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Em 12 de junho de 2018 foi instituída a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), por meio da
Resolução n. 588/2018 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), considerando as deliberações da 1ª
Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.
A PNVS é um documento norteador do planejamento das ações de vigilância em saúde nas três esferas
de gestão do SUS, caracterizado pela definição das responsabilidades, princípios, diretrizes e estratégias
dessa vigilância.
É definida como uma política pública de Estado e função essencial do SUS, de caráter universal,
transversal e orientadora do modelo de atenção à saúde nos territórios.
Sua efetivação depende de seu fortalecimento e articulação com outras instâncias do sistema de saúde,
enquanto sua gestão é de responsabilidade exclusiva do poder público.
Art. 4º - Parágrafo único. A PNVS deve contribuir para a integralidade na atenção à saúde, o que
pressupõe a inserção de ações de vigilância em saúde em todas as instâncias e pontos da Rede de
Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado
e matriciamento da saúde, bem como na definição das estratégias e dispositivos de organização e fluxos
da rede de atenção.
Art. 5º - A PNVS deverá contemplar toda a população em território nacional, priorizando, entretanto,
territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade, na perspectiva de superar
desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção, incluindo intervenções
intersetoriais.
Parágrafo único. Os riscos e as vulnerabilidades de que trata o caput devem ser identificadas e
definidas a partir da análise da situação de saúde local e regional e do diálogo com a comunidade,
trabalhadores e trabalhadoras e outros atores sociais, considerando-se as especificidades e
singularidades culturais e sociais de seus respectivos territórios.
Definições
Art. 2º - Parágrafo 1. Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta,
consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde,
visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação,
intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da
saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças.
Art. 6º XIII – Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos
à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação
de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. Abrange a prestação de serviços e o
controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo e descarte.
Examinar as condições de vida e saúde das populações para organizar intervenções nos seus
respectivos territórios, portanto, a ação da vigilância deve incidir sobre diversos planos:
Nas políticas e mecanismos regulatórios de todos os setores econômicos, sociais e ambientais que
tenham relação com a saúde; na rede de atenção à saúde, considerando todos os seus dispositivos; e
com a sociedade, integrada aos territórios.
Sobre as diretrizes da PNVS, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) As ações prestadas por serviços de vigilância e voltadas à saúde pública devem ocorrer por meio de
intervenções individuais ou coletivas, em todos os pontos de atenção da rede.
a) V F V F.
b) V F F V.
c) V V F F.
d) F V F V.
e) F V V F.
Clínico Epidemiológico
Tipo de diagnóstico Individual Comunitário/populacional
Tratamento
Ações Programas de saúde/promoção
Reabilitação
I. Coletar dados;
II. Processar dados coletados;
III. Analisar e interpretar os dados processados;
IV. Recomendar as medidas de prevenção e de controle apropriadas;
V. Promover as ações de prevenção e de controle indicadas;
VI. Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas adotadas;
VII. Divulgar as informações pertinentes.
Conceitos básicos em Epidemiológia
Epidemia: Elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e período
de tempo, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada.
Pandemia: Epidemia que ocorre em grande área geográfica (países em diferentes continentes).
Surto: Uma situação epidêmica limitada a um espaço localizado (creches, quartéis, escolas, etc.). Como
situação epidêmica, portanto um surto é o aparecimento súbito e representa um aumento não esperado
na incidência de uma doença.
Prevalência: Definida como o número de pessoas afetadas (casos novos e antigos) em uma população
em um período específico de tempo.
Incidência: Definida como o número de casos novos de um determinado evento que ocorrem durante
um período específico de tempo em uma população. A incidência nos fornece uma estimativa de risco.
a) incidência.
b) prevalência.
c) morbidade.
d) mortalidade.
e) intervenção.
a) A pandemia é a classificação dada para doenças que ocorrem com frequência em uma região
delimitada e se mantêm restritas a ela.
b) A endemia é a classificação dada para doenças infecciosas e transmissíveis que se espalham por um
ou mais continentes, ou por todo o mundo.
c) Como exemplo de endemia temos a gripe A (gripe suína), em 2009, que registrou casos em vários
continentes.
d) Epidemia é a ocorrência de casos de doença ou outros eventos de saúde com uma incidência maior
que a esperada para uma área geográfica e em períodos determinados.
e) Surto é o surgimento lento e progressivo de uma determinada doença que já estava erradicada.
a) Semanal ou mensal.
b) Imediata ou semanal.
c) Semanal ou quinzenal.
d) Imediata ou quinzenal.
