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2 PSICOPATOLOGIA. 2.1 TRANSTORNOS DE HUMOR. 2.

2 TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE. 2.3 TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO E ABUSO DE
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS. 2.4 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE. 2.5
TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO. 2.6 TRANSTORNOS
DEPRESSIVOS. 2.7 TRANSTORNOS FÓBICOS. 2.8 TRANSTORNOS
PSICOSSOMÁTICOS. 2.9 TRANSTORNOS SOMATOFORMES. 2.10

36
5:
ESQUIZOFRENIA. 2.11 OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS. 2.12 ESTRUTURAS

:1
15
CLÍNICAS (NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO)............................................... 4

0
02
TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS ............................. 4

/2
1. Episódio Maníaco ..................................................................................................4

12
6/
2. Episódio Hipomaníaco..........................................................................................4

-1
3. Episódio Depressivo Maior ...................................................................................5

om
4. Transtorno Bipolar Tipo I ......................................................................................5

.c
ok
5. Transtorno Bipolar Tipo II ...................................................................................6

tlo
6. Transtorno Ciclotímico ..........................................................................................6
ou
s@
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ............................................................ 6
tin

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ..................................................................................... 7


ar
m

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE .................................................................... 7


io
ab

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE ................................................................... 8


of

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA............................................................... 9


ai
-c

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL .................................................................. 9


2
-2

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE ................................................................ 10


41

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA ................................................................ 11


.8
81

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA.................................................................. 11


.6
39

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA .................................................................... 12


-0

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE ............................................................... 12


s
tin

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA ............................................... 13


ar
M

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO E ABUSO DE SUBSTÂNCIAS


a
uz

PSICOATIVAS ........................................................................................... 14
So

TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS (GENERALIDADES) .............................................. 15


de

INTOXICAÇÃO E ABSTINÊNCIA DE SUBSTÂNCIA (GENERALIDADES) .......................................... 15


o
bi

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO ÁLCOOL ...................................................................... 16


TRANSTORNO POR USO DE ÁLCOOL ................................................................................. 16


o
ai

INTOXICAÇÃO POR ÁLCOOL ............................................................................................. 17


C

ABSTINÊNCIA DE ÁLCOOL ............................................................................................... 17


TRANSTORNOS RELACIONADOS À CAFEÍNA ........................................................................ 18
INTOXICAÇÃO POR CAFEÍNA............................................................................................. 18
ABSTINÊNCIA DE CAFEÍNA ............................................................................................... 18
TRANSTORNOS RELACIONADOS A CANNABIS...................................................................... 19
TRANSTORNO POR USO DE CANNABIS .............................................................................. 19
INTOXICAÇÃO POR CANNABIS .......................................................................................... 20

1
TRANSTORNOS RELACIONADOS AO TABACO ...................................................................... 20
TRANSTORNOS DA ANSIEDADE .................................................................. 20
1. Transtorno de Ansiedade de Separação...........................................................20
2. Mutismo Seletivo..................................................................................................21
3. Fobia Específica ...................................................................................................21

36
4. Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) .................................................22

5:
:1
5. Transtorno de Pânico ..........................................................................................22

15
6. Agorafobia............................................................................................................23

0
02
7. Transtorno de Ansiedade Generalizada .............................................................23

/2
12
8. Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento ..................24

6/
-1
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E TRANSTORNOS RELACIONADOS .. 24

om
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO ........................................................................... 24

.c
TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL............................................................................. 25

ok
tlo
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO....................................................................................... 26

ou
TRICOTILOMANIA (TRANSTORNO DE ARRANCAR O CABELO) ................................................. 26
s@
TRANSTORNO DE ESCORIAÇÃO (SKIN-PICKING) .................................................................. 26
tin
ar

TRANSTORNOS RELACIONADOS A TRAUMAS E ESTRESSORES....................... 26


m
io

TRANSTORNO DE APEGO REATIVO ................................................................................... 27


ab
of

TRANSTORNO DE INTERAÇÃO SOCIAL DESINIBIDA ............................................................... 27


ai
-c

TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO .................................................................. 28


2

TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO ................................................................................. 30


-2
41

TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO ....................................................................................... 32


.8
81

TRANSTORNOS DEPRESSIVOS ................................................................... 33


.6
39

1. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor ...........................................33


-0

2. Transtorno Depressivo Maior ..............................................................................33


s
tin

3. Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) ....................................................34


ar

4. Transtorno Disfórico Pré-menstrual ...................................................................35


M
a
uz

TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS E TRANSTORNOS RELACIONADOS .. 36


So

TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS .......................................................................... 36


de

TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA ......................................................................... 37


o
bi

TRANSTORNO CONVERSIVO (TRANSTORNO DE SINTOMAS NEUROLÓGICOS FUNCIONAIS).......... 37


FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS ................................... 37


o
ai

TRANSTORNO FACTÍCIO ................................................................................................. 38


C

TRANSTORNO FACTÍCIO IMPOSTO A OUTRO (ANTES TRANSTORNO FACTÍCIO POR PROCURAÇÃO)


.................................................................................................................................. 38
TRANSTORNOS ALIMENTARES ................................................................... 39
PICA ........................................................................................................................... 39
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO ......................................................................................... 39
TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO ............................................................. 39
ANOREXIA NERVOSA ...................................................................................................... 40

| 2
BULIMIA NERVOSA ........................................................................................................ 40
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR ........................................................................ 41
ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS ........ 42
CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS (5 DOMÍNIOS) ..................................................................... 42
1. Transtorno Delirante ...........................................................................................42

36
2. Transtorno Psicótico Breve .................................................................................43

5:
:1
3. Transtorno Esquizofreniforme ............................................................................43

15
4. Esquizofrenia .......................................................................................................44

0
02
5. Transtorno Esquizoafetivo ..................................................................................45

/2
12
6. Transtorno Psicótico Induzido por Substância/Medicamento ........................45

6/
7. Catatonia .............................................................................................................45

-1
om
TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS ........................... 45

.c
1. Episódio Maníaco ................................................................................................45

ok
tlo
2. Episódio Hipomaníaco........................................................................................46

ou
3. Episódio Depressivo Maior .................................................................................46
s@
4. Transtorno Bipolar Tipo I ....................................................................................47
tin
ar

5. Transtorno Bipolar Tipo II .................................................................................47


m

6. Transtorno Ciclotímico ........................................................................................47


io
ab
of

DALGALARRONDO .................................................................................... 48
ai
-c

4.12 ESTRUTURAS CLÍNICAS (NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO). ................ 62


2
-2

A NORMALIDADE PARA A PSICANÁLISE ............................................................................... 63


41

A PSICOPATOLOGIA FREUDIANA ...................................................................................... 64


.8
81

O DIAGNÓSTICO PARA FREUD.......................................................................................... 65


.6
39

AS DUAS CLÍNICAS LACANIANAS E OUTROS CONCEITOS ........................................................ 66


-0

ESTRUTURAS CLÍNICAS (NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO). ................................................. 68


s
tin

NEUROSE .................................................................................................................... 70
ar

PSICOSE ...................................................................................................................... 72
M
a

PERVERSÃO.................................................................................................................. 73
uz
So

DEPRESSÃO E MELANCOLIA (EXTRA PARA A CESPE) ..................................... 76


de

QUESTÕES ............................................................................................... 80
o
bi

QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ................................................ 109


o
ai
C

| 3
2 Psicopatologia. 2.1 Transtornos de humor. 2.2
Transtornos de personalidade. 2.3 Transtornos relacionados
ao uso e abuso de substâncias psicoativas. 2.4 Transtornos
de ansiedade. 2.5 Transtorno do estresse pós-traumático.

36
5:
2.6 Transtornos depressivos. 2.7 Transtornos fóbicos. 2.8

:1
15
Transtornos psicossomáticos. 2.9 Transtornos

0
02
/2
somatoformes. 2.10 Esquizofrenia. 2.11 Outros transtornos

12
6/
psicóticos. 2.12 Estruturas clínicas (neurose, psicose e

-1
om
perversão).

.c
ok
tlo
Delícia de assunto! Vamos começar futuros aprovados!
ou
s@
tin

Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados


ar
m
io
ab

1. Episódio Maníaco
of

A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,


ai
-c

expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade


2
-2

dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de 1 semana e


41

presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer


.8
81

duração, se a hospitalização se fizer necessária).


.6

B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)


39
-0

1. Autoestima inflada ou grandiosidade.


s

2. Redução da necessidade de sono


tin
ar

3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.


M

4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos


a
uz

estão acelerados.
So

5. Distratibilidade
de
o

6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação


bi

psicomotora
o

7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial


ai
C

para conseqüências dolorosas


C. Causa prejuízo

2. Episódio Hipomaníaco
A. 4 dias consecutivos de humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou
energia
B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)

| 4
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
2. Redução da necessidade de sono
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos
estão acelerados.

36
5. Distratibilidade conforme relatado ou observado.

5:
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação

:1
15
psicomotora.

0
02
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial

/2
para conseqüências dolorosas

12
6/
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento

-1
que não é característica do indivíduo quando assintomático.

om
E O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo

.c
ok
acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar

tlo
de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o
ou
episódio é maníaco.
s@
tin
ar

3. Episódio Depressivo Maior


m
io

A. (5 sintomas [1 ou 2 obrigatoriamente], 2 semanas)


ab

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,


of
ai

conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita


-c

por outra pessoa (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser


2
-2
41

humor irritável.)
.8

2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou


81
.6

quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os


39

dias
-0

3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta


s
tin

ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias.


ar
M

4. Insônia ou hipersonia quase diária.


a
uz

5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.


So

6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.


de

7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada


o
bi

(que podem ser delirantes) quase todos os dias.


8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou


o
ai

indecisão quase todos os dias.


C

9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de


morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
B. Sofrimento e prejuízo

4. Transtorno Bipolar Tipo I


A. Presença de pelo menos um Episódio maníaco

| 5
O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios
hipomaníacos ou depressivos maiores.

5. Transtorno Bipolar Tipo II


A. pelo menos um episódio hipomaníaco ou hipomaníaco + depressivos

36
B. Jamais houve um episódio maníaco.

5:
:1
15
6. Transtorno Ciclotímico

0
02
A. 2 anos (1 em crianças) com sintomas hipomaníacos que não satisfazem

/2
os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas

12
6/
depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo

-1
maior.

om
B. períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo

.c
ok
menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os

tlo
sintomas por mais que dois meses consecutivos.
ou
s@
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou
tin

hipomaníaco nunca foram satisfeitos.


ar
m
io
ab

Transtornos da Personalidade
of
ai
-c

Definição
2
-2

padrão persistente de experiência interna e comportamento que se


41

desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo


.8
81

é difuso e inflexível
.6

começa na adolescência ou no início da fase adulta


39
-0

é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo


s

Tipos
tin
ar

Transtorno da personalidade paranoide


M

Transtorno da personalidade esquizoide


a
uz

Transtorno da personalidade esquizotípica


So

Transtorno da personalidade antissocial


de

Transtorno da personalidade borderline


o
bi

Transtorno da personalidade histriônica


o

Transtorno da personalidade narcisista


ai
C

Transtorno da personalidade evitativa


Transtorno da personalidade dependente
Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva
Mudança de personalidade devido a outra condição médica
Outro transtorno da personalidade especificado e transtorno da
personalidade não especificado
Grupos
Grupo A

| 6
transtornos da personalidade paranoide, esquizoide e
esquizotípica.
parecem esquisitos ou excêntricos
Grupo B
transtornos da personalidade antissocial, borderline, histriônica e

36
narcisista. parecem dramáticos, emotivos ou erráticos

5:
Grupo C

:1
15
transtornos da personalidade evitativa, dependente e obsessivo-

0
02
compulsiva.

/2
parecem ansiosos ou medrosos.

12
6/
-1
Transtorno da Personalidade

om
A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que

.c
ok
se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse

tlo
ou
padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas:
s@
1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo,
tin

outras pessoas e eventos).


ar
m

2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação


io
ab

da resposta emocional).
of

3. Funcionamento interpessoal.
ai
-c

4. Controle de impulsos.
2

B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de


-2
41

situações pessoais e sociais.


.8
81

C. Sofrimento e Prejuízo
.6

D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo


39
-0

menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta.


s

Transtornos mais comuns em mulheres


tin
ar

transtornos da personalidade borderline, histriônica e dependente


M

Transtornos mais comuns em mulheres


a
uz

transtorno da personalidade antissocial


So
de

Transtorno da Personalidade Paranoide


o
bi

A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo


o

que suas motivações são interpretadas como malévolas, que surge no


ai
C

início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme


indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo
explorado, maltratado ou enganado por outros.
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou
da confiabilidade de amigos e sócios.
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que
as informações serão usadas maldosamente contra si.

| 7
4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em
comentários ou eventos benignos.
5. Guarda rancores de forma persistente
6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são
percebidos pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca

36
rapidamente.

5:
7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade

:1
15
do cônjuge ou parceiro sexual.

0
02
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,

/2
transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro

12
6/
transtorno psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra

-1
condição médica.

om
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de

.c
ok
esquizofrenia, acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da

tlo
personalidade paranoide (pré-mórbido)”.
ou
s@
tin

Transtorno da Personalidade Esquizoide


ar
m

A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa


io
ab

restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais que surgem


of

no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos, conforme


ai
-c

indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:


2

1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser


-2
41

parte de uma família.


.8
81

2. Quase sempre opta por atividades solitárias.


.6

3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências


39
-0

sexuais com outra pessoa.


s

4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma.


tin
ar

5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os


M

familiares de primeiro grau.


a
uz

6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros.


So

7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento


de

afetivo.
o
bi

B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,



o

transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro


ai
C

transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista e não é atribuível


aos efeitos psicológicos de outra condição médica.
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de
esquizofrenia, acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da
personalidade esquizoide (pré-mórbido)”.

| 8
Transtorno da Personalidade Esquizotípica
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por
desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos,
além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento
excêntrico, que surge no início da vida adulta e está presente em vários

36
contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

5:
:1
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).

15
2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o

0
02
comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais

/2
12
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.

6/
4. Pensamento e discurso estranhos excessivamente elaborado ou

-1
estereotipado).

om
5. Desconfiança ou ideação paranoide.

.c
ok
6. Afeto inadequado ou constrito.

tlo
ou
7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.
s@
8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam
tin

parentes de primeiro grau.


ar
m

9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e


io
ab

que tende a estar associada mais a temores paranoides do que


of

a julgamentos negativos sobre si mesmo.


ai
-c

B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia,


2

transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro


-2
41

transtorno psicótico ou transtorno do espectro autista.


.8
81

Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de


.6

esquizofrenia, acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da


39
-0

personalidade esquizotípica (pré-morbido)”.


s
tin
ar

Transtorno da Personalidade Antissocial


M
a

A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das


uz
So

outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado


de

por três (ou mais) dos seguintes:


o

1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a


bi

comportamentos legais, conforme


o

indicado pela repetição de atos que constituem motivos de


ai
C

detenção.
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras
repetidas, uso de nomes falsos ou de trapaça para ganho ou
prazer pessoal.
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas
lutas corporais ou agressões físicas.
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.

| 9
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha
repetida em manter uma conduta consistente no trabalho ou
honrar obrigações financeiras.
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou
racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado

36
outras pessoas.

5:
B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.

:1
15
C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos

0
02
15 anos de idade.

/2
D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente

12
6/
durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar.

-1
om
Transtorno da Personalidade Borderline

.c
ok
A. Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da

tlo
ou
autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no
s@
início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme
tin

indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:


ar
m

1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.


io
ab

(Nota: Não incluir


of

comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério


ai
-c

5.)
2

2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e


-2
41

intensos caracterizado pela alternância entre extremos de


.8
81

idealização e desvalorização.
.6

3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e


39
-0

persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo.


s

4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente


tin
ar

autodestrutivas
M

Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação


a
uz

coberto pelo Critério 5.


So

5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou


de

de comportamento auto-mutilante.
o
bi

6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de



o

humor
ai
C

7. Sentimentos crônicos de vazio.


8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la
9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas
dissociativos intensos.

| 10
Transtorno da Personalidade Histriônica
Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso
que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,
conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.

36
2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por

5:
:1
comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.

15
3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.

0
02
4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção

/2
12
para si.

6/
5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista

-1
e carente de detalhes.

om
6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada

.c
ok
das emoções.

tlo
ou
7. É sugestionável (i.e., facilmente influenciado pelos outros ou
s@
pelas circunstâncias).
tin

8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na


ar
m

realidade são.
io
ab
of

Transtorno da Personalidade Narcisista


ai
-c

Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento),


2
-2

necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da


41

vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por


.8
81

cinco (ou mais) dos seguintes:


.6
39

1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância.


-0

2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho,


s
tin

beleza ou amor ideal.


ar

3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente


M
a

compreendido por, ou associado a, outras pessoas especiais ou


uz
So

com condição elevada.


de

4. Demanda admiração excessiva.


o

5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas


bi

irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam


o

automaticamente de acordo com as próprias expectativas).


ai
C

6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de


outros para atingir os próprios fins).
7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com
os sentimentos e as necessidades dos outros.
8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita
que os outros o invejam.
9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e
insolentes.

| 11
Transtorno da Personalidade Evitativa
Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e
hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta
e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou

36
mais) dos seguintes:

5:
:1
1. Evita atividades profissionais que envolvam contato

15
interpessoal significativo por medo de crítica, desaprovação ou

0
02
rejeição.

/2
12
2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha

6/
certeza de que será recebido de forma positiva.

-1
3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a

om
medo de passar vergonha ou de ser ridicularizado.

.c
ok
4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.

tlo
ou
5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de
s@
sentimentos de inadequação.
tin

6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos


ar
m

pessoais ou inferior aos outros.


io
ab

7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se


of

envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser


ai
-c

constrangedoras.
2
-2
41

Transtorno da Personalidade Dependente


.8
81

Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a


.6
39

comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta


-0

e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou


s
tin

mais) dos seguintes:


ar

1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma


M
a

quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.


uz
So

2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte


de

das principais áreas de sua vida.


o

3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido


bi

a medo de perder apoio ou aprovação.


o

Nota: Não incluir os medos reais de retaliação.


ai
C

4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por


conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu
julgamento ou em suas capacidades do que a falta de motivação
ou energia).
5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto
de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.

| 12
6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho
devido a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si
mesmo.
7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de
cuidado e amparo logo após o término de um relacionamento

36
íntimo.

5:
8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à

:1
15
própria sorte.

0
02
/2
Transtorno da Personalidade Obsessivo-compulsiva

12
6/
Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e

-1
controle mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e

om
eficiência que surge no início da vida adulta e está presente em vários

.c
ok
contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:

tlo
ou
1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem,
s@
organização ou horários a ponto de o objetivo principal da
tin

atividade ser perdido.


ar
m

2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de


io
ab

tarefas (p. ex., não consegue completar um projeto porque seus


of

padrões próprios demasiadamente rígidos não são atingidos).


ai
-c

3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em


2

detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por


-2
41

uma óbvia necessidade financeira).


.8
81

4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto


.6

a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por


39
-0

identificação cultural ou religiosa).


s

5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo


tin
ar

quando não têm valor sentimental.


M

6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a


a
uz

menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as


So

coisas.
de

7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros;


o
bi

o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras



o

catástrofes.
ai
C

8. Exibe rigidez e teimosia.

Outros Transtornos da Personalidade


Mudança de Personalidade Devido a Outra Condição Médica
A. Uma perturbação persistente da personalidade que representa uma
mudança do padrão característico prévio da personalidade do indivíduo.
Nota: Em crianças, a perturbação envolve um desvio acentuado do
desenvolvimento normal ou uma mudança significativa nos padrões

| 13
habituais de comportamento da criança, com duração de pelo menos
um ano.
B. Há evidência, a partir da história, do exame físico ou de achados
laboratoriais, de que a perturbação é a conseqüência fisiopatológica
direta de outra condição médica.

36
C. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental

5:
(incluindo outro transtorno mental devido a outra condição médica).

:1
15
D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.

0
02
E. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo

/2
no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes

12
6/
da vida do indivíduo.

-1
Determinar o subtipo:

om
Tipo lábil: Quando o aspecto predominante é labilidade afetiva.

.c
ok
Tipo desinibido: Quando o aspecto predominante é controle deficiente

tlo
dos impulsos conforme evidenciado por indiscrições sexuais, etc.
ou
s@
Tipo agressivo: Quando o aspecto predominante é comportamento
tin

agressivo.
ar

Tipo apático: Quando o aspecto predominante é apatia e indiferença


m
io

marcantes.
ab

Tipo paranoide: Quando o aspecto predominante é desconfiança ou


of
ai

ideação paranoide.
-c

Outro tipo: Quando a apresentação não se caracteriza por nenhum dos


2
-2
41

subtipos anteriores.
.8

Tipo combinado: Quando mais de um aspecto predomina no quadro


81
.6

clínico.
39

Tipo não especificado


-0
s
tin

Outro Transtorno da Personalidade Especificado


ar
M

Não satisfaz todos os critérios para qualquer transtorno na classe


a
uz

diagnóstica dos transtornos da personalidade.


So

Adiciona razão específica.


de
o
bi

Transtorno da Personalidade Não Especificado


Não satisfaz todos os critérios para qualquer transtorno na classe


o
ai

diagnóstica dos transtornos da personalidade.


C

Transtornos relacionados ao uso e abuso de substâncias


psicoativas
Abrange 10 classes distintas de drogas
álcool; cafeína; Cannabis; alucinógenos (com categorias distintas para
fenciclidina [ou arilciclo-hexilaminas de ação similar] e outros
alucinógenos); inalantes; opioides; sedativos, hipnóticos e ansiolíticos;

| 14
estimulantes (substâncias tipo anfetamina, cocaína e outros
estimulantes); tabaco; e outras substâncias (ou substâncias
desconhecidas).
Todas as drogas que são consumidas em excesso têm em comum a
ativação direta do sistema de recompensa do cérebro, o qual está envolvido

36
no reforço de comportamentos e na produção de memórias.

5:
A ativação do sistema de recompensa é intensa a ponto de fazer

:1
15
atividades normais serem negligenciadas.

0
02
O dsm-5 removeu a divisão feita pelo dsm-iv-tr entre os diagnósticos de

/2
abuso e dependência de substâncias reunindo-os como “Transtorno por uso de

12
6/
substâncias”

-1
om
Transtornos por Uso de Substâncias (generalidades)

.c
ok
tlo
Critérios gerais:

ou
baixo controle, deterioração social, uso arriscado e critérios
s@
farmacológicos.
tin

indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao


ar
m

longo de um período maior de tempo do que pretendido originalmente


io
ab

indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular


of
ai

o uso da substância e pode relatar vários esforços malsucedidos para


-c

diminuir ou descontinuar o uso


2
-2

indivíduo pode gastar muito tempo para obter a substância, usá-la


41

ou recuperar-se de seus efeitos


.8
81

em casos mais graves por uso de substância, praticamente todas as


.6
39

atividades diárias do indivíduo giram em tomo da substância.


-0

A fissura se manifesta por meio de um desejo ou necessidade


s
tin

intensos de usar a droga que podem ocorrer a qualquer momento


ar

A fissura está relacionada com condicionamento clássico


M
a

A fissura pode ser um preditor de recaída


uz
So

Prejuízo social
de

Pode ameaçar a integridade física.


o
bi

Intoxicação e Abstinência de Substância (generalidades)


o
ai

Intoxicação
C

síndrome reversível específica de determinada substância que ocorreu


devido a sua recente ingestão
é comum entre pessoas com transtorno por uso de substância, mas
também ocorre com frequência em indivíduos sem esse transtorno.
essa categoria não se aplica ao tabaco.
Abstinência

| 15
desenvolvimento de uma alteração comportamental problemática
específica a determinada substância, com concomitantes fisiológicos e
cognitivos, devido a interrupção ou redução do uso intenso e prolongado
da substância
causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento

36
social

5:
A maioria dos indivíduos com abstinência sente necessidade de

:1
15
readministrar a substância para reduzir os sintomas.

0
02
/2
Transtornos Relacionados ao Álcool

12
6/
Transtorno por Uso de Álcool

-1
Intoxicação por Álcool

om
Abstinência de Álcool

.c
ok
Outros Transtornos Induzidos por Álcool

tlo
ou
Transtorno Relacionado ao Álcool Não Especificado s@
tin

Transtorno por Uso de Álcool


ar
m

A. Um padrão problemático de uso de álcool, levando a


io
ab

comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado


of
ai

por pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um


-c

período de 12 meses:
2
-2

1. Álcool é frequentemente consumido em maiores quantidades


41

ou por um período mais longo do que o pretendido.


.8
81

2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no


.6
39

sentido de reduzir ou controlar o uso de álcool.


-0

3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção


s
tin

de álcool, na utilização de álcool ou na recuperação de seus


ar

efeitos.
M
a

4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar álcool.


uz
So

5. Uso recorrente de álcool, resultando no fracasso em


de

desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em


o

casa.
bi

6. Uso continuado de álcool, apesar de problemas sociais ou


o

interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou


ai
C

exacerbados por seus efeitos.


7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais
são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de álcool.
8. Uso recorrente de álcool em situações nas quais isso
representa perigo para a integridade física.
9. O uso de álcool é mantido apesar da consciência de ter um
problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que
tende a ser causado ou exacerbado pelo álcool.

| 16
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:
A. Necessidade de quantidades progressivamente maiores
de álcool para alcançar a intoxicação ou o efeito desejado.
b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da
mesma quantidade de álcool.

36
11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes

5:
aspectos:

:1
15
A. Síndrome de abstinência característica de álcool

0
02
b. Álcool (ou uma substância estreitamente relacionada,

/2
como benzodiazepínicos) é consumido para aliviar ou

12
6/
evitar os sintomas de abstinência.

-1
Especificar se:

om
Em remissão inicial (entre 3 e 12 meses, exceto fissura)

.c
ok
Em remissão sustentada (mais de 12 meses, exceto fissura)

tlo
Em ambiente protegido (acesso ao álcool é restrito)
ou
s@
tin

Intoxicação por Álcool


ar
m

A. Ingestão recente de álcool.


io
ab

B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente


of

significativas e problemáticas desenvolvidas durante ou logo após a


ai
-c

ingestão de álcool.
2

C. Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos durante


-2
41

ou logo após o uso de álcool:


.8
81

1. Fala arrastada.
.6

2. Incoordenação.
39
-0

3. Instabilidade na marcha.
s

4. Nistagmo.
tin
ar

5. Comprometimento da atenção ou da memória.


M

6. Estupor ou coma.
a
uz

D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica


So

nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo
de

intoxicação por outra substância.


o
bi

o

Abstinência de Álcool
ai
C

A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool.


B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvidos no período de
algumas horas a alguns dias após a cessação (ou redução) do uso de
álcool descrita no Critério A:
1. Hiperatividade autonômica (p. ex., sudorese ou frequência
cardíaca maior que 100 bpm).
2. Tremor aumentado nas mãos.
3. InsôniA.

| 17
4. Náusea ou vômitos.
5. Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias.
6. Agitação psicomotora.
7. Ansiedade.
8. Convulsões tônico-clônicas generalizadas.

36
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente

5:
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em

:1
15
outras áreas importantes da vida do indivíduo.

0
02
/2
Transtornos Relacionados à Cafeína

12
6/
Intoxicação por Cafeína

-1
Abstinência de Cafeína

om
Outros Transtornos Induzidos por Cafeína

.c
ok
Transtorno Relacionado à Cafeína Não Especificado

tlo
ou
s@
Intoxicação por Cafeína
tin

A. Consumo recente de cafeína (geralmente uma dose alta muito


ar
m

superior a 250 mg).


io
ab

B. Cinco (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos


of
ai

durante ou logo após o uso de cafeína:


-c

1. Inquietação.
2
-2

2. Nervosismo.
41

3. Excitação.
.8
81

4. Insônia.
.6
39

5. Rubor facial.
-0

6. Diurese.
s
tin

7. Perturbação gastrintestinal.
ar

8. Abalos musculares.
M
a

9. Fluxo errático do pensamento e do discurso.


uz
So

10. Taquicardia ou arritmia cardíaca.


de

11. Períodos de energia inesgotável.


o

12. Agitação psicomotora.


bi

C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente


o

significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em


ai
C

outras áreas importantes da vida do indivíduo.

Abstinência de Cafeína
A. Uso diário prolongado de cafeína.
B. Cessação ou redução abrupta do uso de cafeína, seguida, no período
de 24 horas, de três(ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas:
1. Cefaléia.

| 18
2. Fadiga ou sonolência acentuadas.
3. Humor disfórico, humor deprimido ou irritabilidade.
4. Dificuldade de concentração.
5. Sintomas gripais (náusea, vômitos ou dor/rigidez muscular).
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente

36
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em

5:
outras áreas importantes da vida do indivíduo.

:1
15
0
02
Transtornos Relacionados a Cannabis

/2
12
Transtorno por Uso de Cannabis

6/
Intoxicação por Cannabis

-1
Abstinência de Cannabis

om
Outros Transtornos Induzidos por Cannabis

.c
ok
Transtorno Relacionado a Cannabis Não Especificado

tlo
ou
s@
Transtorno por Uso de Cannabis
tin

A. Um padrão problemático de uso de Cannabis, levando a


ar
m

comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado


io
ab

por pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um


of
ai

período de 12 meses:
-c

1. Cannabis é frequentemente consumida em maiores quantidades


2
-2

ou por um período mais longo do que o pretendido.


41

2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no


.8
81

sentido de reduzir ou controlar o uso de Cannabis.


.6
39

3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção


-0

de Cannabis, na utilização de Cannabis ou na recuperação de


s
tin

seus efeitos.
ar

4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar Cannabis.


M
a

5. Uso recorrente de Cannabis, resultando em fracasso em


uz
So

desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em


de

casa.
o

6. Uso continuado de Cannabis, apesar de problemas sociais ou


bi

interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou


o

exacerbados pelos efeitos da substância.


ai
C

7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais


são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de Cannabis.
8. Uso recorrente de Cannabis em situações nas quais isso
representa perigo para a integridade física.
9. O uso de Cannabis é mantido apesar da consciência de ter um
problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que
tende a ser causado ou exacerbado pela substância.
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:

| 19
a. Necessidade de quantidades progressivamente maiores
de Cannabis para atingir a
intoxicação ou o efeito desejado.
b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da
mesma quantidade de Cannabis.

36
11. Abstinência, manifestada por qualquer dos seguintes aspectos:

5:
a. Síndrome de abstinência característica de

:1
15
Cannabis

0
02
b. Cannabis (ou uma substância estreitamente

/2
relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os

12
6/
sintomas de abstinência.

-1
om
Intoxicação por Cannabis

.c
ok
A. Uso recente de Cannabis.

tlo
ou
B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente
s@
significativas e problemáticas (p. ex., prejuízo na coordenação motora,
tin

euforia, ansiedade, sensação de lentidão do tempo, julgamento


ar
m

prejudicado, retraimento social) desenvolvidas durante ou logo após o


io
ab

uso de Cannabis.
of

C. Dois (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos no


ai
-c

período de 2 horas após o uso de Cannabis:


2

1. Conjuntivas hiperemiadas.
-2
41

2. Apetite aumentado.
.8
81

3. Boca seca.
.6

4. Taquicardia.
39
-0

D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica


s

nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo
tin
ar

intoxicação por outra substância.


M
a
uz

Transtornos Relacionados ao Tabaco


So
de

Transtorno por Uso de Tabaco


o

Abstinência de Tabaco
bi

Outros Transtornos Induzidos por Tabaco


o

Transtorno Relacionado ao Tabaco Não Especificado


ai
C

Transtornos da Ansiedade
1. Transtorno de Ansiedade de Separação
A. (3 sintomas) + Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação
ao estágio de desenvolvimento, envolvendo a separação daqueles com
quem o indivíduo tem apego

| 20
1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão
de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.
2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda
ou de perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como
doença, ferimentos, desastres ou morte.

36
3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento

5:
indesejado leve à separação de uma figura importante de apego

:1
15
4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir

0
02
para a escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude

/2
do medo da separação.

12
6/
5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho

-1
ou sem as figuras importantes de apego em casa ou em outros

om
contextos.

.c
ok
6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou

tlo
dormir sem estar próximo a uma figura importante de apego.
ou
s@
7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.
tin

8. Repetidas queixas de sintomas somáticos quando a separação


ar

de figuras importantes de apego ocorre ou é prevista.


m
io

B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos


ab

4 SEMANAS em crianças e adolescentes e geralmente 6 MESES ou mais


of
ai

em adultos.
-c

C. Sofrimento ou prejuízo significativo


2
-2
41
.8

2. Mutismo Seletivo
81
.6

A. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas


39

nas quais existe a expectativa para tal, apesar de falar em outras


-0

situações.
s
tin

B. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional


ar
M

ou na comunicação social.
a
uz

C. A duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro


So

mês de escola).
de

D. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou


o
bi

desconforto com o idioma exigido pela situação social.



o
ai

3. Fobia Específica
C

A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação


B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma
resposta imediata de medo ou ansiedade.
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com
intensa ansiedade ou sofrimento.
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real
imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.

| 21
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração
mínima de 6 MESES.
F. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.
Especificar
Animal

36
Ambiente natural

5:
Sangue-injeção-ferimentos

:1
15
0
02
4. Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)

/2
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações

12
6/
sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras

-1
pessoas. Exemplos incluem interações sociais, ser observado e situações

om
de desempenho diante de outros.

.c
ok
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade

tlo
que serão avaliados negativamente.
ou
s@
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
tin

D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo


ar

ou ansiedade.
m
io

E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada


ab

pela situação social e o contexto sociocultural.


of
ai

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando


-c

mais de 6 MESES.
2
-2
41

G. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.


.8
81
.6

5. Transtorno de Pânico
39

A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico


-0

é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança


s
tin

um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos


ar
M

seguintes sintomas:
a
uz

1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.


So

2. Sudorese.
de

3. Tremores ou abalos.
o
bi

4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.


5. Sensações de asfixia.
o
ai

6. Dor ou desconforto torácico.


C

7. Náusea ou desconforto abdominal.


8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor.
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização
(sensação de estar distanciado de si mesmo).
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.

| 22
13. Medo de morrer.
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de 1 mês (ou mais) de uma
ou de ambas as seguintes características:
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques
de pânico adicionais ou sobre suas conseqüências

36
2. Uma mudança desadaptativa significativa no

5:
comportamento relacionada aos ataques

:1
15
0
02
6. Agorafobia

/2
A. Medo ou ansiedade em 2 ou mais casos:

12
6/
1. Uso de transporte público

-1
2. Permanecer em espaços abertos

om
3. Permanecer em locais fechados

.c
ok
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.

tlo
5. Sair de casa sozinho.
ou
s@
B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos
tin

de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar
ar

disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros


m
io

sintomas incapacitantes ou constrangedores.


ab

C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou


of
ai

ansiedade.
-c

D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a


2
-2
41

presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou


.8

ansiedade.
81
.6

E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado


39

pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.


-0

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando


s
tin

mais de 6 MESES.
ar
M

G. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.


a
uz
So

7. Transtorno de Ansiedade Generalizada


de

A. Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias


o
bi

por pelo menos 6 MESES, com diversos eventos ou atividades.


B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.


o
ai

C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com 3 (adultos) ou 1


C

(crianças) dos seguintes seis sintomas


1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na
mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.

| 23
6. Perturbação do sono
D. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.

8. Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento


A. Ataques de pânico ou ansiedade proeminente predominam no quadro

36
clínico.

5:
B. Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de

:1
15
achados laboratoriais, de (1) ou (2):

0
02
1. Os sintomas no Critério A desenvolveram-se durante ou logo

/2
após a intoxicação ou abstinência de substância ou após

12
6/
exposição a um medicamento.

-1
2. A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os

om
sintomas no Critério A.

.c
ok
D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.

tlo
E. Sofrimento ou Prejuízo
ou
s@
tin

Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos


ar
m

Relacionados
io
ab

Tipos
of
ai

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)


-c

Transtorno dismórfico corporal


2
-2

Transtorno de acumulação, tricotilomania (transtorno de arrancar o


41
.8

cabelo)
81

Transtorno de escoriação (skin-picking)


.6
39

Transtorno obsessivo-compulsivo
-0

Transtorno relacionado induzido por substância/medicamento


s
tin

Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado devidos a


ar
M

outra condição médica


a

Outro transtorno obsessivo compulsivo e transtorno relacionado


uz
So

especificado
de

Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado não


o
bi

especificado

o
ai

Transtorno Obsessivo-compulsivo
C

A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas:


Obsessões são definidas por (1) e (2):
1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes
que, em algum momento durante a perturbação, são
experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria
dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento.

| 24
2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos,
impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro
pensamento ou ação.
Compulsões são definidas por (1) e (2):
1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar,

36
verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir palavras

5:
em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em

:1
15
resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem

0
02
ser rigidamente aplicadas.

/2
2. Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou

12
6/
reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou

-1
situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos

om
mentais não têm uma conexão realista com o que visam

.c
ok
neutralizar ou evitar ou são claramente excessivos.

tlo
Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de enunciar os
ou
s@
objetivos desses comportamentos ou atos mentais.
tin

B. As obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam sofrimento


ar

clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,


m
io

profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.


ab

Especificar se:
of
ai

Com insight bom ou razoável


-c

Com insight pobre


2
-2
41

Com insight ausente/crenças delirantes


.8

Especificar se:
81
.6

Relacionado a tique
39
-0

Transtorno Dismórfico Corporal


s
tin
ar

A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na


M

aparência física que não são observáveis ou que parecem leves para os
a
uz

outros.
So

B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo


de

executou comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta às


o
bi

preocupações com a aparência.



o

C. Sofrimento ou Prejuízo
ai
C

D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por


preocupações com a gordura ou o peso corporal em um indivíduo cujos
sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno
alimentar.
Especificar se:
Com dismorfia muscular
O indivíduo está preocupado com a ideia de que sua estrutura
corporal é muito pequena ou insuficientemente musculosa.

| 25
O especificador é usado mesmo que o indivíduo esteja
preocupado com outras áreas do corpo, o que com frequência é
o caso.

Transtorno de Acumulação

36
A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de pertences,

5:
:1
independentemente do seu valor real.

15
B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os

0
02
itens e ao sofrimento associado a descartá-los.

/2
12
C. A dificuldade de descartar os pertences resulta na acumulação de

6/
itens que congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete

-1
substancialmente o uso pretendido. Se as áreas de estar não estão

om
obstruídas, é somente devido a intervenções de outras pessoas.

.c
ok
D. Sofrimento ou Prejuízo

tlo
ou
Especificar se s@
Com aquisição excessiva
tin

aquisição excessiva de itens que não são necessários ou


ar
m

para os quais não existe espaço disponível


io
ab
of

Especificar se
ai
-c

Com insight bom ou razoável


2

Com insight pobre


-2
41

Com insight ausente/crenças delirantes


.8
81
.6

Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)


39
-0

A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda


s
tin

de cabelo.
ar

B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de


M
a

arrancar o cabelo.
uz
So

C. Sofrimento ou Prejuízo
de
o

Transtorno de Escoriação (Skin-picking)


bi

A. Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões.


o
ai

B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de beliscar


C

a pele.
C. Sofrimento ou Prejuízo

Transtornos Relacionados a Traumas e Estressores


Tipos
Transtorno de apego reativo
Transtorno de interação social desinibida

| 26
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
Transtorno de estresse agudo e os transtornos de adaptação

Transtorno de Apego Reativo


A. Um padrão consistente de comportamento inibido e emocionalmente

36
retraído em relação ao cuidador adulto, manifestado por dois aspectos

5:
:1
1. A criança rara ou minimamente busca conforto quando aflita.

15
2. A criança rara ou minimamente responde a medidas de

0
02
conforto quando aflita.

/2
12
B. Perturbação social e emocional persistente caracterizada por pelo

6/
menos dois dos seguintes aspectos:

-1
1. Responsividade social e emocional mínima a outras pessoas.

om
2. Afeto positivo limitado.

.c
ok
3. Episódios de irritabilidade, tristeza ou temor inexplicados,

tlo
ou
evidentes até mesmo durante interações não ameaçadoras com
s@
cuidadores adultos.
tin

C. A criança vivenciou um padrão de extremos de cuidado insuficiente


ar
m

evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:


io
ab

1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente


of

do atendimento às necessidades emocionais básicas de conforto,


ai
-c

estimulação e afeição por parte de cuidadores adultos.


2

2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades


-2
41

de formar vínculos estáveis


.8
81

3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente


.6

oportunidades de formar vínculos seletivos.


39
-0

D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela


s

perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do


tin
ar

Critério A iniciam após a ausência de cuidado adequado do Critério C).


M

E. Não são preenchidos os critérios para transtorno do espectro autista.


a
uz

F. A perturbação é evidente antes dos 5 anos de idade.


So

G. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.


de

Especificar se:
o
bi

Persistente: O transtorno está presente há mais de 12 meses.



o
ai
C

Transtorno de Interação Social Desinibida


A. Um padrão de comportamento no qual uma criança aborda e interage
com adultos desconhecidos e exibe pelo menos dois dos seguintes
comportamentos:
1. Discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com
adultos desconhecidos.
2. Comportamento verbal ou físico excessivamente familiar.

| 27
3. Diminuição ou ausência de retorno ao cuidador adulto depois
de aventurar-se, mesmo em contextos não familiares.
4. Vontade de sair com um adulto estranho com mínima ou
nenhuma hesitação.
B. Os comportamentos do Critério A não se limitam a impulsividade,

36
incluindo comportamento socialmente desinibido.

5:
C. A criança sofreu um padrão de extremos de cuidado insuficiente

:1
15
evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:

0
02
1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente

/2
de atendimento às suas necessidades emocionais básicas de

12
6/
conforto, estimulação e afeto por parte de cuidadores adultos.

-1
2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades

om
de formar vínculos estáveis.

.c
ok
3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente as

tlo
oportunidades de formar vínculos seletivos.
ou
s@
D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela
tin

perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do


ar

Critério A começam depois do cuidado patogênico do Critério C).


m
io

E. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.


ab

Especificar se:
of
ai

Persistente: O transtorno está presente por mais de 12 meses.


-c
2
-2
41

Transtorno de Estresse Pós-traumático


.8
81

O TEPT pode ocorrer em qualquer idade a partir do primeiro ano de


.6

vida.
39
-0

Os sintomas geralmente se manifestam dentro dos primeiros três meses


s

depois do trauma, embora possa haver um atraso de meses, ou até


tin
ar

anos, antes de os critérios para o diagnóstico serem atendidos.


M

A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou


a
uz

violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:


So

1. Vivenciar diretamente o evento traumático.


de

2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com


o
bi

outras pessoas.

o

3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo


ai
C

próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte


envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha
sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos
do evento traumático. [NÃO SE APLICA A CRIANÇAS ABAIXO DE 6
ANOS]

| 28
Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia
eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal
exposição esteja relacionada ao trabalho.
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos
associados ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:

36
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias

5:
do evento traumático.

:1
15
Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer

0
02
brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento

/2
traumático são expressos.

12
6/
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o

-1
sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.

om
Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo

.c
ok
identificável.

tlo
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo
ou
s@
sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo
tin

novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com


ar

a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de


m
io

percepção do ambiente ao redor.)


ab

Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode


of
ai

ocorrer na brincadeira.
-c

4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição


2
-2
41

a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem


.8

a algum aspecto do evento traumático.


81
.6

5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que


39

simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento


-0

traumático.
s
tin

C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático,


ar
M

começando após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um


a
uz

ou ambos dos seguintes aspectos:


So

1. Evitação ou esforços para evitar recordações,


de

pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou


o
bi

associados de perto ao evento traumático.


2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas que


o
ai

despertem recordações, pensamentos ou sentimentos


C

angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento


traumático.
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento
traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento,
conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:

| 29
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento
traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a
outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a
respeito de si mesmo, dos outros e do mundo

36
3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das

5:
conseqüências do evento traumático que levam o indivíduo a

:1
15
culpar a si mesmo ou os outros.

0
02
4. Estado emocional negativo persistente

/2
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades

12
6/
significativas.

-1
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos

om
outros.

.c
ok
7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas

tlo
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao
ou
s@
evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme
tin

evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:


ar

1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou


m
io

nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de


ab

agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos.


of
ai

2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.


-c

3. Hipervigilância.
2
-2
41

4. Resposta de sobressalto exagerada.


.8

5. Problemas de concentração.
81
.6

6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter


39

o sono, ou sono agitado).


-0

F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.


s
tin

G. Sofrimento E Prejuízo
ar
M

Determinar o subtipo:
a
uz

Com sintomas dissociativos


So

1. Despersonalização
de

2. Desrealização
o
bi

Especificar se:

Com expressão tardia (critérios se completam após 6 meses)


o
ai
C

Transtorno de Estresse Agudo


A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou
violação sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido a outras pessoas.
3. Saber que o evento ocorreu com familiar ou amigo próximo.

| 30
Nota: Nos casos de morte ou ameaça de morte de um familiar
ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos
do evento traumático
Nota: Isso não se aplica à exposição por intermédio de mídia

36
eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal

5:
exposição esteja relacionada ao trabalho.

:1
15
B. Presença de nove (ou mais) dos seguintes sintomas de qualquer uma

0
02
das cinco categorias de intrusão, humor negativo, dissociação, evitação

/2
e excitação, começando ou piorando depois da ocorrência do evento

12
6/
traumático:

-1
Sintomas de intrusão

om
1. Lembranças angustiantes recorrentes, involuntárias e intrusivas

.c
ok
do evento traumático.

tlo
Nota: Em crianças, pode ocorrer a brincadeira repetitiva na qual
ou
s@
temas ou aspectos do evento traumático são expressos.
tin

2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o


ar

afeto do sonho estão relacionados ao evento.


m
io

Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo


ab

identificável.
of
ai

3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo


-c

sente ou age como se o evento traumático estivesse acontecendo


2
-2
41

novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com


.8

a expressão mais extrema sendo uma perda completa de


81
.6

percepção do ambiente ao redor.)


39

Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode


-0

ocorrer nas brincadeiras.


s
tin

4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ou reações


ar
M

fisiológicas acentuadas em resposta a sinais internos ou externos


a
uz

que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento


So

traumático.
de

Humor negativo
o
bi

5. Incapacidade persistente de vivenciar emoções positivas


Sintomas dissociativos
o
ai

6. Senso de realidade alterado acerca de si mesmo ou do


C

ambiente ao redor
7. Incapacidade de recordar um aspecto importante do evento
traumático
Sintomas de evitação
8. Esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos
angustiantes acerca do, ou fortemente relacionados ao, evento
traumático.

| 31
9. Esforços para evitar lembranças que despertem recordações,
pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca do, ou
fortemente relacionados ao, evento traumático.
Sintomas de excitação
10. Perturbação do sono

36
11. Comportamento irritadiço e surtos de raiva geralmente

5:
expressos como agressão verbal ou física em relação a pessoas

:1
15
ou objetos.

0
02
12. Hipervigilância.

/2
13. Problemas de concentração.

12
6/
14. Resposta de sobressalto exagerada.

-1
C. A duração da perturbação (sintomas do Critério B) é de três dias a

om
um mês depois do trauma.

