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Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN

Professor Alyson Barros


Aula 02
PSICOPATOLOGIA. ................................................................................ 3
TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS ................. 3
1. Episódio Maníaco ..................................................................................3
2. Episódio Hipomaníaco ..........................................................................3
3. Episódio Depressivo Maior ..................................................................4
4. Transtorno Bipolar Tipo I .......................................................................4
5. Transtorno Bipolar Tipo II ...................................................................4
6. Transtorno Ciclotímico ..........................................................................4
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE .................................................... 5
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ....................................................................... 5
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PARANOIDE ..................................................... 6
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOIDE ..................................................... 6

38
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA ................................................. 7

7:
:5
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL ....................................................8

06
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE .....................................................8

2
02
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE HISTRIÔNICA ................................................... 9

/2
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA ..................................................... 9

12
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA....................................................... 10

1/
-2
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE DEPENDENTE ................................................... 10

om
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA .................................. 11

l.c
TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO E ABUSO DE SUBSTÂNCIAS
ai
PSICOATIVAS ........................................................................................ 12
gm
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS (GENERALIDADES) ................................ 13
s@

INTOXICAÇÃO E ABSTINÊNCIA DE SUBSTÂNCIA (GENERALIDADES) ........................... 13


ta
an

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO ÁLCOOL ....................................................... 13


fd

TRANSTORNO POR USO DE ÁLCOOL ................................................................... 14


ia
al

INTOXICAÇÃO POR ÁLCOOL .............................................................................. 14


at

ABSTINÊNCIA DE ÁLCOOL.................................................................................. 15
-n

TRANSTORNOS RELACIONADOS À CAFEÍNA ......................................................... 15


0
-2

INTOXICAÇÃO POR CAFEÍNA .............................................................................. 15


33

ABSTINÊNCIA DE CAFEÍNA ................................................................................. 16


.2
74

TRANSTORNOS RELACIONADOS A CANNABIS ....................................................... 16


.7

TRANSTORNO POR USO DE CANNABIS ................................................................ 16


05

INTOXICAÇÃO POR CANNABIS ............................................................................ 17


-0

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO TABACO........................................................ 17


s
ta

TRANSTORNOS DA ANSIEDADE ............................................................ 18


an

1. Transtorno de Ansiedade de Separação ............................................ 18


D
s

2. Mutismo Seletivo ................................................................................. 18


ta
ei

3. Fobia Específica ................................................................................... 18


Fr

4. Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) .................................. 19


ia
ál

5. Transtorno de Pânico ........................................................................... 19


at

6. Agorafobia .......................................................................................... 20
N

7. Transtorno de Ansiedade Generalizada ............................................. 20


8. Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento .. 20
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO E TRANSTORNOS
RELACIONADOS .................................................................................... 21
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO ............................................................. 21
TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL............................................................... 22
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO ........................................................................ 22
TRICOTILOMANIA (TRANSTORNO DE ARRANCAR O CABELO) ...................................23
TRANSTORNO DE ESCORIAÇÃO (SKIN-PICKING) ....................................................23
TRANSTORNOS RELACIONADOS A TRAUMAS E ESTRESSORES ......... 23
TRANSTORNO DE APEGO REATIVO ......................................................................23

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Aula 02
TRANSTORNO DE INTERAÇÃO SOCIAL DESINIBIDA .................................................24
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO ..................................................... 25
TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO.................................................................... 27
TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO .........................................................................28
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS ............................................................ 29
1. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor .............................29
2. Transtorno Depressivo Maior...............................................................29
3. Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) .................................... 30
4. Transtorno Disfórico Pré-menstrual .................................................... 31
TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS E TRANSTORNOS
RELACIONADOS ................................................................................... 32
TRANSTORNO DE SINTOMAS SOMÁTICOS ............................................................32

38
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE DOENÇA............................................................32

7:
:5
TRANSTORNO CONVERSIVO (TRANSTORNO DE SINTOMAS NEUROLÓGICOS

06
FUNCIONAIS)...................................................................................................32

2
02
FATORES PSICOLÓGICOS QUE AFETAM OUTRAS CONDIÇÕES MÉDICAS .................. 33

/2
TRANSTORNO FACTÍCIO ................................................................................... 33

12
TRANSTORNO FACTÍCIO IMPOSTO A OUTRO (ANTES TRANSTORNO FACTÍCIO POR

1/
-2
PROCURAÇÃO) ............................................................................................... 34

om
TRANSTORNOS ALIMENTARES ............................................................ 34

l.c
PICA ............................................................................................................. 34
ai
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO .......................................................................... 34
gm
TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO ............................................... 34
s@

ANOREXIA NERVOSA ....................................................................................... 35


ta
an

BULIMIA NERVOSA .......................................................................................... 35


fd

TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR ......................................................... 36


ia
al

ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS


at

............................................................................................................. 37
-n

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS (5 DOMÍNIOS) ...................................................... 37


0
-2

1. Transtorno Delirante ............................................................................. 37


33

2. Transtorno Psicótico Breve ................................................................. 38


.2
74

3. Transtorno Esquizofreniforme ............................................................ 38


.7

4. Esquizofrenia ...................................................................................... 39
05

5. Transtorno Esquizoafetivo .................................................................. 39


-0

6. Transtorno Psicótico Induzido por Substância/Medicamento ........ 40


s
ta

7. Catatonia ............................................................................................. 40
an

TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS ............... 40


D
s

1. Episódio Maníaco ............................................................................... 40


ta
ei

2. Episódio Hipomaníaco ........................................................................ 41


Fr

3. Episódio Depressivo Maior ................................................................ 41


ia
ál

4. Transtorno Bipolar Tipo I .....................................................................42


at

5. Transtorno Bipolar Tipo II .................................................................42


N

6. Transtorno Ciclotímico ........................................................................42


ESTRUTURAS CLÍNICAS (NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO). ........... 42
A NORMALIDADE PARA A PSICANÁLISE................................................................ 43
A PSICOPATOLOGIA FREUDIANA........................................................................ 44
O DIAGNÓSTICO PARA FREUD ........................................................................... 44
AS DUAS CLÍNICAS LACANIANAS E OUTROS CONCEITOS ....................................... 46
ESTRUTURAS CLÍNICAS (NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO). ................................... 48
NEUROSE ....................................................................................................... 49
PSICOSE ......................................................................................................... 51
PERVERSÃO ..................................................................................................... 52
DEPRESSÃO E MELANCOLIA ................................................................ 55

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QUESTÕES ........................................................................................... 58
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS ....................................... 93

Psicopatologia.
Delícia de assunto! Vamos começar futuros aprovados!

Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados


1. Episódio Maníaco

38
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,

7:
:5
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade

06
dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de 1 semana e

2
02
presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração,

/2
12
se a hospitalização se fizer necessária).

1/
B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)

-2
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.

om
l.c
2. Redução da necessidade de sono
ai
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
gm
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos
s@

estão acelerados.
ta
an

5. Distratibilidade
fd
ia

6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação


al
at

psicomotora
-n

7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial


0
-2

para conseqüências dolorosas


33

C. Causa prejuízo
.2
74
.7
05

2. Episódio Hipomaníaco
-0

A. 4 dias consecutivos de humor anormal e persistentemente elevado,


s
ta

expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou


an

energia
D
s

B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)


ta
ei

1. Autoestima inflada ou grandiosidade.


Fr

2. Redução da necessidade de sono


ia
ál

3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.


at
N

4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos


estão acelerados.
5. Distratibilidade conforme relatado ou observado.
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação
psicomotora.
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial
para conseqüências dolorosas
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que
não é característica do indivíduo quando assintomático.

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Aula 02
E O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo
acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de
hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o
episódio é maníaco.

3. Episódio Depressivo Maior


A. (5 sintomas [1 ou 2 obrigatoriamente], 2 semanas)
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,
conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por
outra pessoa (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor

38
irritável.)

7:
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase

:5
06
todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias

2
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou

02
/2
redução ou aumento no apetite quase todos os dias.

12
4. Insônia ou hipersonia quase diária.

1/
-2
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.

om
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

l.c
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
ai
gm
(que podem ser delirantes) quase todos os dias.
s@

8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou


ta

indecisão quase todos os dias.


an
fd

9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de


ia
al

morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,


at
-n

tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.


0

B. Sofrimento e prejuízo
-2
33
.2
74

4. Transtorno Bipolar Tipo I


.7

A. Presença de pelo menos um Episódio maníaco


05

O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios


-0

hipomaníacos ou depressivos maiores.


s
ta
an
D

5. Transtorno Bipolar Tipo II


s
ta

A. pelo menos um episódio hipomaníaco ou hipomaníaco + depressivos


ei
Fr

B. Jamais houve um episódio maníaco.


ia
ál
at
N

6. Transtorno Ciclotímico
A. 2 anos (1 em crianças) com sintomas hipomaníacos que não satisfazem
os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas
depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior.
B. períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos
metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por
mais que dois meses consecutivos.
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou
hipomaníaco nunca foram satisfeitos.

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Aula 02

Transtornos da Personalidade
Definição
padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia
acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo
é difuso e inflexível
começa na adolescência ou no início da fase adulta
é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo
Tipos
Transtorno da personalidade paranoide

38
Transtorno da personalidade esquizoide

7:
:5
Transtorno da personalidade esquizotípica

06
Transtorno da personalidade antissocial

2
02
Transtorno da personalidade borderline

/2
12
Transtorno da personalidade histriônica

1/
Transtorno da personalidade narcisista

-2
Transtorno da personalidade evitativa

om
Transtorno da personalidade dependente

l.c
ai
Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva gm
Mudança de personalidade devido a outra condição médica
s@

Outro transtorno da personalidade especificado e transtorno da


ta
an

personalidade não especificado


fd
ia

Grupos
al
at

Grupo A
-n

transtornos da personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípica.


0
-2

parecem esquisitos ou excêntricos


33

Grupo B
.2
74

transtornos da personalidade antissocial, borderline, histriônica e


.7

narcisista. parecem dramáticos, emotivos ou erráticos


05
-0

Grupo C
s

transtornos da personalidade evitativa, dependente e obsessivo-


ta
an

compulsiva.
D
s

parecem ansiosos ou medrosos.


ta
ei
Fr

Transtorno da Personalidade
ia
ál
at

A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se


N

desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse


padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas:
1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo,
outras pessoas e eventos).
2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação
da resposta emocional).
3. Funcionamento interpessoal.
4. Controle de impulsos.

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B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de
situações pessoais e sociais.
C. Sofrimento e Prejuízo
D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo
menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta.
Transtornos mais comuns em mulheres
transtornos da personalidade borderline, histriônica e dependente
Transtornos mais comuns em mulheres
transtorno da personalidade antissocial

38
Transtorno da Personalidade Paranoide

7:
:5
A. Um padrão de desconfiança e suspeita difusa dos outros, de modo que

06
suas motivações são interpretadas como malévolas, que surge no início

2
02
da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado

/2
por quatro (ou mais) dos seguintes:

12
1/
1. Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado,

-2
maltratado ou enganado por outros.

om
2. Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou da

l.c
ai
confiabilidade de amigos e sócios. gm
3. Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que
s@

as informações serão usadas maldosamente contra si.


ta
an

4. Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em


fd

comentários ou eventos benignos.


ia
al

5. Guarda rancores de forma persistente


at
-n

6. Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são


0
-2

percebidos pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca


33

rapidamente.
.2
74

7. Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade


.7

do cônjuge ou parceiro sexual.


05
-0

B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno


s

bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno


ta
an

psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra condição


D

médica.
s
ta
ei

Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de esquizofrenia,


Fr

acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da personalidade paranoide


ia
ál

(pré-mórbido)”.
at
N

Transtorno da Personalidade Esquizoide


A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa
restrita de expressão de emoções em contextos interpessoais que surgem
no início da vida adulta e estão presentes em vários contextos, conforme
indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:
1. Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte
de uma família.
2. Quase sempre opta por atividades solitárias.

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3. Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências
sexuais com outra pessoa.
4. Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma.
5. Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os
familiares de primeiro grau.
6. Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros.
7. Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento
afetivo.
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno
bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico

38
ou transtorno do espectro autista e não é atribuível aos efeitos

7:
psicológicos de outra condição médica.

:5
06
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de esquizofrenia,

2
02
acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da personalidade esquizoide

/2
(pré-mórbido)”.

12
1/
-2
Transtorno da Personalidade Esquizotípica

om
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por

l.c
ai
desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos,
gm
além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico,
s@

que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,


ta
an

conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:


fd

1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).


ia
al

2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o


at
-n

comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais


0
-2

3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.


33

4. Pensamento e discurso estranhos excessivamente elaborado ou


.2
74

estereotipado).
.7

5. Desconfiança ou ideação paranoide.


05
-0

6. Afeto inadequado ou constrito.


s

7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.


ta
an

8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam


D

parentes de primeiro grau.


s
ta
ei

9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que


Fr

tende a estar associada mais a temores paranoides do que a


ia
ál

julgamentos negativos sobre si mesmo.


at
N

B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de esquizofrenia, transtorno


bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, outro transtorno psicótico
ou transtorno do espectro autista.
Nota: Se os critérios são atendidos antes do surgimento de esquizofrenia,
acrescentar “pré-mórbido”, isto é, “transtorno da personalidade
esquizotípica (pré-morbido)”.

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Transtorno da Personalidade Antissocial
A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras
pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado por
três (ou mais) dos seguintes:
1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a
comportamentos legais, conforme
indicado pela repetição de atos que constituem motivos de
detenção.
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas,
uso de nomes falsos ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal.

38
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.

7:
:5
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas

06
lutas corporais ou agressões físicas.

2
02
5. Descaso pela segurança de si ou de outros.

/2
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha

12
1/
repetida em manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar

-2
obrigações financeiras.

om
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou

l.c
ai
racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado
gm
outras pessoas.
s@

B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.


ta
an

C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos


fd

15 anos de idade.
ia
al

D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente


at
-n

durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar.


0
-2
33

Transtorno da Personalidade Borderline


.2
74

A. Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da


.7
05

autoimagem e dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no


-0

início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme


s
ta

indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:


an

1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginado.


D
s

(Nota: Não incluir


ta
ei

comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério


Fr
ia

5.)
ál

2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos


at
N

caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e


desvalorização.
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente
da autoimagem ou da percepção de si mesmo.
4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente
autodestrutivas
Nota: Não incluir comportamento suicida ou de automutilação
coberto pelo Critério 5.

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Aula 02
5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou
de comportamento auto-mutilante.
6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade de
humor
7. Sentimentos crônicos de vazio.
8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la
9. Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas
dissociativos intensos.

Transtorno da Personalidade Histriônica

38
Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso que

7:
:5
surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,

06
conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

2
02
1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções.

/2
2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por

12
1/
comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo.

-2
3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.

om
4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para

l.c
ai
si. gm
5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista
s@

e carente de detalhes.
ta
an

6. Mostra autodramatização, teatralidade e expressão exagerada das


fd

emoções.
ia
al

7. É sugestionável (i.e., facilmente influenciado pelos outros ou


at
-n

pelas circunstâncias).
0
-2

8. Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade


33

são.
.2
74
.7

Transtorno da Personalidade Narcisista


05
-0

Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento),


s
ta

necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida


an

adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco


D
s

(ou mais) dos seguintes:


ta
ei

1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância.


Fr
ia

2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho,


ál

beleza ou amor ideal.


at
N

3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente


compreendido por, ou associado a, outras pessoas especiais ou com
condição elevada.
4. Demanda admiração excessiva.
5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas
irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam
automaticamente de acordo com as próprias expectativas).
6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de
outros para atingir os próprios fins).

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7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com
os sentimentos e as necessidades dos outros.
8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita
que os outros o invejam.
9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.

Transtorno da Personalidade Evitativa


Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e
hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta
e está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou

38
mais) dos seguintes:

7:
:5
1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal

06
significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição.

2
02
2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha

/2
certeza de que será recebido de forma positiva.

12
1/
3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo

-2
de passar vergonha ou de ser ridicularizado.

om
4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais.

l.c
ai
5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de
gm
sentimentos de inadequação.
s@

6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais


ta
an

ou inferior aos outros.


fd

7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se


ia
al

envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser


at
-n

constrangedoras.
0
-2
33

Transtorno da Personalidade Dependente


.2
74

Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a


.7
05

comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta


-0

e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou


s
ta

mais) dos seguintes:


an

1. Tem dificuldades em tomar decisões cotidianas sem uma


D
s

quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento de outros.


ta
ei

2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte


Fr
ia

das principais áreas de sua vida.


ál

3. Tem dificuldades em manifestar desacordo com outros devido a


at
N

medo de perder apoio ou aprovação.


Nota: Não incluir os medos reais de retaliação.
4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por
conta própria (devido mais a falta de autoconfiança em seu
julgamento ou em suas capacidades do que a falta de motivação
ou energia).
5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de
voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.

| 10
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Aula 02
6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido
a temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo.
7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado
e amparo logo após o término de um relacionamento íntimo.
8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado à
própria sorte.

Transtorno da Personalidade Obsessivo-compulsiva


Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle
mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência que

38
surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos,

7:
:5
conforme indicado por quatro (ou mais) dos seguintes:

06
1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem,

2
02
organização ou horários a ponto de o objetivo principal da atividade

/2
ser perdido.

12
1/
2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas

-2
(p. ex., não consegue completar um projeto porque seus padrões

om
próprios demasiadamente rígidos não são atingidos).

l.c
ai
3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em
gm
detrimento de atividades de lazer e amizades (não explicado por
s@

uma óbvia necessidade financeira).


ta
an

4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto


fd

a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por


ia
al

identificação cultural ou religiosa).


at
-n

5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo


0
-2

quando não têm valor sentimental.


33

6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a


.2
74

menos que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas.


.7

7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros;


05
-0

o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras


s

catástrofes.
ta
an

8. Exibe rigidez e teimosia.


D
s
ta
ei

Outros Transtornos da Personalidade


Fr

Mudança de Personalidade Devido a Outra Condição Médica


ia
ál

A. Uma perturbação persistente da personalidade que representa uma


at
N

mudança do padrão característico prévio da personalidade do indivíduo.


Nota: Em crianças, a perturbação envolve um desvio acentuado do
desenvolvimento normal ou uma mudança significativa nos padrões
habituais de comportamento da criança, com duração de pelo menos um
ano.
B. Há evidência, a partir da história, do exame físico ou de achados
laboratoriais, de que a perturbação é a conseqüência fisiopatológica direta
de outra condição médica.
C. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental
(incluindo outro transtorno mental devido a outra condição médica).

| 11
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Aula 02
D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.
E. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo
no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.
Determinar o subtipo:
Tipo lábil: Quando o aspecto predominante é labilidade afetiva.
Tipo desinibido: Quando o aspecto predominante é controle deficiente
dos impulsos conforme evidenciado por indiscrições sexuais, etc.
Tipo agressivo: Quando o aspecto predominante é comportamento
agressivo.

38
Tipo apático: Quando o aspecto predominante é apatia e indiferença

7:
marcantes.

:5
06
Tipo paranoide: Quando o aspecto predominante é desconfiança ou

2
02
ideação paranoide.

/2
Outro tipo: Quando a apresentação não se caracteriza por nenhum dos

12
1/
subtipos anteriores.

-2
Tipo combinado: Quando mais de um aspecto predomina no quadro

om
clínico.

l.c
Tipo não especificado
ai
gm
s@

Outro Transtorno da Personalidade Especificado


ta

Não satisfaz todos os critérios para qualquer transtorno na classe


an
fd

diagnóstica dos transtornos da personalidade.


ia
al

Adiciona razão específica.


at
-n
0

Transtorno da Personalidade Não Especificado


-2
33

Não satisfaz todos os critérios para qualquer transtorno na classe


.2

diagnóstica dos transtornos da personalidade.


74
.7
05

Transtornos relacionados ao uso e abuso de substâncias


-0
s
ta

psicoativas
an
D

Abrange 10 classes distintas de drogas


s
ta

álcool; cafeína; Cannabis; alucinógenos (com categorias distintas para


ei

fenciclidina [ou arilciclo-hexilaminas de ação similar] e outros


Fr
ia

alucinógenos); inalantes; opioides; sedativos, hipnóticos e ansiolíticos;


ál
at

estimulantes (substâncias tipo anfetamina, cocaína e outros estimulantes);


N

tabaco; e outras substâncias (ou substâncias desconhecidas).


Todas as drogas que são consumidas em excesso têm em comum a
ativação direta do sistema de recompensa do cérebro, o qual está envolvido no
reforço de comportamentos e na produção de memórias.
A ativação do sistema de recompensa é intensa a ponto de fazer atividades
normais serem negligenciadas.
O dsm-5 removeu a divisão feita pelo dsm-iv-tr entre os diagnósticos de abuso
e dependência de substâncias reunindo-os como “Transtorno por uso de
substâncias”

| 12
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Aula 02

Transtornos por Uso de Substâncias (generalidades)


Critérios gerais:
baixo controle, deterioração social, uso arriscado e critérios
farmacológicos.
indivíduo pode consumir a substância em quantidades maiores ou ao
longo de um período maior de tempo do que pretendido originalmente
indivíduo pode expressar um desejo persistente de reduzir ou regular o
uso da substância e pode relatar vários esforços malsucedidos para diminuir
ou descontinuar o uso

38
indivíduo pode gastar muito tempo para obter a substância, usá-la ou

7:
:5
recuperar-se de seus efeitos

06
em casos mais graves por uso de substância, praticamente todas as

2
02
atividades diárias do indivíduo giram em tomo da substância.

/2
12
A fissura se manifesta por meio de um desejo ou necessidade intensos

1/
de usar a droga que podem ocorrer a qualquer momento

-2
A fissura está relacionada com condicionamento clássico

om
l.c
A fissura pode ser um preditor de recaída
Prejuízo social ai
gm
Pode ameaçar a integridade física.
s@
ta
an

Intoxicação e Abstinência de Substância (generalidades)


fd
ia

Intoxicação
al
at

síndrome reversível específica de determinada substância que ocorreu


-n

devido a sua recente ingestão


0
-2

é comum entre pessoas com transtorno por uso de substância, mas


33
.2

também ocorre com frequência em indivíduos sem esse transtorno.


74

essa categoria não se aplica ao tabaco.


.7
05

Abstinência
-0

desenvolvimento de uma alteração comportamental problemática


s
ta

específica a determinada substância, com concomitantes fisiológicos e


an
D

cognitivos, devido a interrupção ou redução do uso intenso e prolongado


s
ta

da substância
ei
Fr

causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento


ia

social
ál
at

A maioria dos indivíduos com abstinência sente necessidade de


N

readministrar a substância para reduzir os sintomas.

Transtornos Relacionados ao Álcool


Transtorno por Uso de Álcool
Intoxicação por Álcool
Abstinência de Álcool
Outros Transtornos Induzidos por Álcool
Transtorno Relacionado ao Álcool Não Especificado

| 13
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Aula 02
Transtorno por Uso de Álcool
A. Um padrão problemático de uso de álcool, levando a comprometimento
ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado por pelo menos dois
dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12 meses:
1. Álcool é frequentemente consumido em maiores quantidades ou
por um período mais longo do que o pretendido.
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido
de reduzir ou controlar o uso de álcool.
3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção
de álcool, na utilização de álcool ou na recuperação de seus efeitos.

38
4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar álcool.

7:
:5
5. Uso recorrente de álcool, resultando no fracasso em

06
desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em

2
02
casa.

/2
6. Uso continuado de álcool, apesar de problemas sociais ou

12
1/
interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados

-2
por seus efeitos.

om
7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são

l.c
ai
abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de álcool.
gm
8. Uso recorrente de álcool em situações nas quais isso representa
s@

perigo para a integridade física.


ta
an

9. O uso de álcool é mantido apesar da consciência de ter um


fd

problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende


ia
al

a ser causado ou exacerbado pelo álcool.


at
-n

10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:


0
-2

A. Necessidade de quantidades progressivamente maiores de


33

álcool para alcançar a intoxicação ou o efeito desejado.


.2
74

b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da


.7

mesma quantidade de álcool.


05
-0

11. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes


s

aspectos:
ta
an

A. Síndrome de abstinência característica de álcool


D

b. Álcool (ou uma substância estreitamente relacionada,


s
ta
ei

como benzodiazepínicos) é consumido para aliviar ou evitar


Fr

os sintomas de abstinência.
ia
ál

Especificar se:
at
N

Em remissão inicial (entre 3 e 12 meses, exceto fissura)


Em remissão sustentada (mais de 12 meses, exceto fissura)
Em ambiente protegido (acesso ao álcool é restrito)

Intoxicação por Álcool


A. Ingestão recente de álcool.
B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas
e problemáticas desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de álcool.

| 14
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Aula 02
C. Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos durante
ou logo após o uso de álcool:
1. Fala arrastada.
2. Incoordenação.
3. Instabilidade na marcha.
4. Nistagmo.
5. Comprometimento da atenção ou da memória.
6. Estupor ou coma.
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica
nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo

38
intoxicação por outra substância.

7:
:5
06
Abstinência de Álcool

2
02
A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool.

/2
B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvidos no período de

12
1/
algumas horas a alguns dias após a cessação (ou redução) do uso de

-2
álcool descrita no Critério A:

om
1. Hiperatividade autonômica (p. ex., sudorese ou frequência

l.c
ai
cardíaca maior que 100 bpm). gm
2. Tremor aumentado nas mãos.
s@

3. InsôniA.
ta
an

4. Náusea ou vômitos.
fd

5. Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias.


ia
al

6. Agitação psicomotora.
at
-n

7. Ansiedade.
0
-2

8. Convulsões tônico-clônicas generalizadas.


33

C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente


.2
74

significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras


.7

áreas importantes da vida do indivíduo.


05
-0
s

Transtornos Relacionados à Cafeína


ta
an

Intoxicação por Cafeína


D
s

Abstinência de Cafeína
ta
ei

Outros Transtornos Induzidos por Cafeína


Fr
ia

Transtorno Relacionado à Cafeína Não Especificado


ál
at
N

Intoxicação por Cafeína


A. Consumo recente de cafeína (geralmente uma dose alta muito superior
a 250 mg).
B. Cinco (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos
durante ou logo após o uso de cafeína:
1. Inquietação.
2. Nervosismo.
3. Excitação.
4. Insônia.

| 15
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Aula 02
5. Rubor facial.
6. Diurese.
7. Perturbação gastrintestinal.
8. Abalos musculares.
9. Fluxo errático do pensamento e do discurso.
10. Taquicardia ou arritmia cardíaca.
11. Períodos de energia inesgotável.
12. Agitação psicomotora.
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras

38
áreas importantes da vida do indivíduo.

7:
:5
06
Abstinência de Cafeína

2
02
A. Uso diário prolongado de cafeína.

/2
B. Cessação ou redução abrupta do uso de cafeína, seguida, no período

12
1/
de 24 horas, de três(ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas:

-2
1. Cefaléia.

om
2. Fadiga ou sonolência acentuadas.

l.c
ai
3. Humor disfórico, humor deprimido ou irritabilidade.
gm
4. Dificuldade de concentração.
s@

5. Sintomas gripais (náusea, vômitos ou dor/rigidez muscular).


ta
an

C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente


fd

significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras


ia
al

áreas importantes da vida do indivíduo.


at
-n
0
-2

Transtornos Relacionados a Cannabis


33

Transtorno por Uso de Cannabis


.2
74

Intoxicação por Cannabis


.7
05

Abstinência de Cannabis
-0

Outros Transtornos Induzidos por Cannabis


s
ta

Transtorno Relacionado a Cannabis Não Especificado


an
D
s

Transtorno por Uso de Cannabis


ta
ei
Fr

A. Um padrão problemático de uso de Cannabis, levando a


ia

comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado


ál
at

por pelo menos dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um


N

período de 12 meses:
1. Cannabis é frequentemente consumida em maiores quantidades
ou por um período mais longo do que o pretendido.
2. Existe um desejo persistente ou esforços malsucedidos no sentido
de reduzir ou controlar o uso de Cannabis.
3. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a obtenção
de Cannabis, na utilização de Cannabis ou na recuperação de seus
efeitos.
4. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar Cannabis.

| 16
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Aula 02
5. Uso recorrente de Cannabis, resultando em fracasso em
desempenhar papéis importantes no trabalho, na escola ou em
casa.
6. Uso continuado de Cannabis, apesar de problemas sociais ou
interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados
pelos efeitos da substância.
7. Importantes atividades sociais, profissionais ou recreacionais são
abandonadas ou reduzidas em virtude do uso de Cannabis.
8. Uso recorrente de Cannabis em situações nas quais isso
representa perigo para a integridade física.

38
9. O uso de Cannabis é mantido apesar da consciência de ter um

7:
problema físico ou psicológico persistente ou recorrente que tende

:5
06
a ser causado ou exacerbado pela substância.

2
02
10. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes aspectos:

/2
a. Necessidade de quantidades progressivamente maiores de

12
1/
Cannabis para atingir a

-2
intoxicação ou o efeito desejado.

om
b. Efeito acentuadamente menor com o uso continuado da

l.c
mesma quantidade de Cannabis.
ai
gm
11. Abstinência, manifestada por qualquer dos seguintes aspectos:
s@

a. Síndrome de abstinência característica de Cannabis


ta

b. Cannabis (ou uma substância estreitamente


an
fd

relacionada) é consumida para aliviar ou evitar os


ia
al

sintomas de abstinência.
at
-n
0

Intoxicação por Cannabis


-2
33

A. Uso recente de Cannabis.


.2
74

B. Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas


.7

e problemáticas (p. ex., prejuízo na coordenação motora, euforia,


05
-0

ansiedade, sensação de lentidão do tempo, julgamento prejudicado,


s

retraimento social) desenvolvidas durante ou logo após o uso de Cannabis.


ta
an

C. Dois (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos no


D

período de 2 horas após o uso de Cannabis:


s
ta
ei

1. Conjuntivas hiperemiadas.
Fr

2. Apetite aumentado.
ia
ál

3. Boca seca.
at
N

4. Taquicardia.
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica
nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo
intoxicação por outra substância.

Transtornos Relacionados ao Tabaco


Transtorno por Uso de Tabaco
Abstinência de Tabaco
Outros Transtornos Induzidos por Tabaco

| 17
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Aula 02
Transtorno Relacionado ao Tabaco Não Especificado

Transtornos da Ansiedade
1. Transtorno de Ansiedade de Separação
A. (3 sintomas) + Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação
ao estágio de desenvolvimento, envolvendo a separação daqueles com
quem o indivíduo tem apego
1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão
de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.

38
2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou

7:
:5
de perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como

06
doença, ferimentos, desastres ou morte.

2
02
3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento

/2
12
indesejado leve à separação de uma figura importante de apego

1/
4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para

-2
a escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo

om
da separação.

l.c
ai
5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou
gm
sem as figuras importantes de apego em casa ou em outros
s@

contextos.
ta
an

6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou


fd

dormir sem estar próximo a uma figura importante de apego.


ia
al

7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.


at
-n

8. Repetidas queixas de sintomas somáticos quando a separação de


0
-2

figuras importantes de apego ocorre ou é prevista.


33

B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos


.2
74

4 SEMANAS em crianças e adolescentes e geralmente 6 MESES ou mais


.7

em adultos.
05
-0

C. Sofrimento ou prejuízo significativo


s
ta
an

2. Mutismo Seletivo
D

A. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas


s
ta
ei

quais existe a expectativa para tal, apesar de falar em outras situações.


Fr

B. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional


ia
ál

ou na comunicação social.
at
N

C. A duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro


mês de escola).
D. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou
desconforto com o idioma exigido pela situação social.

3. Fobia Específica
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma
resposta imediata de medo ou ansiedade.

| 18
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Aula 02
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com
intensa ansiedade ou sofrimento.
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real
imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração
mínima de 6 MESES.
F. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.
Especificar
Animal
Ambiente natural

38
Sangue-injeção-ferimentos

7:
:5
06
4. Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)

2
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações

02
/2
sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras

12
pessoas. Exemplos incluem interações sociais, ser observado e situações

1/
-2
de desempenho diante de outros.

om
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade

l.c
que serão avaliados negativamente.
ai
gm
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
s@

D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou


ta

ansiedade.
an
fd

E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada


ia
al

pela situação social e o contexto sociocultural.


at
-n

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais


0

de 6 MESES.
-2
33

G. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.


.2
74
.7

5. Transtorno de Pânico
05

A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é


-0

um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança


s
ta
an

um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos


D

seguintes sintomas:
s
ta

1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.


ei
Fr

2. Sudorese.
ia

3. Tremores ou abalos.
ál
at

4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.


N

5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor.
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização
(sensação de estar distanciado de si mesmo).
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.

| 19
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Aula 02
13. Medo de morrer.
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de 1 mês (ou mais) de uma ou
de ambas as seguintes características:
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de
pânico adicionais ou sobre suas conseqüências
2. Uma mudança desadaptativa significativa no
comportamento relacionada aos ataques

6. Agorafobia
A. Medo ou ansiedade em 2 ou mais casos:

38
1. Uso de transporte público

7:
2. Permanecer em espaços abertos

:5
06
3. Permanecer em locais fechados

2
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.

02
/2
5. Sair de casa sozinho.

12
B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos

1/
-2
de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar

om
disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros

l.c
sintomas incapacitantes ou constrangedores.
ai
gm
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou ansiedade.
s@

D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a


ta

presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou


an
fd

ansiedade.
ia
al

E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado


at
-n

pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.


0

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais


-2
33

de 6 MESES.
.2

G. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.


74
.7
05
-0

7. Transtorno de Ansiedade Generalizada


A. Ansiedade e preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias por
s
ta
an

pelo menos 6 MESES, com diversos eventos ou atividades.


D

B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.


s
ta

C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com 3 (adultos) ou 1


ei
Fr

(crianças) dos seguintes seis sintomas


ia

1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.


ál
at

2. Fatigabilidade.
N

3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na


mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono
D. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.

8. Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância/Medicamento

| 20
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Aula 02
A. Ataques de pânico ou ansiedade proeminente predominam no quadro
clínico.
B. Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de
achados laboratoriais, de (1) ou (2):
1. Os sintomas no Critério A desenvolveram-se durante ou logo após
a intoxicação ou abstinência de substância ou após exposição a
um medicamento.
2. A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os
sintomas no Critério A.
D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.

38
E. Sofrimento ou Prejuízo

7:
:5
06
Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos

2
02
Relacionados

/2
12
Tipos

1/
-2
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

om
Transtorno dismórfico corporal

l.c
Transtorno de acumulação, tricotilomania (transtorno de arrancar o
ai
gm
cabelo)
s@

Transtorno de escoriação (skin-picking)


ta

Transtorno obsessivo-compulsivo
an

Transtorno relacionado induzido por substância/medicamento


fd
ia

Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado devidos a outra


al
at

condição médica
-n

Outro transtorno obsessivo compulsivo e transtorno relacionado


0
-2

especificado
33
.2

Transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado não


74

especificado
.7
05
-0

Transtorno Obsessivo-compulsivo
s
ta

A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas:


an
D

Obsessões são definidas por (1) e (2):


s
ta

1. Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes


ei
Fr

que, em algum momento durante a perturbação, são


ia

experimentados como intrusivos e indesejados e que, na maioria


ál
at

dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento.


N

2. O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos


ou imagens ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou
ação.
Compulsões são definidas por (1) e (2):
1. Comportamentos repetitivos (p. ex., lavar as mãos, organizar,
verificar) ou atos mentais (p. ex., orar, contar ou repetir palavras
em silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em
resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser
rigidamente aplicadas.

| 21
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Aula 02
2. Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou
reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou
situação temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais
não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar ou
evitar ou são claramente excessivos.
Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de enunciar os
objetivos desses comportamentos ou atos mentais.
B. As obsessões ou compulsões tomam tempo ou causam sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

38
Especificar se:

7:
Com insight bom ou razoável

:5
06
Com insight pobre

2
02
Com insight ausente/crenças delirantes

/2
Especificar se:

12
1/
Relacionado a tique

-2
om
Transtorno Dismórfico Corporal

l.c
ai
A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na
gm
aparência física que não são observáveis ou que parecem leves para os
s@

outros.
ta
an

B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo


fd

executou comportamentos repetitivos ou atos mentais em resposta às


ia
al

preocupações com a aparência.


at
-n

C. Sofrimento ou Prejuízo
0
-2

D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por


33

preocupações com a gordura ou o peso corporal em um indivíduo cujos


.2
74

sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um transtorno


.7

alimentar.
05
-0

Especificar se:
s

Com dismorfia muscular


ta
an

O indivíduo está preocupado com a ideia de que sua estrutura


D

corporal é muito pequena ou insuficientemente musculosa.


s
ta
ei

O especificador é usado mesmo que o indivíduo esteja preocupado


Fr

com outras áreas do corpo, o que com frequência é o caso.


ia
ál
at
N

Transtorno de Acumulação
A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de pertences,
independentemente do seu valor real.
B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os
itens e ao sofrimento associado a descartá-los.
C. A dificuldade de descartar os pertences resulta na acumulação de itens
que congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete
substancialmente o uso pretendido. Se as áreas de estar não estão
obstruídas, é somente devido a intervenções de outras pessoas.

| 22
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Aula 02
D. Sofrimento ou Prejuízo
Especificar se
Com aquisição excessiva
aquisição excessiva de itens que não são necessários ou
para os quais não existe espaço disponível

Especificar se
Com insight bom ou razoável
Com insight pobre
Com insight ausente/crenças delirantes

38
7:
Tricotilomania (Transtorno de Arrancar o Cabelo)

:5
06
A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda

2
02
de cabelo.

/2
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar

12
1/
o cabelo.

-2
C. Sofrimento ou Prejuízo

om
l.c
Transtorno de Escoriação (Skin-picking) ai
gm
A. Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões.
s@

B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de beliscar


ta
an

a pele.
fd
ia

C. Sofrimento ou Prejuízo
al
at
-n

Transtornos Relacionados a Traumas e Estressores


0
-2
33

Tipos
.2

Transtorno de apego reativo


74
.7

Transtorno de interação social desinibida


05

Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)


-0

Transtorno de estresse agudo e os transtornos de adaptação


s
ta
an
D

Transtorno de Apego Reativo


s
ta

A. Um padrão consistente de comportamento inibido e emocionalmente


ei
Fr

retraído em relação ao cuidador adulto, manifestado por dois aspectos


ia
ál

1. A criança rara ou minimamente busca conforto quando aflita.


at

2. A criança rara ou minimamente responde a medidas de conforto


N

quando aflita.
B. Perturbação social e emocional persistente caracterizada por pelo
menos dois dos seguintes aspectos:
1. Responsividade social e emocional mínima a outras pessoas.
2. Afeto positivo limitado.
3. Episódios de irritabilidade, tristeza ou temor inexplicados,
evidentes até mesmo durante interações não ameaçadoras com
cuidadores adultos.

| 23
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Aula 02
C. A criança vivenciou um padrão de extremos de cuidado insuficiente
evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:
1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente
do atendimento às necessidades emocionais básicas de conforto,
estimulação e afeição por parte de cuidadores adultos.
2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades
de formar vínculos estáveis
3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente
oportunidades de formar vínculos seletivos.
D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela

38
perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do

7:
Critério A iniciam após a ausência de cuidado adequado do Critério C).

:5
06
E. Não são preenchidos os critérios para transtorno do espectro autista.

2
02
F. A perturbação é evidente antes dos 5 anos de idade.

/2
G. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.

12
1/
Especificar se:

-2
Persistente: O transtorno está presente há mais de 12 meses.

om
l.c
Transtorno de Interação Social Desinibida
ai
gm
A. Um padrão de comportamento no qual uma criança aborda e interage
s@

com adultos desconhecidos e exibe pelo menos dois dos seguintes


ta
an

comportamentos:
fd

1. Discrição reduzida ou ausente em abordar e interagir com adultos


ia
al

desconhecidos.
at
-n

2. Comportamento verbal ou físico excessivamente familiar.


0
-2

3. Diminuição ou ausência de retorno ao cuidador adulto depois de


33

aventurar-se, mesmo em contextos não familiares.


.2
74

4. Vontade de sair com um adulto estranho com mínima ou


.7

nenhuma hesitação.
05
-0

B. Os comportamentos do Critério A não se limitam a impulsividade,


s

incluindo comportamento socialmente desinibido.


ta
an

C. A criança sofreu um padrão de extremos de cuidado insuficiente


D

evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos:


s
ta
ei

1. Negligência ou privação social na forma de ausência persistente


Fr

de atendimento às suas necessidades emocionais básicas de


ia
ál

conforto, estimulação e afeto por parte de cuidadores adultos.


at
N

2. Mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades


de formar vínculos estáveis.
3. Criação em contextos peculiares que limitam gravemente as
oportunidades de formar vínculos seletivos.
D. Presume-se que o cuidado do Critério C seja responsável pela
perturbação comportamental do Critério A (p. ex., as perturbações do
Critério A começam depois do cuidado patogênico do Critério C).
E. A criança tem uma idade de desenvolvimento mínima de 9 meses.
Especificar se:
Persistente: O transtorno está presente por mais de 12 meses.

| 24
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Aula 02

Transtorno de Estresse Pós-traumático


O TEPT pode ocorrer em qualquer idade a partir do primeiro ano de vida.
Os sintomas geralmente se manifestam dentro dos primeiros três meses
depois do trauma, embora possa haver um atraso de meses, ou até anos,
antes de os critérios para o diagnóstico serem atendidos.
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou
violência sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com

38
outras pessoas.

7:
:5
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo

06
próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte

2
02
envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha

/2
sido violento ou acidental.

12
1/
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos

-2
do evento traumático. [NÃO SE APLICA A CRIANÇAS ABAIXO DE 6 ANOS]

om
Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia

l.c
ai
eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal
gm
exposição esteja relacionada ao trabalho.
s@

B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados


ta
an

ao evento traumático, começando depois de sua ocorrência:


fd

1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias


ia
al

do evento traumático.
at
-n

Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer


0
-2

brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento


33

traumático são expressos.


.2
74

2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o


.7

sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.


05
-0

Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo


s

identificável.
ta
an

3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo


D

sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo


s
ta
ei

novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com


Fr

a expressão mais extrema na forma de uma perda completa de


ia
ál

percepção do ambiente ao redor.)


at
N

Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode


ocorrer na brincadeira.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição
a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a
algum aspecto do evento traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que
simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento
traumático.

| 25
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Aula 02
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático,
começando após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um
ou ambos dos seguintes aspectos:
1. Evitação ou esforços para evitar recordações,
pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados
de perto ao evento traumático.
2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas que
despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes
acerca de ou associados de perto ao evento traumático.
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento

38
traumático começando ou piorando depois da ocorrência de tal evento,

7:
conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:

:5
06
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento

2
02
traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a

/2
outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).

12
1/
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a

-2
respeito de si mesmo, dos outros e do mundo

om
3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das

l.c
conseqüências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar
ai
gm
a si mesmo ou os outros.
s@

4. Estado emocional negativo persistente


ta

5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades


an
fd

significativas.
ia
al

6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos


at
-n

outros.
0

7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas


-2
33

E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao


.2

evento traumático, começando ou piorando após o evento, conforme


74
.7

evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:


05

1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou


-0
s

nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de


ta
an

agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos.


D

2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.


s
ta

3. Hipervigilância.
ei
Fr

4. Resposta de sobressalto exagerada.


ia
ál

5. Problemas de concentração.
at
N

6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter


o sono, ou sono agitado).
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.
G. Sofrimento E Prejuízo
Determinar o subtipo:
Com sintomas dissociativos
1. Despersonalização
2. Desrealização
Especificar se:
Com expressão tardia (critérios se completam após 6 meses)

| 26
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Aula 02

Transtorno de Estresse Agudo


A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou
violação sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido a outras pessoas.
3. Saber que o evento ocorreu com familiar ou amigo próximo.
Nota: Nos casos de morte ou ameaça de morte de um familiar ou
amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos

38
do evento traumático

7:
:5
Nota: Isso não se aplica à exposição por intermédio de mídia

06
eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal

2
02
exposição esteja relacionada ao trabalho.

/2
B. Presença de nove (ou mais) dos seguintes sintomas de qualquer uma

12
1/
das cinco categorias de intrusão, humor negativo, dissociação, evitação e

-2
excitação, começando ou piorando depois da ocorrência do evento

om
traumático:

l.c
ai
Sintomas de intrusão gm
1. Lembranças angustiantes recorrentes, involuntárias e intrusivas
s@

do evento traumático.
ta
an

Nota: Em crianças, pode ocorrer a brincadeira repetitiva na qual


fd

temas ou aspectos do evento traumático são expressos.


ia
al

2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o


at
-n

afeto do sonho estão relacionados ao evento.


0
-2

Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo


33

identificável.
.2
74

3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo


.7

sente ou age como se o evento traumático estivesse acontecendo


05
-0

novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com


s

a expressão mais extrema sendo uma perda completa de percepção


ta
an

do ambiente ao redor.)
D

Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode


s
ta
ei

ocorrer nas brincadeiras.


Fr

4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ou reações


ia
ál

fisiológicas acentuadas em resposta a sinais internos ou externos


at
N

que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento


traumático.
Humor negativo
5. Incapacidade persistente de vivenciar emoções positivas
Sintomas dissociativos
6. Senso de realidade alterado acerca de si mesmo ou do ambiente
ao redor
7. Incapacidade de recordar um aspecto importante do evento
traumático
Sintomas de evitação

| 27
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Aula 02
8. Esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos
angustiantes acerca do, ou fortemente relacionados ao, evento
traumático.
9. Esforços para evitar lembranças que despertem recordações,
pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca do, ou fortemente
relacionados ao, evento traumático.
Sintomas de excitação
10. Perturbação do sono
11. Comportamento irritadiço e surtos de raiva geralmente expressos
como agressão verbal ou física em relação a pessoas ou objetos.

38
12. Hipervigilância.

7:
13. Problemas de concentração.

:5
06
14. Resposta de sobressalto exagerada.

2
02
C. A duração da perturbação (sintomas do Critério B) é de três dias a um

/2
mês depois do trauma.

12
1/
Nota: Os sintomas começam geralmente logo após o trauma, mas é

-2
preciso que persistam no mínimo três dias e até um mês para satisfazerem

om
os critérios do transtorno.

l.c
D. Sofrimento E Prejuízo.
ai
gm
s@

Transtornos de Adaptação
ta
an

A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais em


fd

resposta a um estressor ou estressores identificáveis ocorrendo dentro de


ia
al

três meses do início do estressor ou estressores.


at
-n

B. Esses sintomas ou comportamentos são clinicamente significativos,


0
-2

conforme evidenciado por um ou mais dos seguintes aspectos:


33

1. Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à intensidade


.2
74

do estressor, considerando-se o contexto cultural e os fatores


.7

culturais que poderiam influenciar a gravidade e a apresentação


05
-0

dos sintomas.
s

2. Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou em


ta
an

outras áreas importantes da vida do indivíduo.


D

C. A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os critérios de outro


s
ta
ei

transtorno mental e não é meramente uma exacerbação de um transtorno


Fr

mental preexistente.
ia
ál

D. Os sintomas não representam luto normal.


at
N

E. Uma vez que o estressor ou suas conseqüências tenham cedido, os


sintomas não persistem por mais de seis meses.
Determinar o subtipo:
Com humor deprimido: Humor deprimido, choro fácil ou
sentimentos de desesperança são predominantes.
Com ansiedade: Nervosismo, preocupação, inquietação ou
ansiedade de separação são predominantes.
Com misto de ansiedade e depressão: Predomina uma combinação
de depressão e ansiedade.

| 28
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Aula 02
Com perturbação da conduta: Predomina a perturbação da
conduta.
Com perturbação mista das emoções e da conduta: Tanto sintomas
emocionais como perturbação da conduta são predominantes.
Não especificado: Para reações mal-adaptativas que não são
classificáveis como um dos subtipos específicos do transtorno de
adaptação.

38
Transtornos Depressivos

7:
:5
1. Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor

06
A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem

2
02
e/ ou pelo comportamento que são consideravelmente desproporcionais em

/2
12
intensidade ou duração à situação ou provocação.

1/
B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de

-2
desenvolvimento.

om
C. Mínimo de 3x explosões de raiva por semana.

l.c
ai
D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou
gm
zangado na maior parte do dia, quase todos os dias, e é observável por
s@

outras pessoas.
ta
an

E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse


fd

tempo, o indivíduo não teve um período que durou três ou mais meses
ia
al

consecutivos sem todos os sintomas dos Critérios A-D.


at
-n

F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três


0
-2

ambientes e são graves em pelo menos um deles.


33

G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos
.2
74

ou após os 18 anos de idade.


.7

H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes


05
-0

dos 10 anos.
s
ta
an

2. Transtorno Depressivo Maior


D

A. (5 sintomas concomitantes [1 ou 2], 2 semanas)


s
ta
ei

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,


Fr

conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por


ia
ál

outras pessoas.
at
N

2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase


todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias .
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta,
ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias.
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
quase todos os dias.

| 29
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Aula 02
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou
indecisão, quase todos os dias.
9. Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida recorrente
sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Sofrimento e prejuízo funcional
Especificar
Com sintomas ansiosos
Com características mistas
Com características melancólicas

38
Com características atípicas

7:
Com características psicóticas congruentes com o humor

:5
06
Com características psicóticas incongruentes com o humor

2
02
Com catatonia

/2
Com início no periparto

12
1/
Com padrão sazonal (somente episódio recorrente)

-2
om
3. Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)

l.c
(consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do transtorno
ai
gm
distímico)
s@

A. (2 anos) Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias,


ta

indicado por relato subjetivo ou por observação feita por outras pessoas.
an
fd

Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração


ia
al

mínima de um ano.
at
-n

B. (2 sintomas)
0

1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso.


-2
33

2. Insônia ou hipersonia.
.2

3. Baixa energia ou fadiga.


74
.7

4. Baixa autoestima.
05

5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões.


-0

6. Sentimentos de desesperança.
s
ta
an

C. o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais


D

de dois meses.
s
ta

D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar


ei
Fr

continuamente presentes por dois anos.


ia
ál

E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e


at

jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno Ciclotímico.