8. (Prefeitura do Rio de Janeiro-RJ/2019) De acordo com a Portaria nº 204/2016, a qual define a Lista
Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de
saúde públicos e privados em todo o território nacional, constitui doença cuja notificação deve ser
realizada em até 24 horas:
a) hanseníase.
b) hepatites virais.
c) sífilis adquirida.
d) doença meningocócica e outras meningites.
I - Agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias
nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões
decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada;
II - Autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal
e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS);
III - Doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa
representar um dano significativo para os seres humanos;
IV - Epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde
pública;
V - Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública,
como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão
clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude,
a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos
decorrentes de desastres ou acidentes;
VII - Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e
quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública,
pelo meio de comunicação mais rápido disponível;
VIII - Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a
partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;
3) Evento de saúde pública é uma situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como
a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida.
a) 1, 3 e 4.
b) 1, 2 e 3.
c) 1, 2 e 4.
d) 2 e 4.
e) 2 e 3.
Vigilância Ambiental
Atenção!
A vigilância em saúde ambiental centra-se nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam
promover riscos à saúde humana: a água para consumo humano, o ar, o solo, os desastres naturais,
as substâncias químicas, os acidentes com produtos perigosos, os fatores físicos e o ambiente de
trabalho.
I. A vigilância em saúde ambiental centra-se nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam
promover riscos à saúde humana, conforme pode ser observado no texto.
II. A atuação da vigilância em saúde ambiental centra-se em fatores como as substâncias químicas, os
acidentes com produtos perigosos, os fatores físicos e o ambiente de trabalho, de acordo com as
informações apresentadas pelo texto. Marque a alternativa CORRETA:
( ) A vigilância em saúde do trabalhador envolve ações que visam a promoção da saúde, a prevenção da
morbimortalidade e a redução de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora. A alternativa
que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
a) F V V F
b) F V F V
c) F F V V
d) V F V F
e) V F F V
Vigilância Sanitária
É o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes: do meio ambiente; da produção e circulação de bens; da prestação de
serviços de interesse da saúde;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
I. As ações de vigilância sanitária fazem parte das atividades que se destinam à promoção e à proteção
da saúde dos trabalhadores de qualquer ramo econômico ou social.
II. A vigilância sanitária abrange o controle da prestação de serviços relacionados com a saúde.
III. As normas e a execução das ações de vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras são de
competência dos estados e municípios.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I, II e III.
• Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:
Saúde do Trabalhador
• Vigilância dos agravos à saúde e doenças relacionados ao trabalho, que guarda interfaces com a
Vigilância Epidemiológica e
• Vigilância dos ambientes e condições de trabalho que se articula com as práticas da Vigilância
Sanitária, que deve ampliar seu objeto tradicional, focado no produto e no consumidor e incluir as
condições de trabalho e a saúde dos trabalhadores, e a Vigilância Ambiental, uma vez que na origem de
muitos problemas ambientais estão os mesmos processos produtivos responsáveis por agravos à saúde
dos trabalhadores.
a) a configuração epidemiológica das doenças e dos agravos à saúde relacionados com o trabalho
atendidos e ou notificados pelos serviços de saúde;
b) as situações de risco à saúde identificadas a partir da análise das atividades produtivas presentes no
território;
d) outras situações de caráter técnico ou político definidas no âmbito da gestão da saúde, ou por uma
combinação delas.
a) A configuração do desenvolvimento mediador das doenças e dos agravos à saúde relacionados com o
trabalho, atendidos e ou notificados pelos serviços de saúde.
b) As situações de risco à saúde identificadas a partir da análise das atividades produtivas presentes no
território.
c) Denúncias e solicitações dos movimentos sindicais e sociais organizados.
d) Situações de caráter técnico ou político definidas no âmbito da gestão da saúde, ou por uma
combinação delas.
GABARITO
1.D
2. C
3. E
4. B
5. B
6. D
7. B
8. D
9. A
10. A
11. B
12. C
13. D
14. D
15. A