.c
ok
Nota: Os sintomas começam geralmente logo após o trauma, mas é

tlo
preciso que persistam no mínimo três dias e até um mês para
ou
satisfazerem os critérios do transtorno.
s@
tin

D. Sofrimento E Prejuízo.
ar
m
io

Transtornos de Adaptação
ab
of

A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais em


ai
-c

resposta a um estressor ou estressores identificáveis ocorrendo dentro


2

de três meses do início do estressor ou estressores.


-2
41

B. Esses sintomas ou comportamentos são clinicamente significativos,


.8
81

conforme evidenciado por um ou mais dos seguintes aspectos:


.6

1. Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à


39
-0

intensidade do estressor, considerando-se o contexto cultural e os


s

fatores culturais que poderiam influenciar a gravidade e a


tin
ar

apresentação dos sintomas.


M

2. Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou


a
uz

em outras áreas importantes da vida do indivíduo.


So

C. A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os critérios de


de

outro transtorno mental e não é meramente uma exacerbação de um


o
bi

transtorno mental preexistente.



o

D. Os sintomas não representam luto normal.


ai
C

E. Uma vez que o estressor ou suas conseqüências tenham cedido, os


sintomas não persistem por mais de seis meses.
Determinar o subtipo:
Com humor deprimido: Humor deprimido, choro fácil ou
sentimentos de desesperança são predominantes.
Com ansiedade: Nervosismo, preocupação, inquietação ou
ansiedade de separação são predominantes.

| 32
Com misto de ansiedade e depressão: Predomina uma
combinação de depressão e ansiedade.
Com perturbação da conduta: Predomina a perturbação da
conduta.
Com perturbação mista das emoções e da conduta: Tanto

36
sintomas emocionais como perturbação da conduta são

5:
predominantes.

:1
15
Não especificado: Para reações mal-adaptativas que não são

0
02
classificáveis como um dos subtipos específicos do transtorno de

/2
adaptação.

12
6/
-1
om
.c
ok
Transtornos Depressivos

tlo
ou
1. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor s@
A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem
tin

e/ ou pelo comportamento que são consideravelmente desproporcionais


ar
m

em intensidade ou duração à situação ou provocação.


io
ab

B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de


of

desenvolvimento.
ai
-c

C. Mínimo de 3x explosões de raiva por semana.


2
-2

D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou


41

zangado na maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por


.8
81

outras pessoas.
.6

E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse


39
-0

tempo, o indivíduo não teve um período que durou três ou mais meses
s

consecutivos sem todos os sintomas dos Critérios A-D.


tin
ar

F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três


M

ambientes e são graves em pelo menos um deles.


a
uz

G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos
So

ou após os 18 anos de idade.


de

H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes


o
bi

dos 10 anos.
o
ai
C

2. Transtorno Depressivo Maior


A. (5 sintomas concomitantes [1 ou 2], 2 semanas)
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,
conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita
por outras pessoas.
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou
quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os
dias .

| 33
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta,
ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias.
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

36
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada

5:
quase todos os dias.

:1
15
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou

0
02
indecisão, quase todos os dias.

/2
9. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente

12
6/
sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano

-1
específico para cometer suicídio.

om
B. Sofrimento e prejuízo funcional

.c
ok
Especificar

tlo
Com sintomas ansiosos
ou
Com características mistas
s@
tin

Com características melancólicas


ar

Com características atípicas


m
io

Com características psicóticas congruentes com o humor


ab

Com características psicóticas incongruentes com o humor


of
ai

Com catatonia
-c

Com início no periparto


2
-2
41

Com padrão sazonal (somente episódio recorrente)


.8
81
.6

3. Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)


39

(consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno


-0

distímico)
s
tin

A. (2 anos) Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias,


ar
M

indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas.
a
uz

Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração


So

mínima de um ano.
de

B. (2 sintomas)
o
bi

1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso.


2. Insônia ou hipersonia.
o
ai

3. Baixa energia ou fadiga.


C

4. Baixa autoestima.
5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.
6. Sentimentos de desesperança.
C. o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por
mais de dois meses.
D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar
continuamente presentes por dois anos.

| 34
E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e
jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno Ciclotímico.
H. Sofrimento ou prejuízo funcional
Especificar
Com sintomas ansiosos

36
Com características mistas

5:
Com características melancólicas

:1
15
Com características atípicas

0
02
Com características psicóticas congruentes com o humor

/2
Com características psicóticas incongruentes com o humor

12
6/
Com início no periparto

-1
Especificar

om
Em remissão parcial

.c
ok
Em remissão completa

tlo
Especificar
ou
Início precoce
s@
tin

Se o início ocorre antes dos 21 anos de idade.


ar

Início tardio
m
io

Se o início ocorre aos 21 anos ou mais.


ab

Especificar se
of
ai

Com síndrome distímica pura


-c

Com episódio depressivo maior persistente


2
-2
41

Com episódios depressivos maiores intermitentes, com episódio


.8

atual
81
.6

Com episódios depressivos maiores intermitentes, sem episódio


39

atual
-0
s
tin

4. Transtorno Disfórico Pré-menstrual


ar
M

A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem


a
uz

estar presentes na semana final antes do início da menstruação, começar


So

a melhorar poucos dias depois do início da menstruação e tornar-se


de

mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual.


o
bi

B. (1 ou +)

1. Labilidade afetiva acentuada


o
ai

2. Irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento nos conflitos


C

interpessoais.
3. Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou
pensamentos autodepreciativos.
4. Ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa
ou no limite.
C. (1 ou + para somar 5 com o Critério B)

| 35
1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho,
escola, amigos, passatempos).
2. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar.
3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada.
4. Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez

36
por alimentos específicos.

5:
5. Hipersonia ou insônia.

:1
15
6. Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle.

0
02
7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas,

/2
dor articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de

12
6/
peso.

-1
Um ano com os sintomas

om
D. Sofrimento ou prejuízo funcional

.c
ok
F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias

tlo
durante pelo menos dois ciclos sintomáticos.
ou
s@
tin
ar

Transtorno de Sintomas Somáticos e Transtornos


m
io
ab

Relacionados
of
ai

Nova categoria no DSM-5


-c

Tipos denominada transtorno de sintomas somáticos e transtornos


2
-2

relacionados. Este capítulo inclui os diagnósticos de


41
.8
81

Transtorno de Sintomas Somáticos


.6
39

A. Um ou mais sintomas somáticos que causam aflição ou resultam em


-0
s

perturbação significativa da vida diária.


tin
ar

B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos


M

relacionados aos sintomas somáticos ou associados a preocupações com


a
uz

a saúde manifestados por pelo menos um dos seguintes:


So

1. Pensamentos desproporcionais e persistentes acerca da


de

gravidade dos próprios sintomas.


o
bi

2. Nível de ansiedade persistentemente elevado acerca da saúde


e dos sintomas.
o
ai
C

3. Tempo e energia excessivos dedicados a esses sintomas ou a


preocupações a respeito da saúde.
C. Embora algum dos sintomas somáticos possa não estar
continuamente presente, a condição de estar sintomático é persistente
(em geral mais de seis meses).
Especificar se:
Com dor predominante (anteriormente transtorno doloroso)
Persistente (mais de seis meses).

| 36
Transtorno de Ansiedade de Doença
A. Preocupação com ter ou contrair uma doença grave.
B. Sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de
intensidade apenas leve. Se uma outra condição médica está presente

36
ou há risco elevado de desenvolver uma condição médica, a preocupação

5:
:1
é claramente excessiva ou desproporcional.

15
C. Há alto nível de ansiedade com relação à saúde, e o indivíduo é

0
02
facilmente alarmado a respeito do estado de saúde pessoal.

/2
12
D. O indivíduo tem comportamentos excessivos relacionados à saúde

6/
ou exibe evitação mal-adaptativa

-1
E. Preocupação relacionada a doença presente há pelo menos seis

om
meses, mas a doença específica que é temida pode mudar nesse

.c
ok
período.

tlo
ou
Determinar o subtipo: s@
Tipo busca de cuidado
tin

Tipo evitação de cuidado


ar
m
io
ab

Transtorno Conversivo (Transtorno de Sintomas


of
ai

Neurológicos Funcionais)
-c

A. Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada.


2
-2
41

B. Achados físicos evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as


.8

condições médicas ou neurológicas encontradas.


81
.6

D. Sofrimento ou prejuízo.
39

Especificar se:
-0

Episódio agudo: Sintomas presentes há menos de seis meses.


s
tin

Persistente: Sintomas ocorrendo há seis meses ou mais.


ar
M

Com sintomas mistos


a
uz
So

Com estressor psicológico (especificar estressor)


de

Sem estressor psicológico


o
bi

Fatores Psicológicos que Afetam Outras Condições Médicas


o
ai
C

A. Um sintoma ou condição médica está presente.


B. Fatores psicológicos ou comportamentais afetam de maneira adversa
a condição médica em uma das seguintes maneiras:
1. Os fatores influenciaram o curso da condição médica conforme
demonstrado por uma associação temporal próxima entre os
fatores psicológicos e o desenvolvimento, a exacerbação ou a
demora na recuperação da condição médica.
2. Os fatores interferem no tratamento da condição médica

| 37
3. Os fatores constituem riscos de saúde adicionais claros ao
indivíduo.
4. Os fatores influenciam a fisiopatologia subjacente, precipitando
ou exacerbando sintomas e demandando atenção médica.
Especificar a gravidade atual:

36
Aumenta o risco médico

5:
Moderada

:1
15
Grave

0
02
Extrema

/2
12
6/
Transtorno Factício

-1
Transtorno Factício Autoimposto

om
A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução

.c
ok
de lesão ou doença, associada a fraude identificada.

tlo
ou
B. O indivíduo se apresenta a outros como doente, incapacitado ou
s@
lesionado.
tin

C. O comportamento fraudulento é evidente mesmo na ausência de


ar
m

recompensas externas óbvias.


io
ab

D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno


of

mental, como transtorno delirante ou outra condição psicótica.


ai
-c

Especificar.
2

Episódio único
-2
41

Episódios recorrentes (dois ou mais eventos de falsificação de


.8
81

doença e/ou indução de lesão)


.6
39
-0

Transtorno Factício Imposto a Outro (Antes Transtorno


s
tin

Factício por Procuração)


ar
M

A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução


a
uz

de lesão ou doença em outro, associada a fraude identificada.


So

B. O indivíduo apresenta outro (vítima) a terceiros como doente,


de

incapacitado ou lesionado.
o
bi

C. O comportamento fraudulento é evidente até mesmo na ausência de


recompensas externas óbvias.


o
ai

D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno


C

mental, como transtorno delirante ou outro transtorno psicótico.


Nota: O agente, não a vítima, recebe esse diagnóstico.
Especificar:
Episódio único
Episódios recorrentes (dois ou mais eventos de falsificação de doença
e/ou indução de lesão)

| 38
Transtornos Alimentares

Pica
A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares,

36
5:
durante um período mínimo de um mês.

:1
15
B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada

0
ao estágio de desenvolvimento do indivíduo.

02
/2
C. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente

12
aceita.

6/
-1
om
Transtorno de Ruminação

.c
ok
A. Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um

tlo
mês. O alimento regurgitado pode ser remastigado, novamente deglutido ou
ou
s@
cuspido.
tin

B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal


ar

ou a outra condição médica (p. ex., refluxo gastroesofágico, estenose do


m
io

piloro).
ab
of

C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de


ai
-c

anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar ou


2

transtorno alimentar restritivo/evitativo.


-2
41
.8
81
.6

Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo


39
-0

A. Uma perturbação alimentar manifestada por fracasso persistente em


s

satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas apropriadas


tin
ar

associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos:


M

1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de peso


a
uz

esperado ou atraso de crescimento em crianças).


So

2. Deficiência nutricional significativa.


de

3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais


o
bi

orais.
o

4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial.


ai
C

B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de


alimento ou por uma prática culturalmente aceita.
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de
anorexia nervosa ou bulimia nervosa, e não há evidência de perturbação na
maneira como o peso ou a forma corporal é vivenciada.

| 39
Anorexia Nervosa
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um
peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero,
trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo
é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de

36
crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado.

5:
:1
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento

15
persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso

0
02
significativamente baixo.

/2
12
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são

6/
vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na

-1
autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do

om
baixo peso corporal atual.

.c
ok
Subtipos

tlo
ou
Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se
s@
envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar ou
tin

comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso


ar
m

indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve


io
ab

apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida


of

essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo.


ai
-c

Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o


2

indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão


-2
41

alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de


.8
81

laxantes, diuréticos ou enemas).


.6

Especificar se:
39
-0

Em remissão parcial: Item B ou C estão presentes


s

Em remissão completa:
tin
ar
M

Bulimia Nervosa
a
uz
So

A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de


de

compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:


o

1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de


bi

cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento


o

definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no


ai
C

mesmo período sob circunstâncias semelhantes.


2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio
(p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o
que e o quanto se está ingerindo).
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de
impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de
laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em
excesso.

| 40
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios
inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante
três meses.
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso
corporais.

36
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia

5:
nervosa.

:1
15
Especificar se:

0
02
Em remissão parcial

/2
Em remissão completa

12
6/
Gravidade

-1
Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios

om
inapropriados por semana.

.c
ok
Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos

tlo
compensatórios inapropriados por semana.
ou
s@
Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos
tin

compensatórios inapropriados por semana.


ar

Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios


m
io

inapropriados por semana.


ab
of
ai

Transtorno de Compulsão Alimentar


-c
2

A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de


-2
41

compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:


.8
81

1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada


.6

período de duas horas), de uma quantidade de alimento


39
-0

definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no


s

mesmo período sob circunstâncias semelhantes.


tin
ar

2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio


M

B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais)


a
uz

dos seguintes aspectos:


So

1. Comer mais rapidamente do que o normal.


de

2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.


o
bi

3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação



o

física de fome.
ai
C

4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.


5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em
seguida.
C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar.
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma
vez por semana durante três meses.
E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de
comportamento compensatório inapropriado como na bulimia nervosa e

| 41
não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia
nervosa.

Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos

36
Características Essenciais (5 domínios)

5:
:1
15
Delírios

0
Alucinações

02
/2
Pensamento (discurso) desorganizado

12
Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal

6/
-1
(incluindo catatonia)

om
Sintomas negativos.

.c
Categorias

ok
tlo
Transtorno Delirante

ou
Transtorno Psicótico Breve s@
Transtorno Esquizofreniforme
tin
ar

Esquizofrenia
m

Transtorno Esquizoafetivo
io
ab

Transtorno Psicótico Induzido por Substância/Medicamento


of
ai

Transtorno Psicótico Devido a Outra Condição Médica


-c

Catatonia Associada a Outro Transtorno Mental (Especificador de


2
-2

Catatonia)
41
.8

Transtorno Catatônico devido a Outra Condição Médica


81

Catatonia não especificada


.6
39

Outro Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno


-0

Psicótico Especificado
s
tin

Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno Psicótico


ar

Não Especificado
M
a
uz
So

1. Transtorno Delirante
de

A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou mais.


o

B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido.


bi

Nota: Alucinações, quando presentes, não são proeminentes e têm


o
ai

relação com o tema do delírio (p. ex., a sensação de estar infestado de


C

insetos associada a delírios de infestação).


C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus desdobramentos, o
funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o comportamento
não é claramente bizarro ou esquisito.
D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram breves em
comparação com a duração dos períodos delirantes.
E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância
ou a outra condição médica, não sendo mais bem explicada por outro

| 42
transtorno mental, como transtorno dismórfico corporal ou transtorno
obsessivo-compulsivo.
Subtipo
Tipo erotomaníaco
Tipo grandioso

36
Tipo persecutório

5:
Tipo somático

:1
15
Tipo misto

0
02
Tipo não especificado

/2
Especificar

12
6/
Com conteúdo bizarro

-1
om
2. Transtorno Psicótico Breve

.c
ok
A. Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um deles

tlo
deve ser (1), (2) ou (3):
ou
1. Delírios.
s@
tin

2. Alucinações.
ar

3. Discurso desorganizado
m
io

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


ab

B. 1 dia < TPB < 1 mês


of
ai

eventual retorno completo a um nível de funcionamento pré-mórbido.


-c

Especificar
2
-2
41

Com estressor evidente (psicose reativa breve)


.8

Sem estressor evidente


81
.6

Com início no pós-parto


39

Com catatonia
-0
s
tin

3. Transtorno Esquizofreniforme
ar
M

Os sintomas característicos do transtorno esquizofreniforme são idênticos


a
uz

aos da esquizofrenia.
So

O transtorno esquizofreniforme se distingue por sua diferença na duração: a


de

duração total da doença, incluindo as fases prodrômica, ativa e residual.


o
bi

A. (2 sintomas ou mais, 1 mês)


1. Delírios.
o
ai

2. Alucinações.
C

3. Discurso desorganizado
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.
5. Sintomas negativos
B. 1 mês < Episódio < 6 meses
C. nenhum episódio depressivo maior ou maníaco ocorreu
concomitantemente com os sintomas da fase ativa ou tiveram tempo
pequeno

| 43
Especificar se:
Com características de bom prognóstico
início de sintomas psicóticos proeminentes em quatro
semanas da primeira mudança percebida no
comportamento ou funcionamento habitual;

36
confusão ou perplexidade;

5:
bom funcionamento social e profissional pré-mórbido;

:1
15
ausência de afeto embotado ou plano.

0
02
Sem características de bom prognóstico

/2
Esse especificador é aplicado se duas ou mais entre as

12
6/
características anteriores não estiveram presentes.

-1
Com catatonia

om
.c
ok
4. Esquizofrenia

tlo
A. (2 sintomas [um dos 3 primeiros é fundamental], 1 mês ou menos, se
ou
tratados com sucesso)
s@
tin

1. Delírios.
ar

2. Alucinações.
m
io

3. Discurso desorganizado.
ab

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


of
ai

5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou


-c

avolia).
2
-2
41

B. nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes do


.8

funcionamento está acentuadamente abaixo do nível


81
.6

C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis


39

meses. Com 1 mês de sintomas. Durante os períodos prodrômicos ou


-0

residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por


s
tin

sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A


ar
M

presentes em uma forma atenuada.


a
uz

D. não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos


So

concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou se episódios de


de

humor ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi
o
bi

breve em relação aos períodos ativo e residual da doença.


Especificar (um ano de transtorno)


o
ai

Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo


C

Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial


Primeiro episódio, atualmente em remissão completa
Episódios múltiplos, atualmente em episódio agudo
Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial
Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa
Contínuo
Não especificado

| 44
Com catatonia

5. Transtorno Esquizoafetivo
A. período ininterrupto de doença durante o qual há um episódio depressivo
maior ou maníaco + Critério A da esquizofrenia.

36
B. delírios ou alucinações por duas semanas ou mais na ausência de

5:
episódio depressivo maior ou maníaco durante a duração da doença ao

:1
15
longo da vida.

0
02
Subtipo

/2
Tipo bipolar (episódios maníacos)

12
6/
Tipo depressivo (episódios depressivos)

-1
Especificar

om
Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo

.c
ok
Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial

tlo
Primeiro episódio, atualmente em remissão completa
ou
s@
Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial
tin

Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa


ar

Contínuo
m
io

Não especificado
ab
of
ai

6. Transtorno Psicótico Induzido por Substância/Medicamento


-c

A. Presença de pelo menos um dos sintomas a seguir:


2
-2
41

1. Delírios.
.8

2. Alucinações.
81
.6

B. Sintomas ocorrem por intoxicação ou abstinência que provoque A.


39

D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.


-0
s
tin

7. Catatonia
ar
M

Pode ocorrer no contexto de vários transtornos


a
uz

Perturbação psicomotora acentuada que pode envolver atividade motora


So

diminuída, participação diminuída durante entrevista ou exame físico ou


de

atividade motora excessiva e peculiar.


o
bi

A imobilidade motora pode ser grave (estupor) ou moderada (catalepsia


e flexibilidade cérea). Igualmente, a participação diminuída pode ser


o
ai

grave (mutismo) ou moderada (negativismo). Comportamentos motores


C

excessivos e peculiares podem ser complexos (p. ex., estereotipia) ou


simples (agitação), podendo incluir ecolalia e ecopraxia.

Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados

1. Episódio Maníaco

| 45
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade
dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de 1 semana e
presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer
duração, se a hospitalização se fizer necessária).

36
B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)

5:
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.

:1
15
2. Redução da necessidade de sono

0
02
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.

/2
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos

12
6/
estão acelerados.

-1
5. Distratibilidade

om
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação

.c
ok
psicomotora

tlo
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial
ou
para conseqüências dolorosas
s@
tin

C. Causa prejuízo
ar
m
io

2. Episódio Hipomaníaco
ab

A. 4 dias consecutivos de humor anormal e persistentemente elevado,


of
ai

expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou


-c

energia
2
-2
41

B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)


.8

1. Autoestima inflada ou grandiosidade.


81
.6

2. Redução da necessidade de sono


39

3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.


-0

4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos


s
tin

estão acelerados.
ar
M

5. Distratibilidade conforme relatado ou observado.


a
uz

6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação


So

psicomotora.
de

7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial


o
bi

para conseqüências dolorosas


C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento


o
ai

que não é característica do indivíduo quando assintomático.


C

E O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo


acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar
de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o
episódio é maníaco.

3. Episódio Depressivo Maior


A. (5 sintomas [1 ou 2 obrigatoriamente], 2 semanas)

| 46
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,
conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita
por outra pessoa (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser
humor irritável.)
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou

36
quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os

5:
dias

:1
15
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta

0
02
ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias.

/2
4. Insônia ou hipersonia quase diária.

12
6/
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.

-1
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

om
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada

.c
ok
(que podem ser delirantes) quase todos os dias.

tlo
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou
ou
indecisão quase todos os dias.
s@
tin

9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de


ar

morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,


m
io

tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.


ab

B. Sofrimento e prejuízo
of
ai
-c
2
-2
41
.8
81
.6

4. Transtorno Bipolar Tipo I


39

A. Presença de pelo menos um Episódio maníaco


-0

O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios


s
tin

hipomaníacos ou depressivos maiores.


ar
M
a
uz

5. Transtorno Bipolar Tipo II


So

A. pelo menos um episódio hipomaníaco ou hipomaníaco + depressivos


de

B. Jamais houve um episódio maníaco.


o
bi

6. Transtorno Ciclotímico
o
ai

A. 2 anos (1 em crianças) com sintomas hipomaníacos que não satisfazem


C

os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas


depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo
maior.
B. períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo
menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os
sintomas por mais que dois meses consecutivos.

| 47
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco
nunca foram satisfeitos.

36
Dalgalarrondo

5:
:1
15
Gente, eu sei, é CESPE. Vamos ir além então um pouquinho viu.

0
02
/2
12
Elementos mais

6/
salientes

-1
Humor
(independente da triste e

om
classificação) desânimo Desproporcionalmente mais intensos e duradouros

.c
ok
Síndromes
Sintomas Afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos

tlo
Depressivas

ou
(C29) Características Na forma grave da depressão podemos ter sintomas psicóticos
s@
(delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora
(geralmente lentificação ou estupor), assim como fenômenos
tin

biológicos (neuronais ou neuroendócrinos) associados.


ar
m

Tristeza, sentimento de melancolia, na maior parte do dia, todos


io

ou quase todos os dias


ab
of

Choro fácil e/ou frequente


ai
-c

Apatia (indiferença afetiva; “tanto faz como tanto fez.”), na


2

maior parte do dia, todos ou quase todos os dias


-2
41

Sentimento de falta de sentimento (“É terrível: não consigo


SINTOMAS AFETIVOS sentir mais nada!”)
.8

E DE HUMOR
81

Sentimento de tédio, de aborrecimento crónico


.6
39

Irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc.), na


-0

maior parte do dia, todos ou quase todos os dias


s
tin

Angústia
ar
M

São frequentes também: Ansiedade Desespero


Sintomas das
a
uz

Desesperança
síndromes
So

depressivas nas Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia; “não tenho


de

diferentes esferas pique para mais nada”)


o

psicopatológicas
bi

Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da


vida, como alimentação, sexo, amizades)


o

Tendência a permanecer quieto na cama, por todo o dia .com


ai

o quarto escuro, recusando visitas)


C

ALTERAÇÕES DA
Aumento na latência entre as perguntas e as respostas
VOLIÇÃO E DA
PSICOMOTRICIDADE Lentificação psicomotora (pode progredir até o estupor/catatonia)

Estupor/catatonia

Diminuição da fala, fala em tom baixo, lenta, e aumento da


latência entre perguntas e respostas

Mutismo (negativismo verbal completo)

Negativismo (recusa à alimentação, à interação pessoal, etc.)

| 48
Ideação negativa, pessimismo em relação a tudo

Ideias de arrependimento e de culpa

Ruminações com mágoas atuais e antigas

Visão de mundo marcada pelo tédio (“A vida é vazia, sem


sentido; nada vale a pena”)
ALTERAÇÕES IDEATIVAS

36
Realismo depressivo: inferências sobre a vida mais realistas e

5:
pessimistas em relação a pessoas sem depressão, sendo que

:1
estas tenderiam a apresentar um viés positivo de avaliação

15
da realidade

0
02
Ideias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre

/2
12
Ideação, planos ou atos suicidas

6/
-1
Fadiga, cansaço fácil e constante (sente o corpo
pesado) Insânia ou hipersonia

om
Diminuição ou aumento do apetite

.c
ALTERAÇÕES DA

ok
ESFERA INSTINTIVA E
Sintomas das Constipação, palidez, pele fria com diminuição do turgor

tlo
NEUROVEGETATIVA
síndromes

ou
Diminuição da libido (do desejo sexual)
depressivas nas s@
diferentes esferas Diminuição da resposta sexual (disfunção erétil,
tin

orgasmo retardado ou anorgasmia)


psicopatológicas
ar
m

Autoestima diminuída
io
ab

ALTERAÇÕES DA Sentimento de insuficiência, de incapacidade


of

AUTOVALORAÇÃO
ai

Sentimento de vergonha
-c
2

Autodepreciação
-2
41

Déficit de atenção e concentração


.8
81

Déficit secundário de memória


ALTERAÇÕES COGNITIVAS
.6
39

Dificuldade de tomar decisões


-0

Pseudodemência depressiva
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 49
Delírio de ruína ou miséria
Ideias delirantes
de conteúdo Delírio de culpa
negativo:
Delírio hipocondríaco elou de negação de órgãos e partes do corpo

Delírio de inexistência (de si elou do mundo)


SINTOMAS

36
PSICÓTICOS Alucinações, geralmente auditivas, com conteúdos depressivos

5:
:1
Ilusões auditivas ou visuais

15
Ideação paranoide e outros sintomas psicóticos humor-incongruentes (delírio de

0
perseguição, quando presente, pode revelar que, de algum modo, a pessoa

02
"mereceria" ser perseguida e punida)

/2
Perdas e

12
Redução do volume do hipocampo (que se associa a formas

6/
Depressão Alterações mais graves de depressão)

-1
estruturais do
cérebro
Redução de área cinzenta em: cíngulo anterior, striatum,

om
ALGUNS ASPECTOS ínsula, amígdala e córtex pré-frontal

.c
NEUROBIOLÓGICOS

ok
DA DEPRESSÃO Alterações em circuitos pré-frontal-límbicos, modulados por

tlo
serotonina, e circuitos striatum-frontais, modulados por
dopamina

ou
Alterações
funcionais s@
Aumento de atividade em sistemas neurais de base para o
do cérebro
processamento de emoções (amígdala e córtex pré-frontal) e
tin

redução em sistemas neurais de apoio à regulação de


ar

emoções (córtex pré-frontal dorsolateral)


m
io

Humor/tristeza Luto Intenso: Tristeza muito relacionada à experiência da perda, que tende a diminuir com o passar
ab

experimentados e das semanas e meses (duração muito variável, de semanas a vários meses, eventualmente anos).
of

sua evolução
Depressão: Humor deprimido constante que abrange as perdas; humor que não melhora com o
ai

passar do tempo (duração variável, mas a média dos episódios fica em torno de quatro meses)
-c
2

Luto Intenso: Tristeza ocorre “em ondas” (dores do luto), associada a lembrança da pessoa perdida.
-2

Padrão temporal
41

Depressão: Tristeza e desânimo oscilam menos ao longo dos dias (com exceção depressão atípica)
.8
81

Conteúdo do Luto Intenso: Tristeza e angústia mais centradas em pensamentos relacionados à pessoa perdida.
.6

Diferenças Pensamento
Depressão: Ruminações autocríticas e pessimistas abrangentes, não apenas relacionadas a uma
39

entre luto perda.


-0

intenso e
Luto Intenso: “Por que não disse à pessoa que perdi o quanto a amava, por que não convivi mais
s

depressão Pensamento
tin

com ela?”
Típico
ar

Depressão: “Nada na vida vale a pena, eu não sirvo para nada, sou um peso para as pessoas”
M
a

Fantasias
uz

relacionadas a
So

pensamentos Luto Intenso: “gostaria de morrer para me juntar à pessoa perdida, para revê-la”
suicidas
de

Depressão: “quero morrer para não sofrer mais”, ou “quero morrer pois não mereço mais viver, não
darei mais trabalho a meus familiares”.
o
bi

o
ai
C

| 50
1. Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente (CID-11 e
DSM-5)

2. Transtorno depressivo persistente e transtorno distímico (CID-11 e


DSM-5)

3. Depressão atípica (DSM-5)

36
4. Depressão tipo melancólica ou endógena (CID-11 e DSM-5)

5:
:1
15
5. Depressão psicótica ou depressão com sintomas psicóticos (CID-11 e
DSM-5)

0
Subtipos de

02
Síndromes e 6. Estupor depressivo ou depressão catatônica (DSM-5)

/2
12
Transtornos
7. Depressão ansiosa ou com sintomas ansiosos proeminentes (CID-11 e

6/
Depressivos DSM-5) e transtorno misto de depressão e ansiedade (CID-11)

-1
(CID-11 / DSM-5)

om
8. Depressão unipolar ou depressão bipolar

.c
ok
9. Depressão como transtorno disfórico pré-menstrual (CID-11 e DSM-5)

tlo
ou
10. Depressão mista (DSM-5)
s@
11. Depressão secundária ou transtorno depressivo devido a condição
tin

médica (incluindo aqui o transtorno depressivo induzido por substância ou


ar

medicamento)
m
io

1. Episódio ou fase
ab

depressiva e
Sintomas depressivos (humor deprimido, anedonia, fatigabilidade, diminuição da
of

transtorno
concentração e da auto-estima, ideias de culpa e de inutilidade, distúrbios do sono
ai

depressivo e do apetite) devem estar presentes por pelo menos duas semanas, e não mais
-c

recorrente (CID-11 e que por dois anos de forma ininterrupta.


DSM-5)
2
-2

Os episódios podem ser curtos (menos de 3 meses) ou longos (mais de dois anos)
41
.8

Subtipos de Depressão crônica muito duradoura.


81

Síndromes e Pode ter sintomatologia leve (distimia), moderada ou grave.


.6

Transtornos 2. Transtorno
39

Sintomas devem estar presentes nos adultos de forma ininterrupta por, pelo
Depressivos depressivo
-0

menos, dois anos. Se for criança, um ano ininterrupto.


(CID-11 / DSM-5) persistente e
transtorno distímico
s

Começa geralmente na adolescência ou no início da idade adulta.


tin

(CID-11 e DSM-5)
ar

Humor deprimido, triste, na maior parte do dia e na maioria dos dias.


M

Dois dos seguintes sintomas: diminuição da autoestima, fatigabilidade aumentada


a
uz

ou falta de energia, insônia ou hipersonia, apetite diminuído ou aumentado,


dificuldade em tomar decisões ou em se concentrar e sentimentos de
So

desensperança.
de

Na distimia temos mau humor crônico e irritabilidade.


o
bi

o
ai
C

| 51
É um subtipo de depressão que pode ocorrer em
episódios depressivos de intensidade leve a grave,
em transtorno unipolar ou bipolar.

Ganho de peso ou
aumento do apetite
3. Depressão (principalmente para
Subtipos de

36
atípica doces);
Síndromes e

5:
(DSM-5)
aumento do sono

:1
Transtornos (hipersonia (>10h/dia ou

15
Depressivos Além dos da reatividade do humor 2 horas a mais que

0
quando não-deprimido);
(CID-11 / DSM-5) aumentada (melhora rapidamente

02
com eventos positivos e piora

/2
rapidamente com eventos negativos) sensação do corpo, braços

12
e pernas muito pesado
ocorrem dois ou mais sintomas:

6/
(paralisia “de chumbo”);

-1
sensibilidade exacerbada a

om
rejeição interpessoal, às vezes

.c
a indicativos mínimos e

ok
subjetivos de possível rejeição,

tlo
podendo se manter mesmo
quando a pessoa não esteja

ou
no episódio depressivo.
s@
tin
Predominam os sintomas classicamente endógenos.
ar

É a depressão mais neurobiológica que existe na lista


m
io
ab

Deve apresentar os 1. Perda de prazer ou incapacidade de sentir prazer


dois sintomas
of

2. Falta de reatividade a estímulos


ai
-c

Humor depressivo característico com prostração


2

4. Depressão tipo profunda, desespero, hiporreatividade verbal;


-2

melancólica ou
41

Subtipos de endógena (CID-11 lentificação psicomotora, demora em responder


Deve apresentar 3
Síndromes e
.8

perguntas ou agitação psicomotora;


e DSM-5) dos seguintes
81

Transtornos sintomas ideias ou sentimentos de culpa excessivos e/ou inadequados;


.6

Depressivos
39

(CID-11 / DSM-5) perda de apetite e/ou peso corporal;


-0

depressão pior pela manhã, que pode melhorar um pouco ao


s

longo do dia.
tin
ar

Pode apresentar a
M

chamada “tristeza vital” É “um peso, uma agonia sentida no corpo”


a
uz

Pode apresentar a
So

“insônia terminal” O sujeito acorda às 3h ou 4h e não consegue mais dormir.


de

Depressão MUITO grave em que ocorre concomitante com um ou mais


o
bi

5. Depressão sintomas psicóticos, como delírio e/ou alucinação.


psicótica ou
Sintomas Delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de
o

depressão com
ai

mais negação de órgãos ou alucinações com conteúdos


sintomas
C

Subtipos de comuns depressivos.


psicóticos
Síndromes e (CID-11 e DSM-5) Se os sintomas psicóticos são de conteúdo negativo, depressivo, são
Transtornos classificados como sintomas psicóticos humor-congruentes (de culpa,
Depressivos doença, morte, punição, etc.).
(CID-11 / DSM-5)
Caso os sintomas psicóticos não sejam de conteúdo negativo, são
denominados sintomas psicóticos humor-incongruentes (delírio de
perseguição, de inserção de pensamentos, auto-referentes, etc.)

| 52
6. Estupor
depressivo ou Quadro depressivo muito grave
depressão
catatônica (DSM-5) paciente permanece dias na cama ou sentado, em estado de catalepsia
(imóvel; em geral rígido), com negativismo que se exprime pela ausência de
respostas às solicitações ambientais, geralmente em estado de mutismo,
recusando alimentação, muitas vezes urinando e defecando no leito.

Subtipos de 7. Depressão

36
Síndromes e ansiosa ou com Pode ocorrer concomitantemente a quadro moderado ou grave

5:
Transtornos sintomas ansiosos

:1
proeminentes Acompanha forte componente de ansiedade e inquietação psicomotora

15
Depressivos (depressão ansiosa ou depressão agitada).
(CID-11 e DSM-5) e
(CID-11 / DSM-5)

0
transtorno misto de

02
Paciente queixa-se de angústia intensa associada aos sintomas depressivos;
depressão e não para quieto; insone; irritado; anda de um lado para outro; desespera-se.

/2
ansiedade (CID-11)

12
Pode ter sentimento de perda de controle de si mesmo

6/
-1
Nos casos graves, há sério risco de suicídio.

om
Na CID-11 (transtorno misto de depressão e ansiedade) há sintomas leves
de ambas as condições na maioria dos dias e por pelo menos duas

.c
semanas.

ok
tlo
Diagnóstico do

ou
É unipolar quando dá origem ao transtorno
quadro depressivo
8. Depressão unipolar s@ depressivo recorrente
que ocorre pela
ou depressão bipolar primeira vez
tin
É bipolar quando dá origem ao
transtorno bipolar
ar
m

9. Depressão como
io
ab

transtorno disfórico pré- Forma grave de depressão associada à síndrome pré-menstrual


menstrual (CID-11 e
of

Um dos seguintes sintomas: tristeza marcante, nervosismo/


ai

DSM-5)
ansiedade acentuada, sentimentos de estar “no limite para
-c

explodir”, oscilações do humor ao longo do dia ou labilidade


Subtipos de
2

afetiva, irritabilidade ou raiva acentuada.


-2

Síndromes e
41

Transtornos 10. Depressão mista ou


.8

Depressivos depressão com


81

(CID-11 / DSM-5) características mistas Durante o curso da síndrome depressiva ocorrem


.6

(DSM-5) sintomas maníacos (ao mesmo tempo)


39
-0

11. Depressão secundária ou


s

transtorno depressivo devido a


tin

condição médica (incluindo aqui o Consequente a um quadro clínico somático, seja


ar

transtorno depressivo induzido por ele primariamente cerebral ou sistêmico


M

substância ou medicamento)
a

Pode ser induzido por substância ou medicamento


uz
So

Depressão em Em crianças e adolescentes temos a forma pura, sem sintomas de


de

crianças, comportamentos disruptivos, mais frequentes em garotas, e uma com


adolescentes e sintomas disruptivos, mais comum em garotos e rapazes com
o
bi

idosos redução do QI e pior desempenho escolar.



o

Pessoas que
ai

vivenciam episódios Neuroticismo alto – instabilidade emocional,


C

Últimas
depressivos tensão, tendência à ansiedade, preocupação e
informações moderados ou autopiedade
Depressão e graves, de acordo
Personalidade com o Big Five: Extroversão baixa – baixa propensão à
atividade, assertividade, entusiasmo, busca
dos outros, socialização

| 53
Euforia ou Alegria Patológica

Elação

Sentimento de expansão e engrandecimento do Eu

Grandiosidade ou irritabilidade marcante

36
5:
Aceleração das funções psíquicas (taquipsiquismo)

:1
15
Quadro dura pelo menos uma semana, média de 3 meses
Sintomas da

0
02
Síndrome Ideias de grandeza

/2
Maníaca

12
DSM-5 exige para o diagnóstico 1. aumento da autoestima

6/
do episódio maníaco, que

-1
estejam presentes na maior parte 2. diminuição da necessidade de sono

om
dos dias, por pelo menos uma
semana (além do humor elevado

.c
3. loquacidade ou logorréia

ok
[euforia, elação]) pelo menos

tlo
mais três sintomas de mania 4. pressão para falar

ou
(quatro se o humor for apenas
irritável) descritos a seguir: s@
5. alterações formais do pensamento
tin

6. distraibilidade
ar
m

7. aumento da atividade
io
ab

8. envolvimento excessivo em
of
ai

atividades potencialmente perigosas ou


-c

danosas
2
-2
41

Pensamentos acelerados, fuga de ideias


Sintomas cognitivos
.8
81

Distraibilidade e concentração fraca


.6
39

Irritabilidade
-0

Sintomas de humor
s
tin

Euforia
ar

Frequências
M

mais comuns Hiperatividade


a
uz

de sintomas Comportamentos
So

Hiperverbosidade
de

Pressão para falar


o
bi

Sintomas psicóticos Qualquer tipo de delírio


o
ai
C

| 54
É a forma mais intensa da mania, com taquipsiquismo
acentuadíssimo, agitação psicomotora importante,
heteroagressividade, alterações formais do pensamento (como fuga
de ideias ou desorganização do pensamento), ideias e delírio de
Mania franca grandeza.
ou grave
Em pacientes idosos ou com lesões cerebrais que apresentem
confusão damos o nome de mania confusa.

36
5:
:1
É uma forma de mania na qual predomina a irritabilidade, o mau

15
Subtipos de Mania irritada ou humor, a hostilidade em relação às pessoas, podendo ocorrer
disfórica heteroagressividade e destruição de objetos.

0
Síndromes

02
Maníacas

/2
É um episódio maníaco grave com sintomas psicóticos, tais como

12
Mania com delírio de grandeza ou poder (humor-congruente), delírios de

6/
sintomas perseguição (humor-incongruente), às vezes acompanhados de

-1
psicóticos delírios místicos e/ou alucinação.

om
.c
Aqui há sintomas maníacos (agitação, irritabilidade,

ok
logorréia, expansão do Eu, etc.) e sintomas

tlo
depressivos (ideias de culpa, desânimo, tristeza, ideias

ou
de suicídio, etc.) ocorrendo ao mesmo tempo ou
alternando-se rapidamente
s@
Mania mista ou mania
tin

com características Mania ansiosa ou depressiva


ar

mistas
m

Mania com pobreza de pensamento


io

Subtipos de estados
ab

mistos, segundo Mania inibida


of

Kraepelin
ai

Estupor maníaco
-c

Depressão excitada
2
-2
41

Depressão com fuga de ideias


.8
81

forma atenuada de episódio


.6

maníaco, que muitas vezes passa despercebida, não


39

recebendo atenção médica.


Subtipos de Hipomania (ou
-0

Síndromes episódio Para o DSM-5 a hipomania apenas não é grave o


s

hipomaníaco)
tin

Maníacas suficiente para causar prejuízo social e funcional (senão


seria mania). Para o diagnóstico é preciso ao menos 4
ar
M

dias dos sintomas, e não uma semana, como é o caso da


mania.
a
uz
So

muitos e frequentes períodos de poucos e leves sintomas


depressivos seguidos, em periodicidade variável, de certa
de

elação e discreta elevação do humor


o

Ciclotimia ou
bi

Ciclotimia e transtorno ciclotímico são sinônimos de


transtorno personalidade ciclotímica


ciclotímico (CID-11 e
o
ai

DSM-5) Episódios duram pelo menos 2 anos (geralmente duram


C

a vida inteira)

Não há episódio completo de depressão ou mania,


apenas características incompletas de distimia e de
hipomania.

| 55
Marcado por seu caráter fásico, episódico.

Os episódios de mania e depressão ocorrem de modo relativamente


delimitado no tempo, e, com frequência, há períodos de remissão, em que
o humor do paciente encontra-se normal, eutímico, e as alterações
psicopatológicas mais intensas regridem

36
Altos índices de suicídio para indivíduos que apresentam episódios mistos,

5:
ciclagem rápida e mais sintomas ansiosos, que estão no período inicial do

:1
TB, têm quadros refratários ou recebem tratamentos inadequados para o

15
transtorno. O risco aumenta de forma marcante se há comorbidade com

0
02
os transtornos da personalidade do grupo B (histriônico, borderline ou

/2
narcisista) e uso de substâncias como álcool, cocaína ou maconha.

12
6/
Transtorno São episódios depressivos leves a graves,

-1
intercalados com fases de normalidade e fases
Bipolar

om
Transtorno bipolar tipo I maníacas bem-caracterizadas

.c
ok
São episódios depressivos leves a graves,

tlo
intercalados com períodos de normalidade e seguidos

ou
de fases hipomaníacas (aqui o paciente não
apresenta fases evidentemente maníacas, mas
s@
Transtorno bipolar tipo II apenas hipomaníacas)
tin
ar

ocorrem muitas fases depressivas, maníacas,


m

hipomaníacas ou mistas em curto período, com


io
ab

apenas breves períodos de remissão.


Transtorno afetivo
of

bipolar, tipo “ciclador” Para o diagnóstico do tipo “ciclador” rápido, é


ai

rápido
-c

necessário que o paciente tenha apresentado, nos


últimos 12 meses, pelo menos quatro episódios bem
2
-2

caracterizados e distintos de mania (ou hipomania) e/


41

ou depressão.
.8
81
.6
39
-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 56
São as síndromes mais comuns na humanidade

Transtorno de ansiedade generalizada


Síndromes
ansiosas e Crise de ansiedade, crises de pânico
síndromes com
importante Transtorno do pânico

36
5:
componente de Transtorno de ansiedade de separação (CID-10 e DSM-5)

:1
ansiedade

15
Tipos Síndromes ansiosas de base orgânica

0
02
Transtornos fóbicos

/2
12
6/
Transtornos dissociativos e transtornos conversivos: histeria

-1
Transtorno de estresse pós-traumático (CID-10 e DSM-5)

om
.c
Transtorno Obsessivo Compulsivo

ok
tlo
ou
Sintomas ansioso excessivos, na maior parte do dia, por vários meses.
Transtorno de
ansiedade
s@
O sujeito vive angustiado, tenso, preocupado, permanentemente
generalizada
tin
nervoso ou irritado
ar

Transtornos de personalidade que podem estar em comorbidade:


m

borderline e paranoide.
io
ab
of

(Episódio)
Crise de
ai

ansiedade, crises Crises intermitentes, com eclosão de vários sintomas ansiosos, em


-c

de pânico número e intensidade significativos.


2
-2
41

Sujeitos podem experimentar diversos graus de


despersonalização e desrealização
.8
81

Crises recorrentes com o desenvolvimento de medo de ter novas


.6

Síndromes crises, preocupações com possíveis implicações da crise e


39

Transtorno do sofrimento subjetivo significativo.