N

H. Sofrimento ou prejuízo funcional


Especificar
Com sintomas ansiosos
Com características mistas
Com características melancólicas
Com características atípicas
Com características psicóticas congruentes com o humor
Com características psicóticas incongruentes com o humor
Com início no periparto

| 30
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Aula 02
Especificar
Em remissão parcial
Em remissão completa
Especificar
Início precoce
Se o início ocorre antes dos 21 anos de idade.
Início tardio
Se o início ocorre aos 21 anos ou mais.
Especificar se
Com síndrome distímica pura

38
Com episódio depressivo maior persistente

7:
Com episódios depressivos maiores intermitentes, com episódio

:5
06
atual

2
02
Com episódios depressivos maiores intermitentes, sem episódio

/2
atual

12
1/
-2
4. Transtorno Disfórico Pré-menstrual

om
A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem

l.c
estar presentes na semana final antes do início da menstruação, começar
ai
gm
a melhorar poucos dias depois do início da menstruação e tornar-se
s@

mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual.


ta

B. (1 ou +)
an
fd

1. Labilidade afetiva acentuada


ia
al

2. Irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento nos conflitos


at
-n

interpessoais.
0

3. Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou


-2
33

pensamentos autodepreciativos.
.2

4. Ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa


74
.7

ou no limite.
05

C. (1 ou + para somar 5 com o Critério B)


-0

1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho,


s
ta
an

escola, amigos, passatempos).


D

2. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar.


s
ta

3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada.


ei
Fr

4. Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez


ia
ál

por alimentos específicos.


at

5. Hipersonia ou insônia.
N

6. Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle.


7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor
articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de peso.
Um ano com os sintomas
D. Sofrimento ou prejuízo funcional
F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias
durante pelo menos dois ciclos sintomáticos.

| 31
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Aula 02
Transtorno de Sintomas Somáticos e Transtornos
Relacionados
Nova categoria no DSM-5
Tipos denominada transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados.
Este capítulo inclui os diagnósticos de

Transtorno de Sintomas Somáticos


A. Um ou mais sintomas somáticos que causam aflição ou resultam em
perturbação significativa da vida diária.
B. Pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados

38
7:
aos sintomas somáticos ou associados a preocupações com a saúde

:5
06
manifestados por pelo menos um dos seguintes:

2
1. Pensamentos desproporcionais e persistentes acerca da

02
/2
gravidade dos próprios sintomas.

12
2. Nível de ansiedade persistentemente elevado acerca da saúde e

1/
-2
dos sintomas.

om
3. Tempo e energia excessivos dedicados a esses sintomas ou a

l.c
preocupações a respeito da saúde.
ai
gm
C. Embora algum dos sintomas somáticos possa não estar continuamente
s@

presente, a condição de estar sintomático é persistente (em geral mais de


ta

seis meses).
an
fd

Especificar se:
ia
al

Com dor predominante (anteriormente transtorno doloroso)


at

Persistente (mais de seis meses).


-n
0
-2
33

Transtorno de Ansiedade de Doença


.2
74

A. Preocupação com ter ou contrair uma doença grave.


.7

B. Sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de


05
-0

intensidade apenas leve. Se uma outra condição médica está presente ou


s

há risco elevado de desenvolver uma condição médica, a preocupação é


ta
an

claramente excessiva ou desproporcional.


D

C. Há alto nível de ansiedade com relação à saúde, e o indivíduo é


s
ta

facilmente alarmado a respeito do estado de saúde pessoal.


ei
Fr

D. O indivíduo tem comportamentos excessivos relacionados à saúde ou


ia
ál

exibe evitação mal-adaptativa


at
N

E. Preocupação relacionada a doença presente há pelo menos seis meses,


mas a doença específica que é temida pode mudar nesse período.
Determinar o subtipo:
Tipo busca de cuidado
Tipo evitação de cuidado

Transtorno Conversivo (Transtorno de Sintomas


Neurológicos Funcionais)
A. Um ou mais sintomas de função motora ou sensorial alterada.

| 32
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
B. Achados físicos evidenciam incompatibilidade entre o sintoma e as
condições médicas ou neurológicas encontradas.
D. Sofrimento ou prejuízo.
Especificar se:
Episódio agudo: Sintomas presentes há menos de seis meses.
Persistente: Sintomas ocorrendo há seis meses ou mais.
Com sintomas mistos

Com estressor psicológico (especificar estressor)


Sem estressor psicológico

38
7:
Fatores Psicológicos que Afetam Outras Condições

:5
06
Médicas

2
02
A. Um sintoma ou condição médica está presente.

/2
12
B. Fatores psicológicos ou comportamentais afetam de maneira adversa

1/
a condição médica em uma das seguintes maneiras:

-2
1. Os fatores influenciaram o curso da condição médica conforme

om
l.c
demonstrado por uma associação temporal próxima entre os fatores
ai
psicológicos e o desenvolvimento, a exacerbação ou a demora na
gm
recuperação da condição médica.
s@

2. Os fatores interferem no tratamento da condição médica


ta
an

3. Os fatores constituem riscos de saúde adicionais claros ao


fd
ia

indivíduo.
al
at

4. Os fatores influenciam a fisiopatologia subjacente, precipitando


-n

ou exacerbando sintomas e demandando atenção médica.


0
-2

Especificar a gravidade atual:


33

Aumenta o risco médico


.2
74

Moderada
.7
05

Grave
-0

Extrema
s
ta
an

Transtorno Factício
D
s
ta

Transtorno Factício Autoimposto


ei
Fr

A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução


ia

de lesão ou doença, associada a fraude identificada.


ál
at

B. O indivíduo se apresenta a outros como doente, incapacitado ou


N

lesionado.
C. O comportamento fraudulento é evidente mesmo na ausência de
recompensas externas óbvias.
D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno
mental, como transtorno delirante ou outra condição psicótica.
Especificar.
Episódio único
Episódios recorrentes (dois ou mais eventos de falsificação de
doença e/ou indução de lesão)

| 33
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

Transtorno Factício Imposto a Outro (Antes Transtorno


Factício por Procuração)
A. Falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou indução
de lesão ou doença em outro, associada a fraude identificada.
B. O indivíduo apresenta outro (vítima) a terceiros como doente,
incapacitado ou lesionado.
C. O comportamento fraudulento é evidente até mesmo na ausência de
recompensas externas óbvias.
D. O comportamento não é mais bem explicado por outro transtorno

38
mental, como transtorno delirante ou outro transtorno psicótico.

7:
:5
Nota: O agente, não a vítima, recebe esse diagnóstico.

06
Especificar:

2
02
Episódio único

/2
12
Episódios recorrentes (dois ou mais eventos de falsificação de doença e/ou

1/
indução de lesão)

-2
om
l.c
Transtornos Alimentares ai
gm
s@
ta

Pica
an
fd

A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares,


ia
al

durante um período mínimo de um mês.


at
-n

B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada


0

ao estágio de desenvolvimento do indivíduo.


-2
33

C. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente


.2

aceita.
74
.7
05

Transtorno de Ruminação
-0
s

A. Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um mês.


ta
an

O alimento regurgitado pode ser remastigado, novamente deglutido ou


D

cuspido.
s
ta
ei

B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou


Fr

a outra condição médica (p. ex., refluxo gastroesofágico, estenose do piloro).


ia
ál

C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de


at
N

anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar ou


transtorno alimentar restritivo/evitativo.

Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo


A. Uma perturbação alimentar manifestada por fracasso persistente em
satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas apropriadas
associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos:

| 34
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Aula 02
1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de peso
esperado ou atraso de crescimento em crianças).
2. Deficiência nutricional significativa.
3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais
orais.
4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial.
B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de alimento
ou por uma prática culturalmente aceita.
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de
anorexia nervosa ou bulimia nervosa, e não há evidência de perturbação na

38
maneira como o peso ou a forma corporal é vivenciada.

7:
:5
06
2
02
Anorexia Nervosa

/2
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um

12
1/
peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero,

-2
trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo é

om
definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de

l.c
ai
crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado.
gm
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento
s@

persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso


ta
an

significativamente baixo.
fd

C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são


ia
al

vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na


at
-n

autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do


0
-2

baixo peso corporal atual.


33

Subtipos
.2
74

Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se


.7

envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar ou


05
-0

comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso


s

indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve


ta
an

apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida


D

essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo.


s
ta
ei

Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o


Fr

indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão


ia
ál

alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de


at
N

laxantes, diuréticos ou enemas).


Especificar se:
Em remissão parcial: Item B ou C estão presentes
Em remissão completa:

Bulimia Nervosa
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão
alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:

| 35
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Aula 02
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de
cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento
definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no
mesmo período sob circunstâncias semelhantes.
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p.
ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e
o quanto se está ingerindo).
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de
impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de
laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso.

38
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios

7:
inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante

:5
06
três meses.

2
02
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso

/2
corporais.

12
1/
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia

-2
nervosa.

om
Especificar se:

l.c
Em remissão parcial
ai
gm
Em remissão completa
s@

Gravidade
ta

Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios


an
fd

inapropriados por semana.


ia
al

Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos


at
-n

compensatórios inapropriados por semana.


0

Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios


-2
33

inapropriados por semana.


.2

Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios


74
.7

inapropriados por semana.


05
-0
s

Transtorno de Compulsão Alimentar


ta
an

A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão


D

alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos:


s
ta
ei

1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada


Fr

período de duas horas), de uma quantidade de alimento


ia
ál

definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no


at
N

mesmo período sob circunstâncias semelhantes.


2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio
B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos
seguintes aspectos:
1. Comer mais rapidamente do que o normal.
2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação
física de fome.
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.

| 36
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Aula 02
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em
seguida.
C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar.
D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma
vez por semana durante três meses.
E. A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de
comportamento compensatório inapropriado como na bulimia nervosa e não
ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia
nervosa.

38
7:
Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos

:5
06
Psicóticos

2
02
Características Essenciais (5 domínios)

/2
12
Delírios

1/
-2
Alucinações

om
Pensamento (discurso) desorganizado

l.c
Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal
ai
gm
(incluindo catatonia)
s@

Sintomas negativos.
ta

Categorias
an
fd

Transtorno Delirante
ia
al

Transtorno Psicótico Breve


at

Transtorno Esquizofreniforme
-n
0

Esquizofrenia
-2
33

Transtorno Esquizoafetivo
.2

Transtorno Psicótico Induzido por Substância/Medicamento


74
.7

Transtorno Psicótico Devido a Outra Condição Médica


05

Catatonia Associada a Outro Transtorno Mental (Especificador de


-0

Catatonia)
s
ta

Transtorno Catatônico devido a Outra Condição Médica


an
D

Catatonia não especificada


s
ta

Outro Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno


ei
Fr

Psicótico Especificado
ia

Transtorno do Espectro da Esquizofrenia e Outro Transtorno Psicótico


ál
at

Não Especificado
N

1. Transtorno Delirante
A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou mais.
B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido.
Nota: Alucinações, quando presentes, não são proeminentes e têm
relação com o tema do delírio (p. ex., a sensação de estar infestado de
insetos associada a delírios de infestação).

| 37
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Aula 02
C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus desdobramentos, o
funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o comportamento
não é claramente bizarro ou esquisito.
D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram breves em
comparação com a duração dos períodos delirantes.
E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou
a outra condição médica, não sendo mais bem explicada por outro transtorno
mental, como transtorno dismórfico corporal ou transtorno obsessivo-
compulsivo.
Subtipo

38
Tipo erotomaníaco

7:
Tipo grandioso

:5
06
Tipo persecutório

2
02
Tipo somático

/2
Tipo misto

12
1/
Tipo não especificado

-2
Especificar

om
Com conteúdo bizarro

l.c
ai
gm
2. Transtorno Psicótico Breve
s@

A. Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um deles deve
ta

ser (1), (2) ou (3):


an
fd

1. Delírios.
ia
al

2. Alucinações.
at
-n

3. Discurso desorganizado
0

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


-2
33

B. 1 dia < TPB < 1 mês


.2

eventual retorno completo a um nível de funcionamento pré-mórbido.


74
.7

Especificar
05

Com estressor evidente (psicose reativa breve)


-0

Sem estressor evidente


s
ta
an

Com início no pós-parto


D

Com catatonia
s
ta
ei
Fr

3. Transtorno Esquizofreniforme
ia

Os sintomas característicos do transtorno esquizofreniforme são idênticos aos


ál
at

da esquizofrenia.
N

O transtorno esquizofreniforme se distingue por sua diferença na duração: a


duração total da doença, incluindo as fases prodrômica, ativa e residual.
A. (2 sintomas ou mais, 1 mês)
1. Delírios.
2. Alucinações.
3. Discurso desorganizado
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.
5. Sintomas negativos
B. 1 mês < Episódio < 6 meses

| 38
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Aula 02
C. nenhum episódio depressivo maior ou maníaco ocorreu
concomitantemente com os sintomas da fase ativa ou tiveram tempo pequeno
Especificar se:
Com características de bom prognóstico
início de sintomas psicóticos proeminentes em quatro
semanas da primeira mudança percebida no comportamento
ou funcionamento habitual;
confusão ou perplexidade;
bom funcionamento social e profissional pré-mórbido;
ausência de afeto embotado ou plano.

38
Sem características de bom prognóstico

7:
Esse especificador é aplicado se duas ou mais entre as

:5
06
características anteriores não estiveram presentes.

2
02
Com catatonia

/2
12
1/
4. Esquizofrenia

-2
A. (2 sintomas [um dos 3 primeiros é fundamental], 1 mês ou menos, se

om
tratados com sucesso)

l.c
1. Delírios.
ai
gm
2. Alucinações.
s@

3. Discurso desorganizado.
ta

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


an
fd

5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).


ia
al

B. nível de funcionamento em uma ou mais áreas importantes do


at
-n

funcionamento está acentuadamente abaixo do nível


0

C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, seis


-2
33

meses. Com 1 mês de sintomas. Durante os períodos prodrômicos ou


.2

residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por


74
.7

sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas listados no Critério A


05

presentes em uma forma atenuada.


-0

D. não ocorreram episódios depressivos maiores ou maníacos


s
ta
an

concomitantemente com os sintomas da fase ativa, ou se episódios de humor


D

ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve em
s
ta

relação aos períodos ativo e residual da doença.


ei
Fr

Especificar (um ano de transtorno)


ia
ál

Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo


at

Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial


N

Primeiro episódio, atualmente em remissão completa


Episódios múltiplos, atualmente em episódio agudo
Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial
Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa
Contínuo
Não especificado
Com catatonia

5. Transtorno Esquizoafetivo

| 39
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Aula 02
A. período ininterrupto de doença durante o qual há um episódio depressivo
maior ou maníaco + Critério A da esquizofrenia.
B. delírios ou alucinações por duas semanas ou mais na ausência de episódio
depressivo maior ou maníaco durante a duração da doença ao longo da vida.
Subtipo
Tipo bipolar (episódios maníacos)
Tipo depressivo (episódios depressivos)
Especificar
Primeiro episódio, atualmente em episódio agudo
Primeiro episódio, atualmente em remissão parcial

38
Primeiro episódio, atualmente em remissão completa

7:
Episódios múltiplos, atualmente em remissão parcial

:5
06
Episódios múltiplos, atualmente em remissão completa

2
02
Contínuo

/2
Não especificado

12
1/
-2
6. Transtorno Psicótico Induzido por Substância/Medicamento

om
A. Presença de pelo menos um dos sintomas a seguir:

l.c
1. Delírios.
ai
gm
2. Alucinações.
s@

B. Sintomas ocorrem por intoxicação ou abstinência que provoque A.


ta

D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.


an
fd
ia
al

7. Catatonia
at
-n

Pode ocorrer no contexto de vários transtornos


0

Perturbação psicomotora acentuada que pode envolver atividade motora


-2
33

diminuída, participação diminuída durante entrevista ou exame físico ou


.2

atividade motora excessiva e peculiar.


74
.7

A imobilidade motora pode ser grave (estupor) ou moderada (catalepsia e


05

flexibilidade cérea). Igualmente, a participação diminuída pode ser grave


-0

(mutismo) ou moderada (negativismo). Comportamentos motores


s
ta
an

excessivos e peculiares podem ser complexos (p. ex., estereotipia) ou


D

simples (agitação), podendo incluir ecolalia e ecopraxia.


s
ta
ei
Fr

Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados


ia
ál
at
N

1. Episódio Maníaco
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade
dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de 1 semana e
presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração,
se a hospitalização se fizer necessária).
B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
2. Redução da necessidade de sono
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.

| 40
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos
estão acelerados.
5. Distratibilidade
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação
psicomotora
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial
para conseqüências dolorosas
C. Causa prejuízo

2. Episódio Hipomaníaco

38
A. 4 dias consecutivos de humor anormal e persistentemente elevado,

7:
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou

:5
06
energia

2
B. (3 sintomas, 4 se o humor é apenas irritável)

02
/2
1. Autoestima inflada ou grandiosidade.

12
2. Redução da necessidade de sono

1/
-2
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.

om
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos

l.c
estão acelerados.
ai
gm
5. Distratibilidade conforme relatado ou observado.
s@

6. Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação


ta

psicomotora.
an
fd

7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial


ia
al

para conseqüências dolorosas


at
-n

C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que


0

não é característica do indivíduo quando assintomático.


-2
33

E O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo


.2

acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de


74
.7

hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o


05

episódio é maníaco.
-0
s
ta
an

3. Episódio Depressivo Maior


D

A. (5 sintomas [1 ou 2 obrigatoriamente], 2 semanas)


s
ta

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias,


ei
Fr

conforme indicado por relato subjetivo ou por observação feita por


ia

outra pessoa (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor


ál
at

irritável.)
N

2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase


todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou
redução ou aumento no apetite quase todos os dias.
4. Insônia ou hipersonia quase diária.
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
(que podem ser delirantes) quase todos os dias.

| 41
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
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Aula 02
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou
indecisão quase todos os dias.
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de
morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
B. Sofrimento e prejuízo

4. Transtorno Bipolar Tipo I


A. Presença de pelo menos um Episódio maníaco
O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios

38
hipomaníacos ou depressivos maiores.

7:
:5
06
5. Transtorno Bipolar Tipo II

2
A. pelo menos um episódio hipomaníaco ou hipomaníaco + depressivos

02
/2
B. Jamais houve um episódio maníaco.

12
1/
-2
6. Transtorno Ciclotímico

om
A. 2 anos (1 em crianças) com sintomas hipomaníacos que não satisfazem

l.c
os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas
ai
gm
depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior.
s@

B. períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos


ta

metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por


an
fd

mais que dois meses consecutivos.


ia
al

C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco


at
-n

nunca foram satisfeitos.


0
-2
33

Estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão).


.2
74
.7

Ahhhhh Professor Alyson, eu sou doutor em psicanálise e aaaaaamo o livro de


05
-0

Bergeret sobre psicopatologia. “Amadoro” Zimerman e Kusnetzoff. “Amaravilhoso” é


s

Zizek e Saussure.
ta
an

Tudo bem. Até o dia da sua prova siga o nosso material e use tudo o que você
D

ama como peso de papel. Concurso público é um negócio muito sério para você
s
ta
ei

envolver a vida real. E aprenda uma coisa: você tem afeto pela sua aprovação, NÃO
Fr

TEM AFETO POR QUALQUER ABORDAGEM. Se eu disser que uma coisa funciona para
ia
ál

concurso, vá na fé e defenda.
at
N

Agora podemos começar...

Antes de entendermos o que vem a ser a psicopatologia psicanalítica,


devemos estudar as estruturas psicanalíticas. Esse assunto não é tão fácil ou objetivo
quanto imaginamos. Na verdade: Freud não utilizou com frequência o termo estrutura
e nem mencionou a expressão estruturas clínicas; contudo, estes estão implícitos em
sua obra desde os seus primórdios, no que tange à importância do diagnóstico

| 42
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
diferencial para a condução da análise1.
Ou seja, Freud não sistematizou essas estruturas de forma objetiva e
finalizada. Mas, o que são essas estruturas psicanalíticas? Vamos entender as
estruturas psicanalíticas como sendo estruturas de personalidade formadas com o
Complexo de Édipo e que determinam a psicopatologia da vida cotidiana. Ou seja,
para ser uma estrutura, é preciso:
- Ser uma forma personalidade;
- ser estruturada através do complexo de édipo; e
- definir as psicopatologias.
É diante da angústia da castração que o indivíduo cria soluções de defesa e,

38
irreversivelmente, se estrutura. Além disso, quem manda na “coisa” toda é a

7:
castração.

:5
06
As categorias decorrentes da forma como vivenciamos o édipo foram

2
02
consolidadas basicamente a partir dos estudos e proposições de Sigmund Freud,

/2
relidos e atualizados e desenvolvidos por Jacques Lacan. As estruturas clínicas se

12
1/
classificam, portanto, em neurose, psicose e perversão.

-2
Neurose, psicose e perversão distinguem-se entre si. Já vou dar um spoiler:

om
A neurose não recusa a realidade. Apenas não quer saber de lidar com

l.c
ela (recalque).
ai
gm
A perversão sabe da realidade, a recusa e procura substituí-la
s@

(desmentido).
ta

A psicose nem sabe da realidade.


an
fd

Gostou do spoiler? Assista ao filme inteiro agora...


ia
al
at
-n
0

A normalidade para a Psicanálise


-2
33
.2
74

Creio que a banca não vai perguntar se existe normal na psicanálise pelo nível
.7

de controvérsia que isso gera. Mas, você precisa saber que esse conceito de
05
-0

normalidade nesse contexto analítico apresenta um paradoxo. Se por um lado


s

ninguém é normal - pois ou somos perversos, neuróticos ou psicopatas – por outro as


ta
an

patologias fazem parte da normalidade humana, como a perversão. Não ficou claro,
D

não é? Se ficou pule para a próximo tópico.


s
ta
ei

A compreensão desse ethos psicanalítico parte do pressuposto que todos nós


Fr

partimos de uma estrutura psíquica que não é totalmente norma ou saudável e isso
ia
ál

ocorre tanto pelas nossas tentativas de controlar o nosso ID como pelos mecanismos
at
N

que utilizamos para reduzir a ansiedade. Além disso, parte das patologias
consideradas pela psicanálise advém do precário desenvolvimento completo de
alguns processos humanos, como o Complexo de Édipo e a formação do nome do pai.
Em resumo, somos imperfeitos dentro de nossa normalidade.
Destaco aqui o conceito de Ética na psicanálise lacaniana – fundamental para
a compreensão da postura clínica dos lacanianos. A ética do “bem dizer” lacaniano

1
SADALA, Glória and MARTINHO, Maria Helena. A estrutura em psicanálise: uma enunciação desde
Freud. Ágora (Rio J.) [online]. 2011, vol.14, n.2 [cited 2017-12-06], pp.243-258. Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982011000200006&lng=en&nrm=iso>.
ISSN 1809-4414. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-14982011000200006.

| 43
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Aula 02
não está a serviço dos preceitos morais da sociedade e não visa educar a partir de um
bem comum. Trata-se do acolhimento das manifestações inconscientes, que passam
a adquirir significado para o próprio enunciador.
Desse modo, a visão de tratamento psicanalítico, latu sensu, não classifica
doenças como a psiquiatra faz e não busca a cura pela remissão dos sintomas. Mas
para que serve a psicanálise então? Para fins de concurso você deve saber que o que
se busca aqui é que a psicanálise propõem investigações profundas, no nível do
inconsciente e busca o buscam o insight através de associações livres, sonhos, atos
falhos, etc. Essas investigações revelam o desvelamento da natureza humana para o
próprio paciente. Assim, a psicanálise considera a função que o sintoma tem para o

38
sujeito.

7:
:5
06
A Psicopatologia Freudiana

2
02
/2
Muitos autores consideram que existe uma psicopatologia freudiana, mas que

12
1/
não está manifesta em sua obra – está latente (rs). Para entendermos, então, essa

-2
psicopatologia freudiana devemos psicopatologia beber diretamente autores

om
“iniciados” nessa área que se dedicaram a clarificar, interpretar e até corrigir

l.c
ai
conceitos psicopatológicos para o púbico menos afortunado (como nós). Refiro-me a
gm
autores como Fédida, Lacoste, Lacan, etc.
s@

Freud produziu uma nomenclatura própria da psicanálise, distanciada da


ta
an

psiquiatria e a partir de estruturas eminentemente psicanalíticas. Assim,


fd

necessariamente consideraremos as relações entre pulsão, complexo de édipo,


ia
al

castração, a primeira tópica (modelo topológico da mente) e a segunda tópica


at
-n

(modelo estrutural da personalidade) para entendermos as psicopatologias. É regra


0
-2

isso Alyson? Sim, é regra tanto para Freud como para Lacan.
33

E qual a fonte das psicopatologias para Freud? Apesar dessa definição ter
.2
74

mudado muito no decorrer da obra freudiana, o trecho abaixo oferece uma boa
.7

dica:
05
-0
s
ta

Em 1898, Freud escreveu um artigo com o título “A Sexualidade na Etiologia


an

das Neuroses”, no qual, de forma mais detalhada, descreve que pesquisas exaustivas
D
s

levaram-no a reconhecer que as causas mais imediatas e mais importantes de todos


ta
ei

os casos de doença neurótica devem ser achadas em fatores emergentes da vida


Fr

sexual. Como condição de avaliação de sua teoria, o autor propõe que todos os
ia
ál

médicos, para certificarem-se de que existe relação direta entre a vida sexual e o
at
N

surgimento de neuroses, devem tentar obter um depoimento verdadeiro da vida


sexual de seus pacientes.
http://www.hce.eb.mil.br/rev/rev2008/conceitodasestrururas.pdf

O Diagnóstico para Freud

Freud deliberadamente inventou categorias diagnósticas inexistentes à época


baseado em suas observações. Aqui vai uma crítica que a academia faz: suas o
observações, via de regra, ocorriam com casos únicos! Mesmo assim, ele criou termos

| 44
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Aula 02
como neurose de angústia, neurose atual, psico-neuroses, neurose de transferência e
a neurose narcísica. Como você sabe, ele produziu uma nomenclatura própria a partir
dos três grandes eixos dessa aula: neurose, perversão e psicose.
E você pensa que a psiquiatria não reagiu? Reagiu sim. O sucesso e a força dos
conceitos freudianos, na época, foi tamanha que a sua nosologia e sua nosografia
influenciaram a psiquiatria em suas classificações até o CID-9 e o DSM-III. Isso só
mudou no CID-10 e no DSM-IV quando a Associação de Psiquiatria Americana e a
Organização Mundial de Saúde abandonaram a classificação e as terminologias
psicanalíticas e separaram a famosa neurose em estruturas distintas, tais como: o
transtorno de ansiedade, os quadros dissociativos, o TOC, etc. Destaco que o DSM IV

38
e o CID-10 aboliram o termo "neurose" completamente e voltaram a uma

7:
classificação descritiva dos transtornos colocados em seu lugar. No DSM-V nem sinal

:5
06
de Freud.

2
02
Separei dois trechos de um mesmo artigo para darmos seguimento ao nosso

/2
raciocínio:

12
1/
A realidade psíquica é um construto que supõe o intrincamento desses dois

-2
pólos mencionados e, conseqüentemente, recoloca o que vem a ser o campo

om
subjetivo — o que diz respeito ao sujeito — em um novo patamar epistêmico. Se não

l.c
ai
podemos mais operar sobre duas realidades distintas, objetiva versus subjetiva, logo
gm
temos que considerar que no modus operandi da clínica psicanalítica o sujeito que
s@

observa (epistêmico) não é exterior ao sujeito observado (empírico). Ou, ainda, o


ta
an

sujeito ‘observado’ é quem inclui o ‘observador’ em “uma de suas séries psíquicas”,


fd

pela via da transferência (cf. FREUD, 1912/1978, p.100). Os instrumentos de


ia
al

diagnóstico e de tratamento, desde o início, estarão marcados por esta concepção.


at
-n

A primeira conseqüência que tiramos disto é que a psicanálise não pode


0

confiar no fenômeno do mesmo modo que as ciências empíricas, pois ela considera
-2
33

que não há acesso direto ao mundo. A partir daí, o fenômeno não tem mais o mesmo
.2
74

valor de verdade. A pertinência e o valor de verdade de uma pesquisa empírica


.7

objetiva encontram-se deste modo bastante relativizados.


05
-0

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/agora/v3n2/v3n2a04.pdf
s
ta
an

Freud parte do fenômeno, mas este não está no fundamento de sua


D
s

teorização, ao menos não exclusivamente. Àqueles que insistiriam ainda em situá-lo


ta
ei

sob a rubrica do empirismo ele dará uma resposta definitiva. Em suas Novas
Fr

conferências (1933/1978) afirma:


ia
ál

“Senhoras e Senhores, vocês não se surpreenderão ao ouvir que tenho


at
N

que trazerlhes algumas novidades com relação à nossa concepção


[Auffassung] da angústia e das pulsões fundamentais [Grundtriebe] da
vida psíquica (...). Falo aqui de “concepção” com uma intenção precisa
(...) trata-se aqui verdadeiramente de concepções, ou seja,de introduzir
as idéias abstratas [abstrakten Vorstellungen] corretas cuja aplicação
trará ordem e clareza ao material bruto da observação.” (p. 81)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/agora/v3n2/v3n2a04.pdf

E, por fim:

| 45
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O psicanalista, operando através da transferência, não trabalha como um
leitor de fenômenos e sim como nomeador de um modo de incidência do sujeito na
linguagem. O diagnóstico aparece então como estrutural e não mais
fenomenológico. Por diagnóstico estrutural podemos por hora entender como um
diagnóstico que se dá a partir da fala dirigida ao analista, logo, sob transferência,
onde os fenômenos vão se orientar com referência ao analista como um operador e
não como pessoa.
Seguindo essa vertente, chegamos a interrogar o diagnóstico menos como
uma descrição objetiva e mais como uma operação descritiva do analista, em que a
nomeação da estrutura do paciente incide sobre a conduta do tratamento em vários

38
níveis. Este tipo de diagnóstico pode permitir ao analista manter no horizonte a

7:
produção de uma verdade singular e a emergência de uma história única. Deste ponto

:5
06
de vista, as categorias diagnósticas clássicas da psiquiatria perdem em muito sua

2
02
significação, devendo ser novamente situadas tanto em seu estatuto quanto em sua

/2
função.

12
1/
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/agora/v3n2/v3n2a04.pdf

-2
om
l.c
As duas Clínicas Lacanianas e outros conceitos ai
gm
s@

Lacan, baseado nas descobertas freudianas, vai pensar as estruturas clínicas.


ta
an

Ele utiliza as categorias da psiquiatria clássica para criar o conceito de estrutura, e vai
fd
ia

além do diagnóstico descritivo de sinais e sintomas quando parte da relação


al
at

estabelecida pelo sujeito com a linguagem. Nesse contexto cumpre diferenciar as


-n

duas clínicas de Lacan: a Clínica estrutural e a Clínica borromeana.


0
-2

Fundamentalmente a diferença entre essas duas clínicas está na perspectiva de


33

diagnóstico. No modelo estrutural, no qual a referência principal é baseado na


.2
74

classificação dentro do envoltório formal do sintoma (neurose, perversão e psicose).


.7
05

Esse Modelo, portanto, refere-se às categorias da psicopatologia psiquiátrica e,


-0

dentro delas, privilegia o eixo psicose-neurose. Na segunda escola, a clínica


s
ta

Borromeana, ocorre a não-referência às categorias nosológicas da psicopatologia


an

psiquiátrica. Pronto. Simples não?


D
s

Resumidamente, a partir da visão borromeana, a primeira intervenção na


ta
ei

psicanálise é para situar o Eu como instância de desconhecimento, de ilusão, de


Fr

alienação, sede do narcisismo (o “eu” é desconhecido sempre). Para Lacan há três


ia
ál

registros psíquicos: o registro no Campo Imaginário, o registro no Campo Simbólico e


at
N

o Registro no Campo do Real. É a partir do campo simbólico, através da fala e da


linguagem que é possível haver acesso ao inconsciente, que foi definido pelo autor
como “estruturado como uma linguagem”.
O campo de ação da psicanálise situa-se, para Lacan, na fala, onde o
inconsciente se manifesta, através de atos falhos, esquecimentos, chistes e de relatos
de sonhos, enfim, naqueles fenômenos que Lacan nomeia como "formações do
inconsciente". A isto se refere o aforismo lacaniano "o inconsciente é estruturado como
uma linguagem". O Simbólico é o registro em que se marca a ligação do Desejo com a
Lei e a Falta, através do Complexo de Castração, operador do Complexo de Édipo.

| 46
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Para Lacan, "a lei e o desejo recalcado são uma só e a mesma coisa". Lacan pensa a lei
a partir de Lévi-Strauss, ou seja, da interdição do incesto que possibilita a circulação
do maior dos bens simbólicos, as mulheres. O desejo é uma falta-a-
ser metaforizada na interdição edipiana, a falta possibilitando a deriva do desejo,
desejo enquanto metonímia. Lacan articula neste processo dois grandes conceitos,
o Nome-do-Pai e o Falo. Para operar com este campo, cria seus Matemas.
Esse registro é o do Simbólico, é o campo da linguagem, do significante. Lévi-
Strauss afirmava que "os símbolos são mais reais que aquilo que simbolizam, o
significante precede e determina o significado”, no que é seguido por Lacan. Marca-se
aqui a autonomia da função simbólica. Este é o Grande Outro que antecede o sujeito,

38
que só se constitui através deste - "o inconsciente é o discurso do Outro", "o desejo é o

7:
desejo do Outro".

:5
06
O imaginário forma-se a partir do Estádio do Espelho, que, por sua vez, é

2
02
descrito como o momento em que a criança descobre, constrói uma imagem de si.

/2
Pode prescindir de um espelho, onde uma imagem é projetada ou não

12
1/
necessariamente, pois o outro também faz a função de espelho. No caso de uma

-2
pessoa cega, por exemplo. A visão no espelho (outros) unifica as visões de “eu” que o

om
ego cria. Não há um eu antes do estádio do espelho.

l.c
ai
gm
O complexo de édipo e os 3 tempos.
s@

O campo do simbólico se desenvolve junto ao complexo de Édipo:


ta

1° Tempo: a criança ainda mantém com a mãe uma relação de indistinção,


an
fd

reforçada pelos cuidados que recebe e pela satisfação de suas necessidades. Essa
ia
al

relação quase fusional a permite supor ser seu objeto de desejo. É na posição de
at
-n

objeto (falo) que a criança se coloca como suposto completar o que falta à mãe. Ao
0

querer constituir-se como falo materno, a criança se coloca como único objeto de
-2
33

desejo da mãe, assujeitando seu desejo ao dela.


.2

2° Tempo: parte dessa dialetização de ser ou não ser o falo, introduzindo a


74
.7

dimensão paterna, que intervirá na relação mãe-criança-falo sob a forma de privação.


05

O pai é aquele que interdita a satisfação do impulso da criança à medida que ela
-0
s

percebe que é para o pai que a mãe se dirige. Conforme Lacan, tem-se aí a chave da
ta
an

relação do Édipo e de seu caráter essencial: a relação da mãe com a palavra do pai e
D

com aquilo que ele é suposto possuir, que a satisfaz e regula o desejo que ela tem de
s
ta

um objeto que não é mais a criança. Ela se remete ao desejo de um outro,


ei
Fr

reconhecendo a lei do pai como aquela que mediatiza seu próprio desejo. O pai que
ia
ál

priva é o que apresenta a lei. A criança, nessa perspectiva, tem acesso à simbolização
at
N

da lei do pai, confrontada com a questão da castração na dialética do ter. A mediação


que o pai introduz na relação com a mãe é o fato de que ela o reconhece como aquele
que lhe dita a lei, o que permite à criança colocá-lo num lugar de depositário do falo.
3° Tempo: a criança irá dialetizar os outros dois tempos. Ameaçada em seus
investimentos libidinais, a criança descobre que também a mãe nutre um desejo em
relação ao desejo do pai. Ocorre um novo deslocamento do objeto fálico, no qual a
instância paterna deixa seu lugar no imaginário para advir ao lugar de pai simbólico,
lugar onde será investido como aquele que tem o falo. A criança, na problemática
fálica, deixa de lado ser o falo para aceitar a problemática de ter o falo. A dialética do
ser e ter põe em jogo as identificações. O menino se inscreverá na lógica

| 47
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identificatória, a partir do momento em que renuncia ser o falo e se engaja na
dialética de ter, identificando-se com o pai, que é suposto ter. A menina se identifica
com a mãe, deparando-se com a dialética do ter a partir do não-ter. Como a mãe, ela
não tem, mas sabe onde encontrá-lo.
Vamos ao que interessa então.

Estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão).

Vamos começar com um pequeno trecho de texto e depois trabalhamos

38
alguns pontos. Confiram de marca-texto na mão:

7:
:5
No texto “Neurose e Psicose” (1923-1925), Freud aponta uma diferença básica

06
entre neurose e psicose: “a neurose é o resultado de um conflito entre o ego e o id,

2
02
ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas

/2
12
relações entre o ego e o mundo externo”. (Freud,1923/1925, pág 189)

1/
Ao longo do texto, o autor afirma que a neurose se caracteriza por uma recusa

-2
do ego em aceitar a poderosa pulsão do id, recusando a posição de mediador da

om
satisfação pulsional. Ele opera a serviço do superego e da realidade (princípios

l.c
ai
morais), a partir do mecanismo do recalcamento.
gm
O material “recalcado” insiste em se fazer conhecido, logo, ele escolhe vias
s@

substitutas. O sintoma aparece, então, como sendo uma representação substitutiva.


ta
an

Tudo isso promove o quadro da neurose.


fd
ia

Já na psicose, existe um conflito entre o ego e o mundo externo. O sujeito cria


al
at

uma nova realidade e certamente essa nova realidade é construída de acordo com
-n

os impulsos desejosos do id.


0
-2

...
33

Freud menciona que a origem da neurose e da psicose é a frustração. A


.2
74

condição posterior à frustração é que vai determinar a estrutura.


.7
05

...
-0

Inicialmente, Freud propõe que na neurose existe uma luta vitoriosa contra a
s
ta

perda da
an

realidade, enquanto que na psicose a perda é irremediável. Posteriormente, através


D
s

da observação clínica, ele conclui no texto “A Perda da Realidade na Neurose e na


ta
ei

Psicose” que tanto na neurose quanto na psicose existe uma perturbação da relação
Fr

do sujeito com a realidade.


ia
ál

“Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga,


at
N

ao passo que na psicose ele é remodelado... a neurose não repudia a realidade,


apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta substituí-la”. (Freud, 1924, pág 231)
...
As estruturas são divididas em dois tempos: a neurose propriamente dita diz
respeito ao afrouxamento da relação com a realidade que ocorre num segundo
tempo, devido ao fracasso do recalcamento, e a fantasia é o que se constitui como
suplência capaz de recobrir o impossível na relação com o objeto.
...
Freud afirma que a perda da realidade diz respeito àquele fragmento de
realidade relacionado ao objeto do desejo, sendo a neurose, exatamente, esse

| 48
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segundo tempo, do retorno do recalcado e da constituição da fantasia, revelador do
fracasso na aceitação da realidade faltosa.
...
Já na psicose, o primeiro tempo é decisivo, ou seja, a perda da realidade,
perda essa que apresenta a radicalidade de um repúdio, de uma foraclusão, como
nos ensina Lacan. O segundo tempo da psicose também comporta o caráter de uma
reparação, como na neurose e, nesse sentido, o delírio e a alucinação ocupam o lugar
da fissura na relação do eu com o mundo.
...
Para Freud, o ponto central de sua observação é que em ambas as estruturas

38
o mais importante não é a questão relativa à perda da realidade, mas sim os

7:
substitutos encontrados. Na neurose, o substituto encontrado ocorre via mundo da

:5
06
fantasia; já na psicose, os substitutos são delírio e alucinação.

2
02
Fonte: http://pt.scribd.com/doc/92593682/conceitodasestrururas

/2
12
1/
-2
Aqui é bom sabermos do seguinte:

om
A psicose se divide em: Esquizofrenia, Autismo e Paranóia.

l.c
ai
A neurose se divide em: Neurose Obsessiva e Histeria.
gm
A perversão engloba algumas formas de manifestação, mas é não é
s@

dividida. Entre estas formas, nota-se como exemplo o fetichismo.


ta
an

O mecanismo de defesa da Psicose é a Forclusão.


fd

O mecanismo de defesa da Neurose é o Recalque.


ia
al

O mecanismo de defesa da Perversão é a Denegação.


at
-n
0

Neurose
-2
33

O termo neurose não foi inventado por Freud. Ele foi cunhado pelo médico
.2
74

escocês William Cullen (1712-1790) para descrever uma série de afecções nervosas
.7
05

inespecíficas, que ele julgava serem orgânicas. A psicanálise tirou esse viés
-0

organicista para conferir um caráter analítico. A partir do texto acima, podemos


s
ta

concluir que as Neuroses são transtornos da afetividade que levam as pessoas a


an

experimentar sentimentos e reações motoras incomuns e/ou incontroláveis, com


D
s

perfeita conservação do juízo de realidade. São condições de


ta
ei

incoerência/incongruência – como diria Rogers – acerca do que desejamos, fazemos


Fr

e sentimos. O destaque está na conservação do juízo. Mais especificamente podemos


ia
ál

dizer que a Neurose designa uma condição nervosa cujos sintomas simbolizam um
at
N

conflito psíquico recalcado, de origem infantil. Com o desenvolvimento da


psicanálise, o conceito evoluiu, até finalmente encontrar lugar no interior de uma
estrutura tripartite, ao lado da psicose e da perversão. Destaco que esse conceito foi,
de longe, o que Freud mais trabalhou durante a sua carreira (ou investiu libido, rs). As
três grandes análises que ele efetivamente conduziu e foram publicadas eram casos
de neurose: neurose histérica em Dora (Ida Bauer), neurose obsessiva no Homem dos
Ratos (Ernst Lanzer) e neurose infantil no Homem dos Lobos (Serguei
Constantinovitch Pankejeff).
Segundo o texto Neurose e Psicose, escrito por Freud em 1923, o quadro de
neurose pode ser descrito como o resultado de um conflito entre o ego e o id; onde o

| 49
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Aula 02
sintoma é uma representação conciliatória deste conflito. De acordo com Freud, a
neurose representa uma condição resultante entre o conflito que o ego entra com o
Id a serviço das limitações impostas pela realidade do mundo externo.
Podemos exemplificar essa tese de que a neurose é composta pela incoerência
das atitudes com o juízo da realidade através dos casos de neurose fóbica. O paciente,
via de regra, sente um intenso medo ante uma situação ou um objeto que ele saiba
não representar nenhum perigo. Apesar de julgar adequadamente, como todos
julgam a realidade, este não é capaz de proceder da mesma forma natural que os
outros. Adiantando um pouco da matéria, posso dizer que essa é a principal
característica que distingue os neuróticos dos psicóticos - os neuróticos possuem

38
juízo de realidade. Em termos clínicos isso significa que os psicóticos em geral

7:
apresentam delírios e os neuróticos não.

:5
06
Em conseqüência disso, do ponto de vista freudiano, classificam-se sob esse

2
02
conceito a (1) neurose histérica, a (2) neurose obsessiva, a (3) neurose de angústia, a

/2
(4) neurastenia, e a (5) psiconeurose. Veja uma breve esquematização:

12
1/
-2
Neurose histérica - sintoma predominante é a conversão de conflitos

om
psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da consciência,

l.c
atualmente chamada de transtornos dissociativos (de conversão).
ai
gm
Neurose obsessiva – sintomas predominantes são as compulsões e
s@

obsessões, atualmente compreendida, em grande parte, como transtorno


ta

obsessivo-compulsivo (TOC).
an
fd

Neurose de angústia - sintoma predominante é a angústia


ia
al

Neurose fóbica - sintoma predominante é a fobia


at
-n

Neurastenia – sintoma predominante é o estresse e traços de depressão (se


0

assemelha à Síndrome de Burnout)


-2
33

Psiconeurose – é a neurose em si, embora cause tensão, não interfere com o


.2

pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa.


74
.7
05
-0

Atenção
s

Anancástico é um termo que se refere à preocupação obsessiva, portanto, um


ta
an

pensamento ou conduta ou transtorno anancástico da personalidade corresponde às


D

características obsessivas-compulsivas da conduta, pensamento ou personalidade


s
ta

(DSM-IV).
ei
Fr

No caso da Personalidade Anancástica ou Obsessiva-Compulsiva, é um


ia
ál

transtorno da personalidade caracterizado por um sentimento de dúvida,


at
N

perfeccionismo, escrupulosidade, verificações, e preocupação com pormenores,


obstinação, prudência e rigidez excessivas. O transtorno pode se acompanhar de
pensamentos ou de impulsos repetitivos e intrusivos não atingindo a gravidade de
um transtorno
Fonte:
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDici
onario=82obsessivo-compulsivo.

Destaco que Freud passou a definir o antagonismo entre neurose e psicose


como o resultado de duas atitudes oriundas de uma clivagem do eu. Na neurose, há

| 50
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Aula 02
um conflito entre o eu e o id: coabitam uma atitude que contraria a exigência pulsio-
nal e outra que leva em conta a realidade. Na psicose, há uma perturbação entre o eu
e o mundo externo, que se exprime na produção de uma realidade delirante e alucina-
tória (a loucura). A psicose apresenta a clivagem do eu com a proposição de uma
realidade alternativa, sendo também caracterizada pela transferência da libido para
si mesmo (e que deveria ser orientada para o mundo).

Psicose
A expressão psicose foi usada inicialmente por Freud para designar o
processo de a reconstrução inconsciente, por parte do sujeito, de uma realidade

38
delirante ou alucinatória. Em seguida, o termo começou a ser utilizado a partir da

7:
:5
noção de estrutura psíquica que diferencia da neurose, por um lado, e da perversão,

06
por outro.

2
02
Freud focou sua atenção à neurose, considerada por ele como curável. A

/2
psicose, por sua vez, não era considerada por esse psicanalista como passível de cura,

12
1/
apenas raramente. O seu único texto dedicado ao tema da psicose, foi o comentário

-2
de um livro, Memórias de um doente dos nervos, escrito por um homem tomado de

om
paranóia, o juiz Daniel Paul Schreber.

l.c
ai
Em essência, a psicose é para a psicanálise um conjunto de perturbações nos
gm
investimentos libidinais em relação ao ego e ao objeto e sempre tem o componente
s@

da paranoia. Mas, qual a explicação que a psicanálise oferece para justificar que a
ta
an

psicose é um erro na transferência da libido? Para Freud, a psicose está relacionada


fd

com a transferência da libido para si próprio. Essa libido deveria, em pessoas ditas
ia
al

normais, ser orientada para objetos animados e inanimados que a rodeiam. O fato de
at
-n

a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade dos pacientes


0
-2

psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo.


33

Freud definiu a psicose como um distúrbio entre o eu e o mundo externo. Em


.2
74

seguida Freud inscreveu a psicose numa estrutura tripartite, opondo-a à neurose, de


.7

um lado, e à perversão, de outro. A psicose foi então definida como a reconstrução de


05
-0

uma realidade alucinatória na qual o sujeito é exclusivamente voltado a si mesmo,


s

numa situação sexual auto-erótica: assume literalmente o próprio corpo (ou parte
ta
an

deste) como objeto de amor (sem alteridade possível). A neurose, por seu turno, surge
D

como o resultado de um conflito intrapsíquico, enquanto a perversão se apresenta


s
ta
ei

como uma renegação da castração. Pode-se citar as palavras do próprio Freud:


Fr

“Portanto, é justificável dizer que o ego se defendeu da ideia incompatível


ia
ál

através de uma fuga para a psicose”.


at
N

Ou seja, Trata-se de uma disposição patológica grave, no qual o ego escapa


da ideia incompatível, construindo uma nova realidade.
À guisa da conclusão, e recapitulando um pouco, a psicose é uma
perturbação primária da relação libidinal com a realidade. Em contraste com o
transtorno neurótico, a psicose caracteriza-se pela recusa da realidade, retirando
todos os investimentos da libido no objeto e fragmentando sua representação. A
retirada da libido do objeto externo leva a uma transferência dessa libido para si
próprio caracterizando o que Freud denominou de neurose narcísica (equivalente à
psicose). O fato de a libido estar totalmente investida no ego reduz a capacidade dos
pacientes psicóticos transferirem sua libido para um objeto externo e,

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Aula 02
consequentemente, tornando-os pouco acessível a um tratamento psicanalítico, cujo
elemento propulsor é a transferência.

Perversão
A perversão foi a última estrutura a ser tratada por Freud. Em 1905, nos "Três
ensaios sobre a teoria da sexualidade", Freud conclamou a neurose como o "negativo
da perversão", aceitando esta última como uma manifestação bruta e não recalcada
da sexualidade infantil (perversa polimorfa). Em suma se pode dizer que: a neurose é
fruto de um conflito com recalque, a psicose seria uma reconstrução de uma
realidade alucinatória, e a perversão como negação da castração, a qual se fixa na

38
sexualidade infantil.

7:
:5
Na perversão o sujeito busca lidar, conter o pulsional, se pondo como objeto

06
de gozo do Outro. Em sua atuação, o perverso é conduzido pelo imperativo categórico

2
02
do gozo: vive para o gozo, na tentativa de tomar posso dele, organizá-lo, administrá-

/2
lo e prorrogá-lo.

12
1/
O perverso é aquele que também padece da castração, mas que talvez não

-2
tenha feito da falta desse processo seu bem maior. O desejo na perversão não surge

om
como uma pergunta pelo desejo do Outro como ocorre na neurose - ele se presentifica

l.c
ai
como uma resposta dura e inflexível. gm
s@

PEQUENO RESUMO
ta
an

Neuroses: distúrbios leves com poucas distorções da realidade tratada


fd

principalmente pelo psicólogo.


ia
al

Psicoses: doença mental grave que afeta a personalidade na zona central do


at
-n

eu. Segue como sintomas delírios e alucinações deve ser tratada com uma equipe
0
-2

multi-disciplinar como: psicólogo, psiquiatria, terapeuta ocupacional, enfermeiro e


33

assistente social.
.2
74

Perversão: é uma manifestação bruta e não recalcada da sexualidade


.7

humana.
05
-0

Delírios: falsa realidade percebida (acredita em conspiração contra ele se vê


s

duas pessoas simplesmente conversando ou se julga deus).


ta
an

Alucinações: escuta vozes ou tem visões. Acredita que fontes externas


D

controlam seus pensamentos. O escutar vozes é o mais comum.


s
ta
ei
Fr

Considerando que o que mais cai nas provas é a diferenciação entre as


ia
ál

estruturas da psicose e da neurose, preparei uma pequena tabela com as


at
N

características principais de cada uma e outra com mais algumas distinções:

Neurose Psicose
Natureza psicológica Natureza psicológica – atualmente admite-se
causas orgânicas
Conflitos simbólicos entre o eu e o Perturbações de Investimentos Libidinais
id (autocentrado)
Ocorre de modo inconsciente Defesa do ego

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Não distorcem o juízo da realidade Investimento libidinal auto-erótico: assume
literalmente o próprio corpo (ou parte deste)
como objeto de amor.
Conflitos relacionados à expressão Reconstrução da realidade (delírios e
de um determinado desejo e alucinações)
mecanismos de defesa que
impedem essa expressão.
O sintoma é uma representação Dificuldade em direcionar os investimentos
conciliatória desse conflito libidinais a objetos externos
É a resultante entre o conflito que o Menos acessíveis ao tratamento psicanalítico

38
ego entra com o Id a serviço das

7:
limitações impostas pela realidade

:5
06
do mundo externo.

