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ISSN: 2525-8761
RESUMO
OBJETIVO: Determinar a fisiopatologia do Transtorno do Pânico (TP) e mapear as
abordagens terapêuticas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão com caráter
descritivo-discursivo e sistematizada, procedida por etapas descritivas, nos portais
eletrônicos PUBMED, BVS e SCIELO. Utilizou-se como estratégia de busca os
descritores: “panic disorder pathophysiology”, “neurobiology panic disorder”, usando-se
o operador booleano AND entre os descritores combinados. Como critério de inclusão,
elegeram-se artigos publicados com versão de 5 anos, trabalhos restritos a modelos
humanos, sem restrição linguística, enquanto como critério de exclusão, descartaram-se
duplicatas e estudos que não abrangeram o recorte de análise. As pesquisas nas bases de
dados retornaram 625 resultados; após a interpretação dos títulos, análise dos resumos e
leitura da íntegra das obras, selecionaram-se 16 trabalhos. RESULTADOS: TP é um
transtorno ansioso e incapacitante que apresenta um curso de cronicidade, afetando o
ABSTRACT
OBJECTIVE: To determine the pathophysiology of Panic Disorder (PD) and to map
therapeutic approaches. METHODOLOGY: This is a descriptive-discursive and
systematized review, carried out in descriptive steps, on the electronic portals PUBMED,
BVS and SCIELO. The following descriptors were used as search strategy: “panic
disorder pathophysiology”, “neurobiology panic disorder”, using the Boolean operator
AND between the combined descriptors. As an inclusion criterion, articles published with
a 5-year version were chosen, works restricted to human models, without linguistic
restriction, while as an exclusion criterion, duplicates and studies that did not cover the
analysis were discarded. Database searches returned 625 results; after interpreting the
titles, analyzing the abstracts and reading the full text of the works, 16 works were
selected. RESULTS: PD is an anxious and disabling disorder that has a chronic course,
affecting biopsychosocial functioning and quality of life. Based on the physiological
mechanisms evaluated, they showed evidence of structural changes in the brain,
dysregulation in neurotransmission systems, cardiorespiratory changes induced by ANS
hyperactivation, as well as the variability of blood cells and the peripheral blood trunk, in
addition to genetic polymorphisms. Just as treatments were investigated, whether in the
non-pharmacological line with CBT or in pharmacotherapy. CONCLUSION: Studies
explain the etiologies through biological markers and clinical-epidemiological analyses,
in order to support PD staging models, at the same time establishing biomarkers to expose
susceptibility, prognosis, and predictors of the identification of the disorder.
1 INTRODUÇÃO
As primeiras descrições nosológicas do que se conhece hoje como Transtorno de
Pânico (TP), datam do século XIX. Etiologicamente, conceituada como a “neurose de
ansiedade” pelo criador da psicanálise Sigmund Freud e descrita por Da Costa, como o
“coração de soldado” (NOGUEIRA, J. F O. et al., 2018).
Em conformidade ao Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-5), é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico, tendo
como principais sintomas: recorrentes Ataques de Pânico (AP), crises súbitas de
ansiedade e medo, com duração desde minutos a horas, sejam espontâneas ou induzidas
por fator estressor. Além disso, há prejuízo funcional, com alterações comportamentais -
hábitos evitativos ou adaptados - por causa das crises e do receio de novos ataques
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA), 2014).
Vale esclarecer que o AP foi caracterizado como sensação de desconforto ou
medo, cujo clímax ocorre rapidamente e também é o mais prevalente. Diferente do TP,
que se configura como transtorno e é menos recorrente. Quanto à etiologia, TP apresenta
maior incidência durante a adolescência, associado às alterações hormonais e às estruturas
corticais, isto porque ocorre a poda maciça das sinapses excitatórias e a formação de
inibitórias (ZUARDI, A. W., 2017).
