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CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO PIAUÍ

FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU/ UNIDADE REDENÇÃO


BACHARELADO EM BIOMEDICINA

JANETE EVA DE ARAÚJO DE OLIVEIRA

THAÍS MIRANDA ROCA

ANÁLISE DO PERFIL PSICONEUROIMUNOLOGICO DE PACIENTES


PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

TERESINA/PI

2018

L
JANETE EVA DE ARAÚJO OLIVEIRA
THAÍS MIRANDA ROCHA

ANÁLISE DO PERFIL PSICONEUROIMUNOLOGICO DE PACIENTES


PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

Projeto submetido à Faculdade


Maurício de Nassau / Unidade
Redenção, como parte dos
requisitos para a obtenção do grau
de Bacharel em Biomedicina e
aprovação na disciplina de TCC I.

Orientador (a): Me. Aldenora Maria


Ximenes Rodrigues.

TERESINA/PI
2018
JANETE EVA DE ARAÚJO OLIVEIRA
THÁIS MIRANDA ROCHA

ANÁLISE DO PERFIL PSICONEUROIMUNOLOGICO DE PACIENTES


PORTADORES DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Projeto submetido à Faculdade


Maurício de Nassau / Unidade
Redenção, como parte dos
requisitos para a obtenção do grau
de Bacharel em Biomedicina e
aprovação na disciplina de TCC I.

Ma. Aldenora Maria Ximenes Rodrigues


(Orientadora)

Examinador (a) I

Examinador (a) II
SUMÁRIO

1 INTRODUÃO
1.1 Tema
1.2 Problema
1.3 Hipótese

2 Objetivos
1.1 Objetivo geral
1.2 Objetivo específico

3 Justificativa

4 Referencial teórico
1 INTRODUÇÃO

As doenças neurodegenerativas são patologias crônicas incuráveis, que


comprometem além da saúde, a capacidade social e laboral dos acometidos de
realizar atividades simples diáriascomo as de higiene pessoal, andar sozinho,
reconhecer pessoas do seu convívio, entre outras. A doença de Alzheimer (DA)
é dentre as demências a que acomete a maior parte da população Brasileira de
acordo com o ministério da saúde. (Hebert, et al)
Em dados estatísticos o Alzheimer compreende cerca de 70% de todos os
casos de demência, e a quantidade de casos prevalecem dobrando a cada
cinco anos. Dentre os avaliados das faixas etárias entre 65- 69, 70-74, 75-79,
80-84 e 85, a prevalência da DA tem sido cerca de 0,6%, 1,0%; 2,0%, 3,3% e
8,4%, respectivamente. De acordo com as mesmas pesquisas prevalência
também aumenta exponencialmente com a idade, passando de 3% entre os
65-74 anos, para quase 50% entre os mais de 85 anos. Em 2050 a expectativa
exponencial é que o número de casos de DA no mundo será de
aproximadamente, 80 milhões de indivíduos, 43% desses indivíduos na fase
mais avançada da doença, o qual exige acompanhamento diário. (Burlá C, et
al, 2013;)
A fisiopatologia da DA compreende-se hoje que é uma doença
neurodegenerativa crônica que é desencadeada pelo acúmulo o peptídeo Aβ e
a proteína Tau, principalmente nas regiões do córtex e do hipocampo, do
encéfalo. As regiões cerebrais citadas são responsáveis pela memória. Porém
não é somente o acúmulo dessas proteínas que são a causa da DA, há mais
de duas décadas os processos oxidativos e inflamatórios celulares também
estão sendo apontados como grandes precursores da DA (MCGEER et al.,
1989).
Na resposta inflamatória em geral, são ativadas enzimas pró-inflamatórias, a
produção expressiva de proteínas, a liberação e formação de citocinas, a
movimentação direcionada e produção das células da Glia (principalmente a
microglia), entre outros fatores (DISABATO; QUAN; GODBOUT, 2016).
O que a neurociência traz como modelo hoje, mostra que a função cerebral é
controlada basicamente por substâncias químicas com funções de
neurotransmissores ou (neuropeptídeos, hormônios, fatores de crescimento,
etc) . Essas substâncias não estão restritas apenas ao sistema nervoso central
(SNC), elas podem vir a desempenhar a depender do sistema analisado ou da
própria substância funções terceiras além das sinapses. A atuação dessas
substâncias são dependentes de receptores encontrados em células do
sistema imunológico, eles não estão presentes somente nas fendas sinápticas .
A interação dos neurotransmissores presente nos setores celulares periféricos,
sugerem uma interação cabeça-corpo (Pert et al., 1985; Mashaghi et al., 2016).
Existe de fato a interação entre sistema nervoso e sistema imune, a
comunicação molecular através dos neurotransmissores é um indício que
possam haver mais interações e os produtos entre elas são desconhecidos por
totalidade, o que se toma como prova dessa comunicação foi a produção de
neuropeptídios e neurotransmissores em comum (Savino, 2009; Neto e Costa-
Pinto, 2009). No sistema imune algumas substâncias são produzidas, a
interleucina-1 (IL-1) tem efeitos notórios no sistema nervoso central como a
termorregulção, ativação do sono, entre outros. A Interleucina, os interferons e
substância P atuam no SNC mudando o comportamento do indivíduo. Os
macrófagos são capazes de passar de um compartimento a outro do corpo,
levando e trazendo informações entre os dois lados, o que se pode colocar em
análoga com o processo sináptico que ocorre no SNC (Pert et al., 1985;
Mashaghi et al., 2016).É notório afirmar que as semelhanças que existem entre
o sistema neurológico e o sistema imune seria a presença de uma percepção
na forma de organizar as atividades dos mesmos e a aptidão de enviar
informações de uma parte a outra através de mediadores e receptores que se
comunicam entre si. (Savino et al, 2009)
Entende-se assim então que os estados emocionais são responsáveis por uma
série de processos bioquímicos no organismo alterando assim diretamente as
funções imunológicas. Cada sentimento, processo emocional tem um fator
muscular, psicológico, bioquímico, além de função de sobrevivência. Esses
fatores atuam como estímulos para desencadear diversas reações, onde
muitas substâncias são produzidas, um exemplo são as catecolaminas. Sendo
o cérebro um órgão modulado por reações químicas ele não consegue
diferenciar estímulos verdadeiros e processos patológicos fisiológicos. Sendo
assim a informação da maneira como ela chega a responsável pela resposta
neuroimunológica (Bottura, 2007).
1.1 TEMA