2
02
/2
12
1/
Patologia Causas

-2
neurose de distúrbio psicológico caracterizado pelo acúmulo de uma

om
angústia excitação sexual que se transforma diretamente em sintoma

l.c
ai
sem mediação psíquica. gm
neurose Freud considera que o recalque é o principal mecanismo de
s@

obsessiva defesa responsável por tal transtorno. O sucesso do recalque na


ta
an

(anancástica) neurose obsessiva é inicialmente completo, mas não é


fd

permanente. Serve-se do intelecto para evitar suas emoções;


ia
al

pensa mais do que sente


at
-n

neurose É um tipo de neurose em que o aparecimento do sintoma é


0
-2

traumática provavelmente originado de um choque emotivo ligado, muitas


33

vezes, a uma situação em que o indivíduo sente sua vida


.2
74

ameaçada. O quadro sintomático é semelhante à histeria, pela


.7

riqueza dos sintomas motores, porém com maior indisposição


05
-0

subjetiva, debilitação e perturbação da capacidade mental.


s

Comparado ao susto, Freud considera o trauma mais provável


ta
an

de surgir quando não há preparação da angústia ou da


D
s

hipercatexia que constituem a última forma de defesa do


ta
ei

aparelho psíquico. Na neurose traumática é um tipo de neurose


Fr

em que o aparecimento dos sintomas é conseqüência de um


ia
ál

choque emotivo capaz de ameaçar de forma real sua vida. De


at
N

fato, Freud descreve como trauma quaisquer excitações


provindas de fora que sejam tão poderosas a ponto de
atravessar o escudo protetor. Entretanto, a experiência
traumática está relacionado a uma fonte de excitação interna, o
traumatismo externo só tem valor ou ressonância traumática
em relação com a mesma. Conseqüentemente, o
acontecimento é traumático só na relação que pode existir
entre o encontro traumático e algo que o sujeito já conhece. O
traumatismo tem parte determinante no próprio conteúdo do
sintoma (ruminação do acontecimento traumatizante,

| 53
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pesadelo repetitivo, perturbações do sono), que aparece como
uma tentativa de ligar e a reagir o trauma.
Histeria A questão da falta é um aspecto importante na histeria.
Entretanto a clivagem não é um mecanismo presente na histeria
mas sim na psicose. A convulsão é de fato um sintoma da
histeria conversiva. O adultério pode ser considerada uma saída
ilusória, mas não representa uma resposta a sentimentos de
perseguição do marido. A questão da "falta" é central e
insuportável para a histérica, que pode passar a buscar, de
maneira privilegiada pela via do amor, um parceiro que a

38
complete. A histeria é considerada uma neurose de defesa, ou

7:
seja, adquirida. Freud inicia o tratamento da histeria utilizando

:5
06
a técnica de Breuer, a hipnose; posteriormente, utiliza o método

2
02
catártico de Bernhein e, por fim, cria uma nova técnica, a

/2
associação livre. A histeria - no caso da paralisia histérica - se

12
1/
comporta como se a Anatomia não existisse. A histeria foi

-2
fundamental para a origem da psicanálise. Entretanto a histeria

om
não é considerada neurose atual, mas sim uma psiconeurose de

l.c
ai
defesa. A neurose atual (neurastenia e neurose de angustia)
gm
deve seu nome, precisamente, ao fato de que sua origem não
s@

deve ser buscado num conflito infantil como as psiconeuroses


ta
an

de defesa, mas num conflito experimentado atualmente pelo


fd

paciente.
ia
al

Histeria de A histeria de conversão caracteriza-se pela presença de


at
-n

Conversão sintomas físicos geralmente de natureza pseudo-neurológica,


0

como por exemplo, paralisia, cegueira, ou mutismo.


-2
33

Fobia Na fobia ocorre deslocamento da ansiedade gerada por conflito


.2
74

para algo sem grande importância ao indivíduo. Desloca sua


.7

ansiedade para o meio ambiente e projeta seus impulsos sobre


05
-0

os outros, raramente sobre alguém emocionalmente


s

importante para ele.


ta
an

Esquizofrenia Demonstra afeto por alguém com quem tenha pouco contato
D

real e o mínimo pela família ou etc. Reações de estranheza são


s
ta
ei

comuns na esquizofrenia.
Fr

Psicossomática Prefere discutir sintomas físicos em lugar dos conflitos


ia
ál

psicológicos. Ocorre um deslocamento para o corpo dos


at
N

conflitos inconscientes. Face à dor psíquica, o homem é capaz,


por exemplo, de criar uma neurose, uma psicose, uma doença
psicossomática. Considerando que tais criações expressam
uma psique em conflito, do ponto de vista da função defensiva,
pode-se afirmar que: ao contrário das invenções neuróticas e
psicóticas, as manifestações psicossomáticas não servem, nem
à proteção do ego, nem a da vida instintiva.

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Depressão e Melancolia
O melhor texto de Freud, para entendermos como ele via a depressão, é o
chamado Luto e Melancolia. Na época de Freud, e em alemão, depressão era
sinônimo de melancolia, sendo esta a palavra mais usada. Se fossemos traduzir,
poderíamos arriscar chamar o texto de Luto e depressão.
No texto Luto e Melancolia, de 1917, Freud realiza um estudo comparativo
entre os dois estados: o estado de ter perdido alguém (luto) e o estado depressivo –
como chamamos hoje – ou melancolia.
Freud foi sempre genial em suas explicações. O mundo soube reconhecer a

38
importância de seu pensamento quando ele ainda estava vivo, e, deste modo, ele

7:
:5
gozou de fama e reconhecimento internacionais.

06
Vamos pensar juntos os trechos mais importantes do texto de Freud. Para

2
02
tanto, selecionei alguns trechos que nos servirão de guia – são os trechos que

/2
12
resumem o texto como um todo.

1/
Freud inicia o texto dizendo que a melancolia é apresentada de diversas

-2
formas na psiquiatria. Lemos no texto, a opinião de que alguns problemas da

om
melancolia certamente terão como causa problemas físicos (orgânicos). Freud

l.c
ai
analisará apenas os casos em que o problema é psíquico (de natureza psicogênica)
gm
ou seja: emocional e mental.
s@

Para entender a melancolia, ele analisa conjuntamente a melancolia junto do


ta
an

luto.
fd
ia

Vejamos as semelhanças:
al
at

– Influências do ambiente;
-n

– Desânimo profundo;
0
-2

– Perda do interesse no mundo e nas coisas;


33

– Perda da capacidade de amar;


.2
74

– Inibição das atividades (cotidianas ou habituais);


.7

Principal diferença entre o Luto e a Melancolia:


05
-0

– Diminuição no sentimento de autoestima (na melancolia). Esta diminuição da


s

autoestima não está presente no Luto.


ta
an

Em seguida, podemos ler no texto a definição do que o luto faz, ou, em outras
D
s

palavras, podemos ler a respeito do trabalho do luto. Como há a perda do objeto (de
ta
ei

um parente, por exemplo), há a retirada da libido, da energia psíquica daquele objeto:


Fr

“Cada uma das lembranças e expectativas isoladas, através das quais a libido
ia
ál

está vinculada ao objeto, é evocada e hipercatexizada, e o desligamento da libido se


at
N

realiza em relação a cada uma delas”.


Em outras palavras, as lembranças que estão relacionadas com o objeto
perdido são trazidas à tona – são valorizadas e revividas (hipercatexizadas), e há,
depois, a liberação da energia, da libido, de cada uma destas lembranças.
Como podemos entender este trecho?
Se perdemos alguém (ou algo) querido, vamos nos lembrando dos momentos
vividos – com profunda dor e sentimentos de tristeza. Mas, com o tempo, estes afetos
(tristeza, dor) vão sumindo. Nos lembramos do que aconteceu relativo ao que
perdemos, mas já não sentimos o mesmo de quando perdemos a pessoa ou o objeto
querido.

| 55
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E por isto, Freud diz: “quando o trabalho do luto se conclui, o ego fica outra vez
livre e desinibido”.
Na melancolia, há algo de semelhante. Há uma perda…mas nem sempre a
pessoa sabe ou entende o que perdeu…
A diferença fundamental entre o Luto e Melancolia é que na Melancolia há um
sentimento ruim com relação ao próprio eu.
Imagine alguém com depressão (com melancolia), este pessoa teria
sentimentos ruins para com ela própria. Vamos dizer que Fulano está deprimido.
Fulano pensaria e sentiria que Fulano não é bom, não merece apreço ou amor. Ou
seja, a autoestima de Fulano estaria baixa: são os sentimentos de autorecriminação,

38
de autodepreciação, de auto-lamento.

7:
Note novamente que esta autodepreciação não está presente no Luto.

:5
06
Na continuação do texto, lemos o seguinte, sobre a melancolia:

2
02
“O paciente representa seu ego para nós como sendo desprovido de valor, incapaz de

/2
qualquer realização e moralmente desprezível… Esse quadro de um delírio de

12
1/
inferioridade (principalmente moral) é completado pela insônia e pela recusa a se

-2
alimentar, e o que é psicologicamente notável por uma superação do instinto que

om
compele todo ser vivo a se apegar à vida”.

l.c
Vamos por partes. Ao contrário do luto, aonde não encontramos a baixa autoestima,
ai
gm
na melancolia o paciente sente o seu próprio eu, seu próprio ego (ego é a palavra eu
s@

em latim e grego), como não tendo valor, como não tendo realizado nada que possa
ta

ser considerado digno.


an
fd

A lista dos sintomas também inclui:


ia
al

– inferioridade (se considera inferior aos outros);


at
-n

– insônia (perda do sono ou dificuldade de dormir na hora desejada);


0

– perda do apetite (falta de vontade de se alimentar);


-2
33

Continuando nos pontos principais do texto, podemos ler Freud explicando


.2

um pouco de sua teoria sobre a psique, sobre a alma.


74
.7

Para a psicanálise de Freud, a nossa alma sempre vive em conflito. Podemos


05

ver partes diferentes da alma em conflito. Em alguns momentos, Freud chama estas
-0
s

partes de Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente e posteriormente, Eu, Super-eu


ta
an

(Super-ego) e Isso (ou Id).


D

Estas partes não entram em acordo: estão sempre em conflito.


s
ta

Freud escreve: “detenhamo-nos um pouco no conceito que a perturbação do


ei
Fr

melancólico oferece a respeito da constituição do ego humano. Vemos como nele


ia
ál

uma parte do ego se coloca contra a outra, julga-a criticamente”.


at
N

Freud faz ainda, a partir de suas observações no consultório, outra


constatação importante:
“No quadro clínico da melancolia, a insatisfação com o ego constitui, por
motivos de ordem moral, a característica mais marcante. Freqüentemente, a auto-
avaliação do paciente se preocupa muito menos com a enfermidade do corpo, a
feiura ou a fraqueza, ou com a inferioridade social; quanto a essa categoria, somente
seu temor da pobreza e as afirmações de que vai ficar pobre ocupam posição
proeminente”.

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Ou seja, na melancolia não há tanta preocupação com o corpo, com a fraqueza
pela falta de alimentação, por exemplo. Há mais preocupação com o próprio eu, com
a auto-avaliação que o paciente faz de si.
E então, Freud começa a responder à seguinte pergunta:
– Porque a pessoa, na melancolia, possui esta característica de se auto-
criticar? De ter a sua autoestima tão em baixa?
A resposta é:
“Se se ouvir pacientemente as muitas e variadas auto-acusações de um
melancólico, não se poderá evitar, no fim, a impressão de que freqüentemente as
mais violentas delas dificilmente se aplicam ao próprio paciente, mas que, com

38
ligeiras modificações, se ajustam realmente a outrem, a alguém que o paciente ama,

7:
amou ou deveria amar”.

:5
06
Ouvindo o paciente, podemos perceber que, na verdade, há uma mudança de

2
02
objeto. Ao invés de criticar o outro (alguém que se ama, amou ou deveria amar) o

/2
paciente critica a si-mesmo.

12
1/
O foco é invertido: ao invés da crítica recair sobre a outra pessoa, a crítica recai

-2
sobre a própria pessoa. Fulano não critica o Ciclano. Para não criticar Ciclano, acaba,

om
inconscientemente, criticando a si mesmo, Fulano.

l.c
Freud resume: “percebemos que as auto-recriminações são recriminações
ai
gm
feitas a um objeto amado que foram deslocadas desse objeto para o ego do próprio
s@

paciente”.
ta

Muitas pessoas não sabem, mas o que é chamado atualmente de Transtorno


an
fd

Bipolar era conhecido antes como psicose maníaco-depressiva. Evidentemente,


ia
al

psicose maníaco-depressiva é um nome mais forte e causa em nós um sentimento de


at
-n

ser uma doença muito difícil.


0

Transtorno Bipolar já nos traz a ideia da mudança de um estado para o outro.


-2
33

Às vezes a pessoa está deprimida, e as vezes está com mania (de grandeza, por
.2

exemplo).
74
.7

Freud introduz agora a mania para comparar também com o luto e com a
05

melancolia. Em muitos casos, há realmente a alternância de estados melancólicos


-0
s

(depressivos) e estados de mania.


ta
an

Qual é a diferença entre estes dois estados?


D

Fred explica:
s
ta

“Na mania, o ego deve ter superado a perda do objeto (ou seu luto pela perda,
ei
Fr

ou talvez o próprio objeto), e, conseqüentemente, toda a quota de anticatexia que o


ia
ál

penoso sofrimento da melancolia tinha atraído para si vinda do ego e “vinculado” se


at
N

terá tornado disponível. Além disso, o indivíduo maníaco demonstra claramente sua
liberação do objeto que causou seu sofrimento, procurando, como um homem
vorazmente faminto, novas catexias objetais”.
Em outras palavras, vamos dizer que temos uma quantidade de energia.
Suponhamos que cada um de nós tenha disponível 100 de energia para usar durante
o dia.
Uma parte dessa energia vai para sobrevivência: alimentação, sono,
sexualidade. O resto pode ser investido (ou direcionado) para outros fins.

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Por exemplo, se eu me apaixono por alguém, muito da minha energia vai para pensar
na pessoa por quem eu estou apaixonado. Talvez 50, 60 de minha energia tem aquele
fim.
Suponhamos agora que eu termine o meu relacionamento com aquela pessoa.
O que vai acontecer com os 50, 60 de energia?
Freud supõe dois caminhos: ou essa energia vai estar disponível para o meu eu, para
o meu ego, ou vai se tornar inconsciente.
Se estiver disponível para o meu eu, posso vivenciar estados de mania.
Exaltação, furor, grandiosidade do eu.
Se não estiver disponível para o meu eu e se tornar inconsciente, esta energia

38
pode se voltar para ficar variando no par amor-ódio (ambivalência).

7:
Às vezes eu vou sentir amor pela pessoa por quem me apaixonei. As vezes vou

:5
06
sentir ódio. Mas o estado mais comum será a inversão do objeto. Inconscientemente

2
02
eu troco a pessoa. Ao invés de sentir ódio ou rancor pela pessoa por quem me

/2
apaixonei (por ter terminado comigo ou brigado comigo) passo a sentir ódio de mim

12
1/
mesmo.

-2
Nas palavras de Freud:

om
“A mulher que lamenta em altos brados o fato de o marido estar preso a uma

l.c
esposa incapaz como ela, na verdade está acusando o marido de ser incapaz, não
ai
gm
importando o sentido que ela possa atribuir a isso”.
s@

E em apenas uma frase: “tudo de desairoso que dizem sobre eles próprios
ta

refere-se, no fundo, à outra pessoa”.


an
fd

E chegamos ao final dos Comentários sobre o texto Luto e Melancolia.


ia
al

Espero que tenham gostado e aprendido mais sobre psicanálise – depressão e


at
-n

melancolia
0
-2
33
.2
74
.7
05

Questões
-0
s
ta
an

1. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2018


D
s

Com relação à dependência química e à sua prevenção, bem como ao seu tratamento,
ta
ei

julgue o item que se segue.


Fr

A síndrome de abstinência de álcool é caracterizada por sintomas físicos decorrentes


ia
ál

da interrupção do uso dessa substância.


at
N

( ) Certo ( ) Errado

2. CESPE – PC-MA - Perito Criminal - 2018


Texto 5A5AAA
Marlene tem cinquenta e cinco anos de idade e diagnóstico de depressão,
dado quando ela tinha quinze anos de idade. Ela faz acompanhamento psicológico
com frequência semanal há dois anos. Mesmo em uso de medicação prescrita pelo
psiquiatra responsável pelo caso, ela tentou suicídio há trinta dias, por ingestão de
medicamentos. Após vinte dias de internação, ela foi encaminhada a uma clínica de
saúde mental. Como plano terapêutico, a equipe dessa clínica propôs a Marlene

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Aula 02
psicoterapia individual, acompanhamento psiquiátrico, terapia familiar, oficinas de
arte e de culinária e aulas de ioga.
A respeito de Marlene, o pai dela afirmou o seguinte para a equipe clínica: “Ela
sempre foi minha filha problemática. Nunca se deu bem na escola. Já tentou se matar
inúmeras vezes. Desde jovem, era difícil. Chorava sempre e sem nenhum motivo
aparente. Houve uma época em que ela se cortava. Não tinha amigos nem animação
para nada. Nunca foi de sair. Sempre ficou no seu quarto com suas coisas. Acho
mesmo é que Marlene nunca quis viver. Já nasceu deprimida. Era um bebê triste. A
mãe dela sempre teve depressão. Nunca conseguiu cuidar das nossas filhas. Sempre
ficou tudo por minha conta.”.

38
Considerando o caso clínico hipotético apresentado no texto 5A5AAA, o

7:
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Classificação

:5
06
Internacional das Doenças (CID-10) e as abordagens psicológicas, assinale a opção

2
02
correta. A Segundo as contribuições lacanianas, Marlene apresenta uma estrutura

/2
psicótica devido ao comportamento de cutting, iniciado na adolescência.

12
1/
a) Com base na teoria freudiana, o diagnóstico de depressão de Marlene consiste em

-2
um fechamento necessário do ego para evitar a desintegração psíquica.

om
b) Haja vista a evolução clínica descrita, Marlene atende a critérios para quadro de

l.c
transtorno somático.
ai
gm
c) No caso de Marlene, a tentativa de suicídio por si só não serve como critério
s@

diagnóstico de depressão.
ta

d) De acordo com a abordagem psicológica de Donald Winnicott, a capacidade de


an
fd

deprimir-se apresentada por Marlene se refere à perda do objeto.


ia
al
at
-n

3. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


0

Ana, cinquenta e sete anos da idade, procurou atendimento psicológico. De


-2
33

acordo com Ana, seu marido falecera havia três meses em decorrência de um câncer
.2

que tinha sido descoberto havia quatro meses. Durante o atendimento, Ana fez o
74
.7

seguinte relato.
05

“Gustavo era tudo para nós. Chegou ao hospital para fazer um exame e não
-0
s

saiu mais. Ninguém do hospital nos deu apoio ou mesmo foi claro quanto à gravidade
ta
an

da sua doença. Foi tudo muito rápido. Não consegui processar ainda essa perda na
D

minha vida. Não tenho vontade de sair da cama para nada. Passo o dia sem me
s
ta

alimentar ou mesmo beber água. Faço o que é necessário com muita dificuldade.
ei
Fr

Choro sem parar o dia inteiro. Meus dois filhos estão péssimos. José, de vinte e cinco
ia
ál

anos de idade, além de ficar dando esmola para todo morador de rua ou vigia de carro
at
N

que vê, passou a ir à igreja todos os dias, de manhã e à noite. Meu filho só pensa em
trabalhar e rezar. Já a minha filha Antônia, de dezoito anos de idade, parou de estudar
e não finalizou a autoescola. Ela passa o dia inteiro deitada, envolvida com jogos
eletrônicos e redes sociais. Desde que o pai faleceu, ela engordou 8 kg.”
Com base no Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais
(DSM-V) e na classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o item a seguir,
a respeito do caso clínico.
A preservação da interação e a manutenção dos vínculos sociais, mesmo que
seja por meio das redes sociais, indicam que Antônia apresenta uma maneira
particular e eficiente de lidar com a morte do pai.

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Aula 02
( ) Certo ( ) Errado

4. Nesse caso, o processo de adoecimento de Gustavo ultrapassou o âmbito


individual e envolveu toda a sua família.
( ) Certo ( ) Errado

5. Ana apresenta sintomas característicos de um episódio depressivo maior.


( ) Certo ( ) Errado

6. Retardo psicomotor acentuado, prejuízo funcional prolongado, pensamentos

38
sobre morte e(ou) experiências alucinatórias são sintomas que se manifestam

7:
em casos clínicos como o de Ana.

:5
06
( ) Certo ( ) Errado

2
02
/2
7. A descrição do comportamento de José é suficiente para supor que ele

12
1/
apresenta um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo desencadeado

-2
pela perda do pai.

om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
ai
gm
8. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018
s@

Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital pela mãe,
ta

que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar banho e sair
an
fd

de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer porque eles
ia
al

deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles querem se livrar de
at
-n

mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã tenho uma reunião
0

para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da minha mãe”. Após as
-2
33

observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano sempre foi um filho
.2

tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a primeira vez que fica
74
.7

esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza substâncias ilícitas,
05

medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de condição médica geral.


-0
s

A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de


ta
an

Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um psiquiatra


D

e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar


s
ta

acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.


ei
Fr

Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do
ia
ál

quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar


at
N

acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.


Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e estatístico
dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das doenças (CID-
10), julgue o próximo item.
Juliano apresenta delírios, alucinações e discurso desorganizado, condições
suficientes para estabelecer o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.
( ) Certo ( ) Errado

9. É correto afirmar que, para fins diagnósticos, foi essencial considerar a


duração do episódio da perturbação na avaliação psicológica e psiquiátrica

| 60
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
inicial.
( ) Certo ( )Errado

10. O comportamento psicomotor anormal e os sintomas negativos são sintomas


primários da psicose.
( ) Certo ( )Errado

11. A gravidade do quadro de Juliano deve ser determinada por meio de uma
avaliação qualitativa dos sintomas positivos apresentados.
( ) Certo ( )Errado

38
7:
12. Diante da resposta de Juliano às intervenções clínicas, pode-se afirmar que o

:5
06
paciente apresenta um quadro psicótico breve.

2
02
( ) Certo ( )Errado

/2
12
1/
13. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018

-2
Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-V)

om
e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.

l.c
Delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizados são
ai
gm
sintomas característicos do transtorno de personalidade histriônico.
s@

( ) Certo ( )Errado
ta
an
fd

14. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


ia
al

Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital


at
-n

pela mãe, que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar
0

banho e sair de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer
-2
33

porque eles deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles querem
.2

se livrar de mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã tenho


74
.7

uma reunião para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da minha mãe”.
05

Após as observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano sempre foi um filho
-0
s

tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a primeira vez que fica
ta
an

esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza substâncias ilícitas,
D

medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de condição médica geral.


s
ta

A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de


ei
Fr

Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um psiquiatra


ia
ál

e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar


at
N

acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.


Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e estatístico
dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das doenças (CID-
10), julgue o próximo item.
Juliano apresenta afeto inadequado e anosognosia.
( ) Certo ( ) Errado

| 61
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
15. As distorções cognitivas e perceptivas e a excentricidade do comportamento
de Juliano caracterizam o transtorno de personalidade esquizotípica.
( ) Certo ( ) Errado

16. CESPE - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Apoio Especializado/Medicina


Psiquiatria/2017
Julgue os itens a seguir, com relação à classificação diagnóstica do DSM-5 para o
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.
I O número de sintomas presentes e necessários para o diagnóstico em adultos é
menor do que para o diagnóstico em crianças.

38
II A idade do critério de início de sintomas é antes de doze anos de idade.

7:
III É necessário o preenchimento concomitante de sintomas dos domínios de

:5
06
desatenção e de hiperatividade para o diagnóstico.

2
02
Assinale a opção correta.

/2
a) Está certo apenas o item I.

12
1/
b) Está certo apenas o item III.

-2
c) Estão certos apenas os itens I e II.

om
d) Todos os itens estão certos.

l.c
ai
gm
17. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018
s@

Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-V)


ta

e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.


an
fd

Presença ou não de estressor evidente e catatonia são especificadores necessários


ia
al

para o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.


at
-n

( ) Certo ( ) Errado
0
-2
33

18. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


.2

Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-V)


74
.7

e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.


05

A especificação da gravidade atual se faz necessária para fins diagnósticos da


-0
s

esquizofrenia, sendo um dos itens diagnósticos a persistência dos sinais contínuos de


ta
an

sintomas positivos por um período superior a oito meses.


D

( ) Certo ( ) Errado
s
ta
ei
Fr

19. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


ia
ál

A relação de dependência da paciente com outras pessoas ocorreu primeiramente


at
N

em relação à mãe, tendo-se estendido, posteriormente, para suas relações de amizade.


Isso se deu, de acordo com as contribuições da abordagem comportamental, por um
processo de generalização.

20. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


A vulnerabilidade e o desamparo vivenciados pela paciente podem ser reforçados
por pensamentos automáticos associados a autodeclarações negativas, de acordo
com teorias da psicologia cognitiva.

21. CESPE - CNJ -2013

| 62
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
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Aula 02
Denomina-se ilusão a alteração da função de fixação da memória aliada à
incapacidade de reconhecer como falsas as produções fantasiosas.
( ) Certo ( ) Errado

22. CESPE - DEPEN – 2013


Tom, com vinte e três anos de idade, foi diagnosticado, desde os dezenove
anos de idade, com esquizofrenia. Ele faz uso de medicação controlada e é
acompanhado regularmente por psiquiatra.
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, relativos a
técnicas, intervenções e abordagens clínicas e a elaboração de documentos.

38
De acordo com a escola das relações objetais, a esquizofrenia de Tom estaria

7:
relacionada a certa dificuldade do sujeito em se separar da figura materna, mantendo

:5
06
com esta uma relação unívoca, que impede o paciente de desenvolver um ego distinto

2
02
e saudável.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
1/
-2
23. CESPE - DEPEN – 2013

om
A abordagem cognitiva entende a esquizofrenia como uma reação do

l.c
indivíduo ao mundo. Dessa forma, o psicólogo fundamentado nessa abordagem
ai
gm
tentaria entender a vivência de Tom no momento particular de sua vida.
s@

( ) Certo ( ) Errado
ta
an
fd

24. CESPE - DEPEN – 2013


ia
al

De acordo com a abordagem humanista, as demandas externas consistiriam


at
-n

em ameaças para Tom, fazendo-o restringir a sua interação social como um meio de
0

proteger a integridade do self. Essas ameaças produziriam um nível elevado de


-2
33

angústia e perda da autoconsciência, ocasionando o desenvolvimento do transtorno


.2

apresentado por Tom.


74
.7

( ) Certo ( ) Errado
05
-0
s

25. CESPE - DEPEN – 2013


ta
an

Se for solicitado ao psicólogo um informe psicológico relativo ao caso de Tom, o


D

psicólogo deveria ressaltar os aspectos e as informações médicas, a fim de que o


s
ta

documento apresentasse um parecer técnico-científico atualizado.


ei
Fr

( ) Certo ( ) Errado
ia
ál
at
N

26. CESPE - DEPEN – 2013


O psicólogo que fundamenta suas ações na abordagem psicodinâmica
entende o caso clínico de Tom como uma forma grave de transtorno, na qual podem
estar presentes alterações no campo da percepção, pensamento, linguagem e
emoções. Desse modo, há uma relação entre essa distorção grave do funcionamento
psíquico e uma função egoica comprometida, o que resulta na perda da realidade.
( ) Certo ( ) Errado

27. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Texto 9A2AAA

| 63
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Ana, solteira, trinta e quatro anos de idade, é funcionária pública ocupante de
cargo de nível superior e trabalha com quatro colegas em um mesmo setor. Os quatro
colegas e familiares notaram mudanças no comportamento de Ana ao longo do
último mês. Ela passou a conversar muito, rápido e em voz alta, tanto com eles quanto
ao telefone, atrapalhando as atividades. O chefe notou que o trabalho dela perdeu
qualidade, sendo concluído rapidamente, mas com muitos erros típicos de distração.
Apesar disso, ela tinha muita facilidade para realizar as tarefas, que, muitas vezes,
estavam muito aquém de sua capacidade.
O gerente de uma loja onde Ana costumava comprar itens de vestuário ligou para ela
pedindo que providenciasse cobertura para um cheque devolvido pelo banco,

38
referente a grande volume de compras realizadas na semana anterior. Como não

7:
tinha dinheiro, Ana fez um empréstimo, pagou pelas compras feitas e comprou alguns

:5
06
outros itens com o restante do dinheiro. A família notou que Ana parecia muito

2
02
disposta, vaidosa e que tinha passado a usar maquiagem mais forte que a habitual.

/2
Ela começou a fazer atividade física no período noturno e, quando chegava em casa,

12
1/
se envolvia em várias atividades, de modo que dormia no máximo três horas por

-2
noite.

om
Mais recentemente, Ana passou três noites fora de casa em encontros sexuais

l.c
com rapazes diferentes e recém-conhecidos. Ao retornar para casa, Ana sofreu um
ai
gm
acidente de carro por dirigir em alta velocidade. Conforme a família, esses
s@

comportamentos não eram típicos de Ana ao longo dos anos.


ta

Os comportamentos de Ana, apresentados no caso clínico 9A2AAA, atendem


an
fd

aos critérios diagnósticos para


ia
al

A transtorno psicótico breve.



at
-n

B transtorno de ansiedade generalizada.


0

C transtorno de personalidade borderline.


-2
33

D transtorno de personalidade histriônica.


.2
74

E transtorno de humor bipolar.


.7
05
-0

28. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


s

Considerando o caso clínico 9A2AAA, assinale a opção que descreve a evolução típica
ta
an

da condição clínica de Ana.


D

A O prognóstico é de recidiva frequente e aumento na gravidade dos sintomas.


s
ta

B As condições socioambientais desfavoráveis é que irão determinar a possível


ei
Fr

recidiva dos sintomas.


ia
ál

C Sendo adequado o tratamento, os sintomas desaparecem e não há recidiva.


at
N

D A recidiva dos sintomas pode ocorrer após o uso de drogas prescritas, drogas
psicoativas ilícitas ou álcool.
E A recidiva dos sintomas depende da comorbidade com outro transtorno mental.

29. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Durante a adolescência, João começou a apresentar alguns comportamentos
diferentes dos da maioria das pessoas. Isso, de alguma forma, lhe trouxe problemas,
dificuldades e sofrimentos. Ao iniciar o processo terapêutico, foi diagnosticado que
ele tinha transtorno de personalidade evitativa.
Considerando esse diagnóstico, assinale a opção que descreve as principais

| 64
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Professor Alyson Barros
Aula 02
características de personalidade de João.
A percepção de si mesmo como inadequado, inibição social e forte preocupação
quanto à possibilidade de ser mal avaliado ou rejeitado pelas pessoas 

B provocação intencional de lesões no corpo ou falsificação de sinais que simulem
doenças, sem que haja qualquer ganho aparente como consequência 

C preferência por atividades solitárias, desinteresse por relações pessoais íntimas,
pouco ou nenhum interesse em relações sexuais e aparente indiferença a elogios e
críticas 

D sentimento de vazio, esforços claros para evitar o abandono imaginário ou real,
ameaças recorrentes de suicídio e episódios de irritabilidade e de ansiedade E forte

38
desconfiança, crença de que as pessoas podem estar mal intencionadas com ele na

7:
vida social ou afetiva, percepção de intenção ameaçadora onde não há

:5
06
2
02
30. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

/2
Sabendo que o transtorno do pânico inclui respostas fisiológicas, comportamentais e

12
1/
cognitivas que podem limitar a qualidade de vida da pessoa, assinale a opção que

-2
apresenta corretamente técnicas ou procedimentos geralmente utilizados para o

om
tratamento cognitivo-comportamental dessa doença.

l.c
ai
A treino na prática de ignorar lembranças de ataques de pânico para evitar estresse
gm
decorrente de episódios passados 

s@

B treino na interrupção da visualização por imagens ao surgir indícios de ansiedade


ta
an

C treino em relaxamento muscular e exposição ao vivo a eventos ansiogênicos 



fd

D treino em observação do aumento de batimento cardíaco e saída da situação


ia
al

desencadeadora 

at
-n

E treino em respiração diafragmática e evitação de lugares fechados 



0
-2
33

31. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


.2
74

O transtorno do estresse pós-traumático é uma condição que surge após a exposição


.7

a eventos traumáticos, ameaçadores, e implica importantes consequências para a


05
-0

pessoa afetada. Assinale a opção correta a respeito dos sintomas e das condições
s

típicos desse transtorno.


ta
an

A O evento traumático é definido por ameaça à vida da própria pessoa ou por


D
s

violência sexual contra ela. 



ta
ei

B O evento traumático deve ocorrer a partir do final da adolescência ou início da


Fr

idade adulta. 

ia
ál

C O esquecimento de detalhes relevantes do evento traumático pode acontecer,


at
N

enquanto a lembrança de outros detalhes ocorre de modo intrusivo. 



D A pessoa apresenta respostas excessivas de alegria e satisfação frente a situações
simples, geralmente consideradas neutras ou pouco relevantes. 

E A pessoa apresenta desrealização, sobressaltos, insistência em falar sobre o local
do evento estressor e em visitá-lo. 


32. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Paula, uma jovem de vinte e cinco anos de idade demonstrava satisfação com seu
trabalho, gostava dos colegas e descrevia o ambiente como acolhedor e as atividades
que realizava como gratificantes. Foi então designada para realizar atividades de um

| 65
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
ou dois dias em outros estados. As viagens eram aéreas e não havia tempo para
transporte terrestre. Paula manteve essas viagens por seis meses, mas sentia muito
medo de que o avião caísse, situação que piorava nos momentos em que havia
turbulências. Durante os voos, não conseguia comer, transpirava muito e respirava
com dificuldade. Após algumas viagens apresentou desinteresse pelo trabalho,
chorava facilmente, mostrava irritação, referia angústia, tristeza e passou a dormir
muito mais que o habitual.
Considerando o relato hipotético apresentado, assinale a opção que apresenta a
caracterização da condição de Paula.
A respostas de agorafobia 


38
B fobia de avião, seguida de depressão provavelmente associada 
à fobia 


7:
C transtorno do pânico e depressão, provavelmente associada às 
características do

:5
06
trabalho 


2
02
D transtorno de ansiedade generalizada e depressão maior, 
 provavelmente

/2
preexistente à ansiedade 


12
1/
E claustrofobia 


-2
om
33. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

l.c
ai
O consumo de bebidas alcoólicas é comum e considerado natural em diferentes
gm
situações. Enquanto algumas pessoas podem fazer uso recreativo dessas bebidas ao
s@

longo da vida, sem qualquer indício de adoecimento, outras desenvolvem um padrão


ta
an

mal-adaptativo de uso, que caracteriza o transtorno por uso de álcool, conhecido


fd

como dependência de álcool. O transtorno por uso de álcool caracteriza-se pela


ia
al

seguinte resposta comportamental:


at
-n

A uso de bebida em situações sociais na companhia das mesmas pessoas. 



0
-2

B uso de bebida em quantidade crescente para a obtenção do mesmo efeito de


33

quando o uso foi iniciado. 



.2
74

C uso de bebida rotineiro, salvo nas situações em que a bebida seja incompatível com
.7
05

alguma atividade desejada. 



-0

D uso de bebida de cinco a sete vezes por semana, mesmo que a rotina habitual de
s
ta

trabalho ou estudos seja mantida. 



an

E uso de bebida limitado a situações festivas, em quantidades semelhantes às de


D
s

quando o uso foi iniciado, com a obtenção do mesmo efeito. 



ta
ei
Fr

34. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


ia
ál

De acordo com a abordagem cognitivo-comportamental, os delírios na esquizofrenia


at
N

são compreendidos como


A sons, geralmente de vozes, percebidos sem ocorrência de estímulo externo. 

B perdas sequenciais ao falar, uso atípico da linguagem, como criação de palavras ou
uso palavras de um modo diferente do corrente. 

C lembranças recorrentes de fatos vivenciados no passado com conteúdo aversivo.
D crenças, ou interpretação da realidade, assumidas como fatos, mesmo quando há
fortes evidências contrárias. 

E pensamentos ou lembranças de conteúdo autorreferente que gera euforia e
animosidade. 


| 66
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

35. CESPE - DEPEN – 2013


Uma paciente com trinta e oito anos de idade chegou ao serviço de
atendimento psicológico encaminhada pelo serviço judiciário. Na entrevista inicial, a
paciente relatou estar sendo perseguida pelo dono de um minimercado, que estaria
apaixonado por ela. Na ocasião em que se conheceram, segundo relato da paciente,
ela fora durante uma tarde ao minimercado para fazer compras. Ao entrar no
estabelecimento, a paciente notara que o proprietário anunciava produtos, mas que,
ao perceber sua presença, ele mudara o tom de sua voz, o que caracterizava interesse
sexual por ela. Desde então, a paciente relatou que o referido comerciante não lhe

38
“deixava em paz” e que, aos finais de semana, ele tem enviado vendedores

7:
ambulantes que, sob o pretexto de estarem vendendo algum produto na frente da sua

:5
06
casa, levam “mensagens de amor” direcionadas a ela. Um exemplo de investida

2
02
citada pela paciente, e que fez os vizinhos chamarem a polícia, foi quando o motorista

/2
de um caminhão ambulante de venda de abacaxi colocou músicas sertanejas de

12
1/
cunho amoroso para tocar em frente à sua casa, logo após anunciar “olha o abacaxi!”,

-2
o que a irritou bastante. Nesse episódio, a paciente foi ao encontro do motorista do

om
caminhão e provocou uma briga. A paciente abriu mais de dez processos judiciais

l.c
contra o homem que supostamente a persegue e, na última tentativa de fazê-lo parar
ai
gm
a “perseguição”, foi em busca da Anistia Internacional.
s@

Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens seguintes.


ta

Mutismo, flexibilidade cerácea e embotamento afetivo são sintomas


an
fd

apresentados pela paciente que favorecem o diagnóstico de paranoia.


ia
al

( ) Certo ( ) Errado
at
-n
0

36. CESPE - DEPEN – 2013


-2
33

A paciente apresenta delirium, no qual ocorre alteração do eu, que se vê


.2

inflacionado em função do grande investimento libidinal sobre si.


74
.7

( ) Certo ( ) Errado
05
-0
s

37. CESPE - DEPEN – 2013


ta
an

Se na paranoia ocorre uma cisão do ego, que deve ser levada em consideração
D

para a compreensão clínica dessa estrutura, na neurose obsessiva ocorre um


s
ta

funcionamento massivo do superego. Desse modo, nesse tipo de neurose, a culpa e a


ei
Fr

autocoação são queixas relativamente constantes.


ia
ál

( ) Certo ( ) Errado
at
N

38. CESPE - DEPEN – 2013


O relato da paciente sugere a existência de um delírio do tipo erótico. Nesse
tipo de delírio, é comum que a paciente acredite que alguém, em geral uma pessoa
de destaque social, está completamente apaixonada por ela.
( ) Certo ( ) Errado

39. CESPE - DEPEN – 2013


O delírio apresentado pela paciente é um signo patognomônico da esquizofrenia.
( ) Certo ( ) Errado

| 67
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

40. CESPE - DEPEN – 2013


Julgue os itens a seguir, relativos a psicopatologia.
Uma diferença entre a ideia obsessiva e o delírio é o grau de convicção do
sujeito. No delírio, o sujeito é capaz de duvidar das suas próprias ideias.
( ) Certo ( ) Errado

41. CESPE - DEPEN – 2013


A culpa é um sintoma necessário, universal, para diagnosticar a depressão.
( ) Certo ( ) Errado

38
Gabarito: E

7:
Comentários: A culpa não é um conceito fundamental utilizado nos critérios de

:5
06
diagnóstico do DSM-IV-TR nem da CID-10.

2
02
/2
42. CESPE - DEPEN – 2013

12
1/
Queixas somáticas, irritabilidade e retraimento social são sintomas comuns em

-2
crianças com diagnóstico de episódio depressivo maior.

om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
ai
gm
43. CESPE - DEPEN – 2013
s@

Transtorno de ansiedade generalizada é um diagnóstico muito mais comum


ta

em mulheres. Uma das características desse transtorno é uma expectativa apreensiva


an
fd

com relação a eventos


ia
al

ou atividades.
at
-n

( ) Certo ( ) Errado
0
-2
33

44. CESPE - DEPEN – 2013


.2

Uma característica essencial do transtorno do estresse pós-traumático é o


74
.7

desenvolvimento dos sintomas típicos após a exposição a um estressor traumático.


05

Uma possibilidade de estressor traumático é um evento real que, por exemplo,


-0
s

envolva ameaça de morte.


ta
an

( ) Certo ( ) Errado
D
s
ta

45. CESPE - DEPEN – 2013


ei
Fr

No delírio de influência tem-se um sujeito que vivencia estar sendo controlado


ia
ál

por uma pessoa ou entidade. Esse tipo de delírio, é mais comum na esquizofrenia,
at
N

pois aponta para a importante formação (porosa) entre o Eu e o Tu e indica o quanto


essa separação pode ser colocada em xeque nessa forma de adoecimento.
( ) Certo ( ) Errado

46. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação aos transtornos de personalidade e aos transtornos relacionados
ao uso e abuso de substâncias psicoativas, julgue os próximos itens.
Tolerância e abstinência são critérios suficientes para o diagnóstico de
dependência de substância.
( ) Certo ( ) Errado

| 68
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

47. CESPE - DEPEN – 2013


O diagnóstico de dependência de substância pode ser aplicado a qualquer
classe de substâncias, inclusive cafeína.
( ) Certo ( ) Errado

48. CESPE - DEPEN – 2013


Julgue os itens seguintes, referentes à psicopatologia.
A referência ao Édipo é o divisor fundamental entre o campo das neuroses e
das psicoses, na medida em que é a armadura significante mínima que condiciona a

38
entrada do sujeito no mundo simbólico. Nas psicoses, há no sintoma o retorno do

7:
recalcado, enquanto nas neuroses, há o retorno do forcluído.

:5
06
( ) Certo ( ) Errado

2
02
/2
49. CESPE - DEPEN – 2013

12
1/
No transtorno conversivo, o sintoma geralmente não se ajusta às vias

-2
anatômicas, mas ao imaginário do paciente.

om
( ) Certo ( ) Errado

l.c
ai
gm
50. CESPE - DEPEN – 2013
s@

Considere que um paciente, após ter vivenciado com intenso terror um tiroteio
ta

na comunidade onde vive, evite constantemente sair de casa, devido ao medo de que
an
fd

tal evento ocorra novamente. Ele sente um medo tão intenso que tem apresentado
ia
al

recordações aflitivas e sonhos recorrentes relativos ao evento. Nesse caso, é correto


at
-n

afirmar que esse paciente apresenta um transtorno fóbico específico.


0

( ) Certo ( ) Errado
-2
33
.2

51. CESPE - DEPEN – 2013


74
.7

Nos doentes psicossomáticos, observa-se que os afetos podem, pela tensão


05

emocional crônica, ocasionar a produção de transtornos funcionais crônicos e,


-0
s

inclusive, lesão orgânica.


ta
an

( ) Certo ( ) Errado
D
s
ta

52. CESPE - DEPEN – 2013


ei
Fr

A alucinação não é um fenômeno específico das psicoses, visto que pode estar
ia
ál

presente como um episódio fugaz, sob diferentes formas, no neurótico e no homem


at
N

dito normal.
( ) Certo ( ) Errado

53. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação às estruturas em psicopatologia, julgue os itens subsequentes.
Na histeria, há uma linguagem de órgão. Nesse tipo de estrutura, grande parte
da linguagem se vê articulada com metáforas tomadas no sentido literal, o que levou
Freud a afirmar que a histeria é o “fóssil” da linguagem.
( ) Certo ( ) Errado

| 69
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
54. CESPE - DEPEN – 2013
A angústia neurótica é a angústia da castração; seu arranjo, por meio de
diferentes mecanismos de defesa neuróticos, raramente deixa a angústia em estado
puro. Já a angústia esquizofrênica é formada de sentimentos de transformação
interior e exterior, com perda dos limites do ego, sendo, portanto, uma angústia de
fragmentação.
( ) Certo ( ) Errado

55. CESPE - DEPEN – 2013


Na ilusão há uma percepção clara e definida de um objeto sem a presença do

38
objeto estimulante real. Isto torna este sintoma um importante signo patognomônico

7:
de transtornos mentais graves.

:5
06
( ) Certo ( ) Errado

2
02
/2
56. CESPE - DEPEN – 2013

12
1/
Em psicopatologia clínica com um viés psicodinâmico, deve-se qualificar uma

-2
prática semiológica simbólica e não apenas indicial, pois a psicopatologia se vê

om
confrontada com fenômenos de ordem diferente da semiologia médica clássica.

l.c
( ) Certo ( ) Errado
ai
gm
s@

57. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


ta

Na fase inicial da terapia, o terapeuta deve focar questões que sejam menos sensíveis
an
fd

ao paciente, a fim de reduzir o estresse que questionamentos mais sensíveis podem


ia
al

ocasionar e de evitar que o paciente se sinta pressionado.


at
-n

( ) Certo ( ) Errado
0
-2
33

58. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


.2

Acerca do tratamento de dependentes químicos, julgue os itens


74
.7

subsequentes.
05

Por meio do exame neuropsicológico, que é importante no tratamento de


-0
s

dependentes químicos, podem ser identificadas quais funções cognitivas foram


ta
an

afetadas pelo uso de substâncias psicoativas.


D

( ) Certo ( ) Errado
s
ta
ei
Fr

59. EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


ia
ál

Para o tratamento de pacientes com dependência química, é essencial a avaliação de


at
N

possíveis comorbidades.
( ) Certo ( ) Errado

60. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

Considerando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – IV


(DSM – IV), julgue os itens seguintes.
Para a distinção entre demência e delirium, o diagnóstico diferencial baseia-
se em dois itens, que se focalizam no estado de alerta — presente no delirium — e na
ausência da perturbação da consciência — característica da demência.

| 70
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
( ) Certo ( ) Errado

61. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


Midríase, taquicardia, sudorese, palpitações, visão turva, tremores e
incoordenação constituem critérios diagnósticos de intoxicação por cafeína.
( ) Certo ( ) Errado

62. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


O transtorno de humor induzido por substâncias psicoativas pode ocorrer
associado tanto à intoxicação quanto à abstinência dessas substâncias.

38
( ) Certo ( ) Errado

7:
:5
06
63. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

2
02
Delirium é caracterizado por perturbação na consciência, com alteração na

/2
cognição.

12
1/
( ) Certo ( ) Errado

-2
om
CESPE – TRT 10° Região (Prova cancelada) – 2012

l.c
Julgue os itens subsequentes, a respeito de estruturas clinicas e psicopatologia.
ai
gm
64. ( ) A estrutura obsessiva tem como traços de caráter visando o ideal do Eu:
s@

asseio, escrupulosidade e submissão.


ta
an
fd

65. ( ) Na psicose paranóica, as queixas são autoacusações.


ia
al
at
-n

66. ( ) Delirium designa em psicopatologia os distúrbios da consciência vigil com


0

desorganização do psiquismo com relação ao tempo, espaço e pessoa.


-2
33
.2

67. ( ) As psiconeuroses narcísicas, segundo Freud, incluem as neuroses e


74
.7

perversões.
05
-0
s

CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


ta
an

Márcia, que tem 16 anos de idade e é filha de pais separados, mora com a
D

mãe e a avó. Ultimamente, ela vem apresentando um quadro de ansiedade, com


s
ta

intenso medo de sair de casa, de ficar sozinha, inclusive; só o fato de pensar nessa
ei
Fr

possibilidade desencadeia crise de falta de ar e taquicardia, associada com intenso


ia
ál

temor de morrer. Nos momentos em que sente falta de ar e taquicardia, ela solicita
at
N

que a levem ao pronto-socorro de imediato, porém, em todas essas ocasiões,


nenhuma causa orgânica é identificada. Sua mãe relata que há um ano Márcia decidiu
parar de estudar, mostrando desejo de mudar de país. Nos últimos meses, Márcia tem
passado grande parte do tempo fazendo companhia a uma prima de sua idade em
tratamento oncológico e muito deprimida, a quem Márcia vem tentando ajudar.
Com base na situação hipotética acima apresentada e nas diferentes teorias
da personalidade, julgue os itens a seguir.
68. ( ) De acordo com a teoria psicanalítica, Márcia apresenta uma estrutura
neurótica, manifestada por uma demanda de amor. Essa estrutura neurótica

| 71
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
impõe restrições em sua vida, como a limitação no seu ir e vir e uma tentativa
de não confrontar-se com as perdas inerentes à sua fase de vida.

CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


A partir de 1952, o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios
Mentais, em sua quarta revisão) substituiu os conceitos de psicose, neurose e
perversão pela noção de distúrbio. Na segunda revisão de classificação das doenças
(CID-10), a OMS definiu os distúrbios mentais e do comportamento segundo os
mesmos critérios do DSM-IV. Considerando essas classificações, dois pacientes, um
diagnosticado com distúrbio dissociativo e outro, com diagnóstico de perturbação do

38
curso do pensamento, podem apresentar, respectivamente

7:
69. ( ) neurose histérica e esquizofrenia.

:5
06
2
02
Por outro lado, a perturbação do curso de pensamento é tipicamente um sintoma

/2
típico de quadros psicóticos tais como a esquizofrenia.

12
1/
70. ( ) transtorno obsessivo compulsivo e paranoia.

