Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Departamento de Farmacologia
Especialização em Farmacologia
Belo Horizonte
2020
Rachel Mendes Limiro
Belo Horizonte
2020
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela vida, por guiar e iluminar todos os meus passos e
permitir todas as minhas conquistas.
Aos meus pais, que são os meus maiores e melhores exemplos e incentivadores. Eu
amo vocês!
Ao Wagner, meu marido e meu melhor amigo que sempre me ajuda e apoia.
Aos colegas do curso pelo respeito, companheirismo e incentivo durante todo esse
período. Vocês são demais, uma amizade que vou levar para vida toda!
Queira! Basta ser sincero e desejar profundo. Você
será capaz de sacudir o mundo. Vai! Tente outra
vez! Tente! E não diga que a vitória está perdida.
Se é de batalhas que se vive a vida. Tente outra
vez! Veja! Não diga que a canção está perdida.
Tenha fé em Deus. Tenha fé na vida. Tente outra
vez!
(Raul Seixas)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
OBJETIVOS 11
JUSTIFICATIVA 12
MATERIAIS E MÉTODOS 13
DESENVOLVIMENTO 14
5.2 INFLAMAÇÃO 16
5.3.1 Ciclooxigenase 18
5.3.2 Prostaglandinas 20
5.3.3 Citocinas 20
5.3.4 Quimiocinas 22
5.3.5 HMGB1 23
TRATAMENTO 24
6.1 - Anakinra 26
6.2 - Dexametasona 26
6.3 - Nimesulida 27
CONCLUSÃO 28
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29
RESUMO
AMPA Alfa-amino-3-hidroxi-metil-5-4-isoxazolpropiónico
Cl- Cloreto
COX-2 Ciclo-oxigenase-2
EEG Electroencefalograma
IL Interleucina
PB Fenobarbital
PTZ Pentilenotetrazol
1. INTRODUÇÃO
Com os avanços da ciência, foi durante o iluminismo que a epilepsia começou
a ser considerada uma patologia. Na idade média, a epilepsia era considerada um
castigo divino para os pecadores, e foi associada a fenômenos paranormais e
bruxarias. Acreditava-se que as pessoas epilépticas estavam possuídas por deuses
ou demônios, eram perseguidas e evitadas por medo de contágio (GOMES, 2006).
Porém, ainda existem muitas pessoas que mantêm crenças e estigmas tradicionais
contra a epilepsia. Essas crenças podem causar problemas no fornecimento de
educação e tratamento adequados ao paciente (JEON et al., 2020).
Nesse contexto, o presente trabalho de revisão que trata dos possíveis alvos
de ação para os fármacos anti-inflamatórios na profilaxia e tratamento da epilepsia
se torna importante, pois na medida que se descobrem novos alvos é ampliada a
possibilidade de controle e tratamento da doença. Por conseguinte, o benefício das
novas descobertas poderá atingir uma parcela relativamente considerável da
sociedade, visto que milhares de pessoas podem ter crises durante a vida.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
3. JUSTIFICATIVA
O desequilíbrio da ativação, tipo de células e mediadores inflamatórios no
tecido neuronal lesado é um fator crítico para o desenvolvimento da epilepsia.
Entretanto, ainda não está claro o mecanismo pelo qual essa desregulação afeta o
desenvolvimento da doença. Portanto, a compreensão desse(s) mecanismo(s)
contribuirá para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para a profilaxia e
tratamento da epilepsia e o efeito de medicamentos anti-inflamatórios na doença.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo é um trabalho de revisão bibliográfica, que visa
compreender o processo inflamatório na epilepsia, bem como as medidas
farmacológicas usadas no tratamento da inflamação, abordando, deste modo, a
importância no desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para a profilaxia e
tratamento desta condição.
A busca pelos artigos foi efetuada nas bases de dados: US National Library of
Medicine National Institutes of Health (Pubmed), ScienceDirect, Scientific Electronic
Library Online (Scielo) como também, em livros pertinentes ao assunto.
5. DESENVOLVIMENTO
A epilepsia é considerada um distúrbio neurológico crônico grave,
caracterizado por crises recorrentes e que geralmente surge de uma série de fatores
neuronais, além de estarem associadas a um histórico de lesões no sistema
nervoso. Uma lesão induz reorganização dos circuitos cerebrais gerando, um
desequilíbrio dos neurotransmissores e excitabilidade neuronal que produz
descargas elétricas. Esse processo em que um cérebro muda de um estado
fisiológico normal para uma condição epiléptica é chamado epileptogênese
(CLOSSEN e REDDY et al., 2017).
De acordo com VEZZANI et al. (2011), cerca de um terço dos indivíduos com
epilepsia não respondem ao tratamento farmacológico com as drogas
antiepilépticas, o que leva a necessidade de se desenvolver novas terapias, que
podem além de inibir os sintomas desse distúrbio, também prevenir ou revogar a
patogênese da doença (VEZZANI et al., 2011).