-0

ansiosas pânico
s

Pode ou não ser acompanhado de agorafobia


tin
ar

Transtorno de
M

ansiedade de
a

separação Comum em crianças


uz

(CID-10 e DSM-5)
So

Medo e ansiedade em separar-se de pessoas significativas,


percebidas como protetoras
de
o

Síndromes
bi

ansiosas de base Base orgânica ou medicamentosa


orgânica
o

É o caso da síndrome associada ao período pré-menstrual, ao


ai

puerpério e relacionada a grandes cirurgias


C

| 57
Medos intensos e irracionais, desproporcionais, desencadeados por
situações, objetos ou animais que objetivamente não oferecem ao
indivíduo perigo real e proporcional à intensidade do medo

Medo e angústia relacionados com algo

AGORAFOBIA Crises que chegam ao pânico

36
SÍNDROMES Transtornos Tendência de evitar situações

5:
COM

:1
fóbicos

15
IMPORTANTE FOBIA SIMPLES OU ESPECÍFICA
COMPONENTE

0
02
DE ANSIEDADE Tende-se a ver a fobia

/2
social como sendo um

12
quadro mais grave

6/
que a ansiedade

-1
ANSIEDADE SOCIAL/FOBIA SOCIAL social

om
.c
Agrupa quase todas as

ok
condições dissociativas no

tlo
CID-11 ainda usa o termo capítulo “transtornos

ou
histeria dissociativos”
Histeria s@
DSM-5 não usa mais desde a sua terceira versão
tin
ar

Ocorrem tipicamente alterações das funções sensoriais


m

Transtornos ou das funções motoras, que lembram sintomas


io

dissociativos e neurológicos, mas que são claramente distintos


ab

transtornos
SÍNDROMES
of

conversivos: Ocorre a conversão de um conflito psíquico


ai

COM histeria inconsciente para o corpo


-c

IMPORTANTE Conversão
2

“Salto” do plano psíquico para o plano dos sintomas


COMPONENTE
-2

corporais
41

DE ANSIEDADE
.8

São psicogênicas
81
.6

Ocorre a perturbação, a separação e o isolamento


39

de aspectos da mente e da personalidade


Dissociação
-0

Pode ocorrer em forma de crises ou episódios


s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 58
Transtornos
Transtornos conversivos Quadros em que um ou mais sintoma de alteração de função motora
conversivos e (DSM-5) ou sensorial psicogênica estão presentes
transtornos
dissociativos Amnésia dissociativa
(DSM-5 e CID-11) Perda na continuidade
da experiência Fuga dissociativa
Transtornos subjetiva e perturbação
dissociativos da integração normal Transtorno dissociativo de identidade (DSM-5 e CID-11)

36
Transtorno de despersonalização/desrealização (DSM-5 e CID-11)
SÍNDROMES

5:
COM Transtorno do transe e transtorno do transe com possessão (CID-11)

:1
IMPORTANTE

15
COMPONENTE Crises histéricas: transtorno conversivo com ataques semelhantes a
DE ANSIEDADE uma convulsão epilética (DSM-5)

0
02
Transtorno de estresse pós-traumático (CID-11 e DSM-5)

/2
12
Transtorno Obsessivo Compulsivo

6/
-1
Somatização

om
.c
Ganhos primários

ok
tlo
Ganhos secundários

ou
Condições s@
psicopatológicas Alexitimia
tin

vivenciadas
ar
m

sobretudo no Sintomas médicos inexplicados


io
ab

corpo
of

Fibromialgia e síndrome da fadiga crônica


ai
-c

Hipocondria ou transtorno hipocondríaco


2
-2
41
.8
81
.6
39
-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 59
Não são estáveis ao longo do tempo

Subtipos foram Não predizem padrão de evolução da doença


abandonados
Não predizem resposta a tratamentos
pelo DSM-5 e farmacológicos ou psicossociais
Esquizofrenia pela CID-11
São muito heterogêneos em relação às

36
bases genéticas e neuronais da

5:
esquizofrenia

:1
15
A delimitação dos subtipos tem sido cada vez

0
menos utilizada em pesquisas

02
/2
12
Distanciamento e aplainamento afetivo

6/
Retração social ou associalidade

-1
Sintomas

om
negativos Alogia ou empobrecimento da linguagem
Síndromes

.c
Diminuição da vontade (avolição)

ok
Psicóticas

tlo
Anedonia

ou
s@
Percepção delirante
tin

Alucinações auditivas características


ar
m

Sintomas Eco do pensamento ou sonorização do pensamento


io
ab

positivos
Grupos de Difusão, divulgação ou publicação do pensamento
of

sintomas da
ai
-c

esquizofrenia Roubo do pensamento


2

Distúrbios da vivencia do eu
-2
41

Sintomas de desorganização
.8
81

Sintomas psicomotores/catatonia
.6
39

Sintomas/prejuízos cognitivos
-0
s

Sintomas de humor
tin
ar

Outras características e
M

sintomas associados à Falta de insight


a

esquizofrenia
uz

Sintomas neurológicos inespecíficos


So
de
o
bi

o
ai
C

| 60
Forma próxima à esquizofrenia, mas sem desorganização
e sintomas negativos marcantes

Há o desenvolvimento de um delírio ou sistema delirante

Preservação da personalidade, da afetividade, da cognição e


do resto do psiquismo do indivíduo
Transtorno

36
Delirante É a antiga “paranoia”

5:
(Paranóia)

:1
Definição: delírios bem organizados e sistematizados, às

15
vezes com temática complexa, que permanecem como que

0
“encistados”, “cristalizados”, em um domínio da vida e da

02
personalidade do paciente, sem comprometer todo o resto.

/2
12
Alucinações não devem ser o elemento proeminente, quando

6/
ocorrem têm relação com o delírio.

-1
Ocorre geralmente em sujeitos com mais de 40 ou 50 anos.

om
.c
Parafrenia é a psicose esquizofreniforme

ok
tlo
Esquizofrenia Aparecimento tardio (após os 50 ou 60 anos)

ou
Tardia s@
(Parafrenia) Alguns autores dizem que a parafrenia é uma forma tardia de
esquizofrenia
tin

Síndromes
ar

Psicóticas Delírios, geralmente organizados e acompanhados de alucinações


m
io
ab

Há preservação da personalidade
of
ai

Transtornos
-c

psicóticos Surgimento e desaparecimento, geralmente total, de forma aguda


2

agudos, breves
-2
41

e transitórios Não implicam em deterioração da vida social


.8
81

Geralmente surgem após um estressor evidente


.6
39

Episódio de Mania
-0

Transtorno Diagnóstico de esquizofrenia e um dos


esquizoafetivo diagnósticos concomitantes a seguir: Episódio de depressão maior
s
tin
ar

Episódio misto
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 61
1 Dificuldade importante ou baixo controle sobre tal uso

Transtorno 2 Prejuízos psicossociais e sociais evidentes


por uso de Critérios
Substâncias 3 Riscos físicos e psicológicos
(DSM-5)
4 Fenômenos farmacológicos como tolerância e abstinência

36
Há, em geral, fissura

5:
:1
15
Transtorno induzidos por Intoxicação Causada pelo Binge
Substâncias (DSM-5)

0
02
Abstinência

/2
12
Início e desenvolvimento de transtornos por uso de

6/
substâncias Multifatorial

-1
om
Delirium tremens

.c
Transtornos Álcool, transtornos por uso e transtornos

ok
Alucinose alcoólica
devidos ou induzidos (DSM-5 e CID-11)

tlo
relacionados a Delírio de ciúmes

ou
substâncias e s@ Embriaguez patológica
comportamentos
tin

aditivos (C35) Maconha: transtornos por


ar

Em indivíduos que usam maconha persistentemente,


uso e transtornos
m

tem sido relatada tolerância farmacológica e


io

induzidos (DSM-5 e comportamental à maioria de seus efeitos


ab

CID-11)
of

Pode gerar síndrome de abstinência


ai
-c

Cocaína/crack: transtornos por uso e transtornos induzidos


2
-2

Dependências comportamentais ou transtornos aditivos não


41

relacionados a substâncias
.8
81

Transtorno do jogo e de apostas (DSM-5 e CID-11) e transtorno de


.6

dependência da internet
39
-0
s
tin
ar
M

4.12 Estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão).


a
uz
So
de
o

Ahhhhh Professor Alyson, eu sou doutor em psicanálise e aaaaaamo o livro


bi

de Bergeret sobre psicopatologia. “Amadoro” Zimerman e Kusnetzoff.


o

“Amaravilhoso” é Zizek e Saussure.


ai
C

Tudo bem. Até o dia da sua prova siga o nosso material e use tudo o que você
ama como peso de papel. Concurso público é um negócio muito sério para você
envolver a vida real. E aprenda uma coisa: você tem afeto pela sua aprovação, NÃO
TEM AFETO POR QUALQUER ABORDAGEM. Se eu disser que uma coisa funciona
para concurso, vá na fé e defenda.
Agora podemos começar...

Antes de entendermos o que vem a ser a psicopatologia psicanalítica,

| 62
devemos estudar as estruturas psicanalíticas. Esse assunto não é tão fácil ou
objetivo quanto imaginamos. Na verdade: Freud não utilizou com frequência o termo
estrutura e nem mencionou a expressão estruturas clínicas; contudo, estes estão
implícitos em sua obra desde os seus primórdios, no que tange à importância do
diagnóstico diferencial para a condução da análise1.

36
Ou seja, Freud não sistematizou essas estruturas de forma objetiva e

5:
finalizada. Mas, o que são essas estruturas psicanalíticas? Vamos entender as

:1
15
estruturas psicanalíticas como sendo estruturas de personalidade formadas com o

0
02
Complexo de Édipo e que determinam a psicopatologia da vida cotidiana. Ou seja,

/2
para ser uma estrutura, é preciso:

12
6/
- Ser uma forma personalidade;

-1
- ser estruturada através do complexo de édipo; e

om
- definir as psicopatologias.

.c
ok
É diante da angústia da castração que o indivíduo cria soluções de defesa

tlo
e, irreversivelmente, se estrutura. Além disso, quem manda na “coisa” toda é a
ou
castração.
s@
tin

As categorias decorrentes da forma como vivenciamos o édipo foram


ar

consolidadas basicamente a partir dos estudos e proposições de Sigmund Freud,


m
io

relidos e atualizados e desenvolvidos por Jacques Lacan. As estruturas clínicas se


ab

classificam, portanto, em neurose, psicose e perversão.


of
ai

Neurose, psicose e perversão distinguem-se entre si. Já vou dar um spoiler:


-c

A neurose não recusa a realidade. Apenas não quer saber de lidar com
2
-2
41

ela (recalque).
.8

A perversão sabe da realidade, a recusa e procura substituí-la


81
.6

(desmentido).
39

A psicose nem sabe da realidade.


-0

Gostou do spoiler? Assista ao fime inteiro agora...


s
tin
ar
M
a
uz

A normalidade para a Psicanálise


So
de

Creio que a banca não vai perguntar se existe normal na psicanálise pelo
o
bi

nível de controvérsia que isso gera. Mas, você precisa saber que esse conceito de

o

normalidade nesse contexto analítico apresenta um paradoxo. Se por um lado


ai
C

ninguém é normal - pois ou somos perversos, neuróticos ou psicopatas – por outro


as patologias fazem parte da normalidade humana, como a perversão. Não ficou
claro, não é? Se ficou pule para a próximo tópico.

1
SADALA, Glória and MARTINHO, Maria Helena. A estrutura em psicanálise: uma enunciação desde
Freud. Ágora (Rio J.) [online]. 2011, vol.14, n.2 [cited 2017-12-06], pp.243-258. Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
14982011000200006&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1809-4414. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-
14982011000200006.

| 63
A compreensão desse ethos psicanalítico parte do pressuposto que todos
nós partimos de uma estrutura psíquica que não é totalmente norma ou saudável e
isso ocorre tanto pelas nossas tentativas de controlar o nosso ID como pelos
mecanismos que utilizamos para reduzir a ansiedade. Além disso, parte das
patologias consideradas pela psicanálise advém do precário desenvolvimento

36
completo de alguns processos humanos, como o Complexo de Édipo e a formação

5:
do nome do pai. Em resumo, somos imperfeitos dentro de nossa normalidade.

:1
15
Destaco aqui o conceito de Ética na psicanálise lacaniana – fundamental

0
02
para a compreensão da postura clínica dos lacanianos. A ética do “bem dizer”

/2
lacaniano não está a serviço dos preceitos morais da sociedade e não visa educar a

12
6/
partir de um bem comum. Trata-se do acolhimento das manifestações

-1
inconscientes, que passam a adquirir significado para o próprio enunciador.

om
Desse modo, a visão de tratamento psicanalítico, latu sensu, não classifica

.c
ok
doenças como a psiquiatra faz e não busca a cura pela remissão dos sintomas. Mas

tlo
para que serve a psicanálise então? Para fins de concurso você deve saber que o que
ou
s@
se busca aqui é que a psicanálise propõem investigações profundas, no nível do
tin

inconsciente e busca o buscam o insight através de associações livres, sonhos, atos


ar

falhos, etc. Essas investigações revelam o desvelamento da natureza humana para


m
io

o próprio paciente. Assim, a psicanálise considera a função que o sintoma tem para
ab

o sujeito.
of
ai
-c

A Psicopatologia Freudiana
2
-2
41
.8
81

Muitos autores consideram que existe uma psicopatologia freudiana, mas


.6

que não está manifesta em sua obra – está latente (rs). Para entendermos, então,
39
-0

essa psicopatologia freudiana devemos psicopatologia beber diretamente autores


s

“iniciados” nessa área que se dedicaram a clarificar, interpretar e até corrigir


tin
ar

conceitos psicopatológicos para o púbico menos afortunado (como nós). Refiro-me


M

a autores como Fédida, Lacoste, Lacan, etc.


a
uz

Freud produziu uma nomenclatura própria da psicanálise, distanciada da


So

psiquiatria e a partir de estruturas eminentemente psicanalíticas. Assim,


de

necessariamente consideraremos as relações entre pulsão, complexo de édipo,


o
bi

castração, a primeira tópica (modelo topológico da mente) e a segunda tópica



o

(modelo estrutural da personalidade) para entendermos as psicopatologias. É regra


ai
C

isso Alyson? Sim, é regra tanto para Freud como para Lacan.
E qual a fonte das psicopatologias para Freud? Apesar dessa definição
ter mudado muito no decorrer da obra freudiana, o trecho abaixo oferece uma
boa dica:

Em 1898, Freud escreveu um artigo com o título “A Sexualidade na Etiologia


das Neuroses”, no qual, de forma mais detalhada, descreve que pesquisas
exaustivas levaram-no a reconhecer que as causas mais imediatas e mais

| 64
importantes de todos os casos de doença neurótica devem ser achadas em fatores
emergentes da vida sexual. Como condição de avaliação de sua teoria, o autor
propõe que todos os médicos, para certificarem-se de que existe relação direta
entre a vida sexual e o surgimento de neuroses, devem tentar obter um
depoimento verdadeiro da vida sexual de seus pacientes.

36
http://www.hce.eb.mil.br/rev/rev2008/conceitodasestrururas.pdf

5:
:1
15
0
02
O Diagnóstico para Freud

/2
12
6/
Freud deliberadamente inventou categorias diagnósticas inexistentes à

-1
época baseado em suas observações. Aqui vai uma crítica que a academia faz: suas

om
o observações, via de regra, ocorriam com casos únicos! Mesmo assim, ele criou

.c
ok
termos como neurose de angústia, neurose atual, psico-neuroses, neurose de

tlo
transferência e a neurose narcísica. Como você sabe, ele produziu uma
ou
s@
nomenclatura própria a partir dos três grandes eixos dessa aula: neurose, perversão
tin

e psicose.
ar

E você pensa que a psiquiatria não reagiu? Reagiu sim. O sucesso e a força
m
io

dos conceitos freudianos, na época, foi tamanha que a sua nosologia e sua
ab
of

nosografia influenciaram a psiquiatria em suas classificações até o CID-9 e o DSM-


ai

III. Isso só mudou no CID-10 e no DSM-IV quando a Associação de Psiquiatria


-c
2

Americana e a Organização Mundial de Saúde abandonaram a classificação e as


-2
41

terminologias psicanalíticas e separaram a famosa neurose em estruturas distintas,


.8

tais como: o transtorno de ansiedade, os quadros dissociativos, o TOC, etc. Destaco


81
.6

que o DSM IV e o CID-10 aboliram o termo "neurose" completamente e voltaram a


39

uma classificação descritiva dos transtornos colocados em seu lugar. No DSM-V nem
-0

sinal de Freud.
s
tin

Separei dois trechos de um mesmo artigo para darmos seguimento ao nosso


ar
M

raciocínio:
a
uz

A realidade psíquica é um construto que supõe o intrincamento desses dois


So

pólos mencionados e, conseqüentemente, recoloca o que vem a ser o campo


de

subjetivo — o que diz respeito ao sujeito — em um novo patamar epistêmico. Se não


o
bi

podemos mais operar sobre duas realidades distintas, objetiva versus subjetiva,

logo temos que considerar que no modus operandi da clínica psicanalítica o sujeito
o
ai
C

que observa (epistêmico) não é exterior ao sujeito observado (empírico). Ou, ainda,
o sujeito ‘observado’ é quem inclui o ‘observador’ em “uma de suas séries
psíquicas”, pela via da transferência (cf. FREUD, 1912/1978, p.100). Os instrumentos
de diagnóstico e de tratamento, desde o início, estarão marcados por esta
concepção.
A primeira conseqüência que tiramos disto é que a psicanálise não pode
confiar no fenômeno do mesmo modo que as ciências empíricas, pois ela considera
que não há acesso direto ao mundo. A partir daí, o fenômeno não tem mais o mesmo

| 65
valor de verdade. A pertinência e o valor de verdade de uma pesquisa empírica
objetiva encontram-se deste modo bastante relativizados.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/agora/v3n2/v3n2a04.pdf

Freud parte do fenômeno, mas este não está no fundamento de sua

36
teorização, ao menos não exclusivamente. Àqueles que insistiriam ainda em situá-

5:
:1
lo sob a rubrica do empirismo ele dará uma resposta definitiva. Em suas Novas

15
conferências (1933/1978) afirma:

0
02
“Senhoras e Senhores, vocês não se surpreenderão ao ouvir que

/2
tenho que trazerlhes algumas novidades com relação à nossa

12
6/
concepção [Auffassung] da angústia e das pulsões fundamentais

-1
[Grundtriebe] da vida psíquica (...). Falo aqui de “concepção” com

om
uma intenção precisa (...) trata-se aqui verdadeiramente de

.c
ok
concepções, ou seja,de introduzir as idéias abstratas [abstrakten

tlo
Vorstellungen] corretas cuja aplicação trará ordem e clareza ao
ou
s@
material bruto da observação.” (p. 81)
tin

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/agora/v3n2/v3n2a04.pdf
ar
m
io

E, por fim:
ab
of
ai
-c

O psicanalista, operando através da transferência, não trabalha como um


2
-2

leitor de fenômenos e sim como nomeador de um modo de incidência do sujeito na


41

linguagem. O diagnóstico aparece então como estrutural e não mais


.8
81

fenomenológico. Por diagnóstico estrutural podemos por hora entender como um


.6

diagnóstico que se dá a partir da fala dirigida ao analista, logo, sob transferência,


39
-0

onde os fenômenos vão se orientar com referência ao analista como um operador e


s

não como pessoa.


tin
ar

Seguindo essa vertente, chegamos a interrogar o diagnóstico menos como


M

uma descrição objetiva e mais como uma operação descritiva do analista, em que a
a
uz

nomeação da estrutura do paciente incide sobre a conduta do tratamento em


So

vários níveis. Este tipo de diagnóstico pode permitir ao analista manter no horizonte
de

a produção de uma verdade singular e a emergência de uma história única. Deste


o
bi

ponto de vista, as categorias diagnósticas clássicas da psiquiatria perdem em muito


o

sua significação, devendo ser novamente situadas tanto em seu estatuto quanto em
ai
C

sua função.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/agora/v3n2/v3n2a04.pdf

As duas Clínicas Lacanianas e outros conceitos


Lacan, baseado nas descobertas freudianas, vai pensar as estruturas
clínicas. Ele utiliza as categorias da psiquiatria clássica para criar o conceito de

| 66
estrutura, e vai além do diagnóstico descritivo de sinais e sintomas quando parte da
relação estabelecida pelo sujeito com a linguagem. Nesse contexto cumpre
diferenciar as duas clínicas de Lacan: a Clínica estrutural e a Clínica borromeana.
Fundamentalmente a diferença entre essas duas clínicas está na perspectiva de
diagnóstico. No modelo estrutural, no qual a referência principal é baseado na

36
classificação dentro do envoltório formal do sintoma (neurose, perversão e

5:
psicose). Esse Modelo, portanto, refere-se às categorias da psicopatologia

:1
15
psiquiátrica e, dentro delas, privilegia o eixo psicose-neurose. Na segunda escola, a

0
02
clínica Borromeana, ocorre a não-referência às categorias nosológicas da

/2
psicopatologia psiquiátrica. Pronto. Simples não?

12
6/
Resumidamente, a partir da visão borromeana, a primeira intervenção na

-1
psicanálise é para situar o Eu como instância de desconhecimento, de ilusão, de

om
alienação, sede do narcisismo (o “eu” é desconhecido sempre). Para Lacan há três

.c
ok
registros psíquicos: o registro no Campo Imaginário, o registro no Campo Simbólico

tlo
e o Registro no Campo do Real. É a partir do campo simbólico, através da fala e da
ou
s@
linguagem que é possível haver acesso ao inconsciente, que foi definido pelo autor
tin

como “estruturado como uma linguagem”.


ar

O campo de ação da psicanálise situa-se, para Lacan, na fala, onde o


m
io

inconsciente se manifesta, através de atos falhos, esquecimentos, chistes e de


ab

relatos de sonhos, enfim, naqueles fenômenos que Lacan nomeia como "formações
of
ai

do inconsciente". A isto se refere o aforismo lacaniano "o inconsciente é estruturado


-c

como uma linguagem". O Simbólico é o registro em que se marca a ligação do Desejo


2
-2
41

com a Lei e a Falta, através do Complexo de Castração, operador do Complexo de


.8

Édipo. Para Lacan, "a lei e o desejo recalcado são uma só e a mesma coisa". Lacan
81
.6

pensa a lei a partir de Lévi-Strauss, ou seja, da interdição do incesto que possibilita


39

a circulação do maior dos bens simbólicos, as mulheres. O desejo é uma falta-a-


-0

ser metaforizada na interdição edipiana, a falta possibilitando a deriva do desejo,


s
tin

desejo enquanto metonímia. Lacan articula neste processo dois grandes conceitos,
ar
M

o Nome-do-Pai e o Falo. Para operar com este campo, cria seus Matemas.
a
uz

Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante.


So

Lévi-Strauss afirmava que "os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o
de

significante precede e determina o significado”, no que é seguido por Lacan. Marca-


o
bi

se aqui a autonomia da função simbólica. Este é o Grande Outro que antecede o


sujeito, que só se constitui através deste - "o inconsciente é o discurso do Outro", "o
o
ai

desejo é o desejo do Outro".


C

O imaginário forma-se a partir do Estádio do Espelho, que, por sua vez, é


descrito como o momento em que a criança descobre, constrói uma imagem de si.
Pode prescindir de um espelho, onde uma imagem é projetada ou não
necessariamente, pois o outro também faz a função de espelho. No caso de uma
pessoa cega, por exemplo. A visão no espelho (outros) unifica as visões de “eu” que
o ego cria. Não há um eu antes do estádio do espelho.

| 67
O complexo de édipo e os 3 tempos.
O campo do simbólico se desenvolve junto ao complexo de Édipo:
1° Tempo: a criança ainda mantém com a mãe uma relação de indistinção,
reforçada pelos cuidados que recebe e pela satisfação de suas necessidades. Essa
relação quase fusional a permite supor ser seu objeto de desejo. É na posição de

36
objeto (falo) que a criança se coloca como suposto completar o que falta à mãe. Ao

5:
querer constituir-se como falo materno, a criança se coloca como único objeto de

:1
15
desejo da mãe, assujeitando seu desejo ao dela.

0
02
2° Tempo: parte dessa dialetização de ser ou não ser o falo, introduzindo a

/2
dimensão paterna, que intervirá na relação mãe-criança-falo sob a forma de

12
6/
privação. O pai é aquele que interdita a satisfação do impulso da criança à medida

-1
que ela percebe que é para o pai que a mãe se dirige. Conforme Lacan, tem-se aí a

om
chave da relação do Édipo e de seu caráter essencial: a relação da mãe com a

.c
ok
palavra do pai e com aquilo que ele é suposto possuir, que a satisfaz e regula o

tlo
desejo que ela tem de um objeto que não é mais a criança. Ela se remete ao desejo
ou
s@
de um outro, reconhecendo a lei do pai como aquela que mediatiza seu próprio
tin

desejo. O pai que priva é o que apresenta a lei. A criança, nessa perspectiva, tem
ar

acesso à simbolização da lei do pai, confrontada com a questão da castração na


m
io

dialética do ter. A mediação que o pai introduz na relação com a mãe é o fato de que
ab

ela o reconhece como aquele que lhe dita a lei, o que permite à criança colocá-lo
of
ai

num lugar de depositário do falo.


-c

3° Tempo: a criança irá dialetizar os outros dois tempos. Ameaçada em


2
-2
41

seus investimentos libidinais, a criança descobre que também a mãe nutre um


.8

desejo em relação ao desejo do pai. Ocorre um novo deslocamento do objeto fálico,


81
.6

no qual a instância paterna deixa seu lugar no imaginário para advir ao lugar de pai
39

simbólico, lugar onde será investido como aquele que tem o falo. A criança, na
-0

problemática fálica, deixa de lado ser o falo para aceitar a problemática de ter o
s
tin

falo. A dialética do ser e ter põe em jogo as identificações. O menino se inscreverá


ar
M

na lógica identificatória, a partir do momento em que renuncia ser o falo e se engaja


a
uz

na dialética de ter, identificando-se com o pai, que é suposto ter. A menina se


So

identifica com a mãe, deparando-se com a dialética do ter a partir do não-ter. Como
de

a mãe, ela não tem, mas sabe onde encontrá-lo.


o
bi

Vamos ao que interessa então.



o
ai
C

Estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão).


Vamos começar com um pequeno trecho de texto e depois trabalhamos
alguns pontos. Confiram de marca-texto na mão:
No texto “Neurose e Psicose” (1923-1925), Freud aponta uma diferença
básica entre neurose e psicose: “a neurose é o resultado de um conflito entre o ego

| 68
e o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas
relações entre o ego e o mundo externo”. (Freud,1923/1925, pág 189)
Ao longo do texto, o autor afirma que a neurose se caracteriza por uma
recusa do ego em aceitar a poderosa pulsão do id, recusando a posição de mediador
da satisfação pulsional. Ele opera a serviço do superego e da realidade (princípios

36
morais), a partir do mecanismo do recalcamento.

5:
O material “recalcado” insiste em se fazer conhecido, logo, ele escolhe vias

:1
15
substitutas. O sintoma aparece, então, como sendo uma representação

0
02
substitutiva. Tudo isso promove o quadro da neurose.

/2
Já na psicose, existe um conflito entre o ego e o mundo externo. O sujeito

12
6/
cria uma nova realidade e certamente essa nova realidade é construída de acordo

-1
com os impulsos desejosos do id.

om
...

.c
ok
Freud menciona que a origem da neurose e da psicose é a frustração. A

tlo
condição posterior à frustração é que vai determinar a estrutura.
ou
...
s@
tin

Inicialmente, Freud propõe que na neurose existe uma luta vitoriosa contra
ar

a perda da
m
io

realidade, enquanto que na psicose a perda é irremediável. Posteriormente,


ab

através da observação clínica, ele conclui no texto “A Perda da Realidade na


of
ai

Neurose e na Psicose” que tanto na neurose quanto na psicose existe uma


-c

perturbação da relação do sujeito com a realidade.


2
-2
41

“Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga,


.8

ao passo que na psicose ele é remodelado... a neurose não repudia a realidade,


81
.6

apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta substituí-la”. (Freud, 1924, pág 231)
39

...
-0

As estruturas são divididas em dois tempos: a neurose propriamente dita diz


s
tin

respeito ao afrouxamento da relação com a realidade que ocorre num segundo


ar
M

tempo, devido ao fracasso do recalcamento, e a fantasia é o que se constitui como


a
uz

suplência capaz de recobrir o impossível na relação com o objeto.


So

...
de

Freud afirma que a perda da realidade diz respeito àquele fragmento de


o
bi

realidade relacionado ao objeto do desejo, sendo a neurose, exatamente, esse


segundo tempo, do retorno do recalcado e da constituição da fantasia, revelador


o
ai

do fracasso na aceitação da realidade faltosa.


C

...
Já na psicose, o primeiro tempo é decisivo, ou seja, a perda da realidade,
perda essa que apresenta a radicalidade de um repúdio, de uma foraclusão, como
nos ensina Lacan. O segundo tempo da psicose também comporta o caráter de
uma reparação, como na neurose e, nesse sentido, o delírio e a alucinação ocupam
o lugar da fissura na relação do eu com o mundo.
...

| 69
Para Freud, o ponto central de sua observação é que em ambas as estruturas
o mais importante não é a questão relativa à perda da realidade, mas sim os
substitutos encontrados. Na neurose, o substituto encontrado ocorre via mundo da
fantasia; já na psicose, os substitutos são delírio e alucinação.
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/92593682/conceitodasestrururas

36
5:
:1
15
Aqui é bom sabermos do seguinte:

0
02
A psicose se divide em: Esquizofrenia, Autismo e Paranóia.

/2
A neurose se divide em: Neurose Obsessiva e Histeria.

12
6/
A perversão engloba algumas formas de manifestação, mas é não é

-1
dividida. Entre estas formas, nota-se como exemplo o fetichismo.

om
O mecanismo de defesa da Psicose é a Forclusão.

.c
ok
O mecanismo de defesa da Neurose é o Recalque.

tlo
O mecanismo de defesa da Perversão é a Denegação.
ou
s@
tin
ar
m
io

Neurose
ab
of

O termo neurose não foi inventado por Freud. Ele foi cunhado pelo médico
ai
-c

escocês William Cullen (1712-1790) para descrever uma série de afecções nervosas
2
-2

inespecíficas, que ele julgava serem orgânicas. A psicanálise tirou esse viés
41

organicista para conferir um caráter analítico. A partir do texto acima, podemos


.8
81

concluir que as Neuroses são transtornos da afetividade que levam as pessoas a


.6

experimentar sentimentos e reações motoras incomuns e/ou incontroláveis, com


39
-0

perfeita conservação do juízo de realidade. São condições de


s

incoerência/incongruência – como diria Rogers – acerca do que desejamos,


tin
ar

fazemos e sentimos. O destaque está na conservação do juízo. Mais especificamente


M

podemos dizer que a Neurose designa uma condição nervosa cujos sintomas
a
uz

simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil. Com o


So

desenvolvimento da psicanálise, o conceito evoluiu, até finalmente encontrar lugar


de

no interior de uma estrutura tripartite, ao lado da psicose e da perversão. Destaco


o
bi

que esse conceito foi, de longe, o que Freud mais trabalhou durante a sua carreira
o

(ou investiu libido, rs). As três grandes análises que ele efetivamente conduziu e
ai
C

foram publicadas eram casos de neurose: neurose histérica em Dora (Ida Bauer),
neurose obsessiva no Homem dos Ratos (Ernst Lanzer) e neurose infantil no Homem
dos Lobos (Serguei Constantinovitch Pankejeff).
Segundo o texto Neurose e Psicose, escrito por Freud em 1923, o quadro de
neurose pode ser descrito como o resultado de um conflito entre o ego e o id; onde
o sintoma é uma representação conciliatória deste conflito. De acordo com Freud,
a neurose representa uma condição resultante entre o conflito que o ego entra com
o Id a serviço das limitações impostas pela realidade do mundo externo.

| 70
Podemos exemplificar essa tese de que a neurose é composta pela
incoerência das atitudes com o juízo da realidade através dos casos de neurose
fóbica. O paciente, via de regra, sente um intenso medo ante uma situação ou um
objeto que ele saiba não representar nenhum perigo. Apesar de julgar
adequadamente, como todos julgam a realidade, este não é capaz de proceder da

36
mesma forma natural que os outros. Adiantando um pouco da matéria, posso dizer

5:
que essa é a principal característica que distingue os neuróticos dos psicóticos - os

:1
15
neuróticos possuem juízo de realidade. Em termos clínicos isso significa que os

0
02
psicóticos em geral apresentam delírios e os neuróticos não.

/2
Em conseqüência disso, do ponto de vista freudiano, classificam-se sob esse

12
6/
conceito a (1) neurose histérica, a (2) neurose obsessiva, a (3) neurose de angústia,

-1
a (4) neurastenia, e a (5) psiconeurose. Veja uma breve esquematização:

om
.c
ok
Neurose histérica - sintoma predominante é a conversão de conflitos

tlo
psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da consciência,
ou
s@
atualmente chamada de transtornos dissociativos (de conversão).
tin

Neurose obsessiva – sintomas predominantes são as compulsões e


ar

obsessões, atualmente compreendida, em grande parte, como transtorno


m
io

obsessivo-compulsivo (TOC).
ab

Neurose de angústia - sintoma predominante é a angústia


of
ai

Neurose fóbica - sintoma predominante é a fobia


-c

Neurastenia – sintoma predominante é o estresse e traços de depressão (se


2
-2
41

assemelha à Síndrome de Burnout)


.8

Psiconeurose – é a neurose em si, embora cause tensão, não interfere com


81
.6

o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa.


39
-0

Atenção
s
tin

Anancástico é um termo que se refere à preocupação obsessiva, portanto, um


ar
M

pensamento ou conduta ou transtorno anancástico da personalidade corresponde


a
uz

às características obsessivas-compulsivas da conduta, pensamento ou


So

personalidade (DSM-IV).
de

No caso da Personalidade Anancástica ou Obsessiva-Compulsiva, é um


o
bi

transtorno da personalidade caracterizado por um sentimento de dúvida,


perfeccionismo, escrupulosidade, verificações, e preocupação com pormenores,


o
ai

obstinação, prudência e rigidez excessivas. O transtorno pode se acompanhar de


C

pensamentos ou de impulsos repetitivos e intrusivos não atingindo a gravidade


de um transtorno
Fonte:
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZD
icionario=82obsessivo-compulsivo.

| 71
Destaco que Freud passou a definir o antagonismo entre neurose e psicose
como o resultado de duas atitudes oriundas de uma clivagem do eu. Na neurose, há
um conflito entre o eu e o id: coabitam uma atitude que contraria a exigência pulsio-
nal e outra que leva em conta a realidade. Na psicose, há uma perturbação entre o
eu e o mundo externo, que se exprime na produção de uma realidade delirante e

36
alucinatória (a loucura). A psicose apresenta a clivagem do eu com a proposição de

5:
uma realidade alternativa, sendo também caracterizada pela transferência da

:1
15
libido para si mesmo (e que deveria ser orientada para o mundo).

0
02
/2
Psicose

12
6/
A expressão psicose foi usada inicialmente por Freud para designar o

-1
processo de a reconstrução inconsciente, por parte do sujeito, de uma realidade

om
delirante ou alucinatória. Em seguida, o termo começou a ser utilizado a partir da

.c
ok
noção de estrutura psíquica que diferencia da neurose, por um lado, e da perversão,

tlo
ou
por outro. s@
Freud focou sua atenção à neurose, considerada por ele como curável. A
tin

psicose, por sua vez, não era considerada por esse psicanalista como passível de
ar
m

cura, apenas raramente. O seu único texto dedicado ao tema da psicose, foi o
io
ab

comentário de um livro, Memórias de um doente dos nervos, escrito por um homem


of

tomado de paranóia, o juiz Daniel Paul Schreber.


ai
-c

Em essência, a psicose é para a psicanálise um conjunto de perturbações


2

nos investimentos libidinais em relação ao ego e ao objeto e sempre tem o


-2
41

componente da paranoia. Mas, qual a explicação que a psicanálise oferece para


.8
81

justificar que a psicose é um erro na transferência da libido? Para Freud, a psicose


.6

está relacionada com a transferência da libido para si próprio. Essa libido deveria,
39
-0

em pessoas ditas normais, ser orientada para objetos animados e inanimados que
s

a rodeiam. O fato de a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade


tin
ar

dos pacientes psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo.


M

Freud definiu a psicose como um distúrbio entre o eu e o mundo externo.


a
uz

Em seguida Freud inscreveu a psicose numa estrutura tripartite, opondo-a à


So

neurose, de um lado, e à perversão, de outro. A psicose foi então definida como a


de

reconstrução de uma realidade alucinatória na qual o sujeito é exclusivamente


o
bi

voltado a si mesmo, numa situação sexual auto-erótica: assume literalmente o



o

próprio corpo (ou parte deste) como objeto de amor (sem alteridade possível). A
ai
C

neurose, por seu turno, surge como o resultado de um conflito intrapsíquico,


enquanto a perversão se apresenta como uma renegação da castração. Pode-se
citar as palavras do próprio Freud:
“Portanto, é justificável dizer que o ego se defendeu da ideia incompatível
através de uma fuga para a psicose”.
Ou seja, Trata-se de uma disposição patológica grave, no qual o ego escapa
da ideia incompatível, construindo uma nova realidade.

| 72
À guisa da conclusão, e recapitulando um pouco, a psicose é uma
perturbação primária da relação libidinal com a realidade. Em contraste com o
transtorno neurótico, a psicose caracteriza-se pela recusa da realidade, retirando
todos os investimentos da libido no objeto e fragmentando sua representação. A
retirada da libido do objeto externo leva a uma transferência dessa libido para si

36
próprio caracterizando o que Freud denominou de neurose narcísica (equivalente à

5:
psicose). O fato de a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade

:1
15
dos pacientes psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo e,

0
02
consequentemente, tornando-os pouco acessível a um tratamento psicanalítico,

/2
cujo elemento propulsor é a transferência.

12
6/
-1
Perversão

om
A perversão foi a última estrutura a ser tratada por Freud. Em 1905, nos

.c
ok
"Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", Freud conclamou a neurose como o

tlo
ou
"negativo da perversão", aceitando esta última como uma manifestação bruta e
s@
não recalcada da sexualidade infantil (perversa polimorfa). Em suma se pode dizer
tin

que: a neurose é fruto de um conflito com recalque, a psicose seria uma


ar
m

reconstrução de uma realidade alucinatória, e a perversão como negação da


io
ab

castração, a qual se fixa na sexualidade infantil.


of

Na perversão o sujeito busca lidar, conter o pulsional, se pondo como


ai
-c

objeto de gozo do Outro. Em sua atuação, o perverso é conduzido pelo imperativo


2

categórico do gozo: vive para o gozo, na tentativa de tomar posso dele, organizá-lo,
-2
41

administrá-lo e prorrogá-lo.
.8
81

O perverso é aquele que também padece da castração, mas que talvez não
.6

tenha feito da falta desse processo seu bem maior. O desejo na perversão não surge
39
-0

como uma pergunta pelo desejo do Outro como ocorre na neurose - ele se
s

presentifica como uma resposta dura e inflexível.


tin
ar
M

PEQUENO RESUMO
a
uz

Neuroses: distúrbios leves com poucas distorções da realidade tratada


So

principalmente pelo psicólogo.


de

Psicoses: doença mental grave que afeta a personalidade na zona central


o
bi

do eu. Segue como sintomas delírios e alucinações deve ser tratada com uma

o

equipe multi-disciplinar como: psicólogo, psiquiatria, terapeuta ocupacional,


ai
C

enfermeiro e assistente social.


Perversão: é uma manifestação bruta e não recalcada da sexualidade
humana.
Delírios: falsa realidade percebida (acredita em conspiração contra ele se
vê duas pessoas simplesmente conversando ou se julga deus).
Alucinações: escuta vozes ou tem visões. Acredita que fontes externas
controlam seus pensamentos. O escutar vozes é o mais comum.

| 73
Considerando que o que mais cai nas provas é a diferenciação entre as
estruturas da psicose e da neurose, preparei uma pequena tabela com as
características principais de cada uma e outra com mais algumas distinções:

Neurose Psicose

36
Natureza psicológica Natureza psicológica – atualmente admite-

5:
se causas orgânicas

:1
15
Conflitos simbólicos entre o eu e o Perturbações de Investimentos Libidinais

0
02
id (autocentrado)

/2
Ocorre de modo inconsciente Defesa do ego

12
6/
Não distorcem o juízo da realidade Investimento libidinal auto-erótico: assume

-1
literalmente o próprio corpo (ou parte

om
deste) como objeto de amor.

.c
ok
Conflitos relacionados à Reconstrução da realidade (delírios e

tlo
expressão de um determinado alucinações)
ou
s@
desejo e mecanismos de defesa
tin

que impedem essa expressão.


ar

O sintoma é uma representação Dificuldade em direcionar os investimentos


m
io

conciliatória desse conflito libidinais a objetos externos


ab
of

É a resultante entre o conflito que Menos acessíveis ao tratamento


ai
-c

o ego entra com o Id a serviço das psicanalítico


2

limitações impostas pela


-2
41

realidade do mundo externo.


.8
81
.6
39
-0

Patologia Causas
s

neurose de distúrbio psicológico caracterizado pelo acúmulo de uma


tin
ar

angústia excitação sexual que se transforma diretamente em sintoma


M

sem mediação psíquica.


a
uz

neurose Freud considera que o recalque é o principal mecanismo de


So

obsessiva defesa responsável por tal transtorno. O sucesso do recalque


de

(anancástica) na neurose obsessiva é inicialmente completo, mas não é


o
bi

permanente. Serve-se do intelecto para evitar suas emoções;


o

pensa mais do que sente


ai
C

neurose É um tipo de neurose em que o aparecimento do sintoma é


traumática provavelmente originado de um choque emotivo ligado,
muitas vezes, a uma situação em que o indivíduo sente sua
vida ameaçada. O quadro sintomático é semelhante à histeria,
pela riqueza dos sintomas motores, porém com maior
indisposição subjetiva, debilitação e perturbação da
capacidade mental. Comparado ao susto, Freud considera o
trauma mais provável de surgir quando não há preparação da

| 74
angústia ou da hipercatexia que constituem a última forma de
defesa do aparelho psíquico. Na neurose traumática é um tipo
de neurose em que o aparecimento dos sintomas é
conseqüência de um choque emotivo capaz de ameaçar de
forma real sua vida. De fato, Freud descreve como trauma

36
quaisquer excitações provindas de fora que sejam tão

5:
poderosas a ponto de atravessar o escudo protetor.

:1
15
Entretanto, a experiência traumática está relacionado a uma

0
02
fonte de excitação interna, o traumatismo externo só tem

/2
valor ou ressonância traumática em relação com a mesma.

12
6/
Conseqüentemente, o acontecimento é traumático só na

-1
relação que pode existir entre o encontro traumático e algo

om
que o sujeito já conhece. O traumatismo tem parte

.c
ok
determinante no próprio conteúdo do sintoma (ruminação do

tlo
acontecimento traumatizante, pesadelo repetitivo,
ou
s@
perturbações do sono), que aparece como uma tentativa de
tin

ligar e a reagir o trauma.


ar

Histeria A questão da falta é um aspecto importante na histeria.


m
io

Entretanto a clivagem não é um mecanismo presente na


ab
of

histeria mas sim na psicose. A convulsão é de fato um sintoma


ai

da histeria conversiva. O adultério pode ser considerada uma


-c
2

saída ilusória, mas não representa uma resposta a


-2
41

sentimentos de perseguição do marido. A questão da "falta" é


.8

central e insuportável para a histérica, que pode passar a


81
.6

buscar, de maneira privilegiada pela via do amor, um parceiro


39

que a complete. A histeria é considerada uma neurose de


-0

defesa, ou seja, adquirida. Freud inicia o tratamento da


s
tin

histeria utilizando a técnica de Breuer, a hipnose;


ar
M

posteriormente, utiliza o método catártico de Bernhein e, por


a
uz

fim, cria uma nova técnica, a associação livre. A histeria - no


So

caso da paralisia histérica - se comporta como se a Anatomia


de

não existisse. A histeria foi fundamental para a origem da


o
bi

psicanálise. Entretanto a histeria não é considerada neurose


atual, mas sim uma psiconeurose de defesa. A neurose atual


o
ai

(neurastenia e neurose de angustia) deve seu nome,


C

precisamente, ao fato de que sua origem não deve ser


buscado num conflito infantil como as psiconeuroses de
defesa, mas num conflito experimentado atualmente pelo
paciente.
Histeria de A histeria de conversão caracteriza-se pela presença de
Conversão sintomas físicos geralmente de natureza pseudo-neurológica,
como por exemplo, paralisia, cegueira, ou mutismo.

| 75
Fobia Na fobia ocorre deslocamento da ansiedade gerada por
conflito para algo sem grande importância ao indivíduo.
Desloca sua ansiedade para o meio ambiente e projeta seus
impulsos sobre os outros, raramente sobre alguém
emocionalmente importante para ele.

36
Esquizofrenia Demonstra afeto por alguém com quem tenha pouco contato

5:
real e o mínimo pela família ou etc. Reações de estranheza são

:1
15
comuns na esquizofrenia.

0
02
Psicossomática Prefere discutir sintomas físicos em lugar dos conflitos

/2
psicológicos. Ocorre um deslocamento para o corpo dos

12
6/
conflitos inconscientes. Face à dor psíquica, o homem é capaz,

-1
por exemplo, de criar uma neurose, uma psicose, uma doença

om
psicossomática. Considerando que tais criações expressam

.c
ok
uma psique em conflito, do ponto de vista da função

tlo
defensiva, pode-se afirmar que: ao contrário das invenções
ou
s@
neuróticas e psicóticas, as manifestações psicossomáticas
tin

não servem, nem à proteção do ego, nem a da vida instintiva.


ar
m
io
ab
of
ai
-c
2

Depressão e Melancolia (extra para a CESPE)


-2
41
.8
81

O melhor texto de Freud, para entendermos como ele via a depressão, é o


.6
39

chamado Luto e Melancolia. Na época de Freud, e em alemão, depressão era


-0

sinônimo de melancolia, sendo esta a palavra mais usada. Se fossemos traduzir,


s
tin

poderíamos arriscar chamar o texto de Luto e depressão.


ar

No texto Luto e Melancolia, de 1917, Freud realiza um estudo comparativo


M
a

entre os dois estados: o estado de ter perdido alguém (luto) e o estado depressivo –
uz

como chamamos hoje – ou melancolia.


So
de

Freud foi sempre genial em suas explicações. O mundo soube reconhecer a


o

importância de seu pensamento quando ele ainda estava vivo, e, deste modo, ele
bi

gozou de fama e reconhecimento internacionais.


o

Vamos pensar juntos os trechos mais importantes do texto de Freud. Para


ai
C

tanto, selecionei alguns trechos que nos servirão de guia – são os trechos que
resumem o texto como um todo.
Freud inicia o texto dizendo que a melancolia é apresentada de diversas
formas na psiquiatria. Lemos no texto, a opinião de que alguns problemas da
melancolia certamente terão como causa problemas físicos (orgânicos). Freud
analisará apenas os casos em que o problema é psíquico (de natureza psicogênica)
ou seja: emocional e mental.

| 76
Para entender a melancolia, ele analisa conjuntamente a melancolia junto
do luto.
Vejamos as semelhanças:
– Influências do ambiente;
– Desânimo profundo;

36
– Perda do interesse no mundo e nas coisas;

5:
– Perda da capacidade de amar;

:1
15
– Inibição das atividades (cotidianas ou habituais);

0
02
Principal diferença entre o Luto e a Melancolia:

/2
– Diminuição no sentimento de autoestima (na melancolia). Esta diminuição da

12
6/
autoestima não está presente no Luto.

-1
Em seguida, podemos ler no texto a definição do que o luto faz, ou, em outras

om
palavras, podemos ler a respeito do trabalho do luto. Como há a perda do objeto

.c
ok
(de um parente, por exemplo), há a retirada da libido, da energia psíquica daquele

tlo
objeto:
ou
s@
“Cada uma das lembranças e expectativas isoladas, através das quais a
tin

libido está vinculada ao objeto, é evocada e hipercatexizada, e o desligamento da


ar

libido se realiza em relação a cada uma delas”.


m
io

Em outras palavras, as lembranças que estão relacionadas com o objeto


ab

perdido são trazidas à tona – são valorizadas e revividas (hipercatexizadas), e há,


of
ai

depois, a liberação da energia, da libido, de cada uma destas lembranças.


-c

Como podemos entender este trecho?


2
-2
41

Se perdemos alguém (ou algo) querido, vamos nos lembrando dos


.8

momentos vividos – com profunda dor e sentimentos de tristeza. Mas, com o tempo,
81
.6

estes afetos (tristeza, dor) vão sumindo. Nos lembramos do que aconteceu relativo
39

ao que perdemos, mas já não sentimos o mesmo de quando perdemos a pessoa ou


-0

o objeto querido.
s
tin

E por isto, Freud diz: “quando o trabalho do luto se conclui, o ego fica outra
ar
M

vez livre e desinibido”.


a
uz

Na melancolia, há algo de semelhante. Há uma perda…mas nem sempre a


So

pessoa sabe ou entende o que perdeu…


de

A diferença fundamental entre o Luto e Melancolia é que na Melancolia há


o
bi

um sentimento ruim com relação ao próprio eu.


Imagine alguém com depressão (com melancolia), este pessoa teria


o
ai

sentimentos ruins para com ela própria. Vamos dizer que Fulano está deprimido.
C

Fulano pensaria e sentiria que Fulano não é bom, não merece apreço ou amor. Ou
seja, a autoestima de Fulano estaria baixa: são os sentimentos de
autorecriminação, de autodepreciação, de auto-lamento.
Note novamente que esta autodepreciação não está presente no Luto.
Na continuação do texto, lemos o seguinte, sobre a melancolia:
“O paciente representa seu ego para nós como sendo desprovido de valor, incapaz
de qualquer realização e moralmente desprezível… Esse quadro de um delírio de

| 77
inferioridade (principalmente moral) é completado pela insônia e pela recusa a se
alimentar, e o que é psicologicamente notável por uma superação do instinto que
compele todo ser vivo a se apegar à vida”.
Vamos por partes. Ao contrário do luto, aonde não encontramos a baixa
autoestima, na melancolia o paciente sente o seu próprio eu, seu próprio ego (ego

36
é a palavra eu em latim e grego), como não tendo valor, como não tendo realizado

5:
nada que possa ser considerado digno.