-2
om
71. ( ) personalidade múltipla e melancolia.

l.c
ai
gm
72. ( ) neurose e psicose.
s@
ta

73. ( ) transtorno de pânico e perversão.


an
fd
ia
al

Com referência aos sintomas inerentes à depressão psicogênica, julgue os


at
-n

itens que se seguem, à luz da concepção da psicopatologia a respeito dos transtornos


0

de humor.
-2
33

74. ( ) Na depressão, a ansiedade é sempre manifesta, e são frequentes


.2

também as manifestações somáticas, como a sensação nó na garganta, as


74
.7

palpitações, as vertigens e o medo em relação ao futuro, futuro esse que é visto


05

como totalmente desesperançoso, a exemplo do que ocorre com o paciente


-0
s

melancólico.
ta
an
D

A Depressão Típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente


s
ta

associados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade ,


ei
Fr

tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. A presença de todos esses


ia
ál

sintomas ao mesmo tempo não é obrigatória.


at
N

75. ( ) Na depressão, a inibição exprime-se sob as formas de cansaço e de


impotência para assumir as atividades cotidianas, mas o paciente conserva
algo dos laços com o social, e não apresenta a lentidão psíquica e motora
típica da melancolia, com sua expressão congelada e sua inacessibilidade às
relações.

76. ( ) As condutas suicidas são muito frequentes na depressão e constituem,


quase sempre, pedido de socorro, pouco grave em suas consequências e com
valor de manipulação de seu meio, sendo menos preocupantes do que as

| 72
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
tentativas suicidas do paciente melancólico, no qual têm caráter definitivo e
atroz.

Com relação à classificação psicodiagnóstica dos quadros psicopatológicos


de sujeitos que sofrem dano psíquico ou agressão produzida por um evento sobre seu
psiquismo, de forma a provocar perturbação, distúrbio, disfunção ou transtorno que
restrinjam sua vida, julgue os itens a seguir.
77. ( ) O quadro psicopatológico leve do dano psíquico constitui uma
conformação patológica de índole reativa, com comprometimento
substancial para as relações sociais e indicação de tratamento psicoterápico

38
permanente.

7:
:5
06
78. ( ) É classificado como moderado o quadro psicopatológico do dano

2
02
psíquico que apresenta sintomas manifestos com persistência do

/2
funcionamento psíquico prévio ao dano e com indicação de tratamento não-

12
1/
inferior a um ano, como nas depressões e nas fobias.

-2
om
79. ( ) A situação de irreversibilidade do quadro psicopatológico, marcado pela

l.c
impossibilidade de adaptação do sujeito, com alterações importantes
ai
gm
observadas entre os períodos pré-traumático e pós-traumático, corresponde
s@

a um dando psíquico classificado como grave.


ta
an
fd

CESPE- TRE BA - Analista Judiciário – 2010


ia
al

Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia.


at
-n

80. ( ) A anorexia mental tem grande prevalência em adolescentes e


0

relaciona-se ao impasse de tornar-se adulto. Os adolescentes encontram, no


-2
33

emagrecimento provocado, satisfação da necessidade de controle e prazer


.2

narcísico advindo da manipulação do corpo, além do sentimento de poder e


74
.7

da negação da gravidade da situação.


05
-0
s

81. ( ) É frequente encontrar sujeito com anorexia em famílias rígidas e


ta
an

encerradas em si mesmas. Normalmente, há, nesses casos, uma relação de


D

extrema confiança com a mãe e uma convivência tão próxima que anula a
s
ta

vontade de independência desse sujeito, que é carente de afetos,


ei
Fr

excessivamente racional e apresenta tendência ao perfeccionismo.


ia
ál
at
N

82. ( ) A tentativa de suicídio está relacionada a um conjunto de fatores,


como depressão severa, baixa tolerância a angustia ou a dores físicas, desejo
de controlar os eventos ou de evitar confrontar-se a uma autoimagem
desvalorizada. As tentativas repetidas de suicídio são uma prova de que o
sujeito não quer, de fato, perder a vida, mas quer a atenção, não havendo
riscos reais nesses casos.

83. ( ) Uma atuação ou acting-out é um comportamento que pode legar à


concretização de um suicídio, por exemplo, quando o sujeito,
inconscientemente, envolve-se em acidentes ou situações que colocam em

| 73
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
risco sua própria vida, ou seja, quando, sem poder dar uma interpretação
simbólica a sua angústia, o sujeito apresenta uma atuação com efeito de
passagem ao ato.

CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2010


Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia e diagnóstico
diferencial.
84. ( ) O sintoma mais comum do transtorno de ansiedade generalizada é a
apreensão inespecífica; o do transtorno obsessivo-compulsivo é a fixação em
um tema preferencial, como sujeira ou contaminação.

38
7:
85. ( ) A toxicomania e a psicose apresentam alguns pontos em comum, entre

:5
06
os quais se incluem a precariedade subjetiva e a foraclusão da lei paterna.

2
02
/2
86. ( ) A depressão e a melancolia, manifestações da mesma estrutura

12
1/
psíquica, apresentam os seguintes sintomas: negativismo, falta de ânimo,

-2
fantasias autodestrutivas e distúrbios somáticos.

om
l.c
87. ( ) As manifestações de tristeza, luto e irritabilidade são transtornos
ai
gm
indicativos de depressão severa e devem ser tratados com antidepressivos.
s@
ta

88. ( ) O comportamento de evitação e as compulsões são muito comuns nos


an
fd

casos de transtorno obsessivo-compulsivo; nas fobias, não se verifica


ia
al

ocorrência de obsessões ou compulsões.


at
-n
0

89. ( ) Pesadelos, sonhos recorrentes, fobia a situação, pessoa ou lugar associados


-2
33

a estressor que tenha causado risco de morte são sintomas típicos de estresse
.2

pós-traumático.
74
.7
05

90. ( ) A maioria dos pacientes com transtorno obsessivo compulsório (TOC)


-0
s

é acometida de ataques de ansiedades, com características de ataque de


ta
an

pânico, sendo esses ataques secundários aos medos obsessivos de


D

contaminação, por exemplo.


s
ta
ei
Fr

CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


ia
ál

A respeito do psicodiagnóstico diferencial dos transtornos de adaptação e


at
N

das reações ao estresse, julgue os itens a seguir.


91. ( ) A reação aguda ao estresse (CID-X: F43.0), ou fadiga de combate é
transitória, pode desaparecer em alguns dias ou horas, se manifestando de
início por um estado de aturdimento, desorientação, taquicardia, ondas de
calor, e ocorre apenas quando não se manifesta nenhum outro transtorno
mental em seguida a um estresse excepcional.

92. ( ) O estado de estresse pós-traumático (CID-X: F43.1), ou neurose traumática


constitui uma resposta retardada a um evento estressante, cujo período que
separa a ocorrência do traumatismo do transtorno varia de algumas semanas

| 74
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
a meses, alguns de seus sintomas sendo a rememoração do evento traumático
sob a forma de lembranças invasivas, pesadelos, anedonia, estado de alerta e
insônia.

93. ( ) Os transtornos de adaptação (CID-X: F43.2) caracterizam-se por um estado


de sofrimento emocional subjetivo que entrava o desempenho social, em
razão da adaptação a uma mudança existencial ou a um acontecimento
estressante, como o luto, ou crise do desenvolvimento, como a escolarização,
a aposentadoria, o hospitalismo da criança, excluindo o transtorno ligado à
angústia de separação na infância.

38
7:
94. ( ) Os transtornos de adaptação não são transitórios e não desaparecem

:5
06
depois de seis meses, nem é preciso que o evento estressante seja maciço ou

2
02
abrupto, e sim contínuo e acumulativo, sendo a cronicidade do estresse

/2
decisiva para definir esse diagnóstico.

12
1/
-2
95. ( ) As manifestações depressivas e de ansiedade do paciente de câncer nem

om
sempre são a expressão de um transtorno de ansiedade e podem ser a

l.c
conseqüência de esforços contínuos realizados para se adaptar.
ai
gm
s@

96. ( ) São sintomas ansiosos a crise de choro, os medos, o sentimento de perda


ta

de controle, a agressividade, a irritabilidade e a ideação suicida, e sintomas


an
fd

depressivos o isolamento, a perda da auto-estima e do interesse nas


ia
al

atividades habituais e a autoacusação.


at
-n
0
-2
33

SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social – 2011


.2

Com relação a transtorno psicótico breve, julgue os itens que se seguem.


74
.7

97. ( ) Esse tipo de transtorno pode acontecer sem estressor acentuado e com
05

início no pós-parto.
-0
s
ta
an

98. ( ) Indivíduos com transtorno psicótico breve costumam experimentar


D

confusão, mas não apresentam oscilações intensas de afeto.


s
ta
ei
Fr

99. (C) Não se pode diagnosticar paciente como portador de transtorno


ia
ál

psicótico breve se os sintomas psicóticos por ele apresentados são mais bem
at
N

explicados por um episódio de humor.

100. ( ) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento


amplamente desorganizado ou catatônico e estupor ou coma são sintomas de
transtorno psicótico breve.

TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Julgue os itens seguintes, acerca das concepções de sublimação segundo
Freud.

| 75
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
101. ( ) O recalque — mecanismo básico das psicoses que dificulta o
engajamento do sujeito no campo social — pode resultar do prazer pulsional
que não pôde ser sentido como tal e que não foi sublimado.

Julgue os itens que se seguem, acerca das neuroses segundo Freud e Lacan.
102. ( ) Para Lacan, a neurose assume sua forma original no processo de
transferência com o analista e no processo de identificação.

103. ( ) A clínica da neurose obsessiva — ideia desenvolvida por Freud —


focaliza como os elementos do desejo se estruturam, especialmente em

38
relação à demanda do outro.

7:
:5
06
104. ( ) A foraclusão da castração é parte da clínica da histeria.

2
02
/2
105. ( ) De acordo com Freud, o desejo apoia-se no fantasma de amar e ser

12
1/
amado, o que justifica a angústia neurótica.

-2
om
106. ( ) De acordo com Freud, a inibição da capacidade de trabalho observada

l.c
nos neuróticos decorre da falta de gratificação pulsional.
ai
gm
s@

CESPE – STJ – 2012


ta

Acerca dos transtornos do humor, julgue os itens a seguir.


an
fd

107. ( ) O transtorno ciclotímico caracteriza-se pela ocorrência de períodos


ia
al

de hipomania alternados com períodos de mania.


at
-n
0

108. ( ) A ciclotimia consiste em um transtorno do humor bipolar cujos


-2
33

sintomas incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos leves.


.2
74
.7

109. ( ) Pacientes com transtorno bipolar do tipo II apresentam pelo menos


05

um episódio de mania e um de depressão.


-0
s
ta
an

110. ( ) Alucinações e delírios são sintomas psicóticos incompatíveis com a


D

sintomatologia dos transtornos do humor.


s
ta
ei
Fr

111. ( ) Em um episódio misto de bipolaridade, ocorrem, quase todos os


ia
ál

dias, sintomas de episódios maníacos e de episódios depressivos, como


at
N

rebaixamento da necessidade de dormir, alegria e pensamentos suicidas.

Um paciente que apresentava respostas de apatia, tristeza, evidente


rebaixamento da libido, insônia e perda de peso recebeu o diagnóstico de depressão
e iniciou tratamento psicológico de base cognitivo-comportamental.
Tendo como referência a situação acima apresentada, julgue os itens a
seguir:

| 76
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
112. ( ) A psicoterapia enfatizará a modificação tanto de pensamentos
disfuncionais — para se reduzirem os sintomas depressivos — quanto de
crenças — para se prevenirem recaídas.

113. ( ) O psicólogo deve familiarizar o paciente com aspectos teóricos e


práticos da abordagem adotada, pois esse passo é um componente essencial
do processo terapêutico.

114. ( ) A terapia cognitivo-comportamental da depressão opõe-se ao uso


de técnicas advindas dos princípios estabelecidos nos condicionamentos

38
clássico e operante.

7:
:5
06
2
02
115. ( ) O tratamento psicológico demanda a identificação do gatilho

/2
biológico desencadeador dos sintomas apresentados pelo paciente, a fim de

12
1/
que o controle adequado de estímulos seja iniciado no processo terapêutico.

-2
om
116. ( ) As características comportamentais e cognitivas da depressão são

l.c
substancialmente diferentes das características de tristeza de um indivíduo
ai
gm
normal, seja sob o ponto de vista somatogênico, seja sob o enfoque
s@

ambientalista.
ta
an
fd

117. ( ) Os sintomas apresentados pelo paciente em questão podem


ia
al

manifestar-se em decorrência de outras doenças físicas ou mentais, ou, ainda,


at
-n

em resposta ao uso de determinadas substâncias medicamentosas.


0
-2
33
.2

Julgue os próximos itens, relativos a transtornos da ansiedade.


74
.7

118. ( ) O inventário de ansiedade traço-estado (IDATE), proposto por


05

Spielberger, avalia as características de ansiedade relativamente estáveis de


-0
s

um organismo, deixando de mostrar variações situacionais e transitórias,


ta
an

decorrentes de mudanças ambientais.


D
s
ta

119. ( ) A existência de um transtorno de ansiedade pode aumentar em até


ei
Fr

quatro vezes o risco de dependência de álcool ou de outras drogas.


ia
ál
at
N

120. ( ) A maioria dos portadores de transtorno de ansiedade é também


acometida de transtornos depressivos.

Julgue os itens que se seguem, a respeito do uso de substâncias,


dependência química e tratamento.
121. ( ) No atendimento ao paciente adicto, qualidades do terapeuta como
afeto, amizade, aceitação sem julgamento e empatia são variáveis irrelevantes
para o processo de adesão ao tratamento, que depende estritamente da
orientação teórica e adequação técnica adotada pelo terapeuta.

| 77
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
122. ( ) A avaliação do comportamento alcoolista inclui a investigação de
gatilhos ou desencadeadores situacionais, emocionais e químicos.

123. ( ) A seleção dos dependentes químicos que ingressarão em um grupo


terapêutico deve contemplar apenas pacientes que façam uso de uma mesma
substância e que estejam comprometidos com o mesmo objetivo, seja de
abstinência total, seja de redução de danos.

124. ( ) A título de motivação é adequado incluir, em um mesmo grupo

38
terapêutico, pacientes que busquem tratamento voluntariamente e pacientes

7:
que busquem o tratamento obrigados por motivos judiciais, profissionais ou

:5
06
familiares.

2
02
Comentários: Na literatura não existe indicação de pacientes voluntários e

/2
pacientes “involuntários” para a participação em grupos terapêuticos. Mesmo porque

12
1/
um dos efeitos do grupo é de espelhar resultados de alguns de seus membros em

-2
outros menos comprometidos. Assertiva errada.

om
l.c
125. ( ) A recaída, tanto em relação ao uso de tabaco quanto ao de álcool ou
ai
gm
cocaína, é um processo que acontece de forma sinalizada e gradual. Assim
s@

sendo, o paciente pode ser treinado a reconhecer os sinais e implementar


ta

estratégias de escolha e de solução de problemas, de modo a interromper o


an
fd

curso do processo.
ia
al
at
-n

126. ( ) Para o tratamento do abuso de substâncias, vários métodos e


0

abordagens podem ser eficazes, variando em razão da pessoa, de suas


-2
33

necessidades individuais e do momento que ela está vivendo.


.2
74
.7
05

127. FCC - Analista Legislativo (ALESE)/Saúde e Assistência


-0
s

Social/Psicologia/2018
ta
an

Fábio, psicólogo, iniciou a psicoterapia de Carlos, um adulto jovem que em idade


D

escolar havia realizado um psicodiagnóstico, por causa de uma suspeita de que era
s
ta

portador de uma Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento


ei
Fr

Intelectual). O rapaz não tinha mais o relatório psicológico e informava que naquela
ia
ál

ocasião o profissional teria identificado nele uma deficiência de gravidade moderada.


at
N

Fábio consultou a tabela com os níveis de gravidade para deficiência intelectual


presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e
encontrou que a criança, em idade escolar, no domínio conceitual, apresenta um
nível de gravidade Moderada se, durante todo o desenvolvimento,
a) suas habilidades conceituais individuais ficam bastante atrás das dos
companheiros; ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática e na
compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com limitações
marcadas na comparação com os colegas.
b) revela alcance limitado de habilidades conceituais, geralmente tendo pouca
compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam números,

| 78
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
quantidade, tempo e dinheiro, necessitando de cuidadores como fonte de apoio para
a solução de problemas ao longo da vida.
c) suas habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo físico do que os
processos simbólicos; consegue usar objetos de maneira direcionada a metas para o
autocuidado, o trabalho e a recreação; pode adquirir algumas habilidades
visuoespaciais, como combinar e classificar, baseadas em características físicas; e os
prejuízos motores e espaciais podem impedir o uso funcional dos objetos.
d) apresenta limitação em termos de vocabulário e gramática na linguagem falada,
podendo a fala ser composta de palavras ou expressões isoladas, com possível
suplementação por meios alternativos, tendo o foco da comunicação no aqui e agora

38
dos eventos diários.

7:
e) entende discursos e comunicação gestual simples; as relações com familiares e

:5
06
pessoas conhecidas constituem fonte de prazer e ajuda; expressa amplamente os

2
02
próprios desejos e emoções pela comunicação não verbal e não simbólica,

/2
entretanto, a ocorrência concomitante de prejuízos sensoriais e físicos pode impedir

12
1/
muitas atividades sociais.

-2
om
128. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Organizacional/2018

l.c
De acordo com o DSM-5, a esquizofrenia e os outros transtornos psicóticos dessa
ai
gm
classe diagnóstica compartilham a manifestação em comum de psicose. O
s@

pensamento psicótico é um sintoma, não um diagnóstico em si, e pode ser um


ta

sintoma de apresentação de outros transtornos mentais que não pertencem a essa


an
fd

classe. Sobre os sintomas do critério A para realizar o diagnóstico de esquizofrenia no


ia
al

paciente, assinale a afirmativa correta.


at
-n

a) Despersonalização, alucinações, discurso desorganizado, irritabilidade e ataques


0

de pânico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia).


-2
33

b) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


.2

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


74
.7

ou avolia).
05

c) Devaneios, delírios, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


-0
s

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


ta
an

ou avolia).
D

d) Desrealização, alucinações, perda de interesse e prazer, comportamento


s
ta

grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão


ei
Fr

emocional diminuída ou avolia).


ia
ál
at
N

129. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018


O delirium consiste em um quadro bastante evidente nos casos de alcoolismo, dadas
as características psicomotoras. O DSM-5, com a classificação deste quadro pautada
nessas características, demarca o delirium em diferentes subtipos. Assinale a
alternativa que destaca esses subtipos de forma correta.
a) Hipoativo, hiperativo e misto.
b) Hipercinético, hipoativo e misto.
c) Hipercinético, hipomiocinético e misto.
d) Hipoativo, hipomiocinético e hiperativo.

| 79
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
130. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018
Os critérios diagnósticos para a esquizofrenia no DSM-5 sofreram alterações no que
concerne às características avaliadas. Essas alterações envolveram três atributos
correspondentes a tais características e que serviram para a retirada dos
especificadores relacionados ao transtorno citado. Assinale a alternativa que
explicita corretamente esses atributos.
a) Fidedignidade, validade e estabilidade.
b) Validade, estabilidade e resposta ao tratamento.
c) Validade, fidedignidade e resposta ao tratamento.
d) Fidedignidade, estabilidade e resposta ao tratamento.

38
7:
131. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018

:5
06
A classificação dos transtornos de personalidade no DSM-5 sofreu alterações nas

2
02
características que diferenciam esses transtornos para fins diagnósticos. Tendo isso

/2
em vista, assinale a afirmativa correta.

12
1/
a) Na atual versão do DSM foi excluído o transtorno da personalidade paranoide.

-2
b) Na atual versão do DSM foi incluído o modelo alternativo para diagnóstico de

om
transtorno da personalidade.

l.c
c) Foi feita a alteração do conceito de transtorno de personalidade e excluído o
ai
gm
transtorno da personalidade dependente.
s@

d) Foi feita a inclusão de indicadores psicométricos no conceito de transtorno da


ta

personalidade e excluído o transtorno da personalidade histriônica.


an
fd
ia
al

132. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


at
-n

Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito aos Transtornos do Déficit de


0

Atenção/Hiperatividade (TDAH) e à nova classificação pela DSM-5.


-2
33

a) A alteração do critério de idade de início para o diagnóstico de TDAH aumentou a


.2

sensibilidade para sua detecção.


74
.7

b) O TDAH foi classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento pela DSM-


05

5, baseado em recentes achados de um atraso na maturação cortical.


-0
s

c) O TDAH possui uma sobreposição genética e sintomatologia semelhante aos


ta
an

transtornos disruptivos, de controle de impulso e de conduta.


D

d) Estresse perinatal, baixo peso ao nascer, lesão cerebral traumática e consumo de


s
ta

álcool materno durante a gravidez podem contribuir para o risco de TDAH.


ei
Fr

e) A comorbidade do TDAH com os transtornos do espectro autista é rara e não há


ia
ál

evidências que suportem seus diagnósticos simultâneos.


at
N

133. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


Os Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores são um novo grupo
diagnóstico no DSM-5. Ele contém transtornos incluídos em outros capítulos do DSM-
IV, como os mencionados a seguir, EXCETO:
a) Transtorno de Ansiedade de Separação.
b) Transtorno de Apego Reativo.
c) Transtorno de Interação Social Desinibida.
d) Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
e) Transtorno de Estresse Agudo e Transtornos de Ajustamento.

| 80
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

134. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


No DSM-5, o especificador - com emoções pró-sociais limitadas - está associado ao
transtorno:
a) do Espectro Autista.
b) de Conduta.
c) de Oposição e Desafio.
d) de Estresse Pós-Traumático.
e) de Ansiedade Social.

38
135. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio

7:
Especializado/Psicologia - Clínica/2018

:5
06
Os transtornos disruptivos do controle de impulsos e da conduta possuem uma

2
02
característica fundamental que os reuniram em um único capítulo no DSM-5. Assinale

/2
a afirmativa que evidencia essa característica como correta.

12
1/
a) A presença de déficits cognitivos de síndromes graves.

-2
b) A presença de problemas no autocontrole emocional ou comportamental.

om
c) A definição de idade cronológica de pelo menos seis anos para o diagnóstico.

l.c
d) A definição e a descrição de agressões como lesões físicas ou destruição de
ai
gm
propriedade.
s@
ta
an
fd

136. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


ia
al

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
at
-n

Os transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados envolvem aqueles


0

nos quais a principal característica é a presença de sintomas fisiológicos


-2
33

proeminentes decorrentes, ou nos quais os somáticos apresentam-se como


.2

importante preocupação. Sobre tais transtornos, assinale a afirmativa correta.


74
.7

a) O transtorno de sintomas somáticos deixa de exigir um número mínimo de


05

sintomas para o diagnóstico, bem como a ausência de diagnóstico médico como


-0
s

critério essencial.
ta
an

b) O transtorno de sintomas somáticos exige um número muito grande de sintomas


D

para composição do diagnóstico, bem como a presença de um diagnóstico médico


s
ta

como critério essencial.


ei
Fr

c) Os transtornos de sintomas somáticos são observados em uma ampla gama de


ia
ál

serviços de saúde, nos mais diferentes níveis de assistência, principalmente no


at
N

âmbito da saúde mental.


d) Os transtornos de sintomas somáticos e relacionados só são observados em
serviços de saúde especializados em saúde mental, o que foi indicador para que o
DSM-5 adotasse um número maior desses transtornos com outros especificadores.

137. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2017
Analise as afirmativas sobre os transtornos relacionados ao uso e abuso de
substâncias psicoativas.
I. A extinção da diferenciação entre transtornos de abuso e dependência de

| 81
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
substâncias fez com que o uso de substâncias fosse caracterizado de acordo com
transtornos de intoxicação, abstinência, transtornos induzidos pela substância e
relacionados ao uso.
II. Na atual classificação do manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais
foram incluídos os diagnósticos abstinência de cafeína e abstinência de Cannabis,
bem como do uso de tabaco em todas as categorias e a melhor definição de critérios
de severidade.
III. No DSM-5 é incluído o transtorno do jogo no que concerne as mudanças
relacionadas ao uso de substâncias, devido à relação com o modo ou a semelhança
ao uso de substância, tanto em critérios comportamentais, quanto em concordância

38
com os estudos da neurociência.

7:
IV. A inclusão da “fissura” como critério diagnóstico e a retirada da exigência de

:5
06
problemas com a lei para a caracterização do uso no DSM-5, além da redução no

2
02
número de critérios necessários para diagnóstico, são medidas que evidenciam o

/2
diagnóstico com base em experiências de profissionais da saúde.

12
1/
Estão corretas as afirmativas

-2
a) I, II, III e IV.

om
b) I e II, apenas.

l.c
c) I, II e III, apenas.
ai
gm
d) II, III e IV, apenas.
s@
ta

138. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


an
fd

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
ia
al

O DSM-5 evidencia uma dicotomia, categorias versus dimensões, em relação aos


at
-n

transtornos mentais, explicitando claramente uma ênfase à natureza dimensional


0

desses transtornos. Sobre a perspectiva dimensional, assinale a afirmativa correta.


-2
33

a) A compreensão dimensional implica em uma compreensão dos transtornos


.2

mentais e do modo como se diferenciam em tipo e em quantidade.


74
.7

b) Define transtornos mentais como extremos de traços que estão gradativamente


05

distribuídos na população, embora as decisões clínicas ainda sejam categóricas.


-0
s

c) Define transtornos mentais a partir de achados etiológicos consistentes e da


ta
an

patofisiologia descritiva de traços mais prevalentes e da expressão de condutas,


D

emoções e pensamentos.
s
ta

d) A compreensão dimensional implica em um entendimento descritivo da


ei
Fr

categorização dos transtornos mentais, ancorada na manifestação de fenômenos do


ia
ál

tripé: comportamentos, emoções e pensamentos.


at
N

139. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2017
O DSM-5 rompeu com o modelo multiaxial das versões terceira e quarta do manual,
sobretudo quarta edição, a qual preconizava que o diagnóstico fosse realizado em
cinco eixos. Na quinta edição houve a união dos eixos I e II, colocando os transtornos
de personalidade e deficiência intelectual em conjunto com os demais transtornos
psiquiátricos. Além disso sugere que os fatores psicossociais e ambientais sejam
codificados de acordo com a classificação da CID-10. Essa diretriz incluiu, portanto,
novos diagnósticos em diversos capítulos, inclusive no de transtornos depressivos.

| 82
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Sobre os referidos novos diagnósticos, assinale a alternativa correta.
a) O transtorno depressivo maior crônico, ainda que careça de maiores estudos, já
possui evidências científicas suficientes para estarem neste capítulo devido ao
acometimento clínico de mulheres.
b) O transtorno disfórico pré-menstrual deve ser diagnosticado com apresentação
antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento explosivo com
expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos estímulos que a
eliciam.
c) O transtorno depressivo persistente é inserido com vistas a diminuir o alto número
de crianças e adolescentes que eram anteriormente diagnosticados com transtorno

38
bipolar pelas respostas e expressões desproporcionais aos estímulos que as eliciam.

7:
d) O transtorno disruptivo da desregulação do humor deve ser diagnosticado com

:5
06
apresentação antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento

2
02
explosivo com expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos

/2
estímulos que a eliciam.

12
1/
-2
140. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio

om
Especializado/Psicologia - Clínica/2017

l.c
O DSM-5 é fruto do trabalho de pesquisadores em saúde mental de todo o mundo,
ai
gm
incorporando dados de pesquisa e experiência clínica de vários grupos de
s@

especialistas. Analise as afirmativas sobre o DSM-5, marque V para as verdadeiras e F


ta

para as falsas.
an
fd

( ) As versões iniciais do DSM refletiam mais a psicodinâmica do sofrimento psíquico,


ia
al

mas não especificava sintomas em detalhes para cada transtorno mental.


at
-n

( ) O objetivo da atualização do DSM em sua quinta edição é progredir para uma


0

compreensão cada vez mais fiel da manifestação dos transtornos mentais que se
-2
33

traduza em melhores programas de prevenção e tratamento dessas doenças.


.2

( ) Os critérios operacionais utilizados no DSM-5 para o diagnóstico de transtornos


74
.7

mentais são combinações de sintomas que devem ser percebidos pelo indivíduo e/ou
05

por outros, causando prejuízos relevantes e sofrimento significativo.


-0
s

( ) Atualmente, são inexistentes as evidências de estudos científicos que sustentam a


ta
an

perspectiva de que os transtornos mentais são apresentação extrema de sintomas


D

que, em graus mais leves, estão distribuídos normalmente entre os indivíduos na


s
ta

população.
ei
Fr

A sequência está correta em


ia
ál

a) V, F, F, V.
at
N

b) F, V, V, F.
c) V, F, F, F.
d) V, V, V, F.

141. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


Segundo o DSM-5, no Transtorno de Compulsão Alimentar, os episódios de
compulsão alimentar estão associados a três ou mais, entre alguns, aspectos. As
alternativas a seguir expressam esses aspectos associados, EXCETO
a) comer mais rapidamente do que o normal.
b) comer até se sentir desconfortavelmente cheio.

| 83
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
c) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.
d) sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.
e) comer em lugares com várias pessoas presentes, devido a uma busca por
segurança.

142. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


A respeito do Transtorno da Personalidade Antissocial, assinale a alternativa correta.
a) Para o diagnóstico, os sintomas transgressores devem ter se iniciado com 7 ou
menos anos de idade.
b) Esse transtorno não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos de idade, segundo o

38
DSM-5.

7:
c) É um pouco mais comum em mulheres do que em homens.

:5
06
d) Se há crimes de repetição, o indivíduo deixa de ser diagnosticado com Transtorno

2
02
da Personalidade Antissocial e passa a ter o diagnóstico de Transtorno Criminoso

/2
Recorrente.

12
1/
e) Há a possibilidade de comorbidade entre Transtorno da Personalidade Antissocial

-2
e Transtorno da Conduta, apenas em indivíduos com mais de 18 anos.

om
l.c
143. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017
ai
gm
No DSM-5, os Transtornos de Personalidade estão reunidos em três grupos, com
s@

bases em semelhanças descritivas. O Grupo C corresponde a quais transtornos?


ta

a) Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno da Personalidade Dependente


an
fd

e Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva.


ia
al

b) Transtorno da Personalidade Paranoide, Transtorno da Personalidade Esquizoide


at
-n

e Transtorno da Personalidade Esquizotípica.


0

c) Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Obsessivo-


-2
33

Compulsiva e Transtorno da Personalidade Esquizoide.


.2

d) Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Borderline,


74
.7

Transtorno da Personalidade Histriônica.


05

e) Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno da Personalidade Paranoide


-0
s

e Transtorno da Personalidade Evitativa.


ta
an
D

144. AOCP – Prefeitura de Marilena/PR – Psicólogo – 2016


s
ta

Paciente, feminina, estava dirigindo e presenciou um grave acidente, que


ei
Fr

proporcionou ferimentos sérios aos envolvidos. Sentiu-se imensamente tensa,


ia
ál

nervosa e impotente, relembrando e revivendo o ocorrido com frequência,


at
N

mesmo tentando fugir dessas lembranças, as quais se repetem há,


aproximadamente, três meses. Ela relata sentir demasiado medo, sofrimento,
não quer mais sair de casa nem executar suas ocupações. Esses eventos
correspondem ao diagnóstico de
(A) fobia.

(B) pânico.

(C) agorafobia.

(D) ansiedade generalizada.
(E) estresse pós-traumático.

| 84
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
145. AOCP – Angra dos Reis/RJ – Psicólogo – 2015
Medo acentuado e persistente de objetos ou situações claramente discerníveis
(Critério A). A exposição ao estímulo provoca ansiedade (Critério B). O indivíduo
reconhece que seu temor é excessivo ou irracional (Critério C). O estímulo é
evitado ou suportado com pavor (Critério D). O medo interfere na rotina diária
do indivíduo (Critério E). Os sintomas devem persistir por, ao menos, 6 meses
para ser diagnosticado (Critério F). A ansiedade e a esquiva não são melhor
explicadas por outro transtorno mental (Critério G) (DSM-IV, 2002).
Essas características se referem
(A) ao Transtorno Obsessivo Compulsivo. 


38
(B) ao Transtorno de Ansiedade Generalizado. 


7:
(C) à Fobia específica. 


:5
06
(D) ao Transtorno de Estresse pós-traumático. 


2
02
(E) à Esquizofrenia. 


/2
12
1/
146. AOCP – Angra dos Reis/RJ – Psicólogo – 2015

-2
Considere um paciente esquizofrênico que relata ser dono de todas as empresas

om
automotivas do país, das companhias de telecomunicações, ter sido político e

l.c
ai
escrito todas as leis, além de ter agenciado todas as modelos que aparecem nos
gm
comerciais de TV e das revistas. Considerando essas características como
s@

delirantes, qual é o tipo de delírio apresentado pelo paciente?


ta
an

(A) Persecutório.
fd

(B) Megalomaníaco.
ia
al

(C) Ciumento.
at
-n

(D) Somático.
0

(E) Depressivo.
-2
33
.2
74

147. AOCP - HUJB – UFCG – Psicólogo Hospitalar – 2017


.7

O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, ou DSM, é um


05
-0

manual feito pela Associação Americana de Psiquiatria para definir o diagnóstico


s

de transtornos mentais. Sobre o DSM e seus desdobramentos, assinale a


ta
an

alternativa correta.
D

(A) A versão atualizada, denominada DSM-V, substituiu em 2015 o DSM-IV, criado em


s
ta
ei

1994. 

Fr

(B) Um dos objetivos do DSM que ainda não foi alcançado é o de unificar os termos e
ia
ál

descrições dos transtornos mentais, afim de facilitar a comunicação entre


at
N

profissionais da área da saúde mental. 



(C) O DSM é um instrumento desenvolvido para ser aplicado por profissionais
habilitados, com experiência clínica e sólido conhecimento da psicopatologia. 

(D) A primeira edição do DSM surgiu na década de 1960 por estar associada ao
processo da Reforma Psiquiátrica e a Franco Basaglia, grande nome desse
movimento. 

(E) Dentre as mudanças ocorridas no DSM-V, está a extinção do capítulo sobre
alimentação e transtornos alimentares. 


148. AOCP - HUJB – UFCG – Psicólogo Hospitalar – 2017

| 85
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Na psicossomática, o termo que significa a “ausência de palavras para definir
emoções” é
(A) alexitimia. 

(B) disforia. 

(C) neurastenia. 

(D) dislalia. 

(E) parafrenia. 


149. AOCP - HUJB – UFCG – Psicólogo Hospitalar – 2017


Um paciente relata que, de repente, sentiu uma tremenda onda de medo por

38
nenhuma razão aparente. Seu coração estava batendo forte, o peito doía e foi

7:
:5
ficando mais difícil de respirar. Ele pensou que iria morrer. Com base no caso

06
apresentado, é correto afirmar que esses são sintomas de

2
02
(A) transtorno de estresse pós-traumático. 


/2
(B) síndrome do pânico. 


12
1/
(C) esquizofrenia. 


-2
(D) transtorno bipolar. 


om
(E) agorafobia. 


l.c
ai
gm
150. AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis/RJ – Psicólogo – 2015
s@

Considerando a diferença entre “normalidade” e patologia, assinale a


ta
an

alternativa correta.
fd
ia

(A) “Normalidade” é facilmente definida, e consiste em ser normal aquele que


al
at

apresenta comportamentos apresentados pela maioria das pessoas, em prejuízo


-n

àqueles que ficam na minoria.


0
-2

(B) Uma personalidade tida como “normal” pode, a qualquer momento, entrar em
33

patologia mental e, inversamente, há possibilidade de uma patologia mental retornar


.2
74

à “normalidade”.
.7
05

(C) É possível estabelecer, por meio de exames e métodos científicos, uma linha de
-0

demarcação entre o “normal” e o patológico.



s
ta

(D) Não é possível que pessoas “normais” apresentem qualquer comportamento


an

patológico.
D
s

(E) Uma patologia mental é sempre visível e facilmente perceptível.


ta
ei
Fr

151. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


ia
ál

Segundo o DSM-5, no Transtorno de Compulsão Alimentar, os episódios de


at
N

compulsão alimentar estão associados a três ou mais, entre alguns, aspectos. As


alternativas a seguir expressam esses aspectos associados, EXCETO
a) comer mais rapidamente do que o normal.
b) comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
c) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.
d) sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.
e) comer em lugares com várias pessoas presentes, devido a uma busca por
segurança.

152. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017

| 86
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
A respeito do Transtorno da Personalidade Antissocial, assinale a alternativa correta.
a) Para o diagnóstico, os sintomas transgressores devem ter se iniciado com 7 ou
menos anos de idade.
b) Esse transtorno não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos de idade, segundo o
DSM-5.
c) É um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
d) Se há crimes de repetição, o indivíduo deixa de ser diagnosticado com Transtorno
da Personalidade Antissocial e passa a ter o diagnóstico de Transtorno Criminoso
Recorrente.
e) Há a possibilidade de comorbidade entre Transtorno da Personalidade Antissocial

38
e Transtorno da Conduta, apenas em indivíduos com mais de 18 anos.

7:
:5
06
153. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017

2
02
No DSM-5, os Transtornos de Personalidade estão reunidos em três grupos, com

/2
bases em semelhanças descritivas. O Grupo C corresponde a quais transtornos?

12
1/
a) Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno da Personalidade Dependente

-2
e Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva.

om
b) Transtorno da Personalidade Paranoide, Transtorno da Personalidade Esquizoide

l.c
e Transtorno da Personalidade Esquizotípica.
ai
gm
c) Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Obsessivo-
s@

Compulsiva e Transtorno da Personalidade Esquizoide.


ta

d) Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Borderline,


an
fd

Transtorno da Personalidade Histriônica.


ia
al

e) Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno da Personalidade Paranoide


at
-n

e Transtorno da Personalidade Evitativa.


0
-2
33

154. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


.2

Sobre a Anorexia Nervosa, assinale a alternativa correta.


74
.7

a) Se uma pessoa preenche critérios para Transtorno Bipolar e Anorexia Nervosa,


05

somente o primeiro diagnóstico deve ser dado.


-0
s

b) Segundo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –


ta
an

5ª Edição – (DSM-5), o índice de massa corporal (IMC) de menos de 15 kg/m² configura


D

um quadro de Anorexia Nervosa com a especificação “grave”.


s
ta

c) Para o diagnóstico, o indivíduo deve ter menos de 18 anos de idade.


ei
Fr

d) Geralmente, esse transtorno se inicia antes da puberdade.


ia
ál

e) A taxa de suicídio é mais alta em pessoas com Anorexia Nervosa do tipo compulsão
at
N

alimentar-purgação do que naquelas com o tipo restritivo.

155. AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014


Sobre a Dependência Química e a atuação do psicólogo junto aos dependentes
químicos, assinale a alternativa correta.
(A) A Dependência Química não pode ser considerada doença, pois faz parte da
marginalidade.
(B) O objetivo maior do plano de tratamento é a melhora do funcionamento
psicossocial do paciente a partir da abstinência e reabilitação.

| 87
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
(C) Essencialmente, deve-se considerar que há apenas um modelo efetivo de
tratamento.
(D) Os medicamentos não são importantes e por isso podem ser suspensos.
(E) Apenas o psiquiatra e o psicólogo são capazes de avaliar a gravidade da
dependência.

156. AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014


Há muita discussão sobre o valor e limites do diagnóstico psiquiátrico: se por um
lado ele “rotula”, por outro é o norteador das práticas psiquiátricas. Contudo, sem
um diagnóstico psicopatológico aprofundado, não se pode nem compreender

38
adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de estratégia

7:
terapêutica mais adequada. Sobre o diagnóstico em Psicopatologia, assinale a

:5
06
alternativa correta.

2
02
(A) No diagnóstico em Psicopatologia, é possível distinguir três tipos de fenômenos em

/2
relação à possibilidade de classificação: 1) aspectos e fenômenos que encontramos

12
1/
em todos os seres humanos; 2) Aspectos e fenômenos que encontramos em algumas

-2
pessoas, não em todas; 3) Aspectos que encontramos em apenas um ser humano em

om
particular.

l.c
O diagnóstico psicopatológico só é útil para a classificação.
ai
(B) gm
(C) O diagnóstico psicopatológico dificulta a comunicação precisa entre profissionais e
s@

pesquisadores.
ta

Do ponto de vista clínico e específico da Psicopatologia, não há aspectos particulares


an

(D)
fd

a serem considerados.
ia
al

(E) Todo diagnóstico psicopatológico baseia-se fundamentalmente no perfil de sinais


at
-n

e sintomas apresentados pelo paciente na história da doença e no momento da


0

entrevista.
-2
33
.2

157. AOCP - EBSERH - HU-UFMS - Psicólogo Hospitalar - 2014


74
.7

São critérios que caracterizam a dependência, EXCETO


05

(A) tolerância (síndrome com sinais e sintomas típicos de cada substância, que são
-0
s

aliviados pelo consumo).


ta
an

(B) consumo por período de tempo mais prolongado e em quantidades maiores que
D

o planejado.
s
ta

(C) desejo persistente de uso e incapacidade para controlá-lo.


ei
Fr

(D) redução do círculo social em função do uso da substância.


ia
ál

(E) persistência do uso da substância, apesar de prejuízos clínicos.


at
N

158. AOCP - EBSERH - HUJM-UFMT - Psicólogo Hospitalar - 2014


A questão do uso de drogas e dependência química vem sendo muito discutida na
atualidade e o psicólogo é chamado para compor esses debates. Sobre a
Dependência Química e os fatores psíquicos envolvidos, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) Entre as condições apontadas para a remissão estável do consumo de drogas está
a adoção de comportamentos substitutos à adição.
(B) O ambiente social pouco influencia na recuperação, o que realmente importa é a
condição psíquica para enfrentar a dependência.

| 88
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Aula 02
(C) A alta autoestima é um fator que muito contribui para dar continuidade ao
processo de mudança após a abstinência.
(D) A dependência química causa mudanças acentuadas na interação do indivíduo
com seus pares, família e trabalho.
(E) O atendimento ao dependente químico envolve principalmente dois pontos
centrais: a desintoxicação e a manutenção.

159. AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


O “luto antecipatório” é um processo vivido principalmente em casos de pacientes
que ficam muito tempo hospitalizado e que já não respondem de forma satisfatória

38
ao tratamento. Sobre esse processo e as possibilidades de atuação do Psicólogo

7:
Hospitalar nessas situações, assinale a alternativa correta.

:5
06
(A) A tristeza antecipatória diminui à medida que a perda se torna eminente.

2
02
(B) Esse processo é vivido apenas pelos familiares do paciente hospitalizado.

/2
(C) Para identificar a existência do “luto antecipatório”, é importante conversar

12
1/
abertamente sobre a morte.

-2
(D) O “luto antecipatório” colabora de forma positiva para o ajustamento inicial após

om
a perda.

l.c
(E) A vivência do luto antecipadamente exime os familiares de sentir culpa quando o
ai
gm
paciente morre, pois há um preparo anterior.
s@
ta

160. AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


an
fd

A doença é um evento que se instala de forma central na vida das pessoas e a forma
ia
al

como ela é enfrentada influencia em seu tratamento, evolução e prognóstico. Assim,


at
-n

o psicólogo hospitalar busca identificar como o paciente enfrenta essa crise, sendo a
0

depressão uma das “posições” possíveis de enfrentamento. Sobre a depressão,


-2
33

assinale a alternativa correta.


.2

(A) O sujeito nessa posição não teme a morte e nem a vida, sendo um equívoco pensar
74
.7

que por essa indiferença não esteja sofrendo.


05

(B) Essa costuma ser uma fase de desespero.


-0
s

(C) Quando um paciente encontra-se deprimido, o melhor a fazer é encorajá-lo a olhar


ta
an

o lado positivo das coisas.


D

(D) A depressão sempre se mostra da mesma forma: um risco de suicídio para o


s
ta

paciente.
ei
Fr

(E) A tristeza é equivalente à depressão e ao seu primeiro sinal deve ser medicada.
ia
ál
at
N

161. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


Sobre a dependência química, a explicação para a tolerância cruzada está no fato de
que
(A) são drogas estimulantes.
(B) são drogas depressoras.
(C) são drogas metabolizadas ou degradadas pelas mesmas enzimas corporais.
(D) são drogas psicoativas.
(E) são drogas de substâncias não psicoativas.

162. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015

| 89
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Aula 02
As anfetaminas são substâncias químicas que causam dependência. Elas são
consideradas
(A) drogas depressoras que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia.
(B) drogas depressoras que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.
(C) drogas estimulantes que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.
(D) drogas alucinógenas que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.

38
(E) drogas estimulantes que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema

7:
paranoia.

:5
06
2
02
163. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015

/2
A síndrome que é aceita como padrão psicopatológico, cuja natureza está

12
1/
intimamente relacionada com a esquizofrenia infantil, sendo considerada uma

-2
manifestação precoce dessa síndrome, é

om
(A) o retardo infantil.

l.c
(B) o autismo.
ai
gm
(C) a síndrome do X frágil (X FRA).
s@

(D) a epilepsia.
ta

(E) o TDAH – síndrome do déficit de atenção e hiperatividade.


an
fd
ia
al

164. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


at
-n

Quando uma pessoa se automanipula, causando ferimentos na pele, costuma alegar


0

que já havia uma escoriação anterior e que ela ardia e coçava, esse tipo de
-2
33

comportamento/ relato pode ser um sinal, que requer uma investigação clínica, de
.2

(A) insônia.
74
.7

(B) anorexia.
05

(C) depressão endógena.


-0
s

(D) ansiedade.
ta
an

(E) aumento do apetite.


D
s
ta

165. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


ei
Fr

Tricotilomania (arrancar o próprio cabelo, a sobrancelha ou os cílios) é um forte


ia
ál

indício de doença
at
N

(A) obsessivo-compulsiva.
(B) histérica.
(C) fóbica.
(D) psicótica.
(E) depressiva.

166. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


As parestesias corporais, quando de origem não neurológica, acometem pacientes
(A) com neuropatia diabética periférica.
(B) com neuropatia por carência nutricional.

| 90
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Aula 02
(C) hipocondríacos e somatizadores.
(D) com neuropatia por álcool.
(E) com esclerose múltipla.

167. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


Existem doentes, ao invés de doença. Ao ampliar o enfoque da doença para além do
corpo real, orgânico, abre-se para o enfoque biopsicossocial e espiritual. Sendo
assim, os pacientes se excluem ou se incluem no contexto ora doença, ora doente. Os
doentes que se excluem dessa visão são os pacientes
(A) hipocondríacos.

38
(B) que não sabem lidar com a dor.

7:
(C) que têm maior tolerância à dor.

:5
06
(D) que se valem da sua doença para manipulações emocionais das pessoas que

2
02
o cercam.

/2
(E) que buscam algum tipo de retorno financeiro.

12
1/
-2
168. AOCP - EBSERH - HE-UFPEL - Psicólogo Hospitalar - 2015

om
Drogas Psicoativas atuam sobre o cérebro, modificando seu funcionamento e

l.c
alterando as sensações, o grau de consciência ou o estado emocional. É considerada
ai
gm
uma droga depressora do Sistema Nervoso Central
s@

(A) a cocaína.
ta

(B) o álcool.
an
fd

(C) a maconha.
ia
al

(D) o crack.
at
-n

(E) a nicotina.
0
-2
33

169. AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015


.2

No tocante à substância psicoativa, assinale a alternativa que apresenta uma


74
.7

definição INCORRETA.
05

(A) Intoxicação: síndrome reversível específica causada por substância psicoativa


-0
s

recentemente ingerida.
ta
an

(B) Tolerância: refere-se à diminuição do efeito de uma substância após repetidas


D

administrações
s
ta

(C) Dependência física: é um estado de adaptação do corpo manifestado por


ei
Fr

distúrbios físicos quando o uso da substância é interrompido.


ia
ál

(D) Síndrome de abstinência: desejo intenso de usar uma substância (craving).


at
N

(E) Dependência comportamental: constitui uma compulsão ao uso da


substância.

170. AOCP - EBSERH - HU-UFJF - Psicólogo Hospitalar - 2015


Frente à estafa que alguns profissionais da saúde desenvolvem estão os sintomas de
fadiga, depressão, exaustão mental e emocional. Podemos entender que se trata da
Síndrome
(A) de Tourette.
(B) de Capgras.
(C) de Cotard.

| 91
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Aula 02
(D) de Clerambault.
(E) de Burnout.

171. AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014


N. é uma mulher de 38 anos que chegou ao hospital desacordada e acompanhada pelo
marido. Ela faz tratamento psiquiátrico para depressão há 5 meses, desde que perdeu
o filho adolescente em um acidente de carro. Após uma briga com o marido, ela tomou
uma dose superelevada dos seus remédios psiquiátricos”. Considerando o caso,
assinale a alternativa INCORRETA sobre os procedimentos que o psicólogo pode
adotar em seu atendimento.

38
(A) Buscando compreender o paciente suicida, é importante obter dados da

7:
história do paciente através do marido.

:5
06
(B) É muito importante ficar atento a uma nova possibilidade de tentativa de suicídio

2
02
ainda no hospital.

/2
(C) Nesses casos, não é necessário acompanhamento psiquiátrico, pois ela já

12
1/
tomava remédio e mesmo assim tentou contra a própria vida.

-2
(D) Cabe ao psicólogo identificar as manifestações motivacionais da paciente para

om
usá-las como estímulo à vida.

l.c
O psicólogo poderá atuar frente às atitudes autodestrutivas indiretas, como a
ai
(E) gm
negligência no tratamento.
s@
ta

172. AOCP - EBSERH - HU-UFMS - Psicólogo Hospitalar - 2014


an
fd

São reações somáticas, observadas em crianças hospitalizadas sem suas mães:


ia
al

(A) angústia.
at
-n

(B) sensação de abandono.


0

(C) dermatoses.
-2
33

(D) inapetência.
.2

(E) tristeza.
74
.7

Gabarito: C
05
-0
s

173. AOCP - EBSERH - HU-UFMS - Psicólogo Hospitalar - 2014


ta
an

São razões dos pais para a não visitação dos pacientes crianças internados, EXCETO
D

(A) residência longe do hospital.


s
ta

(B) ansiedade e culpa em relação à doença.


ei
Fr

(C) incapacidade ou dificuldade para suportar o sofrimento da criança.


ia
ál

(D) negação da doença.


at
N

(E) vínculos afetivos estáveis.

174. AOCP - EBSERH - HULW-UFPB - Psicólogo Hospitalar - 2014


São considerados fatores de riscos para o desenvolvimento de transtornos mentais,
EXCETO
(A) níveis de atenção deficitários.
(B) negligência ou abuso infantil.
(C) imaturidade emocional e descontrole.
(D) inabilidade social.
(E) comportamento pró-social.

| 92
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Aula 02

175. AOCP - EBSERH - HULW-UFPB - Psicólogo Hospitalar - 2014


Assinale a alternativa que corresponda aos fatores de proteção de transtornos
mentais.
(A) Resultados acadêmicos pobres e desmoralização escolar.
(B) Autonomia.
(C) Insônia crônica.
(D) Comunicação deficitária.
(E) Doença mental dos pais.

