omitiu-se em colaborar com a superação de possível entrave,
conduta que contribuiu para o afastamento entre pai e filho e que, por si só, já é capaz de se
enquadrar em alienação parental.

O Tribunal de Justiça de nosso Estado ao analisar casos de


alienação assim já decidiu:

1 Senhora Presidente Sanção Já!!! A Quem Interessa o Veto. Disponível em: www.pailegal.net/artigos.
Acesso em 29/06/2021.

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE


REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. DECISÃO QUE ALTERA O
MODELO DE VISITAÇÃO. PRETENSÃO DA MÃE DE RESTRIÇÃO
ÀS VISITAS COM PERNOITE. IMPERTINÊNCIA. AUSÊNCIA DE
ELEMENTOS A INDICAR QUE O GENITOR DE FATO POSSUI A
ALEGADA DEPENDÊNCIA QUÍMICA OU OUTRAS CONDUTAS
DESABONADORAS, A EXEMPLO DE ENVOLVIMENTO COM
CRIMES. ESTUDO SOCIAL E LAUDO PSICOLÓGICO QUE NÃO
APONTAM PREJUÍZO CONCRETO AO MENOR CASO PASSE A
PERNOITAR NA RESIDÊNCIA DO ASCENDENTE, O QUAL
APARENTEMENTE DETÉM ESTRUTURA ADEQUADA PARA
RECEBÊ-LO. INDÍCIOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL POR PARTE
DA GENITORA, QUE REITERADAMENTE DESCUMPRE ORDEM
JUDICIAL. MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA QUE É
ATENDIDO PELO FORTALECIMENTO DO CONVÍVIO ENTRE PAI
E FILHO. INTERLOCUTÓRIA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4028233-
82.2018.8.24.0900, de Biguaçu, rel. Luiz Felipe Schuch, Quarta
Câmara de Direito Civil, j. 29-10-2020).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE GUARDA CUMULADA


COM REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E ALIMENTOS. DECISÃO
QUE INDEFERIU O PEDIDO DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE
CONVIVÊNCIA ENTRE PAI E FILHO. INSURGÊNCIA DO AUTOR
REPRESENTADO POR SUA GENITORA. ALEGAÇÃO DE QUE O
DEMANDADO TEM PRATICADO ATOS DE ALIENAÇÃO
PARENTAL E EXPOSTO O FILHO À SITUAÇÃO DE RISCO.
INSUBSISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA DE QUE A
CONVIVÊNCIA COM O GENITOR PODE SER PREJUDICIAL AO
BEM ESTAR DO MENINO OU QUE ESTEJA TRAZENDO
PREJUÍZO AO SEU DESENVOLVIMENTO FÍSICO E
PSICOLÓGICO. PRIMAZIA DO DIREITO DA CRIANÇA AO
CONVÍVIO FAMILIAR. PROBABILIDADE DO DIREITO
INEXISTENTE PARA CONCESSÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA.
REQUISITOS DO ART. 300 DO CPC NÃO VERIFICADOS.
DECISÃO OBJURGADA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4018769-
81.2019.8.24.0000, de Araranguá, rel. Carlos Roberto da Silva,
Sétima Câmara de Direito Civil, j. 06-02-2020).

Destaca ainda, que independentemente de comprovação de atos


alienatórios o direito de convivência deve ocorrer o mais breve possível. Ademais, deve-se
aqui destacar que se Vossa Excelência reconhecer os indícios de alienação parental, a
melhor forma de coibir tais condutas é concedendo a guarda compartilhada, atribuindo de
forma equânime os períodos de convivência da criança com ambos os genitores.
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Giza-se que a aplicação da guarda compartilhada como sanção ao


genitor alienador, tem se mostrado um instrumento eficiente tanto para coibir os atos de
alienação como para oferecer os elementos necessários para a reconstrução do vínculo
genitor alienado com o filho.

Desde já esclarece de que a tese de que é necessário haver


harmonia entre o casal para determinar a guarda compartilhada, é incongruente e
inconsistente, pois se houvesse harmonia possivelmente não teria acontecido a ruptura dos
laços afetivos e os inúmeros procedimentos existentes nesta Comarca.