:1
15
A lista dos sintomas também inclui:

0
02
– inferioridade (se considera inferior aos outros);

/2
– insônia (perda do sono ou dificuldade de dormir na hora desejada);

12
6/
– perda do apetite (falta de vontade de se alimentar);

-1
Continuando nos pontos principais do texto, podemos ler Freud explicando

om
um pouco de sua teoria sobre a psique, sobre a alma.

.c
ok
Para a psicanálise de Freud, a nossa alma sempre vive em conflito. Podemos

tlo
ver partes diferentes da alma em conflito. Em alguns momentos, Freud chama estas
ou
s@
partes de Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente e posteriormente, Eu, Super-
tin

eu (Super-ego) e Isso (ou Id).


ar

Estas partes não entram em acordo: estão sempre em conflito.


m
io

Freud escreve: “detenhamo-nos um pouco no conceito que a perturbação do


ab

melancólico oferece a respeito da constituição do ego humano. Vemos como nele


of
ai

uma parte do ego se coloca contra a outra, julga-a criticamente”.


-c

Freud faz ainda, a partir de suas observações no consultório, outra


2
-2
41

constatação importante:
.8

“No quadro clínico da melancolia, a insatisfação com o ego constitui, por


81
.6

motivos de ordem moral, a característica mais marcante. Freqüentemente, a auto-


39

avaliação do paciente se preocupa muito menos com a enfermidade do corpo, a


-0

feiura ou a fraqueza, ou com a inferioridade social; quanto a essa categoria,


s
tin

somente seu temor da pobreza e as afirmações de que vai ficar pobre ocupam
ar
M

posição proeminente”.
a
uz

Ou seja, na melancolia não há tanta preocupação com o corpo, com a


So

fraqueza pela falta de alimentação, por exemplo. Há mais preocupação com o


de

próprio eu, com a auto-avaliação que o paciente faz de si.


o
bi

E então, Freud começa a responder à seguinte pergunta:


– Porque a pessoa, na melancolia, possui esta característica de se auto-


o
ai

criticar? De ter a sua autoestima tão em baixa?


C

A resposta é:
“Se se ouvir pacientemente as muitas e variadas auto-acusações de um
melancólico, não se poderá evitar, no fim, a impressão de que freqüentemente as
mais violentas delas dificilmente se aplicam ao próprio paciente, mas que, com
ligeiras modificações, se ajustam realmente a outrem, a alguém que o paciente
ama, amou ou deveria amar”.

| 78
Ouvindo o paciente, podemos perceber que, na verdade, há uma mudança
de objeto. Ao invés de criticar o outro (alguém que se ama, amou ou deveria amar)
o paciente critica a si-mesmo.
O foco é invertido: ao invés da crítica recair sobre a outra pessoa, a crítica
recai sobre a própria pessoa. Fulano não critica o Ciclano. Para não criticar Ciclano,

36
acaba, inconscientemente, criticando a si mesmo, Fulano.

5:
Freud resume: “percebemos que as auto-recriminações são recriminações

:1
15
feitas a um objeto amado que foram deslocadas desse objeto para o ego do próprio

0
02
paciente”.

/2
Muitas pessoas não sabem, mas o que é chamado atualmente de Transtorno

12
6/
Bipolar era conhecido antes como psicose maníaco-depressiva. Evidentemente,

-1
psicose maníaco-depressiva é um nome mais forte e causa em nós um sentimento

om
de ser uma doença muito difícil.

.c
ok
Transtorno Bipolar já nos traz a ideia da mudança de um estado para o outro.

tlo
Às vezes a pessoa está deprimida, e as vezes está com mania (de grandeza, por
ou
exemplo).
s@
tin

Freud introduz agora a mania para comparar também com o luto e com a
ar

melancolia. Em muitos casos, há realmente a alternância de estados melancólicos


m
io

(depressivos) e estados de mania.


ab

Qual é a diferença entre estes dois estados?


of
ai

Fred explica:
-c

“Na mania, o ego deve ter superado a perda do objeto (ou seu luto pela
2
-2
41

perda, ou talvez o próprio objeto), e, conseqüentemente, toda a quota de


.8

anticatexia que o penoso sofrimento da melancolia tinha atraído para si vinda do


81
.6

ego e “vinculado” se terá tornado disponível. Além disso, o indivíduo maníaco


39

demonstra claramente sua liberação do objeto que causou seu sofrimento,


-0

procurando, como um homem vorazmente faminto, novas catexias objetais”.


s
tin

Em outras palavras, vamos dizer que temos uma quantidade de energia.


ar
M

Suponhamos que cada um de nós tenha disponível 100 de energia para usar
a
uz

durante o dia.
So

Uma parte dessa energia vai para sobrevivência: alimentação, sono,


de

sexualidade. O resto pode ser investido (ou direcionado) para outros fins.
o
bi

Por exemplo, se eu me apaixono por alguém, muito da minha energia vai para

pensar na pessoa por quem eu estou apaixonado. Talvez 50, 60 de minha energia
o
ai

tem aquele fim.


C

Suponhamos agora que eu termine o meu relacionamento com aquela


pessoa. O que vai acontecer com os 50, 60 de energia?
Freud supõe dois caminhos: ou essa energia vai estar disponível para o meu eu, para
o meu ego, ou vai se tornar inconsciente.
Se estiver disponível para o meu eu, posso vivenciar estados de mania.
Exaltação, furor, grandiosidade do eu.

| 79
Se não estiver disponível para o meu eu e se tornar inconsciente, esta energia
pode se voltar para ficar variando no par amor-ódio (ambivalência).
Às vezes eu vou sentir amor pela pessoa por quem me apaixonei. As vezes
vou sentir ódio. Mas o estado mais comum será a inversão do objeto.
Inconscientemente eu troco a pessoa. Ao invés de sentir ódio ou rancor pela pessoa

36
por quem me apaixonei (por ter terminado comigo ou brigado comigo) passo a

5:
sentir ódio de mim mesmo.

:1
15
Nas palavras de Freud:

0
02
“A mulher que lamenta em altos brados o fato de o marido estar preso a uma

/2
esposa incapaz como ela, na verdade está acusando o marido de ser incapaz, não

12
6/
importando o sentido que ela possa atribuir a isso”.

-1
E em apenas uma frase: “tudo de desairoso que dizem sobre eles próprios

om
refere-se, no fundo, à outra pessoa”.

.c
ok
E chegamos ao final dos Comentários sobre o texto Luto e Melancolia.

tlo
Espero que tenham gostado e aprendido mais sobre psicanálise – depressão e
ou
melancolia
s@
tin
ar
m
io
ab

Questões
of
ai
-c
2
-2
41

1. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2018


.8
81

Com relação à dependência química e à sua prevenção, bem como ao seu


.6

tratamento, julgue o item que se segue.


39
-0

A síndrome de abstinência de álcool é caracterizada por sintomas físicos


s

decorrentes da interrupção do uso dessa substância.


tin
ar

( ) Certo ( ) Errado
M
a
uz

2. CESPE – PC-MA - Perito Criminal - 2018


So

Texto 5A5AAA
de

Marlene tem cinquenta e cinco anos de idade e diagnóstico de depressão,


o
bi

dado quando ela tinha quinze anos de idade. Ela faz acompanhamento psicológico
o

com frequência semanal há dois anos. Mesmo em uso de medicação prescrita pelo
ai
C

psiquiatra responsável pelo caso, ela tentou suicídio há trinta dias, por ingestão de
medicamentos. Após vinte dias de internação, ela foi encaminhada a uma clínica de
saúde mental. Como plano terapêutico, a equipe dessa clínica propôs a Marlene
psicoterapia individual, acompanhamento psiquiátrico, terapia familiar, oficinas de
arte e de culinária e aulas de ioga.
A respeito de Marlene, o pai dela afirmou o seguinte para a equipe clínica:
“Ela sempre foi minha filha problemática. Nunca se deu bem na escola. Já tentou se
matar inúmeras vezes. Desde jovem, era difícil. Chorava sempre e sem nenhum

| 80
motivo aparente. Houve uma época em que ela se cortava. Não tinha amigos nem
animação para nada. Nunca foi de sair. Sempre ficou no seu quarto com suas coisas.
Acho mesmo é que Marlene nunca quis viver. Já nasceu deprimida. Era um bebê
triste. A mãe dela sempre teve depressão. Nunca conseguiu cuidar das nossas filhas.
Sempre ficou tudo por minha conta.”.

36
Considerando o caso clínico hipotético apresentado no texto 5A5AAA, o

5:
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Classificação

:1
15
Internacional das Doenças (CID-10) e as abordagens psicológicas, assinale a opção

0
02
correta. A Segundo as contribuições lacanianas, Marlene apresenta uma estrutura

/2
psicótica devido ao comportamento de cutting, iniciado na adolescência.

12
6/
a) Com base na teoria freudiana, o diagnóstico de depressão de Marlene consiste

-1
em um fechamento necessário do ego para evitar a desintegração psíquica.

om
b) Haja vista a evolução clínica descrita, Marlene atende a critérios para quadro de

.c
ok
transtorno somático.

tlo
c) No caso de Marlene, a tentativa de suicídio por si só não serve como critério
ou
diagnóstico de depressão.
s@
tin

d) De acordo com a abordagem psicológica de Donald Winnicott, a capacidade de


ar

deprimir-se apresentada por Marlene se refere à perda do objeto.


m
io
ab

3. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


of
ai

Ana, cinquenta e sete anos da idade, procurou atendimento psicológico. De


-c

acordo com Ana, seu marido falecera havia três meses em decorrência de um câncer
2
-2
41

que tinha sido descoberto havia quatro meses. Durante o atendimento, Ana fez o
.8

seguinte relato.
81
.6

“Gustavo era tudo para nós. Chegou ao hospital para fazer um exame e não
39

saiu mais. Ninguém do hospital nos deu apoio ou mesmo foi claro quanto à
-0

gravidade da sua doença. Foi tudo muito rápido. Não consegui processar ainda essa
s
tin

perda na minha vida. Não tenho vontade de sair da cama para nada. Passo o dia
ar
M

sem me alimentar ou mesmo beber água. Faço o que é necessário com muita
a
uz

dificuldade. Choro sem parar o dia inteiro. Meus dois filhos estão péssimos. José, de
So

vinte e cinco anos de idade, além de ficar dando esmola para todo morador de rua
de

ou vigia de carro que vê, passou a ir à igreja todos os dias, de manhã e à noite. Meu
o
bi

filho só pensa em trabalhar e rezar. Já a minha filha Antônia, de dezoito anos de


idade, parou de estudar e não finalizou a autoescola. Ela passa o dia inteiro deitada,
o
ai

envolvida com jogos eletrônicos e redes sociais. Desde que o pai faleceu, ela
C

engordou 8 kg.”
Com base no Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais
(DSM-V) e na classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o item a seguir,
a respeito do caso clínico.
A preservação da interação e a manutenção dos vínculos sociais, mesmo que
seja por meio das redes sociais, indicam que Antônia apresenta uma maneira
particular e eficiente de lidar com a morte do pai.

| 81
( ) Certo ( ) Errado

4. Nesse caso, o processo de adoecimento de Gustavo ultrapassou o âmbito


individual e envolveu toda a sua família.
( ) Certo ( ) Errado

36
5:
5. Ana apresenta sintomas característicos de um episódio depressivo maior.

:1
15
( ) Certo ( ) Errado

0
02
/2
6. Retardo psicomotor acentuado, prejuízo funcional prolongado,

12
6/
pensamentos sobre morte e(ou) experiências alucinatórias são sintomas

-1
que se manifestam em casos clínicos como o de Ana.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
tlo
7. A descrição do comportamento de José é suficiente para supor que ele
ou
s@
apresenta um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo desencadeado
tin

pela perda do pai.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io
ab

8. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


of
ai

Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital pela
-c

mãe, que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar banho
2
-2
41

e sair de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer


.8

porque eles deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles
81
.6

querem se livrar de mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã


39

tenho uma reunião para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da
-0

minha mãe”. Após as observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano
s
tin

sempre foi um filho tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a


ar
M

primeira vez que fica esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza
a
uz

substâncias ilícitas, medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de


So

condição médica geral.


de

A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de


o
bi

Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um


psiquiatra e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar


o
ai

acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.


C

Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e estatístico
dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das doenças (CID-
10), julgue o próximo item.
Juliano apresenta delírios, alucinações e discurso desorganizado, condições

| 82
suficientes para estabelecer o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.
( ) Certo ( ) Errado

9. É correto afirmar que, para fins diagnósticos, foi essencial considerar a


duração do episódio da perturbação na avaliação psicológica e psiquiátrica

36
inicial.

5:
( ) Certo ( )Errado

:1
15
0
02
10. O comportamento psicomotor anormal e os sintomas negativos são

/2
sintomas primários da psicose.

12
6/
( ) Certo ( )Errado

-1
om
11. A gravidade do quadro de Juliano deve ser determinada por meio de uma

.c
ok
avaliação qualitativa dos sintomas positivos apresentados.

tlo
( ) Certo ( )Errado
ou
s@
tin

12. Diante da resposta de Juliano às intervenções clínicas, pode-se afirmar que


ar

o paciente apresenta um quadro psicótico breve.


m
io

( ) Certo ( )Errado
ab
of
ai

13. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


-c

Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-


2
-2
41

V) e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.


.8

Delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizados são


81
.6

sintomas característicos do transtorno de personalidade histriônico.


39

( ) Certo ( )Errado
-0
s
tin

14. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


ar
M

Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital


a
uz

pela mãe, que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar
So

banho e sair de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer
de

porque eles deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles
o
bi

querem se livrar de mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã


tenho uma reunião para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da
o
ai

minha mãe”. Após as observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano
C

sempre foi um filho tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a


primeira vez que fica esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza
substâncias ilícitas, medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de
condição médica geral.
A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de
Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um
psiquiatra e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar

| 83
acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.
Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e

36
estatístico dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das

5:
doenças (CID-10), julgue o próximo item.

:1
15
Juliano apresenta afeto inadequado e anosognosia.

0
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
12
6/
15. As distorções cognitivas e perceptivas e a excentricidade do comportamento

-1
de Juliano caracterizam o transtorno de personalidade esquizotípica.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
tlo
16. CESPE - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Apoio
ou
Especializado/Medicina Psiquiatria/2017
s@
tin

Julgue os itens a seguir, com relação à classificação diagnóstica do DSM-5 para o


ar

transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.


m
io

I O número de sintomas presentes e necessários para o diagnóstico em adultos é


ab

menor do que para o diagnóstico em crianças.


of
ai

II A idade do critério de início de sintomas é antes de doze anos de idade.


-c

III É necessário o preenchimento concomitante de sintomas dos domínios de


2
-2
41

desatenção e de hiperatividade para o diagnóstico.


.8

Assinale a opção correta.


81
.6

a) Está certo apenas o item I.


39

b) Está certo apenas o item III.


-0

c) Estão certos apenas os itens I e II.


s
tin

d) Todos os itens estão certos.


ar
M
a
uz

17. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


So

Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-


de

V) e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.


o
bi

Presença ou não de estressor evidente e catatonia são especificadores necessários


para o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.


o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

18. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-
V) e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.
A especificação da gravidade atual se faz necessária para fins diagnósticos
da esquizofrenia, sendo um dos itens diagnósticos a persistência dos sinais
contínuos de sintomas positivos por um período superior a oito meses.

| 84
( ) Certo ( ) Errado

19. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


A relação de dependência da paciente com outras pessoas ocorreu
primeiramente em relação à mãe, tendo-se estendido, posteriormente, para suas

36
relações de amizade. Isso se deu, de acordo com as contribuições da abordagem

5:
comportamental, por um processo de generalização.

:1
15
0
02
20. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

/2
A vulnerabilidade e o desamparo vivenciados pela paciente podem ser

12
6/
reforçados por pensamentos automáticos associados a autodeclarações negativas,

-1
de acordo com teorias da psicologia cognitiva.

om
.c
ok
21. CESPE - CNJ -2013

tlo
Denomina-se ilusão a alteração da função de fixação da memória aliada à
ou
s@
incapacidade de reconhecer como falsas as produções fantasiosas.
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
m
io

22. CESPE - DEPEN – 2013


ab

Tom, com vinte e três anos de idade, foi diagnosticado, desde os dezenove
of
ai

anos de idade, com esquizofrenia. Ele faz uso de medicação controlada e é


-c

acompanhado regularmente por psiquiatra.


2
-2
41

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, relativos
.8

a técnicas, intervenções e abordagens clínicas e a elaboração de documentos.


81
.6

De acordo com a escola das relações objetais, a esquizofrenia de Tom estaria


39

relacionada a certa dificuldade do sujeito em se separar da figura materna,


-0

mantendo com esta uma relação unívoca, que impede o paciente de desenvolver
s
tin

um ego distinto e saudável.


ar
M

( ) Certo ( ) Errado
a
uz
So

23. CESPE - DEPEN – 2013


de

A abordagem cognitiva entende a esquizofrenia como uma reação do


o
bi

indivíduo ao mundo. Dessa forma, o psicólogo fundamentado nessa abordagem


tentaria entender a vivência de Tom no momento particular de sua vida.


o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

24. CESPE - DEPEN – 2013


De acordo com a abordagem humanista, as demandas externas consistiriam
em ameaças para Tom, fazendo-o restringir a sua interação social como um meio
de proteger a integridade do self. Essas ameaças produziriam um nível elevado de
angústia e perda da autoconsciência, ocasionando o desenvolvimento do
transtorno apresentado por Tom.

| 85
( ) Certo ( ) Errado

25. CESPE - DEPEN – 2013


Se for solicitado ao psicólogo um informe psicológico relativo ao caso de Tom,
o psicólogo deveria ressaltar os aspectos e as informações médicas, a fim de que o

36
documento apresentasse um parecer técnico-científico atualizado.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
0
02
26. CESPE - DEPEN – 2013

/2
O psicólogo que fundamenta suas ações na abordagem psicodinâmica

12
6/
entende o caso clínico de Tom como uma forma grave de transtorno, na qual podem

-1
estar presentes alterações no campo da percepção, pensamento, linguagem e

om
emoções. Desse modo, há uma relação entre essa distorção grave do

.c
ok
funcionamento psíquico e uma função egoica comprometida, o que resulta na

tlo
perda da realidade.
ou
( ) Certo ( ) Errado
s@
tin
ar

27. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


m
io

Texto 9A2AAA
ab

Ana, solteira, trinta e quatro anos de idade, é funcionária pública ocupante


of
ai

de cargo de nível superior e trabalha com quatro colegas em um mesmo setor. Os


-c

quatro colegas e familiares notaram mudanças no comportamento de Ana ao longo


2
-2
41

do último mês. Ela passou a conversar muito, rápido e em voz alta, tanto com eles
.8

quanto ao telefone, atrapalhando as atividades. O chefe notou que o trabalho dela


81
.6

perdeu qualidade, sendo concluído rapidamente, mas com muitos erros típicos de
39

distração. Apesar disso, ela tinha muita facilidade para realizar as tarefas, que,
-0

muitas vezes, estavam muito aquém de sua capacidade.


s
tin

O gerente de uma loja onde Ana costumava comprar itens de vestuário ligou para
ar
M

ela pedindo que providenciasse cobertura para um cheque devolvido pelo banco,
a
uz

referente a grande volume de compras realizadas na semana anterior. Como não


So

tinha dinheiro, Ana fez um empréstimo, pagou pelas compras feitas e comprou
de

alguns outros itens com o restante do dinheiro. A família notou que Ana parecia
o
bi

muito disposta, vaidosa e que tinha passado a usar maquiagem mais forte que a

habitual. Ela começou a fazer atividade física no período noturno e, quando


o
ai

chegava em casa, se envolvia em várias atividades, de modo que dormia no máximo


C

três horas por noite.


Mais recentemente, Ana passou três noites fora de casa em encontros
sexuais com rapazes diferentes e recém-conhecidos. Ao retornar para casa, Ana
sofreu um acidente de carro por dirigir em alta velocidade. Conforme a família,
esses comportamentos não eram típicos de Ana ao longo dos anos.
Os comportamentos de Ana, apresentados no caso clínico 9A2AAA, atendem
aos critérios diagnósticos para

| 86
A transtorno psicótico breve.

B transtorno de ansiedade generalizada.
C transtorno de personalidade borderline.
D transtorno de personalidade histriônica.
E transtorno de humor bipolar.

36
5:
28. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

:1
15
Considerando o caso clínico 9A2AAA, assinale a opção que descreve a evolução

0
02
típica da condição clínica de Ana.

/2
A O prognóstico é de recidiva frequente e aumento na gravidade dos sintomas.

12
6/
B As condições socioambientais desfavoráveis é que irão determinar a possível

-1
recidiva dos sintomas.

om
C Sendo adequado o tratamento, os sintomas desaparecem e não há recidiva.

.c
ok
D A recidiva dos sintomas pode ocorrer após o uso de drogas prescritas, drogas

tlo
psicoativas ilícitas ou álcool.
ou
s@
E A recidiva dos sintomas depende da comorbidade com outro transtorno mental.
tin
ar

29. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


m
io

Durante a adolescência, João começou a apresentar alguns comportamentos


ab

diferentes dos da maioria das pessoas. Isso, de alguma forma, lhe trouxe problemas,
of
ai

dificuldades e sofrimentos. Ao iniciar o processo terapêutico, foi diagnosticado que


-c
2

ele tinha transtorno de personalidade evitativa.


-2
41

Considerando esse diagnóstico, assinale a opção que descreve as principais


.8

características de personalidade de João.


81
.6

A percepção de si mesmo como inadequado, inibição social e forte preocupação


39

quanto à possibilidade de ser mal avaliado ou rejeitado pelas pessoas 



-0

B provocação intencional de lesões no corpo ou falsificação de sinais que simulem


s
tin

doenças, sem que haja qualquer ganho aparente como consequência 



ar
M

C preferência por atividades solitárias, desinteresse por relações pessoais íntimas,


a
uz

pouco ou nenhum interesse em relações sexuais e aparente indiferença a elogios e


So

críticas 

de

D sentimento de vazio, esforços claros para evitar o abandono imaginário ou real,


o
bi

ameaças recorrentes de suicídio e episódios de irritabilidade e de ansiedade E forte


desconfiança, crença de que as pessoas podem estar mal intencionadas com ele na
o
ai

vida social ou afetiva, percepção de intenção ameaçadora onde não há


C

30. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Sabendo que o transtorno do pânico inclui respostas fisiológicas, comportamentais
e cognitivas que podem limitar a qualidade de vida da pessoa, assinale a opção que
apresenta corretamente técnicas ou procedimentos geralmente utilizados para o
tratamento cognitivo-comportamental dessa doença.
A treino na prática de ignorar lembranças de ataques de pânico para evitar estresse

| 87
decorrente de episódios passados 

B treino na interrupção da visualização por imagens ao surgir indícios de ansiedade
C treino em relaxamento muscular e exposição ao vivo a eventos ansiogênicos 

D treino em observação do aumento de batimento cardíaco e saída da situação
desencadeadora 


36
E treino em respiração diafragmática e evitação de lugares fechados 


5:
:1
15
31. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

0
02
O transtorno do estresse pós-traumático é uma condição que surge após a

/2
exposição a eventos traumáticos, ameaçadores, e implica importantes

12
6/
consequências para a pessoa afetada. Assinale a opção correta a respeito dos

-1
sintomas e das condições típicos desse transtorno.

om
A O evento traumático é definido por ameaça à vida da própria pessoa ou por

.c
ok
violência sexual contra ela. 


tlo
B O evento traumático deve ocorrer a partir do final da adolescência ou início da
ou
s@
idade adulta. 

tin

C O esquecimento de detalhes relevantes do evento traumático pode acontecer,


ar

enquanto a lembrança de outros detalhes ocorre de modo intrusivo. 



m
io

D A pessoa apresenta respostas excessivas de alegria e satisfação frente a situações


ab
of

simples, geralmente consideradas neutras ou pouco relevantes. 



ai
-c

E A pessoa apresenta desrealização, sobressaltos, insistência em falar sobre o local


2

do evento estressor e em visitá-lo. 



-2
41
.8
81

32. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


.6

Paula, uma jovem de vinte e cinco anos de idade demonstrava satisfação com seu
39
-0

trabalho, gostava dos colegas e descrevia o ambiente como acolhedor e as


s

atividades que realizava como gratificantes. Foi então designada para realizar
tin
ar

atividades de um ou dois dias em outros estados. As viagens eram aéreas e não


M

havia tempo para transporte terrestre. Paula manteve essas viagens por seis meses,
a
uz

mas sentia muito medo de que o avião caísse, situação que piorava nos momentos
So

em que havia turbulências. Durante os voos, não conseguia comer, transpirava


de

muito e respirava com dificuldade. Após algumas viagens apresentou desinteresse


o
bi

pelo trabalho, chorava facilmente, mostrava irritação, referia angústia, tristeza e


passou a dormir muito mais que o habitual.


o
ai
C

Considerando o relato hipotético apresentado, assinale a opção que apresenta a


caracterização da condição de Paula.
A respostas de agorafobia 

B fobia de avião, seguida de depressão provavelmente associada 
à fobia 

C transtorno do pânico e depressão, provavelmente associada às 
características
do trabalho 

D transtorno de ansiedade generalizada e depressão maior, 
 provavelmente
preexistente à ansiedade 


| 88
E claustrofobia 


33. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


O consumo de bebidas alcoólicas é comum e considerado natural em diferentes
situações. Enquanto algumas pessoas podem fazer uso recreativo dessas bebidas

36
ao longo da vida, sem qualquer indício de adoecimento, outras desenvolvem um

5:
padrão mal-adaptativo de uso, que caracteriza o transtorno por uso de álcool,

:1
15
conhecido como dependência de álcool. O transtorno por uso de álcool caracteriza-

0
02
se pela seguinte resposta comportamental:

/2
A uso de bebida em situações sociais na companhia das mesmas pessoas. 


12
6/
B uso de bebida em quantidade crescente para a obtenção do mesmo efeito de

-1
quando o uso foi iniciado. 


om
C uso de bebida rotineiro, salvo nas situações em que a bebida seja incompatível

.c
ok
com alguma atividade desejada. 


tlo
D uso de bebida de cinco a sete vezes por semana, mesmo que a rotina habitual de
ou
s@
trabalho ou estudos seja mantida. 

tin

E uso de bebida limitado a situações festivas, em quantidades semelhantes às de


ar

quando o uso foi iniciado, com a obtenção do mesmo efeito. 



m
io
ab
of

34. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


ai
-c

De acordo com a abordagem cognitivo-comportamental, os delírios na


2

esquizofrenia são compreendidos como


-2
41

A sons, geralmente de vozes, percebidos sem ocorrência de estímulo externo. 



.8

B perdas sequenciais ao falar, uso atípico da linguagem, como criação de palavras


81
.6

ou uso palavras de um modo diferente do corrente. 



39
-0

C lembranças recorrentes de fatos vivenciados no passado com conteúdo aversivo.


s

D crenças, ou interpretação da realidade, assumidas como fatos, mesmo quando


tin
ar

há fortes evidências contrárias. 



M

E pensamentos ou lembranças de conteúdo autorreferente que gera euforia e


a
uz

animosidade. 

So
de

35. CESPE - DEPEN – 2013


o
bi

Uma paciente com trinta e oito anos de idade chegou ao serviço de



o

atendimento psicológico encaminhada pelo serviço judiciário. Na entrevista inicial,


ai
C

a paciente relatou estar sendo perseguida pelo dono de um minimercado, que


estaria apaixonado por ela. Na ocasião em que se conheceram, segundo relato da
paciente, ela fora durante uma tarde ao minimercado para fazer compras. Ao entrar
no estabelecimento, a paciente notara que o proprietário anunciava produtos, mas
que, ao perceber sua presença, ele mudara o tom de sua voz, o que caracterizava
interesse sexual por ela. Desde então, a paciente relatou que o referido comerciante
não lhe “deixava em paz” e que, aos finais de semana, ele tem enviado vendedores
ambulantes que, sob o pretexto de estarem vendendo algum produto na frente da

| 89
sua casa, levam “mensagens de amor” direcionadas a ela. Um exemplo de investida
citada pela paciente, e que fez os vizinhos chamarem a polícia, foi quando o
motorista de um caminhão ambulante de venda de abacaxi colocou músicas
sertanejas de cunho amoroso para tocar em frente à sua casa, logo após anunciar
“olha o abacaxi!”, o que a irritou bastante. Nesse episódio, a paciente foi ao

36
encontro do motorista do caminhão e provocou uma briga. A paciente abriu mais

5:
de dez processos judiciais contra o homem que supostamente a persegue e, na

:1
15
última tentativa de fazê-lo parar a “perseguição”, foi em busca da Anistia

0
02
Internacional.

/2
Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens

12
6/
seguintes.

-1
Mutismo, flexibilidade cerácea e embotamento afetivo são sintomas

om
apresentados pela paciente que favorecem o diagnóstico de paranoia.

.c
ok
( ) Certo ( ) Errado

tlo
ou
36. CESPE - DEPEN – 2013
s@
tin

A paciente apresenta delirium, no qual ocorre alteração do eu, que se vê


ar

inflacionado em função do grande investimento libidinal sobre si.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab
of
ai

37. CESPE - DEPEN – 2013


-c

Se na paranoia ocorre uma cisão do ego, que deve ser levada em


2
-2
41

consideração para a compreensão clínica dessa estrutura, na neurose obsessiva


.8

ocorre um funcionamento massivo do superego. Desse modo, nesse tipo de


81
.6

neurose, a culpa e a autocoação são queixas relativamente constantes.


39

( ) Certo ( ) Errado
-0
s
tin

38. CESPE - DEPEN – 2013


ar
M

O relato da paciente sugere a existência de um delírio do tipo erótico. Nesse


a
uz

tipo de delírio, é comum que a paciente acredite que alguém, em geral uma pessoa
So

de destaque social, está completamente apaixonada por ela.


de

( ) Certo ( ) Errado
o
bi

39. CESPE - DEPEN – 2013


o
ai

O delírio apresentado pela paciente é um signo patognomônico da


C

esquizofrenia.
( ) Certo ( ) Errado

40. CESPE - DEPEN – 2013


Julgue os itens a seguir, relativos a psicopatologia.
Uma diferença entre a ideia obsessiva e o delírio é o grau de convicção do
sujeito. No delírio, o sujeito é capaz de duvidar das suas próprias ideias.

| 90
( ) Certo ( ) Errado

41. CESPE - DEPEN – 2013


A culpa é um sintoma necessário, universal, para diagnosticar a depressão.
( ) Certo ( ) Errado

36
Gabarito: E

5:
Comentários: A culpa não é um conceito fundamental utilizado nos critérios de

:1
15
diagnóstico do DSM-IV-TR nem da CID-10.

0
02
/2
42. CESPE - DEPEN – 2013

12
6/
Queixas somáticas, irritabilidade e retraimento social são sintomas comuns em

-1
crianças com diagnóstico de episódio depressivo maior.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
tlo
43. CESPE - DEPEN – 2013
ou
s@
Transtorno de ansiedade generalizada é um diagnóstico muito mais comum
tin

em mulheres. Uma das características desse transtorno é uma expectativa


ar

apreensiva com relação a eventos


m
io

ou atividades.
ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

44. CESPE - DEPEN – 2013


2
-2
41

Uma característica essencial do transtorno do estresse pós-traumático é o


.8

desenvolvimento dos sintomas típicos após a exposição a um estressor traumático.


81
.6

Uma possibilidade de estressor traumático é um evento real que, por exemplo,


39

envolva ameaça de morte.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

45. CESPE - DEPEN – 2013


a
uz

No delírio de influência tem-se um sujeito que vivencia estar sendo


So

controlado por uma pessoa ou entidade. Esse tipo de delírio, é mais comum na
de

esquizofrenia, pois aponta para a importante formação (porosa) entre o Eu e o Tu e


o
bi

indica o quanto essa separação pode ser colocada em xeque nessa forma de

adoecimento.
o
ai

( ) Certo ( ) Errado
C

46. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação aos transtornos de personalidade e aos transtornos
relacionados ao uso e abuso de substâncias psicoativas, julgue os próximos itens.
Tolerância e abstinência são critérios suficientes para o diagnóstico de
dependência de substância.
( ) Certo ( ) Errado

| 91
47. CESPE - DEPEN – 2013
O diagnóstico de dependência de substância pode ser aplicado a qualquer
classe de substâncias, inclusive cafeína.
( ) Certo ( ) Errado

36
5:
48. CESPE - DEPEN – 2013

:1
15
Julgue os itens seguintes, referentes à psicopatologia.

0
02
A referência ao Édipo é o divisor fundamental entre o campo das neuroses e

/2
das psicoses, na medida em que é a armadura significante mínima que condiciona

12
6/
a entrada do sujeito no mundo simbólico. Nas psicoses, há no sintoma o retorno do

-1
recalcado, enquanto nas neuroses, há o retorno do forcluído.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
tlo
49. CESPE - DEPEN – 2013
ou
s@
No transtorno conversivo, o sintoma geralmente não se ajusta às vias
tin

anatômicas, mas ao imaginário do paciente.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io
ab

50. CESPE - DEPEN – 2013


of
ai

Considere que um paciente, após ter vivenciado com intenso terror um


-c

tiroteio na comunidade onde vive, evite constantemente sair de casa, devido ao


2
-2
41

medo de que tal evento ocorra novamente. Ele sente um medo tão intenso que tem
.8

apresentado recordações aflitivas e sonhos recorrentes relativos ao evento. Nesse


81
.6

caso, é correto afirmar que esse paciente apresenta um transtorno fóbico


39

específico.
-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin
ar
M

51. CESPE - DEPEN – 2013


a
uz

Nos doentes psicossomáticos, observa-se que os afetos podem, pela tensão


So

emocional crônica, ocasionar a produção de transtornos funcionais crônicos e,


de

inclusive, lesão orgânica.


o
bi

( ) Certo ( ) Errado

o
ai

52. CESPE - DEPEN – 2013


C

A alucinação não é um fenômeno específico das psicoses, visto que pode


estar presente como um episódio fugaz, sob diferentes formas, no neurótico e no
homem dito normal.
( ) Certo ( ) Errado

53. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação às estruturas em psicopatologia, julgue os itens subsequentes.

| 92
Na histeria, há uma linguagem de órgão. Nesse tipo de estrutura, grande
parte da linguagem se vê articulada com metáforas tomadas no sentido literal, o
que levou Freud a afirmar que a histeria é o “fóssil” da linguagem.
( ) Certo ( ) Errado

36
54. CESPE - DEPEN – 2013

5:
A angústia neurótica é a angústia da castração; seu arranjo, por meio de

:1
15
diferentes mecanismos de defesa neuróticos, raramente deixa a angústia em estado

0
02
puro. Já a angústia esquizofrênica é formada de sentimentos de transformação

/2
interior e exterior, com perda dos limites do ego, sendo, portanto, uma angústia de

12
6/
fragmentação.

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
.c
ok
55. CESPE - DEPEN – 2013

tlo
Na ilusão há uma percepção clara e definida de um objeto sem a presença
ou
s@
do objeto estimulante real. Isto torna este sintoma um importante signo
tin

patognomônico de transtornos mentais graves.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io
ab

56. CESPE - DEPEN – 2013


of
ai

Em psicopatologia clínica com um viés psicodinâmico, deve-se qualificar


-c

uma prática semiológica simbólica e não apenas indicial, pois a psicopatologia se


2
-2
41

vê confrontada com fenômenos de ordem diferente da semiologia médica clássica.


.8

( ) Certo ( ) Errado
81
.6
39

57. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


-0

Na fase inicial da terapia, o terapeuta deve focar questões que sejam menos
s
tin

sensíveis ao paciente, a fim de reduzir o estresse que questionamentos mais


ar
M

sensíveis podem ocasionar e de evitar que o paciente se sinta pressionado.


a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So
de

58. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


o
bi

Acerca do tratamento de dependentes químicos, julgue os itens


subsequentes.
o
ai

Por meio do exame neuropsicológico, que é importante no tratamento de


C

dependentes químicos, podem ser identificadas quais funções cognitivas foram


afetadas pelo uso de substâncias psicoativas.
( ) Certo ( ) Errado

59. EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


Para o tratamento de pacientes com dependência química, é essencial a avaliação
de possíveis comorbidades.

| 93
( ) Certo ( ) Errado

60. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

Considerando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –

36
IV (DSM – IV), julgue os itens seguintes.

5:
Para a distinção entre demência e delirium, o diagnóstico diferencial

:1
15
baseia-se em dois itens, que se focalizam no estado de alerta — presente no delirium

0
02
— e na ausência da perturbação da consciência — característica da demência.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
-1
61. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

om
Midríase, taquicardia, sudorese, palpitações, visão turva, tremores e

.c
ok
incoordenação constituem critérios diagnósticos de intoxicação por cafeína.

tlo
( ) Certo ( ) Errado
ou
s@
tin

62. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


ar

O transtorno de humor induzido por substâncias psicoativas pode ocorrer


m
io

associado tanto à intoxicação quanto à abstinência dessas substâncias.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai
-c

63. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


2
-2
41

Delirium é caracterizado por perturbação na consciência, com alteração


.8

na cognição.
81
.6

( ) Certo ( ) Errado
39
-0

CESPE – TRT 10° Região (Prova cancelada) – 2012


s
tin

Julgue os itens subsequentes, a respeito de estruturas clinicas e psicopatologia.


ar
M

64. ( ) A estrutura obsessiva tem como traços de caráter visando o ideal do Eu:
a
uz

asseio, escrupulosidade e submissão.


So
de

65. ( ) Na psicose paranóica, as queixas são autoacusações.


o
bi

66. ( ) Delirium designa em psicopatologia os distúrbios da consciência vigil com


o
ai

desorganização do psiquismo com relação ao tempo, espaço e pessoa.


C

67. ( ) As psiconeuroses narcísicas, segundo Freud, incluem as neuroses e


perversões.

CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


Márcia, que tem 16 anos de idade e é filha de pais separados, mora com a
mãe e a avó. Ultimamente, ela vem apresentando um quadro de ansiedade, com

| 94
intenso medo de sair de casa, de ficar sozinha, inclusive; só o fato de pensar nessa
possibilidade desencadeia crise de falta de ar e taquicardia, associada com intenso
temor de morrer. Nos momentos em que sente falta de ar e taquicardia, ela solicita
que a levem ao pronto-socorro de imediato, porém, em todas essas ocasiões,
nenhuma causa orgânica é identificada. Sua mãe relata que há um ano Márcia

36
decidiu parar de estudar, mostrando desejo de mudar de país. Nos últimos meses,

5:
Márcia tem passado grande parte do tempo fazendo companhia a uma prima de sua

:1
15
idade em tratamento oncológico e muito deprimida, a quem Márcia vem tentando

0
02
ajudar.

/2
Com base na situação hipotética acima apresentada e nas diferentes

12
6/
teorias da personalidade, julgue os itens a seguir.

-1
68. ( ) De acordo com a teoria psicanalítica, Márcia apresenta uma estrutura

om
neurótica, manifestada por uma demanda de amor. Essa estrutura neurótica

.c
ok
impõe restrições em sua vida, como a limitação no seu ir e vir e uma tentativa

tlo
de não confrontar-se com as perdas inerentes à sua fase de vida.
ou
s@
tin

CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


ar

A partir de 1952, o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios


m
io

Mentais, em sua quarta revisão) substituiu os conceitos de psicose, neurose e


ab

perversão pela noção de distúrbio. Na segunda revisão de classificação das doenças


of
ai

(CID-10), a OMS definiu os distúrbios mentais e do comportamento segundo os


-c

mesmos critérios do DSM-IV. Considerando essas classificações, dois pacientes, um


2
-2
41

diagnosticado com distúrbio dissociativo e outro, com diagnóstico de perturbação


.8

do curso do pensamento, podem apresentar, respectivamente


81
.6

69. ( ) neurose histérica e esquizofrenia.


39
-0

Por outro lado, a perturbação do curso de pensamento é tipicamente um sintoma


s
tin

típico de quadros psicóticos tais como a esquizofrenia.


ar
M

70. ( ) transtorno obsessivo compulsivo e paranoia.


a
uz
So

71. ( ) personalidade múltipla e melancolia.


de
o
bi

72. ( ) neurose e psicose.



o
ai

73. ( ) transtorno de pânico e perversão.


C

Com referência aos sintomas inerentes à depressão psicogênica, julgue os


itens que se seguem, à luz da concepção da psicopatologia a respeito dos
transtornos de humor.
74. ( ) Na depressão, a ansiedade é sempre manifesta, e são frequentes
também as manifestações somáticas, como a sensação nó na garganta, as
palpitações, as vertigens e o medo em relação ao futuro, futuro esse que é

| 95
visto como totalmente desesperançoso, a exemplo do que ocorre com o
paciente melancólico.

A Depressão Típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente


associados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade ,

36
tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. A presença de todos esses

5:
sintomas ao mesmo tempo não é obrigatória.

:1
15
75. ( ) Na depressão, a inibição exprime-se sob as formas de cansaço e de

0
02
impotência para assumir as atividades cotidianas, mas o paciente conserva

/2
algo dos laços com o social, e não apresenta a lentidão psíquica e motora

12
6/
típica da melancolia, com sua expressão congelada e sua inacessibilidade às

-1
relações.

om
.c
ok
76. ( ) As condutas suicidas são muito frequentes na depressão e

tlo
constituem, quase sempre, pedido de socorro, pouco grave em suas
ou
s@
consequências e com valor de manipulação de seu meio, sendo menos
tin

preocupantes do que as tentativas suicidas do paciente melancólico, no


ar

qual têm caráter definitivo e atroz.


m
io
ab

Com relação à classificação psicodiagnóstica dos quadros


of
ai

psicopatológicos de sujeitos que sofrem dano psíquico ou agressão produzida por


-c

um evento sobre seu psiquismo, de forma a provocar perturbação, distúrbio,


2
-2
41

disfunção ou transtorno que restrinjam sua vida, julgue os itens a seguir.


.8

77. ( ) O quadro psicopatológico leve do dano psíquico constitui uma


81
.6

conformação patológica de índole reativa, com comprometimento


39

substancial para as relações sociais e indicação de tratamento psicoterápico


-0

permanente.
s
tin
ar
M

78. ( ) É classificado como moderado o quadro psicopatológico do dano


a
uz

psíquico que apresenta sintomas manifestos com persistência do


So

funcionamento psíquico prévio ao dano e com indicação de tratamento não-


de

inferior a um ano, como nas depressões e nas fobias.


o
bi

79. ( ) A situação de irreversibilidade do quadro psicopatológico, marcado pela


o
ai

impossibilidade de adaptação do sujeito, com alterações importantes


C

observadas entre os períodos pré-traumático e pós-traumático,


corresponde a um dando psíquico classificado como grave.

CESPE- TRE BA - Analista Judiciário – 2010


Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia.
80. ( ) A anorexia mental tem grande prevalência em adolescentes e
relaciona-se ao impasse de tornar-se adulto. Os adolescentes encontram, no

| 96
emagrecimento provocado, satisfação da necessidade de controle e prazer
narcísico advindo da manipulação do corpo, além do sentimento de poder e
da negação da gravidade da situação.

81. ( ) É frequente encontrar sujeito com anorexia em famílias rígidas e

36
encerradas em si mesmas. Normalmente, há, nesses casos, uma relação de

5:
extrema confiança com a mãe e uma convivência tão próxima que anula a

:1
15
vontade de independência desse sujeito, que é carente de afetos,

0
02
excessivamente racional e apresenta tendência ao perfeccionismo.

/2
12
6/
82. ( ) A tentativa de suicídio está relacionada a um conjunto de fatores,

-1
como depressão severa, baixa tolerância a angustia ou a dores físicas, desejo

om
de controlar os eventos ou de evitar confrontar-se a uma autoimagem

.c
ok
desvalorizada. As tentativas repetidas de suicídio são uma prova de que o

tlo
sujeito não quer, de fato, perder a vida, mas quer a atenção, não havendo
ou
riscos reais nesses casos.
s@
tin
ar

83. ( ) Uma atuação ou acting-out é um comportamento que pode legar à


m
io

concretização de um suicídio, por exemplo, quando o sujeito,


ab

inconscientemente, envolve-se em acidentes ou situações que colocam em


of
ai

risco sua própria vida, ou seja, quando, sem poder dar uma interpretação
-c

simbólica a sua angústia, o sujeito apresenta uma atuação com efeito de


2
-2
41

passagem ao ato.
.8
81
.6

CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2010


39

Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia e diagnóstico


-0

diferencial.
s
tin

84. ( ) O sintoma mais comum do transtorno de ansiedade generalizada é a


ar
M

apreensão inespecífica; o do transtorno obsessivo-compulsivo é a fixação


a
uz

em um tema preferencial, como sujeira ou contaminação.


So
de

85. ( ) A toxicomania e a psicose apresentam alguns pontos em comum,


o
bi

entre os quais se incluem a precariedade subjetiva e a foraclusão da lei


paterna.
o
ai
C

86. ( ) A depressão e a melancolia, manifestações da mesma estrutura


psíquica, apresentam os seguintes sintomas: negativismo, falta de ânimo,
fantasias autodestrutivas e distúrbios somáticos.

87. ( ) As manifestações de tristeza, luto e irritabilidade são transtornos


indicativos de depressão severa e devem ser tratados com antidepressivos.

| 97
88. ( ) O comportamento de evitação e as compulsões são muito comuns
nos casos de transtorno obsessivo-compulsivo; nas fobias, não se verifica
ocorrência de obsessões ou compulsões.

89. ( ) Pesadelos, sonhos recorrentes, fobia a situação, pessoa ou lugar

36
associados a estressor que tenha causado risco de morte são sintomas

5:
típicos de estresse pós-traumático.

:1
15
0
02
90. ( ) A maioria dos pacientes com transtorno obsessivo compulsório

/2
(TOC) é acometida de ataques de ansiedades, com características de ataque

12
6/
de pânico, sendo esses ataques secundários aos medos obsessivos de

-1
contaminação, por exemplo.

om
.c
ok
CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010

tlo
A respeito do psicodiagnóstico diferencial dos transtornos de adaptação e
ou
das reações ao estresse, julgue os itens a seguir.
s@
tin

91. ( ) A reação aguda ao estresse (CID-X: F43.0), ou fadiga de combate é


ar

transitória, pode desaparecer em alguns dias ou horas, se manifestando de


m
io

início por um estado de aturdimento, desorientação, taquicardia, ondas de


ab

calor, e ocorre apenas quando não se manifesta nenhum outro transtorno


of
ai

mental em seguida a um estresse excepcional.


-c
2
-2
41

92. ( ) O estado de estresse pós-traumático (CID-X: F43.1), ou neurose


.8

traumática constitui uma resposta retardada a um evento estressante, cujo


81
.6

período que separa a ocorrência do traumatismo do transtorno varia de


39

algumas semanas a meses, alguns de seus sintomas sendo a rememoração


-0

do evento traumático sob a forma de lembranças invasivas, pesadelos,


s
tin

anedonia, estado de alerta e insônia.


ar
M
a
uz

93. ( ) Os transtornos de adaptação (CID-X: F43.2) caracterizam-se por um


So

estado de sofrimento emocional subjetivo que entrava o desempenho


de

social, em razão da adaptação a uma mudança existencial ou a um


o
bi

acontecimento estressante, como o luto, ou crise do desenvolvimento,


como a escolarização, a aposentadoria, o hospitalismo da criança, excluindo


o
ai

o transtorno ligado à angústia de separação na infância.