38
176. AOCP - EBSERH - HU-UFJF - Psicólogo Hospitalar - 2015

7:
Relato Clínico: Um cirurgião plástico do hospital solicitou ao psicólogo que faça uma

:5
06
apreciação clínica documentada de maior abrangência possível sobre uma paciente.

2
02
Relata que essa paciente já fez algumas cirurgias de pequeno porte. Na última

/2
consulta no hospital, a paciente manifestou um sofrimento psíquico intenso, com

12
1/
uma marca no corpo. Diz a paciente que tal marca lhe impede de viver bem, causando

-2
prejuízos para sua vida social e ocupacional. O cirurgião relata que a paciente traz

om
marcas reais e outras que ele acredita não se justi carem intervenção. São, porém,

l.c
percebidas por ela de modo diferente. Tais percepções são provocadas por uma
ai
gm
insatisfação corporal intensa. O médico acrescenta, ao seu relato, que ela apresenta
s@

um corpo com tatuagens e outros sinais. Sua insatisfação com seu corpo é constante
ta

e em diversas partes. Agora ela incomodou-se com locais no corpo onde não há
an
fd

relevância para intervenção. A paciente acredita que os olhares nos ambientes em


ia
al

que frequenta são dirigidos para essa marca, motivo que a faz solicitar ao médico
at
-n

agendamento de nova intervenção.


0

O psicólogo insere também no seu documento a classificação de sua hipótese


-2
33

diagnóstica para apresentar ao médico. Esse profissional utiliza da Classificação


.2

Internacional de Doenças (CID–10) para indicar as possibilidades do transtorno


74
.7

mental e comportamental descrito. De acordo com o relato clínico, a situação


05

enquadra-se no código
-0
s

(A) F. 43 – Reação ao estresse grave e transtorno adaptativo.


ta
an

(B) F. 40 – Transtorno fóbico ansioso.


D

(C) F.44 – Transtorno dissociativo.


s
ta

(D) F.45.2 – Transtorno hipocondríaco / dismorfofobia.


ei
Fr

(E) F. 41– Outros Transtornos ansiosos.


ia
ál
at
N

Questões Comentadas e Gabaritadas


1. CESPE - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2018
Com relação à dependência química e à sua prevenção, bem como ao seu tratamento,
julgue o item que se segue.
A síndrome de abstinência de álcool é caracterizada por sintomas físicos decorrentes
da interrupção do uso dessa substância.

| 93
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Aula 02
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Pessoal, sobre a Síndrome é importante primeiro entender e depois
interpretar a questão. Ela está incompleta? Está! Temos sintomas físicos e
psicológicos decorrentes do uso dessa substância. Estar incompleto inviabiliza a
questão? A banco considerou que não. Infelizmente.
Tudo bem, a base é 100% biológica, mas os sintomas são a consequência
dessa base. Ô CESPE, “seje menas”.
Sobre o assunto:
Pessoas que bebem de forma excessiva, quando diminuem o consumo ou se

38
abstêm completamente, podem apresentar um conjunto de sintomas e sinais,

7:
denominados Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA). Alguns sintomas, como

:5
06
tremores, são típicos da SAA. Entretanto, muitos outros sintomas e sinais físicos e

2
02
psicológicos considerados como parte da SAA são insidiosos, pouco específicos, o que

/2
torna o seu reconhecimento e a sua avaliação processos complexos, muito mais do

12
1/
que possa ser pensado num primeiro momento.

-2
Uma série de fatores influenciam o aparecimento e a evolução dessa síndrome,

om
entre eles: a vulnerabilidade genética, o gênero, o padrão de consumo de álcool, as

l.c
ai
características individuais biológicas e psicológicas e os fatores socioculturais. Os
gm
sintomas e sinais variam também quanto à intensidade e à gravidade, podendo
s@

aparecer após uma redução parcial ou total da dose usualmente utilizada, voluntária
ta
an

ou não, como, por exemplo, em indivíduos que são hospitalizados para tratamento
fd

clínico ou cirúrgico. Os sinais e sintomas mais comuns da SAA são: agitação,


ia
al

ansiedade, alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos,


at
-n

taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Ocorrem complicações como:


0

alucinações, o Delirium Tremens (DT) e convulsões.


-2
33

Este consenso visa orientar o profissional de saúde na avaliação, diagnóstico e


.2
74

tratamento da SAA e também das complicações clínicas e psiquiátricas associadas. O


.7

manejo da SAA é o primeiro passo no tratamento da dependência do álcool e


05
-0

representa um momento privilegiado para motivar o paciente a permanecer em


s

seguimento.
ta
an

Fonte: LARANJEIRA, Ronaldo et al . Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do


D

Álcool (SAA) e o seu tratamento. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22, n. 2, p. 62-
s
ta
ei

71, June 2000 . Available from


Fr

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
ia
ál

44462000000200006&lng=en&nrm=iso>. access
at
N

on 09 Aug. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462000000200006.

2. CESPE – PC-MA - Perito Criminal - 2018


Texto 5A5AAA
Marlene tem cinquenta e cinco anos de idade e diagnóstico de depressão,
dado quando ela tinha quinze anos de idade. Ela faz acompanhamento psicológico
com frequência semanal há dois anos. Mesmo em uso de medicação prescrita pelo
psiquiatra responsável pelo caso, ela tentou suicídio há trinta dias, por ingestão de
medicamentos. Após vinte dias de internação, ela foi encaminhada a uma clínica de

| 94
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Aula 02
saúde mental. Como plano terapêutico, a equipe dessa clínica propôs a Marlene
psicoterapia individual, acompanhamento psiquiátrico, terapia familiar, oficinas de
arte e de culinária e aulas de ioga.
A respeito de Marlene, o pai dela afirmou o seguinte para a equipe clínica: “Ela
sempre foi minha filha problemática. Nunca se deu bem na escola. Já tentou se matar
inúmeras vezes. Desde jovem, era difícil. Chorava sempre e sem nenhum motivo
aparente. Houve uma época em que ela se cortava. Não tinha amigos nem animação
para nada. Nunca foi de sair. Sempre ficou no seu quarto com suas coisas. Acho
mesmo é que Marlene nunca quis viver. Já nasceu deprimida. Era um bebê triste. A
mãe dela sempre teve depressão. Nunca conseguiu cuidar das nossas filhas. Sempre

38
ficou tudo por minha conta.”.

7:
Considerando o caso clínico hipotético apresentado no texto 5A5AAA, o

:5
06
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Classificação

2
02
Internacional das Doenças (CID-10) e as abordagens psicológicas, assinale a opção

/2
correta. A Segundo as contribuições lacanianas, Marlene apresenta uma estrutura

12
1/
psicótica devido ao comportamento de cutting, iniciado na adolescência.

-2
a) Com base na teoria freudiana, o diagnóstico de depressão de Marlene consiste em

om
um fechamento necessário do ego para evitar a desintegração psíquica.

l.c
b) Haja vista a evolução clínica descrita, Marlene atende a critérios para quadro de
ai
gm
transtorno somático.
s@

c) No caso de Marlene, a tentativa de suicídio por si só não serve como critério


ta

diagnóstico de depressão.
an
fd

d) De acordo com a abordagem psicológica de Donald Winnicott, a capacidade de


ia
al

deprimir-se apresentada por Marlene se refere à perda do objeto.


at
-n

Gabarito: D
0

Comentários: A depressão para Freud não é uma forma de preservação do ego. Sim,
-2
33

a tentativa de suicídio serve como base (apesar de não ser o critério único) para o
.2

diagnóstico de depressão. Não há conteúdo suficiente para falarmos em transtorno


74
.7

somático.
05
-0
s

3. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


ta
an

Ana, cinquenta e sete anos da idade, procurou atendimento psicológico. De


D

acordo com Ana, seu marido falecera havia três meses em decorrência de um câncer
s
ta

que tinha sido descoberto havia quatro meses. Durante o atendimento, Ana fez o
ei
Fr

seguinte relato.
ia
ál

“Gustavo era tudo para nós. Chegou ao hospital para fazer um exame e não
at
N

saiu mais. Ninguém do hospital nos deu apoio ou mesmo foi claro quanto à gravidade
da sua doença. Foi tudo muito rápido. Não consegui processar ainda essa perda na
minha vida. Não tenho vontade de sair da cama para nada. Passo o dia sem me
alimentar ou mesmo beber água. Faço o que é necessário com muita dificuldade.
Choro sem parar o dia inteiro. Meus dois filhos estão péssimos. José, de vinte e cinco
anos de idade, além de ficar dando esmola para todo morador de rua ou vigia de carro
que vê, passou a ir à igreja todos os dias, de manhã e à noite. Meu filho só pensa em
trabalhar e rezar. Já a minha filha Antônia, de dezoito anos de idade, parou de estudar
e não finalizou a autoescola. Ela passa o dia inteiro deitada, envolvida com jogos
eletrônicos e redes sociais. Desde que o pai faleceu, ela engordou 8 kg.”

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Aula 02
Com base no Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais
(DSM-V) e na classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o item a seguir,
a respeito do caso clínico.
A preservação da interação e a manutenção dos vínculos sociais, mesmo que
seja por meio das redes sociais, indicam que Antônia apresenta uma maneira
particular e eficiente de lidar com a morte do pai.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado
Comentários: Eficiente? De onde? “Já a minha filha Antônia, de dezoito anos de idade,
parou de estudar e não finalizou a autoescola. Ela passa o dia inteiro deitada, envolvida

38
com jogos eletrônicos e redes sociais. Desde que o pai faleceu, ela engordou 8 kg.”

7:
:5
06
4. Nesse caso, o processo de adoecimento de Gustavo ultrapassou o âmbito

2
02
individual e envolveu toda a sua família.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
1/
Gabarito: Certo

-2
Comentários: Sim, ele só pensa em trabalhar e rezar.

om
l.c
5. Ana apresenta sintomas característicos de um episódio depressivo maior.
ai
gm
( ) Certo ( ) Errado
s@

Gabarito: Errado
ta

Comentários: Passou de 2 semanas, se ligue ai. =]


an
fd
ia
al

6. Retardo psicomotor acentuado, prejuízo funcional prolongado, pensamentos


at
-n

sobre morte e(ou) experiências alucinatórias são sintomas que se manifestam


0

em casos clínicos como o de Ana.


-2
33

( ) Certo ( ) Errado
.2

Gabarito: Errado
74
.7

Comentários: Primeiro que não sabemos o que ela tem, segundo que juntar retardo
05

psicomotor acentuado com experiências alucinatórias é algo bem complicado.


-0
s
ta
an

7. A descrição do comportamento de José é suficiente para supor que ele


D

apresenta um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo desencadeado


s
ta

pela perda do pai.


ei
Fr

( ) Certo ( ) Errado
ia
ál

Gabarito: Errado
at
N

Comentários: Nada é suficiente para a banca CESPE.

8. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital pela mãe,
que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar banho e sair
de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer porque eles
deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles querem se livrar de
mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã tenho uma reunião
para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da minha mãe”. Após as
observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano sempre foi um filho

| 96
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Aula 02
tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a primeira vez que fica
esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza substâncias ilícitas,
medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de condição médica geral.
A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de
Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um psiquiatra
e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar
acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.
Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.

38
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e estatístico

7:
dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das doenças (CID-

:5
06
10), julgue o próximo item.

2
02
Juliano apresenta delírios, alucinações e discurso desorganizado, condições

/2
suficientes para estabelecer o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.

12
1/
( ) Certo ( ) Errado

-2
Gabarito: Errado

om
Comentários: Essas características não são suficientes para o diagnóstico do

l.c
transtorno esquizofreniforme. Precisamos ainda dos critérios B, C e D presentes:
ai
gm
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma quantidade
s@

significativa de tempo durante um período de um mês (ou menos, se tratados


ta

com sucesso). Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3):
an
fd

1. Delírios.
ia
al

2. Alucinações.
at
-n

3. Discurso desorganizado (p. ex., descarrilamento ou incoerência


0

freqüentes).
-2
33

4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.


.2

5. Sintomas negativos (i.e., expressão emocional diminuída ou avolia).


74
.7

B. Um episódio do transtorno que dura pelo menos um mês, mas menos do


05

que seis meses. Quando deve ser feito um diagnóstico sem aguardar a
-0
s

recuperação, ele deve ser qualificado como “provisório”.


ta
an

C. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno bipolar


D

com características psicóticas foram descartados porque 1) nenhum episódio


s
ta

depressivo maior ou maníaco ocorreu concomitantemente com os sintomas da


ei
Fr

fase ativa ou 2) se os episódios de humor ocorreram durante os sintomas da fase


ia
ál

ativa, estiveram presentes pela menor parte da duração total dos períodos ativo
at
N

e residual da doença.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância
(p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.

9. É correto afirmar que, para fins diagnósticos, foi essencial considerar a


duração do episódio da perturbação na avaliação psicológica e psiquiátrica
inicial.
( ) Certo ( )Errado
Gabarito: Certo
Comentários: Sim, o prazo ajudou a determinar o diagnóstico. Estamos diante de um

| 97
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Aula 02
quadro psicótico breve!

10. O comportamento psicomotor anormal e os sintomas negativos são sintomas


primários da psicose.
( ) Certo ( )Errado
Gabarito: Certo
Comentários: Não confunda sintomas negativos e positivos com os sintomas
primários da psicose.
Lá no Transtorno Psicótico Breve, do DSM-V, temos o seguinte: a gravidade é
classificada por uma avaliação quantitativa dos sintomas primários da psicose, que

38
inclui delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento psicomotor

7:
anormal e sintomas negativos.

:5
06
2
02
11. A gravidade do quadro de Juliano deve ser determinada por meio de uma

/2
avaliação qualitativa dos sintomas positivos apresentados.

12
1/
( ) Certo ( )Errado

-2
Gabarito: Errado

om
Comentários: Conforme explicação da assertiva anterior, sintomas PRIMÁRIOS!

l.c
ai
gm
12. Diante da resposta de Juliano às intervenções clínicas, pode-se afirmar que o
s@

paciente apresenta um quadro psicótico breve.


ta

( ) Certo ( )Errado
an
fd

Gabarito: Certo
ia
al

Comentários: Sim, é o quadro psicótico breve.


at
-n
0

13. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


-2
33

Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-V)


.2

e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.


74
.7

Delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizados são


05

sintomas característicos do transtorno de personalidade histriônico.


-0
s

( ) Certo ( )Errado
ta
an

Gabarito: Errado
D

Comentários: A base descrita é da esquizofrenia.


s
ta
ei
Fr

14. CESPE - Res Mul – HUB - Psicologia - 2018


ia
ál

Juliano, de trinta anos de idade, analista de sistemas, foi levado ao hospital


at
N

pela mãe, que relatou que, havia dois dias, o filho tinha deixado de comer, tomar
banho e sair de casa. No atendimento, Juliano fez o seguinte relato: “Parei de comer
porque eles deram um jeito de colocar veneno de rato na minha comida. Eles querem
se livrar de mim porque tenho acesso a informações confidenciais. Amanhã tenho
uma reunião para resolver esse impasse. Teremos festa: é aniversário da minha mãe”.
Após as observações do filho, a mãe fez o seguinte relato: “Juliano sempre foi um filho
tranquilo e trabalhador. Nunca me deu trabalho nenhum. É a primeira vez que fica
esquisito”. Ainda de acordo com a mãe, Juliano não utiliza substâncias ilícitas,
medicamento contínuo nem apresenta qualquer tipo de condição médica geral.
A partir da avaliação inicial, os profissionais envolvidos no atendimento de

| 98
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Juliano optaram por iniciar intervenção medicamentosa prescrita por um psiquiatra
e encaminhar Juliano para internação, a fim de conter o quadro e realizar
acompanhamento psicológico individual. A família também recebeu orientações.
Após cinco dias de tratamento, Juliano recebeu alta porque apresentou melhora do
quadro e remissão dos sintomas. O paciente recebeu indicação para realizar
acompanhamento psiquiátrico e psicológico externo.
Considerando o caso clínico precedente, o Manual diagnóstico e estatístico
dos transtornos mentais (DSM-V) e a classificação internacional das doenças (CID-
10), julgue o próximo item.
Juliano apresenta afeto inadequado e anosognosia.

38
( ) Certo ( ) Errado

7:
Gabarito: Errado

:5
06
Comentários: Anosognosia é quando o sujeito não tem ciência da própria doença.

2
02
/2
15. As distorções cognitivas e perceptivas e a excentricidade do comportamento

12
1/
de Juliano caracterizam o transtorno de personalidade esquizotípica.

-2
( ) Certo ( ) Errado

om
Gabarito: Errado

l.c
Comentários: Não há relação alguma dos sintomas com o transtorno de
ai
gm
personalidade esquizotípica.
s@
ta

16. CESPE - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Apoio Especializado/Medicina


an
fd

Psiquiatria/2017
ia
al

Julgue os itens a seguir, com relação à classificação diagnóstica do DSM-5 para o


at
-n

transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.


0

I O número de sintomas presentes e necessários para o diagnóstico em adultos é


-2
33

menor do que para o diagnóstico em crianças.


.2

II A idade do critério de início de sintomas é antes de doze anos de idade.


74
.7

III É necessário o preenchimento concomitante de sintomas dos domínios de


05

desatenção e de hiperatividade para o diagnóstico.


-0
s

Assinale a opção correta.


ta
an

a) Está certo apenas o item I.


D

b) Está certo apenas o item III.


s
ta

c) Estão certos apenas os itens I e II.


ei
Fr

d) Todos os itens estão certos.


ia
ál

Gabarito: C
at
N

Comentários: O sujeito não precisa preencher os sintomas das duas escalas. Pode ter
prevalência de uma delas apenas.

17. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-V)
e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.
Presença ou não de estressor evidente e catatonia são especificadores necessários
para o diagnóstico de transtorno esquizofreniforme.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: Errado

| 99
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Comentários: Os critérios são gravidade, presença de catatonia e características de
bom prognóstico. O “estressor evidente” não é um especificador.

18. CESPE - Res Mul – HUB – Psicologia – 2018


Considerando o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM-V)
e a classificação internacional das doenças (CID-10), julgue o próximo item.
A especificação da gravidade atual se faz necessária para fins diagnósticos da
esquizofrenia, sendo um dos itens diagnósticos a persistência dos sinais contínuos de
sintomas positivos por um período superior a oito meses.
( ) Certo ( ) Errado

38
Gabarito: Errado

7:
Comentários: Segundo o próprio DSM-V, o diagnóstico de esquizofrenia pode ser

:5
06
feito sem a utilização desse especificador de gravidade.

2
02
/2
19. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014

12
1/
A relação de dependência da paciente com outras pessoas ocorreu primeiramente

-2
em relação à mãe, tendo-se estendido, posteriormente, para suas relações de amizade.

om
Isso se deu, de acordo com as contribuições da abordagem comportamental, por um

l.c
processo de generalização.
ai
gm
Gabarito: C
s@

Comentários: É possível deduzir isso do caso apresentado.


ta
an
fd

20. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


ia
al

A vulnerabilidade e o desamparo vivenciados pela paciente podem ser reforçados


at
-n

por pensamentos automáticos associados a autodeclarações negativas, de acordo


0

com teorias da psicologia cognitiva.


-2
33

Gabarito: C
.2

Comentários: TCC pura! A crença central pode ser reforçada pelos PANs
74
.7

(pensamentos automáticos negativos). Assertiva correta!


05
-0
s

21. CESPE - CNJ -2013


ta
an

Denomina-se ilusão a alteração da função de fixação da memória aliada à


D

incapacidade de reconhecer como falsas as produções fantasiosas.


s
ta

( ) Certo ( ) Errado
ei
Fr

Gabarito: E
ia
ál

Comentários: Vejamos o que Dalgalarrondo fala:


at
N

Ilusão
Para Dalgalarrondo, página 123, ilusão é a percepção deformada,
alterada de um objeto real e presente. Na ilusão há sempre um objeto
real, gerador de processo de sensopercepção, mas tal percepção é
deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos.
Alucinação
Para Dalgalarrondo, página 124, define-se alucinação como a
percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo
sensorial respectivo.
Capacidade de fixar:

| 100
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Problema que associado a amnésia: denomina-se amnésia, de forma
genérica, a perda de memória, seja a da capacidade de fixar ou a da
capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnemônicos
(página 146).
Alterações qualitativas da memória (paramnésias)
Ilusões mnemônicas: neste caso, há um acréscimo de elementos falsos
a um núcleo verdadeiro de memória. (página 147)
Alucinações mnemônicas: são as verdadeiras criações imaginativas
com a aparência de lembranças ou reminiscências que não
correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança

38
verdadeira. (página 148)

7:
:5
06
22. CESPE - DEPEN – 2013

2
02
Tom, com vinte e três anos de idade, foi diagnosticado, desde os dezenove

/2
anos de idade, com esquizofrenia. Ele faz uso de medicação controlada e é

12
1/
acompanhado regularmente por psiquiatra.

-2
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, relativos a

om
técnicas, intervenções e abordagens clínicas e a elaboração de documentos.

l.c
De acordo com a escola das relações objetais, a esquizofrenia de Tom estaria
ai
gm
relacionada a certa dificuldade do sujeito em se separar da figura materna, mantendo
s@

com esta uma relação unívoca, que impede o paciente de desenvolver um ego distinto
ta

e saudável.
an
fd

( ) Certo ( ) Errado
ia
al

Gabarito: C
at
-n

Comentários: Correto. Para a teoria de Klein, não houve a cisão do objeto, assim, Tom
0

indiferencia o ambiente interno do externo. Essa dificuldade ocorre na posição


-2
33

esquizo-paranóide.
.2
74
.7

23. CESPE - DEPEN – 2013


05

A abordagem cognitiva entende a esquizofrenia como uma reação do


-0
s

indivíduo ao mundo. Dessa forma, o psicólogo fundamentado nessa abordagem


ta
an

tentaria entender a vivência de Tom no momento particular de sua vida.


D

( ) Certo ( ) Errado
s
ta

Gabarito: E
ei
Fr

Comentários: Absurdo. Não é uma reação do indivíduo ao mundo, mas uma condição
ia
ál

neurológica. Entender as vivencias significaria ser levado pelos delírios e alucinações


at
N

do paciente, coisa inconcebível pela abordagem cognitivista.

24. CESPE - DEPEN – 2013


De acordo com a abordagem humanista, as demandas externas consistiriam
em ameaças para Tom, fazendo-o restringir a sua interação social como um meio de
proteger a integridade do self. Essas ameaças produziriam um nível elevado de
angústia e perda da autoconsciência, ocasionando o desenvolvimento do transtorno
apresentado por Tom.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C

| 101
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Comentários: Assertiva perfeita. Eis um excelente trecho de texto que explica essa
visão:
5.4. Psicoterapia existencial de Ronald Laing
Influenciado pelo pensamento filosófico de Kirkegaard, Nietzsche,
Heidegger, Jaspers, Husserl e Sartre, bem como pela psicanálise e pelo marxismo,
pela psiquiatria interpessoal de Harry Stack Sullivan e estudos da comunicação de
Gregory Bateson e da escola de Palo Alto (Califórnia), Ronald Laing (1927-1989)
centrou a sua investigação na psicopatologia, em particular na esquizofrenia,
procurando o seu significado. Destacou essencialmente a importância da
insegurança ontológica e do contexto social da perturbação mental.

38
Introduziu o conceito de insegurança ontológica para designar o sentimento

7:
fundamental dos indivíduos com patologia esquizofrénica caracterizado por uma

:5
06
diminuição do sentimento de identidade e de realidade acompanhada pelo medo

2
02
da aniquilação. Este, poderia incluir três medos específicos: o medo do

/2
engolfamento ou de que a sua autonomia seja submetida a outros; o medo da

12
1/
implosão ou de ser esmagado pelo mundo externo e o medo da petrificação ou de

-2
se tornar num objecto inanimado.

om
A insegurança ontológica poderia conduzir à esquizofrenia na medida em

l.c
que o indivíduo tentaria proteger-se dividindo o self em dois: retiraria a sua
ai
gm
verdadeiro self do seu corpo e permaneceria retirado num local privado da mente
s@

(o delírio) no qual tem esperança de estar defendido contra a aniquilação. Desta


ta

forma, tornar-se-ia cada vez menos capaz de experimentar relações reais com os
an
fd

outros. Refugiando-se no delírio procuraria ainda recuperar a segurança


ia
al

ontológica.
at
-n

A perturbação esquizofrénica não poderia ser compreendida apenas em


0

termos de disfuncionamentos intra-psíquicos, mas sim como uma estratégia que o


-2
33

indivíduo desenvolveria para sobreviver a determinadas situações do contexto


.2

social. Em particular, enfatizou a importância das fantasias familiares que podem


74
.7

invalidar os sentimentos e as percepções do indivíduo, bem como da comunicação


05

em duplo vínculo (double bind) no contexto família, podendo conduzir ao que


-0
s

denominou por posição insustentável em relação à qual a única saída poderia ser a
ta
an

psicose, uma espécie de tentativa de se manter saudável num mundo doente:


D

fechando aos canais de comunicação (retirada autista), escolhendo escolhendo ao


s
ta

acaso (desorganização hebefrénica) ou construindo novos significados (delírio


ei
Fr

paranóide).
ia
ál

Do ponto de vista da intervenção, a proposta terapêutica de Laing baseia-se


at
N

na escuta que permite ao cliente articular e relacionar as suas experiências, mas de


forma não invasiva nem intrusiva para facilitar a sua auto-recuperação e
reintegração. No seu conjunto preconizou um encontro autêntico (sem máscaras)
e designou esse percurso por metanóia.
A finalidade seria a de restabelecer a capacidade do cliente se relacionar
com os outros e com a possibilidade de se encontrar com as suas necessidades
existenciais: amor, segurança ontológica, liberdade, auto-descoberta, afirmação
pelos outros e capacidade de relacionamento.
Fonte: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf

| 102
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

25. CESPE - DEPEN – 2013


Se for solicitado ao psicólogo um informe psicológico relativo ao caso de Tom, o
psicólogo deveria ressaltar os aspectos e as informações médicas, a fim de que o
documento apresentasse um parecer técnico-científico atualizado.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Assertiva salada de frutas. Informe psicológico é todo e qualquer
documento psicológico. Só sabemos qual é o documento apropriado (atestado,
parecer, relatório/laudo ou declaração), de acordo com a demanda solicitada e o

38
objetivo definido. A assertiva não permite identificar tais atributos.

7:
:5
06
26. CESPE - DEPEN – 2013

2
02
O psicólogo que fundamenta suas ações na abordagem psicodinâmica

/2
entende o caso clínico de Tom como uma forma grave de transtorno, na qual podem

12
1/
estar presentes alterações no campo da percepção, pensamento, linguagem e

-2
emoções. Desse modo, há uma relação entre essa distorção grave do funcionamento

om
psíquico e uma função egoica comprometida, o que resulta na perda da realidade.

l.c
( ) Certo ( ) Errado
ai
gm
Gabarito: C
s@

Comentários: Correto. Para a psicanálise tradicional, não houve a cisão do ego em


ta

relação ao ambiente externo.


an
fd
ia
al

27. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


at
-n

Texto 9A2AAA
0

Ana, solteira, trinta e quatro anos de idade, é funcionária pública ocupante de


-2
33

cargo de nível superior e trabalha com quatro colegas em um mesmo setor. Os quatro
.2

colegas e familiares notaram mudanças no comportamento de Ana ao longo do


74
.7

último mês. Ela passou a conversar muito, rápido e em voz alta, tanto com eles quanto
05

ao telefone, atrapalhando as atividades. O chefe notou que o trabalho dela perdeu


-0
s

qualidade, sendo concluído rapidamente, mas com muitos erros típicos de distração.
ta
an

Apesar disso, ela tinha muita facilidade para realizar as tarefas, que, muitas vezes,
D

estavam muito aquém de sua capacidade.


s
ta

O gerente de uma loja onde Ana costumava comprar itens de vestuário ligou para ela
ei
Fr

pedindo que providenciasse cobertura para um cheque devolvido pelo banco,


ia
ál

referente a grande volume de compras realizadas na semana anterior. Como não


at
N

tinha dinheiro, Ana fez um empréstimo, pagou pelas compras feitas e comprou alguns
outros itens com o restante do dinheiro. A família notou que Ana parecia muito
disposta, vaidosa e que tinha passado a usar maquiagem mais forte que a habitual.
Ela começou a fazer atividade física no período noturno e, quando chegava em casa,
se envolvia em várias atividades, de modo que dormia no máximo três horas por
noite.
Mais recentemente, Ana passou três noites fora de casa em encontros sexuais
com rapazes diferentes e recém-conhecidos. Ao retornar para casa, Ana sofreu um
acidente de carro por dirigir em alta velocidade. Conforme a família, esses
comportamentos não eram típicos de Ana ao longo dos anos.

| 103
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Os comportamentos de Ana, apresentados no caso clínico 9A2AAA, atendem
aos critérios diagnósticos para
A transtorno psicótico breve.

B transtorno de ansiedade generalizada.
C transtorno de personalidade borderline.
D transtorno de personalidade histriônica.
E transtorno de humor bipolar.
Gabarito: E
Comentários: Por todas as características apresentadas, temos o transtorno de
humor bipolar. Uma aula de psicopatologia nessa linda questão.

38
7:
28. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

:5
06
Considerando o caso clínico 9A2AAA, assinale a opção que descreve a evolução típica

2
02
da condição clínica de Ana.

/2
A O prognóstico é de recidiva frequente e aumento na gravidade dos sintomas.

12
1/
B As condições socioambientais desfavoráveis é que irão determinar a possível

-2
recidiva dos sintomas.

om
C Sendo adequado o tratamento, os sintomas desaparecem e não há recidiva.

l.c
D A recidiva dos sintomas pode ocorrer após o uso de drogas prescritas, drogas
ai
gm
psicoativas ilícitas ou álcool.
s@

E A recidiva dos sintomas depende da comorbidade com outro transtorno mental.


ta
an

Gabarito: D
fd

Comentários: O transtorno de humor bipolar pode ser “reativado” com o uso de


ia
al

drogas.
at
-n
0

29. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


-2
33

Durante a adolescência, João começou a apresentar alguns comportamentos


.2
74

diferentes dos da maioria das pessoas. Isso, de alguma forma, lhe trouxe problemas,
.7

dificuldades e sofrimentos. Ao iniciar o processo terapêutico, foi diagnosticado que


05
-0

ele tinha transtorno de personalidade evitativa.


s

Considerando esse diagnóstico, assinale a opção que descreve as principais


ta
an

características de personalidade de João.


D

A percepção de si mesmo como inadequado, inibição social e forte preocupação


s
ta

quanto à possibilidade de ser mal avaliado ou rejeitado pelas pessoas 



ei
Fr

B provocação intencional de lesões no corpo ou falsificação de sinais que simulem


ia
ál

doenças, sem que haja qualquer ganho aparente como consequência 



at
N

C preferência por atividades solitárias, desinteresse por relações pessoais íntimas,


pouco ou nenhum interesse em relações sexuais e aparente indiferença a elogios e
críticas 

D sentimento de vazio, esforços claros para evitar o abandono imaginário ou real,
ameaças recorrentes de suicídio e episódios de irritabilidade e de ansiedade E forte
desconfiança, crença de que as pessoas podem estar mal intencionadas com ele na
vida social ou afetiva, percepção de intenção ameaçadora onde não há 

Gabarito: A
Comentários: No transtorno evitativo, diferente do esquizóide, há o sofrimento por
conta da sensação de inadequação social.

| 104
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

30. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Sabendo que o transtorno do pânico inclui respostas fisiológicas, comportamentais e
cognitivas que podem limitar a qualidade de vida da pessoa, assinale a opção que
apresenta corretamente técnicas ou procedimentos geralmente utilizados para o
tratamento cognitivo-comportamental dessa doença.
A treino na prática de ignorar lembranças de ataques de pânico para evitar estresse
decorrente de episódios passados 

B treino na interrupção da visualização por imagens ao surgir indícios de ansiedade
C treino em relaxamento muscular e exposição ao vivo a eventos ansiogênicos 


38
D treino em observação do aumento de batimento cardíaco e saída da situação

7:
desencadeadora 


:5
06
E treino em respiração diafragmática e evitação de lugares fechados 


2
02
Gabarito: C

/2
Comentários: A TCC manda muito bem ao lidar com o transtorno do pânico através

12
1/
de relaxamento muscular e dessensibilização sistemática.

-2
om
31. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

l.c
ai
O transtorno do estresse pós-traumático é uma condição que surge após a exposição
gm
a eventos traumáticos, ameaçadores, e implica importantes consequências para a
s@

pessoa afetada. Assinale a opção correta a respeito dos sintomas e das condições
ta
an

típicos desse transtorno.


fd

A O evento traumático é definido por ameaça à vida da própria pessoa ou por


ia
al

violência sexual contra ela. 



at
-n

B O evento traumático deve ocorrer a partir do final da adolescência ou início da


0
-2

idade adulta. 

33

C O esquecimento de detalhes relevantes do evento traumático pode acontecer,


.2
74

enquanto a lembrança de outros detalhes ocorre de modo intrusivo. 



.7

D A pessoa apresenta respostas excessivas de alegria e satisfação frente a situações


05
-0

simples, geralmente consideradas neutras ou pouco relevantes. 



s

E A pessoa apresenta desrealização, sobressaltos, insistência em falar sobre o local


ta
an

do evento estressor e em visitá-lo. 



D
s

Gabarito: C
ta
ei

Comentários: O TEPT pode ter dissociações mnemônicas.


Fr
ia
ál

32. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


at
N

Paula, uma jovem de vinte e cinco anos de idade demonstrava satisfação com seu
trabalho, gostava dos colegas e descrevia o ambiente como acolhedor e as atividades
que realizava como gratificantes. Foi então designada para realizar atividades de um
ou dois dias em outros estados. As viagens eram aéreas e não havia tempo para
transporte terrestre. Paula manteve essas viagens por seis meses, mas sentia muito
medo de que o avião caísse, situação que piorava nos momentos em que havia
turbulências. Durante os voos, não conseguia comer, transpirava muito e respirava
com dificuldade. Após algumas viagens apresentou desinteresse pelo trabalho,
chorava facilmente, mostrava irritação, referia angústia, tristeza e passou a dormir
muito mais que o habitual.

| 105
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Considerando o relato hipotético apresentado, assinale a opção que apresenta a
caracterização da condição de Paula.
A respostas de agorafobia 

B fobia de avião, seguida de depressão provavelmente associada 
à fobia 

C transtorno do pânico e depressão, provavelmente associada às 
características do
trabalho 

D transtorno de ansiedade generalizada e depressão maior, 
 provavelmente
preexistente à ansiedade 

E claustrofobia 

Gabarito: B

38
Comentários: Olha o medo de avião que a Paula tem! É um medo específico, então é

7:
:5
fobia.

06
2
02
33. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017

/2
O consumo de bebidas alcoólicas é comum e considerado natural em diferentes

12
1/
situações. Enquanto algumas pessoas podem fazer uso recreativo dessas bebidas ao

-2
longo da vida, sem qualquer indício de adoecimento, outras desenvolvem um padrão

om
mal-adaptativo de uso, que caracteriza o transtorno por uso de álcool, conhecido

l.c
ai
como dependência de álcool. O transtorno por uso de álcool caracteriza-se pela
gm
seguinte resposta comportamental:
s@

A uso de bebida em situações sociais na companhia das mesmas pessoas. 



ta
an

B uso de bebida em quantidade crescente para a obtenção do mesmo efeito de


fd
ia

quando o uso foi iniciado. 



al

C uso de bebida rotineiro, salvo nas situações em que a bebida seja incompatível com
at
-n

alguma atividade desejada. 



0
-2

D uso de bebida de cinco a sete vezes por semana, mesmo que a rotina habitual de
33

trabalho ou estudos seja mantida. 



.2
74

E uso de bebida limitado a situações festivas, em quantidades semelhantes às de


.7
05

quando o uso foi iniciado, com a obtenção do mesmo efeito. 



-0

Gabarito: B
s
ta

Comentários: Sempre procure, em questões como essa, pela tolerância ou


an

abstinência.
D
s
ta
ei

34. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Fr

De acordo com a abordagem cognitivo-comportamental, os delírios na esquizofrenia


ia
ál

são compreendidos como


at
N

A sons, geralmente de vozes, percebidos sem ocorrência de estímulo externo. 



B perdas sequenciais ao falar, uso atípico da linguagem, como criação de palavras ou
uso palavras de um modo diferente do corrente. 

C lembranças recorrentes de fatos vivenciados no passado com conteúdo aversivo.
D crenças, ou interpretação da realidade, assumidas como fatos, mesmo quando há
fortes evidências contrárias. 

E pensamentos ou lembranças de conteúdo autorreferente que gera euforia e
animosidade. 

Gabarito: D

| 106
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Comentários: Não confunda delírio com delirium. Enquanto a primeira assertiva
trata da alucinação, a segunda de alterações qualitativas da linguagem. A terceira de
memórias intrusivas e a quinta não faço ideia! Mas que deve ser ruim, deve.

35. CESPE - DEPEN – 2013


Uma paciente com trinta e oito anos de idade chegou ao serviço de
atendimento psicológico encaminhada pelo serviço judiciário. Na entrevista inicial, a
paciente relatou estar sendo perseguida pelo dono de um minimercado, que estaria
apaixonado por ela. Na ocasião em que se conheceram, segundo relato da paciente,
ela fora durante uma tarde ao minimercado para fazer compras. Ao entrar no

38
estabelecimento, a paciente notara que o proprietário anunciava produtos, mas que,

7:
ao perceber sua presença, ele mudara o tom de sua voz, o que caracterizava interesse

:5
06
sexual por ela. Desde então, a paciente relatou que o referido comerciante não lhe

2
02
“deixava em paz” e que, aos finais de semana, ele tem enviado vendedores

/2
ambulantes que, sob o pretexto de estarem vendendo algum produto na frente da sua

12
1/
casa, levam “mensagens de amor” direcionadas a ela. Um exemplo de investida

-2
citada pela paciente, e que fez os vizinhos chamarem a polícia, foi quando o motorista

om
de um caminhão ambulante de venda de abacaxi colocou músicas sertanejas de

l.c
cunho amoroso para tocar em frente à sua casa, logo após anunciar “olha o abacaxi!”,
ai
gm
o que a irritou bastante. Nesse episódio, a paciente foi ao encontro do motorista do
s@

caminhão e provocou uma briga. A paciente abriu mais de dez processos judiciais
ta

contra o homem que supostamente a persegue e, na última tentativa de fazê-lo parar


an
fd

a “perseguição”, foi em busca da Anistia Internacional.


ia
al

Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens seguintes.


at
-n

Mutismo, flexibilidade cerácea e embotamento afetivo são sintomas


0

apresentados pela paciente que favorecem o diagnóstico de paranoia.


-2
33

( ) Certo ( ) Errado
.2

Gabarito: E
74
.7

Comentários: A flexibilidade cérea é a conservação de uma posição (hipertonia), o


05

mutismo é o silêncio (recusa em falar) e o embotamento afetivo é a dificuldade em


-0
s

expressar emoções e sentimentos. Nenhuma dessas três características é própria da


ta
an

paranoia.
D
s
ta

36. CESPE - DEPEN – 2013


ei
Fr

A paciente apresenta delirium, no qual ocorre alteração do eu, que se vê


ia
ál

inflacionado em função do grande investimento libidinal sobre si.


at
N

( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Apesar de haver uma distorção na interpretação da realidade, não
temos quadro de delirium (não há rebaixamento da consciência).

37. CESPE - DEPEN – 2013


Se na paranoia ocorre uma cisão do ego, que deve ser levada em consideração
para a compreensão clínica dessa estrutura, na neurose obsessiva ocorre um
funcionamento massivo do superego. Desse modo, nesse tipo de neurose, a culpa e a
autocoação são queixas relativamente constantes.

| 107
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Aula 02
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: A cisão completa do ego ocorre na psicose e não na paranoia (que é
entendida dentro da neurose).

38. CESPE - DEPEN – 2013


O relato da paciente sugere a existência de um delírio do tipo erótico. Nesse
tipo de delírio, é comum que a paciente acredite que alguém, em geral uma pessoa
de destaque social, está completamente apaixonada por ela.
( ) Certo ( ) Errado

38
Gabarito: C

7:
Comentários: Eis uma breve classificação de possíveis tipos de delírios presentes na

:5
06
paranoia:

2
02
Principais conteúdos dos delírios na paranóia

/2
Delírio de perseguição: o paciente acredita que é constantemente ameaçado e

12
1/
perseguido e que os seus inimigos elaboram planos de grande envergadura para o

-2
dominarem ou eliminarem.

om
Delírio de ciúme: o indivíduo tem a obsessão de que a sua parceira o engana e

l.c
desenvolve todo o tipo de estratagemas para o comprovar.
ai
gm
Megalomania ou delírio de grandeza: o paciente acredita que é uma pessoa muito
s@

importante, podendo acreditar que é uma personagem famosa como, por exemplo,
ta

Napoleão, e tenta arduamente convencer os outros de que o é realmente.


an
fd

Delírio de ruína: o paciente crê firmemente que vive na miséria, pelo que está
ia
al

constantemente a lamentar-se.
at
-n

Delírio erótico: o paciente imagina que é desejado e assediado sexualmente,


0

sobretudo por pessoas que considera importantes, demonstrando-o através de


-2
33

todos os meios.
.2

Delírio hipocondríaco: o indivíduo convence-se de que sofre de uma ou várias


74
.7

doenças graves, quase sempre fatais, apesar de todas as evidências em contrário.


05

Fonte: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=347
-0
s
ta
an

39. CESPE - DEPEN – 2013


D

O delírio apresentado pela paciente é um signo patognomônico da esquizofrenia.


s
ta

( ) Certo ( ) Errado
ei
Fr

Gabarito: E
ia
ál

Comentários: Patognomônico é sinônimo de sintoma. O simples delírio pode ser


at
N

característica de outras condições, como abuso de substâncias por exemplo, e não é


indicativo de que há necessariamente esquizofrenia.

40. CESPE - DEPEN – 2013


Julgue os itens a seguir, relativos a psicopatologia.
Uma diferença entre a ideia obsessiva e o delírio é o grau de convicção do
sujeito. No delírio, o sujeito é capaz de duvidar das suas próprias ideias.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

| 108
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Aula 02
Comentários: A diferença entre os dois tipos de pensamento não está na sua
convicção, mas em sua natureza. No delírio, temos uma atribuição de um significado
anormal a uma percepção normal. No pensamento obsessivo, temos uma repetição
involuntária de pensamentos.

41. CESPE - DEPEN – 2013


A culpa é um sintoma necessário, universal, para diagnosticar a depressão.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: A culpa não é um conceito fundamental utilizado nos critérios de

38
diagnóstico do DSM-IV-TR nem da CID-10.

7:
:5
06
42. CESPE - DEPEN – 2013

2
02
Queixas somáticas, irritabilidade e retraimento social são sintomas comuns em

/2
crianças com diagnóstico de episódio depressivo maior.

12
1/
( ) Certo ( ) Errado

-2
Gabarito: C

om
Comentários: Para o DSM-IV-TR (mantido pelo DSM-V):

l.c
EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR
ai
gm
Características do Episódio
s@

A característica essencial de um Episódio Depressivo Maior é um período


ta

mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor deprimido ou perda de


an
fd

interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o


ia
al

humor pode ser irritável ao invés de triste.


at
-n

O indivíduo também deve experimentar pelo menos quatro sintomas


0

adicionais, extraídos de uma lista que inclui: alterações no apetite ou peso, sono e
-2
33

atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa;


.2

dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, ou pensamentos


74
.7

recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio.


05

[...]
-0
s

Em crianças e adolescentes, pode desenvolver-se um humor irritável ou


ta
an

rabugento, ao invés de um humor triste ou abatido. Esta apresentação deve ser


D

diferenciada de um padrão de "criança mimada", que se irrita quando é frustrada.


s
ta

A perda de interesse ou prazer quase sempre está presente, pelo menos em


ei
Fr

algum grau. Os indivíduos podem relatar menor interesse por passatempos, "não
ia
ál

se importar mais", ou a falta de prazer com qualquer atividade anteriormente


at
N

considerada agradável (Critério A2).


Os membros da família freqüentemente percebem retraimento social ou
negligência de atividades agradáveis (por ex., um indivíduo que anteriormente era
um ávido golfista deixa de jogar, uma criança que gostava de futebol encontra
desculpas para não praticá-lo). Em alguns indivíduos, há uma redução significativa
nos níveis anteriores de interesse ou desejo sexual.
O apetite geralmente está reduzido, sendo que muitos indivíduos sentem
que precisam se forçar a comer. Outros, particularmente aqueles encontrados em
contextos ambulatoriais, podem ter diminuição do apetite ou demonstrar uma
avidez por alimentos específicos (por ex., doces ou outros carboidratos). Quando as

| 109
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Aula 02
alterações no apetite são severas (em qualquer direção), pode haver uma perda ou
ganho significativos de peso, ou, em crianças, pode-se notar um fracasso em fazer
os ganhos de peso esperados. (Critério A3).
Fonte:
http://psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZClassi
ficacoes=176

43. CESPE - DEPEN – 2013


Transtorno de ansiedade generalizada é um diagnóstico muito mais comum

38
em mulheres. Uma das características desse transtorno é uma expectativa apreensiva

7:
com relação a eventos

:5
06
ou atividades.

2
02
( ) Certo ( ) Errado

/2
Gabarito: C

12
1/
Comentários: Questão cruel da banca. Esta correta. Vejamos o que diz o DSM-IV-TR

-2
(mantido pelo DSM-V):

om
Transtorno de ansiedade generalizada

l.c
[...]
ai
gm
Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero
s@

Existe uma considerável variação cultural na expressão da ansiedade (por ex.,


ta

em algumas culturas, a ansiedade é expressada predominantemente por sintomas


an
fd

somáticos, em outras, por sintomas cognitivos). É importante considerar o contexto


ia
al

cultural ao determinar se as preocupações com determinadas situações são


at
-n

excessivas. Em crianças e adolescentes com Transtorno de Ansiedade


0

Generalizada, a ansiedade e preocupação freqüentemente envolvem a qualidade


-2
33

de seu desempenho na escola ou em eventos esportivos, mesmo quando seu


.2

desempenho não está sendo avaliado por outros. Pode haver preocupação
74
.7

excessiva com a pontualidade. Elas também podem preocupar-se com eventos


05

catastróficos tais como terremotos ou guerra nuclear. As crianças com o transtorno


-0
s

podem ser excessivamente conformistas, perfeccionistas e inseguras,


ta
an

apresentando uma tendência a refazer tarefas em razão de excessiva insatisfação


D

com um desempenho menos que perfeito. Elas demonstram excessivo zelo na


s
ta

busca de aprovação e exigem constantes garantias sobre seu desempenho e outras


ei
Fr

preocupações. Em contextos clínicos, o transtorno é diagnosticado com uma


ia
ál

freqüência um pouco maior em mulheres do que em homens (cerca de 55-60% dos


at
N

indivíduos que se apresentam com o transtorno são mulheres). Em estudos


epidemiológicos, a proporção entre os sexos é de aproximadamente dois terços de
mulheres.
Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/dsm4/sub_index.htm

44. CESPE - DEPEN – 2013


Uma característica essencial do transtorno do estresse pós-traumático é o
desenvolvimento dos sintomas típicos após a exposição a um estressor traumático.
Uma possibilidade de estressor traumático é um evento real que, por exemplo,
envolva ameaça de morte.

| 110
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Aula 02
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: De onde saiu essa questão? DSM-IV-TR novamente:
F43.1 - 309.81 - Estresse Pós-Traumático
Características Diagnósticas
A característica essencial do Transtorno de Estresse Pós-Traumático é o
desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um extremo
estressor traumático, envolvendo a experiência pessoal direta de um evento real ou
ameaçador que envolve morte, sério ferimento ou outra ameaça à própria
integridade física; ter testemunhado um evento que envolve morte, ferimentos ou

38
ameaça à integridade física de outra pessoa; ou o conhecimento sobre morte

7:
violenta ou inesperada, ferimento sério ou ameaça de morte ou ferimento

:5
06
experimentados por um membro da família ou outra pessoa em estreita associação

2
02
com o indivíduo (Critério A1).

/2
Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/dsm4/sub_index.htm

12
1/
-2
45. CESPE - DEPEN – 2013

om
No delírio de influência tem-se um sujeito que vivencia estar sendo controlado

l.c
por uma pessoa ou entidade. Esse tipo de delírio, é mais comum na esquizofrenia,
ai
gm
pois aponta para a importante formação (porosa) entre o Eu e o Tu e indica o quanto
s@

essa separação pode ser colocada em xeque nessa forma de adoecimento.


ta

( ) Certo ( ) Errado
an
fd

Gabarito: C
ia
al

Comentários: Vejamos os tipos de delírios mais comuns:


at
-n

TIPOS DE DELÍRIOS
0

delírio de perseguição
-2
33

pode surgir de maneira súbita, como inspiração, pensamento que aparece na


.2

mente enferma com o incomparável sentimento de certeza subjetiva que lhe é


74
.7

característico. (trama, conspiração, perseguidor(es) )


05

delírio de relação
-0
s

os objetos e os acontecimentos adquirem uma significação particular, tudo no meio


ta
an

exterior está de maneira especial relacionado ao indivíduo.


D

delírio de influência
s
ta

os enfermos se sentem vítimas de influências telepáticas, de radiações de choques


ei
Fr

eléricos, que lhe são aplicados à distância através de aparelhos especiais, com os
ia
ál

quais os inimigos agem sobre sua pessoa. (máquinas especiais, aparelhos, fluídos
at
N

especiais, etc)
delírio de ciúmes
o delírio adquire geralmente a forma de infidelidade conjugal, o indivíduo está
convencido de ser enganado ou que tentam enganá-lo.
Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/psicopatologia/operacao2.htm

46. CESPE - DEPEN – 2013


Com relação aos transtornos de personalidade e aos transtornos relacionados
ao uso e abuso de substâncias psicoativas, julgue os próximos itens.

| 111
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Aula 02
Tolerância e abstinência são critérios suficientes para o diagnóstico de
dependência de substância.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Nunca na vida apenas dois critérios serão suficientes para diagnosticar
qualquer condição. Vejamos:
Critérios de diagnóstico para dependência de substâncias (DSM-IV)
Padrão desadaptativo da utilização de substâncias levando a défice ou
sofrimento clinicamente significativos, manifestado por três ou mais dos seguintes,
ocorrendo em qualquer ocasião, no mesmo período de doze meses:

38
1. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes:

7:
a) Necessidade de quantidades crescentes de substância para atingir a

:5
06
intoxicação ou o efeito desejado;

2
02
b) Diminuição do efeito com a utilização continuada da mesma quantidade

/2
de substância.