Em seguida, estudos familiares com gêmeos evidenciaram risco cerca de oito
vezes maiores de vulnerabilidade ao TP, com herdabilidade estimada em 43%, e presença
de polimorfismos gênicos (NOGUEIRA, J. F. O et al., 2018). Embora não haja consenso
da fisiopatologia precisa do TP, teorias apontam para combinação de fatores genéticos,
adversidades na infância, traços de personalidade (neuroticismo) e estressores
precipitantes, dentre eles: perdas, doenças ou ameaças. Do ponto de vista das
neurociências, há uma sensibilidade alterada no circuito do medo (ROY-BYRNE, PP.,
2019).
Há também modelos explicativos para a hiperativação autonômica, sendo um dos
mais aceitos a teoria de alarme falso de sufocamento, baseado nos AP's induzidos por
lactato e CO2. Afinal, exemplifica-se que tais quadros têm em comum a ativação
paroxística do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), desencadeando a sintomatologia,
caracterizada por vertigem, sudorese, dispnéia, parestesia e pensamentos catastróficos
(NOGUEIRA, J. F. O et al., 2018).
Enquanto estudos de neuroimagem continuam a reforçar o papel da "rede do
medo" (córtex associativo límbico, formação hipocampal e a amígdala). Estudos
funcionais evidenciam uma “rede estendida do medo”, incluindo: tronco cerebral, córtex
anterior, midcingulado, ínsula e partes lateral e medial do córtex pré-frontal. Além disso,
estudos neuroquímicos substanciaram o papel dos agentes serotoninérgicos,
neurotransmissão noradrenérgica e glutamatérgica na fisiopatogenia do TP (SOBANSKI,
T., AND GERD WAGNER, 2017).
O novo horizonte de pesquisa é a "genética de imagens". Os estudos genéticos de
imagens são projetados para avaliar o impacto das variações genéticas na função cerebral
em regiões críticas. Tanto por confirmar a importância da neurotransmissão, como
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 ESTUDO
Trata-se de revisão com caráter descritivo-discursivo e sistematizada, a qual se
procedeu por seis etapas descritivas: identificação do tema e questão de pesquisa; busca
na literatura; categorização dos estudos; avaliação; interpretação dos resultados e
apresentação da revisão.
com seres humanos. Não havendo utilização de elementos que trarão prejuízo aos entes
contabilizados em dados científicos, senão de informações que beneficiarão tanto ao
grupo alvo do estudo, quanto à sociedade e às entidades promotoras de saúde.
3 RESULTADOS
No PUBMED, com o descritor “panic disorder” AND “pathophysiology”,
retornou 262 resultados, com seleção de 7 artigos; com o segundo descritor,
“neurobiology”, panic disorder”, alcançou-se 41 resultados, com escolha de 2 estudos.
Na BVS, aplicou-se o descritor “panic disorder” AND “pathophysiology”,
obteve-se 300 resultados, com preterição de 7 artigos; já com o segundo descritor,
retornaram 16 resultados e foram escolhidos 2 estudos.
No SCIELO, com descritor “panic disorder” AND “pathophysiology”, tendo
retornado 6 resultados e apuração de 1 estudo e o segundo descritor não apresentou
resultados.
Procedida as etapas descritivas nas seguintes ordens identificação, triagem,
elegibilidade e inclusão foram selecionados no PUBMED: 9 artigos; na BVS 9 artigos e
no SCIELO foi eleito apenas 1 artigo.
Em todas as plataformas digitais, utilizaram-se iguais estratégias de busca -
Descritores em Ciências da Saúde (DECS) e Medical Subject Headings (MeSH), filtros
e de operador booleano AND.
Foram identificados 19 estudos potencialmente relevantes das bases de dados
pesquisadas de acordo com o algoritmo de busca formulado. Destes, foram excluídas as
duplicatas e então foram selecionados os artigos. Estes tiveram seus resumos lidos, sendo
14 selecionados para avaliação de texto completo, adequação aos critérios de
elegibilidade e posteriormente a inclusão na análise qualitativa (QUADRO 1).