C

94. ( ) Os transtornos de adaptação não são transitórios e não desaparecem


depois de seis meses, nem é preciso que o evento estressante seja maciço ou
abrupto, e sim contínuo e acumulativo, sendo a cronicidade do estresse
decisiva para definir esse diagnóstico.

| 98
95. ( ) As manifestações depressivas e de ansiedade do paciente de câncer nem
sempre são a expressão de um transtorno de ansiedade e podem ser a
conseqüência de esforços contínuos realizados para se adaptar.

96. ( ) São sintomas ansiosos a crise de choro, os medos, o sentimento de perda

36
de controle, a agressividade, a irritabilidade e a ideação suicida, e sintomas

5:
depressivos o isolamento, a perda da auto-estima e do interesse nas

:1
15
atividades habituais e a autoacusação.

0
02
/2
12
6/
SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social – 2011

-1
Com relação a transtorno psicótico breve, julgue os itens que se seguem.

om
97. ( ) Esse tipo de transtorno pode acontecer sem estressor acentuado e com

.c
ok
início no pós-parto.

tlo
ou
s@
98. ( ) Indivíduos com transtorno psicótico breve costumam experimentar
tin

confusão, mas não apresentam oscilações intensas de afeto.


ar
m
io

99. (C) Não se pode diagnosticar paciente como portador de transtorno


ab

psicótico breve se os sintomas psicóticos por ele apresentados são mais bem
of
ai

explicados por um episódio de humor.


-c
2
-2
41

100. ( ) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento


.8

amplamente desorganizado ou catatônico e estupor ou coma são sintomas


81
.6

de transtorno psicótico breve.


39
-0

TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


s
tin

Julgue os itens seguintes, acerca das concepções de sublimação segundo


ar
M

Freud.
a
uz

101. ( ) O recalque — mecanismo básico das psicoses que dificulta o


So

engajamento do sujeito no campo social — pode resultar do prazer pulsional


de

que não pôde ser sentido como tal e que não foi sublimado.
o
bi

Julgue os itens que se seguem, acerca das neuroses segundo Freud e


o
ai

Lacan.
C

102. ( ) Para Lacan, a neurose assume sua forma original no processo de


transferência com o analista e no processo de identificação.

103. ( ) A clínica da neurose obsessiva — ideia desenvolvida por Freud —


focaliza como os elementos do desejo se estruturam, especialmente em
relação à demanda do outro.

| 99
104. ( ) A foraclusão da castração é parte da clínica da histeria.

105. ( ) De acordo com Freud, o desejo apoia-se no fantasma de amar e ser


amado, o que justifica a angústia neurótica.

36
106. ( ) De acordo com Freud, a inibição da capacidade de trabalho

5:
observada nos neuróticos decorre da falta de gratificação pulsional.

:1
15
0
02
CESPE – STJ – 2012

/2
Acerca dos transtornos do humor, julgue os itens a seguir.

12
6/
107. ( ) O transtorno ciclotímico caracteriza-se pela ocorrência de

-1
períodos de hipomania alternados com períodos de mania.

om
.c
ok
108. ( ) A ciclotimia consiste em um transtorno do humor bipolar cujos

tlo
sintomas incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos leves.
ou
s@
tin

109. ( ) Pacientes com transtorno bipolar do tipo II apresentam pelo


ar

menos um episódio de mania e um de depressão.


m
io
ab

110. ( ) Alucinações e delírios são sintomas psicóticos incompatíveis com


of
ai

a sintomatologia dos transtornos do humor.


-c
2
-2
41

111. ( ) Em um episódio misto de bipolaridade, ocorrem, quase todos os


.8

dias, sintomas de episódios maníacos e de episódios depressivos, como


81
.6

rebaixamento da necessidade de dormir, alegria e pensamentos suicidas.


39
-0

Um paciente que apresentava respostas de apatia, tristeza, evidente


s
tin

rebaixamento da libido, insônia e perda de peso recebeu o diagnóstico de


ar
M

depressão e iniciou tratamento psicológico de base cognitivo-comportamental.


a
uz

Tendo como referência a situação acima apresentada, julgue os itens a


So

seguir:
de
o
bi

112. ( ) A psicoterapia enfatizará a modificação tanto de pensamentos


disfuncionais — para se reduzirem os sintomas depressivos — quanto de


o
ai

crenças — para se prevenirem recaídas.


C

113. ( ) O psicólogo deve familiarizar o paciente com aspectos teóricos e


práticos da abordagem adotada, pois esse passo é um componente
essencial do processo terapêutico.

| 100
114. ( ) A terapia cognitivo-comportamental da depressão opõe-se ao uso
de técnicas advindas dos princípios estabelecidos nos condicionamentos
clássico e operante.

36
115. ( ) O tratamento psicológico demanda a identificação do gatilho

5:
biológico desencadeador dos sintomas apresentados pelo paciente, a fim de

:1
15
que o controle adequado de estímulos seja iniciado no processo terapêutico.

0
02
/2
116. ( ) As características comportamentais e cognitivas da depressão são

12
6/
substancialmente diferentes das características de tristeza de um indivíduo

-1
normal, seja sob o ponto de vista somatogênico, seja sob o enfoque

om
ambientalista.

.c
ok
tlo
117. ( ) Os sintomas apresentados pelo paciente em questão podem
ou
s@
manifestar-se em decorrência de outras doenças físicas ou mentais, ou,
tin

ainda, em resposta ao uso de determinadas substâncias medicamentosas.


ar
m
io
ab

Julgue os próximos itens, relativos a transtornos da ansiedade.


of
ai

118. ( ) O inventário de ansiedade traço-estado (IDATE), proposto por


-c

Spielberger, avalia as características de ansiedade relativamente estáveis de


2
-2
41

um organismo, deixando de mostrar variações situacionais e transitórias,


.8

decorrentes de mudanças ambientais.


81
.6
39

119. ( ) A existência de um transtorno de ansiedade pode aumentar em


-0

até quatro vezes o risco de dependência de álcool ou de outras drogas.


s
tin
ar
M

120. ( ) A maioria dos portadores de transtorno de ansiedade é também


a
uz

acometida de transtornos depressivos.


So
de

Julgue os itens que se seguem, a respeito do uso de substâncias,


o
bi

dependência química e tratamento.


121. ( ) No atendimento ao paciente adicto, qualidades do terapeuta


o
ai

como afeto, amizade, aceitação sem julgamento e empatia são variáveis


C

irrelevantes para o processo de adesão ao tratamento, que depende


estritamente da orientação teórica e adequação técnica adotada pelo
terapeuta.

122. ( ) A avaliação do comportamento alcoolista inclui a investigação de


gatilhos ou desencadeadores situacionais, emocionais e químicos.

| 101
123. ( ) A seleção dos dependentes químicos que ingressarão em um grupo
terapêutico deve contemplar apenas pacientes que façam uso de uma
mesma substância e que estejam comprometidos com o mesmo objetivo,
seja de abstinência total, seja de redução de danos.

36
5:
124. ( ) A título de motivação é adequado incluir, em um mesmo grupo

:1
15
terapêutico, pacientes que busquem tratamento voluntariamente e

0
02
pacientes que busquem o tratamento obrigados por motivos judiciais,

/2
profissionais ou familiares.

12
6/
Comentários: Na literatura não existe indicação de pacientes voluntários e

-1
pacientes “involuntários” para a participação em grupos terapêuticos. Mesmo

om
porque um dos efeitos do grupo é de espelhar resultados de alguns de seus

.c
ok
membros em outros menos comprometidos. Assertiva errada.

tlo
ou
125.
s@
( ) A recaída, tanto em relação ao uso de tabaco quanto ao de álcool
tin

ou cocaína, é um processo que acontece de forma sinalizada e gradual.


ar

Assim sendo, o paciente pode ser treinado a reconhecer os sinais e


m
io

implementar estratégias de escolha e de solução de problemas, de modo a


ab

interromper o curso do processo.


of
ai
-c

126. ( ) Para o tratamento do abuso de substâncias, vários métodos e


2
-2
41

abordagens podem ser eficazes, variando em razão da pessoa, de suas


.8

necessidades individuais e do momento que ela está vivendo.


81
.6
39
-0

127. FCC - Analista Legislativo (ALESE)/Saúde e Assistência


s
tin

Social/Psicologia/2018
ar
M

Fábio, psicólogo, iniciou a psicoterapia de Carlos, um adulto jovem que em idade


a
uz

escolar havia realizado um psicodiagnóstico, por causa de uma suspeita de que era
So

portador de uma Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento


de

Intelectual). O rapaz não tinha mais o relatório psicológico e informava que naquela
o
bi

ocasião o profissional teria identificado nele uma deficiência de gravidade


moderada. Fábio consultou a tabela com os níveis de gravidade para deficiência


o
ai

intelectual presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais


C

(DSM-5) e encontrou que a criança, em idade escolar, no domínio conceitual,


apresenta um nível de gravidade Moderada se, durante todo o desenvolvimento,
a) suas habilidades conceituais individuais ficam bastante atrás das dos
companheiros; ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática e na
compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com limitações
marcadas na comparação com os colegas.
b) revela alcance limitado de habilidades conceituais, geralmente tendo pouca

| 102
compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam números,
quantidade, tempo e dinheiro, necessitando de cuidadores como fonte de apoio
para a solução de problemas ao longo da vida.
c) suas habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo físico do que os
processos simbólicos; consegue usar objetos de maneira direcionada a metas para

36
o autocuidado, o trabalho e a recreação; pode adquirir algumas habilidades

5:
visuoespaciais, como combinar e classificar, baseadas em características físicas; e

:1
15
os prejuízos motores e espaciais podem impedir o uso funcional dos objetos.

0
02
d) apresenta limitação em termos de vocabulário e gramática na linguagem falada,

/2
podendo a fala ser composta de palavras ou expressões isoladas, com possível

12
6/
suplementação por meios alternativos, tendo o foco da comunicação no aqui e

-1
agora dos eventos diários.

om
e) entende discursos e comunicação gestual simples; as relações com familiares e

.c
ok
pessoas conhecidas constituem fonte de prazer e ajuda; expressa amplamente os

tlo
próprios desejos e emoções pela comunicação não verbal e não simbólica,
ou
s@
entretanto, a ocorrência concomitante de prejuízos sensoriais e físicos pode
tin

impedir muitas atividades sociais.


ar
m
io

128. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Organizacional/2018


ab

De acordo com o DSM-5, a esquizofrenia e os outros transtornos psicóticos dessa


of
ai

classe diagnóstica compartilham a manifestação em comum de psicose. O


-c

pensamento psicótico é um sintoma, não um diagnóstico em si, e pode ser um


2
-2
41

sintoma de apresentação de outros transtornos mentais que não pertencem a essa


.8

classe. Sobre os sintomas do critério A para realizar o diagnóstico de esquizofrenia


81
.6

no paciente, assinale a afirmativa correta.


39

a) Despersonalização, alucinações, discurso desorganizado, irritabilidade e ataques


-0

de pânico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia).


s
tin

b) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


ar
M

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


a
uz

ou avolia).
So

c) Devaneios, delírios, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


de

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


o
bi

ou avolia).

d) Desrealização, alucinações, perda de interesse e prazer, comportamento


o
ai

grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão


C

emocional diminuída ou avolia).

129. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018


O delirium consiste em um quadro bastante evidente nos casos de alcoolismo,
dadas as características psicomotoras. O DSM-5, com a classificação deste quadro
pautada nessas características, demarca o delirium em diferentes subtipos.
Assinale a alternativa que destaca esses subtipos de forma correta.

| 103
a) Hipoativo, hiperativo e misto.
b) Hipercinético, hipoativo e misto.
c) Hipercinético, hipomiocinético e misto.
d) Hipoativo, hipomiocinético e hiperativo.

36
130. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018

5:
Os critérios diagnósticos para a esquizofrenia no DSM-5 sofreram alterações no que

:1
15
concerne às características avaliadas. Essas alterações envolveram três atributos

0
02
correspondentes a tais características e que serviram para a retirada dos

/2
especificadores relacionados ao transtorno citado. Assinale a alternativa que

12
6/
explicita corretamente esses atributos.

-1
a) Fidedignidade, validade e estabilidade.

om
b) Validade, estabilidade e resposta ao tratamento.

.c
ok
c) Validade, fidedignidade e resposta ao tratamento.

tlo
d) Fidedignidade, estabilidade e resposta ao tratamento.
ou
s@
tin

131. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018


ar

A classificação dos transtornos de personalidade no DSM-5 sofreu alterações nas


m
io

características que diferenciam esses transtornos para fins diagnósticos. Tendo isso
ab

em vista, assinale a afirmativa correta.


of
ai

a) Na atual versão do DSM foi excluído o transtorno da personalidade paranoide.


-c

b) Na atual versão do DSM foi incluído o modelo alternativo para diagnóstico de


2
-2
41

transtorno da personalidade.
.8

c) Foi feita a alteração do conceito de transtorno de personalidade e excluído o


81
.6

transtorno da personalidade dependente.


39

d) Foi feita a inclusão de indicadores psicométricos no conceito de transtorno da


-0

personalidade e excluído o transtorno da personalidade histriônica.


s
tin
ar
M

132. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


a
uz

Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito aos Transtornos do Déficit de


So

Atenção/Hiperatividade (TDAH) e à nova classificação pela DSM-5.


de

a) A alteração do critério de idade de início para o diagnóstico de TDAH aumentou


o
bi

a sensibilidade para sua detecção.


b) O TDAH foi classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento pela DSM-


o
ai

5, baseado em recentes achados de um atraso na maturação cortical.


C

c) O TDAH possui uma sobreposição genética e sintomatologia semelhante aos


transtornos disruptivos, de controle de impulso e de conduta.
d) Estresse perinatal, baixo peso ao nascer, lesão cerebral traumática e consumo de
álcool materno durante a gravidez podem contribuir para o risco de TDAH.
e) A comorbidade do TDAH com os transtornos do espectro autista é rara e não há
evidências que suportem seus diagnósticos simultâneos.

| 104
133. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018
Os Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores são um novo grupo
diagnóstico no DSM-5. Ele contém transtornos incluídos em outros capítulos do
DSM-IV, como os mencionados a seguir, EXCETO:
a) Transtorno de Ansiedade de Separação.

36
b) Transtorno de Apego Reativo.

5:
c) Transtorno de Interação Social Desinibida.

:1
15
d) Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

0
02
e) Transtorno de Estresse Agudo e Transtornos de Ajustamento.

/2
12
6/
134. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018

-1
No DSM-5, o especificador - com emoções pró-sociais limitadas - está associado ao

om
transtorno:

.c
ok
a) do Espectro Autista.

tlo
b) de Conduta.
ou
c) de Oposição e Desafio.
s@
tin

d) de Estresse Pós-Traumático.
ar

e) de Ansiedade Social.
m
io
ab

135. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


of
ai

Especializado/Psicologia - Clínica/2018
-c

Os transtornos disruptivos do controle de impulsos e da conduta possuem uma


2
-2
41

característica fundamental que os reuniram em um único capítulo no DSM-5.


.8

Assinale a afirmativa que evidencia essa característica como correta.


81
.6

a) A presença de déficits cognitivos de síndromes graves.


39

b) A presença de problemas no autocontrole emocional ou comportamental.


-0

c) A definição de idade cronológica de pelo menos seis anos para o diagnóstico.


s
tin

d) A definição e a descrição de agressões como lesões físicas ou destruição de


ar
M

propriedade.
a
uz
So
de

136. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


o
bi

Especializado/Psicologia - Clínica/2017

Os transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados envolvem


o
ai

aqueles nos quais a principal característica é a presença de sintomas fisiológicos


C

proeminentes decorrentes, ou nos quais os somáticos apresentam-se como


importante preocupação. Sobre tais transtornos, assinale a afirmativa correta.
a) O transtorno de sintomas somáticos deixa de exigir um número mínimo de
sintomas para o diagnóstico, bem como a ausência de diagnóstico médico como
critério essencial.
b) O transtorno de sintomas somáticos exige um número muito grande de sintomas
para composição do diagnóstico, bem como a presença de um diagnóstico médico

| 105
como critério essencial.
c) Os transtornos de sintomas somáticos são observados em uma ampla gama de
serviços de saúde, nos mais diferentes níveis de assistência, principalmente no
âmbito da saúde mental.
d) Os transtornos de sintomas somáticos e relacionados só são observados em

36
serviços de saúde especializados em saúde mental, o que foi indicador para que o

5:
DSM-5 adotasse um número maior desses transtornos com outros especificadores.

:1
15
0
02
137. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio

/2
Especializado/Psicologia - Clínica/2017

12
6/
Analise as afirmativas sobre os transtornos relacionados ao uso e abuso de

-1
substâncias psicoativas.

om
I. A extinção da diferenciação entre transtornos de abuso e dependência de

.c
ok
substâncias fez com que o uso de substâncias fosse caracterizado de acordo com

tlo
transtornos de intoxicação, abstinência, transtornos induzidos pela substância e
ou
relacionados ao uso.
s@
tin

II. Na atual classificação do manual diagnóstico e estatístico dos transtornos


ar

mentais foram incluídos os diagnósticos abstinência de cafeína e abstinência de


m
io

Cannabis, bem como do uso de tabaco em todas as categorias e a melhor definição


ab

de critérios de severidade.
of
ai

III. No DSM-5 é incluído o transtorno do jogo no que concerne as mudanças


-c

relacionadas ao uso de substâncias, devido à relação com o modo ou a semelhança


2
-2
41

ao uso de substância, tanto em critérios comportamentais, quanto em


.8

concordância com os estudos da neurociência.


81
.6

IV. A inclusão da “fissura” como critério diagnóstico e a retirada da exigência de


39

problemas com a lei para a caracterização do uso no DSM-5, além da redução no


-0

número de critérios necessários para diagnóstico, são medidas que evidenciam o


s
tin

diagnóstico com base em experiências de profissionais da saúde.


ar
M

Estão corretas as afirmativas


a
uz

a) I, II, III e IV.


So

b) I e II, apenas.
de

c) I, II e III, apenas.
o
bi

d) II, III e IV, apenas.



o
ai

138. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


C

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
O DSM-5 evidencia uma dicotomia, categorias versus dimensões, em relação aos
transtornos mentais, explicitando claramente uma ênfase à natureza dimensional
desses transtornos. Sobre a perspectiva dimensional, assinale a afirmativa correta.
a) A compreensão dimensional implica em uma compreensão dos transtornos
mentais e do modo como se diferenciam em tipo e em quantidade.
b) Define transtornos mentais como extremos de traços que estão gradativamente

| 106
distribuídos na população, embora as decisões clínicas ainda sejam categóricas.
c) Define transtornos mentais a partir de achados etiológicos consistentes e da
patofisiologia descritiva de traços mais prevalentes e da expressão de condutas,
emoções e pensamentos.
d) A compreensão dimensional implica em um entendimento descritivo da

36
categorização dos transtornos mentais, ancorada na manifestação de fenômenos

5:
do tripé: comportamentos, emoções e pensamentos.

:1
15
0
02
139. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio

/2
Especializado/Psicologia - Clínica/2017

12
6/
O DSM-5 rompeu com o modelo multiaxial das versões terceira e quarta do manual,

-1
sobretudo quarta edição, a qual preconizava que o diagnóstico fosse realizado em

om
cinco eixos. Na quinta edição houve a união dos eixos I e II, colocando os transtornos

.c
ok
de personalidade e deficiência intelectual em conjunto com os demais transtornos

tlo
psiquiátricos. Além disso sugere que os fatores psicossociais e ambientais sejam
ou
s@
codificados de acordo com a classificação da CID-10. Essa diretriz incluiu, portanto,
tin

novos diagnósticos em diversos capítulos, inclusive no de transtornos depressivos.


ar

Sobre os referidos novos diagnósticos, assinale a alternativa correta.


m
io

a) O transtorno depressivo maior crônico, ainda que careça de maiores estudos, já


ab

possui evidências científicas suficientes para estarem neste capítulo devido ao


of
ai

acometimento clínico de mulheres.


-c

b) O transtorno disfórico pré-menstrual deve ser diagnosticado com apresentação


2
-2
41

antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento explosivo com


.8

expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos estímulos que a


81
.6

eliciam.
39

c) O transtorno depressivo persistente é inserido com vistas a diminuir o alto


-0

número de crianças e adolescentes que eram anteriormente diagnosticados com


s
tin

transtorno bipolar pelas respostas e expressões desproporcionais aos estímulos


ar
M

que as eliciam.
a
uz

d) O transtorno disruptivo da desregulação do humor deve ser diagnosticado com


So

apresentação antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento


de

explosivo com expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos


o
bi

estímulos que a eliciam.



o
ai

140. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


C

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
O DSM-5 é fruto do trabalho de pesquisadores em saúde mental de todo o mundo,
incorporando dados de pesquisa e experiência clínica de vários grupos de
especialistas. Analise as afirmativas sobre o DSM-5, marque V para as verdadeiras e
F para as falsas.
( ) As versões iniciais do DSM refletiam mais a psicodinâmica do sofrimento
psíquico, mas não especificava sintomas em detalhes para cada transtorno mental.

| 107
( ) O objetivo da atualização do DSM em sua quinta edição é progredir para uma
compreensão cada vez mais fiel da manifestação dos transtornos mentais que se
traduza em melhores programas de prevenção e tratamento dessas doenças.
( ) Os critérios operacionais utilizados no DSM-5 para o diagnóstico de transtornos
mentais são combinações de sintomas que devem ser percebidos pelo indivíduo

36
e/ou por outros, causando prejuízos relevantes e sofrimento significativo.

5:
( ) Atualmente, são inexistentes as evidências de estudos científicos que sustentam

:1
15
a perspectiva de que os transtornos mentais são apresentação extrema de sintomas

0
02
que, em graus mais leves, estão distribuídos normalmente entre os indivíduos na

/2
população.

12
6/
A sequência está correta em

-1
a) V, F, F, V.

om
b) F, V, V, F.

.c
ok
c) V, F, F, F.

tlo
d) V, V, V, F.
ou
s@
tin

141. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


ar

Segundo o DSM-5, no Transtorno de Compulsão Alimentar, os episódios de


m
io

compulsão alimentar estão associados a três ou mais, entre alguns, aspectos. As


ab

alternativas a seguir expressam esses aspectos associados, EXCETO


of
ai

a) comer mais rapidamente do que o normal.


-c

b) comer até se sentir desconfortavelmente cheio.


2
-2
41

c) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.


.8

d) sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.


81
.6

e) comer em lugares com várias pessoas presentes, devido a uma busca por
39

segurança.
-0
s
tin

142. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


ar
M

A respeito do Transtorno da Personalidade Antissocial, assinale a alternativa


a
uz

correta.
So

a) Para o diagnóstico, os sintomas transgressores devem ter se iniciado com 7 ou


de

menos anos de idade.


o
bi

b) Esse transtorno não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos de idade, segundo

o DSM-5.
o
ai

c) É um pouco mais comum em mulheres do que em homens.


C

d) Se há crimes de repetição, o indivíduo deixa de ser diagnosticado com Transtorno


da Personalidade Antissocial e passa a ter o diagnóstico de Transtorno Criminoso
Recorrente.
e) Há a possibilidade de comorbidade entre Transtorno da Personalidade
Antissocial e Transtorno da Conduta, apenas em indivíduos com mais de 18 anos.

143. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017

| 108
No DSM-5, os Transtornos de Personalidade estão reunidos em três grupos, com
bases em semelhanças descritivas. O Grupo C corresponde a quais transtornos?
a) Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno da Personalidade
Dependente e Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva.
b) Transtorno da Personalidade Paranoide, Transtorno da Personalidade

36
Esquizoide e Transtorno da Personalidade Esquizotípica.

5:
c) Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Obsessivo-

:1
15
Compulsiva e Transtorno da Personalidade Esquizoide.

0
02
d) Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade

/2
Borderline, Transtorno da Personalidade Histriônica.

12
6/
e) Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno da Personalidade

-1
Paranoide e Transtorno da Personalidade Evitativa.

om
.c
ok
tlo
ou
s@
tin
ar

Questões Comentadas e Gabaritadas


m
io
ab
of

1. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2018


ai
-c

Com relação à dependência química e à sua prevenção, bem como ao seu


2
-2

tratamento, julgue o item que se segue.


41

A síndrome de abstinência de álcool é caracterizada por sintomas físicos


.8
81

decorrentes da interrupção do uso dessa substância.


.6

( ) Certo ( ) Errado
39
-0

Gabarito: C
s

Comentários: Pessoal, sobre a Síndrome é importante primeiro entender e depois


tin
ar

interpretar a questão. Ela está incompleta? Está! Temos sintomas físicos e


M

psicológicos decorrentes do uso dessa substância. Estar incompleto inviabiliza a


a
uz

questão? A banco considerou que não. Infelizmente.


So

Tudo bem, a base é 100% biológica, mas os sintomas são a consequência


de

dessa base. Ô CESPE, “seje menas”.


o
bi

Sobre o assunto:
o

Pessoas que bebem de forma excessiva, quando diminuem o consumo ou se


ai
C

abstêm completamente, podem apresentar um conjunto de sintomas e sinais,


denominados Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA). Alguns sintomas, como
tremores, são típicos da SAA. Entretanto, muitos outros sintomas e sinais físicos e
psicológicos considerados como parte da SAA são insidiosos, pouco específicos, o
que torna o seu reconhecimento e a sua avaliação processos complexos, muito mais
do que possa ser pensado num primeiro momento.
Uma série de fatores influenciam o aparecimento e a evolução dessa síndrome,
entre eles: a vulnerabilidade genética, o gênero, o padrão de consumo de álcool, as

| 109
características individuais biológicas e psicológicas e os fatores socioculturais. Os
sintomas e sinais variam também quanto à intensidade e à gravidade, podendo
aparecer após uma redução parcial ou total da dose usualmente utilizada,
voluntária ou não, como, por exemplo, em indivíduos que são hospitalizados para
tratamento clínico ou cirúrgico. Os sinais e sintomas mais comuns da SAA são:

36
agitação, ansiedade, alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores,

5:
náuseas, vômitos, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Ocorrem

:1
15
complicações como: alucinações, o Delirium Tremens (DT) e convulsões.

0
02
Este consenso visa orientar o profissional de saúde na avaliação, diagnóstico e

/2
tratamento da SAA e também das complicações clínicas e psiquiátricas associadas.

12
6/
O manejo da SAA é o primeiro passo no tratamento da dependência do álcool e

-1
representa um momento privilegiado para motivar o paciente a permanecer em

om
seguimento.

.c
ok
Fonte: LARANJEIRA, Ronaldo et al . Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do

tlo
Álcool (SAA) e o seu tratamento. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, n. 2, p. 62-
ou
s@
71, June 2000 . Available from
tin

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
ar

44462000000200006&lng=en&nrm=iso>. access
m
io

on 09 Aug. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000200006.


ab
of
ai
-c
2

2. CESPE – PC-MA - Perito Criminal - 2018


-2
41

Texto 5A5AAA
.8

Marlene tem cinquenta e cinco anos de idade e diagnóstico de depressão,


81
.6

dado quando ela tinha quinze anos de idade. Ela faz acompanhamento psicológico
39

com frequência semanal há dois anos. Mesmo em uso de medicação prescrita pelo
-0

psiquiatra responsável pelo caso, ela tentou suicídio há trinta dias, por ingestão de
s
tin

medicamentos. Após vinte dias de internação, ela foi encaminhada a uma clínica de
ar
M

saúde mental. Como plano terapêutico, a equipe dessa clínica propôs a Marlene
a
uz

psicoterapia individual, acompanhamento psiquiátrico, terapia familiar, oficinas de


So

arte e de culinária e aulas de ioga.


de

A respeito de Marlene, o pai dela afirmou o seguinte para a equipe clínica:


o
bi

“Ela sempre foi minha filha problemática. Nunca se deu bem na escola. Já tentou se

matar inúmeras vezes. Desde jovem, era difícil. Chorava sempre e sem nenhum
o
ai

motivo aparente. Houve uma época em que ela se cortava. Não tinha amigos nem
C

animação para nada. Nunca foi de sair. Sempre ficou no seu quarto com suas coisas.
Acho mesmo é que Marlene nunca quis viver. Já nasceu deprimida. Era um bebê
triste. A mãe dela sempre teve depressão. Nunca conseguiu cuidar das nossas filhas.
Sempre ficou tudo por minha conta.”.
Considerando o caso clínico hipotético apresentado no texto 5A5AAA, o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Classificação
Internacional das Doenças (CID-10) e as abordagens psicológicas, assinale a opção

| 110
correta. A Segundo as contribuições lacanianas, Marlene apresenta uma estrutura
psicótica devido ao comportamento de cutting, iniciado na adolescência.
a) Com base na teoria freudiana, o diagnóstico de depressão de Marlene consiste
em um fechamento necessário do ego para evitar a desintegração psíquica.
b) Haja vista a evolução clínica descrita, Marlene atende a critérios para quadro de

36
transtorno somático.

5:
c) No caso de Marlene, a tentativa de suicídio por si só não serve como critério

:1
15
diagnóstico de depressão.

0
02
d) De acordo com a abordagem psicológica de Donald Winnicott, a capacidade de

/2
deprimir-se apresentada por Marlene se refere à perda do objeto.

12
6/
Gabarito: D

-1
Comentários: A depressão para Freud não é uma forma de preservação do ego. Sim,

om
a tentativa de suicídio serve como base (apesar de não ser o critério único) para o

.c
ok
diagnóstico de depressão. Não há conteúdo suficiente para falarmos em transtorno

tlo
somático.
ou
s@
tin

3. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


ar

Ana, cinquenta e sete anos da idade, procurou atendimento psicológico. De


m
io

acordo com Ana, seu marido falecera havia três meses em decorrência de um câncer
ab

que tinha sido descoberto havia quatro meses. Durante o atendimento, Ana fez o
of
ai

seguinte relato.
-c

“Gustavo era tudo para nós. Chegou ao hospital para fazer um exame e não
2
-2
41

saiu mais. Ninguém do hospital nos deu apoio ou mesmo foi claro quanto à
.8

gravidade da sua doença. Foi tudo muito rápido. Não consegui processar ainda essa
81
.6

perda na minha vida. Não tenho vontade de sair da cama para nada. Passo o dia
39

sem me alimentar ou mesmo beber água. Faço o que é necessário com muita
-0

dificuldade. Choro sem parar o dia inteiro. Meus dois filhos estão péssimos. José, de
s
tin

vinte e cinco anos de idade, além de ficar dando esmola para todo morador de rua
ar
M

ou vigia de carro que vê, passou a ir à igreja todos os dias, de manhã e à noite. Meu
a
uz

filho só pensa em trabalhar e rezar. Já a minha filha Antônia, de dezoito anos de


So

idade, parou de estudar e não finalizou a autoescola. Ela passa o dia inteiro deitada,
de

envolvida com jogos eletrônicos e redes sociais. Desde que o pai faleceu, ela
o
bi

engordou 8 kg.”

Com base no Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais


o
ai

(DSM-V) e na classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o item a seguir,


C

a respeito do caso clínico.


A preservação da interação e a manutenção dos vínculos sociais, mesmo que
seja por meio das redes sociais, indicam que Antônia apresenta uma maneira
particular e eficiente de lidar com a morte do pai.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
Comentários: Eficiente? De onde? “Já a minha filha Antônia, de dezoito anos de

| 111
idade, parou de estudar e não finalizou a autoescola. Ela passa o dia inteiro deitada,
envolvida com jogos eletrônicos e redes sociais. Desde que o pai faleceu, ela engordou
8 kg.”

4. Nesse caso, o processo de adoecimento de Gustavo ultrapassou o âmbito

36
individual e envolveu toda a sua família.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
Gabarito: Certo

0
02
Comentários: Sim, ele só pensa em trabalhar e rezar.

/2
12
6/
5. Ana apresenta sintomas característicos de um episódio depressivo maior.

-1
( ) Certo ( ) Errado

om
Gabarito: Errado

.c
ok
Comentários: Passou de 2 semanas, se ligue ai. =]

tlo
ou
s@
6. Retardo psicomotor acentuado, prejuízo funcional prolongado,
tin

pensamentos sobre morte e(ou) experiências alucinatórias são sintomas


ar

que se manifestam em casos clínicos como o de Ana.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: Errado
of
ai

Comentários: Primeiro que não sabemos o que ela tem, segundo que juntar retardo
-c

psicomotor acentuado com experiências alucinatórias é algo bem complicado.


2
-2
41
.8

7. A descrição do comportamento de José é suficiente para supor que ele


81
.6

apresenta um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo desencadeado


39

pela perda do pai.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin

Gabarito: Errado
ar
M

Comentários: Nada é suficiente para a banca CESPE.


a
uz
So

8. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


de

Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital pela
o
bi

mãe, que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar banho

e sair de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer


o
ai

porque eles deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles
C

querem se livrar de mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã


tenho uma reunião para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da
minha mãe”. Após as observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano
sempre foi um filho tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a
primeira vez que fica esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza
substâncias ilícitas, medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de
condição médica geral.

| 112
A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de
Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um
psiquiatra e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar
acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.
Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do

36
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar

5:
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.

:1
15
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e estatístico

0
02
dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das doenças (CID-

/2
10), julgue o próximo item.

12
6/
Juliano apresenta delírios, alucinações e discurso desorganizado, condições

-1
suficientes para estabelecer o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.

om
( ) Certo ( ) Errado

.c
ok
Gabarito: Errado

tlo
Comentários: Essas características não são suficientes para o diagnóstico do
ou
s@
transtorno esquizofreniforme. Precisamos ainda dos critérios B, C e D presentes:
tin

A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade
ar

significativa de tempo durante um período de um mês (ou menos, se tratados


m
io

com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3):
ab

1. Delírios.
of
ai

2. Alucinações.
-c

3. Discurso desorganizado (p. ex., descarrilamento ou incoerência


2
-2
41

freqüentes).
.8

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


81
.6

5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).


39

B. Um episódio do transtorno que dura pelo menos um mês, mas menos


-0

do que seis meses. Quando deve ser feito um diagnóstico sem aguardar a
s
tin

recuperação, ele deve ser qualificado como “provisório”.


ar
M

C. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno


a
uz

bipolar com características psicóticas foram descartados porque 1) nenhum


So

episódio depressivo maior ou maníaco ocorreu concomitantemente com os


de

sintomas da fase ativa ou 2) se os episódios de humor ocorreram durante os


o
bi

sintomas da fase ativa, estiveram presentes pela menor parte da duração total

dos períodos ativo e residual da doença.


o
ai

D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância


C

(p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.

9. É correto afirmar que, para fins diagnósticos, foi essencial considerar a


duração do episódio da perturbação na avaliação psicológica e psiquiátrica
inicial.
( ) Certo ( )Errado
Gabarito: Certo

| 113
Comentários: Sim, o prazo ajudou a determinar o diagnóstico. Estamos diante de
um quadro psicótico breve!

10. O comportamento psicomotor anormal e os sintomas negativos são


sintomas primários da psicose.

36
( ) Certo ( )Errado

5:
Gabarito: Certo

:1
15
Comentários: Não confunda sintomas negativos e positivos com os sintomas

0
02
primários da psicose.

/2
Lá no Transtorno Psicótico Breve, do DSM-V, temos o seguinte: a gravidade

12
6/
é classificada por uma avaliação quantitativa dos sintomas primários da psicose,

-1
que inclui delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento

om
psicomotor anormal e sintomas negativos.

.c
ok
tlo
11. A gravidade do quadro de Juliano deve ser determinada por meio de uma
ou
s@
avaliação qualitativa dos sintomas positivos apresentados.
tin

( ) Certo ( )Errado
ar

Gabarito: Errado
m
io

Comentários: Conforme explicação da assertiva anterior, sintomas PRIMÁRIOS!


ab
of
ai

12. Diante da resposta de Juliano às intervenções clínicas, pode-se afirmar que


-c

o paciente apresenta um quadro psicótico breve.


2
-2
41

( ) Certo ( )Errado
.8

Gabarito: Certo
81
.6

Comentários: Sim, é o quadro psicótico breve.


39
-0

13. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


s
tin

Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-


ar
M

V) e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.


a
uz

Delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizados são


So

sintomas característicos do transtorno de personalidade histriônico.


de

( ) Certo ( )Errado
o
bi

Gabarito: Errado

Comentários: A base descrita é da esquizofrenia.


o
ai
C

14. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital
pela mãe, que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar
banho e sair de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer
porque eles deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles
querem se livrar de mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã
tenho uma reunião para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da

| 114
minha mãe”. Após as observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano
sempre foi um filho tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a
primeira vez que fica esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza
substâncias ilícitas, medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de
condição médica geral.

36
A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de

5:
Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um

:1
15
psiquiatra e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar

0
02
acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.

/2
Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do

12
6/
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar

-1
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.

om
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e

.c
ok
estatístico dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das

tlo
doenças (CID-10), julgue o próximo item.
ou
Juliano apresenta afeto inadequado e anosognosia.
s@
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar

Gabarito: Errado
m
io

Comentários: Anosognosia é quando o sujeito não tem ciência da própria doença.


ab
of
ai

15. As distorções cognitivas e perceptivas e a excentricidade do comportamento


-c

de Juliano caracterizam o transtorno de personalidade esquizotípica.


2
-2
41

( ) Certo ( ) Errado
.8

Gabarito: Errado
81
.6

Comentários: Não há relação alguma dos sintomas com o transtorno de


39

personalidade esquizotípica.
-0
s
tin

16. CESPE - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Apoio


ar
M

Especializado/Medicina Psiquiatria/2017
a
uz

Julgue os itens a seguir, com relação à classificação diagnóstica do DSM-5 para o


So

transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.


de

I O número de sintomas presentes e necessários para o diagnóstico em adultos é


o
bi

menor do que para o diagnóstico em crianças.


II A idade do critério de início de sintomas é antes de doze anos de idade.


o
ai

III É necessário o preenchimento concomitante de sintomas dos domínios de


C

desatenção e de hiperatividade para o diagnóstico.


Assinale a opção correta.
a) Está certo apenas o item I.
b) Está certo apenas o item III.
c) Estão certos apenas os itens I e II.
d) Todos os itens estão certos.
Gabarito: C

| 115
Comentários: O sujeito não precisa preencher os sintomas das duas escalas. Pode
ter prevalência de uma delas apenas.

17. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-

36
V) e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.

5:
Presença ou não de estressor evidente e catatonia são especificadores necessários

:1
15
para o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.

0
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
Gabarito: Errado

12
6/
Comentários: Os critérios são gravidade, presença de catatonia e características de

-1
bom prognóstico. O “estressor evidente” não é um especificador.

om
.c
ok
18. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018

tlo
Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-
ou
s@
V) e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.
tin

A especificação da gravidade atual se faz necessária para fins diagnósticos


ar

da esquizofrenia, sendo um dos itens diagnósticos a persistência dos sinais


m
io

contínuos de sintomas positivos por um período superior a oito meses.


ab

( ) Certo ( ) Errado
of
ai

Gabarito: Errado
-c

Comentários: Segundo o próprio DSM-V, o diagnóstico de esquizofrenia pode ser


2
-2
41

feito sem a utilização desse especificador de gravidade.


.8
81
.6

19. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


39

A relação de dependência da paciente com outras pessoas ocorreu


-0

primeiramente em relação à mãe, tendo-se estendido, posteriormente, para suas


s
tin

relações de amizade. Isso se deu, de acordo com as contribuições da abordagem


ar
M

comportamental, por um processo de generalização.


a
uz

Gabarito: C
So

Comentários: É possível deduzir isso do caso apresentado.


de
o
bi

20. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


A vulnerabilidade e o desamparo vivenciados pela paciente podem ser


o
ai

reforçados por pensamentos automáticos associados a autodeclarações negativas,


C

de acordo com teorias da psicologia cognitiva.


Gabarito: C
Comentários: TCC pura! A crença central pode ser reforçada pelos PANs
(pensamentos automáticos negativos). Assertiva correta!

21. CESPE - CNJ -2013

| 116
Denomina-se ilusão a alteração da função de fixação da memória aliada à
incapacidade de reconhecer como falsas as produções fantasiosas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Vejamos o que Dalgalarrondo fala:

36
Ilusão

5:
Para Dalgalarrondo, página 123, ilusão é a percepção deformada,

:1
15
alterada de um objeto real e presente. Na ilusão há sempre um objeto

0
02
real, gerador de processo de sensopercepção, mas tal percepção é

/2
deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos.

12
6/
Alucinação

-1
Para Dalgalarrondo, página 124, define-se alucinação como a

om
percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o

.c
ok
estímulo sensorial respectivo.

tlo
Capacidade de fixar:
ou
s@
Problema que associado a amnésia: denomina-se amnésia, de forma
tin

genérica, a perda de memória, seja a da capacidade de fixar ou a da


ar

capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnemônicos


m
io

(página 146).
ab

Alterações qualitativas da memória (paramnésias)


of
ai

Ilusões mnemônicas: neste caso, há um acréscimo de elementos


-c

falsos a um núcleo verdadeiro de memória. (página 147)


2
-2
41

Alucinações mnemônicas: são as verdadeiras criações imaginativas


.8

com a aparência de lembranças ou reminiscências que não


81
.6

correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança


39

verdadeira. (página 148)


-0
s
tin

22. CESPE - DEPEN – 2013


ar
M

Tom, com vinte e três anos de idade, foi diagnosticado, desde os dezenove
a
uz

anos de idade, com esquizofrenia. Ele faz uso de medicação controlada e é


So

acompanhado regularmente por psiquiatra.


de

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, relativos
o
bi

a técnicas, intervenções e abordagens clínicas e a elaboração de documentos.


De acordo com a escola das relações objetais, a esquizofrenia de Tom estaria


o
ai

relacionada a certa dificuldade do sujeito em se separar da figura materna,


C

mantendo com esta uma relação unívoca, que impede o paciente de desenvolver
um ego distinto e saudável.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto. Para a teoria de Klein, não houve a cisão do objeto, assim,
Tom indiferencia o ambiente interno do externo. Essa dificuldade ocorre na posição
esquizo-paranóide.

| 117
23. CESPE - DEPEN – 2013
A abordagem cognitiva entende a esquizofrenia como uma reação do
indivíduo ao mundo. Dessa forma, o psicólogo fundamentado nessa abordagem
tentaria entender a vivência de Tom no momento particular de sua vida.

36
( ) Certo ( ) Errado

5:
Gabarito: E

:1
15
Comentários: Absurdo. Não é uma reação do indivíduo ao mundo, mas uma

0
02
condição neurológica. Entender as vivencias significaria ser levado pelos delírios e

/2
alucinações do paciente, coisa inconcebível pela abordagem cognitivista.

12
6/
-1
24. CESPE - DEPEN – 2013

om
De acordo com a abordagem humanista, as demandas externas consistiriam

.c
ok
em ameaças para Tom, fazendo-o restringir a sua interação social como um meio

tlo
de proteger a integridade do self. Essas ameaças produziriam um nível elevado de
ou
s@
angústia e perda da autoconsciência, ocasionando o desenvolvimento do
tin

transtorno apresentado por Tom.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io

Gabarito: C
ab

Comentários: Assertiva perfeita. Eis um excelente trecho de texto que explica essa
of
ai

visão:
-c

5.4. Psicoterapia existencial de Ronald Laing


2
-2
41

Influenciado pelo pensamento filosófico de Kirkegaard, Nietzsche,


.8

Heidegger, Jaspers, Husserl e Sartre, bem como pela psicanálise e pelo marxismo,
81
.6

pela psiquiatria interpessoal de Harry Stack Sullivan e estudos da comunicação


39

de Gregory Bateson e da escola de Palo Alto (Califórnia), Ronald Laing (1927-1989)


-0

centrou a sua investigação na psicopatologia, em particular na esquizofrenia,


s
tin

procurando o seu significado. Destacou essencialmente a importância da


ar
M

insegurança ontológica e do contexto social da perturbação mental.


a
uz

Introduziu o conceito de insegurança ontológica para designar o


So

sentimento fundamental dos indivíduos com patologia esquizofrénica


de

caracterizado por uma diminuição do sentimento de identidade e de realidade


o
bi

acompanhada pelo medo da aniquilação. Este, poderia incluir três medos


específicos: o medo do engolfamento ou de que a sua autonomia seja submetida


o
ai

a outros; o medo da implosão ou de ser esmagado pelo mundo externo e o medo


C

da petrificação ou de se tornar num objecto inanimado.


A insegurança ontológica poderia conduzir à esquizofrenia na medida em
que o indivíduo tentaria proteger-se dividindo o self em dois: retiraria a sua
verdadeiro self do seu corpo e permaneceria retirado num local privado da mente
(o delírio) no qual tem esperança de estar defendido contra a aniquilação. Desta
forma, tornar-se-ia cada vez menos capaz de experimentar relações reais com os

| 118
outros. Refugiando-se no delírio procuraria ainda recuperar a segurança
ontológica.
A perturbação esquizofrénica não poderia ser compreendida apenas em
termos de disfuncionamentos intra-psíquicos, mas sim como uma estratégia que
o indivíduo desenvolveria para sobreviver a determinadas situações do contexto

36
social. Em particular, enfatizou a importância das fantasias familiares que podem

5:
invalidar os sentimentos e as percepções do indivíduo, bem como da

:1
15
comunicação em duplo vínculo (double bind) no contexto família, podendo

0
02
conduzir ao que denominou por posição insustentável em relação à qual a única

/2
saída poderia ser a psicose, uma espécie de tentativa de se manter saudável num

12
6/
mundo doente: fechando aos canais de comunicação (retirada autista),

-1
escolhendo escolhendo ao acaso (desorganização hebefrénica) ou construindo

om
novos significados (delírio paranóide).

.c
ok
Do ponto de vista da intervenção, a proposta terapêutica de Laing baseia-

tlo
se na escuta que permite ao cliente articular e relacionar as suas experiências,
ou
s@
mas de forma não invasiva nem intrusiva para facilitar a sua auto-recuperação e
tin

reintegração. No seu conjunto preconizou um encontro autêntico (sem máscaras)


ar

e designou esse percurso por metanóia.


m
io

A finalidade seria a de restabelecer a capacidade do cliente se relacionar


ab

com os outros e com a possibilidade de se encontrar com as suas necessidades


of
ai

existenciais: amor, segurança ontológica, liberdade, auto-descoberta, afirmação


-c

pelos outros e capacidade de relacionamento.


2
-2
41

Fonte: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf
.8
81
.6
39

25. CESPE - DEPEN – 2013


-0

Se for solicitado ao psicólogo um informe psicológico relativo ao caso de Tom,


s
tin

o psicólogo deveria ressaltar os aspectos e as informações médicas, a fim de que o


ar
M

documento apresentasse um parecer técnico-científico atualizado.


a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So

Gabarito: E
de

Comentários: Assertiva salada de frutas. Informe psicológico é todo e qualquer


o
bi

documento psicológico. Só sabemos qual é o documento apropriado (atestado,


parecer, relatório/laudo ou declaração), de acordo com a demanda solicitada e o


o
ai

objetivo definido. A assertiva não permite identificar tais atributos.