12
1/
2. Abstinência, manifestada por qualquer um dos seguintes:

-2
a) Sindroma de abstinência característica da substância;

om
b) A mesma substância, ou outra relacionada, é consumida para evitar ou

l.c
aliviar os sintomas de abstinência.
ai
gm
3. A substância é frequentemente consumida em quantidades superiores ou por um
s@

período mais longo do que se pretendia.


ta

4. Existe um desejo persistente ou esforços, sem êxito, para diminuir ou controlar a


an
fd

utilização da substância.
ia
al

5. Dispêndio de grande quantidade de tempo em actividades necessárias à sua


at
-n

obtenção e utilização, bem como à recuperação dos seus efeitos


0

6. É abandonada ou diminuída a participação em importantes actividades sociais,


-2
33

ocupacionais ou recreativas, devido à utilização da substância.


.2

7. A utilização da substância é continuada apesar da existência de um problema


74
.7

persistente ou recorrente, físico ou psicológico, provavelmente causado ou


05

exacerbado pela utilização da substância.


-0
s

Fonte: http://www.tratamento.pt/adicoes/dependencia-de-substancias
ta
an
D

47. CESPE - DEPEN – 2013


s
ta

O diagnóstico de dependência de substância pode ser aplicado a qualquer


ei
Fr

classe de substâncias, inclusive cafeína.


ia
ál

( ) Certo ( ) Errado
at
N

Gabarito: E
Comentários: Maldade da banca. Segundo o DSM-IV-TR:
Existe um padrão de auto-administração repetida que geralmente resulta em
tolerância, abstinência e comportamento compulsivo de consumo da droga. Um
diagnóstico de Dependência de Substância pode ser aplicado a qualquer classe de
substâncias, exceto cafeína.
Fonte:
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZ
Classificacoes=258

| 112
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Aula 02
48. CESPE - DEPEN – 2013
Julgue os itens seguintes, referentes à psicopatologia.
A referência ao Édipo é o divisor fundamental entre o campo das neuroses e
das psicoses, na medida em que é a armadura significante mínima que condiciona a
entrada do sujeito no mundo simbólico. Nas psicoses, há no sintoma o retorno do
recalcado, enquanto nas neuroses, há o retorno do forcluído.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: A última frase está invertida. Na psicose um problema com a
foraclusão, na neurose, há um problema com o recalque. O autor aqui em questão é

38
Lacan, que distinguiu bem a foraclusão do recalque. No caso da foraclusão, o

7:
significante foracluído ou os significantes que o representam não pertencem ao

:5
06
inconsciente do sujeito, mas retornam no Real por ocasião de uma alucinação ou um

2
02
delírio que invadem a fala ou a percepção do sujeito. Lacan mostrou que o Édipo

/2
freudiano podia ser pensado como uma passagem da natureza para a cultura. A

12
1/
transição da natureza para a cultura efetua-se da seguinte maneira: o pai, sendo a

-2
encarnação do significante, por chamar o filho por seu nome, intervém junto a este

om
como privador da mãe, dando origem ao ideal do eu na criança. No caso da psicose,

l.c
essa estruturação não se dá. Sendo então foracluído o significante do Nome-do-Pai,
ai
gm
ele retorna no real sob a forma de um delírio contra Deus, encarnação de todas as
s@

imagens malditas da paternidade.


ta

Atenção: O significante do nome do pai é foracluído na psicose (quando não ocorre a


an
fd

estruturação do ideal de eu).


ia
al
at
-n

49. CESPE - DEPEN – 2013


0

No transtorno conversivo, o sintoma geralmente não se ajusta às vias


-2
33

anatômicas, mas ao imaginário do paciente.


.2

( ) Certo ( ) Errado
74
.7

Gabarito: C
05

Comentários: Correto. Nesse tipo de transtorno existe um sintoma que é


-0
s

originalmente atribuído à causas biológicas, mas que na verdade, é a manifestação


ta
an

de uma condição psicológica. Vejamos os critérios de diagnóstico do DSM-IV-TR:


D

Critérios Diagnósticos para F44.x - 300.11 Transtorno Conversivo


s
ta

A. Um ou mais sintomas ou déficits afetando a função motora ou sensorial


ei
Fr

voluntária, que sugerem uma condição neurológica ou outra condição médica


ia
ál

geral.
at
N

B. Fatores psicológicos são julgados como associados com o sintoma ou


déficit, uma vez que o início ou a exacerbação do sintoma ou déficit é
precedido por conflitos ou outros estressores.
C. O sintoma ou déficit não é intencionalmente produzido ou simulado (como
no Transtorno Factício ou na Simulação).
D. O sintoma ou déficit não pode, após investigação apropriada, ser
completamente explicado por uma condição médica geral, pelos efeitos
diretos de uma substância ou por um comportamento ou experiência
culturalmente sancionados.

| 113
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Aula 02
E. O sintoma ou déficit causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo
no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo, ou indica avaliação médica.
F. O sintoma ou déficit não se limita a dor ou disfunção sexual, não ocorre
exclusivamente durante o curso de um Transtorno de Somatização, nem é
melhor explicado por outro transtorno mental.
Especificar tipo de sintoma ou déficit:
Com Sintoma ou Déficit Motor
Com Sintoma ou Déficit Sensorial
Com Ataques ou Convulsões

38
Com Apresentação Mista

7:
:5
06
50. CESPE - DEPEN – 2013

2
02
Considere que um paciente, após ter vivenciado com intenso terror um tiroteio

/2
na comunidade onde vive, evite constantemente sair de casa, devido ao medo de que

12
1/
tal evento ocorra novamente. Ele sente um medo tão intenso que tem apresentado

-2
recordações aflitivas e sonhos recorrentes relativos ao evento. Nesse caso, é correto

om
afirmar que esse paciente apresenta um transtorno fóbico específico.

l.c
( ) Certo ( ) Errado
ai
gm
Gabarito: E
s@

Comentários: As reminiscências são características do Transtorno de Estresse Pós-


ta

Traumático, e não das fobias.


an
fd
ia
al

51. CESPE - DEPEN – 2013


at
-n

Nos doentes psicossomáticos, observa-se que os afetos podem, pela tensão


0

emocional crônica, ocasionar a produção de transtornos funcionais crônicos e,


-2
33

inclusive, lesão orgânica.


.2

( ) Certo ( ) Errado
74
.7

Gabarito: C
05

Comentários: Dentro dos transtornos psicossomáticos, temos dois tipos de


-0
s

transtornos, os dissociativos e os somáticos. No segundo caso, podemos ter quadros


ta
an

de lesões orgânicas. Vejamos:


D

Tanto os Transtornos Somatoformes, quanto os fenômenos Dissociativos e


s
ta

Conversivos, podem ser considerados transtornos psicorreativos, ou seja,


ei
Fr

aparecem sempre como uma reação a algum evento de vida, a alguma emoção.
ia
ál

Trata-se de uma resposta do orgânico a uma vivência traumática. De certa forma


at
N

aqui se incluem também os transtornos psicossomáticos.


De modo geral, o Transtorno Somatoforme se caracteriza por um salto do
psíquico para o orgânico, com predominância de queixas relacionadas aos órgãos
e sistemas, como por exemplo, queixas cardiovasculares, digestivas, respiratórias,
etc.
Quando se usa o termo Conversão, embora exista da mesma forma um salto
do psíquico para o orgânico, os sintomas são predominantes no “sistema de
comunicação” da pessoa com o mundo, ou seja, em sua mímica, em seus cinco
sentidos, em sua mobilidade e coordenação motora. Dessa forma, todos os quadros
de conversão se confundem com sintomas neurológicos, ou seja, desmaios,

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Aula 02
formigamentos, paralisias, perda da voz, da visão, etc. Na Conversão os sintomas
aparecem sob a forma de perda da função de um ou de vários atributos necessários
à vida de relação. Isso significa que a musculatura estriada e os órgãos sensoriais
são afetados.
Os problemas de Somatização, por sua vez, normalmente envolvem a clínica
médica. Os sintomas envolvem os diversos órgãos e sistemas, como por exemplo,
dores no peito (sistema cardiovascular), falta de ar (sistema respiratório), cólicas
abdominais (sistema gastroenterológico ou ginecológico), e assim por diante.
Nos distúrbios de Dissociação há, da mesma forma, um salto do psíquico, porém,
não mais para o orgânico: há um salto do psíquico para o próprio psíquico. Aqui são

38
afetadas a consciência e integração da pessoa com a realidade. A Dissociação,

7:
segundo a CID.10, é representada pelos fenômenos onde o indivíduo fica,

:5
06
repentinamente, dissociado dos estímulos internos e externos.

2
02
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=181

/2
12
1/
52. CESPE - DEPEN – 2013

-2
A alucinação não é um fenômeno específico das psicoses, visto que pode estar

om
presente como um episódio fugaz, sob diferentes formas, no neurótico e no homem

l.c
dito normal.
ai
gm
( ) Certo ( ) Errado
s@

Gabarito: C
ta

Comentários: Correto! Podemos entender claramente que a presença de alucinação


an
fd

não se encerra apenas sobre o diagnóstico das psicoses, mas de outras condições,
ia
al

como o abuso de substâncias, situações de estresse, etc.


at
-n
0

53. CESPE - DEPEN – 2013


-2
33

Com relação às estruturas em psicopatologia, julgue os itens subsequentes.


.2

Na histeria, há uma linguagem de órgão. Nesse tipo de estrutura, grande parte


74
.7

da linguagem se vê articulada com metáforas tomadas no sentido literal, o que levou


05

Freud a afirmar que a histeria é o “fóssil” da linguagem.


-0
s

( ) Certo ( ) Errado
ta
an

Gabarito: C
D

Comentários: Perfeito, mas tirado do fundo do baú! Vejamos:


s
ta

A SUBVERSÃO RENITENTE DO LIXO SEMIOLÓGICO: OS SINTOMAS HISTÉRICOS


ei
Fr

Como é sabido, Freud teve uma formação acadêmica médica, interessando-


ia
ál

se desde o começo pela atividade científica de pesquisa, sobretudo em fisiologia.


at
N

Este traço, apesar de todo o desenvolvimento posterior da psicanálise e da


metapsicologia, nunca o abandonou. Como clínico, espanta-se com a estranheza
dos sintomas histéricos. Como pode haver sintomas no corpo dos quais o paciente
realmente sofra e para os quais não haja uma explicação anatômica? E como, sob
hipnose, estes sintomas desaparecem ou podem ser mesmo induzidos em outras
pessoas?
A histeria é uma neurose no mais estrito sentido da palavra – quer
dizer, não só não foram achadas alterações perceptíveis no sistema
nervoso, nessa doença, como também não se espera que qualquer

| 115
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Aula 02
refinamento das técnicas de anatomia venha a revelar alguma
dessas alterações (Freud, 1888, p. 79).
Além disto, os sintomas são mutáveis - não apenas no mesmo paciente, mas
no próprio desenrolar histórico-social (Van Den Bergh, 1965) – exagerados, e
colocam em xeque a própria habilidade do médico, podendo este fazer muitos
“milagres” ou mostrar-se totalmente impotente (Freud, 1888). Enveredando na
pesquisa e tratamento da histeria, Freud vai se aproximando cada vez mais da
importante questão dos conflitos virtuais do paciente e da linguagem na formação
de tais sintomas.
Em seus Estudos sobre Histeria (Freud, 1893a) cita que a simbolização

38
exerce papel fundamental na formação do sintoma, dando como exemplo a

7:
neuralgia de Cecily:

:5
06
Estava curioso em descobrir se também a neuralgia viria a ter uma

2
02
causa psíquica. Quando comecei a evocar a cena traumática, a

/2
paciente viu-se de volta a um período de grande irritabilidade para

12
1/
com o marido. Descreveu uma conversa que tivera com ele e a

-2
observação dele que ela sentira como um áspero insulto. De súbito

om
levou a mão à bochecha, soltou um grande grito de dor e exclamou:

l.c
“foi como uma bofetada no rosto”. Com isso cessaram tanto a dor
ai
gm
como o acesso (Freud, 1893a , p. 227)
s@

Ainda que o próprio Freud tenha reconhecido depois a exceção da


ta

“facilidade” do caso de Cecily, faz-se notar aqui a abertura da possibilidade de se


an
fd

pensar o papel da linguagem no sintoma e, nela, o papel exercido pela metáfora


ia
al

(Zanello & Martins, prelo). Vemos que a metáfora foi tomada literalmente
at
-n

(desmetaforicizada), inscrita no corpo da paciente (ela se mostra). Apenas quando


0

ela pode metaforicizar a metáfora, por exemplo, transformando-a numa


-2
33

comparação, é que o sintoma se esvai (recupera-se o “como se” da metáfora, sem


.2

o qual não há metáfora). Freud cita ainda outros exemplos interessantes, como a
74
.7

dor entre as sobrancelhas de que a paciente se queixa e da qual se cura, ao lembrar-


05

se e falar do “olhar penetrante” da avó. Ele nos diz:


-0
s

Minha observação de Frau Cecily M. proporcionou-me a


ta
an

oportunidade de fazer uma coletânea regular de tais simbolizações.


D

Todo um grupo de sensações físicas que ordinariamente seriam


s
ta

consideradas por causas orgânicas eram, no seu caso, de origem


ei
Fr

psíquica, ou pelo menos possuíam um significado psíquico. Uma


ia
ál

série específica de suas experiências foram acompanhadas por uma


at
N

sensação de apunhalamento na região do coração (significando


“apunhalou-me até o coração”). A dor que ocorre na histeria em que
pregos são cravados na cabeça, era, sem dúvida, explicada no seu
caso como uma dor relacionada com o pensamento (“Alguma coisa
me entrou na cabeça”). Dores dessa espécie eram logo dissipadas,
quando os problemas em jogo eram esclarecidos. Junto com a
sensação de uma “aura” histérica na garganta, quando aquela
sensação surgia após um insulto, encontrava-se o pensamento
“terei que engolir isto”. (Freud, 1893a , p. 230).
E logo após comenta:

| 116
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Aula 02
Ao tomar uma expressão verbal literalmente, e ao sentir a
“punhalada no coração” ou a “bofetada na face” após uma
observação desatenta como um fato real, o histérico não toma
liberdade com as palavras, mas simplesmente revive as sensações às
quais a expressão verbal deve sua justificativa. (Freud, 1893a, p. 230)
Freud vai sugerir então que a histeria é o fóssil da linguagem, pois, ao
restaurar o significado original das palavras, retrata-as em seu corpo: “Assim, aqui
como em outras ocasiões, a neurose, acompanhando os usos da linguagem, toma
as palavras no seu sentido original e significativo; parecendo utilizá-las em sentido
figurado, está na realidade simplesmente devolvendo a elas seu sentido primitivo”

38
(Freud, 1908, p. 180).

7:
Fonte: Zanello, Valeska. Martins, Francisco. O Reencontro da clínica com a metáfora.

:5
06
Psicologia em Estudo, Maringá, v. 15, n. 1, p. 189-196, jan./mar. 2010. Disponivel:

2
02
http://www.scielo.br/pdf/pe/v15n1/a20v15n1.pdf.

/2
12
1/
54. CESPE - DEPEN – 2013

-2
A angústia neurótica é a angústia da castração; seu arranjo, por meio de

om
diferentes mecanismos de defesa neuróticos, raramente deixa a angústia em estado

l.c
puro. Já a angústia esquizofrênica é formada de sentimentos de transformação
ai
gm
interior e exterior, com perda dos limites do ego, sendo, portanto, uma angústia de
s@

fragmentação.
ta

( ) Certo ( ) Errado
an
fd

Gabarito: C
ia
al

Comentários: Recorrerei a duas excelentes citações para definirmos tanto a angústia


at
-n

neurótica quanto a angústia na esquizofrenia.


0

O tema da angústia é abordado por Freud, do início ao fim de sua obra, por
-2
33

meio de duas teorias bem delimitadas.


.2

A primeira teoria da angústia é baseada essencialmente no ponto de vista


74
.7

econômico: trata-se de uma grande quantidade de energia sexual que invadiu o


05

sujeito, de um grande acréscimo de excitação que se aliviaria por meio da descarga


-0
s

dessa energia sexual. Freud irá falar aí de um coito insatisfatório. A angústia é,


ta
an

então, considerada como um intenso afeto de desprazer vinculado estritamente à


D

sexualidade.
s
ta

A segunda teoria freudiana da angústia a considera como um verdadeiro


ei
Fr

sinal de alarme, motivado pela necessidade de o eu se defender diante da iminência


ia
ál

de um perigo. Trata-se eminentemente de uma reação à perda, à separação de um


at
N

objeto fortemente investido. Logo, esta segunda teoria da angústia representa uma
releitura que Freud faz a partir do momento em que inclui os novos elementos de
sua doutrina: o Édipo e a castração.
A angústia surge aqui basicamente como angústia de castração e está ligada
à perda e à separação. Freud passará a considerar a angústia, enquanto angústia
de castração, como sendo um dado universal. Mas não deixará de mencionar, numa
de suas "Novas Conferências Introdutórias sobre Psicanálise", três diferentes
possibilidades na origem do afeto da angústia: a angústia real, ocasionada por
algum evento oriundo do mundo externo; a angústia neurótica, desencadeada por
elementos pulsionais provenientes do isso; a angústia de consciência, produzida

| 117
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pelo supereu. Mas a segunda teoria da angústia em Freud está ligada
essencialmente ao eu – ponto fundamental que será retomado por Lacan em sua
teoria do eu como sendo da ordem do imaginário. Veremos mais à frente que, para
Lacan, a angústia será considerada como um sinal do real que invade a ordem
imaginária do eu.
Fonte: JORGE, Marco Antonio Coutinho. Angústia e castração. Reverso [online]. 2007,
vol.29, n.54 [citado 2014-03-08], pp. 37-42 . Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
73952007000100006&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0102-7395.

38
Conforme Freud mesmo postula, na esquizofrenia, as manifestações

7:
sintomáticas de delírios e alucinações estão presentes como formações que visam

:5
06
proteger o sujeito da angústia.

2
02
[...]

/2
Assim, é possível entender que a partir da falha transmitida pela mãe no

12
1/
reconhecimento do Eu-corpo-outro, o psicótico, e mais especificamente, o

-2
esquizofrênico buscará sobrevivência a partir da lógica do reinvestimento de um

om
corpo que não pode ser reconhecido como limitado, mas sim como um composto

l.c
de fragmentos cujos limites se desconhece.
ai
gm
[...]
s@

A fim de ilustrar a exposição anterior, apresento um pequeno fragmento de


ta

minha experiência clinica em uma instituição psiquiátrica da baixada santista onde


an
fd

uma paciente esquizofrênica havia recebido cuidados médicos e psicoterápicos


ia
al

pela primeira vez. Em determinado momento da entrevista a paciente disse:


at
-n

Fico angustiada em vir para o tratamento, pois quando saio na rua,


0

tenho a sensação de que todos estão tendo acesso aos meus


-2
33

pensamentos. Todos conseguem me ouvir pensando e por isso, riem


.2

de mim.
74
.7

A partir deste pequeno relato é possível compreender a angústia decorrente


05

desta não diferenciação entre os limites do corpo e o mundo externo.


-0
s

Seguindo esta linha de raciocínio, Tausk, como importante estudioso a


ta
an

respeito da esquizofrenia compreende que nesta constituição psicopatológica há


D

uma perda nos limites do ego. Segundo relato a partir de sua experiência clínica,
s
ta

explicita que:
ei
Fr

Os doentes se queixam de que todos conhecem seus pensamentos,


ia
ál

que não estão estes fechados na cabeça, mas espalhados sem limites
at
N

pelo mundo, de forma que se passam simultaneamente em todas as


cabeças. O doente perdeu consciência de ser uma entidade psíquica,
um ego possuindo seus próprios limites. (Tausk, 1990, p. 54)
Com isto, pode-se compreender que há, nesta patologia, um movimento de
espécie de regressão a um momento primitivo onde não se reconhece a distinção
entre o Eu e o não Eu, entre o Eu e o mundo, entre o corpo e o não corpo, entre o
sujeito e o objeto.
Fonte: Nobre, Thalita Lacerda. Algumas considerações psicanalíticas a respeito da
esquizofrenia. Psic. Rev. São Paulo, volume 20, n.1, 67-78, 2011.

| 118
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55. CESPE - DEPEN – 2013
Na ilusão há uma percepção clara e definida de um objeto sem a presença do
objeto estimulante real. Isto torna este sintoma um importante signo patognomônico
de transtornos mentais graves.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Patognomônico é sinônimo de sintoma. A assertiva refere-se à
alucinação e não à ilusão. Vejamos o que Dalgalarrondo diz:
Ilusão
Para Dalgalarrondo, página 123, ilusão é a percepção deformada,

38
alterada de um objeto real e presente. Na ilusão há sempre um objeto

7:
real, gerador de processo de sensopercepção, mas tal percepção é

:5
06
deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos.

2
02
Alucinação

/2
Para Dalgalarrondo, página 124, define-se alucinação como a

12
1/
percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo

-2
sensorial respectivo.

om
l.c
56. CESPE - DEPEN – 2013
ai
gm
Em psicopatologia clínica com um viés psicodinâmico, deve-se qualificar uma
s@

prática semiológica simbólica e não apenas indicial, pois a psicopatologia se vê


ta

confrontada com fenômenos de ordem diferente da semiologia médica clássica.


an
fd

( ) Certo ( ) Errado
ia
al

Gabarito: C
at
-n

Comentários: Traduzindo, pelos viés psicodinâmico, deve-se investigar


0

qualitativamente o psiquismo humano e não apenas colher indícios orientadores


-2
33

apenas de diagnósticos nosológicos. Em outras palavras, busca-se, além dessa


.2

caracterização, a compreensão do mundo psicológico individual que constituem o


74
.7

fenômeno estudado.
05
-0
s

57. CESPE - TRE/ES - Analista Judiciário – 2011


ta
an

Na fase inicial da terapia, o terapeuta deve focar questões que sejam menos sensíveis
D

ao paciente, a fim de reduzir o estresse que questionamentos mais sensíveis podem


s
ta

ocasionar e de evitar que o paciente se sinta pressionado.


ei
Fr

( ) Certo ( ) Errado
ia
ál

Gabarito: C
at
N

Comentário: Pacientes desse tipo tendem a ter comportamentos hostis quando


confrontados com situações que lhes causem alguma espécie e desconforto. Dessa
maneira, o terapeuta deve sim começar com temais mais leves de modo a conseguir
criar vínculo. Caso, ele comece por temais muito sensíveis ao paciente, afastando-o
do setting terapêutico de maneira decisiva

58. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


Acerca do tratamento de dependentes químicos, julgue os itens
subsequentes.

| 119
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Aula 02
Por meio do exame neuropsicológico, que é importante no tratamento de
dependentes químicos, podem ser identificadas quais funções cognitivas foram
afetadas pelo uso de substâncias psicoativas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentário: É comum que o uso prolongado ou em altas doses de substâncias
químicas causem danos neurológicos importantes ao sistema nervoso dos
consumidores. Muitas vezes, para ter avaliar com mais precisão os prejuízos
causados, é preciso fazer exames que solicitam a execução de certas tarefas para que
se possa avaliar através delas a extensão do dano cognitivo.

38
7:
59. EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

:5
06
Para o tratamento de pacientes com dependência química, é essencial a avaliação de

2
02
possíveis comorbidades.

/2
( ) Certo ( ) Errado

12
1/
Gabarito: C

-2
Comentário: É importante avaliar as comorbidades, pois elas podem estar na gênese

om
da dependência química. Ou seja, na verdade, a dependência química é apenas uma

l.c
consequência dos sintomas dessa patologia. Portanto, para tratar a dependência é
ai
gm
preciso tratar essa condição.
s@
ta

60. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


an
fd
ia
al

Considerando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – IV


at
-n

(DSM – IV), julgue os itens seguintes.


0

Para a distinção entre demência e delirium, o diagnóstico diferencial baseia-


-2
33

se em dois itens, que se focalizam no estado de alerta — presente no delirium — e na


.2

ausência da perturbação da consciência — característica da demência.


74
.7

( ) Certo ( ) Errado
05

Gabarito: E
-0
s

Comentário: Está incorreto pois no delirium o estado de alerta (como uma das
ta
an

características do estado normal de consciência) não está presente. Em ambos os


D

casos, há perturbações da consciência, mas as duas se diferenciam principalmente


s
ta

pelo fato de a demências ter um curso crônico e o delirium ter curso flutuante.
ei
Fr
ia
ál

61. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011


at
N

Midríase, taquicardia, sudorese, palpitações, visão turva, tremores e


incoordenação constituem critérios diagnósticos de intoxicação por cafeína.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentário: Está incorreto, pois os principais sintomas da intoxicação por cafeína
são: inquietação, nervosismo, excitação, insônia, rubor facial, diurese e queixas
gastrintestinais. Os sintomas que em geral aparecem com níveis superiores a 1 g/dia
incluem abalos musculares, pensamentos e discurso com fluxo errático, taquicardia
ou arritmia cardíaca, períodos de inexaustabilidade e agitação psicomotora.

| 120
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Aula 02
62. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011
O transtorno de humor induzido por substâncias psicoativas pode ocorrer
associado tanto à intoxicação quanto à abstinência dessas substâncias.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentário: Está correta já que a característica fundamental do transtorno do
Humor Induzido por Substância é uma perturbação acentuada e persistente do
humor (Critério A), considerada como decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de
uma substância (droga de abuso, medicamento, outros tratamentos somáticos para
a depressão ou exposição a uma toxina) (Critério B). Os sintomas podem ocorrer tanto

38
durante a intoxicação quanto em durante a abstinência.

7:
:5
06
63. CESPE - EBC - Analista de Empresa de Comunicação Pública – 2011

2
02
Delirium é caracterizado por perturbação na consciência, com alteração na

/2
cognição.

12
1/
( ) Certo ( ) Errado

-2
Gabarito: C

om
Comentário: Estas são as principais características do quadro de delirium, por isso a

l.c
assertiva está correta.
ai
gm
s@

CESPE – TRT 10° Região (Prova cancelada) – 2012


ta

Julgue os itens subsequentes, a respeito de estruturas clinicas e psicopatologia.


an
fd

64. ( ) A estrutura obsessiva tem como traços de caráter visando o ideal do Eu:
ia
al

asseio, escrupulosidade e submissão.


at
-n

Gabarito: C
0

Comentários: A assertiva está correta e exageradamente enxuta. Foi de Freud


-2
33

à Lacan em poucas palavras. Vejamos alguns trechos de um artigo:


.2
74

Em 1923b/1980, no texto “O ego e o id”, Freud estabelece uma


.7

comparação entre a neurose obsessiva e a melancolia, enfermidades que


05
-0

apresentam intenso sentimento de culpa consciente, decorrente de exigências


s

do ideal do eu. A diferença entre elas reside no fato de que na neurose


ta
an

obsessiva há, por parte do eu, um movimento para não aceitar a culpa, ao
D

contrário do que ocorre com o melancólico, que aceita a culpa e a vive como
s
ta

um autocastigo. Para o autor, na neurose obsessiva há uma maior proteção


ei
Fr

contra impulsos autodestrutivos.


ia
ál

...
at
N

Poupar o outro é exatamente o que está na base dos cerimoniais e


rituais obsessivos. Submissão às demandas do Outro, que Lacan (1957-
58/1999) também denomina de “proezas” do obsessivo, as quais não pratica
sozinho, pois é preciso que haja alguém que as testemunhe, e que lhe dê a
permissão pela via do merecimento.
...
A severidade do supereu conduz às formações reativas,
escrupulosidade, asseio exagerado, que passam a ser considerados por Freud
(1926/1980) em “Inibição, Sintoma e angústia” mecanismos defensivos
vinculados à libido da fase anal.

| 121
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Aula 02
Fonte: http://www.ppi.uem.br/Dissert/PPI-UEM_2010_Valeria.pdf

65. ( ) Na psicose paranóica, as queixas são autoacusações.


Gabarito: E
Comentários: Lacan tem uma obra sobre isso
(http://pt.scribd.com/doc/34462301/da-psicose-paranoica). Mas podemos
responder apenas com os conceitos freudianos de defesa:
Freud (1969 [1896]), em “Observações adicionais sobre as
neuropsicoses de defesa”, mostra a projeção como mecanismo de defesa
presente na psicose paranóica.

38
Na paranoia, a auto-acusação é recalcada por um

7:
processo que se pode descrever como projeção. É

:5
06
recalcada pela formação do sintoma defensivo de

2
02
desconfiança nas outras pessoas. Dessa maneira o

/2
sujeito deixa de reconhecer a autoacusação; e como que

12
1/
para compensar isso, fica privado da proteção contra as

-2
auto-acusações que retornam em suas representações

om
delirantes (FREUD, 1969 [1896]. p.210).

l.c
ai
O paranoico, desta forma, projeta no mundo exterior algo de
gm
insuportável de sua vida. Não interioriza as recriminações como o obsessivo
s@

(QUINET, 1990).
ta
an

Fonte:
fd

http://www.cfh.ufsc.br/~ppgp/Claudio%20de%20Souza%20Limeira.pdf
ia
al
at
-n

66. ( ) Delirium designa em psicopatologia os distúrbios da consciência vigil com


0
-2

desorganização do psiquismo com relação ao tempo, espaço e pessoa.


33

Gabarito: C
.2
74

Comentários: Perfeito. Vide:


.7

A perturbação na consciência manifesta-se como desordem global da


05
-0

atenção, que invariavelmente encontra-se presente no delirium. Assim o


s

indivíduo pode estar com sua capacidade para responder aos estímulos
ta
an

diminuída, ou algumas vezes aumentada (hipervigil). Entretanto, em ambos


D
s

os casos a habilidade de dirigir e manter a atenção seletivamente e conforme


ta
ei

a vontade está diminuída. Os pacientes não mantém a capacidade de


Fr

concentrar-se ("paciente distraído", hipotenaz). Anormalidades psicomotoras


ia
ál

fazem parte do delirium. O paciente pode estar hiperativo ("agitado"), falando


at
N

alto e rapidamente, movimentando-se incessantemente. O contrário, ou seja,


o paciente que parece sonolento, age lentamente, também pode ocorrer.
No delirium ocorrem alterações na cognição de maneira global, já que
os três principais aspectos cognitivos alteram-se em algum grau: pensamento,
percepção e memória. O pensamento torna-se desorganizado, incoerente e
torna-se difícil direcionar seu curso para a solução de problemas e definir
ações. O paciente tem dificuldade no entendimento de sua situação, distinção
entre imagens do pensamento/sonhos e fatos, e relacionar novas informações
ao conhecimento prévio. A memória recente é prejudicada, tanto retrógrada
como anterógrada. A linguagem frequentemente é perturbada, sendo

| 122
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Aula 02
disgrafia (problemas na escrita) um dos indicadores mais sensíveis de
delirium.
Em decorrência dessas alterações da cognição ideias deliróides podem
surgir, geralmente mal-sistematizadas e persecutórias. São comuns distúrbios
da percepção, como ilusões e alucinações, na sua maior parte visuais. Outra
consequência dos distúrbios cognitivos é a desorientação, quase sempre
presente, existindo inicialmente em relação ao tempo, depois ao lugar e por
último para pessoas (confundir familiares com estranhos e vice-versa).
Fonte: http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/delirium.html
Observação, não confunda Delirium com Delírio. No delírio a memória

38
e a atenção são preservadas e envolve crenças mal fundamentadas, que a

7:
pessoa resiste a qualquer argumentação lógica e que causa sérios prejuízos na

:5
06
vida social do indivíduo.

2
02
/2
67. ( ) As psiconeuroses narcísicas, segundo Freud, incluem as neuroses e

12
1/
perversões.

-2
Gabarito: E

om
Comentários: A psiconeurose narcísica foi descrita, posteriormente por Freud

l.c
ai
como psicose. Aqui foi feita uma salada de conceitos. Psicose é uma coisa,
gm
neurose é outra e perversão outra bem diferente. Nenhuma está englobada na
s@

outra.
ta
an
fd

CESPE - INSS - Analista do Seguro Social – 2008


ia
al

Márcia, que tem 16 anos de idade e é filha de pais separados, mora com a
at
-n

mãe e a avó. Ultimamente, ela vem apresentando um quadro de ansiedade, com


0

intenso medo de sair de casa, de ficar sozinha, inclusive; só o fato de pensar nessa
-2
33

possibilidade desencadeia crise de falta de ar e taquicardia, associada com intenso


.2
74

temor de morrer. Nos momentos em que sente falta de ar e taquicardia, ela solicita
.7

que a levem ao pronto-socorro de imediato, porém, em todas essas ocasiões,


05
-0

nenhuma causa orgânica é identificada. Sua mãe relata que há um ano Márcia decidiu
s

parar de estudar, mostrando desejo de mudar de país. Nos últimos meses, Márcia tem
ta
an

passado grande parte do tempo fazendo companhia a uma prima de sua idade em
D

tratamento oncológico e muito deprimida, a quem Márcia vem tentando ajudar.


s
ta

Com base na situação hipotética acima apresentada e nas diferentes teorias


ei
Fr

da personalidade, julgue os itens a seguir.


ia
ál

68. ( ) De acordo com a teoria psicanalítica, Márcia apresenta uma estrutura


at
N

neurótica, manifestada por uma demanda de amor. Essa estrutura neurótica


impõe restrições em sua vida, como a limitação no seu ir e vir e uma tentativa
de não confrontar-se com as perdas inerentes à sua fase de vida.
Gabarito: C
Comentários: Diagnóstico perfeito. É importante saber distinguir neurose de
perversão e psicose (o que faremos na última aula). Por enquanto, é importante saber
que a neurose refere-se a qualquer desequilíbrio psíquico que causa angústia e
ansiedade, porém ao contrário da psicose e algumas outras desordens mentais, não
impede ou afeta o pensamento racional. Também é conhecida como psiconeurose ou
distúrbio neurótico.

| 123
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Aula 02

CESPE - TJDFT - Analista Judiciário - 2008


A partir de 1952, o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios
Mentais, em sua quarta revisão) substituiu os conceitos de psicose, neurose e
perversão pela noção de distúrbio. Na segunda revisão de classificação das doenças
(CID-10), a OMS definiu os distúrbios mentais e do comportamento segundo os
mesmos critérios do DSM-IV. Considerando essas classificações, dois pacientes, um
diagnosticado com distúrbio dissociativo e outro, com diagnóstico de perturbação do
curso do pensamento, podem apresentar, respectivamente
69. ( ) neurose histérica e esquizofrenia.

38
Gabarito: C

7:
Comentário: Está certo, pois o quadro dissociativo não apresenta sintomas nos quais

:5
06
não há perda de contato com a realidade, o que corresponderia a neurose. Por outro

2
02
lado, a perturbação do curso de pensamento é tipicamente um sintoma típico de

/2
quadros psicóticos tais como a esquizofrenia.

12
1/
70. ( ) transtorno obsessivo compulsivo e paranoia.

-2
Gabarito: E

om
Comentário: A questão está errada. Distúrbios dissociativos e transtorno obsessivo-

l.c
compulsivo são ambos os transtornos em que não há perda de contato com a
ai
gm
realidade, contudo não possuem a mesma natureza. Por outro lado, pode haver
s@

sintomas dissociativos em vários transtornos, (no transtorno obsessivo-compulsivo


ta

também) mas nesse caso, se há um quadro significa que o sintoma desse quadro são
an
fd

primordialmente dissociativos. Por outro lado, pode haver perturbação do curso de


ia
al

pensamento na paranoia.
at
-n
0

71. ( ) personalidade múltipla e melancolia.


-2
33

Gabarito: E
.2

Comentário: Está incorreta, pois a personalidade múltipla é um tipo de transtorno


74
.7

dissociativo, mas a melancolia não se relaciona com a perturbação do curso do


05

pensamento.
-0
s
ta
an

72. ( ) neurose e psicose.


D

Gabarito: C
s
ta

Comentário: Está correto, pois o quadro dissociativo corresponde a um transtorno


ei
Fr

possível em uma pessoa com estrutura neurótica assim como a perturbação do curso
ia
ál

do pensamento é típica de uma pessoa com personalidade psicótica.


at
N

73. ( ) transtorno de pânico e perversão.


Gabarito: E
Comentário: Um quadro dissociativo não corresponde a um quadro de transtorno
de pânico e a perturbação no curso de pensamento não é sintoma comum de uma
pessoa com estrutura perversa. Ou seja, a assertiva está errada.

Com referência aos sintomas inerentes à depressão psicogênica, julgue os


itens que se seguem, à luz da concepção da psicopatologia a respeito dos transtornos
de humor.

| 124
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Aula 02
74. ( ) Na depressão, a ansiedade é sempre manifesta, e são frequentes
também as manifestações somáticas, como a sensação nó na garganta, as
palpitações, as vertigens e o medo em relação ao futuro, futuro esse que é visto
como totalmente desesperançoso, a exemplo do que ocorre com o paciente
melancólico.
Gabarito: E
Comentário: O erro da questão está em afirmar que a ansiedade é sempre manifesta
na depressão.
A Depressão Típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente
associados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade ,

38
tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. A presença de todos esses

7:
sintomas ao mesmo tempo não é obrigatória.

:5
06
75. ( ) Na depressão, a inibição exprime-se sob as formas de cansaço e de

2
02
impotência para assumir as atividades cotidianas, mas o paciente conserva

/2
algo dos laços com o social, e não apresenta a lentidão psíquica e motora

12
1/
típica da melancolia, com sua expressão congelada e sua inacessibilidade às

-2
relações.

om
Gabarito: C

l.c
Comentários: Questão nível Jedi. O CESPE disse que estava correta, mas é possível
ai
gm
diferenciar a melancolia da depressão nesses parâmetros? Vamos fazer uns
s@

apontamentos e depois discutir essa questão. Pela psicanálise, temos diferenças?


ta

Temos sim, confira:


an
fd
ia
al
at
-n
0
-2
33
.2
74
.7
05
-0

Fonte: http://www.palavraescuta.com.br/textos/melancolia-e-depressao-
s
ta

sintomas-em-comum-estruturas-diagnosticas-diferentes
an
D

E pelo DSM-IV?
s
ta

Segundo a classificação do DSM IV para o diagnóstico melancolia são


ei
Fr

necessários:
ia

A. Pelo menos um dos dois


ál
at

1. falta de prazer nas atividades diárias;


N

2. desânimo como reação a um estimulo agradável que em geral causaria


prazer;
B. Pelo menos três dos seguintes
1. a falta de prazer e o desanimo não estão relacionadas a um fato real
que causaria tristeza natural (como no caso da morte de um próximo);
2. a depressão é agravada na parte da manhã;
3. o despertar é adiantado pelo menos em duas horas em comparação ao
usual;
4. profunda agitação psicomotora ou languidez intensa;

| 125
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Professor Alyson Barros
Aula 02
5. perda de peso significante ou anorexia;
6. sentimento de culpa constante e inapropriado.
E ainda cito mais: Características melancólicas
O termo "melancolia" tem sido empregado, nas atuais classificações (como
o DSM IV), para designar o subtipo anteriormente chamado de "endógeno", "vital",
"biológico", "somático" ou "endogenomorfo" de depressão. Considerado por muitos
como o "protótipo" ou síndrome nuclear das depressões, a melancolia – ao contrário
de outras formas de depressão – parece constituir-se em um grupo mais homogêneo,
que responde melhor a tratamentos biológicos, e para o qual os fatores genéticos
seriam os principais determinantes.

38
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-

7:
44461999000500003

:5
06
Mas, Alyson, que “arrodeio” é esse? De onde a Cespe tirou que a melancolia

2
02
tem lentidão motora e psíquica? Não sei, por isso temos que considerar, aqui, que a

/2
Cespe adotou um posicionamento diante da conceituação da melancolia!!! Anote

12
1/
isso.

-2
om
76. ( ) As condutas suicidas são muito frequentes na depressão e constituem,

l.c
quase sempre, pedido de socorro, pouco grave em suas consequências e com
ai
gm
valor de manipulação de seu meio, sendo menos preocupantes do que as
s@

tentativas suicidas do paciente melancólico, no qual têm caráter definitivo e


ta

atroz.
an
fd

Gabarito: E
ia
al

Comentário: As tentativas de suicídio não devem ser encaradas como menos graves
at
-n

dependendo do tipo de transtorno, pois elas podem representar pedidos de socorro


0

e manipulação, mas, podem ser expressão também de comportamentos graves nos


-2
33

quais as pessoas realmente podem querer findar suas vidas. Além disso, temos que
.2

contar sempre com aqueles que por mais que queiram apenas pedir socorro, põem
74
.7

acidentalmente acabar sendo bem sucedidos em tais tentativas.


05
-0
s

Com relação à classificação psicodiagnóstica dos quadros psicopatológicos


ta
an

de sujeitos que sofrem dano psíquico ou agressão produzida por um evento sobre seu
D

psiquismo, de forma a provocar perturbação, distúrbio, disfunção ou transtorno que


s
ta

restrinjam sua vida, julgue os itens a seguir.


ei
Fr

77. ( ) O quadro psicopatológico leve do dano psíquico constitui uma


ia
ál

conformação patológica de índole reativa, com comprometimento


at
N

substancial para as relações sociais e indicação de tratamento psicoterápico


permanente.
Gabarito: E
Comentário: O erro está em tratamento "permanente" nesse caso.

78. ( ) É classificado como moderado o quadro psicopatológico do dano


psíquico que apresenta sintomas manifestos com persistência do
funcionamento psíquico prévio ao dano e com indicação de tratamento não-
inferior a um ano, como nas depressões e nas fobias.
Gabarito: C

| 126
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Aula 02
Comentários: A persistência dos sintomas não sendo tão prolongada e a prevalência
do funcionamento psíquico com tratamento inferior a um ano deixa claro que esse é
um quadro moderado, pois os sintomas parecem não afetar de maneira significativa
a vida do indivíduo.

79. ( ) A situação de irreversibilidade do quadro psicopatológico, marcado pela


impossibilidade de adaptação do sujeito, com alterações importantes
observadas entre os períodos pré-traumático e pós-traumático, corresponde
a um dando psíquico classificado como grave.
Gabarito: C

38
Comentário: Está correto, pois a gravidade do dano psíquico pode ser mensurado em

7:
quanto ele causa prejuízo em outras áreas da vida do indivíduo. No caso descrito, fica

:5
06
óbvio que este é um quadro grave, já que ele é irreversível e os sintomas são graves

2
02
tanto antes quanto depois do evento estressor.

/2
12
1/
CESPE- TRE BA - Analista Judiciário – 2010

-2
Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia.

om
80. ( ) A anorexia mental tem grande prevalência em adolescentes e

l.c
relaciona-se ao impasse de tornar-se adulto. Os adolescentes encontram, no
ai
gm
emagrecimento provocado, satisfação da necessidade de controle e prazer
s@

narcísico advindo da manipulação do corpo, além do sentimento de poder e


ta

da negação da gravidade da situação.


an
fd

Gabarito: C
ia
al

Comentário: Está certo o item, pois o Manual afirma que mais de 90% dos casos de
at
-n

anorexia ocorrem em mulheres jovens.Com relação à anorexia nervosa, fica claro que
0

a grande dificuldade enfrentada no tratamento dessa condição é a forma


-2
33

“egossintônica do transtorno”, ou seja, o paciente não acha seu comportamento


.2

alimentar bizarro e nem atípico, o que acarreta, desde o início, a um vínculo


74
.7

terapêutico difícil e, até mesmo impossível, pois seguidamente o paciente não


05

apresenta uma demanda para tratamento.


-0
s
ta
an

81. ( ) É frequente encontrar sujeito com anorexia em famílias rígidas e


D

encerradas em si mesmas. Normalmente, há, nesses casos, uma relação de


s
ta

extrema confiança com a mãe e uma convivência tão próxima que anula a
ei
Fr

vontade de independência desse sujeito, que é carente de afetos,


ia
ál

excessivamente racional e apresenta tendência ao perfeccionismo.


at
N

Gabarito: E
Comentário: A questão está apenas parcialmente correta. Muitas anoréxicas
pertencem a famílias rígidas e fechadas em si mesmas, e comumente têm
um relacionamento patológico com a mãe. As anoréxicas são frequentemente
pessoas dependentes, mas atuando de uma maneira de perfeita independência,
muito carentes de afeto, com quase obsessiva tendência para o perfeccionismo
intelectual, que as leva à quase incurável racionalização.

82. ( ) A tentativa de suicídio está relacionada a um conjunto de fatores,


como depressão severa, baixa tolerância a angustia ou a dores físicas, desejo

| 127
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Aula 02
de controlar os eventos ou de evitar confrontar-se a uma autoimagem
desvalorizada. As tentativas repetidas de suicídio são uma prova de que o
sujeito não quer, de fato, perder a vida, mas quer a atenção, não havendo
riscos reais nesses casos.
Gabarito: E
Comentário: O erro da questão está em afirmar que não há riscos reais nos casos de
tentativas reiteradas de suicídio. Qualquer comportamento suicida deve ser levado a
sério. O comportamento suicida abrange tanto os gestos suicidas (ações suicidas sem
intenção de serem fatais), quanto as tentativas de suicídio (ações que pretendem ser
fatais, mas não são concluídas) e o suicídio consumado (ato que resulta na eliminação

38
da própria vida). A tentativa de suicídio é um sinal claro de doença mental e o

7:
psicólogo deve dar o devido valor para isto.

:5
06
2
02
83. ( ) Uma atuação ou acting-out é um comportamento que pode legar à

/2
concretização de um suicídio, por exemplo, quando o sujeito,

12
1/
inconscientemente, envolve-se em acidentes ou situações que colocam em

-2
risco sua própria vida, ou seja, quando, sem poder dar uma interpretação

om
simbólica a sua angústia, o sujeito apresenta uma atuação com efeito de

l.c
passagem ao ato.
ai
gm
Gabarito: C
s@

Comentário: Acting out é um termo usado na linguagem de mecanismos de defesa e


ta

autocontrole , ou seja, para executar uma ação em contraste com o rolamento e gerir
an
fd

o impulso de realizá-lo. A atuação é realizada geralmente antissocial e podem admitir


ia
al

a maneira de agir sobre os impulsos de um vício (por exemplo, beber, usar drogas ou
at
-n

roubo) ou no meio projetado (muitas vezes inconsciente ou semi-conscientemente)


0

para chamar atenção (ex.: jogando uma birra ou comportar promiscuamente).


-2
33
.2

CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência – 2010


74
.7

Julgue os itens a seguir, a respeito de psicopatologia e diagnóstico


05

diferencial.
-0
s

84. ( ) O sintoma mais comum do transtorno de ansiedade generalizada é a


ta
an

apreensão inespecífica; o do transtorno obsessivo-compulsivo é a fixação em


D

um tema preferencial, como sujeira ou contaminação.


s
ta

Gabarito: C
ei
Fr

Comentário: As características gerais dos quadros estão descritas corretamente.


ia
ál
at
N

85. ( ) A toxicomania e a psicose apresentam alguns pontos em comum, entre


os quais se incluem a precariedade subjetiva e a foraclusão da lei paterna.
Gabarito: C
Comentário: Está correto. Para Lacan, nos casos de toxicomania e psicose, existe a
foraclusão do nome do pai.

86. ( ) A depressão e a melancolia, manifestações da mesma estrutura


psíquica, apresentam os seguintes sintomas: negativismo, falta de ânimo,
fantasias autodestrutivas e distúrbios somáticos.
Gabarito: E

| 128
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Aula 02
Comentário: Na verdade, a melancolia é uma antiga classificação para depressão,
não sendo manifestação da mesma estrutura psíquica e sim nomenclaturas
diferentes para um mesmo fenômeno.

87. ( ) As manifestações de tristeza, luto e irritabilidade são transtornos


indicativos de depressão severa e devem ser tratados com antidepressivos.
Gabarito: E
Comentário: De acordo com o DSM IV, o luto e a irritabilidade não são critérios
diagnósticos para a depressão.

38
88. ( ) O comportamento de evitação e as compulsões são muito comuns nos

7:
casos de transtorno obsessivo-compulsivo; nas fobias, não se verifica

:5
06
ocorrência de obsessões ou compulsões.

2
02
Gabarito: C

/2
Comentário: Está correto. As fobias têm como característica principal o medo irreal

12
1/
de um determinado estímulo.

-2
om
89. ( ) Pesadelos, sonhos recorrentes, fobia a situação, pessoa ou lugar associados

l.c
a estressor que tenha causado risco de morte são sintomas típicos de estresse
ai
gm
pós-traumático.
s@

Gabarito: C
ta

Comentário: Os sintomas estão adequadamente descritos. O TEPT é um transtorno


an
fd

ansioso que geralmente se desenvolve após a ocorrência de uma situação


ia
al

excessivamente estressante para o indivíduo.


at
-n
0

90. ( ) A maioria dos pacientes com transtorno obsessivo compulsório (TOC)


-2
33

é acometida de ataques de ansiedades, com características de ataque de


.2

pânico, sendo esses ataques secundários aos medos obsessivos de


74
.7

contaminação, por exemplo.


05

Gabarito: C
-0
s

Comentário: Está correto. É comum que indivíduos portadores de TOC quando se


ta
an

aproximam das situações que lhe causam ansiedade devido a ocorrência das
D

obsessões apresentem sintomas de uma crise de pânico. Contudo estes ataques não
s
ta

são inespecíficos ou imprevisíveis, estando associados às obsessões.


ei
Fr
ia
ál

CESPE - INCA - Tecnologista Júnior – 2010


at
N

A respeito do psicodiagnóstico diferencial dos transtornos de adaptação e


das reações ao estresse, julgue os itens a seguir.
91. (C) A reação aguda ao estresse (CID-X: F43.0), ou fadiga de combate é
transitória, pode desaparecer em alguns dias ou horas, se manifestando de
início por um estado de aturdimento, desorientação, taquicardia, ondas de
calor, e ocorre apenas quando não se manifesta nenhum outro transtorno
mental em seguida a um estresse excepcional.
Comentário. Está correto. Os sintomas se manifestam habitualmente nos minutos
que seguem a ocorrência do estímulo ou do acontecimento estressante e
desaparecem no espaço de dois a três dias (freqüentemente em algumas horas).

| 129
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92. (C) O estado de estresse pós-traumático (CID-X: F43.1), ou neurose


traumática constitui uma resposta retardada a um evento estressante, cujo
período que separa a ocorrência do traumatismo do transtorno varia de
algumas semanas a meses, alguns de seus sintomas sendo a rememoração do
evento traumático sob a forma de lembranças invasivas, pesadelos, anedonia,
estado de alerta e insônia.
Comentário: Os sintomas estão corretamente descritos. Essa
sintomatologia se desenvolve após a ocorrência de uma situação de estresse intenso
para o indivíduo.