QUADRO 2. Caracterização dos estudos selecionados, consoante ao título da obra; ao país que redigiu a
pesquisa, ao tipo de estudo e ao nível de evidência
TÍTULO DA OBRA PAÍS TIPO DE ESTUDO NÍVEL DE EVIDÊNCIA
QUADRO 3. Categorização dos estudos, conforme autores, anos de publicação e principais achados.
AUTORES ANO DE PUBLICAÇÃO ACHADOS
KAPLAN, H.I; SADOCK, 2017 Tratamentos atuais para os TP são divididos em primeira linha
B.J. ISRS/ISRN e segunda linha Antidepressivos Tricíclicos e
IMAO.
KIM, SE-WOONG et al. 2019 No TP, há uma resposta maior no giro pré-central, giro
parahipocampal, parte posterior da corona radiata, radiação
talâmica posterior, partes posteriores do corpus colosso,
precuneus e partes do frontotemporal.
NOGUEIRA,J.F.O.et al. 2018 Gêmeos evidenciaram risco cerca de oito vezes maiores de
QUAGLIATO, L. A. AND 2018 Aumento dos níveis séricos de marcadores inflamatórios, como:
ANTÔNIO E NARDI. IL-6, IL-1β e IL-5, em pacientes com TP. Tal fato deu-se em
razão das citocinas induzirem a produção de proteínas de fase
aguda, por estarem ligadas à neurogênese e à modificação do
HPA.
SOBANSKI, T., and 2017 Estudos neuroquímicos substanciaram o papel dos agentes
GERD WAGNER. serotoninérgicos, neurotransmissão noradrenérgica e
glutamatérgica na fisiopatogenia do TP.
ZUARDI, A. W. 2017 AP são mais prevalentes que TP. Quanto à sua etiologia é mais
prevalente na adolescência, visto que há poda maciça de
sinapses excitatórias e a formação de inibitórias.
Fonte: Autoria própria, 2021
4 DISCUSSÃO
Segundo o estudo de OKURO (2020) intitulado “Subtipo Respiratório do TP:
psicopatologia e testes de desafio”, tem o objetivo de abordar a heterogeneidade do
Transtorno do Pânico. Tendo como achado os subtipos: respiratório, noturno, medroso,
cognitivo e vestibular, com base nos sinais e nos sintomas.
Tendo em manifestações resultantes da exposição a altas concentrações de CO2,
desencadeando medo e quadros respiratórios do tipo AP, comprovados em experimentos
com seres humanos e modelos animais. Assim, essas respostas psicofisiológicas validam
que a hiperventilação voluntária e as perturbações do equilíbrio ácido-base, tais como: a
infusão de lactato de sódio induzem sintomas panicogênicos e reforçam a relação
bidirecional entre o TP e os distúrbios pulmonares - doença pulmonar obstrutiva crônica
e asma - uma vez que alteram mecanismos ventilatórios (OKURO, R. T. et al., 2020).
De acordo com ZUARDI (2017), há evidências de que o córtex pré-frontal é
hipoativo no transtorno da ansiedade, o que acarreta diminuição da atuação nas sinapses
nervosas, as quais afetam as substâncias subcorticais ligadas ao TP. Evidencia-se, com
isso, a estimulação direta de duas áreas: o hipotálamo ventromedial e o aqueduto
Dentre aqueles que entraram nesse serviço com dor torácica, 30,1% apresentavam
TP e destes 22,4% tinham TP sem DAC. Se analisar apenas os que apresentavam TP,
74,4% não apresentavam DAC. Embora a proporção dos examinados com TP sem DAC
tenha sido significativa, é de relevância o achado relativo aos 26% dos pacientes com TP
eram portadores de DAC (NOGUEIRA J. F O. et al., 2018).
Para CHENG (2019) pacientes com TP exibem anormalidades no processamento
inicial de informações, mesmo para os estímulos não ameaçadores. Isto porque, eles
apresentam déficit no Bloqueio Sensorial (SG), um mecanismo de proteção do cérebro
para filtrar informações sensoriais irrelevantes.