C

26. CESPE - DEPEN – 2013


O psicólogo que fundamenta suas ações na abordagem psicodinâmica
entende o caso clínico de Tom como uma forma grave de transtorno, na qual podem
estar presentes alterações no campo da percepção, pensamento, linguagem e
emoções. Desse modo, há uma relação entre essa distorção grave do

| 119
funcionamento psíquico e uma função egoica comprometida, o que resulta na
perda da realidade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto. Para a psicanálise tradicional, não houve a cisão do ego em

36
relação ao ambiente externo.

5:
:1
15
27. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

0
02
Texto 9A2AAA

/2
Ana, solteira, trinta e quatro anos de idade, é funcionária pública ocupante

12
6/
de cargo de nível superior e trabalha com quatro colegas em um mesmo setor. Os

-1
quatro colegas e familiares notaram mudanças no comportamento de Ana ao longo

om
do último mês. Ela passou a conversar muito, rápido e em voz alta, tanto com eles

.c
ok
quanto ao telefone, atrapalhando as atividades. O chefe notou que o trabalho dela

tlo
perdeu qualidade, sendo concluído rapidamente, mas com muitos erros típicos de
ou
s@
distração. Apesar disso, ela tinha muita facilidade para realizar as tarefas, que,
tin

muitas vezes, estavam muito aquém de sua capacidade.


ar

O gerente de uma loja onde Ana costumava comprar itens de vestuário ligou para
m
io

ela pedindo que providenciasse cobertura para um cheque devolvido pelo banco,
ab

referente a grande volume de compras realizadas na semana anterior. Como não


of
ai

tinha dinheiro, Ana fez um empréstimo, pagou pelas compras feitas e comprou
-c

alguns outros itens com o restante do dinheiro. A família notou que Ana parecia
2
-2
41

muito disposta, vaidosa e que tinha passado a usar maquiagem mais forte que a
.8

habitual. Ela começou a fazer atividade física no período noturno e, quando


81
.6

chegava em casa, se envolvia em várias atividades, de modo que dormia no máximo


39

três horas por noite.


-0

Mais recentemente, Ana passou três noites fora de casa em encontros


s
tin

sexuais com rapazes diferentes e recém-conhecidos. Ao retornar para casa, Ana


ar
M

sofreu um acidente de carro por dirigir em alta velocidade. Conforme a família,


a
uz

esses comportamentos não eram típicos de Ana ao longo dos anos.


So

Os comportamentos de Ana, apresentados no caso clínico 9A2AAA, atendem


de

aos critérios diagnósticos para


o
bi

A transtorno psicótico breve.



B transtorno de ansiedade generalizada.


o
ai

C transtorno de personalidade borderline.


C

D transtorno de personalidade histriônica.


E transtorno de humor bipolar.
Gabarito: E
Comentários: Por todas as características apresentadas, temos o transtorno de
humor bipolar. Uma aula de psicopatologia nessa linda questão.

28. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

| 120
Considerando o caso clínico 9A2AAA, assinale a opção que descreve a evolução
típica da condição clínica de Ana.
A O prognóstico é de recidiva frequente e aumento na gravidade dos sintomas.
B As condições socioambientais desfavoráveis é que irão determinar a possível
recidiva dos sintomas.

36
C Sendo adequado o tratamento, os sintomas desaparecem e não há recidiva.

5:
D A recidiva dos sintomas pode ocorrer após o uso de drogas prescritas, drogas

:1
15
psicoativas ilícitas ou álcool.

0
02
E A recidiva dos sintomas depende da comorbidade com outro transtorno mental.

/2
Gabarito: D

12
6/
Comentários: O transtorno de humor bipolar pode ser “reativado” com o uso de

-1
drogas.

om
.c
ok
29. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

tlo
Durante a adolescência, João começou a apresentar alguns comportamentos
ou
s@
diferentes dos da maioria das pessoas. Isso, de alguma forma, lhe trouxe problemas,
tin

dificuldades e sofrimentos. Ao iniciar o processo terapêutico, foi diagnosticado que


ar

ele tinha transtorno de personalidade evitativa.


m
io

Considerando esse diagnóstico, assinale a opção que descreve as principais


ab

características de personalidade de João.


of
ai

A percepção de si mesmo como inadequado, inibição social e forte preocupação


-c
2

quanto à possibilidade de ser mal avaliado ou rejeitado pelas pessoas 



-2
41

B provocação intencional de lesões no corpo ou falsificação de sinais que simulem


.8

doenças, sem que haja qualquer ganho aparente como consequência 



81
.6

C preferência por atividades solitárias, desinteresse por relações pessoais íntimas,


39

pouco ou nenhum interesse em relações sexuais e aparente indiferença a elogios e


-0

críticas 

s
tin

D sentimento de vazio, esforços claros para evitar o abandono imaginário ou real,


ar
M

ameaças recorrentes de suicídio e episódios de irritabilidade e de ansiedade E forte


a
uz

desconfiança, crença de que as pessoas podem estar mal intencionadas com ele na
So

vida social ou afetiva, percepção de intenção ameaçadora onde não há 



de

Gabarito: A
o
bi

Comentários: No transtorno evitativo, diferente do esquizóide, há o sofrimento por


conta da sensação de inadequação social.


o
ai
C

30. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Sabendo que o transtorno do pânico inclui respostas fisiológicas, comportamentais
e cognitivas que podem limitar a qualidade de vida da pessoa, assinale a opção que
apresenta corretamente técnicas ou procedimentos geralmente utilizados para o
tratamento cognitivo-comportamental dessa doença.
A treino na prática de ignorar lembranças de ataques de pânico para evitar estresse
decorrente de episódios passados 


| 121
B treino na interrupção da visualização por imagens ao surgir indícios de ansiedade
C treino em relaxamento muscular e exposição ao vivo a eventos ansiogênicos 

D treino em observação do aumento de batimento cardíaco e saída da situação
desencadeadora 

E treino em respiração diafragmática e evitação de lugares fechados 


36
Gabarito: C

5:
Comentários: A TCC manda muito bem ao lidar com o transtorno do pânico através

:1
15
de relaxamento muscular e dessensibilização sistemática.

0
02
/2
31. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

12
6/
O transtorno do estresse pós-traumático é uma condição que surge após a

-1
exposição a eventos traumáticos, ameaçadores, e implica importantes

om
consequências para a pessoa afetada. Assinale a opção correta a respeito dos

.c
ok
sintomas e das condições típicos desse transtorno.

tlo
A O evento traumático é definido por ameaça à vida da própria pessoa ou por
ou
s@
violência sexual contra ela. 

tin

B O evento traumático deve ocorrer a partir do final da adolescência ou início da


ar

idade adulta. 

m
io

C O esquecimento de detalhes relevantes do evento traumático pode acontecer,


ab
of

enquanto a lembrança de outros detalhes ocorre de modo intrusivo. 



ai
-c

D A pessoa apresenta respostas excessivas de alegria e satisfação frente a situações


2

simples, geralmente consideradas neutras ou pouco relevantes. 



-2
41

E A pessoa apresenta desrealização, sobressaltos, insistência em falar sobre o local


.8
81

do evento estressor e em visitá-lo. 



.6

Gabarito: C
39
-0

Comentários: O TEPT pode ter dissociações mnemônicas.


s
tin
ar

32. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


M

Paula, uma jovem de vinte e cinco anos de idade demonstrava satisfação com seu
a
uz

trabalho, gostava dos colegas e descrevia o ambiente como acolhedor e as


So

atividades que realizava como gratificantes. Foi então designada para realizar
de

atividades de um ou dois dias em outros estados. As viagens eram aéreas e não


o
bi

havia tempo para transporte terrestre. Paula manteve essas viagens por seis meses,

mas sentia muito medo de que o avião caísse, situação que piorava nos momentos
o
ai
C

em que havia turbulências. Durante os voos, não conseguia comer, transpirava


muito e respirava com dificuldade. Após algumas viagens apresentou desinteresse
pelo trabalho, chorava facilmente, mostrava irritação, referia angústia, tristeza e
passou a dormir muito mais que o habitual.
Considerando o relato hipotético apresentado, assinale a opção que apresenta a
caracterização da condição de Paula.
A respostas de agorafobia 

B fobia de avião, seguida de depressão provavelmente associada 
à fobia 


| 122
C transtorno do pânico e depressão, provavelmente associada às 
características
do trabalho 

D transtorno de ansiedade generalizada e depressão maior, 
 provavelmente
preexistente à ansiedade 

E claustrofobia 


36
Gabarito: B

5:
:1
Comentários: Olha o medo de avião que a Paula tem! É um medo específico, então

15
é fobia.

0
02
/2
33. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

12
6/
O consumo de bebidas alcoólicas é comum e considerado natural em diferentes

-1
situações. Enquanto algumas pessoas podem fazer uso recreativo dessas bebidas

om
ao longo da vida, sem qualquer indício de adoecimento, outras desenvolvem um

.c
ok
padrão mal-adaptativo de uso, que caracteriza o transtorno por uso de álcool,

tlo
conhecido como dependência de álcool. O transtorno por uso de álcool caracteriza-
ou
s@
se pela seguinte resposta comportamental:
tin

A uso de bebida em situações sociais na companhia das mesmas pessoas. 



ar

B uso de bebida em quantidade crescente para a obtenção do mesmo efeito de


m
io

quando o uso foi iniciado. 



ab
of

C uso de bebida rotineiro, salvo nas situações em que a bebida seja incompatível
ai
-c

com alguma atividade desejada. 



2

D uso de bebida de cinco a sete vezes por semana, mesmo que a rotina habitual de
-2
41

trabalho ou estudos seja mantida. 



.8
81

E uso de bebida limitado a situações festivas, em quantidades semelhantes às de


.6

quando o uso foi iniciado, com a obtenção do mesmo efeito. 



39
-0

Gabarito: B
s

Comentários: Sempre procure, em questões como essa, pela tolerância ou


tin
ar

abstinência.
M
a
uz

34. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


So

De acordo com a abordagem cognitivo-comportamental, os delírios na


de

esquizofrenia são compreendidos como


o
bi

A sons, geralmente de vozes, percebidos sem ocorrência de estímulo externo. 




o

B perdas sequenciais ao falar, uso atípico da linguagem, como criação de palavras


ai
C

ou uso palavras de um modo diferente do corrente. 



C lembranças recorrentes de fatos vivenciados no passado com conteúdo aversivo.
D crenças, ou interpretação da realidade, assumidas como fatos, mesmo quando
há fortes evidências contrárias. 

E pensamentos ou lembranças de conteúdo autorreferente que gera euforia e
animosidade. 

Gabarito: D

| 123
Comentários: Não confunda delírio com delirium. Enquanto a primeira assertiva
trata da alucinação, a segunda de alterações qualitativas da linguagem. A terceira
de memórias intrusivas e a quinta não faço ideia! Mas que deve ser ruim, deve.

35. CESPE - DEPEN – 2013

36
Uma paciente com trinta e oito anos de idade chegou ao serviço de

5:
atendimento psicológico encaminhada pelo serviço judiciário. Na entrevista inicial,

:1
15
a paciente relatou estar sendo perseguida pelo dono de um minimercado, que

0
02
estaria apaixonado por ela. Na ocasião em que se conheceram, segundo relato da

/2
paciente, ela fora durante uma tarde ao minimercado para fazer compras. Ao entrar

12
6/
no estabelecimento, a paciente notara que o proprietário anunciava produtos, mas

-1
que, ao perceber sua presença, ele mudara o tom de sua voz, o que caracterizava

om
interesse sexual por ela. Desde então, a paciente relatou que o referido comerciante

.c
ok
não lhe “deixava em paz” e que, aos finais de semana, ele tem enviado vendedores

tlo
ambulantes que, sob o pretexto de estarem vendendo algum produto na frente da
ou
s@
sua casa, levam “mensagens de amor” direcionadas a ela. Um exemplo de investida
tin

citada pela paciente, e que fez os vizinhos chamarem a polícia, foi quando o
ar

motorista de um caminhão ambulante de venda de abacaxi colocou músicas


m
io

sertanejas de cunho amoroso para tocar em frente à sua casa, logo após anunciar
ab

“olha o abacaxi!”, o que a irritou bastante. Nesse episódio, a paciente foi ao


of
ai

encontro do motorista do caminhão e provocou uma briga. A paciente abriu mais


-c

de dez processos judiciais contra o homem que supostamente a persegue e, na


2
-2
41

última tentativa de fazê-lo parar a “perseguição”, foi em busca da Anistia


.8

Internacional.
81
.6

Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens


39

seguintes.
-0

Mutismo, flexibilidade cerácea e embotamento afetivo são sintomas


s
tin

apresentados pela paciente que favorecem o diagnóstico de paranoia.


ar
M

( ) Certo ( ) Errado
a
uz

Gabarito: E
So

Comentários: A flexibilidade cérea é a conservação de uma posição (hipertonia), o


de

mutismo é o silêncio (recusa em falar) e o embotamento afetivo é a dificuldade em


o
bi

expressar emoções e sentimentos. Nenhuma dessas três características é própria


da paranoia.
o
ai
C

36. CESPE - DEPEN – 2013


A paciente apresenta delirium, no qual ocorre alteração do eu, que se vê
inflacionado em função do grande investimento libidinal sobre si.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Apesar de haver uma distorção na interpretação da realidade, não
temos quadro de delirium (não há rebaixamento da consciência).

| 124
37. CESPE - DEPEN – 2013
Se na paranoia ocorre uma cisão do ego, que deve ser levada em
consideração para a compreensão clínica dessa estrutura, na neurose obsessiva
ocorre um funcionamento massivo do superego. Desse modo, nesse tipo de

36
neurose, a culpa e a autocoação são queixas relativamente constantes.

5:
( ) Certo ( ) Errado

:1
15
Gabarito: E

0
02
Comentários: A cisão completa do ego ocorre na psicose e não na paranoia (que é

/2
entendida dentro da neurose).

12
6/
-1
38. CESPE - DEPEN – 2013

om
O relato da paciente sugere a existência de um delírio do tipo erótico. Nesse

.c
ok
tipo de delírio, é comum que a paciente acredite que alguém, em geral uma pessoa

tlo
de destaque social, está completamente apaixonada por ela.
ou
( ) Certo ( ) Errado
s@
tin

Gabarito: C
ar

Comentários: Eis uma breve classificação de possíveis tipos de delírios presentes


m
io

na paranoia:
ab

Principais conteúdos dos delírios na paranóia


of
ai

Delírio de perseguição: o paciente acredita que é constantemente ameaçado e


-c

perseguido e que os seus inimigos elaboram planos de grande envergadura para


2
-2
41

o dominarem ou eliminarem.
.8

Delírio de ciúme: o indivíduo tem a obsessão de que a sua parceira o engana e


81
.6

desenvolve todo o tipo de estratagemas para o comprovar.


39

Megalomania ou delírio de grandeza: o paciente acredita que é uma pessoa


-0

muito importante, podendo acreditar que é uma personagem famosa como, por
s
tin

exemplo, Napoleão, e tenta arduamente convencer os outros de que o é


ar
M

realmente.
a
uz

Delírio de ruína: o paciente crê firmemente que vive na miséria, pelo que está
So

constantemente a lamentar-se.
de

Delírio erótico: o paciente imagina que é desejado e assediado sexualmente,


o
bi

sobretudo por pessoas que considera importantes, demonstrando-o através de


todos os meios.
o
ai

Delírio hipocondríaco: o indivíduo convence-se de que sofre de uma ou várias


C

doenças graves, quase sempre fatais, apesar de todas as evidências em contrário.


Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=347

39. CESPE - DEPEN – 2013


O delírio apresentado pela paciente é um signo patognomônico da
esquizofrenia.
( ) Certo ( ) Errado

| 125
Gabarito: E
Comentários: Patognomônico é sinônimo de sintoma. O simples delírio pode ser
característica de outras condições, como abuso de substâncias por exemplo, e não
é indicativo de que há necessariamente esquizofrenia.

36
40. CESPE - DEPEN – 2013

5:
Julgue os itens a seguir, relativos a psicopatologia.

:1
15
Uma diferença entre a ideia obsessiva e o delírio é o grau de convicção do

0
02
sujeito. No delírio, o sujeito é capaz de duvidar das suas próprias ideias.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
Gabarito: E

-1
Comentários: A diferença entre os dois tipos de pensamento não está na sua

om
convicção, mas em sua natureza. No delírio, temos uma atribuição de um

.c
ok
significado anormal a uma percepção normal. No pensamento obsessivo, temos

tlo
uma repetição involuntária de pensamentos.
ou
s@
tin

41. CESPE - DEPEN – 2013


ar

A culpa é um sintoma necessário, universal, para diagnosticar a depressão.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: E
of
ai

Comentários: A culpa não é um conceito fundamental utilizado nos critérios de


-c

diagnóstico do DSM-IV-TR nem da CID-10.


2
-2
41
.8

42. CESPE - DEPEN – 2013


81
.6

Queixas somáticas, irritabilidade e retraimento social são sintomas comuns em


39

crianças com diagnóstico de episódio depressivo maior.


-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin

Gabarito: C
ar
M

Comentários: Para o DSM-IV-TR (mantido pelo DSM-V):


a
uz

EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR


So

Características do Episódio
de

A característica essencial de um Episódio Depressivo Maior é um período


o
bi

mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor deprimido ou perda de


interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o


o
ai

humor pode ser irritável ao invés de triste.


C

O indivíduo também deve experimentar pelo menos quatro sintomas


adicionais, extraídos de uma lista que inclui: alterações no apetite ou peso, sono
e atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou
culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, ou
pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas
de suicídio.
[...]

| 126
Em crianças e adolescentes, pode desenvolver-se um humor irritável ou
rabugento, ao invés de um humor triste ou abatido. Esta apresentação deve ser
diferenciada de um padrão de "criança mimada", que se irrita quando é frustrada.
A perda de interesse ou prazer quase sempre está presente, pelo menos
em algum grau. Os indivíduos podem relatar menor interesse por passatempos,

36
"não se importar mais", ou a falta de prazer com qualquer atividade

5:
anteriormente considerada agradável (Critério A2).

:1
15
Os membros da família freqüentemente percebem retraimento social ou

0
02
negligência de atividades agradáveis (por ex., um indivíduo que anteriormente

/2
era um ávido golfista deixa de jogar, uma criança que gostava de futebol encontra

12
6/
desculpas para não praticá-lo). Em alguns indivíduos, há uma redução

-1
significativa nos níveis anteriores de interesse ou desejo sexual.

om
O apetite geralmente está reduzido, sendo que muitos indivíduos sentem

.c
ok
que precisam se forçar a comer. Outros, particularmente aqueles encontrados em

tlo
contextos ambulatoriais, podem ter diminuição do apetite ou demonstrar uma
ou
s@
avidez por alimentos específicos (por ex., doces ou outros carboidratos). Quando
tin

as alterações no apetite são severas (em qualquer direção), pode haver uma
ar

perda ou ganho significativos de peso, ou, em crianças, pode-se notar um


m
io

fracasso em fazer os ganhos de peso esperados. (Critério A3).


ab

Fonte:
of
ai

http://psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZCla
-c

ssificacoes=176
2
-2
41
.8
81
.6

43. CESPE - DEPEN – 2013


39

Transtorno de ansiedade generalizada é um diagnóstico muito mais comum


-0

em mulheres. Uma das características desse transtorno é uma expectativa


s
tin

apreensiva com relação a eventos


ar
M

ou atividades.
a
uz

( ) Certo ( ) Errado
So

Gabarito: C
de

Comentários: Questão cruel da banca. Esta correta. Vejamos o que diz o DSM-IV-TR
o
bi

(mantido pelo DSM-V):


Transtorno de ansiedade generalizada


o
ai

[...]
C

Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero


Existe uma considerável variação cultural na expressão da ansiedade (por
ex., em algumas culturas, a ansiedade é expressada predominantemente por
sintomas somáticos, em outras, por sintomas cognitivos). É importante
considerar o contexto cultural ao determinar se as preocupações com
determinadas situações são excessivas. Em crianças e adolescentes com
Transtorno de Ansiedade Generalizada, a ansiedade e preocupação

| 127
freqüentemente envolvem a qualidade de seu desempenho na escola ou em
eventos esportivos, mesmo quando seu desempenho não está sendo avaliado
por outros. Pode haver preocupação excessiva com a pontualidade. Elas também
podem preocupar-se com eventos catastróficos tais como terremotos ou guerra
nuclear. As crianças com o transtorno podem ser excessivamente conformistas,

36
perfeccionistas e inseguras, apresentando uma tendência a refazer tarefas em

5:
razão de excessiva insatisfação com um desempenho menos que perfeito. Elas

:1
15
demonstram excessivo zelo na busca de aprovação e exigem constantes

0
02
garantias sobre seu desempenho e outras preocupações. Em contextos clínicos,

/2
o transtorno é diagnosticado com uma freqüência um pouco maior em mulheres

12
6/
do que em homens (cerca de 55-60% dos indivíduos que se apresentam com o

-1
transtorno são mulheres). Em estudos epidemiológicos, a proporção entre os

om
sexos é de aproximadamente dois terços de mulheres.

.c
ok
Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/dsm4/sub_index.htm

tlo
ou
44. CESPE - DEPEN – 2013
s@
tin

Uma característica essencial do transtorno do estresse pós-traumático é o


ar

desenvolvimento dos sintomas típicos após a exposição a um estressor traumático.


m
io

Uma possibilidade de estressor traumático é um evento real que, por exemplo,


ab

envolva ameaça de morte.


of
ai

( ) Certo ( ) Errado
-c

Gabarito: C
2
-2
41

Comentários: De onde saiu essa questão? DSM-IV-TR novamente:


.8

F43.1 - 309.81 - Estresse Pós-Traumático


81
.6

Características Diagnósticas
39

A característica essencial do Transtorno de Estresse Pós-Traumático é o


-0

desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um extremo


s
tin

estressor traumático, envolvendo a experiência pessoal direta de um evento real


ar
M

ou ameaçador que envolve morte, sério ferimento ou outra ameaça à própria


a
uz

integridade física; ter testemunhado um evento que envolve morte, ferimentos


So

ou ameaça à integridade física de outra pessoa; ou o conhecimento sobre morte


de

violenta ou inesperada, ferimento sério ou ameaça de morte ou ferimento


o
bi

experimentados por um membro da família ou outra pessoa em estreita


associação com o indivíduo (Critério A1).


o
ai

Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/dsm4/sub_index.htm
C

45. CESPE - DEPEN – 2013


No delírio de influência tem-se um sujeito que vivencia estar sendo
controlado por uma pessoa ou entidade. Esse tipo de delírio, é mais comum na
esquizofrenia, pois aponta para a importante formação (porosa) entre o Eu e o Tu e
indica o quanto essa separação pode ser colocada em xeque nessa forma de
adoecimento.

| 128
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Vejamos os tipos de delírios mais comuns:
TIPOS DE DELÍRIOS
delírio de perseguição

36
pode surgir de maneira súbita, como inspiração, pensamento que aparece na

5:
mente enferma com o incomparável sentimento de certeza subjetiva que lhe é

:1
15
característico. (trama, conspiração, perseguidor(es) )

0
02
delírio de relação

/2
os objetos e os acontecimentos adquirem uma significação particular, tudo no

12
6/
meio exterior está de maneira especial relacionado ao indivíduo.

-1
delírio de influência

om
os enfermos se sentem vítimas de influências telepáticas, de radiações de

.c
ok
choques eléricos, que lhe são aplicados à distância através de aparelhos

tlo
especiais, com os quais os inimigos agem sobre sua pessoa. (máquinas especiais,
ou
aparelhos, fluídos especiais, etc)
s@
tin

delírio de ciúmes
ar

o delírio adquire geralmente a forma de infidelidade conjugal, o indivíduo está


m
io

convencido de ser enganado ou que tentam enganá-lo.


ab

Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/psicopatologia/operacao2.htm
of
ai
-c

46. CESPE - DEPEN – 2013


2
-2
41

Com relação aos transtornos de personalidade e aos transtornos


.8

relacionados ao uso e abuso de substâncias psicoativas, julgue os próximos itens.


81
.6

Tolerância e abstinência são critérios suficientes para o diagnóstico de


39

dependência de substância.
-0

( ) Certo ( ) Errado
s
tin

Gabarito: E
ar
M

Comentários: Nunca na vida apenas dois critérios serão suficientes para


a
uz

diagnosticar qualquer condição. Vejamos:


So

Critérios de diagnóstico para dependência de substâncias (DSM-IV)


de

Padrão desadaptativo da utilização de substâncias levando a défice ou


o
bi

sofrimento clinicamente significativos, manifestado por três ou mais dos


seguintes, ocorrendo em qualquer ocasião, no mesmo período de doze meses:


o
ai

1. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:


C

a) Necessidade de quantidades crescentes de substância para atingir a


intoxicação ou o efeito desejado;
b) Diminuição do efeito com a utilização continuada da mesma
quantidade de substância.
2. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:
a) Sindroma de abstinência característica da substância;

| 129
b) A mesma substância, ou outra relacionada, é consumida para evitar ou
aliviar os sintomas de abstinência.
3. A substância é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por
um período mais longo do que se pretendia.
4. Existe um desejo persistente ou esforços, sem êxito, para diminuir ou controlar

36
a utilização da substância.

5:
5. Dispêndio de grande quantidade de tempo em actividades necessárias à sua

:1
15
obtenção e utilização, bem como à recuperação dos seus efeitos

0
02
6. É abandonada ou diminuída a participação em importantes actividades sociais,

/2
ocupacionais ou recreativas, devido à utilização da substância.

12
6/
7. A utilização da substância é continuada apesar da existência de um problema

-1
persistente ou recorrente, físico ou psicológico, provavelmente causado ou

om
exacerbado pela utilização da substância.

.c
ok
Fonte: http://www.tratamento.pt/adicoes/dependencia-de-substancias

tlo
ou
47. CESPE - DEPEN – 2013
s@
tin

O diagnóstico de dependência de substância pode ser aplicado a qualquer


ar

classe de substâncias, inclusive cafeína.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: E
of
ai

Comentários: Maldade da banca. Segundo o DSM-IV-TR:


-c

Existe um padrão de auto-administração repetida que geralmente resulta em


2
-2
41

tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo da droga. Um


.8

diagnóstico de Dependência de Substância pode ser aplicado a qualquer classe


81
.6

de substâncias, exceto cafeína.


39

Fonte:
-0

http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&i
s
tin

dZClassificacoes=258
ar
M
a
uz

48. CESPE - DEPEN – 2013


So

Julgue os itens seguintes, referentes à psicopatologia.


de

A referência ao Édipo é o divisor fundamental entre o campo das neuroses e


o
bi

das psicoses, na medida em que é a armadura significante mínima que condiciona


a entrada do sujeito no mundo simbólico. Nas psicoses, há no sintoma o retorno do


o
ai

recalcado, enquanto nas neuroses, há o retorno do forcluído.


C

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: A última frase está invertida. Na psicose um problema com a
foraclusão, na neurose, há um problema com o recalque. O autor aqui em questão
é Lacan, que distinguiu bem a foraclusão do recalque. No caso da foraclusão, o
significante foracluído ou os significantes que o representam não pertencem ao
inconsciente do sujeito, mas retornam no Real por ocasião de uma alucinação ou

| 130
um delírio que invadem a fala ou a percepção do sujeito. Lacan mostrou que o Édipo
freudiano podia ser pensado como uma passagem da natureza para a cultura. A
transição da natureza para a cultura efetua-se da seguinte maneira: o pai, sendo a
encarnação do significante, por chamar o filho por seu nome, intervém junto a este
como privador da mãe, dando origem ao ideal do eu na criança. No caso da psicose,

36
essa estruturação não se dá. Sendo então foracluído o significante do Nome-do-Pai,

5:
ele retorna no real sob a forma de um delírio contra Deus, encarnação de todas as

:1
15
imagens malditas da paternidade.

0
02
Atenção: O significante do nome do pai é foracluído na psicose (quando não ocorre

/2
a estruturação do ideal de eu).

12
6/
-1
49. CESPE - DEPEN – 2013

om
No transtorno conversivo, o sintoma geralmente não se ajusta às vias

.c
ok
anatômicas, mas ao imaginário do paciente.

tlo
( ) Certo ( ) Errado
ou
Gabarito: C
s@
tin

Comentários: Correto. Nesse tipo de transtorno existe um sintoma que é


ar

originalmente atribuído à causas biológicas, mas que na verdade, é a manifestação


m
io

de uma condição psicológica. Vejamos os critérios de diagnóstico do DSM-IV-TR:


ab

Critérios Diagnósticos para F44.x - 300.11 Transtorno Conversivo


of
ai

A. Um ou mais sintomas ou déficits afetando a função motora ou sensorial


-c

voluntária, que sugerem uma condição neurológica ou outra condição


2
-2
41

médica geral.
.8

B. Fatores psicológicos são julgados como associados com o sintoma ou


81
.6

déficit, uma vez que o início ou a exacerbação do sintoma ou déficit é


39

precedido por conflitos ou outros estressores.


-0

C. O sintoma ou déficit não é intencionalmente produzido ou simulado


s
tin

(como no Transtorno Factício ou na Simulação).


ar
M

D. O sintoma ou déficit não pode, após investigação apropriada, ser


a
uz

completamente explicado por uma condição médica geral, pelos efeitos


So

diretos de uma substância ou por um comportamento ou experiência


de

culturalmente sancionados.
o
bi

E. O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou


prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas


o
ai

importantes da vida do indivíduo, ou indica avaliação médica.


C

F. O sintoma ou déficit não se limita a dor ou disfunção sexual, não ocorre


exclusivamente durante o curso de um Transtorno de Somatização, nem é
melhor explicado por outro transtorno mental.
Especificar tipo de sintoma ou déficit:
Com Sintoma ou Déficit Motor
Com Sintoma ou Déficit Sensorial
Com Ataques ou Convulsões

| 131
Com Apresentação Mista

50. CESPE - DEPEN – 2013


Considere que um paciente, após ter vivenciado com intenso terror um
tiroteio na comunidade onde vive, evite constantemente sair de casa, devido ao

36
medo de que tal evento ocorra novamente. Ele sente um medo tão intenso que tem

5:
apresentado recordações aflitivas e sonhos recorrentes relativos ao evento. Nesse

:1
15
caso, é correto afirmar que esse paciente apresenta um transtorno fóbico

0
02
específico.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
6/
Gabarito: E

-1
Comentários: As reminiscências são características do Transtorno de Estresse Pós-

om
Traumático, e não das fobias.

.c
ok
tlo
51. CESPE - DEPEN – 2013
ou
s@
Nos doentes psicossomáticos, observa-se que os afetos podem, pela tensão
tin

emocional crônica, ocasionar a produção de transtornos funcionais crônicos e,


ar

inclusive, lesão orgânica.


m
io

( ) Certo ( ) Errado
ab

Gabarito: C
of
ai

Comentários: Dentro dos transtornos psicossomáticos, temos dois tipos de


-c

transtornos, os dissociativos e os somáticos. No segundo caso, podemos ter


2
-2
41

quadros de lesões orgânicas. Vejamos:


.8

Tanto os Transtornos Somatoformes, quanto os fenômenos Dissociativos


81
.6

e Conversivos, podem ser considerados transtornos psicorreativos, ou seja,


39

aparecem sempre como uma reação a algum evento de vida, a alguma emoção.
-0

Trata-se de uma resposta do orgânico a uma vivência traumática. De certa forma


s
tin

aqui se incluem também os transtornos psicossomáticos.


ar
M

De modo geral, o Transtorno Somatoforme se caracteriza por um salto do


a
uz

psíquico para o orgânico, com predominância de queixas relacionadas aos órgãos


So

e sistemas, como por exemplo, queixas cardiovasculares, digestivas,


de

respiratórias, etc.
o
bi

Quando se usa o termo Conversão, embora exista da mesma forma um


salto do psíquico para o orgânico, os sintomas são predominantes no “sistema de


o
ai

comunicação” da pessoa com o mundo, ou seja, em sua mímica, em seus cinco


C

sentidos, em sua mobilidade e coordenação motora. Dessa forma, todos os


quadros de conversão se confundem com sintomas neurológicos, ou seja,
desmaios, formigamentos, paralisias, perda da voz, da visão, etc. Na Conversão
os sintomas aparecem sob a forma de perda da função de um ou de vários
atributos necessários à vida de relação. Isso significa que a musculatura estriada
e os órgãos sensoriais são afetados.

| 132
Os problemas de Somatização, por sua vez, normalmente envolvem a
clínica médica. Os sintomas envolvem os diversos órgãos e sistemas, como por
exemplo, dores no peito (sistema cardiovascular), falta de ar (sistema
respiratório), cólicas abdominais (sistema gastroenterológico ou ginecológico), e
assim por diante.

36
Nos distúrbios de Dissociação há, da mesma forma, um salto do psíquico, porém,

5:
não mais para o orgânico: há um salto do psíquico para o próprio psíquico. Aqui

:1
15
são afetadas a consciência e integração da pessoa com a realidade. A Dissociação,

0
02
segundo a CID.10, é representada pelos fenômenos onde o indivíduo fica,

/2
repentinamente, dissociado dos estímulos internos e externos.

12
6/
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=181

-1
om
52. CESPE - DEPEN – 2013

.c
ok
A alucinação não é um fenômeno específico das psicoses, visto que pode

tlo
estar presente como um episódio fugaz, sob diferentes formas, no neurótico e no
ou
homem dito normal.
s@
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar

Gabarito: C
m
io

Comentários: Correto! Podemos entender claramente que a presença de


ab

alucinação não se encerra apenas sobre o diagnóstico das psicoses, mas de outras
of
ai

condições, como o abuso de substâncias, situações de estresse, etc.


-c
2
-2
41

53. CESPE - DEPEN – 2013


.8

Com relação às estruturas em psicopatologia, julgue os itens subsequentes.


81
.6

Na histeria, há uma linguagem de órgão. Nesse tipo de estrutura, grande


39

parte da linguagem se vê articulada com metáforas tomadas no sentido literal, o


-0

que levou Freud a afirmar que a histeria é o “fóssil” da linguagem.


s
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
M

Gabarito: C
a
uz

Comentários: Perfeito, mas tirado do fundo do baú! Vejamos:


So

A SUBVERSÃO RENITENTE DO LIXO SEMIOLÓGICO: OS SINTOMAS HISTÉRICOS


de

Como é sabido, Freud teve uma formação acadêmica médica,


o
bi

interessando-se desde o começo pela atividade científica de pesquisa, sobretudo


em fisiologia. Este traço, apesar de todo o desenvolvimento posterior da


o
ai

psicanálise e da metapsicologia, nunca o abandonou. Como clínico, espanta-se


C

com a estranheza dos sintomas histéricos. Como pode haver sintomas no corpo
dos quais o paciente realmente sofra e para os quais não haja uma explicação
anatômica? E como, sob hipnose, estes sintomas desaparecem ou podem ser
mesmo induzidos em outras pessoas?
A histeria é uma neurose no mais estrito sentido da palavra – quer
dizer, não só não foram achadas alterações perceptíveis no
sistema nervoso, nessa doença, como também não se espera que

| 133
qualquer refinamento das técnicas de anatomia venha a revelar
alguma dessas alterações (Freud, 1888, p. 79).
Além disto, os sintomas são mutáveis - não apenas no mesmo paciente,
mas no próprio desenrolar histórico-social (Van Den Bergh, 1965) – exagerados, e
colocam em xeque a própria habilidade do médico, podendo este fazer muitos

36
“milagres” ou mostrar-se totalmente impotente (Freud, 1888). Enveredando na

5:
pesquisa e tratamento da histeria, Freud vai se aproximando cada vez mais da

:1
15
importante questão dos conflitos virtuais do paciente e da linguagem na

0
02
formação de tais sintomas.

/2
Em seus Estudos sobre Histeria (Freud, 1893a) cita que a simbolização

12
6/
exerce papel fundamental na formação do sintoma, dando como exemplo a

-1
neuralgia de Cecily:

om
Estava curioso em descobrir se também a neuralgia viria a ter uma

.c
ok
causa psíquica. Quando comecei a evocar a cena traumática, a

tlo
paciente viu-se de volta a um período de grande irritabilidade para
ou
s@
com o marido. Descreveu uma conversa que tivera com ele e a
tin

observação dele que ela sentira como um áspero insulto. De súbito


ar

levou a mão à bochecha, soltou um grande grito de dor e exclamou:


m
io

“foi como uma bofetada no rosto”. Com isso cessaram tanto a dor
ab

como o acesso (Freud, 1893a , p. 227)


of
ai

Ainda que o próprio Freud tenha reconhecido depois a exceção da


-c

“facilidade” do caso de Cecily, faz-se notar aqui a abertura da possibilidade de se


2
-2
41

pensar o papel da linguagem no sintoma e, nela, o papel exercido pela metáfora


.8

(Zanello & Martins, prelo). Vemos que a metáfora foi tomada literalmente
81
.6

(desmetaforicizada), inscrita no corpo da paciente (ela se mostra). Apenas


39

quando ela pode metaforicizar a metáfora, por exemplo, transformando-a numa


-0

comparação, é que o sintoma se esvai (recupera-se o “como se” da metáfora, sem


s
tin

o qual não há metáfora). Freud cita ainda outros exemplos interessantes, como a
ar
M

dor entre as sobrancelhas de que a paciente se queixa e da qual se cura, ao


a
uz

lembrar-se e falar do “olhar penetrante” da avó. Ele nos diz:


So

Minha observação de Frau Cecily M. proporcionou-me a


de

oportunidade de fazer uma coletânea regular de tais


o
bi

simbolizações. Todo um grupo de sensações físicas que


ordinariamente seriam consideradas por causas orgânicas eram,


o
ai

no seu caso, de origem psíquica, ou pelo menos possuíam um


C

significado psíquico. Uma série específica de suas experiências


foram acompanhadas por uma sensação de apunhalamento na
região do coração (significando “apunhalou-me até o coração”). A
dor que ocorre na histeria em que pregos são cravados na cabeça,
era, sem dúvida, explicada no seu caso como uma dor relacionada
com o pensamento (“Alguma coisa me entrou na cabeça”). Dores
dessa espécie eram logo dissipadas, quando os problemas em

| 134
jogo eram esclarecidos. Junto com a sensação de uma “aura”
histérica na garganta, quando aquela sensação surgia após um
insulto, encontrava-se o pensamento “terei que engolir isto”.
(Freud, 1893a , p. 230).
E logo após comenta:

36
Ao tomar uma expressão verbal literalmente, e ao sentir a

5:
“punhalada no coração” ou a “bofetada na face” após uma

:1
15
observação desatenta como um fato real, o histérico não toma

0
02
liberdade com as palavras, mas simplesmente revive as sensações

/2
às quais a expressão verbal deve sua justificativa. (Freud, 1893a, p.

12
6/
230)

-1
Freud vai sugerir então que a histeria é o fóssil da linguagem, pois, ao

om
restaurar o significado original das palavras, retrata-as em seu corpo: “Assim,

.c
ok
aqui como em outras ocasiões, a neurose, acompanhando os usos da linguagem,

tlo
toma as palavras no seu sentido original e significativo; parecendo utilizá-las em
ou
s@
sentido figurado, está na realidade simplesmente devolvendo a elas seu sentido
tin

primitivo” (Freud, 1908, p. 180).


ar

Fonte: Zanello, Valeska. Martins, Francisco. O Reencontro da clínica com a


m
io

metáfora. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 1, p. 189-196, jan./mar. 2010.


ab

Disponivel: http://www.scielo.br/pdf/pe/v15n1/a20v15n1.pdf.
of
ai
-c

54. CESPE - DEPEN – 2013


2
-2
41

A angústia neurótica é a angústia da castração; seu arranjo, por meio de


.8

diferentes mecanismos de defesa neuróticos, raramente deixa a angústia em estado


81
.6

puro. Já a angústia esquizofrênica é formada de sentimentos de transformação


39

interior e exterior, com perda dos limites do ego, sendo, portanto, uma angústia de
-0

fragmentação.
s
tin

( ) Certo ( ) Errado
ar
M

Gabarito: C
a
uz

Comentários: Recorrerei a duas excelentes citações para definirmos tanto a


So

angústia neurótica quanto a angústia na esquizofrenia.


de

O tema da angústia é abordado por Freud, do início ao fim de sua obra, por
o
bi

meio de duas teorias bem delimitadas.


A primeira teoria da angústia é baseada essencialmente no ponto de vista


o
ai

econômico: trata-se de uma grande quantidade de energia sexual que invadiu o


C

sujeito, de um grande acréscimo de excitação que se aliviaria por meio da


descarga dessa energia sexual. Freud irá falar aí de um coito insatisfatório. A
angústia é, então, considerada como um intenso afeto de desprazer vinculado
estritamente à sexualidade.
A segunda teoria freudiana da angústia a considera como um verdadeiro
sinal de alarme, motivado pela necessidade de o eu se defender diante da
iminência de um perigo. Trata-se eminentemente de uma reação à perda, à

| 135
separação de um objeto fortemente investido. Logo, esta segunda teoria da
angústia representa uma releitura que Freud faz a partir do momento em que
inclui os novos elementos de sua doutrina: o Édipo e a castração.
A angústia surge aqui basicamente como angústia de castração e está
ligada à perda e à separação. Freud passará a considerar a angústia, enquanto

36
angústia de castração, como sendo um dado universal. Mas não deixará de

5:
mencionar, numa de suas "Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise",

:1
15
três diferentes possibilidades na origem do afeto da angústia: a angústia real,

0
02
ocasionada por algum evento oriundo do mundo externo; a angústia neurótica,

/2
desencadeada por elementos pulsionais provenientes do isso; a angústia de

12
6/
consciência, produzida pelo supereu. Mas a segunda teoria da angústia em Freud

-1
está ligada essencialmente ao eu – ponto fundamental que será retomado por

om
Lacan em sua teoria do eu como sendo da ordem do imaginário. Veremos mais à

.c
ok
frente que, para Lacan, a angústia será considerada como um sinal do real que

tlo
invade a ordem imaginária do eu.
ou
s@
Fonte: JORGE, Marco Antonio Coutinho. Angústia e castração. Reverso [online].
tin

2007, vol.29, n.54 [citado 2014-03-08], pp. 37-42 . Disponível em:


ar

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
m
io

73952007000100006&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0102-7395.


ab
of
ai

Conforme Freud mesmo postula, na esquizofrenia, as manifestações


-c

sintomáticas de delírios e alucinações estão presentes como formações que


2
-2
41

visam proteger o sujeito da angústia.


.8

[...]
81
.6

Assim, é possível entender que a partir da falha transmitida pela mãe no


39

reconhecimento do Eu-corpo-outro, o psicótico, e mais especificamente, o


-0

esquizofrênico buscará sobrevivência a partir da lógica do reinvestimento de um


s
tin

corpo que não pode ser reconhecido como limitado, mas sim como um composto
ar
M

de fragmentos cujos limites se desconhece.


a
uz

[...]
So

A fim de ilustrar a exposição anterior, apresento um pequeno fragmento


de

de minha experiência clinica em uma instituição psiquiátrica da baixada santista


o
bi

onde uma paciente esquizofrênica havia recebido cuidados médicos e


psicoterápicos pela primeira vez. Em determinado momento da entrevista a


o
ai

paciente disse:
C

Fico angustiada em vir para o tratamento, pois quando saio na rua,


tenho a sensação de que todos estão tendo acesso aos meus
pensamentos. Todos conseguem me ouvir pensando e por isso,
riem de mim.
A partir deste pequeno relato é possível compreender a angústia
decorrente desta não diferenciação entre os limites do corpo e o mundo externo.

| 136
Seguindo esta linha de raciocínio, Tausk, como importante estudioso a
respeito da esquizofrenia compreende que nesta constituição psicopatológica há
uma perda nos limites do ego. Segundo relato a partir de sua experiência clínica,
explicita que:
Os doentes se queixam de que todos conhecem seus pensamentos,

36
que não estão estes fechados na cabeça, mas espalhados sem

5:
limites pelo mundo, de forma que se passam simultaneamente em

:1
15
todas as cabeças. O doente perdeu consciência de ser uma

0
02
entidade psíquica, um ego possuindo seus próprios limites. (Tausk,

/2
1990, p. 54)

12
6/
Com isto, pode-se compreender que há, nesta patologia, um movimento

-1
de espécie de regressão a um momento primitivo onde não se reconhece a

om
distinção entre o Eu e o não Eu, entre o Eu e o mundo, entre o corpo e o não corpo,

.c
ok
entre o sujeito e o objeto.

tlo
Fonte: Nobre, Thalita Lacerda. Algumas considerações psicanalíticas a respeito da
ou
s@
esquizofrenia. Psic. Rev. São Paulo, volume 20, n.1, 67-78, 2011.
tin
ar

55. CESPE - DEPEN – 2013


m
io

Na ilusão há uma percepção clara e definida de um objeto sem a presença


ab

do objeto estimulante real. Isto torna este sintoma um importante signo


of
ai

patognomônico de transtornos mentais graves.


-c

( ) Certo ( ) Errado
2
-2
41

Gabarito: E
.8

Comentários: Patognomônico é sinônimo de sintoma. A assertiva refere-se à


81
.6

alucinação e não à ilusão. Vejamos o que Dalgalarrondo diz:


39

Ilusão
-0

Para Dalgalarrondo, página 123, ilusão é a percepção deformada,


s
tin

alterada de um objeto real e presente. Na ilusão há sempre um objeto


ar
M

real, gerador de processo de sensopercepção, mas tal percepção é


a
uz

deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos.


So

Alucinação
de

Para Dalgalarrondo, página 124, define-se alucinação como a


o
bi

percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o


estímulo sensorial respectivo.


o
ai
C

56. CESPE - DEPEN – 2013


Em psicopatologia clínica com um viés psicodinâmico, deve-se qualificar
uma prática semiológica simbólica e não apenas indicial, pois a psicopatologia se
vê confrontada com fenômenos de ordem diferente da semiologia médica clássica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

| 137
Comentários: Traduzindo, pelos viés psicodinâmico, deve-se investigar
qualitativamente o psiquismo humano e não apenas colher indícios orientadores
apenas de diagnósticos nosológicos. Em outras palavras, busca-se, além dessa
caracterização, a compreensão do mundo psicológico individual que constituem o
fenômeno estudado.

36
5:
57. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011

:1
15
Na fase inicial da terapia, o terapeuta deve focar questões que sejam menos

0
02
sensíveis ao paciente, a fim de reduzir o estresse que questionamentos mais

/2
sensíveis podem ocasionar e de evitar que o paciente se sinta pressionado.

12
6/
( ) Certo ( ) Errado

-1
Gabarito: C

om
Comentário: Pacientes desse tipo tendem a ter comportamentos hostis quando

.c
ok
confrontados com situações que lhes causem alguma espécie e desconforto. Dessa

tlo
maneira, o terapeuta deve sim começar com temais mais leves de modo a conseguir
ou
s@
criar vínculo. Caso, ele comece por temais muito sensíveis ao paciente, afastando-
tin

o do setting terapêutico de maneira decisiva


ar
m
io

58. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


ab

Acerca do tratamento de dependentes químicos, julgue os itens


of
ai

subsequentes.
-c

Por meio do exame neuropsicológico, que é importante no tratamento de


2
-2
41

dependentes químicos, podem ser identificadas quais funções cognitivas foram


.8

afetadas pelo uso de substâncias psicoativas.