38
7:
93. (C) Os transtornos de adaptação (CID-X: F43.2) caracterizam-se por um

:5
06
estado de sofrimento emocional subjetivo que entrava o desempenho social,

2
02
em razão da adaptação a uma mudança existencial ou a um acontecimento

/2
estressante, como o luto, ou crise do desenvolvimento, como a escolarização,

12
1/
a aposentadoria, o hospitalismo da criança, excluindo o transtorno ligado à

-2
angústia de separação na infância.

om
Comentário: Tanto os sintomas dos transtornos de adaptação quanto as

l.c
situações que acarretam tais sintomas estão adequadamente descritos. A angústia
ai
gm
de separação é diferente, pois a criança se antecipa a possível separação dos pais, se
s@

sentindo ansiosa. Os transtornos de adaptação, por outro lado, ocorrem no curso de


ta

uma situação excepcionalmente estressante ou pouco após de tal acontecimento.


an
fd
ia
al

94. (C) Os transtornos de adaptação não são transitórios e não desaparecem


at
-n

depois de seis meses, nem é preciso que o evento estressante seja maciço ou
0

abrupto, e sim contínuo e acumulativo, sendo a cronicidade do estresse


-2
33

decisiva para definir esse diagnóstico.


.2

Comentário: Está correta. A cronicidade do estresse é decisiva para o


74
.7

diagnóstico.
05
-0
s

95. (C) As manifestações depressivas e de ansiedade do paciente de câncer


ta
an

nem sempre são a expressão de um transtorno de ansiedade e podem ser a


D

conseqüência de esforços contínuos realizados para se adaptar.


s
ta

Comentário: Está correto. As situações de adoecimento, principalmente as


ei
Fr

crônicas, podem ocasionar esse tipo de sintoma nos pacientes. Contudo, tais
ia
ál

sintomas não existiriam por si só, estando relacionados apenas a situação


at
N

cronicamente estressante. O profissional deve ser capaz de identificar se esses


sintomas aconteceram em outros contextos, ou se são fruto da situação de doença.

96. (E)São sintomas ansiosos a crise de choro, os medos, o sentimento de perda


de controle, a agressividade, a irritabilidade e a ideação suicida, e sintomas
depressivos o isolamento, a perda da auto-estima e do interesse nas
atividades habituais e a autoacusação.
Comentários: Alguns sintomas não podem ser considerados ansiosos. São
eles: isolamento, perda de autoestima, ideação suicida. Ou seja, a questão está
errada.

| 130
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Aula 02

SEGERES - Especialista em Desenvolvimento Humano e Social – 2011


Com relação a transtorno psicótico breve, julgue os itens que se seguem.
97. (C) Esse tipo de transtorno pode acontecer sem estressor acentuado e com
início no pós-parto.
Comentário: Assim como em outros quadros psicóticos, o transtorno
psicótico breve pode ser desencadeado sem que haja um episódio estressante
presente. Contudo, também pode ser precipitado por situações encaradas como
estressantes como o caso do período pós-parto.

38
98. (E)Indivíduos com transtorno psicótico breve costumam experimentar

7:
confusão, mas não apresentam oscilações intensas de afeto.

:5
06
Comentário: No transtorno psicótico breve, todas as alterações de qualquer

2
02
outro transtorno psicótico estão presentes, inclusive as alterações de afeto, Portanto

/2
a questão está errada.

12
1/
-2
99. (C) Não se pode diagnosticar paciente como portador de transtorno

om
psicótico breve se os sintomas psicóticos por ele apresentados são mais bem

l.c
explicados por um episódio de humor.
ai
gm
Comentário: Está correto, pois se os sintomas psicóticos acontecem no
s@

curso de um episódio de humor, a classificação correta é episódio de humor com


ta

sintomas psicóticos, ou seja estes últimos são secundários em relação ao episódio de


an
fd

humor.
ia
al
at
-n

100. (E) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento


0

amplamente desorganizado ou catatônico e estupor ou coma são sintomas de


-2
33

transtorno psicótico breve.


.2

Comentário: Nesse tipo de transtorno não está presente o estado de coma,


74
.7

por isso está incorreta a informação.


05
-0
s

TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


ta
an

Julgue os itens seguintes, acerca das concepções de sublimação segundo


D

Freud.
s
ta

101. (E) O recalque — mecanismo básico das psicoses que dificulta o


ei
Fr

engajamento do sujeito no campo social — pode resultar do prazer pulsional


ia
ál

que não pôde ser sentido como tal e que não foi sublimado.
at
N

Comentário: O recalque é o mecanismo básico da neurose! O Mecanismo


básico da Psicose é a foraclusão! Na neurose, o indivíduo entra em contato com o real,
ou seja se engaja no campo social. Na psicose por outro lado, há um repúdio de tal
realidade, ou seja, esse real não seria dialetizado com nenhum outro significante
impossibilitando o seu recobrimento.

Julgue os itens que se seguem, acerca das neuroses segundo Freud e Lacan.
102. (E) Para Lacan, a neurose assume sua forma original no processo de
transferência com o analista e no processo de identificação.
Comentários: Essa concepção é freudiana e não lacaniana.

| 131
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Aula 02

103. (E) A clínica da neurose obsessiva — ideia desenvolvida por Freud —


focaliza como os elementos do desejo se estruturam, especialmente em
relação à demanda do outro.
Comentário: Está incorreta, pois Freud discorre sobre algumas
particularidades do neurótico obsessivo como a onipotência de seus pensamentos e
a necessidade de incerteza e da dúvida em suas vidas. Quanto ao primeiro, ele elucida
que, devido à onipotência dos seus pensamentos, os neuróticos obsessivos são
forçados a superestimar as implicações de seus sentimentos hostis sobre o mundo
externo. Em relação aos outros dois (incerteza e da dúvida), Freud (1909) expõe que

38
os neuróticos obsessivos esforçam-se por protelar qualquer decisão e são incapazes

7:
de chegar a uma decisão, especialmente em matéria de amor. Dessa forma, os

:5
06
elementos de desejo se estruturam mais sobre si mesmos do que em relação a

2
02
demanda do outro.

/2
12
1/
104. (E) A foraclusão da castração é parte da clínica da histeria.

-2
Comentário: A foraclusão da castração está relacionada a psicose e não a

om
histeria, uma condição essencialmente neurótica.

l.c
ai
gm
105. (C) De acordo com Freud, o desejo apoia-se no fantasma de amar e ser
s@

amado, o que justifica a angústia neurótica.


ta

Comentário: O corpo sobre o qual fala a psicanálise é um corpo


an
fd

fantasmático, habitado pela linguagem e representado pelas fantasias do desejo ou


ia
al

pelos representantes psíquicos das pulsões, e como tal, ele é um suporte físico do
at
-n

nosso mundo interior, da nossa realidade psíquica. “ É para o ‘fantasma’ que se dirige
0

o desejo e não para o real” (Garcia-Roza, 1994, pp.102). Dessa forma, é correto afirmar
-2
33

que a angústia neurótica se associa a esse fantasma e não ao real.


.2
74
.7

106. (C) De acordo com Freud, a inibição da capacidade de trabalho observada


05

nos neuróticos decorre da falta de gratificação pulsional.


-0
s

Comentários: Para Freud, as condições do trabalho externas ao sujeito


ta
an

podem levar a uma inibição da gratificação pulsional, diminuindo seu bem estar no
D

trabalho, o que consequentemente acarreta diminuição da capacidade de trabalho.


s
ta
ei
Fr

CESPE – STJ – 2012


ia
ál

Acerca dos transtornos do humor, julgue os itens a seguir.


at
N

107. (E) O transtorno ciclotímico caracteriza-se pela ocorrência de períodos


de hipomania alternados com períodos de mania.
Comentários: O erro da assertiva está em enfatizar a mania e a hipomania.
Na verdade, o transtorno ciclotímico é caracterizado pela alternância entre sintomas
depressivos e de hipomania. Assim, a assertiva está errada.

108. (E) A ciclotimia consiste em um transtorno do humor bipolar cujos


sintomas incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos leves.
Comentários: Vamos por partes. A ciclotimia é um transtorno do humor
bipolar pelo DSM-IV:

| 132
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Aula 02
Transtornos Bipolares
F30.x/F31.x - 296.xx Transtorno Bipolar I
F31.8 - 296.89 Transtorno Bipolar II
F34.0 - 301.13 Transtorno Ciclotímico
F06.xx - 296.80 Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação
Outros Transtornos do Humor
F06.xx - 293.83 Transtorno do Humor Devido a... [Indicar a
Condição Médica Geral]
Transtorno do Humor Induzido por Substância
F39 - 296.90 Transtorno do Humor Sem Outra Especificação

38
E, não há na literatura a presença de “fortes surtos de hipomania” ou de

7:
quadros depressivos. O que existe são sintomas de hipomania e sintomas depressivos

:5
06
(PEGADINHA DO CESPE). Comprovamos isso pelos critérios do diagnóstico proposto

2
02
pelo próprio DSM-IV:

/2
Critérios Diagnósticos para F34.0 - 301.13 Transtorno Ciclotímico

12
1/
A. Por 2 anos, pelo menos, presença de numerosos períodos

-2
com sintomas hipomaníacos e numerosos períodos com sintomas

om
depressivos que não satisfazem os critérios para um Episódio

l.c
Depressivo Maior.
ai
gm
Nota: Em crianças e adolescentes, a duração deve ser de pelo
s@

menos 1 ano.
ta

B. Durante o período de 2 anos estipulado acima (1 ano para


an
fd

crianças e adolescentes), a pessoa não ficou sem os sintomas do


ia
al

Critério A por mais de 2 meses consecutivos.


at
-n

C. Nenhum Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco ou


0

Episódio Misto esteve presente durante os 2 primeiros anos da


-2
33

perturbação.
.2

Nota: Após os 2 anos iniciais (1 ano para crianças e


74
.7

adolescentes) do Transtorno Ciclotímico, pode haver sobreposição de


05

Episódios Maníacos ou Mistos (sendo que neste caso Transtorno


-0
s

Bipolar I e Transtorno Ciclotímico podem ser diagnosticados


ta
an

concomitantemente) ou de Episódios Depressivos Maiores (podendo-


D

se, neste caso, diagnosticar tanto Transtorno Bipolar II quanto


s
ta

Transtorno Ciclotímico)
ei
Fr

D. Os sintomas no Critério A não são melhor explicados por


ia
ál

Transtorno Esquizoafetivo nem estão sobrepostos a Esquizofrenia,


at
N

Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno


Psicótico Sem Outra Especificação.
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de
uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma
condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
F. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo
ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras
áreas importantes da vida do indivíduo.
Assim, a assertiva está errada.

| 133
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Aula 02
109. (E) Pacientes com transtorno bipolar do tipo II apresentam pelo menos
um episódio de mania e um de depressão.
Comentários: Eu sei, a CESPE aloprou. Essa questão e essa prova mostram o
quanto que a CESPE se preocupa com a sutileza dos conteúdos. Vejamos o DSM-IV:
A característica essencial do Transtorno Bipolar II é um curso clínico marcado
pela ocorrência de um ou mais Episódios Depressivos Maiores (Critério A),
acompanhados por pelo menos um Episódio Hipomaníaco (Critério B).
É caro aluno, é possível perceber que o nível de estudo para esse tipo de
prova deve ser mais aprofundado que o que as outras bancas exigem.
Assertiva errada.

38
7:
110. (E) Alucinações e delírios são sintomas psicóticos incompatíveis com a

:5
06
sintomatologia dos transtornos do humor.

2
02
Comentários: Essa é boa. O DSM-IV (minha bíblia para esses assuntos) não é

/2
claro quanto a existência de alucinações e delírios nos seus critérios de diagnóstico

12
1/
de transtorno de humor. Isso significa que essa bíblia dos transtornos mentais não é

-2
suficiente para as provas da CESPE. Precisaremos de outros referenciais!

om
Sabemos que é possível ocorrer esses dois fenômenos nesses transtornos,

l.c
como comprovamos a seguir:
ai
gm
s@

DELÍRIOS E ALUCINAÇÕES NOS TRANSTORNOS AFETIVOS


ta
an

A Depressão Grave (ou Maior, segundo o DSM-IV), é um Transtorno


fd

Afetivo de características depressivas e de natureza predominantemente


ia
al

biológica. Era, anteriormente, chamada de PMD (Psicose Maníaco Depressiva),


at
-n

tipo ou fase depressiva. Atualmente classifica-se em TRANSTORNOS DO


0

HUMOR, subtipos EPISÓDIO DEPRESSIVO (quando único) ou TRANSTORNO


-2
33

DEPRESSIVO RECORRENTE (quando múltiplos).


.2
74

O que encontramos mais freqüentemente nos distúrbios


.7

depressivos são sintomas atrelados predominantemente à afetividade,


05
-0

normalmente sem severo prejuízo da crítica, sintomas estes decorrentes de


s

uma tríade sintomática básica e caracterizada por:


ta
an

1 - estreitamento do campo vivencial;


D

2 - inibição psíquica e;
s
ta

3 - sofrimento moral.
ei
Fr

Entretanto, nos casos mais graves há a classificação de DEPRESSÃO


ia
ál

MAIOR COM SINTOMATOLOGIA PSICÓTICA, quando então temos delírios e


at
N

alucinações, confusão ou outros sintomas francamente psicóticos. Apesar da


exuberância de tais sintomas, devemos ter sempre o cuidado em considerar
tais fenômenos psicóticos (neste caso da depressão) como sendo de natureza
secundária ao humor e não primária como nas esquizofrenias.
Como o nome diz, são SINTOMAS PSICÓTICOS e não uma doença
psicótica. Em graus mais severos, a depressão maior pode resultar num
quadro francamente autista, exuberantemente delirante ou mesmo
alucinatório, porém, tais sintomas serão sempre de natureza secundária à
própria depressão.

| 134
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Aula 02
Embora o juízo crítico possa estar conservado nos pacientes
deprimidos, suas vivências são suportadas com grande sofrimento e com
perspectivas tão pessimistas que a interpretação da realidade assume caráter
alterado: vai desde idéias falseadas, passando por idéias supervalorizadas, até
o Delírio humor-congruente franco. Por não se tratar de um fenômeno de
natureza primária, mas sim secundário ao afeto depressivo, alguns autores
chamam esses delírios humor-congruentes de ideias deliróides .
O tema dos Delírios nos pacientes deprimidos é, de acordo com a
ideia de humor-congruência (compatível com o humor) de ruína, de pecado,
de podridão ou qualquer outro tema auto-pejorativo. O mesmo fenômeno

38
pode aparecer nos casos de Euforia, ou seja, nas fases de euforia do

7:
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (antigo PMD, fase de Euforia). Neste caso a

:5
06
temática delirada será de grandeza, de messianismo, de super-poderes ou

2
02
coisas que enaltecem delirantemente o ego do paciente.

/2
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=103

12
1/
Desse modo, a assertiva está errada.

-2
om
111. (C) Em um episódio misto de bipolaridade, ocorrem, quase todos os

l.c
ai
dias, sintomas de episódios maníacos e de episódios depressivos, como
gm
rebaixamento da necessidade de dormir, alegria e pensamentos suicidas.
s@

Comentários: Afirmação perfeita. Sempre que falarmos em episódios


ta
an

mistos, estaremos diante dessa conceituação: um Episódio Misto é caracterizado pela


fd

ocorrência de sintomas de um Episódio Maníaco e de um Episódio Depressivo Maior,


ia
al

quase todos os dias por pelo menos uma semana. Assertiva correta.
at
-n
0

Um paciente que apresentava respostas de apatia, tristeza, evidente


-2
33

rebaixamento da libido, insônia e perda de peso recebeu o diagnóstico de depressão


.2
74

e iniciou tratamento psicológico de base cognitivo-comportamental.


.7

Tendo como referência a situação acima apresentada, julgue os itens a


05
-0

seguir:
s
ta
an

112. (C) A psicoterapia enfatizará a modificação tanto de pensamentos


D

disfuncionais — para se reduzirem os sintomas depressivos — quanto de


s
ta

crenças — para se prevenirem recaídas.


ei
Fr

Comentários:
ia
ál

Correto. Se você já conhece os fundamentos dessa terapia, pule para a


at
N

próxima questão. Caso não conheça, farei alguns comentários pertinentes. A terapia
cognitivo-comportamental (TCC) nasceu da integração entre conceitos e técnicas
cognitivas e comportamentais e, oficialmente, o seu pai é o americano Aaron Beck.
Curiosamente, ele era psicanalista antes de adentrar no mundo da TCC.
Fundamentalmente, a TCC busca a correção do mundo cognitivo em suas mais
diversas esferas. Veja que a assertiva distingue pensamentos disfuncionais de
crenças. Realmente, existe essa diferenciação para a TCC. Vamos a algumas
definições utilizadas na terapia cognitiva:
Pensamentos Automáticos: são pensamentos espontâneos, breves,
coexistindo com nossos fluxos de pensamentos mais manifestos. São pré-conscientes

| 135
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Aula 02
e na maior parte das vezes não os percebemos, embora possamos fazer isto com um
pouco de treino. Os pensamentos automáticos manifestam a maneira como
significamos as situações bem como as distorções que fazemos da realidade. Podem
estar em formas verbais, visuais ou ambas. Assumimos estes pensamentos
automáticos como verdadeiros, porém, quando tomamos consciência dos mesmos e
os ligamos às nossas crenças centrais, verificamos o sentido dos mesmos, podendo
assim questionar o seu funcionamento.
Esquemas: Esquemas são estruturas cognitivas de formação de significados
que vamos desenvolvendo desde cedo e que nos auxiliam a interpretar e explicar o
mundo. Nas palavras do próprio Beck: “um esquema é uma estrutura cognitiva que

38
filtra, codifica e avalia os estímulos aos quais o organismo é submetido. Com base na

7:
matriz de esquemas, o indivíduo consegue orientar-se em relação ao tempo e espaço

:5
06
e categorizar e interpretar experiências de maneira significativa”. Alguns autores

2
02
consideram os esquemas como sinônimos das crenças intermediárias.

/2
Crenças Centrais: são conteúdos cognitivos rígidos e profundos, ideias

12
1/
centrais que a pessoa tem de si mesma, dos outros e do mundo. Alguns autores

-2
também a chamam de esquemas. Beck, porém, enfatiza a diferença entre a estrutura

om
cognitiva, o chamado esquema, e o conteúdo da estrutura, no caso a crença central.

l.c
Uma pessoa que desenvolve um esquema ligado ao abandono, pode desenvolver
ai
gm
uma crença central como “eu não mereço ser amado”; “não posso confiar em
s@

ninguém”; “os outros irão magoar-me”.


ta

Crenças Intermediárias: são o nível existente entre os Pensamentos


an
fd

Automáticos e as crenças centrais. As crenças intermediárias constituem uma forma


ia
al

de reduzir o sofrimento provocado pelas crenças centrais, consistindo basicamente


at
-n

de regras e suposições como “eu devo”, “eu tenho que”, “se... então”.
0

Distorções Cognitivas: Os pacientes que procuram e, de certa forma, todos


-2
33

nós, temos as chamadas distorções cognitivas, que são expressas em pensamentos


.2

automáticos disfuncionais. Dentro da teoria da mente como processamento da


74
.7

informação, nossos esquemas distorcem a realidade para que esta se torne


05

condizente com nossas crenças centrais.


-0
s

Espero que com essas breves considerações tenha sido possível uma
ta
an

contextualização da TCC.
D
s
ta

113. (C) O psicólogo deve familiarizar o paciente com aspectos teóricos e


ei
Fr

práticos da abordagem adotada, pois esse passo é um componente essencial


ia
ál

do processo terapêutico.
at
N

Comentários:
Mais uma assertiva bem escrita. Um dos fundamentos da TCC é o seu caráter
psicoeducativo. Esse conceito remete à ideia de que o paciente deve compreender os
aspectos teóricos adotados na abordagem e os conceitos que norteiam a sua
condição. Além disso ressalto que os conceitos explicados para o paciente são apenas
aqueles ligados às suas circunstâncias. O objetivo não é formar teóricos em TCC, mas
dar subsídios para que o paciente possa se monitorar e se interpretar. Assertiva
correta.

| 136
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114. (E) A terapia cognitivo-comportamental da depressão opõe-se ao uso
de técnicas advindas dos princípios estabelecidos nos condicionamentos
clássico e operante.
Comentários: Na TCC usa-se tanto princípios do condicionamento clássico
como do operante. Assertiva Errada.

115. (E) O tratamento psicológico demanda a identificação do gatilho


biológico desencadeador dos sintomas apresentados pelo paciente, a fim de
que o controle adequado de estímulos seja iniciado no processo terapêutico.

38
Comentários: Muita atenção nessa assertiva. Na maioria dos casos, não

7:
existem “gatilhos” biológicos para a explicação da sintomatologia. E digo ainda mais,

:5
06
o foco não deve ser extensivo nos gatilhos biológicos ou psicossociais que porventura

2
02
possam ter existido no passado. O foco é no aqui e agora e o terapeuta deve identificar

/2
os elementos mantenedores do quadro.

12
1/
Ressalto, ainda, que o processo terapêutico pode começar mesmo antes da

-2
identificação total desses elementos mantenedores e que dentro dos mesmos

om
podemos encontrar estímulos biológicos que levam à condição trabalhada. Assertiva

l.c
errada.
ai
gm
s@

116. (E) As características comportamentais e cognitivas da depressão são


ta

substancialmente diferentes das características de tristeza de um indivíduo


an
fd

normal, seja sob o ponto de vista somatogênico, seja sob o enfoque


ia
al

ambientalista.
at
-n

Comentários: Essa é bem sutil. O substrato da depressão e da tristeza é o


0

mesmo, porém, a depressão tem maior intensidade. Assertiva errada.


-2
33
.2

117. (C) Os sintomas apresentados pelo paciente em questão podem


74
.7

manifestar-se em decorrência de outras doenças físicas ou mentais, ou, ainda,


05

em resposta ao uso de determinadas substâncias medicamentosas.


-0
s

Comentários: Assertiva correta. Existem outras especificações que podem


ta
an

causar a sintomatologia referida (como a utilização de alguns remédios para controle


D

cardíaco, hipotireoidismo, etc.).


s
ta
ei
Fr
ia
ál

Julgue os próximos itens, relativos a transtornos da ansiedade.


at
N

118. (E) O inventário de ansiedade traço-estado (IDATE), proposto por


Spielberger, avalia as características de ansiedade relativamente estáveis de
um organismo, deixando de mostrar variações situacionais e transitórias,
decorrentes de mudanças ambientais.
Comentários:
Assertiva errada. O IDATE é um inventário auto administrado de 20 questões
que serve para avaliar as dimensões do “estado-traço” e “estado-fator”.
Ansiedade Traço – conceito de dimensão mais estável da personalidade que
avalia, entre outras coisas, a auto-imagem e a tendência naturalizada em perceber

| 137
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como ameaçadoras algumas circunstâncias que não são. Seria a ansiedade como
traço de personalidade.
Ansiedade Estado – conceito dinâmico da pessoa no ambiente que concebe
a ansiedade como estado emocional temporário que depende da ação dos estímulos
ambientais, com sentimentos de apreensão e tensão conscientes. Em suma, é a
ansiedade situacional.
Assim, a ansiedade “dinâmica” também é medida no conceito de ansiedade
estado. Assertiva errada.

119. (C) A existência de um transtorno de ansiedade pode aumentar em até

38
quatro vezes o risco de dependência de álcool ou de outras drogas.

7:
Comentários: Então. Essa tem cara de estar certa, tem jeito de estar certa,

:5
06
mas não é possível responder com segurança. Não encontrei na Nature, no Scielo ou

2
02
no Google referências a esse dado referido (risco ampliado em quatro vezes).

/2
Encontrei alguns bons estudos falando de uma incidência significativa de transtornos

12
1/
de ansiedade associados à dependência de álcool ou de outras drogas. Como por

-2
exemplo:

om
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34349/000790164.pdf?sequence

l.c
=1
ai
gm
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol35/s1/55.htm
s@

http://www.scielo.br/pdf/paideia/v20n46/03.pdf
ta

O problema é fazer o caminho inverso. Apesar de sabermos que o abuso de


an
fd

substância está ligado a ocorrência de transtornos de ansiedade, não está assentada


ia
al

na literatura que pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade estão “x” vezes
at
-n

mais propensas a desenvolver dependência de álcool ou de outras drogas. Sabemos


0

que isso ocorre, porém, é um conhecimento que precisa de maior refinamento.


-2
33

Pessoalmente creio que a frase tem um sentido correto, mas a CESPE se arriscou ao
.2

falar em quatro vezes.


74
.7

Por fim, cito um trecho do DSM-IV:


05

Pode haver um risco aumentado de Transtorno de Pânico, Agorafobia,


-0
s

Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Fobia Social, Fobia Específica, Transtorno


ta
an

Depressivo Maior, Transtorno de Somatização e Transtornos Relacionados a


D

Substâncias. Não se sabe até que ponto esses transtornos precedem ou se seguem ao
s
ta

início do Transtorno de Estresse Pós-Traumático.


ei
Fr

Assim: assertiva correta, mas com ressalvas.


ia
ál
at
N

120. (C) A maioria dos portadores de transtorno de ansiedade é também


acometida de transtornos depressivos.
Comentários: Mas CESPE...
Questão errada! Nessa não podemos forçar a barra como fizemos na
questão anterior. A CESPE se equivocou ao falar que portadores de transtornos de
ansiedade tem, em sua maioria, transtornos depressivos associados. Na verdade, eles
têm SINTOMAS depressivos. Existe uma diferença conceitual significativa entre
“transtorno” e “sintomatologia”. Enquanto que transtorno representa distúrbio e/ou
doença, sintoma é definido como uma característica identificável de um

| 138
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distúrbio/doença. Poderíamos forçar a barra e dizer que o transtorno é o conjunto de
sintomas. A referência que uso para falar dos sintomas é:
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=185&sec=96
Veja um gráfico lá apresentado:

Poxa Alyson, tem que ser chato com os conceitos do jeito que você está

38
7:
sendo? Nos textos que leio eles confundem os conceitos de transtornos depressivos e

:5
06
sintomas depressivos, tenho de me ater à literalidade dos conceitos?

2
Acredito que sim! Isso vai evitar duplas interpretações. Claro que essa minha

02
/2
orientação não é perfeita, mas também nem sempre a CESPE acerta na utilização de

12
seus termos – fique tranquilo, é raro de isso acontecer. Nessa questão, por exemplo,

1/
-2
apesar de alguns candidatos terem entrado com recursos alegando a discrepância

om
conceitual entre “sintomas depressivos” e “transtornos depressivos”, a CESPE não

l.c
acatou o argumento. Mesmo assim, fica claro que a CESPE se equivocou e que o
ai
gm
conceito tratado na questão não deve ser tomado como uma postura da CESPE para
s@

as próximas provas.
ta
an
fd

Julgue os itens que se seguem, a respeito do uso de substâncias,


ia

dependência química e tratamento.


al
at

121. (E) No atendimento ao paciente adicto, qualidades do terapeuta como


-n

afeto, amizade, aceitação sem julgamento e empatia são variáveis irrelevantes


0
-2
33

para o processo de adesão ao tratamento, que depende estritamente da


.2

orientação teórica e adequação técnica adotada pelo terapeuta.


74
.7

Comentários: Essa é fácil. Os atributos citados são relevantes. O


05

acolhimento do terapeuta é uma das variáveis relacionadas à adesão do paciente ao


-0

tratamento. Assertiva errada.


s
ta
an
D

122. (C) A avaliação do comportamento alcoolista inclui a investigação de


s
ta

gatilhos ou desencadeadores situacionais, emocionais e químicos.


ei
Fr

Comentários: Assertiva Correta. Na compreensão do comportamento do


ia

alcoolista é preciso levantar os elementos mantenedores de tal comportamento


ál
at

adicto (gatilhos) em três níveis: situacional, emocional e químico. A partir disso é


N

possível desenhar uma proposta de tratamento ajustada para as circunstâncias do


paciente.

123. (E) A seleção dos dependentes químicos que ingressarão em um grupo


terapêutico deve contemplar apenas pacientes que façam uso de uma mesma
substância e que estejam comprometidos com o mesmo objetivo, seja de
abstinência total, seja de redução de danos.

| 139
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Comentários: No trabalho com grupos terapêuticos com dependentes
químicos, geralmente, contemplamos usuários de várias substância e com diferentes
níveis de comprometimento. Assertiva errada.

124. (E) A título de motivação é adequado incluir, em um mesmo grupo


terapêutico, pacientes que busquem tratamento voluntariamente e pacientes
que busquem o tratamento obrigados por motivos judiciais, profissionais ou
familiares.
Comentários: Na literatura não existe indicação de pacientes voluntários e
pacientes “involuntários” para a participação em grupos terapêuticos. Mesmo porque

38
um dos efeitos do grupo é de espelhar resultados de alguns de seus membros em

7:
outros menos comprometidos. Assertiva errada.

:5
06
2
02
125. (C) A recaída, tanto em relação ao uso de tabaco quanto ao de álcool

/2
ou cocaína, é um processo que acontece de forma sinalizada e gradual. Assim

12
1/
sendo, o paciente pode ser treinado a reconhecer os sinais e implementar

-2
estratégias de escolha e de solução de problemas, de modo a interromper o

om
curso do processo.

l.c
Comentários: Correto. O paciente não só pode como deve ser treinado a agir
ai
gm
quando reconhecer que está entrando na recaída. Vou transcrever aqui um fantástico
s@

texto que explica as fases da recaída do álcool, tabaco e das outras drogas. Confira:
ta
an
fd

As 11 fases e sinais de aviso da recaída


ia
al

O processo de recaída leva a pessoa em recuperação a sentir dor e


at
-n

desconforto sem o químico. Esta dor e desconforto ficam tão fortes que a pessoa em
0

recuperação fica incapaz de viver normalmente quando não bebe ou usa e sente que
-2
33

beber não pode ser pior que a dor de continuar sóbrio.


.2
74

Trinta e sete sinais de recaída foram identificados em 1973 por Terence


.7

Gorski pela conclusão de entrevistas clinicas com 118 pacientes em recuperação. A


05
-0

pessoa em recuperação tem quatro coisas em comum


s

1. a pessoa completa um programa de reabilitação de alcoolismo


ta
an

de 21 a 28 dias;
D

2. reconheceu que é uma pessoa em recuperação e não pode usar


s
ta

álcool/drogas com segurança;


ei
Fr

3. foi dispensada com a intenção consciente de ficar sóbrio


ia
ál

permanentemente, se utilizados de Alcoólicos Anônimos e Narcóticos


at
N

Anônimos e o aconselhamento profissional no ambulatório;


4. finalmente volta a beber, apesar de seu compromisso inicial de
permanecer sóbrios.
Os sintomas mais comuns relatados nesta Pesquisa clínica foram compilados
num quadro de Recaída retratando os sinais de aviso da recaída. Esses sinais foram
divididos em 11 fases e a redação mudou um pouco para ser entendia com mais
facilidade.
1. Sinais (internos) de aviso de recaída.
1.1 - dificuldade de pensar com clareza.
1.2 - dificuldades em lidar com sentimentos e emoções.

| 140
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1.3 - dificuldade em lembrar coisas.
1.4 - dificuldade em lidar com o stress.
1.5 - dificuldade em dormir tranquilamente.
1.6 - dificuldades com a coordenação física e acidentes.
1.7 - vergonha culpa e desesperança.
2. Volta à negação
2.1 - preocupação sobre o bem — estar.
2.2 - negação da preocupação.
3. Impedimentos e comportamentos defensivo
3.1 - acreditar que eu nunca mais vou beber:

38
3.2 - se preocupa com os outros em vez de si próprios.

7:
3.3 - ficar na defensiva

:5
06
3.4 - comportamento compulsivo

2
02
3.5 - comportamento impulsivo

/2
3.6 - tendência à solidão.

12
1/
4. Construindo a crise

-2
4.1 - visão de túnel

om
4.2 - depressão secundária (leve).

l.c
4.3 - deixar de planejar construtivamente.
ai
gm
4.4 - planos começam a falhar.
s@

5. Imobilização
ta

5.1 - devaneios e ilusões


an
fd

5.2 - sentimentos de que nada pode ser solucionado.


ia
al

5.3 - desejo imaturo de ser feliz.


at
-n

6. Confusão e super-reação
0

6.1 - período de confusão


-2
33

6.2 - irritação com os amigos.


.2

6.3 - irritado facilmente


74
.7

7. Depressão
05

7.1 - hábitos alimentares irregulares


-0
s

7.2 - falta de iniciativa


ta
an

7.3 - hábitos de sono irregulares


D

7.4 - perda da estrutura diária


s
ta

7.5 - período de profunda depressão


ei
Fr

8. Perda de controle do comportamento


ia
ál

8.1 - participação irregular nas reuniões de tratamento e no a.a/na


at
N

8.2 - desenvolvimentos de uma atitude de "não tenho nada com isto".


8.3 - rejeição aberta de ajuda.
8.4 - falta de satisfação com a vida.
8.5 - sentimentos de impotência e desesperança.
9. Reconhecimento da perda de controle
9.1 - auto piedade.
9.2 - pensamentos de beber socialmente.
9.3 - mentiras conscientes.
9.4 - perda completa de auto confiança.
10. Redução de opções

| 141
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10.1 - ressentimentos insensatos
10.2 - para todo o tratamento profissional e do a.a./n.a.
10.3 - esmagadora solidão, frustração, raiva e tensão.
10.4 - perda do controle do comportamento.
11. Volta ao uso do químico ou colapso físico e emocional.
11.1 - volta ao uso controlado de químicos
11.2 - vergonha e culpa.
11.3 - perda de controle
11.4 - problemas de vida e de saúde

38
Fonte: http://adroga.casadia.org/recaida/as-fases-e-sinais-de-aviso-da-recaida.htm

7:
:5
06
126. (C) Para o tratamento do abuso de substâncias, vários métodos e

2
02
abordagens podem ser eficazes, variando em razão da pessoa, de suas

/2
necessidades individuais e do momento que ela está vivendo.

12
1/
Comentários: Definição corretíssima e ótima oportunidade de estudarmos

-2
as variáveis no processo de mudança. Você já sabe que não existe uma forma única

om
de atuação no tratamento de pacientes que sofrem de abuso de substâncias. Sabe

l.c
ai
também que o tipo de trabalho que deve ser realizado e o sucesso do tratamento irão
gm
depender de algumas variáveis do paciente, do terapeuta e da relação.
s@

Irei tratar desses conceitos de forma ampla (não especificados para o abuso
ta
an

de substâncias). Temos as variáveis do paciente que irão contribuir positivamente


fd

para o sucesso da mudança. Dentre essas variáveis podemos destacar o


ia
al

comprometimento do paciente com a mudança e a confiança nos procedimentos e


at
-n

resultados da psicoterapia.
0

Já as variáveis relacionadas ao terapeuta são:


-2
33

a) competência técnica
.2
74

b) sua experiência clínica


.7

c) seu estilo pessoal


05
-0

O estilo pessoal do terapeuta compreende características, tais como


s

autenticidade, capacidade empática, entre outras. Tais variáveis contribuem para o


ta
an

desenvolvimento de hipóteses diagnósticas e da avaliação detalhada da queixa e dos


D

problemas vivenciados pelo paciente. Além disso, essas variáveis possibilitam o


s
ta

escrutínio dos fatores que representam obstáculos e/ou facilitadores ao tratamento


ei
Fr

(Ito, 2001).
ia
ál

Vimos então as variáveis do paciente e as do terapeuta. Falta alguma variável


at
N

a ser estudada? Pense mais uma vez. Faltou a variável relacional mais importante de
todas. Além das variáveis específicas associadas ao paciente e ao terapeuta, o
resultado de uma intervenção psicoterápica também dependerá da relação de
trabalho estabelecida entre eles, a aliança terapêutica. Esse conceito compreende o
vínculo de confiança entre terapeuta e paciente, bem como a capacidade da dupla
para realizar as tarefas psicoterápicas. Observe que a aliança terapêutica tem sido
considerada um importante preditor de resultados terapêuticos em diferentes
abordagens psicoterápicas e em diferentes patologias.

| 142
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Aula 02
Referência: Ito, L.M. (2001). Abordagem cognitivo-comportamental do
transtorno de pânico. Revista de Psiquiatria Clínica, 28(6), 313-317.

127. FCC - Analista Legislativo (ALESE)/Saúde e Assistência


Social/Psicologia/2018
Fábio, psicólogo, iniciou a psicoterapia de Carlos, um adulto jovem que em idade
escolar havia realizado um psicodiagnóstico, por causa de uma suspeita de que era
portador de uma Deficiência Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento
Intelectual). O rapaz não tinha mais o relatório psicológico e informava que naquela

38
ocasião o profissional teria identificado nele uma deficiência de gravidade moderada.

7:
Fábio consultou a tabela com os níveis de gravidade para deficiência intelectual

:5
06
presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e

2
02
encontrou que a criança, em idade escolar, no domínio conceitual, apresenta um

/2
nível de gravidade Moderada se, durante todo o desenvolvimento,

12
1/
a) suas habilidades conceituais individuais ficam bastante atrás das dos

-2
companheiros; ocorre lento progresso na leitura, na escrita, na matemática e na

om
compreensão do tempo e do dinheiro ao longo dos anos escolares, com limitações

l.c
marcadas na comparação com os colegas.
ai
gm
b) revela alcance limitado de habilidades conceituais, geralmente tendo pouca
s@

compreensão da linguagem escrita ou de conceitos que envolvam números,


ta

quantidade, tempo e dinheiro, necessitando de cuidadores como fonte de apoio para


an
fd

a solução de problemas ao longo da vida.


ia
al

c) suas habilidades conceituais costumam envolver mais o mundo físico do que os


at
-n

processos simbólicos; consegue usar objetos de maneira direcionada a metas para o


0

autocuidado, o trabalho e a recreação; pode adquirir algumas habilidades


-2
33

visuoespaciais, como combinar e classificar, baseadas em características físicas; e os


.2

prejuízos motores e espaciais podem impedir o uso funcional dos objetos.


74
.7

d) apresenta limitação em termos de vocabulário e gramática na linguagem falada,


05

podendo a fala ser composta de palavras ou expressões isoladas, com possível


-0
s

suplementação por meios alternativos, tendo o foco da comunicação no aqui e agora


ta
an

dos eventos diários.


D

e) entende discursos e comunicação gestual simples; as relações com familiares e


s
ta

pessoas conhecidas constituem fonte de prazer e ajuda; expressa amplamente os


ei
Fr

próprios desejos e emoções pela comunicação não verbal e não simbólica,


ia
ál

entretanto, a ocorrência concomitante de prejuízos sensoriais e físicos pode impedir


at
N

muitas atividades sociais.


Gabarito: A
Comentários: Segundo o DSM-5, temos o seguinte:

| 143
N
at
ál
ia
Fr
ei
ta
s
D
an
ta
Aula 02

s
-0
05
.7
74
.2
33
-2
Professor Alyson Barros

0
-n
at
al
ia
fd
an
ta
s@
gm
ai
l.c
om
-2
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN

1/
12
/2
02
2
06
:5
7:

|
38

144
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

38
7:
:5
06
2
02
/2
12
1/
-2
om
l.c
ai
gm
s@
ta
an
fd

128. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Organizacional/2018


ia
al

De acordo com o DSM-5, a esquizofrenia e os outros transtornos psicóticos dessa


at
-n

classe diagnóstica compartilham a manifestação em comum de psicose. O


0

pensamento psicótico é um sintoma, não um diagnóstico em si, e pode ser um


-2
33

sintoma de apresentação de outros transtornos mentais que não pertencem a essa


.2
74

classe. Sobre os sintomas do critério A para realizar o diagnóstico de esquizofrenia no


.7

paciente, assinale a afirmativa correta.


05
-0

a) Despersonalização, alucinações, discurso desorganizado, irritabilidade e ataques


s

de pânico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída ou avolia).


ta
an

b) Delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


D

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


s
ta
ei

ou avolia).
Fr

c) Devaneios, delírios, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente


ia
ál

desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída


at
N

ou avolia).
d) Desrealização, alucinações, perda de interesse e prazer, comportamento
grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão
emocional diminuída ou avolia).
Gabarito: B
Comentários: Quais os 5 itens que compõem a esquizofrenia? Guarde no seu coração:
delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente
desorganizado ou catatônico, sintomas negativos (expressão emocional diminuída
ou avolia).

| 145
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
129. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018
O delirium consiste em um quadro bastante evidente nos casos de alcoolismo, dadas
as características psicomotoras. O DSM-5, com a classificação deste quadro pautada
nessas características, demarca o delirium em diferentes subtipos. Assinale a
alternativa que destaca esses subtipos de forma correta.
a) Hipoativo, hiperativo e misto.
b) Hipercinético, hipoativo e misto.
c) Hipercinético, hipomiocinético e misto.
d) Hipoativo, hipomiocinético e hiperativo.
Gabarito: A

38
Comentários: Ô questão maldosa. De 2018 para cá as bancas começaram a

7:
concentrar-se também nos especificadores. Vejamos o que diz o DSM-5:

:5
06
Transtornos Neurocognitivos: DELIRIUM

2
02
/2
A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar,

12
1/
focalizar, manter e mudar a atenção) e da consciência (menor orientação para

-2
o ambiente).

om
B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo (normalmente

l.c
de horas a poucos dias), representa uma mudança da atenção e da consciência
ai
gm
basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia.
s@

C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória,


ta

desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou percepção).


an
fd

D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro
ia
al

transtorno neurocognitivo preexistente, estabelecido ou em desenvolvimento


at
-n

e não ocorrem no contexto de um nível gravemente diminuído de estimulação,


0

como no coma.
-2
33

E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados


.2

laboratoriais de que a perturbação é uma consequência fisiológica direta de


74
.7

outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (i.e., devido


05

a uma droga de abuso ou a um medicamento), de exposição a uma toxina ou


-0
s

de que ela se deva a múltiplas etiologias.


ta
an

Especificar se:
D

Agudo: Duração de poucas horas a dias.


s
ta

Persistente: Duração de semanas ou meses.


ei
Fr

Especificar se:
ia
ál

Hiperativo: O indivíduo tem um nível hiperativo de atividade psicomotora que


at
N

pode ser acompanhado de oscilação de humor, agitação e/ou recusa a


cooperar com os cuidados médicos.
Hipoativo: O indivíduo tem um nível hipoativo de atividade psicomotora que
pode estar acompanhado de lentidão e letargia que se aproxima do estupor.
Nível misto de atividade: O indivíduo tem um nível normal de atividade
psicomotora mesmo com perturbação da atenção e da percepção. Inclui ainda
pessoas cujo nível de atividade oscila rapidamente.

130. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018


Os critérios diagnósticos para a esquizofrenia no DSM-5 sofreram alterações no que

| 146
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
concerne às características avaliadas. Essas alterações envolveram três atributos
correspondentes a tais características e que serviram para a retirada dos
especificadores relacionados ao transtorno citado. Assinale a alternativa que
explicita corretamente esses atributos.
a) Fidedignidade, validade e estabilidade.
b) Validade, estabilidade e resposta ao tratamento.
c) Validade, fidedignidade e resposta ao tratamento.
d) Fidedignidade, estabilidade e resposta ao tratamento.
Gabarito: D
Comentários: Segundo o DSM-5:

38
Foram feitas duas modificações no Critério A para esquizofrenia: 1) a

7:
eliminação da atribuição especial a delírios bizarros e alucinações

:5
06
auditivas de primeira linha de Schneider (p. ex., duas ou mais vozes

2
02
conversando entre si), levando à necessidade de pelo menos dois

/2
sintomas do Critério A para um diagnóstico de esquizofrenia, e 2)

12
1/
inclusão da exigência de que pelo menos um dos sintomas do Critério

-2
A deva ser delírios, alucinações ou discurso desorganizado. Os subtipos

om
de esquizofrenia do DSM-IV foram eliminados devido a sua estabilidade

l.c
diagnóstica limitada, baixa confiabilidade e pouca validade. Em vez
ai
gm
disso, é inclusa uma abordagem dimensional para classificar a
s@

gravidade dos sintomas centrais da esquizofrenia na Seção III do DSM-


ta

5 para capturar a importante heterogeneidade no tipo de sintoma e


an
fd

gravidade que se manifesta entre os indivíduos com transtornos


ia
al

psicóticos.
at
-n

Tudo bem, a Consulplan trocou a palavra “confiabilidade” pelo seu sinônimo


0

“fidedignidade”. Tá correto também.


-2
33
.2

131. CONSULPLAN - Psicólogo (CM BH)/Clínica/2018


74
.7

A classificação dos transtornos de personalidade no DSM-5 sofreu alterações nas


05

características que diferenciam esses transtornos para fins diagnósticos. Tendo isso
-0
s

em vista, assinale a afirmativa correta.


ta
an

a) Na atual versão do DSM foi excluído o transtorno da personalidade paranoide.


D

b) Na atual versão do DSM foi incluído o modelo alternativo para diagnóstico de


s
ta

transtorno da personalidade.
ei
Fr

c) Foi feita a alteração do conceito de transtorno de personalidade e excluído o


ia
ál

transtorno da personalidade dependente.


at
N

d) Foi feita a inclusão de indicadores psicométricos no conceito de transtorno da


personalidade e excluído o transtorno da personalidade histriônica.
Gabarito: B
Comentários: Ainda temos o transtorno da personalidade paranoide, assim como o
dependente e histriônica.
O DSM-5 inovou ao apresentar um modelo alternativo para os Transtornos da
Personalidade. Em minha modesta opinião, não tem nada de alternativo, apenas
um aprofundamento do que já existia. Mas, para concurso, sim, é bem alternativo.
Vejamos o que diz o DSM-5:

| 147
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
No modelo alternativo do DSM-5, os transtornos da personalidade são
caracterizados por prejuízos no funcionamento da personalidade e por
traços de personalidade patológicos. Os diagnósticos específicos de
transtorno da personalidade que podem ser derivados desse modelo
incluem os transtornos da personalidade antissocial, evitativa,
borderline, narcisista, obsessivo- compulsiva e esquizotípica. Essa
abordagem também inclui um diagnóstico de transtorno da
personalidade - especificado pelo traço (TP-ET), que pode ser feito
quando um transtorno da personalidade é considerado presente, mas
os critérios para um transtorno específico não são satisfeitos. [Aqui está

38
a “inovação”].

7:
132. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018

:5
06
Assinale a alternativa INCORRETA no que diz respeito aos Transtornos do Déficit de

2
02
Atenção/Hiperatividade (TDAH) e à nova classificação pela DSM-5.

/2
a) A alteração do critério de idade de início para o diagnóstico de TDAH aumentou a

12
1/
sensibilidade para sua detecção.

-2
b) O TDAH foi classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento pela DSM-

om
5, baseado em recentes achados de um atraso na maturação cortical.

l.c
c) O TDAH possui uma sobreposição genética e sintomatologia semelhante aos
ai
gm
transtornos disruptivos, de controle de impulso e de conduta.
s@

d) Estresse perinatal, baixo peso ao nascer, lesão cerebral traumática e consumo de


ta

álcool materno durante a gravidez podem contribuir para o risco de TDAH.


an
fd

e) A comorbidade do TDAH com os transtornos do espectro autista é rara e não há


ia
al

evidências que suportem seus diagnósticos simultâneos.


at
-n

Gabarito: E
0

Comentários: A comorbidade de TDAH com autismo é alta e é possível dar os dois


-2
33

diagnósticos ao mesmo tempo. Segundo o DSM-5:


.2

Comorbidade do Autismo -
74
.7

O transtorno do espectro autista é frequentemente associado com


05

comprometimento intelectual e transtorno estrutural da linguagem


-0
s

(i.e., incapacidade de compreender e construir frases gramaticalmente


ta
an

corretas), que devem ser registrados conforme os especificadores


D

relevantes quando aplicáveis. [...] Quando critérios tanto para TDAH


s
ta

quanto para transtorno do espectro autista são preenchidos, ambos os


ei
Fr

diagnósticos devem ser dados.


ia
ál
at
N

133. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


Os Transtornos Relacionados a Traumas e a Estressores são um novo grupo
diagnóstico no DSM-5. Ele contém transtornos incluídos em outros capítulos do DSM-
IV, como os mencionados a seguir, EXCETO:
a) Transtorno de Ansiedade de Separação.
b) Transtorno de Apego Reativo.
c) Transtorno de Interação Social Desinibida.
d) Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
e) Transtorno de Estresse Agudo e Transtornos de Ajustamento.

| 148
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Gabarito: A
Comentários: O Transtorno de Ansiedade de Separação faz parte dos Transtornos da
Ansiedade!!!

134. PR4 (UFRJ) - Médico (UFRJ)/Psiquiatria infantil/2018


No DSM-5, o especificador - com emoções pró-sociais limitadas - está associado ao
transtorno:
a) do Espectro Autista.
b) de Conduta.
c) de Oposição e Desafio.

38
d) de Estresse Pós-Traumático.

7:
e) de Ansiedade Social.

:5
06
Gabarito: B

2
02
Comentários: Estamos falando do Transtorno da Conduta. Ele tem os seguintes

/2
especificadores

12
1/
Especificar se:

-2
Com emoções pró-sociais limitadas: Para qualificar-se para este especificador,

om
o indivíduo deve ter apresentado pelo menos duas das seguintes

l.c
características de forma persistente durante, no mínimo, 12 meses e em
ai
gm
múltiplos relacionamentos e ambientes. Essas características refletem o
s@

padrão típico de funcionamento interpessoal e emocional do não apenas


ta

ocorrências ocasionais em algumas situações. Consequentemente, para


an
fd

avaliar os critérios para o especificador, são necessárias várias fontes de


ia
al

informação. Além do autorrelato, é necessário considerar relatos de outras


at
-n

pessoas que conviveram com o indivíduo por longos períodos de tempo (p. ex.,
0

pais, professores, colegas de trabalho, membros da família estendida, pares).


-2
33

Ausência de remorso ou culpa: O indivíduo não se sente mal ou culpado


.2

quando faz alguma coisa errada (excluindo o remorso expresso somente nas
74
.7

situações em que for pego e/ ou ao enfrentar alguma punição). O indivíduo


05

demonstra falta geral de preocupação quanto às consequências negativas de


-0
s

suas ações. Por exemplo, não sente remorso depois de machucar alguém ou
ta
an

não se preocupa com as consequências de violar regras.