Isso foi avaliado em 18 pacientes com TP e 20 controles saudáveis divididos, de
acordo com a idade e o sexo, no intuito de realizar o paradigma de estímulo auditivo
emparelhado, usando Gravações Magnetoencefalográficas (MEG). Os resultados
mostraram que os com TP demonstraram razões na frequência M50 SG e M100 SG mais
altas no Giro Frontal Inferior Direito e as razões na frequência M100 SG mais altas no
Giro Temporal Superior Direito do que as do grupo controle. Assim, sugere-se que os
pacientes analisados exibiram capacidade deficiente para filtrar informações banais, tal
defeito leva à má interpretação cognitiva das sensações somáticas e da distração
(CHENG, C et al., 2019).
De acordo com MAIA (2015) uma alternativa para tratar distúrbios psiquiátricos
enquanto tratamento não medicamentoso, tem-se a TCC como um grande aliado.
Segundo esse estudo, os sintomas depressivos são reduzidos por ela, isto porque capta
habilidades de enfrentamento, que mostram atitudes e reflexões dos pacientes.
Com tal finalidade, vários protocolos foram desenvolvidos e validados, por meio
dos quais os profissionais utilizam e orientam os pacientes em termos de adesão e uso de
medicamentos. Por sua vez, o Protocolo Unificado é um procedimento eficiente no
tratamento em grupo ou individualmente para os transtornos generalizados de ansiedade
e de humor. Nesse protocolo são usadas sessões de psicoterapia estruturadas em passos,
segundo o grau de intensidade dos diagnósticos (MAIA et. al., 2015).
Para MAIA (2015), o Protocolo Unificado foi criado com a finalidade de abranger
distúrbios emocionais, por meio de refinamento de técnicas que promovem mudanças e
fortalecem as habilidades para enfrentar situações estressantes. A vantagem dele é
desenvolver uma forma acessível de terapêutica para os distúrbios e as suas
comorbidades.
A TCC possui amplitude técnica e empírica, o que, além das estratégias de
2020).
Em relação ao tratamento, os estudos retratam que a maioria dos pacientes exibe
melhora considerável no TP, sendo fundamental a concomitância entre a farmacoterapia
e a TCC. Pelo ponto de vista da farmacoterapia, as experiências relatam superioridade ao
usar os ISRS’s e a clomipramina (tricíclico) quando comparados com os
Benzodiazepínicos (BZD), os IMAOs e os medicamentos tricíclicos e tetracíclicos tanto
em termos de eficácia quanto dos seus efeitos colaterais (KAPLAN, H.I; SADOCK, B.J.
2017).
A despeito disso, ainda não há registros que antagonistas dos receptores β-
adrenérgicos sejam particularmente úteis para o TP. O mais seguro é iniciar o tratamento
com o ISRS, sendo os prevalentes: paroxetina, sertralina, citalopram ou fluvoxamina no
TP isolado. Porém, se o paciente apresentar sintomas graves, deve-se combinar o
alprazolam, seguido pela redução gradativa da utilização do BZD - geralmente seu uso é
em torno de 4 a 12 semanas (KAPLAN, H.I; SADOCK, B.J., 2017).
Já, na utilização de longo prazo, a fluoxetina é um agente eficiente para o TP
associado à depressão comórbida, no entanto devido às propriedades ativadoras
potencializarem os sintomas de pânico nas primeiras semanas, essa medicação costuma
ser mal tolerada. Tendo em vista a eficácia também da utilização do BZD, a citar o
clonazepam, esse é prescrito a pacientes que são suscetíveis ao pânico, administrado na
dosagem entre 0,5 a 1 mg (KAPLAN, H.I; SADOCK, B.J., 2017).
Em concordância, há eficácia dos medicamentos tricíclicos: a clomipramina e a
imipramina, suas doses devem ser aumentadas gradativamente com o intuito de evitar
estimulação excessiva dos neurotransmissores que controlam os sintomas do pânico.