81
.6

( ) Certo ( ) Errado
39

Gabarito: C
-0

Comentário: É comum que o uso prolongado ou em altas doses de substâncias


s
tin

químicas causem danos neurológicos importantes ao sistema nervoso dos


ar
M

consumidores. Muitas vezes, para ter avaliar com mais precisão os prejuízos
a
uz

causados, é preciso fazer exames que solicitam a execução de certas tarefas para
So

que se possa avaliar através delas a extensão do dano cognitivo.


de
o
bi

59. EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


Para o tratamento de pacientes com dependência química, é essencial a avaliação


o
ai

de possíveis comorbidades.
C

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentário: É importante avaliar as comorbidades, pois elas podem estar na
gênese da dependência química. Ou seja, na verdade, a dependência química é
apenas uma consequência dos sintomas dessa patologia. Portanto, para tratar a
dependência é preciso tratar essa condição.

| 138
60. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

Considerando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –


IV (DSM – IV), julgue os itens seguintes.
Para a distinção entre demência e delirium, o diagnóstico diferencial

36
baseia-se em dois itens, que se focalizam no estado de alerta — presente no delirium

5:
— e na ausência da perturbação da consciência — característica da demência.

:1
15
( ) Certo ( ) Errado

0
02
Gabarito: E

/2
Comentário: Está incorreto pois no delirium o estado de alerta (como uma das

12
6/
características do estado normal de consciência) não está presente. Em ambos os

-1
casos, há perturbações da consciência, mas as duas se diferenciam principalmente

om
pelo fato de a demências ter um curso crônico e o delirium ter curso flutuante.

.c
ok
tlo
61. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011
ou
s@
Midríase, taquicardia, sudorese, palpitações, visão turva, tremores e
tin

incoordenação constituem critérios diagnósticos de intoxicação por cafeína.


ar

( ) Certo ( ) Errado
m
io

Gabarito: E
ab

Comentário: Está incorreto, pois os principais sintomas da intoxicação por cafeína


of
ai

são: inquietação, nervosismo, excitação, insônia, rubor facial, diurese e queixas


-c

gastrintestinais. Os sintomas que em geral aparecem com níveis superiores a 1 g/dia


2
-2
41

incluem abalos musculares, pensamentos e discurso com fluxo errático, taquicardia


.8

ou arritmia cardíaca, períodos de inexaustabilidade e agitação psicomotora.


81
.6
39

62. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


-0

O transtorno de humor induzido por substâncias psicoativas pode ocorrer


s
tin

associado tanto à intoxicação quanto à abstinência dessas substâncias.


ar
M

( ) Certo ( ) Errado
a
uz

Gabarito: C
So

Comentário: Está correta já que a característica fundamental do transtorno do


de

Humor Induzido por Substância é uma perturbação acentuada e persistente do


o
bi

humor (Critério A), considerada como decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de

uma substância (droga de abuso, medicamento, outros tratamentos somáticos


o
ai

para a depressão ou exposição a uma toxina) (Critério B). Os sintomas podem


C

ocorrer tanto durante a intoxicação quanto em durante a abstinência.

63. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


Delirium é caracterizado por perturbação na consciência, com alteração
na cognição.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

| 139
Comentário: Estas são as principais características do quadro de delirium, por isso
a assertiva está correta.

CESPE – TRT 10° Região (Prova cancelada) – 2012


Julgue os itens subsequentes, a respeito de estruturas clinicas e psicopatologia.

36
64. ( ) A estrutura obsessiva tem como traços de caráter visando o ideal do Eu:

5:
asseio, escrupulosidade e submissão.

:1
15
Gabarito: C

0
02
Comentários: A assertiva está correta e exageradamente enxuta. Foi de

/2
Freud à Lacan em poucas palavras. Vejamos alguns trechos de um artigo:

12
6/
Em 1923b/1980, no texto “O ego e o id”, Freud estabelece uma

-1
comparação entre a neurose obsessiva e a melancolia, enfermidades que

om
apresentam intenso sentimento de culpa consciente, decorrente de

.c
ok
exigências do ideal do eu. A diferença entre elas reside no fato de que na

tlo
neurose obsessiva há, por parte do eu, um movimento para não aceitar a
ou
s@
culpa, ao contrário do que ocorre com o melancólico, que aceita a culpa e a
tin

vive como um autocastigo. Para o autor, na neurose obsessiva há uma maior


ar

proteção contra impulsos autodestrutivos.


m
io

...
ab
of

Poupar o outro é exatamente o que está na base dos cerimoniais e


ai

rituais obsessivos. Submissão às demandas do Outro, que Lacan (1957-


-c
2

58/1999) também denomina de “proezas” do obsessivo, as quais não pratica


-2
41

sozinho, pois é preciso que haja alguém que as testemunhe, e que lhe dê a
.8

permissão pela via do merecimento.


81
.6

...
39

A severidade do supereu conduz às formações reativas,


-0

escrupulosidade, asseio exagerado, que passam a ser considerados por


s
tin

Freud (1926/1980) em “Inibição, Sintoma e angústia” mecanismos


ar
M

defensivos vinculados à libido da fase anal.


a
uz

Fonte: http://www.ppi.uem.br/Dissert/PPI-UEM_2010_Valeria.pdf
So
de

65. ( ) Na psicose paranóica, as queixas são autoacusações.


o
bi

Gabarito: E

Comentários: Lacan tem uma obra sobre isso


o
ai
C

(http://pt.scribd.com/doc/34462301/da-psicose-paranoica). Mas podemos


responder apenas com os conceitos freudianos de defesa:
Freud (1969 [1896]), em “Observações adicionais sobre as
neuropsicoses de defesa”, mostra a projeção como mecanismo de defesa
presente na psicose paranóica.
Na paranoia, a auto-acusação é recalcada por um
processo que se pode descrever como projeção. É
recalcada pela formação do sintoma defensivo de

| 140
desconfiança nas outras pessoas. Dessa maneira o
sujeito deixa de reconhecer a autoacusação; e como
que para compensar isso, fica privado da proteção
contra as auto-acusações que retornam em suas
representações delirantes (FREUD, 1969 [1896]. p.210).

36
O paranoico, desta forma, projeta no mundo exterior algo de

5:
insuportável de sua vida. Não interioriza as recriminações como o obsessivo

:1
15
(QUINET, 1990).

0
02
Fonte:

/2
http://www.cfh.ufsc.br/~ppgp/Claudio%20de%20Souza%20Limeira.pdf

12
6/
-1
66. ( ) Delirium designa em psicopatologia os distúrbios da consciência vigil com

om
desorganização do psiquismo com relação ao tempo, espaço e pessoa.

.c
ok
Gabarito: C

tlo
Comentários: Perfeito. Vide:
ou
s@
A perturbação na consciência manifesta-se como desordem global da
tin

atenção, que invariavelmente encontra-se presente no delirium. Assim o


ar

indivíduo pode estar com sua capacidade para responder aos estímulos
m
io

diminuída, ou algumas vezes aumentada (hipervigil). Entretanto, em ambos


ab
of

os casos a habilidade de dirigir e manter a atenção seletivamente e


ai
-c

conforme a vontade está diminuída. Os pacientes não mantém a capacidade


2

de concentrar-se ("paciente distraído", hipotenaz). Anormalidades


-2
41

psicomotoras fazem parte do delirium. O paciente pode estar hiperativo


.8

("agitado"), falando alto e rapidamente, movimentando-se


81
.6

incessantemente. O contrário, ou seja, o paciente que parece sonolento, age


39

lentamente, também pode ocorrer.


-0
s

No delirium ocorrem alterações na cognição de maneira global, já


tin

que os três principais aspectos cognitivos alteram-se em algum grau:


ar
M

pensamento, percepção e memória. O pensamento torna-se desorganizado,


a
uz

incoerente e torna-se difícil direcionar seu curso para a solução de


So

problemas e definir ações. O paciente tem dificuldade no entendimento de


de

sua situação, distinção entre imagens do pensamento/sonhos e fatos, e


o
bi

relacionar novas informações ao conhecimento prévio. A memória recente é


prejudicada, tanto retrógrada como anterógrada. A linguagem


o
ai
C

frequentemente é perturbada, sendo disgrafia (problemas na escrita) um


dos indicadores mais sensíveis de delirium.
Em decorrência dessas alterações da cognição ideias deliróides
podem surgir, geralmente mal-sistematizadas e persecutórias. São comuns
distúrbios da percepção, como ilusões e alucinações, na sua maior parte
visuais. Outra consequência dos distúrbios cognitivos é a desorientação,
quase sempre presente, existindo inicialmente em relação ao tempo, depois

| 141
ao lugar e por último para pessoas (confundir familiares com estranhos e
vice-versa).
Fonte: http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/delirium.html
Observação, não confunda Delirium com Delírio. No delírio a
memória e a atenção são preservadas e envolve crenças mal

36
fundamentadas, que a pessoa resiste a qualquer argumentação lógica e que

5:
causa sérios prejuízos na vida social do indivíduo.

:1
15
0
02
67. ( ) As psiconeuroses narcísicas, segundo Freud, incluem as neuroses e

/2
perversões.

12
6/
Gabarito: E

-1
Comentários: A psiconeurose narcísica foi descrita, posteriormente por

om
Freud como psicose. Aqui foi feita uma salada de conceitos. Psicose é uma

.c
ok
coisa, neurose é outra e perversão outra bem diferente. Nenhuma está

tlo
englobada na outra.
ou
s@
tin

CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


ar

Márcia, que tem 16 anos de idade e é filha de pais separados, mora com a
m
io

mãe e a avó. Ultimamente, ela vem apresentando um quadro de ansiedade, com


ab
of

intenso medo de sair de casa, de ficar sozinha, inclusive; só o fato de pensar nessa
ai

possibilidade desencadeia crise de falta de ar e taquicardia, associada com intenso


-c
2

temor de morrer. Nos momentos em que sente falta de ar e taquicardia, ela solicita
-2
41

que a levem ao pronto-socorro de imediato, porém, em todas essas ocasiões,


.8

nenhuma causa orgânica é identificada. Sua mãe relata que há um ano Márcia
81
.6

decidiu parar de estudar, mostrando desejo de mudar de país. Nos últimos meses,
39

Márcia tem passado grande parte do tempo fazendo companhia a uma prima de sua
-0

idade em tratamento oncológico e muito deprimida, a quem Márcia vem tentando


s
tin

ajudar.
ar
M

Com base na situação hipotética acima apresentada e nas diferentes


a
uz

teorias da personalidade, julgue os itens a seguir.


So

68. ( ) De acordo com a teoria psicanalítica, Márcia apresenta uma estrutura


de

neurótica, manifestada por uma demanda de amor. Essa estrutura neurótica


o
bi

impõe restrições em sua vida, como a limitação no seu ir e vir e uma tentativa

de não confrontar-se com as perdas inerentes à sua fase de vida.


o
ai

Gabarito: C
C

Comentários: Diagnóstico perfeito. É importante saber distinguir neurose de


perversão e psicose (o que faremos na última aula). Por enquanto, é importante
saber que a neurose refere-se a qualquer desequilíbrio psíquico que causa angústia
e ansiedade, porém ao contrário da psicose e algumas outras desordens mentais,
não impede ou afeta o pensamento racional. Também é conhecida como
psiconeurose ou distúrbio neurótico.

| 142
CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008
A partir de 1952, o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios
Mentais, em sua quarta revisão) substituiu os conceitos de psicose, neurose e
perversão pela noção de distúrbio. Na segunda revisão de classificação das doenças
(CID-10), a OMS definiu os distúrbios mentais e do comportamento segundo os

36
mesmos critérios do DSM-IV. Considerando essas classificações, dois pacientes, um

5:
diagnosticado com distúrbio dissociativo e outro, com diagnóstico de perturbação

:1
15
do curso do pensamento, podem apresentar, respectivamente

0
02
69. ( ) neurose histérica e esquizofrenia.

/2
Gabarito: C

12
6/
Comentário: Está certo, pois o quadro dissociativo não apresenta sintomas nos

-1
quais não há perda de contato com a realidade, o que corresponderia a neurose.

om
Por outro lado, a perturbação do curso de pensamento é tipicamente um sintoma

.c
ok
típico de quadros psicóticos tais como a esquizofrenia.

tlo
70. ( ) transtorno obsessivo compulsivo e paranoia.
ou
Gabarito: E
s@
tin

Comentário: A questão está errada. Distúrbios dissociativos e transtorno


ar

obsessivo-compulsivo são ambos os transtornos em que não há perda de contato


m
io

com a realidade, contudo não possuem a mesma natureza. Por outro lado, pode
ab

haver sintomas dissociativos em vários transtornos, (no transtorno obsessivo-


of
ai

compulsivo também) mas nesse caso, se há um quadro significa que o sintoma


-c

desse quadro são primordialmente dissociativos. Por outro lado, pode haver
2
-2
41

perturbação do curso de pensamento na paranoia.


.8
81
.6

71. ( ) personalidade múltipla e melancolia.


39

Gabarito: E
-0

Comentário: Está incorreta, pois a personalidade múltipla é um tipo de transtorno


s
tin

dissociativo, mas a melancolia não se relaciona com a perturbação do curso do


ar
M

pensamento.
a
uz
So

72. ( ) neurose e psicose.


de

Gabarito: C
o
bi

Comentário: Está correto, pois o quadro dissociativo corresponde a um transtorno


possível em uma pessoa com estrutura neurótica assim como a perturbação do


o
ai

curso do pensamento é típica de uma pessoa com personalidade psicótica.


C

73. ( ) transtorno de pânico e perversão.


Gabarito: E
Comentário: Um quadro dissociativo não corresponde a um quadro de transtorno
de pânico e a perturbação no curso de pensamento não é sintoma comum de uma
pessoa com estrutura perversa. Ou seja, a assertiva está errada.

| 143
Com referência aos sintomas inerentes à depressão psicogênica, julgue os
itens que se seguem, à luz da concepção da psicopatologia a respeito dos
transtornos de humor.
74. ( ) Na depressão, a ansiedade é sempre manifesta, e são frequentes
também as manifestações somáticas, como a sensação nó na garganta, as

36
palpitações, as vertigens e o medo em relação ao futuro, futuro esse que é

5:
visto como totalmente desesperançoso, a exemplo do que ocorre com o

:1
15
paciente melancólico.

0
02
Gabarito: E

/2
Comentário: O erro da questão está em afirmar que a ansiedade é sempre

12
6/
manifesta na depressão.

-1
A Depressão Típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente

om
associados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade ,

.c
ok
tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. A presença de todos esses

tlo
sintomas ao mesmo tempo não é obrigatória.
ou
75. ( )
s@
Na depressão, a inibição exprime-se sob as formas de cansaço e de
tin

impotência para assumir as atividades cotidianas, mas o paciente conserva


ar

algo dos laços com o social, e não apresenta a lentidão psíquica e motora
m
io

típica da melancolia, com sua expressão congelada e sua inacessibilidade às


ab

relações.
of
ai

Gabarito: C
-c

Comentários: Questão nível Jedi. O CESPE disse que estava correta, mas é possível
2
-2
41

diferenciar a melancolia da depressão nesses parâmetros? Vamos fazer uns


.8

apontamentos e depois discutir essa questão. Pela psicanálise, temos diferenças?


81
.6

Temos sim, confira:


39
-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

Fonte: http://www.palavraescuta.com.br/textos/melancolia-e-depressao-
o

sintomas-em-comum-estruturas-diagnosticas-diferentes
ai
C

E pelo DSM-IV?
Segundo a classificação do DSM IV para o diagnóstico melancolia são
necessários:
A. Pelo menos um dos dois
1. falta de prazer nas atividades diárias;
2. desânimo como reação a um estimulo agradável que em geral
causaria prazer;
B. Pelo menos três dos seguintes

| 144
1. a falta de prazer e o desanimo não estão relacionadas a um fato real
que causaria tristeza natural (como no caso da morte de um próximo);
2. a depressão é agravada na parte da manhã;
3. o despertar é adiantado pelo menos em duas horas em comparação
ao usual;

36
4. profunda agitação psicomotora ou languidez intensa;

5:
5. perda de peso significante ou anorexia;

:1
15
6. sentimento de culpa constante e inapropriado.

0
02
E ainda cito mais: Características melancólicas

/2
O termo "melancolia" tem sido empregado, nas atuais classificações (como

12
6/
o DSM IV), para designar o subtipo anteriormente chamado de "endógeno", "vital",

-1
"biológico", "somático" ou "endogenomorfo" de depressão. Considerado por

om
muitos como o "protótipo" ou síndrome nuclear das depressões, a melancolia – ao

.c
ok
contrário de outras formas de depressão – parece constituir-se em um grupo mais

tlo
homogêneo, que responde melhor a tratamentos biológicos, e para o qual os
ou
fatores genéticos seriam os principais determinantes.
s@
tin

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
ar

44461999000500003
m
io

Mas, Alyson, que “arrodeio” é esse? De onde a Cespe tirou que a melancolia
ab

tem lentidão motora e psíquica? Não sei, por isso temos que considerar, aqui, que a
of
ai

Cespe adotou um posicionamento diante da conceituação da melancolia!!! Anote


-c

isso.
2
-2
41
.8

76. ( ) As condutas suicidas são muito frequentes na depressão e


81
.6

constituem, quase sempre, pedido de socorro, pouco grave em suas


39

consequências e com valor de manipulação de seu meio, sendo menos


-0

preocupantes do que as tentativas suicidas do paciente melancólico, no


s
tin

qual têm caráter definitivo e atroz.


ar
M

Gabarito: E
a
uz

Comentário: As tentativas de suicídio não devem ser encaradas como menos


So

graves dependendo do tipo de transtorno, pois elas podem representar pedidos de


de

socorro e manipulação, mas, podem ser expressão também de comportamentos


o
bi

graves nos quais as pessoas realmente podem querer findar suas vidas. Além disso,

temos que contar sempre com aqueles que por mais que queiram apenas pedir
o
ai

socorro, põem acidentalmente acabar sendo bem sucedidos em tais tentativas.


C

Com relação à classificação psicodiagnóstica dos quadros


psicopatológicos de sujeitos que sofrem dano psíquico ou agressão produzida por
um evento sobre seu psiquismo, de forma a provocar perturbação, distúrbio,
disfunção ou transtorno que restrinjam sua vida, julgue os itens a seguir.
77. ( ) O quadro psicopatológico leve do dano psíquico constitui uma
conformação patológica de índole reativa, com comprometimento

| 145
substancial para as relações sociais e indicação de tratamento psicoterápico
permanente.
Gabarito: E
Comentário: O erro está em tratamento "permanente" nesse caso.

36
78. ( ) É classificado como moderado o quadro psicopatológico do dano

5:
psíquico que apresenta sintomas manifestos com persistência do

:1
15
funcionamento psíquico prévio ao dano e com indicação de tratamento não-

0
02
inferior a um ano, como nas depressões e nas fobias.

/2
Gabarito: C

12
6/
Comentários: A persistência dos sintomas não sendo tão prolongada e a

-1
prevalência do funcionamento psíquico com tratamento inferior a um ano deixa

om
claro que esse é um quadro moderado, pois os sintomas parecem não afetar de

.c
ok
maneira significativa a vida do indivíduo.

tlo
ou
s@
79. ( ) A situação de irreversibilidade do quadro psicopatológico, marcado pela
tin

impossibilidade de adaptação do sujeito, com alterações importantes


ar

observadas entre os períodos pré-traumático e pós-traumático,


m
io

corresponde a um dando psíquico classificado como grave.


ab

Gabarito: C
of
ai

Comentário: Está correto, pois a gravidade do dano psíquico pode ser mensurado
-c

em quanto ele causa prejuízo em outras áreas da vida do indivíduo. No caso


2
-2
41

descrito, fica óbvio que este é um quadro grave, já que ele é irreversível e os
.8

sintomas são graves tanto antes quanto depois do evento estressor.


81
.6
39

CESPE- TRE BA - Analista Judiciário – 2010


-0

Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia.


s
tin

80. ( ) A anorexia mental tem grande prevalência em adolescentes e


ar
M

relaciona-se ao impasse de tornar-se adulto. Os adolescentes encontram, no


a
uz

emagrecimento provocado, satisfação da necessidade de controle e prazer


So

narcísico advindo da manipulação do corpo, além do sentimento de poder e


de

da negação da gravidade da situação.


o
bi

Gabarito: C

Comentário: Está certo o item, pois o Manual afirma que mais de 90% dos casos de
o
ai

anorexia ocorrem em mulheres jovens.Com relação à anorexia nervosa, fica claro


C

que a grande dificuldade enfrentada no tratamento dessa condição é a forma


“egossintônica do transtorno”, ou seja, o paciente não acha seu comportamento
alimentar bizarro e nem atípico, o que acarreta, desde o início, a um vínculo
terapêutico difícil e, até mesmo impossível, pois seguidamente o paciente não
apresenta uma demanda para tratamento.

| 146
81. ( ) É frequente encontrar sujeito com anorexia em famílias rígidas e
encerradas em si mesmas. Normalmente, há, nesses casos, uma relação de
extrema confiança com a mãe e uma convivência tão próxima que anula a
vontade de independência desse sujeito, que é carente de afetos,
excessivamente racional e apresenta tendência ao perfeccionismo.

36
Gabarito: E

5:
Comentário: A questão está apenas parcialmente correta. Muitas anoréxicas

:1
15
pertencem a famílias rígidas e fechadas em si mesmas, e comumente têm

0
02
um relacionamento patológico com a mãe. As anoréxicas são frequentemente

/2
pessoas dependentes, mas atuando de uma maneira de perfeita independência,

12
6/
muito carentes de afeto, com quase obsessiva tendência para o perfeccionismo

-1
intelectual, que as leva à quase incurável racionalização.

om
.c
ok
82. ( ) A tentativa de suicídio está relacionada a um conjunto de fatores,

tlo
como depressão severa, baixa tolerância a angustia ou a dores físicas, desejo
ou
s@
de controlar os eventos ou de evitar confrontar-se a uma autoimagem
tin

desvalorizada. As tentativas repetidas de suicídio são uma prova de que o


ar

sujeito não quer, de fato, perder a vida, mas quer a atenção, não havendo
m
io

riscos reais nesses casos.


ab

Gabarito: E
of
ai

Comentário: O erro da questão está em afirmar que não há riscos reais nos casos
-c

de tentativas reiteradas de suicídio. Qualquer comportamento suicida deve ser


2
-2
41

levado a sério. O comportamento suicida abrange tanto os gestos suicidas (ações


.8

suicidas sem intenção de serem fatais), quanto as tentativas de suicídio (ações que
81
.6

pretendem ser fatais, mas não são concluídas) e o suicídio consumado (ato que
39

resulta na eliminação da própria vida). A tentativa de suicídio é um sinal claro de


-0

doença mental e o psicólogo deve dar o devido valor para isto.


s
tin
ar
M

83. ( ) Uma atuação ou acting-out é um comportamento que pode legar à


a
uz

concretização de um suicídio, por exemplo, quando o sujeito,


So

inconscientemente, envolve-se em acidentes ou situações que colocam em


de

risco sua própria vida, ou seja, quando, sem poder dar uma interpretação
o
bi

simbólica a sua angústia, o sujeito apresenta uma atuação com efeito de


passagem ao ato.
o
ai

Gabarito: C
C

Comentário: Acting out é um termo usado na linguagem de mecanismos de defesa


e autocontrole , ou seja, para executar uma ação em contraste com o rolamento e
gerir o impulso de realizá-lo. A atuação é realizada geralmente antissocial e podem
admitir a maneira de agir sobre os impulsos de um vício (por exemplo, beber, usar
drogas ou roubo) ou no meio projetado (muitas vezes inconsciente ou semi-
conscientemente) para chamar atenção (ex.: jogando uma birra ou comportar
promiscuamente).

| 147
CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2010
Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia e diagnóstico
diferencial.
84. ( ) O sintoma mais comum do transtorno de ansiedade generalizada é a

36
apreensão inespecífica; o do transtorno obsessivo-compulsivo é a fixação

5:
em um tema preferencial, como sujeira ou contaminação.

:1
15
Gabarito: C

0
02
Comentário: As características gerais dos quadros estão descritas corretamente.

/2
12
6/
85. ( ) A toxicomania e a psicose apresentam alguns pontos em comum,

-1
entre os quais se incluem a precariedade subjetiva e a foraclusão da lei

om
paterna.

.c
ok
Gabarito: C

tlo
Comentário: Está correto. Para Lacan, nos casos de toxicomania e psicose, existe a
ou
foraclusão do nome do pai.
s@
tin
ar

86. ( ) A depressão e a melancolia, manifestações da mesma estrutura


m
io

psíquica, apresentam os seguintes sintomas: negativismo, falta de ânimo,


ab

fantasias autodestrutivas e distúrbios somáticos.


of
ai

Gabarito: E
-c

Comentário: Na verdade, a melancolia é uma antiga classificação para depressão,


2
-2
41

não sendo manifestação da mesma estrutura psíquica e sim nomenclaturas


.8

diferentes para um mesmo fenômeno.


81
.6
39

87. ( ) As manifestações de tristeza, luto e irritabilidade são transtornos


-0

indicativos de depressão severa e devem ser tratados com antidepressivos.


s
tin

Gabarito: E
ar
M

Comentário: De acordo com o DSM IV, o luto e a irritabilidade não são critérios
a
uz

diagnósticos para a depressão.


So
de

88. ( ) O comportamento de evitação e as compulsões são muito comuns


o
bi

nos casos de transtorno obsessivo-compulsivo; nas fobias, não se verifica


ocorrência de obsessões ou compulsões.


o
ai

Gabarito: C
C

Comentário: Está correto. As fobias têm como característica principal o medo irreal
de um determinado estímulo.

89. ( ) Pesadelos, sonhos recorrentes, fobia a situação, pessoa ou lugar


associados a estressor que tenha causado risco de morte são sintomas
típicos de estresse pós-traumático.
Gabarito: C

| 148
Comentário: Os sintomas estão adequadamente descritos. O TEPT é um transtorno
ansioso que geralmente se desenvolve após a ocorrência de uma situação
excessivamente estressante para o indivíduo.

90. ( ) A maioria dos pacientes com transtorno obsessivo compulsório

36
(TOC) é acometida de ataques de ansiedades, com características de ataque

5:
de pânico, sendo esses ataques secundários aos medos obsessivos de

:1
15
contaminação, por exemplo.

0
02
Gabarito: C

/2
Comentário: Está correto. É comum que indivíduos portadores de TOC quando se

12
6/
aproximam das situações que lhe causam ansiedade devido a ocorrência das

-1
obsessões apresentem sintomas de uma crise de pânico. Contudo estes ataques

om
não são inespecíficos ou imprevisíveis, estando associados às obsessões.

.c
ok
tlo
CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010
ou
s@
A respeito do psicodiagnóstico diferencial dos transtornos de adaptação e
tin

das reações ao estresse, julgue os itens a seguir.


ar

91. (C) A reação aguda ao estresse (CID-X: F43.0), ou fadiga de combate é


m
io

transitória, pode desaparecer em alguns dias ou horas, se manifestando de


ab

início por um estado de aturdimento, desorientação, taquicardia, ondas de


of
ai

calor, e ocorre apenas quando não se manifesta nenhum outro transtorno


-c

mental em seguida a um estresse excepcional.


2
-2
41

Comentário. Está correto. Os sintomas se manifestam habitualmente nos minutos


.8

que seguem a ocorrência do estímulo ou do acontecimento estressante e


81
.6

desaparecem no espaço de dois a três dias (freqüentemente em algumas horas).


39
-0

92. (C) O estado de estresse pós-traumático (CID-X: F43.1), ou neurose


s
tin

traumática constitui uma resposta retardada a um evento estressante, cujo


ar
M

período que separa a ocorrência do traumatismo do transtorno varia de


a
uz

algumas semanas a meses, alguns de seus sintomas sendo a rememoração


So

do evento traumático sob a forma de lembranças invasivas, pesadelos,


de

anedonia, estado de alerta e insônia.


o
bi

Comentário: Os sintomas estão corretamente descritos. Essa


sintomatologia se desenvolve após a ocorrência de uma situação de estresse


o
ai

intenso para o indivíduo.


C

93. (C) Os transtornos de adaptação (CID-X: F43.2) caracterizam-se por um


estado de sofrimento emocional subjetivo que entrava o desempenho
social, em razão da adaptação a uma mudança existencial ou a um
acontecimento estressante, como o luto, ou crise do desenvolvimento,
como a escolarização, a aposentadoria, o hospitalismo da criança, excluindo
o transtorno ligado à angústia de separação na infância.

| 149
Comentário: Tanto os sintomas dos transtornos de adaptação quanto as
situações que acarretam tais sintomas estão adequadamente descritos. A angústia
de separação é diferente, pois a criança se antecipa a possível separação dos pais,
se sentindo ansiosa. Os transtornos de adaptação, por outro lado, ocorrem no curso
de uma situação excepcionalmente estressante ou pouco após de tal

36
acontecimento.

5:
:1
15
94. (C) Os transtornos de adaptação não são transitórios e não desaparecem

0
02
depois de seis meses, nem é preciso que o evento estressante seja maciço ou

/2
abrupto, e sim contínuo e acumulativo, sendo a cronicidade do estresse

12
6/
decisiva para definir esse diagnóstico.

-1
Comentário: Está correta. A cronicidade do estresse é decisiva para o

om
diagnóstico.

.c
ok
tlo
95. (C) As manifestações depressivas e de ansiedade do paciente de câncer
ou
s@
nem sempre são a expressão de um transtorno de ansiedade e podem ser a
tin

conseqüência de esforços contínuos realizados para se adaptar.


ar

Comentário: Está correto. As situações de adoecimento, principalmente as


m
io

crônicas, podem ocasionar esse tipo de sintoma nos pacientes. Contudo, tais
ab

sintomas não existiriam por si só, estando relacionados apenas a situação


of
ai

cronicamente estressante. O profissional deve ser capaz de identificar se esses


-c

sintomas aconteceram em outros contextos, ou se são fruto da situação de doença.


2
-2
41
.8

96. (E)São sintomas ansiosos a crise de choro, os medos, o sentimento de perda


81
.6

de controle, a agressividade, a irritabilidade e a ideação suicida, e sintomas


39

depressivos o isolamento, a perda da auto-estima e do interesse nas


-0

atividades habituais e a autoacusação.


s
tin

Comentários: Alguns sintomas não podem ser considerados ansiosos.


ar
M

São eles: isolamento, perda de autoestima, ideação suicida. Ou seja, a questão está
a
uz

errada.
So
de

SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social – 2011


o
bi

Com relação a transtorno psicótico breve, julgue os itens que se seguem.


97. (C) Esse tipo de transtorno pode acontecer sem estressor acentuado e
o
ai

com início no pós-parto.


C

Comentário: Assim como em outros quadros psicóticos, o transtorno


psicótico breve pode ser desencadeado sem que haja um episódio estressante
presente. Contudo, também pode ser precipitado por situações encaradas como
estressantes como o caso do período pós-parto.

98. (E)Indivíduos com transtorno psicótico breve costumam experimentar


confusão, mas não apresentam oscilações intensas de afeto.

| 150
Comentário: No transtorno psicótico breve, todas as alterações de
qualquer outro transtorno psicótico estão presentes, inclusive as alterações de
afeto, Portanto a questão está errada.

99. (C) Não se pode diagnosticar paciente como portador de transtorno

36
psicótico breve se os sintomas psicóticos por ele apresentados são mais bem

5:
explicados por um episódio de humor.

:1
15
Comentário: Está correto, pois se os sintomas psicóticos acontecem no

0
02
curso de um episódio de humor, a classificação correta é episódio de humor com

/2
sintomas psicóticos, ou seja estes últimos são secundários em relação ao episódio

12
6/
de humor.

-1
om
100. (E) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento

.c
ok
amplamente desorganizado ou catatônico e estupor ou coma são sintomas

tlo
de transtorno psicótico breve.
ou
s@
Comentário: Nesse tipo de transtorno não está presente o estado de coma,
tin

por isso está incorreta a informação.


ar
m
io

TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


ab

Julgue os itens seguintes, acerca das concepções de sublimação segundo


of
ai

Freud.
-c

101. (E) O recalque — mecanismo básico das psicoses que dificulta o


2
-2
41

engajamento do sujeito no campo social — pode resultar do prazer pulsional


.8

que não pôde ser sentido como tal e que não foi sublimado.
81
.6

Comentário: O recalque é o mecanismo básico da neurose! O Mecanismo


39

básico da Psicose é a foraclusão! Na neurose, o indivíduo entra em contato com o


-0

real, ou seja se engaja no campo social. Na psicose por outro lado, há um repúdio
s
tin

de tal realidade, ou seja, esse real não seria dialetizado com nenhum outro
ar
M

significante impossibilitando o seu recobrimento.


a
uz
So

Julgue os itens que se seguem, acerca das neuroses segundo Freud e


de

Lacan.
o
bi

102. (E) Para Lacan, a neurose assume sua forma original no processo de

transferência com o analista e no processo de identificação.


o
ai

Comentários: Essa concepção é freudiana e não lacaniana.


C

103. (E) A clínica da neurose obsessiva — ideia desenvolvida por Freud —


focaliza como os elementos do desejo se estruturam, especialmente em
relação à demanda do outro.
Comentário: Está incorreta, pois Freud discorre sobre algumas
particularidades do neurótico obsessivo como a onipotência de seus pensamentos
e a necessidade de incerteza e da dúvida em suas vidas. Quanto ao primeiro, ele

| 151
elucida que, devido à onipotência dos seus pensamentos, os neuróticos obsessivos
são forçados a superestimar as implicações de seus sentimentos hostis sobre o
mundo externo. Em relação aos outros dois (incerteza e da dúvida), Freud (1909)
expõe que os neuróticos obsessivos esforçam-se por protelar qualquer decisão e
são incapazes de chegar a uma decisão, especialmente em matéria de amor. Dessa

36
forma, os elementos de desejo se estruturam mais sobre si mesmos do que em

5:
relação a demanda do outro.

:1
15
0
02
104. (E) A foraclusão da castração é parte da clínica da histeria.

/2
Comentário: A foraclusão da castração está relacionada a psicose e não a

12
6/
histeria, uma condição essencialmente neurótica.

-1
om
105. (C) De acordo com Freud, o desejo apoia-se no fantasma de amar e ser

.c
ok
amado, o que justifica a angústia neurótica.

tlo
Comentário: O corpo sobre o qual fala a psicanálise é um corpo
ou
s@
fantasmático, habitado pela linguagem e representado pelas fantasias do desejo
tin

ou pelos representantes psíquicos das pulsões, e como tal, ele é um suporte físico
ar

do nosso mundo interior, da nossa realidade psíquica. “ É para o ‘fantasma’ que se


m
io

dirige o desejo e não para o real” (Garcia-Roza, 1994, pp.102). Dessa forma, é
ab

correto afirmar que a angústia neurótica se associa a esse fantasma e não ao real.
of
ai
-c

106. (C) De acordo com Freud, a inibição da capacidade de trabalho


2
-2
41

observada nos neuróticos decorre da falta de gratificação pulsional.


.8

Comentários: Para Freud, as condições do trabalho externas ao


81
.6

sujeito podem levar a uma inibição da gratificação pulsional, diminuindo seu bem
39

estar no trabalho, o que consequentemente acarreta diminuição da capacidade de


-0

trabalho.
s
tin
ar
M

CESPE – STJ – 2012


a
uz

Acerca dos transtornos do humor, julgue os itens a seguir.


So

107. (E) O transtorno ciclotímico caracteriza-se pela ocorrência de


de

períodos de hipomania alternados com períodos de mania.


o
bi

Comentários: O erro da assertiva está em enfatizar a mania e a hipomania.


Na verdade, o transtorno ciclotímico é caracterizado pela alternância entre


o
ai

sintomas depressivos e de hipomania. Assim, a assertiva está errada.


C

108. (E) A ciclotimia consiste em um transtorno do humor bipolar cujos


sintomas incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos leves.
Comentários: Vamos por partes. A ciclotimia é um transtorno do humor
bipolar pelo DSM-IV:
Transtornos Bipolares
F30.x/F31.x - 296.xx Transtorno Bipolar I

| 152
F31.8 - 296.89 Transtorno Bipolar II
F34.0 - 301.13 Transtorno Ciclotímico
F06.xx - 296.80 Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação
Outros Transtornos do Humor
F06.xx - 293.83 Transtorno do Humor Devido a... [Indicar a

36
Condição Médica Geral]

5:
Transtorno do Humor Induzido por Substância

:1
15
F39 - 296.90 Transtorno do Humor Sem Outra Especificação

0
02
E, não há na literatura a presença de “fortes surtos de hipomania” ou de

/2
quadros depressivos. O que existe são sintomas de hipomania e sintomas

12
6/
depressivos (PEGADINHA DO CESPE). Comprovamos isso pelos critérios do

-1
diagnóstico proposto pelo próprio DSM-IV:

om
Critérios Diagnósticos para F34.0 - 301.13 Transtorno Ciclotímico

.c
ok
A. Por 2 anos, pelo menos, presença de numerosos períodos

tlo
com sintomas hipomaníacos e numerosos períodos com sintomas
ou
s@
depressivos que não satisfazem os critérios para um Episódio
tin

Depressivo Maior.
ar

Nota: Em crianças e adolescentes, a duração deve ser de pelo


m
io

menos 1 ano.
ab

B. Durante o período de 2 anos estipulado acima (1 ano para


of
ai

crianças e adolescentes), a pessoa não ficou sem os sintomas do


-c

Critério A por mais de 2 meses consecutivos.


2
-2
41

C. Nenhum Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco ou


.8

Episódio Misto esteve presente durante os 2 primeiros anos da


81
.6

perturbação.
39

Nota: Após os 2 anos iniciais (1 ano para crianças e


-0

adolescentes) do Transtorno Ciclotímico, pode haver sobreposição


s
tin

de Episódios Maníacos ou Mistos (sendo que neste caso Transtorno


ar
M

Bipolar I e Transtorno Ciclotímico podem ser diagnosticados


a
uz

concomitantemente) ou de Episódios Depressivos Maiores (podendo-


So

se, neste caso, diagnosticar tanto Transtorno Bipolar II quanto


de

Transtorno Ciclotímico)
o
bi

D. Os sintomas no Critério A não são melhor explicados por


Transtorno Esquizoafetivo nem estão sobrepostos a Esquizofrenia,


o
ai

Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno


C

Psicótico Sem Outra Especificação.


E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos
de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de
uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
F. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras
áreas importantes da vida do indivíduo.

| 153
Assim, a assertiva está errada.

109. (E) Pacientes com transtorno bipolar do tipo II apresentam pelo


menos um episódio de mania e um de depressão.
Comentários: Eu sei, a CESPE aloprou. Essa questão e essa prova mostram

36
o quanto que a CESPE se preocupa com a sutileza dos conteúdos. Vejamos o DSM-

5:
IV:

:1
15
A característica essencial do Transtorno Bipolar II é um curso clínico marcado

0
02
pela ocorrência de um ou mais Episódios Depressivos Maiores (Critério A),

/2
acompanhados por pelo menos um Episódio Hipomaníaco (Critério B).

12
6/
É caro aluno, é possível perceber que o nível de estudo para esse tipo de

-1
prova deve ser mais aprofundado que o que as outras bancas exigem.

om
Assertiva errada.

.c
ok
tlo
110. (E) Alucinações e delírios são sintomas psicóticos incompatíveis com
ou
a sintomatologia dos transtornos do humor.
s@
tin

Comentários: Essa é boa. O DSM-IV (minha bíblia para esses assuntos) não
ar

é claro quanto a existência de alucinações e delírios nos seus critérios de


m
io

diagnóstico de transtorno de humor. Isso significa que essa bíblia dos transtornos
ab

mentais não é suficiente para as provas da CESPE. Precisaremos de outros


of
ai

referenciais!
-c

Sabemos que é possível ocorrer esses dois fenômenos nesses transtornos,


2
-2
41

como comprovamos a seguir:


.8
81
.6

DELÍRIOS E ALUCINAÇÕES NOS TRANSTORNOS AFETIVOS


39

A Depressão Grave (ou Maior, segundo o DSM-IV), é um Transtorno


-0

Afetivo de características depressivas e de natureza predominantemente


s
tin

biológica. Era, anteriormente, chamada de PMD (Psicose Maníaco


ar
M

Depressiva), tipo ou fase depressiva. Atualmente classifica-se em


a
uz

TRANSTORNOS DO HUMOR, subtipos EPISÓDIO DEPRESSIVO (quando único)


So

ou TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE (quando múltiplos).


de

O que encontramos mais freqüentemente nos distúrbios


o
bi

depressivos são sintomas atrelados predominantemente à afetividade,


normalmente sem severo prejuízo da crítica, sintomas estes decorrentes de


o
ai

uma tríade sintomática básica e caracterizada por:


C

1 - estreitamento do campo vivencial;


2 - inibição psíquica e;
3 - sofrimento moral.
Entretanto, nos casos mais graves há a classificação de DEPRESSÃO
MAIOR COM SINTOMATOLOGIA PSICÓTICA, quando então temos delírios e
alucinações, confusão ou outros sintomas francamente psicóticos. Apesar
da exuberância de tais sintomas, devemos ter sempre o cuidado em

| 154
considerar tais fenômenos psicóticos (neste caso da depressão) como sendo
de natureza secundária ao humor e não primária como nas esquizofrenias.
Como o nome diz, são SINTOMAS PSICÓTICOS e não uma doença
psicótica. Em graus mais severos, a depressão maior pode resultar num
quadro francamente autista, exuberantemente delirante ou mesmo

36
alucinatório, porém, tais sintomas serão sempre de natureza secundária à

5:
própria depressão.

:1
15
Embora o juízo crítico possa estar conservado nos pacientes

0
02
deprimidos, suas vivências são suportadas com grande sofrimento e com

/2
perspectivas tão pessimistas que a interpretação da realidade assume

12
6/
caráter alterado: vai desde idéias falseadas, passando por idéias

-1
supervalorizadas, até o Delírio humor-congruente franco. Por não se tratar

om
de um fenômeno de natureza primária, mas sim secundário ao afeto

.c
ok
depressivo, alguns autores chamam esses delírios humor-congruentes de

tlo
ideias deliróides .
ou
s@
O tema dos Delírios nos pacientes deprimidos é, de acordo com a
tin

ideia de humor-congruência (compatível com o humor) de ruína, de pecado,


ar

de podridão ou qualquer outro tema auto-pejorativo. O mesmo fenômeno


m
io

pode aparecer nos casos de Euforia, ou seja, nas fases de euforia do


ab

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (antigo PMD, fase de Euforia). Neste caso a


of
ai

temática delirada será de grandeza, de messianismo, de super-poderes ou


-c

coisas que enaltecem delirantemente o ego do paciente.


2
-2
41

Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=103
.8

Desse modo, a assertiva está errada.


81
.6
39

111. (C) Em um episódio misto de bipolaridade, ocorrem, quase todos os


-0

dias, sintomas de episódios maníacos e de episódios depressivos, como


s
tin

rebaixamento da necessidade de dormir, alegria e pensamentos suicidas.


ar
M

Comentários: Afirmação perfeita. Sempre que falarmos em episódios


a
uz

mistos, estaremos diante dessa conceituação: um Episódio Misto é caracterizado


So

pela ocorrência de sintomas de um Episódio Maníaco e de um Episódio Depressivo


de

Maior, quase todos os dias por pelo menos uma semana. Assertiva correta.
o
bi

Um paciente que apresentava respostas de apatia, tristeza, evidente


o
ai

rebaixamento da libido, insônia e perda de peso recebeu o diagnóstico de


C

depressão e iniciou tratamento psicológico de base cognitivo-comportamental.


Tendo como referência a situação acima apresentada, julgue os itens a
seguir:

112. (C) A psicoterapia enfatizará a modificação tanto de pensamentos


disfuncionais — para se reduzirem os sintomas depressivos — quanto de
crenças — para se prevenirem recaídas.

| 155
Comentários:
Correto. Se você já conhece os fundamentos dessa terapia, pule para a
próxima questão. Caso não conheça, farei alguns comentários pertinentes. A
terapia cognitivo-comportamental (TCC) nasceu da integração entre conceitos e
técnicas cognitivas e comportamentais e, oficialmente, o seu pai é o americano

36
Aaron Beck. Curiosamente, ele era psicanalista antes de adentrar no mundo da TCC.

5:
Fundamentalmente, a TCC busca a correção do mundo cognitivo em suas mais

:1
15
diversas esferas. Veja que a assertiva distingue pensamentos disfuncionais de

0
02
crenças. Realmente, existe essa diferenciação para a TCC. Vamos a algumas

/2
definições utilizadas na terapia cognitiva:

12
6/
Pensamentos Automáticos: são pensamentos espontâneos, breves,

-1
coexistindo com nossos fluxos de pensamentos mais manifestos. São pré-

om
conscientes e na maior parte das vezes não os percebemos, embora possamos fazer

.c
ok
isto com um pouco de treino. Os pensamentos automáticos manifestam a maneira

tlo
como significamos as situações bem como as distorções que fazemos da realidade.
ou
s@
Podem estar em formas verbais, visuais ou ambas. Assumimos estes pensamentos
tin

automáticos como verdadeiros, porém, quando tomamos consciência dos mesmos


ar

e os ligamos às nossas crenças centrais, verificamos o sentido dos mesmos,


m
io

podendo assim questionar o seu funcionamento.


ab

Esquemas: Esquemas são estruturas cognitivas de formação de


of
ai

significados que vamos desenvolvendo desde cedo e que nos auxiliam a interpretar
-c

e explicar o mundo. Nas palavras do próprio Beck: “um esquema é uma estrutura
2
-2
41

cognitiva que filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é


.8

submetido. Com base na matriz de esquemas, o indivíduo consegue orientar-se em


81
.6

relação ao tempo e espaço e categorizar e interpretar experiências de maneira


39

significativa”. Alguns autores consideram os esquemas como sinônimos das


-0

crenças intermediárias.
s
tin

Crenças Centrais: são conteúdos cognitivos rígidos e profundos, ideias


ar
M

centrais que a pessoa tem de si mesma, dos outros e do mundo. Alguns autores
a
uz

também a chamam de esquemas. Beck, porém, enfatiza a diferença entre a


So

estrutura cognitiva, o chamado esquema, e o conteúdo da estrutura, no caso a


de

crença central. Uma pessoa que desenvolve um esquema ligado ao abandono, pode
o
bi

desenvolver uma crença central como “eu não mereço ser amado”; “não posso

confiar em ninguém”; “os outros irão magoar-me”.


o
ai

Crenças Intermediárias: são o nível existente entre os Pensamentos


C

Automáticos e as crenças centrais. As crenças intermediárias constituem uma forma


de reduzir o sofrimento provocado pelas crenças centrais, consistindo basicamente
de regras e suposições como “eu devo”, “eu tenho que”, “se... então”.
Distorções Cognitivas: Os pacientes que procuram e, de certa forma,
todos nós, temos as chamadas distorções cognitivas, que são expressas em
pensamentos automáticos disfuncionais. Dentro da teoria da mente como

| 156
processamento da informação, nossos esquemas distorcem a realidade para que
esta se torne condizente com nossas crenças centrais.
Espero que com essas breves considerações tenha sido possível uma
contextualização da TCC.

36
113. (C) O psicólogo deve familiarizar o paciente com aspectos teóricos e

5:
práticos da abordagem adotada, pois esse passo é um componente

:1
15
essencial do processo terapêutico.

0
02
Comentários:

/2
Mais uma assertiva bem escrita. Um dos fundamentos da TCC é o seu

12
6/
caráter psicoeducativo. Esse conceito remete à ideia de que o paciente deve

-1
compreender os aspectos teóricos adotados na abordagem e os conceitos que

om
norteiam a sua condição. Além disso ressalto que os conceitos explicados para o

.c
ok
paciente são apenas aqueles ligados às suas circunstâncias. O objetivo não é formar

tlo
teóricos em TCC, mas dar subsídios para que o paciente possa se monitorar e se
ou
interpretar. Assertiva correta.
s@
tin
ar

114. (E) A terapia cognitivo-comportamental da depressão opõe-se ao uso


m
io

de técnicas advindas dos princípios estabelecidos nos condicionamentos


ab

clássico e operante.
of
ai

Comentários: Na TCC usa-se tanto princípios do condicionamento clássico


-c

como do operante. Assertiva Errada.