15
5.2 INFLAMAÇÃO
5.3.1 Ciclooxigenase
5.3.2 Prostaglandinas
5.3.3 Citocinas
Conforme ALYU et al. (2017), as citocinas são polipeptídeos que atuam nos
processos inflamatórios, são produzidas e liberadas principalmente por células da
glia durante a inflamação do sistema nervoso central. Quando liberadas, as citocinas
contribuem para a disfunção da BHE na epilepsia (VEZZANI et al., 2011).
Dessa forma, o nível dessa citocina no cérebro e a célula em que ela vai ser
produzida é que determina se a IL-6 terá efeitos excitotóxicos e gerar convulsões ou
terá efeitos neuroprotetores. No estudo de RANA e MUSTO (2018), foi relatado que
estudos indicam que o controle positivo da IL-6 diminui a neurogênese no
hipocampo e a potenciação a longo prazo, enquanto aumenta a gliose criando
22
5.3.4 Quimiocinas
Dessa forma, as quimiocinas exercem maior parte das suas funções através
da ativação de seus receptores acoplados à proteína G. Dentro do cérebro, células
sanguíneas, juntamente com micróglia e astrócitos, contribuem para a ativação das
células endoteliais e para a secreção adicional de quimiocinas (ARONICA et al.,
2017).
receptores da quimiocina CC, expresso também por microglia. Ele liga várias
quimiocinas (incluindo CCL3, CCL4 e CCL5) e é claramente aumentado em
epilepsia, assim como seus ligantes. A inibição do receptor CCR5 pode gerar
diminuição da interação entre as células mononucleares do sangue com as células
endoteliais levando a redução da migração de leucócitos através da BHE,
contribuindo para a neuroinflamação e eventos deletérios relacionados (CRUVINEL
et al., 2010; ARONICA et al., 2017).
5.3.5 HMGB1
6. TRATAMENTO
6.1 - Anakinra
Em seu estudo, DESENA et al. 2018 demonstrou que, uma paciente do sexo
feminino, 14 anos, diagnosticada com epilepsia generalizada incontrolável e com
sinais de inflamação sistêmica, não responsiva ao tratamento com as drogas
antiepilépticas após iniciar o tratamento com Anakinra recombinante, na dose de 100
mg por dia, apresentou uma rápida redução de aproximadamente 80% na frequência
de crises para cerca de quatro por semana. Essa paciente teve rápida normalização
em seus marcadores inflamatórios. Em seguida, a dose de Anakinra foi aumentada
para 100 mg duas vezes ao dia, resultando em 2 meses sem convulsões
clinicamente evidentes (DESENA et al., 2018).
6.2 - Dexametasona
6.3 - Nimesulida
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEY, A.et al., (2016). Anti-Inflammatory Small Molecules To Treat Seizures and
Epilepsy: From Bench to Bedside. Trends in pharmacological sciences, 37(6),
463–484. doi:10.1016/j.tips.2016.03.001.
ENGEL J Jr, et al., Epilepsy biomarkers. Epilepsia. 2013;54 Suppl 4(0 4):61‐ 69.
doi:10.1111/epi.12299.
FISHER, R. S., et al., 2014. Relato oficial da ILAE: Uma definição prática de
epilepsia. Epilepsia, 55(4), 475-82.
FISHER, Robert S., et al. Instruction manual for the ILAE 2017 operational
classification of seizure types. Epilepsia, 2017, 58.4: 531-542.
MCNAMARA JO. Farmacoterapia das epilepsias. In: Bruton, LL; Chabner, BA;
Knollmann, BC. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman &
Gilman. Porto Alegre: AMGH, 2012. p.583-607.
PAUDEL YN, et al. HMGB1: A Common Biomarker and Potential Target for TBI,
Neuroinflammation, Epilepsy, and Cognitive Dysfunction. Front Neurosci. 2018
Sep 11;12:628. doi: 10.3389/fnins.2018.00628. PubMed PMID: 30271319; PubMed
Central PMCID: PMC6142787.
RANA, A., & Musto, A. E. (2018). The role of inflammation in the development of
epilepsy. Journal of neuroinflammation, 15(1), 144. doi:10.1186/s12974-018-1192-7.
RANG H. P. et al. RANG & DALE: Farmacologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
768p.
SILVEIRA, Gustavo; et al. Insights into inflammation and epilepsy from the basic
and clinical sciences. Journal of Clinical Neuroscience, v. 19, n. 8, p. 1071-1075,
2012.
ULUDAG IF, et al. IL-1β, IL-6 and IL1Ra levels in temporal lobe epilepsy. Seizure.
2015;26:22-25. doi:10.1016/j.seizure.2015.01.009.
VEZZANI, A., et al. (2011). The role of inflammation in epilepsy. Nature reviews.
Neurology, 7(1), 31–40. doi:10.1038/nrneurol.2010.178.
VEZZANI, A., et al. (2015). Immunity and Inflammation in Epilepsy. Cold Spring
Harbor perspectives in medicine, 6(2), a022699. doi:10.1101/cshperspect.a022699.
WALKER, Le; et al. Wonoep appraisal: Molecular and cellular biomarkers for
epilepsy. Epilepsia. 2016 Sep;57(9):1354-62. doi: 10.1111/epi.13460. Epub 2016 Jul
4. PMID: 27374986; PMCID: PMC5515385.