D

Insensível - falta de empatia: Ignora e não está preocupado com


s
ta

os sentimentos de outras pessoas. O indivíduo é descrito como


ei
Fr

frio e desinteressado; parece estar mais preocupado com os


ia
ál

efeitos de suas ações sobre si mesmo do que sobre outras


at
N

pessoas, mesmo que essas ações causem danos substanciais.


Despreocupado com o desempenho: Não demonstra
preocupação com o desempenho fraco e problemático na
escola, no trabalho ou em outras atividades importantes. Não se
esforça o necessário para um bom desempenho, mesmo
quando as expectativas são claras, e geralmente culpa os outros
por seu mau desempenho.
Afeto superficial ou deficiente: Não expressa sentimentos nem
demonstra emoções para os outros, a não ser de uma maneira
que parece superficial, insincera ou rasa (p. ex., as ações

| 149
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
contradizem a emoção demonstrada; pode “ligar” ou “desligar”
emoções rapidamente) ou quando as expressões emocionais
são usadas para obter algum ganho (p. ex., emoções com a
finalidade de manipular ou intimidar outras pessoas).

135. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2018
Os transtornos disruptivos do controle de impulsos e da conduta possuem uma
característica fundamental que os reuniram em um único capítulo no DSM-5. Assinale
a afirmativa que evidencia essa característica como correta.

38
a) A presença de déficits cognitivos de síndromes graves.

7:
b) A presença de problemas no autocontrole emocional ou comportamental.

:5
06
c) A definição de idade cronológica de pelo menos seis anos para o diagnóstico.

2
02
d) A definição e a descrição de agressões como lesões físicas ou destruição de

/2
propriedade.

12
1/
Gabarito: B

-2
Comentários: Segundo o DSM-5:

om
Os transtornos disruptivos, do controle de impulsos e da conduta incluem

l.c
condições que envolvem problemas de autocontrole de emoções e de
ai
gm
comportamentos. Enquanto outros transtornos do DSM-5 também podem
s@

envolver problemas na regulação emocional e/ou comportamental, os


ta

transtornos inclusos neste capítulo são exclusivos no sentido de que esses


an
fd

problemas se manifestam em comportamentos que violam os direitos dos


ia
al

outros (p. ex., agressão, destruição de propriedade) e/ou colocam o indivíduo


at
-n

em conflito significativo com normas sociais ou figuras de autoridade. As


0

causas subjacentes dos problemas de autocontrole das emoções e do


-2
33

comportamento podem variar amplamente entre os transtornos


.2

apresentados neste capítulo e entre indivíduos pertencentes a determinada


74
.7

categoria diagnóstica.
05
-0
s
ta
an

136. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


D

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
s
ta

Os transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados envolvem aqueles


ei
Fr

nos quais a principal característica é a presença de sintomas fisiológicos


ia
ál

proeminentes decorrentes, ou nos quais os somáticos apresentam-se como


at
N

importante preocupação. Sobre tais transtornos, assinale a afirmativa correta.


a) O transtorno de sintomas somáticos deixa de exigir um número mínimo de
sintomas para o diagnóstico, bem como a ausência de diagnóstico médico como
critério essencial.
b) O transtorno de sintomas somáticos exige um número muito grande de sintomas
para composição do diagnóstico, bem como a presença de um diagnóstico médico
como critério essencial.
c) Os transtornos de sintomas somáticos são observados em uma ampla gama de
serviços de saúde, nos mais diferentes níveis de assistência, principalmente no
âmbito da saúde mental.

| 150
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
d) Os transtornos de sintomas somáticos e relacionados só são observados em
serviços de saúde especializados em saúde mental, o que foi indicador para que o
DSM-5 adotasse um número maior desses transtornos com outros especificadores.
Gabarito: A
Comentários: Segundo o DSM-5:
Os princípios por trás das mudanças nos diagnósticos de sintomas somáticos e
diagnósticos relacionados a partir do DSM-IV são cruciais para entender os
diagnósticos do DSM-5. O termo do DSM-IV transtornos somatoformes era confuso e
foi substituído por transtorno de sintomas somáticos e transtornos relacionados. No
DSM-IV, havia grande sobreposição entre os transtornos somatoformes e falta de

38
clareza acerca das fronteiras dos diagnósticos. Embora indivíduos com esses

7:
transtornos se apresentem essencialmente em contextos gerais de saúde e não

:5
06
mentais, médicos não psiquiatras consideravam os diagnósticos somatoformes do

2
02
DSM-IV difíceis de entender e usar. A classificação atual do DSM-5 reconhece tal

/2
sobreposição ao reduzir o número total de transtornos, bem como suas

12
1/
subcategorias.

-2
Os critérios anteriores superenfatizavam o papel central de sintomas clinicamente

om
inexplicados. Esses sintomas estão presentes em graus variados, particularmente no

l.c
transtorno conversivo, mas transtornos de sintomas somáticos também podem
ai
gm
acompanhar doenças médicas diagnosticadas. A confiabilidade para determinar que
s@

um sintoma somático é clinicamente inexplicado é limitada, e estabelecer um


ta

diagnóstico na ausência de uma explicação é algo problemático e reforça a dicotomia


an
fd

mente-corpo. Não é apropriado dar a um indivíduo um diagnóstico de transtorno


ia
al

mental unicamente por não se conseguir demonstrar uma causa médica. Ademais, a
at
-n

presença de um diagnóstico médico não exclui a possibilidade de um transtorno


0

mental comórbido, incluindo um transtorno de sintomas somáticos e transtornos


-2
33

relacionados. Talvez em virtude do foco predominente na ausência de uma


.2

explicação médica, os indivíduos consideravam esses diagnósticos como pejorativos


74
.7

e degradantes, como se sugerissem que seus sintomas físicos não fossem "reais". A
05

nova classificação define o diagnóstico principal, transtorno de sintomas somáticos,


-0
s

com base em sintomas positivos (sintomas somáticos perturbadores associados a


ta
an

pensamentos, sentimentos e comportamentos anormais em resposta a esses


D

sintomas). Entretanto, sintomas clinicamente inexplicados continuam a ser um


s
ta

aspecto-chave no transtorno conversivo e na pseudociese (outro transtorno de


ei
Fr

sintomas somáticos e transtorno relacionado especificado) porque é possível


ia
ál

demonstrar de maneira definitiva em tais transtornos que os sintomas não são


at
N

compatíveis com uma fisiopatologia médica.


È importante observar que alguns outros transtornos mentais podem manifestar-
se inicial- mente com sintomas essencialmente somáticos (p. ex., transtorno
depressivo maior, transtorno de pânico). Esses diagnósticos podem ser responsáveis
pelos sintomas somáticos ou podem ocorrer paralelamente a um dos transtornos de
sintomas somáticos e transtornos relacionados deste capítulo. Há também
considerável comorbidade médica entre indivíduos somatizadores. Embora sintomas
somáticos estejam com frequência associados a sofrimento psicológico e
psicopatologia, alguns transtornos de sintomas somáticos e transtornos relacionados
podem surgir de forma espontânea, e suas causas podem permanecer obscuras.

| 151
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Transtornos de ansiedade e transtornos depressivos podem acompanhar transtornos
de sintomas somáticos e transtornos relacionados. O componente somático agrega
gravidade e complexidade a transtornos depressivos e de ansiedade e resulta em
maior gravidade, prejuízo funcional e até mesmo refratariedade aos tratamentos
tradicionais. Em casos raros, o grau de preocupação pode ser tão grave a ponto de
merecer a consideração de um diagnóstico de transtorno delirante.

137. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2017
Analise as afirmativas sobre os transtornos relacionados ao uso e abuso de

38
substâncias psicoativas.

7:
I. A extinção da diferenciação entre transtornos de abuso e dependência de

:5
06
substâncias fez com que o uso de substâncias fosse caracterizado de acordo com

2
02
transtornos de intoxicação, abstinência, transtornos induzidos pela substância e

/2
relacionados ao uso.

12
1/
II. Na atual classificação do manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais

-2
foram incluídos os diagnósticos abstinência de cafeína e abstinência de Cannabis,

om
bem como do uso de tabaco em todas as categorias e a melhor definição de critérios

l.c
de severidade.
ai
gm
III. No DSM-5 é incluído o transtorno do jogo no que concerne as mudanças
s@

relacionadas ao uso de substâncias, devido à relação com o modo ou a semelhança


ta

ao uso de substância, tanto em critérios comportamentais, quanto em concordância


an
fd

com os estudos da neurociência.


ia
al

IV. A inclusão da “fissura” como critério diagnóstico e a retirada da exigência de


at
-n

problemas com a lei para a caracterização do uso no DSM-5, além da redução no


0

número de critérios necessários para diagnóstico, são medidas que evidenciam o


-2
33

diagnóstico com base em experiências de profissionais da saúde.


.2

Estão corretas as afirmativas


74
.7

a) I, II, III e IV.


05

b) I e II, apenas.
-0
s

c) I, II e III, apenas.
ta
an

d) II, III e IV, apenas.


D

Gabarito: A
s
ta

Comentários: Todas estão absolutamente corretas e coerentes com o DSM-5!


ei
Fr
ia
ál

138. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


at
N

Especializado/Psicologia - Clínica/2017
O DSM-5 evidencia uma dicotomia, categorias versus dimensões, em relação aos
transtornos mentais, explicitando claramente uma ênfase à natureza dimensional
desses transtornos. Sobre a perspectiva dimensional, assinale a afirmativa correta.
a) A compreensão dimensional implica em uma compreensão dos transtornos
mentais e do modo como se diferenciam em tipo e em quantidade.
b) Define transtornos mentais como extremos de traços que estão gradativamente
distribuídos na população, embora as decisões clínicas ainda sejam categóricas.
c) Define transtornos mentais a partir de achados etiológicos consistentes e da
patofisiologia descritiva de traços mais prevalentes e da expressão de condutas,

| 152
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
emoções e pensamentos.
d) A compreensão dimensional implica em um entendimento descritivo da
categorização dos transtornos mentais, ancorada na manifestação de fenômenos do
tripé: comportamentos, emoções e pensamentos.
Gabarito: B
Comentários: Na abordagem categorial, que é a base do DSM-5, se o indivíduo possui
uma quantidade de características e o grau dessas características condiz com sua
classificação, dizemos que há uma psicopatologia identificável. O próprio DSM-5 fala
que lá em sua introdução (Abordagem Dimensional ao Diagnóstico) que cada
categoria tinha um diagnóstico separado. A intenção aqui foi deixar um pouco mais

38
claro que vários desses sintomas podem co-existir isoladamente na população e que

7:
isso não constitui necessariamente psicopatologias. O que vai definir o transtorno

:5
06
mental é o grau e a frequência desses sintomas.

2
02
/2
139. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio

12
1/
Especializado/Psicologia - Clínica/2017

-2
O DSM-5 rompeu com o modelo multiaxial das versões terceira e quarta do manual,

om
sobretudo quarta edição, a qual preconizava que o diagnóstico fosse realizado em

l.c
cinco eixos. Na quinta edição houve a união dos eixos I e II, colocando os transtornos
ai
gm
de personalidade e deficiência intelectual em conjunto com os demais transtornos
s@

psiquiátricos. Além disso sugere que os fatores psicossociais e ambientais sejam


ta

codificados de acordo com a classificação da CID-10. Essa diretriz incluiu, portanto,


an
fd

novos diagnósticos em diversos capítulos, inclusive no de transtornos depressivos.


ia
al

Sobre os referidos novos diagnósticos, assinale a alternativa correta.


at
-n

a) O transtorno depressivo maior crônico, ainda que careça de maiores estudos, já


0

possui evidências científicas suficientes para estarem neste capítulo devido ao


-2
33

acometimento clínico de mulheres.


.2

b) O transtorno disfórico pré-menstrual deve ser diagnosticado com apresentação


74
.7

antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento explosivo com


05

expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos estímulos que a


-0
s

eliciam.
ta
an

c) O transtorno depressivo persistente é inserido com vistas a diminuir o alto número


D

de crianças e adolescentes que eram anteriormente diagnosticados com transtorno


s
ta

bipolar pelas respostas e expressões desproporcionais aos estímulos que as eliciam.


ei
Fr

d) O transtorno disruptivo da desregulação do humor deve ser diagnosticado com


ia
ál

apresentação antes dos 18 anos de idade e caracterizado por um temperamento


at
N

explosivo com expressões recorrentes de agressividades desproporcionais aos


estímulos que a eliciam.
Gabarito: D
Comentários: O transtorno depressivo maior crônico é um dos diagnósticos mais
antigos e mais bem estudados da história da psicopatologia. A letra B trata do
transtorno disruptivo da desregulação do humor. O transtorno depressivo persistente
não tem as características do transtorno bipolar (que ainda existe).
Sobre o transtorno disruptivo da desregulação do humor, temos o critério G,
que diz: G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou após
os 18 anos de idade.

| 153
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

140. CONSULPLAN - Analista Judiciário (TRE RJ)/Apoio


Especializado/Psicologia - Clínica/2017
O DSM-5 é fruto do trabalho de pesquisadores em saúde mental de todo o mundo,
incorporando dados de pesquisa e experiência clínica de vários grupos de
especialistas. Analise as afirmativas sobre o DSM-5, marque V para as verdadeiras e F
para as falsas.
( ) As versões iniciais do DSM refletiam mais a psicodinâmica do sofrimento psíquico,
mas não especificava sintomas em detalhes para cada transtorno mental.
( ) O objetivo da atualização do DSM em sua quinta edição é progredir para uma

38
compreensão cada vez mais fiel da manifestação dos transtornos mentais que se

7:
traduza em melhores programas de prevenção e tratamento dessas doenças.

:5
06
( ) Os critérios operacionais utilizados no DSM-5 para o diagnóstico de transtornos

2
02
mentais são combinações de sintomas que devem ser percebidos pelo indivíduo e/ou

/2
por outros, causando prejuízos relevantes e sofrimento significativo.

12
1/
( ) Atualmente, são inexistentes as evidências de estudos científicos que sustentam a

-2
perspectiva de que os transtornos mentais são apresentação extrema de sintomas

om
que, em graus mais leves, estão distribuídos normalmente entre os indivíduos na

l.c
população.
ai
gm
A sequência está correta em
s@

a) V, F, F, V.
ta

b) F, V, V, F.
an
fd

c) V, F, F, F.
ia
al

d) V, V, V, F.
at
-n

Gabarito: D
0

Comentários: A visão dimensional do DSM-5 prega que os transtornos mentais são


-2
33

conjugações de características de forma extrema e que existem na população normal.


.2
74
.7

141. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


05

Segundo o DSM-5, no Transtorno de Compulsão Alimentar, os episódios de


-0
s

compulsão alimentar estão associados a três ou mais, entre alguns, aspectos. As


ta
an

alternativas a seguir expressam esses aspectos associados, EXCETO


D

a) comer mais rapidamente do que o normal.


s
ta

b) comer até se sentir desconfortavelmente cheio.


ei
Fr

c) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.


ia
ál

d) sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.


at
N

e) comer em lugares com várias pessoas presentes, devido a uma busca por
segurança.
Gabarito: E
Comentários: A última assertiva não possui correlação nenhuma com qualquer tipo
de transtorno tratado no DSM-5.

142. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


A respeito do Transtorno da Personalidade Antissocial, assinale a alternativa correta.
a) Para o diagnóstico, os sintomas transgressores devem ter se iniciado com 7 ou
menos anos de idade.

| 154
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
b) Esse transtorno não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos de idade, segundo o
DSM-5.
c) É um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
d) Se há crimes de repetição, o indivíduo deixa de ser diagnosticado com Transtorno
da Personalidade Antissocial e passa a ter o diagnóstico de Transtorno Criminoso
Recorrente.
e) Há a possibilidade de comorbidade entre Transtorno da Personalidade Antissocial
e Transtorno da Conduta, apenas em indivíduos com mais de 18 anos.
Gabarito: B
Comentários: Apesar de podermos identificar características desse transtorno a

38
partir dos 16 anos, o seu diagnóstico não pode ser feito antes dos 18 anos!

7:
:5
06
143. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017

2
02
No DSM-5, os Transtornos de Personalidade estão reunidos em três grupos, com

/2
bases em semelhanças descritivas. O Grupo C corresponde a quais transtornos?

12
1/
a) Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno da Personalidade Dependente

-2
e Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva.

om
b) Transtorno da Personalidade Paranoide, Transtorno da Personalidade Esquizoide

l.c
e Transtorno da Personalidade Esquizotípica.
ai
gm
c) Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Obsessivo-
s@

Compulsiva e Transtorno da Personalidade Esquizoide.


ta

d) Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Borderline,


an
fd

Transtorno da Personalidade Histriônica.


ia
al

e) Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno da Personalidade Paranoide


at
-n

e Transtorno da Personalidade Evitativa.


0

Gabarito: A
-2
33

Comentários: Os critérios diagnósticos para os Transtornos de Personalidade não


.2

sofreram mudanças em relação aos apresentados no DSM-IV-TR, o capítulo


74
.7

apresentado na Seção II do manual do DSM-5 continua reunindo os mesmos


05

transtornos divididos em três grupos: Grupo A - Transtornos de Personalidade


-0
s

Paranoide, Esquizoide e Esquizotípica; Grupo B - Transtornos de Personalidade


ta
an

Antissocial, Borderline, Histriônica e Narcisista; e Grupo C - Transtornos de


D

Personalidade Esquiva, Dependente e Obsessivo-Compulsiva.


s
ta
ei
Fr

144. AOCP – Prefeitura de Marilena/PR – Psicólogo – 2016


ia
ál

Paciente, feminina, estava dirigindo e presenciou um grave acidente, que


at
N

proporcionou ferimentos sérios aos envolvidos. Sentiu-se imensamente tensa,


nervosa e impotente, relembrando e revivendo o ocorrido com frequência,
mesmo tentando fugir dessas lembranças, as quais se repetem há,
aproximadamente, três meses. Ela relata sentir demasiado medo, sofrimento,
não quer mais sair de casa nem executar suas ocupações. Esses eventos
correspondem ao diagnóstico de
(A) fobia.

(B) pânico.

(C) agorafobia.

(D) ansiedade generalizada.

| 155
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
(E) estresse pós-traumático.
Gabarito: E
Comentários: Vejamos os sintomas: tensa, nervosa e impotente, relembrando e
revivendo o ocorrido com frequência (reminiscência). O que causou isso? Ela
presenciou um grave acidente, que proporcionou ferimentos sérios aos envolvidos.
Logo, TEPT!

145. AOCP – Angra dos Reis/RJ – Psicólogo – 2015


Medo acentuado e persistente de objetos ou situações claramente discerníveis
(Critério A). A exposição ao estímulo provoca ansiedade (Critério B). O indivíduo

38
reconhece que seu temor é excessivo ou irracional (Critério C). O estímulo é

7:
evitado ou suportado com pavor (Critério D). O medo interfere na rotina diária

:5
06
do indivíduo (Critério E). Os sintomas devem persistir por, ao menos, 6 meses

2
02
para ser diagnosticado (Critério F). A ansiedade e a esquiva não são melhor

/2
explicadas por outro transtorno mental (Critério G) (DSM-IV, 2002).

12
1/
Essas características se referem

-2
(A) ao Transtorno Obsessivo Compulsivo. 


om
(B) ao Transtorno de Ansiedade Generalizado. 


l.c
ai
(C) à Fobia específica. 
 gm
(D) ao Transtorno de Estresse pós-traumático. 

s@

(E) à Esquizofrenia. 

ta
an

Gabarito: C
fd

Comentários: Na visão atual do DSM-V, teríamos a seguinte descrição para a fobia


ia
al

específica:
at
-n

A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação


0

B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma


-2
33

resposta imediata de medo ou ansiedade.


.2
74

C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com


.7

intensa ansiedade ou sofrimento.


05
-0

D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real


s

imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.


ta
an

E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração


D

mínima de 6 MESES.
s
ta
ei

F. Sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.


Fr

Especificar
ia
ál

Animal
at
N

Ambiente natural
Sangue-injeção-ferimentos

146. AOCP – Angra dos Reis/RJ – Psicólogo – 2015


Considere um paciente esquizofrênico que relata ser dono de todas as empresas
automotivas do país, das companhias de telecomunicações, ter sido político e
escrito todas as leis, além de ter agenciado todas as modelos que aparecem nos
comerciais de TV e das revistas. Considerando essas características como
delirantes, qual é o tipo de delírio apresentado pelo paciente?
(A) Persecutório.

| 156
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
(B) Megalomaníaco.
(C) Ciumento.
(D) Somático.
(E) Depressivo.
Gabarito: D
Comentários: Apesar da banca ter dado como gabarito a letra D (somático), a
resposta claramente é a letra B (megalomaníaco). Pffff.

147. AOCP - HUJB – UFCG – Psicólogo Hospitalar – 2017


O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, ou DSM, é um

38
manual feito pela Associação Americana de Psiquiatria para definir o diagnóstico

7:
de transtornos mentais. Sobre o DSM e seus desdobramentos, assinale a

:5
06
alternativa correta.

2
02
(A) A versão atualizada, denominada DSM-V, substituiu em 2015 o DSM-IV, criado em

/2
1994. 


12
1/
(B) Um dos objetivos do DSM que ainda não foi alcançado é o de unificar os termos e

-2
descrições dos transtornos mentais, afim de facilitar a comunicação entre

om
profissionais da área da saúde mental. 


l.c
ai
(C) O DSM é um instrumento desenvolvido para ser aplicado por profissionais
gm
habilitados, com experiência clínica e sólido conhecimento da psicopatologia. 

s@

(D) A primeira edição do DSM surgiu na década de 1960 por estar associada ao
ta
an

processo da Reforma Psiquiátrica e a Franco Basaglia, grande nome desse


fd

movimento. 

ia
al

(E) Dentre as mudanças ocorridas no DSM-V, está a extinção do capítulo sobre


at
-n

alimentação e transtornos alimentares. 



0

Gabarito: C
-2
33

Comentários: Substituiu em 2014; o DSM conseguiu unificar termos muito bem; o


.2
74

DSM não tem relação com a Reforma Psiquiátrica ou com Franco Basaglia. Ainda
.7

temos o capítulo sobre alimentação e transtornos alimentares.


05
-0
s

148. AOCP - HUJB – UFCG – Psicólogo Hospitalar – 2017


ta
an

Na psicossomática, o termo que significa a “ausência de palavras para definir


D

emoções” é
s
ta
ei

(A) alexitimia. 

Fr

(B) disforia. 

ia
ál

(C) neurastenia. 

at
N

(D) dislalia. 

(E) parafrenia. 

Gabarito: A
Comentários: Alexitimia é um termo que diz respeito à marcante dificuldade em
descrever emoções, sentimentos e sensações corporais.

149. AOCP - HUJB – UFCG – Psicólogo Hospitalar – 2017


Um paciente relata que, de repente, sentiu uma tremenda onda de medo por
nenhuma razão aparente. Seu coração estava batendo forte, o peito doía e foi
ficando mais difícil de respirar. Ele pensou que iria morrer. Com base no caso

| 157
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
apresentado, é correto afirmar que esses são sintomas de
(A) transtorno de estresse pós-traumático. 

(B) síndrome do pânico. 

(C) esquizofrenia. 

(D) transtorno bipolar. 

(E) agorafobia. 

Gabarito: B
Comentários: Eita, estava tendo uma crise de pânico! Ou seja, ele tem síndrome do
Pânico.

38
150. AOCP – Prefeitura de Angra dos Reis/RJ – Psicólogo – 2015

7:
:5
Considerando a diferença entre “normalidade” e patologia, assinale a

06
alternativa correta.

2
02
(A) “Normalidade” é facilmente definida, e consiste em ser normal aquele que

/2
apresenta comportamentos apresentados pela maioria das pessoas, em prejuízo

12
1/
àqueles que ficam na minoria.

-2
(B) Uma personalidade tida como “normal” pode, a qualquer momento, entrar em

om
patologia mental e, inversamente, há possibilidade de uma patologia mental retornar

l.c
ai
à “normalidade”. gm
(C) É possível estabelecer, por meio de exames e métodos científicos, uma linha de
s@

demarcação entre o “normal” e o patológico.



ta
an

(D) Não é possível que pessoas “normais” apresentem qualquer comportamento


fd

patológico.
ia
al

(E) Uma patologia mental é sempre visível e facilmente perceptível.


at
-n

Gabarito: B
0
-2

Comentários: A “normalidade” não é um conceito fácil de ser definido. Ganhar o


33

rótulo de normal não garante que o sujeito não descompense uma vez ou outra, rs.
.2
74

Por isso, a letra B está correta.


.7
05
-0

151. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


s

Segundo o DSM-5, no Transtorno de Compulsão Alimentar, os episódios de


ta
an

compulsão alimentar estão associados a três ou mais, entre alguns, aspectos. As


D

alternativas a seguir expressam esses aspectos associados, EXCETO


s
ta
ei

a) comer mais rapidamente do que o normal.


Fr

b) comer até se sentir desconfortavelmente cheio.


ia
ál

c) comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome.


at
N

d) sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida.


e) comer em lugares com várias pessoas presentes, devido a uma busca por
segurança.
Gabarito: E
Comentários: A última assertiva não possui correlação nenhuma com qualquer tipo
de transtorno tratado no DSM-5.

152. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


A respeito do Transtorno da Personalidade Antissocial, assinale a alternativa correta.
a) Para o diagnóstico, os sintomas transgressores devem ter se iniciado com 7 ou

| 158
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
menos anos de idade.
b) Esse transtorno não pode ser diagnosticado antes dos 18 anos de idade, segundo o
DSM-5.
c) É um pouco mais comum em mulheres do que em homens.
d) Se há crimes de repetição, o indivíduo deixa de ser diagnosticado com Transtorno
da Personalidade Antissocial e passa a ter o diagnóstico de Transtorno Criminoso
Recorrente.
e) Há a possibilidade de comorbidade entre Transtorno da Personalidade Antissocial
e Transtorno da Conduta, apenas em indivíduos com mais de 18 anos.
Gabarito: B

38
Comentários: Apesar de podermos identificar características desse transtorno a

7:
partir dos 16 anos, o seu diagnóstico não pode ser feito antes dos 18 anos!

:5
06
2
02
153. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017

/2
No DSM-5, os Transtornos de Personalidade estão reunidos em três grupos, com

12
1/
bases em semelhanças descritivas. O Grupo C corresponde a quais transtornos?

-2
a) Transtorno da Personalidade Evitativa, Transtorno da Personalidade Dependente

om
e Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva.

l.c
b) Transtorno da Personalidade Paranoide, Transtorno da Personalidade Esquizoide
ai
gm
e Transtorno da Personalidade Esquizotípica.
s@

c) Transtorno da Personalidade Narcisista, Transtorno da Personalidade Obsessivo-


ta

Compulsiva e Transtorno da Personalidade Esquizoide.


an
fd

d) Transtorno da Personalidade Antissocial, Transtorno da Personalidade Borderline,


ia
al

Transtorno da Personalidade Histriônica.


at
-n

e) Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno da Personalidade Paranoide


0

e Transtorno da Personalidade Evitativa.


-2
33

Gabarito: A
.2

Comentários: Os critérios diagnósticos para os Transtornos de Personalidade não


74
.7

sofreram mudanças em relação aos apresentados no DSM-IV-TR, o capítulo


05

apresentado na Seção II do manual do DSM-5 continua reunindo os mesmos


-0
s

transtornos divididos em três grupos: Grupo A - Transtornos de Personalidade


ta
an

Paranoide, Esquizoide e Esquizotípica; Grupo B - Transtornos de Personalidade


D

Antissocial, Borderline, Histriônica e Narcisista; e Grupo C - Transtornos de


s
ta

Personalidade Esquiva, Dependente e Obsessivo-Compulsiva.


ei
Fr
ia
ál

154. Instituto AOCP - Médico (Pref Pinhais)/Psiquiatra/2017


at
N

Sobre a Anorexia Nervosa, assinale a alternativa correta.


a) Se uma pessoa preenche critérios para Transtorno Bipolar e Anorexia Nervosa,
somente o primeiro diagnóstico deve ser dado.
b) Segundo os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –
5ª Edição – (DSM-5), o índice de massa corporal (IMC) de menos de 15 kg/m² configura
um quadro de Anorexia Nervosa com a especificação “grave”.
c) Para o diagnóstico, o indivíduo deve ter menos de 18 anos de idade.
d) Geralmente, esse transtorno se inicia antes da puberdade.
e) A taxa de suicídio é mais alta em pessoas com Anorexia Nervosa do tipo compulsão
alimentar-purgação do que naquelas com o tipo restritivo.

| 159
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Gabarito: E
Comentários: Podemos ter os diagnósticos de anorexia e transtorno bipolar ao
mesmo tempo.
O DSM-5 seguiu a CID-11 e estabeleceu o seguinte para a classificação da
gravidade da anorexia:
Leve: IMC ≥ 17 kg/m2
Moderada: IMC 16 a 16,99 kg/m2
Grave: IMC 15 a 15,99 kg/m2
Extrema: IMC < 15 kg/m2
Portanto, IMC abaixo 15 kg/m2 é considerada extrema!

38
7:
O diagnóstico pode ser dado antes dos 18 anos de idade, mas é bem raro.

:5
06
Segundo o DSM-5:

2
02
A anorexia nervosa começa geralmente durante a adolescência ou na

/2
idade adulta jovem. Raramente se inicia antes da puberdade ou depois

12
1/
dos 40 anos, porém casos de início precoce e tardio já foram descritos.

-2
O início desse transtorno costuma estar associado a um evento de vida

om
estressante, como deixar a casa dos pais para ingressar na

l.c
universidade. O curso e o desfecho da anorexia nervosa são altamente
ai
gm
variáveis. Indivíduos mais jovens podem manifestar aspectos atípicos,
s@

incluindo a negação do "medo de gordura". Indivíduos mais velhos


ta

tendem a ter duração mais prolongada da doença, e sua apresentação


an
fd

clínica pode incluir mais sinais e sintomas de transtor- no de longa data.


ia
al

Os clínicos não devem excluir anorexia nervosa do diagnóstico


at
-n

diferencial com base apenas em idade mais avançada.


0

[...]
-2
33

A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa do tipo compulsão


.2

alimentar purgativa que se envolvem em comportamentos periódicos


74
.7

de hiperfagia também purga por meio de vômitos autoinduzidos ou faz


05

uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas. Alguns indivíduos com


-0
s

esse subtipo de anorexia nervosa não apresentam episódios de


ta
an

hiperfagia, mas purgam regularmente depois do consumo de pequenas


D

quantidades de alimento.
s
ta

A alternância entre os subtipos ao longo do curso do transtorno não é


ei
Fr

incomum; portanto, a descrição do subtipo deverá ser usada para


ia
ál

indicar os sintomas atuais, e não o curso longitudinal.


at

[...]
N

O risco de suicídio é elevado na anorexia nervosa, com taxas de 12 por


100.000 por ano. A avaliação abrangente de indivíduos com anorexia
nervosa deve incluir a determinação de ideação e comportamentos
suicidas, bem como de outros fatores de risco para suicídio, incluindo
história de tentativa(s) de suicídio.

155. AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014

| 160
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Sobre a Dependência Química e a atuação do psicólogo junto aos dependentes
químicos, assinale a alternativa correta.
(F) A Dependência Química não pode ser considerada doença, pois faz parte da
marginalidade.
(G) O objetivo maior do plano de tratamento é a melhora do funcionamento
psicossocial do paciente a partir da abstinência e reabilitação.
(H) Essencialmente, deve-se considerar que há apenas um modelo efetivo de
tratamento.
(I) Os medicamentos não são importantes e por isso podem ser suspensos.
(J) Apenas o psiquiatra e o psicólogo são capazes de avaliar a gravidade da

38
dependência.

7:
Gabarito: B

:5
06
Comentários: A dependência química está no DSM-V. Temos dezenas de modelos

2
02
diferentes de tratamento para dependência química. Medicamentos são importantes,

/2
mas não a única maneira de tratar. A equipe é multidisciplinar e vai além de

12
1/
psiquiatras e psicólogos.

-2
om
156. AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014

l.c
Há muita discussão sobre o valor e limites do diagnóstico psiquiátrico: se por um
ai
gm
lado ele “rotula”, por outro é o norteador das práticas psiquiátricas. Contudo, sem
s@

um diagnóstico psicopatológico aprofundado, não se pode nem compreender


ta

adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de estratégia


an
fd

terapêutica mais adequada. Sobre o diagnóstico em Psicopatologia, assinale a


ia
al

alternativa correta.
at
-n

(F) No diagnóstico em Psicopatologia, é possível distinguir três tipos de fenômenos em


0

relação à possibilidade de classificação: 1) aspectos e fenômenos que encontramos


-2
33

em todos os seres humanos; 2) Aspectos e fenômenos que encontramos em algumas


.2

pessoas, não em todas; 3) Aspectos que encontramos em apenas um ser humano em


74
.7

particular.
05

O diagnóstico psicopatológico só é útil para a classificação.


-0

(G)
s

(H) O diagnóstico psicopatológico dificulta a comunicação precisa entre profissionais e


ta
an

pesquisadores.
D

(I) Do ponto de vista clínico e específico da Psicopatologia, não há aspectos particulares


s
ta

a serem considerados.
ei
Fr

(J) Todo diagnóstico psicopatológico baseia-se fundamentalmente no perfil de sinais


ia
ál

e sintomas apresentados pelo paciente na história da doença e no momento da


at
N

entrevista.
Gabarito: E
Comentários: Na A a terceira parte não existe!

157. AOCP - EBSERH - HU-UFMS - Psicólogo Hospitalar - 2014


São critérios que caracterizam a dependência, EXCETO
(A) tolerância (síndrome com sinais e sintomas típicos de cada substância, que são
aliviados pelo consumo).
(B) consumo por período de tempo mais prolongado e em quantidades maiores que
o planejado.

| 161
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
(C) desejo persistente de uso e incapacidade para controlá-lo.
(D) redução do círculo social em função do uso da substância.
(E) persistência do uso da substância, apesar de prejuízos clínicos.
Gabarito: A
Comentários: A tolerância não é aliviada pelo consumo. O desejo sim, é aliviado pelo
consumo.

158. AOCP - EBSERH - HUJM-UFMT - Psicólogo Hospitalar - 2014


A questão do uso de drogas e dependência química vem sendo muito discutida na
atualidade e o psicólogo é chamado para compor esses debates. Sobre a

38
Dependência Química e os fatores psíquicos envolvidos, assinale a alternativa

7:
INCORRETA.

:5
06
(A) Entre as condições apontadas para a remissão estável do consumo de drogas está

2
02
a adoção de comportamentos substitutos à adição.

/2
(B) O ambiente social pouco influencia na recuperação, o que realmente importa é a

12
1/
condição psíquica para enfrentar a dependência.

-2
(C) A alta autoestima é um fator que muito contribui para dar continuidade ao

om
processo de mudança após a abstinência.

l.c
(D) A dependência química causa mudanças acentuadas na interação do indivíduo
ai
gm
com seus pares, família e trabalho.
s@

(E) O atendimento ao dependente químico envolve principalmente dois pontos


ta

centrais: a desintoxicação e a manutenção.


an
fd

Gabarito: B
ia
al

Comentários: O ambiente social pouco influencia MUITO na recuperação


at
-n
0

159. AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014


-2
33

O “luto antecipatório” é um processo vivido principalmente em casos de pacientes


.2

que ficam muito tempo hospitalizado e que já não respondem de forma satisfatória
74
.7

ao tratamento. Sobre esse processo e as possibilidades de atuação do Psicólogo


05

Hospitalar nessas situações, assinale a alternativa correta.


-0
s

(A) A tristeza antecipatória diminui à medida que a perda se torna eminente.


ta
an

(B) Esse processo é vivido apenas pelos familiares do paciente hospitalizado.


D

(C) Para identificar a existência do “luto antecipatório”, é importante conversar


s
ta

abertamente sobre a morte.


ei
Fr

(D) O “luto antecipatório” colabora de forma positiva para o ajustamento inicial após
ia
ál

a perda.
at
N

(E) A vivência do luto antecipadamente exime os familiares de sentir culpa quando o


paciente morre, pois há um preparo anterior.
Gabarito: C
Comentários: A tristeza antecipatória diminui aumenta à medida que a perda se
torna eminente. O luto é vivenciado também pela equipe de profissionais. O “luto
antecipatório” colabora de forma positiva negativa para o ajustamento inicial após a
perda. A vivência do luto antecipadamente não garante que os familiares não irão
sentir culpa depois. exime os familiares de sentir culpa quando o paciente morre, pois
há um preparo anterior.

| 162
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
160. AOCP - EBSERH - HUSM-UFSM - Psicólogo Hospitalar - 2014
A doença é um evento que se instala de forma central na vida das pessoas e a forma
como ela é enfrentada influencia em seu tratamento, evolução e prognóstico. Assim,
o psicólogo hospitalar busca identificar como o paciente enfrenta essa crise, sendo a
depressão uma das “posições” possíveis de enfrentamento. Sobre a depressão,
assinale a alternativa correta.
(A) O sujeito nessa posição não teme a morte e nem a vida, sendo um equívoco pensar
que por essa indiferença não esteja sofrendo.
(B) Essa costuma ser uma fase de desespero.
(C) Quando um paciente encontra-se deprimido, o melhor a fazer é encorajá-lo a olhar

38
o lado positivo das coisas.

7:
(D) A depressão sempre se mostra da mesma forma: um risco de suicídio para o

:5
06
paciente.

2
02
(E) A tristeza é equivalente à depressão e ao seu primeiro sinal deve ser medicada.

/2
Gabarito: A

12
1/
Comentários: Essa é a visão/posição de Simonetti.

-2
om
161. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015

l.c
Sobre a dependência química, a explicação para a tolerância cruzada está no fato de
ai
gm
que
s@

(A) são drogas estimulantes.


ta

(B) são drogas depressoras.


an
fd

(C) são drogas metabolizadas ou degradadas pelas mesmas enzimas corporais.


ia
al

(D) são drogas psicoativas.


at
-n

(E) são drogas de substâncias não psicoativas.


0

Gabarito: C
-2
33

Comentários: A tolerância cruzada ocorre quando um processo de tolerância de uma


.2

droga específica acaba sendo generalizado para outra droga. Isso ocorre pois são
74
.7

drogas metabolizadas ou degradadas pelas mesmas enzimas corporais.


05
-0
s

162. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


ta
an

As anfetaminas são substâncias químicas que causam dependência. Elas são


D

consideradas
s
ta

(A) drogas depressoras que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
ei
Fr

paranoia.
ia
ál

(B) drogas depressoras que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
at
N

paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.


(C) drogas estimulantes que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.
(D) drogas alucinógenas que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.
(E) drogas estimulantes que, após uso prolongado, podem induzir a uma extrema
paranoia.
Gabarito: C
Comentários: Anfetaminas são estimulantes. Após uso prolongado, podem induzir a
uma extrema paranoia, que resulta em fixações homicidas e suicidas.

| 163
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02

38
7:
:5
06
2
02
/2
12
1/
-2
om
l.c
ai
gm
s@
ta
an
fd
ia
al
at
-n
0
-2
33

E
.2
74
.7
05
-0
s
ta
an
D
s
ta
ei
Fr
ia
ál
at
N

163. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


A síndrome que é aceita como padrão psicopatológico, cuja natureza está
intimamente relacionada com a esquizofrenia infantil, sendo considerada uma
manifestação precoce dessa síndrome, é

| 164
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
(A) o retardo infantil.
(B) o autismo.
(C) a síndrome do X frágil (X FRA).
(D) a epilepsia.
(E) o TDAH – síndrome do déficit de atenção e hiperatividade.
Gabarito: B
Comentários: O autismo era conhecido antigamente como esquizofrenia infantil.

164. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


Quando uma pessoa se automanipula, causando ferimentos na pele, costuma alegar

38
que já havia uma escoriação anterior e que ela ardia e coçava, esse tipo de

7:
comportamento/ relato pode ser um sinal, que requer uma investigação clínica, de

:5
06
(A) insônia.

2
02
(B) anorexia.

/2
(C) depressão endógena.

12
1/
(D) ansiedade.

-2
(E) aumento do apetite.

om
Gabarito: C

l.c
Comentários: Se fosse hoje em dia, chamaríamos de skin-picking (transtorno de
ai
gm
escoriação). Lá em 2015 suspeitaríamos de depressão.
s@
ta

165. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


an
fd

Tricotilomania (arrancar o próprio cabelo, a sobrancelha ou os cílios) é um forte


ia
al

indício de doença
at
-n

(A) obsessivo-compulsiva.
0

(B) histérica.
-2
33

(C) fóbica.
.2

(D) psicótica.
74
.7

(E) depressiva.
05

Gabarito: A
-0
s

Comentários: A tricotilomania tem um fundo obsessivo-compulsivo.


ta
an
D

166. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


s
ta

As parestesias corporais, quando de origem não neurológica, acometem pacientes


ei
Fr

(A) com neuropatia diabética periférica.


ia
ál

(B) com neuropatia por carência nutricional.


at
N

(C) hipocondríacos e somatizadores.


(D) com neuropatia por álcool.
(E) com esclerose múltipla.
Gabarito: C
Comentários: A parestesia é toda sensação não dolorosa e subjetiva que atinge uma
área do corpo. Em geral, todos os indivíduos já experienciaram uma parestesia em
algum momento da vida, uma vez que o motivo é sempre uma alteração na função
do nervo da sensibilidade. Portanto, qualquer sensação alterada advinda das
terminações nervosas, como dormência ou formigamento, é uma parestesia.
Outros exemplos comuns de parestesia são:

| 165
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
• Queimação
• Sensação de calor
• Sensação de frio
• Fisgadas

167. AOCP - EBSERH - HDT-UFT - Psicólogo Hospitalar - 2015


Existem doentes, ao invés de doença. Ao ampliar o enfoque da doença para além do
corpo real, orgânico, abre-se para o enfoque biopsicossocial e espiritual. Sendo
assim, os pacientes se excluem ou se incluem no contexto ora doença, ora doente. Os
doentes que se excluem dessa visão são os pacientes

38
(A) hipocondríacos.

7:
(B) que não sabem lidar com a dor.

:5
06
(C) que têm maior tolerância à dor.

2
02
(D) que se valem da sua doença para manipulações emocionais das pessoas que

/2
o cercam.

12
1/
(E) que buscam algum tipo de retorno financeiro.

-2
Gabarito: C

om
Comentários: Questão bem mal redigida. Ok. Precisamos de uma resposta onde o

l.c
doente não reconheça seu sofrimento. Na letra B encontramos isso.
ai
gm
s@

168. AOCP - EBSERH - HE-UFPEL - Psicólogo Hospitalar - 2015


ta

Drogas Psicoativas atuam sobre o cérebro, modificando seu funcionamento e


an
fd

alterando as sensações, o grau de consciência ou o estado emocional. É considerada


ia
al

uma droga depressora do Sistema Nervoso Central


at
-n

(A) a cocaína.
0

(B) o álcool.
-2
33

(C) a maconha.
.2

(D) o crack.
74
.7

(E) a nicotina.
05

Gabarito: B
-0
s

Comentários: O álcool é uma droga depressora.


ta
an
D

169. AOCP - EBSERH - HE-UFSCAR - Psicólogo Hospitalar - 2015


s
ta

No tocante à substância psicoativa, assinale a alternativa que apresenta uma


ei
Fr

definição INCORRETA.
ia
ál

(A) Intoxicação: síndrome reversível específica causada por substância psicoativa


at
N

recentemente ingerida.
(B) Tolerância: refere-se à diminuição do efeito de uma substância após repetidas
administrações
(C) Dependência física: é um estado de adaptação do corpo manifestado por
distúrbios físicos quando o uso da substância é interrompido.
(D) Síndrome de abstinência: desejo intenso de usar uma substância (craving).
(E) Dependência comportamental: constitui uma compulsão ao uso da
substância.
Gabarito: D

| 166
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Comentários: Craving é o desejo intenso de usar uma substância. Síndrome de
abstinência é um conjunto de sérias perturbações ao organismo dependente, desde
alterações comportamentais até sensações físicas, por conta da suspensão do uso da
droga.

170. AOCP - EBSERH - HU-UFJF - Psicólogo Hospitalar - 2015


Frente à estafa que alguns profissionais da saúde desenvolvem estão os sintomas de
fadiga, depressão, exaustão mental e emocional. Podemos entender que se trata da
Síndrome
(A) de Tourette.

38
(B) de Capgras.

7:
(C) de Cotard.

:5
06
(D) de Clerambault.

2
02
(E) de Burnout.

/2
Gabarito: E

12
1/
Comentários: Estamos diante de uma síndrome laboral, a síndrome de Burnout.

-2
om
171. AOCP - EBSERH - HC-UFMG - Psicologia Hospitalar - 2014

l.c
N. é uma mulher de 38 anos que chegou ao hospital desacordada e acompanhada pelo
ai
gm
marido. Ela faz tratamento psiquiátrico para depressão há 5 meses, desde que perdeu
s@

o filho adolescente em um acidente de carro. Após uma briga com o marido, ela tomou
ta

uma dose superelevada dos seus remédios psiquiátricos”. Considerando o caso,


an
fd

assinale a alternativa INCORRETA sobre os procedimentos que o psicólogo pode


ia
al

adotar em seu atendimento.


at
-n

(F) Buscando compreender o paciente suicida, é importante obter dados da


0

história do paciente através do marido.


-2
33

(G) É muito importante ficar atento a uma nova possibilidade de tentativa de suicídio
.2

ainda no hospital.
74
.7

(H) Nesses casos, não é necessário acompanhamento psiquiátrico, pois ela já


05

tomava remédio e mesmo assim tentou contra a própria vida.


-0
s

(I) Cabe ao psicólogo identificar as manifestações motivacionais da paciente para


ta
an

usá-las como estímulo à vida.


D

(J) O psicólogo poderá atuar frente às atitudes autodestrutivas indiretas, como a


s
ta

negligência no tratamento.
ei
Fr

Gabarito: C
ia
ál

Comentários: Uai, precisa do psiquiatra para ter um correto acompanhamento


at
N

medicamentoso.

172. AOCP - EBSERH - HU-UFMS - Psicólogo Hospitalar - 2014


São reações somáticas, observadas em crianças hospitalizadas sem suas mães:
(A) angústia.
(B) sensação de abandono.
(C) dermatoses.
(D) inapetência.
(E) tristeza.
Gabarito: C

| 167
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
Comentários: Segundo Spitz, é comum termos dermatoses como reações à
hospitalização. By the way, inapetência é a falta de vontade de comer, angústia,
sensação de abandono e tristeza não são reações somáticas.

173. AOCP - EBSERH - HU-UFMS - Psicólogo Hospitalar - 2014


São razões dos pais para a não visitação dos pacientes crianças internados, EXCETO
(A) residência longe do hospital.
(B) ansiedade e culpa em relação à doença.
(C) incapacidade ou dificuldade para suportar o sofrimento da criança.
(D) negação da doença.

38
(E) vínculos afetivos estáveis.

7:
Gabarito: E

:5
06
Comentários: Visita em todo caso! Ainda mais quando temos a letra (E). A última,

2
02
portanto, seria a única que não traria qualquer objetção.

/2
12
1/
174. AOCP - EBSERH - HULW-UFPB - Psicólogo Hospitalar - 2014

-2
São considerados fatores de riscos para o desenvolvimento de transtornos mentais,

om
EXCETO

l.c
(A) níveis de atenção deficitários.
ai
gm
(B) negligência ou abuso infantil.
s@

(C) imaturidade emocional e descontrole.


ta

(D) inabilidade social.


an
fd

(E) comportamento pró-social.


ia
al

Gabarito: E
at
-n

Comentários: O comportamento pró-social é entendido como um fator de proteção


0

aos transtornos mentais,


-2
33
.2

175. AOCP - EBSERH - HULW-UFPB - Psicólogo Hospitalar - 2014


74
.7

Assinale a alternativa que corresponda aos fatores de proteção de transtornos


05

mentais.
-0
s

(A) Resultados acadêmicos pobres e desmoralização escolar.


ta
an

(B) Autonomia.
D

(C) Insônia crônica.


s
ta

(D) Comunicação deficitária.


ei
Fr

(E) Doença mental dos pais.


ia
ál

Gabarito: B
at
N

Comentários: A Autonomia é um fator de proteção.

176. AOCP - EBSERH - HU-UFJF - Psicólogo Hospitalar - 2015


Relato Clínico: Um cirurgião plástico do hospital solicitou ao psicólogo que faça uma
apreciação clínica documentada de maior abrangência possível sobre uma paciente.
Relata que essa paciente já fez algumas cirurgias de pequeno porte. Na última
consulta no hospital, a paciente manifestou um sofrimento psíquico intenso, com
uma marca no corpo. Diz a paciente que tal marca lhe impede de viver bem, causando
prejuízos para sua vida social e ocupacional. O cirurgião relata que a paciente traz
marcas reais e outras que ele acredita não se justi carem intervenção. São, porém,

| 168
Psicologia para o MPMG 2022 CONSULPLAN
Professor Alyson Barros
Aula 02
percebidas por ela de modo diferente. Tais percepções são provocadas por uma
insatisfação corporal intensa. O médico acrescenta, ao seu relato, que ela apresenta
um corpo com tatuagens e outros sinais. Sua insatisfação com seu corpo é constante
e em diversas partes. Agora ela incomodou-se com locais no corpo onde não há
relevância para intervenção. A paciente acredita que os olhares nos ambientes em
que frequenta são dirigidos para essa marca, motivo que a faz solicitar ao médico
agendamento de nova intervenção.
O psicólogo insere também no seu documento a classificação de sua hipótese
diagnóstica para apresentar ao médico. Esse profissional utiliza da Classificação
Internacional de Doenças (CID–10) para indicar as possibilidades do transtorno

38
mental e comportamental descrito. De acordo com o relato clínico, a situação

7:
enquadra-se no código

:5
06
(A) F. 43 – Reação ao estresse grave e transtorno adaptativo.

2
02
(B) F. 40 – Transtorno fóbico ansioso.

/2
(C) F.44 – Transtorno dissociativo.

12
1/
(D) F.45.2 – Transtorno hipocondríaco / dismorfofobia.

-2
(E) F. 41– Outros Transtornos ansiosos.

om
Gabarito: D

l.c
Comentários: A paciente possui uma imagem corporal distorcida. Somente ser
ai
gm
enquadra aqui a dismorfofobia.
s@
ta
an
fd
ia
al
at
-n
0
-2
33
.2
74
.7

Bons estudos!
05

Professor Alyson Barros


-0
s

alyson@psicologianova.com.br
ta
an
D
s
ta
ei
Fr
ia
ál
at
N

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