A guarda compartilhada mostra-se plenamente viável em casos de


alienação parental, conforme destaca a Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Especializada de
Família e Sucessões de Várzea Grande-MT e Diretora do IBDFAM-MT, Eunice Jaqueline da
Costa Silva Cherulli:

“(...) qualquer genitor beligerante, inclusive um eventual


alienador parental, propositalmente provoque e mantenha uma
situação de litígio para com o outro, apenas com o objetivo de
impedir a aplicação da guarda compartilhada, favorecendo
assim, não o melhor interesse da criança mas, os seus próprios
(...). Portanto, a parte interessada, geralmente a que está com a
guarda de fato do menor, cultiva o litígio para se beneficiar com
a Guarda Unilateral, desta forma afastar o outro genitor do
convívio saudável com seu filho (…)”

Excelência é um consenso atual, inclusive nos casos envolvendo


litígio, principalmente os casos contendo atos de alienação parental que “A guarda
compartilhada fornece instrumentos para diminuição da alienação parental e dá
esperança a genitores que anseiam pela reconstrução do vínculo com seus filhos. A
guarda compartilhada já se mostrou ser o modelo que mais atende aos melhores
interesses do menor”2

Em recente decisão a Terceira Turma do STJ autorizou a guarda


compartilhada de pais que moravam em cidades diferentes, destacando que:

“A guarda compartilhada deve ser fixada mesmo quando os


pais morarem em cidades diferentes e distantes, especialmente
porque esse regime não exige a permanência física do menor
em ambas as residências e admite flexibilidade na definição da
forma de convivência com os genitores, sem que se afaste a
igualdade na divisão das responsabilidades.”

2 CHERULLI, E. J. C. S., juíza da 3ª Vara de Família e Sucessões de Várzea Grande-MT e Diretora


do IBDFAM no Estado, Artigo: É importante que se conscientizem de que os filhos não devem ser
usados nessa disputa.1 de abril de 2011. Disponível em: pailegal.net

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A ministra Nancy Andrighi, relatora dos autos, com sua sensibilidade


impar argumentou que o avanço da tecnologia de comunicação a distância tornou viável a
guarda compartilhada em casos como o que foi julgado pela 3ª Turma. E destacou que:

"Não existe qualquer óbice à fixação da guarda compartilhada


na hipótese em que os genitores residem em cidades, estados
ou, até mesmo, países diferentes, máxime tendo em vista que,
com o avanço tecnológico, é plenamente possível que, a
distância, os pais compartilhem a responsabilidade sobre a
prole, participando ativamente das decisões acerca da vida dos
filhos",

Já no que se refere, ao impedimento de visitas em razão da vontade


do filho de não ver o pai, tal entendimento não pode prevalecer como a melhor solução, pois
o menor sequer possui autonomia para decidir sobre sua vida. A propósito do assunto, o
artigo Alienação Parental: Comentários Iniciais à Lei 12.318/2010, publicado no site do
Instituto de Brasileiro de Direito de Família- IBDFAM, e elaborado pelo ilustre advogado
Marcos Duarte, Presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) Ceará e
Presidente da Comissão de Direito de Família da OAB Ceará, bem esclarece a questão:

“ (....)

A criança inicia um processo de distorção da realidade. O


guardião é totalmente bom e perfeito. O genitor não convivente
é totalmente mau. A criança ou adolescente não consegue
avaliar de forma realista aspectos bons no genitor não
convivente por ser fonte de angústia e de culpa, traindo a
confiança do guardião. O denominado "fenômeno do pensador
independente" é bastante comum na prática envolvendo
alienação parental. O alienador comumente se expressa
transferindo ao menor a responsabilidade por afirmações: "Está
vendo, ele que não quer ver o pai, não sou eu que lhe impeço".
Forma-se uma interação entre o menor e o alienador. A criança
ou adolescente tenta passar a idéia de que suas opiniões sobre
o não convivente são próprias, na tentativa de proteger o
alienador.”3

Ademais, é fundamental lembrar que:

3 Disponível em: https://ibdfam.org.br/artigos/697/novosite. Acesso em 28/06/2021.

1 | Avenida Santa Catarina, n.º 1443, Taboleiro, Centro, Barra Velha – SC – CEP 88.390-000,
1 Fone (47) 3456 0521 / (47) 9972 4074 / jibadvogadosassociados@hotmail.com
Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 12

“A alienação quando não é constata e interrompida pode chegar


a níveis de injustiça absurdos. E infelizmente nos níveis mais
graves de alienação uma estratégia, muito comum, mas
criminosa e perversa é a prática da falsa denúncia de abuso
sexual” (MADALENO, 2017).4

Excelência, como inicialmente dito, o genitor não se opõe as visitas


assistidas, todavia, a única forma efetiva de amenizar o prejuízo que o menor foi submetido
é a guarda compartilhada, pois a guarda unilateral somente favorece a genitora, que se
utiliza e continuará se utilizando da situação para fins próprios.