Analise do perfil psiconeuromunológico, aspectos psicológicos e neurais de


pacientes portadores da doença de Alzheimer em hospital público de Teresina.

1.2 PROBLEMA
As alterações dos aspectos psiconeuroimunológicos levam ao stress crônico
nos pacientes portadores da doença de Alzheimer?

1.3 HIPÓTESE

1.3.1 hipótese positiva


As alterações nos aspectos psiconeuroimunologicos levam ao stress
crônico, que por sua consequência ocorre uma agregação da proteína b-
amiloide na parte extracelular dos neurônios fazendo com que ocorra a
degeneração na doença de Alzheimer.

1.3.2 hipótese nula


O devido estudo pode não reverter a causa inflamatória da doença e
Alzheimer, como também não trazer nenhuma melhora significativa para o
tratamento dos doentes.

2 OBJETIVO

2.1 Objetivos geral


Avaliar os aspectos psiconeuroimunologicos de pacientes portadores da
doença de Alzheimer em hospital público de Teresina.
2.2 Objetivos específicos
 Avaliar o perfil psicológico de um determinado grupo de pacientes
portadores dessa patologia, e realizar testes já justificados pela
psicologia que avaliaram o aspecto psicológicos desses pacientes.
 Coleta e análise sanguínea que descreveram o perfil imunológico.
 Utilizar os princípios neurológicos e testes cognitivos que descreverá o
perfil psiconeuroimunológico.

3 Justificativa
O tema analisado tem uma relevância considerável no diagnóstico da
doença de Alzheimer (DA) atrelada a fatores imunológicos, assim como
também de acordo com a metodologia da pesquisa, usar os aspectos
psiconeuroimunológicos para o entendimento e possível forma de tratamento
para a DA, sendo uma doença de perfil neurodegenerativo crônico irreversível,
o papel desse trabalho é auxiliar o diagnóstico e desenvolver um possível
tratamento alternativo, além do medicamentoso, buscando assim diminuir os
efeitos adversos do uso constante de medicação.
O presente trabalho tem ênfase no estudo da neurociências e doenças
neurodegenerativas. A Neurociência é um modelo de estudo de grande
relevância no meio científico e na abordagem multidisciplinar. As neurociências
tem aproximadamente três décadas de estudos, sendo bastante reconhecida,
por fazer associações de disciplinas fundamentais para diversos estudos,
matérias como anatomia, histologia ,fisiologia, bioquímica , farmacologia,
neurologia, psiquiatria fez com que a neurociência tivesse grande um avanço
nesse intervalo de tempo, sendo que o avanço é inegável no conhecimento do
sistema nervoso, em sua grande maioria esses avanços tecnológicos e
científicos são acrescentados por disciplinas emergentes como imaginologia,
biologia molecular ,neurologia e a nanotecnologia.
Já que a parcela populacional brasileira vem crescendo numa faixa etária dos
65 anos de idade, a doença de Alzheimer vem crescendo significativamente
por conta de ser uma patologia relacionada com a idade. Portanto essa doença
é considerada a mais comum entre os idosos, o que acarreta um problema de
saúde pública.
De modo claro e objetivo pretendesse através desse trabalho é ampliar de
forma satisfatória os conhecimentos sobre doenças neurodegenerativas e o
estudo das neurociências e suas aplicações visando sua importância no meio
cientifico e para o profissional biomédico.