2
-2
41
.8
81
.6

115. (E) O tratamento psicológico demanda a identificação do gatilho


39

biológico desencadeador dos sintomas apresentados pelo paciente, a fim de


-0

que o controle adequado de estímulos seja iniciado no processo terapêutico.


s
tin

Comentários: Muita atenção nessa assertiva. Na maioria dos casos, não


ar
M

existem “gatilhos” biológicos para a explicação da sintomatologia. E digo ainda


a
uz

mais, o foco não deve ser extensivo nos gatilhos biológicos ou psicossociais que
So

porventura possam ter existido no passado. O foco é no aqui e agora e o terapeuta


de

deve identificar os elementos mantenedores do quadro.


o
bi

Ressalto, ainda, que o processo terapêutico pode começar mesmo antes da


identificação total desses elementos mantenedores e que dentro dos mesmos


o
ai

podemos encontrar estímulos biológicos que levam à condição trabalhada.


C

Assertiva errada.

116. (E) As características comportamentais e cognitivas da depressão são


substancialmente diferentes das características de tristeza de um indivíduo
normal, seja sob o ponto de vista somatogênico, seja sob o enfoque
ambientalista.

| 157
Comentários: Essa é bem sutil. O substrato da depressão e da tristeza é o
mesmo, porém, a depressão tem maior intensidade. Assertiva errada.

117. (C) Os sintomas apresentados pelo paciente em questão podem


manifestar-se em decorrência de outras doenças físicas ou mentais, ou,

36
ainda, em resposta ao uso de determinadas substâncias medicamentosas.

5:
Comentários: Assertiva correta. Existem outras especificações que podem

:1
15
causar a sintomatologia referida (como a utilização de alguns remédios para

0
02
controle cardíaco, hipotireoidismo, etc.).

/2
12
6/
-1
Julgue os próximos itens, relativos a transtornos da ansiedade.

om
118. (E) O inventário de ansiedade traço-estado (IDATE), proposto por

.c
ok
Spielberger, avalia as características de ansiedade relativamente estáveis de

tlo
um organismo, deixando de mostrar variações situacionais e transitórias,
ou
decorrentes de mudanças ambientais.
s@
tin

Comentários:
ar

Assertiva errada. O IDATE é um inventário auto administrado de 20


m
io

questões que serve para avaliar as dimensões do “estado-traço” e “estado-fator”.


ab

Ansiedade Traço – conceito de dimensão mais estável da personalidade


of
ai

que avalia, entre outras coisas, a auto-imagem e a tendência naturalizada em


-c

perceber como ameaçadoras algumas circunstâncias que não são. Seria a


2
-2
41

ansiedade como traço de personalidade.


.8

Ansiedade Estado – conceito dinâmico da pessoa no ambiente que


81
.6

concebe a ansiedade como estado emocional temporário que depende da ação dos
39

estímulos ambientais, com sentimentos de apreensão e tensão conscientes. Em


-0

suma, é a ansiedade situacional.


s
tin

Assim, a ansiedade “dinâmica” também é medida no conceito de


ar
M

ansiedade estado. Assertiva errada.


a
uz
So

119. (C) A existência de um transtorno de ansiedade pode aumentar em


de

até quatro vezes o risco de dependência de álcool ou de outras drogas.


o
bi

Comentários: Então. Essa tem cara de estar certa, tem jeito de estar certa,

mas não é possível responder com segurança. Não encontrei na Nature, no Scielo ou
o
ai

no Google referências a esse dado referido (risco ampliado em quatro vezes).


C

Encontrei alguns bons estudos falando de uma incidência significativa de


transtornos de ansiedade associados à dependência de álcool ou de outras drogas.
Como por exemplo:
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34349/000790164.pdf?sequenc
e=1
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol35/s1/55.htm
http://www.scielo.br/pdf/paideia/v20n46/03.pdf

| 158
O problema é fazer o caminho inverso. Apesar de sabermos que o abuso de
substância está ligado a ocorrência de transtornos de ansiedade, não está
assentada na literatura que pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade estão
“x” vezes mais propensas a desenvolver dependência de álcool ou de outras drogas.
Sabemos que isso ocorre, porém, é um conhecimento que precisa de maior

36
refinamento. Pessoalmente creio que a frase tem um sentido correto, mas a CESPE

5:
se arriscou ao falar em quatro vezes.

:1
15
Por fim, cito um trecho do DSM-IV:

0
02
Pode haver um risco aumentado de Transtorno de Pânico, Agorafobia,

/2
Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Fobia Social, Fobia Específica, Transtorno

12
6/
Depressivo Maior, Transtorno de Somatização e Transtornos Relacionados a

-1
Substâncias. Não se sabe até que ponto esses transtornos precedem ou se seguem ao

om
início do Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

.c
ok
Assim: assertiva correta, mas com ressalvas.

tlo
ou
120.
s@
(C) A maioria dos portadores de transtorno de ansiedade é também
tin

acometida de transtornos depressivos.


ar

Comentários: Mas CESPE...


m
io

Questão errada! Nessa não podemos forçar a barra como fizemos na


ab

questão anterior. A CESPE se equivocou ao falar que portadores de transtornos de


of
ai

ansiedade tem, em sua maioria, transtornos depressivos associados. Na verdade,


-c

eles têm SINTOMAS depressivos. Existe uma diferença conceitual significativa entre
2
-2
41

“transtorno” e “sintomatologia”. Enquanto que transtorno representa distúrbio


.8

e/ou doença, sintoma é definido como uma característica identificável de um


81
.6

distúrbio/doença. Poderíamos forçar a barra e dizer que o transtorno é o conjunto


39

de sintomas. A referência que uso para falar dos sintomas é:


-0

http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=185&sec=96
s
tin

Veja um gráfico lá apresentado:


ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai

Poxa Alyson, tem que ser chato com os conceitos do jeito que você está
C

sendo? Nos textos que leio eles confundem os conceitos de transtornos depressivos
e sintomas depressivos, tenho de me ater à literalidade dos conceitos?
Acredito que sim! Isso vai evitar duplas interpretações. Claro que essa
minha orientação não é perfeita, mas também nem sempre a CESPE acerta na
utilização de seus termos – fique tranquilo, é raro de isso acontecer. Nessa questão,
por exemplo, apesar de alguns candidatos terem entrado com recursos alegando a
discrepância conceitual entre “sintomas depressivos” e “transtornos depressivos”,
a CESPE não acatou o argumento. Mesmo assim, fica claro que a CESPE se

| 159
equivocou e que o conceito tratado na questão não deve ser tomado como uma
postura da CESPE para as próximas provas.

Julgue os itens que se seguem, a respeito do uso de substâncias,


dependência química e tratamento.

36
121. (E) No atendimento ao paciente adicto, qualidades do terapeuta

5:
como afeto, amizade, aceitação sem julgamento e empatia são variáveis

:1
15
irrelevantes para o processo de adesão ao tratamento, que depende

0
02
estritamente da orientação teórica e adequação técnica adotada pelo

/2
terapeuta.

12
6/
Comentários: Essa é fácil. Os atributos citados são relevantes. O

-1
acolhimento do terapeuta é uma das variáveis relacionadas à adesão do paciente

om
ao tratamento. Assertiva errada.

.c
ok
tlo
122. (C) A avaliação do comportamento alcoolista inclui a investigação de
ou
s@
gatilhos ou desencadeadores situacionais, emocionais e químicos.
tin

Comentários: Assertiva Correta. Na compreensão do comportamento do


ar

alcoolista é preciso levantar os elementos mantenedores de tal comportamento


m
io

adicto (gatilhos) em três níveis: situacional, emocional e químico. A partir disso é


ab

possível desenhar uma proposta de tratamento ajustada para as circunstâncias do


of
ai

paciente.
-c
2
-2
41

123. (E) A seleção dos dependentes químicos que ingressarão em um


.8

grupo terapêutico deve contemplar apenas pacientes que façam uso de uma
81
.6

mesma substância e que estejam comprometidos com o mesmo objetivo,


39

seja de abstinência total, seja de redução de danos.


-0

Comentários: No trabalho com grupos terapêuticos com dependentes


s
tin

químicos, geralmente, contemplamos usuários de várias substância e com


ar
M

diferentes níveis de comprometimento. Assertiva errada.


a
uz
So

124. (E) A título de motivação é adequado incluir, em um mesmo grupo


de

terapêutico, pacientes que busquem tratamento voluntariamente e


o
bi

pacientes que busquem o tratamento obrigados por motivos judiciais,


profissionais ou familiares.
o
ai

Comentários: Na literatura não existe indicação de pacientes voluntários e


C

pacientes “involuntários” para a participação em grupos terapêuticos. Mesmo


porque um dos efeitos do grupo é de espelhar resultados de alguns de seus
membros em outros menos comprometidos. Assertiva errada.

125. (C) A recaída, tanto em relação ao uso de tabaco quanto ao de álcool


ou cocaína, é um processo que acontece de forma sinalizada e gradual.
Assim sendo, o paciente pode ser treinado a reconhecer os sinais e

| 160
implementar estratégias de escolha e de solução de problemas, de modo a
interromper o curso do processo.
Comentários: Correto. O paciente não só pode como deve ser treinado a
agir quando reconhecer que está entrando na recaída. Vou transcrever aqui um
fantástico texto que explica as fases da recaída do álcool, tabaco e das outras

36
drogas. Confira:

5:
:1
15
As 11 fases e sinais de aviso da recaída

0
02
O processo de recaída leva a pessoa em recuperação a sentir dor e

/2
desconforto sem o químico. Esta dor e desconforto ficam tão fortes que a pessoa

12
6/
em recuperação fica incapaz de viver normalmente quando não bebe ou usa e sente

-1
que beber não pode ser pior que a dor de continuar sóbrio.

om
Trinta e sete sinais de recaída foram identificados em 1973 por Terence

.c
ok
Gorski pela conclusão de entrevistas clinicas com 118 pacientes em recuperação. A

tlo
pessoa em recuperação tem quatro coisas em comum
ou
s@
1. a pessoa completa um programa de reabilitação de
tin

alcoolismo de 21 a 28 dias;
ar

2. reconheceu que é uma pessoa em recuperação e não pode


m
io

usar álcool/drogas com segurança;


ab
of

3. foi dispensada com a intenção consciente de ficar sóbrio


ai

permanentemente, se utilizados de Alcoólicos Anônimos e Narcóticos


-c
2

Anônimos e o aconselhamento profissional no ambulatório;


-2
41

4. finalmente volta a beber, apesar de seu compromisso inicial


.8

de permanecer sóbrios.
81
.6

Os sintomas mais comuns relatados nesta Pesquisa clínica foram


39

compilados num quadro de Recaída retratando os sinais de aviso da recaída. Esses


-0

sinais foram divididos em 11 fases e a redação mudou um pouco para ser entendia
s
tin

com mais facilidade.


ar
M

1. Sinais (internos) de aviso de recaída.


a
uz

1.1 - dificuldade de pensar com clareza.


So

1.2 - dificuldades em lidar com sentimentos e emoções.


de

1.3 - dificuldade em lembrar coisas.


o
bi

1.4 - dificuldade em lidar com o stress.


1.5 - dificuldade em dormir tranquilamente.


o
ai

1.6 - dificuldades com a coordenação física e acidentes.


C

1.7 - vergonha culpa e desesperança.


2. Volta à negação
2.1 - preocupação sobre o bem — estar.
2.2 - negação da preocupação.
3. Impedimentos e comportamentos defensivo
3.1 - acreditar que eu nunca mais vou beber:
3.2 - se preocupa com os outros em vez de si próprios.

| 161
3.3 - ficar na defensiva
3.4 - comportamento compulsivo
3.5 - comportamento impulsivo
3.6 - tendência à solidão.
4. Construindo a crise

36
4.1 - visão de túnel

5:
4.2 - depressão secundária (leve).

:1
15
4.3 - deixar de planejar construtivamente.

0
02
4.4 - planos começam a falhar.

/2
5. Imobilização

12
6/
5.1 - devaneios e ilusões

-1
5.2 - sentimentos de que nada pode ser solucionado.

om
5.3 - desejo imaturo de ser feliz.

.c
ok
6. Confusão e super-reação

tlo
6.1 - período de confusão
ou
6.2 - irritação com os amigos.
s@
tin

6.3 - irritado facilmente


ar

7. Depressão
m
io

7.1 - hábitos alimentares irregulares


ab

7.2 - falta de iniciativa


of
ai

7.3 - hábitos de sono irregulares


-c

7.4 - perda da estrutura diária


2
-2
41

7.5 - período de profunda depressão


.8

8. Perda de controle do comportamento


81
.6

8.1 - participação irregular nas reuniões de tratamento e no a.a/na


39

8.2 - desenvolvimentos de uma atitude de "não tenho nada com isto".


-0

8.3 - rejeição aberta de ajuda.


s
tin

8.4 - falta de satisfação com a vida.


ar
M

8.5 - sentimentos de impotência e desesperança.


a
uz

9. Reconhecimento da perda de controle


So

9.1 - auto piedade.


de

9.2 - pensamentos de beber socialmente.


o
bi

9.3 - mentiras conscientes.


9.4 - perda completa de auto confiança.


o
ai

10. Redução de opções


C

10.1 - ressentimentos insensatos


10.2 - para todo o tratamento profissional e do a.a./n.a.
10.3 - esmagadora solidão, frustração, raiva e tensão.
10.4 - perda do controle do comportamento.
11. Volta ao uso do químico ou colapso físico e emocional.
11.1 - volta ao uso controlado de químicos
11.2 - vergonha e culpa.

| 162
11.3 - perda de controle
11.4 - problemas de vida e de saúde

Fonte: http://adroga.casadia.org/recaida/as-fases-e-sinais-de-aviso-da-
recaida.htm

36
5:
126. (C) Para o tratamento do abuso de substâncias, vários métodos e

:1
15
abordagens podem ser eficazes, variando em razão da pessoa, de suas

0
02
necessidades individuais e do momento que ela está vivendo.

/2
Comentários: Definição corretíssima e ótima oportunidade de estudarmos

12
6/
as variáveis no processo de mudança. Você já sabe que não existe uma forma única

-1
de atuação no tratamento de pacientes que sofrem de abuso de substâncias. Sabe

om
também que o tipo de trabalho que deve ser realizado e o sucesso do tratamento

.c
ok
irão depender de algumas variáveis do paciente, do terapeuta e da relação.

tlo
Irei tratar desses conceitos de forma ampla (não especificados para o
ou
s@
abuso de substâncias). Temos as variáveis do paciente que irão contribuir
tin

positivamente para o sucesso da mudança. Dentre essas variáveis podemos


ar

destacar o comprometimento do paciente com a mudança e a confiança nos


m
io

procedimentos e resultados da psicoterapia.


ab
of

Já as variáveis relacionadas ao terapeuta são:


ai

a) competência técnica
-c
2

b) sua experiência clínica


-2
41

c) seu estilo pessoal


.8

O estilo pessoal do terapeuta compreende características, tais como


81
.6

autenticidade, capacidade empática, entre outras. Tais variáveis contribuem para


39

o desenvolvimento de hipóteses diagnósticas e da avaliação detalhada da queixa e


-0

dos problemas vivenciados pelo paciente. Além disso, essas variáveis possibilitam
s
tin

o escrutínio dos fatores que representam obstáculos e/ou facilitadores ao


ar
M

tratamento (Ito, 2001).


a
uz

Vimos então as variáveis do paciente e as do terapeuta. Falta alguma


So

variável a ser estudada? Pense mais uma vez. Faltou a variável relacional mais
de

importante de todas. Além das variáveis específicas associadas ao paciente e ao


o
bi

terapeuta, o resultado de uma intervenção psicoterápica também dependerá da


relação de trabalho estabelecida entre eles, a aliança terapêutica. Esse conceito


o
ai

compreende o vínculo de confiança entre terapeuta e paciente, bem como a


C

capacidade da dupla para realizar as tarefas psicoterápicas. Observe que a aliança


terapêutica tem sido considerada um importante preditor de resultados
terapêuticos em diferentes abordagens psicoterápicas e em diferentes patologias.

Referência: Ito, L.M. (2001). Abordagem cognitivo-comportamental do


transtorno de pânico. Revista de Psiquiatria Clínica, 28(6), 313-317.

| 163
127. FCC - Analista Legislativo (ALESE)/Saúde e Assistência
Social/Psicologia/2018
Fábio, psicólogo, iniciou a psicoterapia de Carlos, um adulto jovem que em idade
escolar havia realizado um psicodiagnóstico, por causa de uma suspeita de que era

36
portador de uma Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento

5:
Intelectual). O rapaz não tinha mais o relatório psicológico e informava que naquela

:1
15
ocasião o profissional teria identificado nele uma deficiência de gravidade

0
02
moderada. Fábio consultou a tabela com os níveis de gravidade para deficiência

/2
intelectual presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais

12
6/
(DSM-5) e encontrou que a criança, em idade escolar, no domínio conceitual,

-1
apresenta um nível de gravidade Moderada se, durante todo o desenvolvimento,

om
a) suas habilidades conceituais individuais ficam bastante atrás das dos

.c
ok
companheiros; ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática e na

tlo
compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com limitações
ou
marcadas na comparação com os colegas.
s@
tin

b) revela alcance limitado de habilidades conceituais, geralmente tendo pouca


ar

compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam números,


m
io

quantidade, tempo e dinheiro, necessitando de cuidadores como fonte de apoio


ab

para a solução de problemas ao longo da vida.


of
ai

c) suas habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo físico do que os


-c

processos simbólicos; consegue usar objetos de maneira direcionada a metas para


2
-2
41

o autocuidado, o trabalho e a recreação; pode adquirir algumas habilidades


.8

visuoespaciais, como combinar e classificar, baseadas em características físicas; e


81
.6

os prejuízos motores e espaciais podem impedir o uso funcional dos objetos.


39

d) apresenta limitação em termos de vocabulário e gramática na linguagem falada,


-0

podendo a fala ser composta de palavras ou expressões isoladas, com possível


s
tin

suplementação por meios alternativos, tendo o foco da comunicação no aqui e


ar
M

agora dos eventos diários.


a
uz

e) entende discursos e comunicação gestual simples; as relações com familiares e


So

pessoas conhecidas constituem fonte de prazer e ajuda; expressa amplamente os


de

próprios desejos e emoções pela comunicação não verbal e não simbólica,


o
bi

entretanto, a ocorrência concomitante de prejuízos sensoriais e físicos pode


impedir muitas atividades sociais.


o
ai

Gabarito: A
C

Comentários: Segundo o DSM-5, temos o seguinte:

| 164
C
ai
o

bi
o
de
So
uz
a
M
ar
tin
s
-0
39
.6
81
.8
41
-2
2
-c
ai
of
ab
io
m
ar
tin
s@
ou
tlo
ok
.c
om
-1
6/
12
/2
02
0
15
:1

| 165
5:
36
36
5:
:1
15
0
02
/2
12
6/
-1
om
.c
ok
tlo
ou
s@
tin
ar
m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41

128. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Organizacional/2018


.8

De acordo com o DSM-5, a esquizofrenia e os outros transtornos psicóticos dessa


81
.6

classe diagnóstica compartilham a manifestação em comum de psicose. O


39

pensamento psicótico é um sintoma, não um diagnóstico em si, e pode ser um


-0

sintoma de apresentação de outros transtornos mentais que não pertencem a essa


s
tin

classe. Sobre os sintomas do critério A para realizar o diagnóstico de esquizofrenia


ar
M

no paciente, assinale a afirmativa correta.


a
uz

a) Despersonalização, alucinações, discurso desorganizado, irritabilidade e ataques


So

de pânico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia).


de

b) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


o
bi

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


ou avolia).
o
ai

c) Devaneios, delírios, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


C

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


ou avolia).
d) Desrealização, alucinações, perda de interesse e prazer, comportamento
grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão
emocional diminuída ou avolia).
Gabarito: B
Comentários: Quais os 5 itens que compõem a esquizofrenia? Guarde no seu

| 166
coração: delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento
grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão
emocional diminuída ou avolia).

129. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018

36
O delirium consiste em um quadro bastante evidente nos casos de alcoolismo,

5:
dadas as características psicomotoras. O DSM-5, com a classificação deste quadro

:1
15
pautada nessas características, demarca o delirium em diferentes subtipos.

0
02
Assinale a alternativa que destaca esses subtipos de forma correta.

/2
a) Hipoativo, hiperativo e misto.

12
6/
b) Hipercinético, hipoativo e misto.

-1
c) Hipercinético, hipomiocinético e misto.

om
d) Hipoativo, hipomiocinético e hiperativo.

.c
ok
Gabarito: A

tlo
Comentários: Ô questão maldosa. De 2018 para cá as bancas começaram a
ou
s@
concentrar-se também nos especificadores. Vejamos o que diz o DSM-5:
tin

Transtornos Neurocognitivos: DELIRIUM


ar
m
io

A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar,


ab

focalizar, manter e mudar a atenção) e da consciência (menor orientação


of
ai

para o ambiente).
-c

B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo


2
-2
41

(normalmente de horas a poucos dias), representa uma mudança da


.8

atenção e da consciência basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao


81
.6

longo de um dia.
39

C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória,


-0

desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou percepção).


s
tin

D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro
ar
M

transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido ou em


a
uz

desenvolvimento e não ocorrem no contexto de um nível gravemente


So

diminuído de estimulação, como no coma.


de

E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados


o
bi

laboratoriais de que a perturbação é uma consequência fisiológica direta de


outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (i.e.,


o
ai

devido a uma droga de abuso ou a um medicamento), de exposição a uma


C

toxina ou de que ela se deva a múltiplas etiologias.


Especificar se:
Agudo: Duração de poucas horas a dias.
Persistente: Duração de semanas ou meses.
Especificar se:

| 167
Hiperativo: O indivíduo tem um nível hiperativo de atividade psicomotora
que pode ser acompanhado de oscilação de humor, agitação e/ou recusa a
cooperar com os cuidados médicos.
Hipoativo: O indivíduo tem um nível hipoativo de atividade psicomotora
que pode estar acompanhado de lentidão e letargia que se aproxima do

36
estupor.

5:
Nível misto de atividade: O indivíduo tem um nível normal de atividade

:1
15
psicomotora mesmo com perturbação da atenção e da percepção. Inclui

0
02
ainda pessoas cujo nível de atividade oscila rapidamente.

/2
12
6/
130. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018

-1
Os critérios diagnósticos para a esquizofrenia no DSM-5 sofreram alterações no que

om
concerne às características avaliadas. Essas alterações envolveram três atributos

.c
ok
correspondentes a tais características e que serviram para a retirada dos

tlo
especificadores relacionados ao transtorno citado. Assinale a alternativa que
ou
explicita corretamente esses atributos.
s@
tin

a) Fidedignidade, validade e estabilidade.


ar

b) Validade, estabilidade e resposta ao tratamento.


m
io

c) Validade, fidedignidade e resposta ao tratamento.


ab

d) Fidedignidade, estabilidade e resposta ao tratamento.


of
ai

Gabarito: D
-c

Comentários: Segundo o DSM-5:


2
-2
41

Foram feitas duas modificações no Critério A para esquizofrenia: 1) a


.8

eliminação da atribuição especial a delírios bizarros e alucinações


81
.6

auditivas de primeira linha de Schneider (p. ex., duas ou mais vozes


39

conversando entre si), levando à necessidade de pelo menos dois


-0

sintomas do Critério A para um diagnóstico de esquizofrenia, e 2)


s
tin

inclusão da exigência de que pelo menos um dos sintomas do Critério


ar
M

A deva ser delírios, alucinações ou discurso desorganizado. Os


a
uz

subtipos de esquizofrenia do DSM-IV foram eliminados devido a sua


So

estabilidade diagnóstica limitada, baixa confiabilidade e pouca


de

validade. Em vez disso, é inclusa uma abordagem dimensional para


o
bi

classificar a gravidade dos sintomas centrais da esquizofrenia na


Seção III do DSM-5 para capturar a importante heterogeneidade no


o
ai

tipo de sintoma e gravidade que se manifesta entre os indivíduos com


C

transtornos psicóticos.
Tudo bem, a Consulplan trocou a palavra “confiabilidade” pelo seu
sinônimo “fidedignidade”. Tá correto também.

131. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018


A classificação dos transtornos de personalidade no DSM-5 sofreu alterações nas
características que diferenciam esses transtornos para fins diagnósticos. Tendo isso

| 168
em vista, assinale a afirmativa correta.
a) Na atual versão do DSM foi excluído o transtorno da personalidade paranoide.
b) Na atual versão do DSM foi incluído o modelo alternativo para diagnóstico de
transtorno da personalidade.
c) Foi feita a alteração do conceito de transtorno de personalidade e excluído o

36
transtorno da personalidade dependente.

5:
d) Foi feita a inclusão de indicadores psicométricos no conceito de transtorno da

:1
15
personalidade e excluído o transtorno da personalidade histriônica.

0
02
Gabarito: B

/2
Comentários: Ainda temos o transtorno da personalidade paranoide, assim como

12
6/
o dependente e histriônica.

-1
O DSM-5 inovou ao apresentar um modelo alternativo para os Transtornos

om
da Personalidade. Em minha modesta opinião, não tem nada de alternativo,

.c
ok
apenas um aprofundamento do que já existia. Mas, para concurso, sim, é bem

tlo
alternativo. Vejamos o que diz o DSM-5:
ou
s@
tin

No modelo alternativo do DSM-5, os transtornos da personalidade


ar

são caracterizados por prejuízos no funcionamento da personalidade


m
io

e por traços de personalidade patológicos. Os diagnósticos


ab

específicos de transtorno da personalidade que podem ser derivados


of
ai

desse modelo incluem os transtornos da personalidade antissocial,


-c

evitativa, borderline, narcisista, obsessivo- compulsiva e


2
-2
41

esquizotípica. Essa abordagem também inclui um diagnóstico de


.8

transtorno da personalidade - especificado pelo traço (TP-ET), que


81
.6

pode ser feito quando um transtorno da personalidade é considerado


39

presente, mas os critérios para um transtorno específico não são


-0

satisfeitos. [Aqui está a “inovação”].


s
tin

132. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


ar
M

Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito aos Transtornos do Déficit de


a
uz

Atenção/Hiperatividade (TDAH) e à nova classificação pela DSM-5.


So

a) A alteração do critério de idade de início para o diagnóstico de TDAH aumentou


de

a sensibilidade para sua detecção.


o
bi

b) O TDAH foi classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento pela DSM-


5, baseado em recentes achados de um atraso na maturação cortical.


o
ai

c) O TDAH possui uma sobreposição genética e sintomatologia semelhante aos


C

transtornos disruptivos, de controle de impulso e de conduta.


d) Estresse perinatal, baixo peso ao nascer, lesão cerebral traumática e consumo de
álcool materno durante a gravidez podem contribuir para o risco de TDAH.
e) A comorbidade do TDAH com os transtornos do espectro autista é rara e não há
evidências que suportem seus diagnósticos simultâneos.
Gabarito: E
Comentários: A comorbidade de TDAH com autismo é alta e é possível dar os dois

| 169
diagnósticos ao mesmo tempo. Segundo o DSM-5:
Comorbidade do Autismo -
O transtorno do espectro autista é frequentemente associado com
comprometimento intelectual e transtorno estrutural da linguagem
(i.e., incapacidade de compreender e construir frases

36
gramaticalmente corretas), que devem ser registrados conforme os

5:
especificadores relevantes quando aplicáveis. [...] Quando critérios

:1
15
tanto para TDAH quanto para transtorno do espectro autista são

0
02
preenchidos, ambos os diagnósticos devem ser dados.

/2
12
6/
-1
133. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018

om
Os Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores são um novo grupo

.c
ok
diagnóstico no DSM-5. Ele contém transtornos incluídos em outros capítulos do

tlo
DSM-IV, como os mencionados a seguir, EXCETO:
ou
a) Transtorno de Ansiedade de Separação.
s@
tin

b) Transtorno de Apego Reativo.


ar

c) Transtorno de Interação Social Desinibida.


m
io

d) Transtorno de Estresse Pós-Traumático.


ab

e) Transtorno de Estresse Agudo e Transtornos de Ajustamento.


of
ai

Gabarito: A
-c

Comentários: O Transtorno de Ansiedade de Separação faz parte dos Transtornos


2
-2
41

da Ansiedade!!!
.8
81
.6

134. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


39

No DSM-5, o especificador - com emoções pró-sociais limitadas - está associado ao


-0

transtorno:
s
tin

a) do Espectro Autista.
ar
M

b) de Conduta.
a
uz

c) de Oposição e Desafio.
So

d) de Estresse Pós-Traumático.
de

e) de Ansiedade Social.
o
bi

Gabarito: B

Comentários: Estamos falando do Transtorno da Conduta. Ele tem os seguintes


o
ai

especificadores
C

Especificar se:
Com emoções pró-sociais limitadas: Para qualificar-se para este
especificador, o indivíduo deve ter apresentado pelo menos duas das
seguintes características de forma persistente durante, no mínimo, 12 meses
e em múltiplos relacionamentos e ambientes. Essas características refletem
o padrão típico de funcionamento interpessoal e emocional do não apenas
ocorrências ocasionais em algumas situações. Consequentemente, para

| 170
avaliar os critérios para o especificador, são necessárias várias fontes de
informação. Além do autorrelato, é necessário considerar relatos de outras
pessoas que conviveram com o indivíduo por longos períodos de tempo (p.
ex., pais, professores, colegas de trabalho, membros da família estendida,
pares). Ausência de remorso ou culpa: O indivíduo não se sente mal ou

36
culpado quando faz alguma coisa errada (excluindo o remorso expresso

5:
somente nas situações em que for pego e/ ou ao enfrentar alguma punição).

:1
15
O indivíduo demonstra falta geral de preocupação quanto às consequências

0
02
negativas de suas ações. Por exemplo, não sente remorso depois de

/2
machucar alguém ou não se preocupa com as consequências de violar

12
6/
regras.

-1
Insensível - falta de empatia: Ignora e não está preocupado

om
com os sentimentos de outras pessoas. O indivíduo é descrito

.c
ok
como frio e desinteressado; parece estar mais preocupado

tlo
com os efeitos de suas ações sobre si mesmo do que sobre
ou
s@
outras pessoas, mesmo que essas ações causem danos
tin

substanciais.
ar

Despreocupado com o desempenho: Não demonstra


m
io

preocupação com o desempenho fraco e problemático na


ab

escola, no trabalho ou em outras atividades importantes. Não


of
ai

se esforça o necessário para um bom desempenho, mesmo


-c

quando as expectativas são claras, e geralmente culpa os


2
-2
41

outros por seu mau desempenho.


.8

Afeto superficial ou deficiente: Não expressa sentimentos


81
.6

nem demonstra emoções para os outros, a não ser de uma


39

maneira que parece superficial, insincera ou rasa (p. ex., as


-0

ações contradizem a emoção demonstrada; pode “ligar” ou


s
tin

“desligar” emoções rapidamente) ou quando as expressões


ar
M

emocionais são usadas para obter algum ganho (p. ex.,


a
uz

emoções com a finalidade de manipular ou intimidar outras


So

pessoas).
de
o
bi

135. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2018
o
ai

Os transtornos disruptivos do controle de impulsos e da conduta possuem uma


C

característica fundamental que os reuniram em um único capítulo no DSM-5.


Assinale a afirmativa que evidencia essa característica como correta.
a) A presença de déficits cognitivos de síndromes graves.
b) A presença de problemas no autocontrole emocional ou comportamental.
c) A definição de idade cronológica de pelo menos seis anos para o diagnóstico.
d) A definição e a descrição de agressões como lesões físicas ou destruição de
propriedade.

| 171
Gabarito: B
Comentários: Segundo o DSM-5:
Os transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta incluem
condições que envolvem problemas de autocontrole de emoções e de
comportamentos. Enquanto outros transtornos do DSM-5 também podem

36
envolver problemas na regulação emocional e/ou comportamental, os

5:
transtornos inclusos neste capítulo são exclusivos no sentido de que esses

:1
15
problemas se manifestam em comportamentos que violam os direitos dos

0
02
outros (p. ex., agressão, destruição de propriedade) e/ou colocam o

/2
indivíduo em conflito significativo com normas sociais ou figuras de

12
6/
autoridade. As causas subjacentes dos problemas de autocontrole das

-1
emoções e do comportamento podem variar amplamente entre os

om
transtornos apresentados neste capítulo e entre indivíduos pertencentes a

.c
ok
determinada categoria diagnóstica.

tlo
ou
s@
tin

136. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


ar

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
m
io

Os transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados envolvem


ab

aqueles nos quais a principal característica é a presença de sintomas fisiológicos


of
ai

proeminentes decorrentes, ou nos quais os somáticos apresentam-se como


-c

importante preocupação. Sobre tais transtornos, assinale a afirmativa correta.


2
-2
41

a) O transtorno de sintomas somáticos deixa de exigir um número mínimo de


.8

sintomas para o diagnóstico, bem como a ausência de diagnóstico médico como


81
.6

critério essencial.
39

b) O transtorno de sintomas somáticos exige um número muito grande de sintomas


-0

para composição do diagnóstico, bem como a presença de um diagnóstico médico


s
tin

como critério essencial.


ar
M

c) Os transtornos de sintomas somáticos são observados em uma ampla gama de


a
uz

serviços de saúde, nos mais diferentes níveis de assistência, principalmente no


So

âmbito da saúde mental.


de

d) Os transtornos de sintomas somáticos e relacionados só são observados em


o
bi

serviços de saúde especializados em saúde mental, o que foi indicador para que o

DSM-5 adotasse um número maior desses transtornos com outros especificadores.


o
ai

Gabarito: A
C

Comentários: Segundo o DSM-5:


Os princípios por trás das mudanças nos diagnósticos de sintomas somáticos e
diagnósticos relacionados a partir do DSM-IV são cruciais para entender os
diagnósticos do DSM-5. O termo do DSM-IV transtornos somatoformes era confuso
e foi substituído por transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados.
No DSM-IV, havia grande sobreposição entre os transtornos somatoformes e falta
de clareza acerca das fronteiras dos diagnósticos. Embora indivíduos com esses

| 172
transtornos se apresentem essencialmente em contextos gerais de saúde e não
mentais, médicos não psiquiatras consideravam os diagnósticos somatoformes do
DSM-IV difíceis de entender e usar. A classificação atual do DSM-5 reconhece tal
sobreposição ao reduzir o número total de transtornos, bem como suas
subcategorias.

36
Os critérios anteriores superenfatizavam o papel central de sintomas

5:
clinicamente inexplicados. Esses sintomas estão presentes em graus variados,

:1
15
particularmente no transtorno conversivo, mas transtornos de sintomas somáticos

0
02
também podem acompanhar doenças médicas diagnosticadas. A confiabilidade

/2
para determinar que um sintoma somático é clinicamente inexplicado é limitada, e

12
6/
estabelecer um diagnóstico na ausência de uma explicação é algo problemático e

-1
reforça a dicotomia mente-corpo. Não é apropriado dar a um indivíduo um

om
diagnóstico de transtorno mental unicamente por não se conseguir demonstrar

.c
ok
uma causa médica. Ademais, a presença de um diagnóstico médico não exclui a

tlo
possibilidade de um transtorno mental comórbido, incluindo um transtorno de
ou
s@
sintomas somáticos e transtornos relacionados. Talvez em virtude do foco
tin

predominente na ausência de uma explicação médica, os indivíduos consideravam


ar

esses diagnósticos como pejorativos e degradantes, como se sugerissem que seus


m
io

sintomas físicos não fossem "reais". A nova classificação define o diagnóstico


ab

principal, transtorno de sintomas somáticos, com base em sintomas positivos


of
ai

(sintomas somáticos perturbadores associados a pensamentos, sentimentos e


-c

comportamentos anormais em resposta a esses sintomas). Entretanto, sintomas


2
-2
41

clinicamente inexplicados continuam a ser um aspecto-chave no transtorno


.8

conversivo e na pseudociese (outro transtorno de sintomas somáticos e transtorno


81
.6

relacionado especificado) porque é possível demonstrar de maneira definitiva em


39

tais transtornos que os sintomas não são compatíveis com uma fisiopatologia
-0

médica.
s
tin

È importante observar que alguns outros transtornos mentais podem


ar
M

manifestar-se inicial- mente com sintomas essencialmente somáticos (p. ex.,


a
uz

transtorno depressivo maior, transtorno de pânico). Esses diagnósticos podem ser


So

responsáveis pelos sintomas somáticos ou podem ocorrer paralelamente a um dos


de

transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados deste capítulo. Há


o
bi

também considerável comorbidade médica entre indivíduos somatizadores.


Embora sintomas somáticos estejam com frequência associados a sofrimento


o
ai

psicológico e psicopatologia, alguns transtornos de sintomas somáticos e


C

transtornos relacionados podem surgir de forma espontânea, e suas causas podem


permanecer obscuras. Transtornos de ansiedade e transtornos depressivos podem
acompanhar transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados. O
componente somático agrega gravidade e complexidade a transtornos depressivos
e de ansiedade e resulta em maior gravidade, prejuízo funcional e até mesmo
refratariedade aos tratamentos tradicionais. Em casos raros, o grau de preocupação

| 173
pode ser tão grave a ponto de merecer a consideração de um diagnóstico de
transtorno delirante.

137. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2017

36
Analise as afirmativas sobre os transtornos relacionados ao uso e abuso de

5:
substâncias psicoativas.

:1
15
I. A extinção da diferenciação entre transtornos de abuso e dependência de

0
02
substâncias fez com que o uso de substâncias fosse caracterizado de acordo com

/2
transtornos de intoxicação, abstinência, transtornos induzidos pela substância e

12
6/
relacionados ao uso.

-1
II. Na atual classificação do manual diagnóstico e estatístico dos transtornos

om
mentais foram incluídos os diagnósticos abstinência de cafeína e abstinência de

.c
ok
Cannabis, bem como do uso de tabaco em todas as categorias e a melhor definição

tlo
de critérios de severidade.
ou
s@
III. No DSM-5 é incluído o transtorno do jogo no que concerne as mudanças
tin

relacionadas ao uso de substâncias, devido à relação com o modo ou a semelhança


ar

ao uso de substância, tanto em critérios comportamentais, quanto em


m
io

concordância com os estudos da neurociência.


ab

IV. A inclusão da “fissura” como critério diagnóstico e a retirada da exigência de


of
ai

problemas com a lei para a caracterização do uso no DSM-5, além da redução no


-c

número de critérios necessários para diagnóstico, são medidas que evidenciam o


2
-2
41

diagnóstico com base em experiências de profissionais da saúde.


.8

Estão corretas as afirmativas


81
.6

a) I, II, III e IV.


39

b) I e II, apenas.
-0

c) I, II e III, apenas.
s
tin

d) II, III e IV, apenas.


ar
M

Gabarito: A
a
uz

Comentários: Todas estão absolutamente corretas e coerentes com o DSM-5!


So
de

138. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


o
bi

Especializado/Psicologia - Clínica/2017

O DSM-5 evidencia uma dicotomia, categorias versus dimensões, em relação aos


o
ai

transtornos mentais, explicitando claramente uma ênfase à natureza dimensional


C

desses transtornos. Sobre a perspectiva dimensional, assinale a afirmativa correta.


a) A compreensão dimensional implica em uma compreensão dos transtornos
mentais e do modo como se diferenciam em tipo e em quantidade.
b) Define transtornos mentais como extremos de traços que estão gradativamente
distribuídos na população, embora as decisões clínicas ainda sejam categóricas.
c) Define transtornos mentais a partir de achados etiológicos consistentes e da
patofisiologia descritiva de traços mais prevalentes e da expressão de condutas,

| 174
emoções e pensamentos.
d) A compreensão dimensional implica em um entendimento descritivo da
categorização dos transtornos mentais, ancorada na manifestação de fenômenos
do tripé: comportamentos, emoções e pensamentos.
Gabarito: B

36
Comentários: Na abordagem categorial, que é a base do DSM-5, se o indivíduo

5:
possui uma quantidade de características e o grau dessas características condiz

:1
15
com sua classificação, dizemos que há uma psicopatologia identificável. O próprio

0
02
DSM-5 fala que lá em sua introdução (Abordagem Dimensional ao Diagnóstico) que

/2
cada categoria tinha um diagnóstico separado. A intenção aqui foi deixar um pouco

12
6/
mais claro que vários desses sintomas podem co-existir isoladamente na população

-1
e que isso não constitui necessariamente psicopatologias. O que vai definir o

om
transtorno mental é o grau e a frequência desses sintomas.

.c
ok
tlo
139. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio
ou
Especializado/Psicologia - Clínica/2017
s@
tin

O DSM-5 rompeu com o modelo multiaxial das versões terceira e quarta do manual,
ar

sobretudo quarta edição, a qual preconizava que o diagnóstico fosse realizado em


m
io

cinco eixos. Na quinta edição houve a união dos eixos I e II, colocando os transtornos
ab

de personalidade e deficiência intelectual em conjunto com os demais transtornos


of
ai

psiquiátricos. Além disso sugere que os fatores psicossociais e ambientais sejam


-c

codificados de acordo com a classificação da CID-10. Essa diretriz incluiu, portanto,


2
-2
41

novos diagnósticos em diversos capítulos, inclusive no de transtornos depressivos.


.8

Sobre os referidos novos diagnósticos, assinale a alternativa correta.


81
.6

a) O transtorno depressivo maior crônico, ainda que careça de maiores estudos, já


39

possui evidências científicas suficientes para estarem neste capítulo devido ao


-0

acometimento clínico de mulheres.


s
tin

b) O transtorno disfórico pré-menstrual deve ser diagnosticado com apresentação


ar
M

antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento explosivo com


a
uz

expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos estímulos que a


So

eliciam.
de

c) O transtorno depressivo persistente é inserido com vistas a diminuir o alto


o
bi

número de crianças e adolescentes que eram anteriormente diagnosticados com


transtorno bipolar pelas respostas e expressões desproporcionais aos estímulos


o
ai

que as eliciam.
C

d) O transtorno disruptivo da desregulação do humor deve ser diagnosticado com


apresentação antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento
explosivo com expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos
estímulos que a eliciam.
Gabarito: D
Comentários: O transtorno depressivo maior crônico é um dos diagnósticos mais
antigos e mais bem estudados da história da psicopatologia. A letra B trata do

| 175
transtorno disruptivo da desregulação do humor. O transtorno depressivo
persistente não tem as características do transtorno bipolar (que ainda existe).
Sobre o transtorno disruptivo da desregulação do humor, temos o critério G,
que diz: G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou
após os 18 anos de idade.

36
5:
140. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio

:1
15
Especializado/Psicologia - Clínica/2017

0
02
O DSM-5 é fruto do trabalho de pesquisadores em saúde mental de todo o mundo,

/2
incorporando dados de pesquisa e experiência clínica de vários grupos de

12
6/
especialistas. Analise as afirmativas sobre o DSM-5, marque V para as verdadeiras e

-1
F para as falsas.

om
( ) As versões iniciais do DSM refletiam mais a psicodinâmica do sofrimento

.c
ok
psíquico, mas não especificava sintomas em detalhes para cada transtorno mental.

tlo
( ) O objetivo da atualização do DSM em sua quinta edição é progredir para uma
ou
s@
compreensão cada vez mais fiel da manifestação dos transtornos mentais que se
tin

traduza em melhores programas de prevenção e tratamento dessas doenças.


ar

( ) Os critérios operacionais utilizados no DSM-5 para o diagnóstico de transtornos


m
io

mentais são combinações de sintomas que devem ser percebidos pelo indivíduo
ab

e/ou por outros, causando prejuízos relevantes e sofrimento significativo.


of
ai

( ) Atualmente, são inexistentes as evidências de estudos científicos que sustentam


-c

a perspectiva de que os transtornos mentais são apresentação extrema de sintomas


2
-2
41

que, em graus mais leves, estão distribuídos normalmente entre os indivíduos na


.8

população.
81
.6

A sequência está correta em


39

a) V, F, F, V.
-0

b) F, V, V, F.
s
tin

c) V, F, F, F.
ar
M

d) V, V, V, F.
a
uz

Gabarito: D
So

Comentários: A visão dimensional do DSM-5 prega que os transtornos mentais são


de

conjugações de características de forma extrema e que existem na população


o
bi

normal.

o
ai

141. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


C

Segundo o DSM-5, no Transtorno de Compulsão Alimentar, os episódios de


compulsão alimentar estão associados a três ou mais, entre alguns, aspectos. As
alternativas a seguir expressam esses aspectos associados, EXCETO
a) comer mais rapidamente do que o normal.
b) comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
c) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.
d) sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.

| 176
e) comer em lugares com várias pessoas presentes, devido a uma busca por
segurança.
Gabarito: E
Comentários: A última assertiva não possui correlação nenhuma com qualquer tipo
de transtorno tratado no DSM-5.

36
5:
142. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017

:1
15
A respeito do Transtorno da Personalidade Antissocial, assinale a alternativa

0
02
correta.

/2
a) Para o diagnóstico, os sintomas transgressores devem ter se iniciado com 7 ou

12
6/
menos anos de idade.

-1
b) Esse transtorno não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos de idade, segundo

om
o DSM-5.

.c
ok
c) É um pouco mais comum em mulheres do que em homens.

tlo
d) Se há crimes de repetição, o indivíduo deixa de ser diagnosticado com Transtorno
ou
s@
da Personalidade Antissocial e passa a ter o diagnóstico de Transtorno Criminoso
tin

Recorrente.
ar

e) Há a possibilidade de comorbidade entre Transtorno da Personalidade


m
io

Antissocial e Transtorno da Conduta, apenas em indivíduos com mais de 18 anos.


ab

Gabarito: B
of
ai

Comentários: Apesar de podermos identificar características desse transtorno a


-c

partir dos 16 anos, o seu diagnóstico não pode ser feito antes dos 18 anos!
2
-2
41
.8

143. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


81
.6

No DSM-5, os Transtornos de Personalidade estão reunidos em três grupos, com


39

bases em semelhanças descritivas. O Grupo C corresponde a quais transtornos?


-0

a) Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno da Personalidade


s
tin

Dependente e Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva.


ar
M

b) Transtorno da Personalidade Paranoide, Transtorno da Personalidade


a
uz

Esquizoide e Transtorno da Personalidade Esquizotípica.


So

c) Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Obsessivo-


de

Compulsiva e Transtorno da Personalidade Esquizoide.


o
bi

d) Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade


Borderline, Transtorno da Personalidade Histriônica.


o
ai

e) Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno da Personalidade


C

Paranoide e Transtorno da Personalidade Evitativa.


Gabarito: A
Comentários: Os critérios diagnósticos para os Transtornos de Personalidade não
sofreram mudanças em relação aos apresentados no DSM-IV-TR, o capítulo
apresentado na Seção II do manual do DSM-5 continua reunindo os mesmos
transtornos divididos em três grupos: Grupo A - Transtornos de Personalidade
Paranoide, Esquizoide e Esquizotípica; Grupo B - Transtornos de Personalidade

| 177
Antissocial, Borderline, Histriônica e Narcisista; e Grupo C - Transtornos de
Personalidade Esquiva, Dependente e Obsessivo-Compulsiva.

36
5:
:1
15
0
Bons estudos! =]

02
/2
Professor Alyson Barros

12
6/
-1
om
.c
ok
tlo
ou
s@
tin
ar
m
io
ab
of
ai
-c
2
-2
41
.8
81
.6
39
-0
s
tin
ar
M
a
uz
So
de
o
bi

o
ai
C

| 178

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