Diante do fato de que há mais de um ano o genitor não vê seu filho e


diante do fato de que se busca sempre o melhor interesse do menor, requer que seja
determinada a guarda compartilhada da criança, determinando-se a casa base com a
genitora, contudo que seja possibilitado ao pai ficar ao menos dez dias consecutivos com o
filho.

Destaca, que atualmente o autor encontra-se desempregado, mas


conforme já informado em outros autos, trabalha como vendedor/intermediador na venda de
pedras preciosas brasileiras para o exterior, atividade a qual retomar fará com que tenha
que realizar diversas viagens internacionais inviabilizando assim uma possível fixação de
visitação semanal.

Do Pedido:

Ante, o exposto, requer:

a) seja declarada, a nulidade da perícia psicológica em razão da


ausência de respostas aos quesitos formulados pelas partes, bem como, em razão da
ausência de acompanhamento dos assistentes técnicos nos trabalhos de elaboração do
laudo;

b) seja declarada a nulidade do laudo psicológico pelos inúmeros


motivos descritos na presente e no parecer, ora anexado, estrutura formal do laudo contra a
resolução n. 06/2019, do Conselho Federal de Psicologia (CFP); Ausência de referencial
teórico CFP n. 06/2019, art. 13 § 7°; Teste utilizados de uso proibidos pelo Conselho
Federal de Psicologia segundo resolução CFP 09/2018, art. 2, § 1°; Ausência de respostas
aos quesitos formulados pelas partes; Ausência de análise documental e outras fontes;
Falta de clareza e ausência de registros sobre as técnicas e instrumentos utilizados em cada
participante e a falta de detalhamento de registros pertinentes à construção e entendimento
do laudo. Resolução CFP 06/2019, art. 13 inc. I, § 4°; - Incongruência nos atendimentos.
Resolução CFP 06/2019, art. 13, § 4°; Parcialidade na confecção laudo.

4 MADALENO, A. C. C.; MADALENO, R. Síndrome de Alienação Parental: importância da detecção. 4º Ed.


Revista Atualizada e ampliada, Rio de Janeiro, Editora Forense, 2017.

1 | Avenida Santa Catarina, n.º 1443, Taboleiro, Centro, Barra Velha – SC – CEP 88.390-000,
2 Fone (47) 3456 0521 / (47) 9972 4074 / jibadvogadosassociados@hotmail.com
Processo 5000084-20.2021.8.24.0006, Evento 64, PET1, Página 13

c) A nulidade do laudo com o consequente julgamento do feito, com base


nas provas já existentes no autos, determinando-se, independentemente de comprovação
ou não dos atos alienatórios a retomada do convívio do genitor com o filho, através de
visitas assistidas, a serem efetivadas no fórum, com um curto período de intervalo, afim de
que se reestabeleça/fortaleça os laços afetivos de pai e filho.

d) Diante do grande arcabouço probatório existente, bem como, de acordo


com o parecer técnico firmado pela assistente técnica do autor, que seja declarada a
configuração dos atos alienatórios, ou mais grave ainda a instalação da Síndrome de
Alienação Parental, determinando-se a modificação da guarda para compartilhada como
sanção a genitora, evitando assim, maiores prejuízos a criança.

e) Postula em caso de fixação de guarda compartilhada, o direito da


criança permanecer com o pai no mínimo dez dias consecutivos, em virtude da forma de
trabalho por ele exercida, bem como, a plena participação do pai na vida do filho, aqui cita-
se, escola, médicos, atividades de lazer entre outras;

Termos em que

Pede deferimento.

Barra Velha/SC, 29 de junho de 2021.

Daiane Ramos de Andrade

OAB/SC nº 29.750

1 | Avenida Santa Catarina, n.º 1443, Taboleiro, Centro, Barra Velha – SC – CEP 88.390-000,
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