4 Referencial Teórico
4.1 Doenças neurodegenerativas
As doenças neurodegenerativas estabelecem uma importante patologia médica
e um problema socioeconômico da atualidade. Essas doenças estabelecem
condições extenuante e incuráveis, sendo mais frequente em pacientes idosos,
diminuindo, contudo, a qualidade de vida dos portadores dessa enfermidade
(ROSADO,20150).
A incidência de doenças neurodegenerativas tem se elevado nos recorrer dos
últimos anos, passando a estabelecer um problema de saúde pública .Portanto
viste que se foi observado uma aumento elevado do surgimento dessa
patologia se fez necessário o desenvolvimento de novas alternativas de
tratamento, visando evitar ,recuperar ou impedir as alterações a nível celular
que possa levar a morte neural (FLORES,2016) . A grande maioria dos
problemas dos portadores de doenças neurodegenerativas ocorre na meia
idade ou posterior. O envelhecimento por si só pode colaborar para a
vulnerabilidade. Posteriormente a um duradouro período de deterioração
progressiva que ocorre comumente entre 10 a 20 anos a pessoa afetada tem
uma morte temerosa (Kandel,2018).

4.1 Mecanismos envolvidos no surgimento das Doenças


Neurodegenerativas.
A idade dos pacientes portadores de doenças neurodegenerativas é um
grande fator de risco. Portanto existem muitos processos que podem
acometer o surgimento dessa patologia, como os processos de agregação
proteica, disfunção mitocondrial, stress oxidativo, excitotoxicidade e
inflamação. Como já se tem conhecimento, o envelhecimento está
diretamente associado com a quantidade de radicais livres que se encontra
no organismo. Os radicais livres são moléculas instáveis que pode se
agregar nas demais moléculas de carga positiva, podendo assim reagir e
oxidar. A ação dessa oxidação pode levar a inibição de vários
neurotransmissores, comprometendo o funcionamento normal de várias
regiões do cérebro (Rosado, 2015). Um dos fatores dos aspectos de
fundamental importância na gênese das doenças neurodegenerativas são
os processos misfolding. Esses processos são conhecidos como o
enrolamento incorreto de proteínas. Com o envelhecimento pode ocorrer
um aumento probabilístico de formação de agregados proteicos. Por sua
vez essa agregação proteica leva a formação de agregados amorfos e
fibras amiloides. Como exemplos de doenças neurodegenerativas, oriundas
da formação de agregados proteicos podemos citar doença de Alzheimer,
esclerose lateral amiotrófica, entre outras (Rosado,2015).

4.2 Doença de Alzheimer


A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa crônica que foi
caracterizada pelo alemão Alois Alzheimer em 1907 como uma infecção neural
progressiva e irreversível, que ocasiona perda de memória e diversos distúrbio
cognitivos (Smith, 1999).
A DA é uma patologia que exibe um declínio progressivo na capacidade
funcional e perda gradual de autonomia, e que ocasiona, contudo, nos
indivíduos afetados, uma submissão total de outras pessoas. A expectativa de
vida vem aumentando cada vez mais, e a idade se torna um fator de risco para
o surgimento dessa patologia, há uma previsão para este século que o número
de pessoas afetadas por essa doença aumentara demasiadamente
(Forlenza,2012).
A genética é também um fator considerado de predominante aspecto da
etiopatologia da doença de Alzheimer e como vários outros aspectos podemos
correlacionar a toxicidade, aminoácidos, neuroácidos e a decorrência de danos
em microtúbulos e algumas proteínas penitentes (Lucatelli it al;2008). A
psiconeuroimunologia descreve que a saúde é o equilíbrio dinâmico entre
diversos sistemas que compõem o corpo humano. Fatores psicológicos
desequilíbrio no sistema e a tendência posterior e tentar entrar novamente em
equilíbrio, mas se houver desequilíbrios contínuos, isso faz com que seja
favorável para os surgimentos de diversas patologias (Coutinho it al;2000).

Se houver alguma alteração em um dos sistemas (psicológicos, neurológico,


endócrino e imunológico) acarreta desequilíbrio no indivíduo, e se esse
individuo estiver em estado de saúde vulnerável as consequências dessas
desordens podem ser bem prejudiciais. Diversas desordens já citadas podem
gerar um stress celular, que podem ser desencadeadores das
neurodegeneração e causadores de várias doenças como Alzheimer,
Parkinson e doença de Huntington (Santos,2019).

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