Esses fármacos não são tão utilizados quanto os ISRS’s, pois têm efeitos adversos graves
nas doses terapêuticas mais altas, necessárias ao tratamento (KAPLAN, H.I; SADOCK,
B.J., 2017).
Em relação aos IMAO’s, os mais utilizados são fenelzina e tranilcipromina, tais
fármacos parecem ter menor probabilidade de causar estimulação excessiva do que os
ISRS’s e os ADT’s, mas requerem doses totais de no mínimo 8 a 12 semanas para serem
eficazes. Além disso, seu uso é limitado em relação aos ISRS’s, visto que sua eficácia é
influenciada pelo contexto dietético (KAPLAN, H.I; SADOCK, B.J., 2017).
Em contraste, os BZD’s têm o início de ação mais rápido contra o pânico e podem
ser utilizados por períodos longos sem o desenvolvimento de tolerância aos efeitos
antipânico. Nessa classe, o alprazolam é o mais administrado atualmente para o TP, mas
estudos demonstraram igual eficácia para o lorazepam, e relatos de caso indicaram que o
clonazepam também pode ser eficaz. Por ser uma condição crônica, às vezes até mesmo
para toda a vida, com grande possibilidade de recorrência caso haja interrupção no
tratamento, é vital o cuidado biopsicossocial (KAPLAN, H.I; SADOCK, B.J., 2017).
Na mesma premissa, KIM, SE-WOONG (2019) afirma a eficácia terapêutica
superior dos ISRS’s quando comparados aos BZD’s ou quando as medicações são
combinadas (ISRS + BZD). No entanto, caso não haja uma resposta suficiente dos
antidepressivos, doses mais altas de ansiolíticos tornam-se uma alternativa para o
tratamento.
Além disso, pacientes com TP apresentam disfunção dos receptores GABAA em
suas concentrações. Em vista disso, o TP tratado com drogas de propriedades ansiolíticas,
incluindo a classe das benzodiazepinas - potencializadoras do GABA, modulam a função
dos receptores da picrotoxina e prolongam a disponibilidade sináptica de 5-HT dos
ISRS’s na fenda pré-sináptica, o que bloqueia seu transporte para os neurônios
(FOGAÇA, M. V. & DUMAN, R. S., 2019).
Outra possibilidade terapêutica é a agomelatina, um receptor de melatonina (MT1,
MT2) agonista e antagonista do receptor 5-HT2C. Estudos pré-clínicos mostram que a
agomelatina reduz o aumento induzido pelo estresse na liberação de glutamato dentro do
córtex pré-frontal e sincroniza o ritmo circadiano, estimulando receptores melatorgicos e
serotonérgicos no núcleo supraquiasmático do hipotálamo (MURROUGH et. al, 2015).
À luz dos achados, inferiu-se que a manifestação do AP demonstra a ausência de
fronteira entre o somático e o psíquico, pois se refere a um complexo entre sintomas
físicos e emocionais que confundem tanto o profissional quanto o paciente. Soma-se a
isso, o fato de que o TP, mesmo após diagnóstico apropriado, nem sempre oferece
possibilidade de cura, tampouco suporte assertivo, seja pelos métodos custosos de
mapeamento do transtorno, ou pela falta de acesso às terapias farmacológicas ou não
farmacológicas, ou ainda pelo pouco acesso à equipe de saúde mental, contudo deve ser
assegurado o cuidado integral do paciente.
5 CONCLUSÃO
Este trabalho visa a esclarecer a etiologia, fatores de risco e a fisiopatogenia do
TP para auxiliar no prognóstico e na terapêutica empregada. Ao mesmo tempo, mediante
o estadiamento em razão da sintomatologia, indicar como ocorre a manifestação e o curso
da doença. A partir dos mecanismos fisiológicos avaliados evidenciaram desde as
REFERÊNCIAS
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