Você está na página 1de 10

Vigilância em Saúde

Política Nacional de Vigilância em Saúde

Em 12 de junho de 2018 foi instituída a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), por meio da
Resolução n. 588/2018 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), considerando as deliberações da 1ª
Conferência Nacional de Vigilância em Saúde.

A PNVS é um documento norteador do planejamento das ações de vigilância em saúde nas três esferas
de gestão do SUS, caracterizado pela definição das responsabilidades, princípios, diretrizes e estratégias
dessa vigilância.

É definida como uma política pública de Estado e função essencial do SUS, de caráter universal,
transversal e orientadora do modelo de atenção à saúde nos territórios.

Sua efetivação depende de seu fortalecimento e articulação com outras instâncias do sistema de saúde,
enquanto sua gestão é de responsabilidade exclusiva do poder público.

Art. 4º - Parágrafo único. A PNVS deve contribuir para a integralidade na atenção à saúde, o que
pressupõe a inserção de ações de vigilância em saúde em todas as instâncias e pontos da Rede de
Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado
e matriciamento da saúde, bem como na definição das estratégias e dispositivos de organização e fluxos
da rede de atenção.

Art. 5º - A PNVS deverá contemplar toda a população em território nacional, priorizando, entretanto,
territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade, na perspectiva de superar
desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção, incluindo intervenções
intersetoriais.

Parágrafo único. Os riscos e as vulnerabilidades de que trata o caput devem ser identificadas e
definidas a partir da análise da situação de saúde local e regional e do diálogo com a comunidade,
trabalhadores e trabalhadoras e outros atores sociais, considerando-se as especificidades e
singularidades culturais e sociais de seus respectivos territórios.

Art. 2º - Parágrafo 2. A PNVS incide sobre todos


os níveis e formas de atenção à saúde,
abrangendo todos os serviços de saúde públicos e
Abrangência privados, além de estabelecimentos relacionados à
produção e circulação de bens de consumo e
tecnologias que, direta ou indiretamente, se
relacionem com a saúde.

Art. 3º A PNVS compreende a articulação dos


saberes, processos e práticas relacionados à
vigilância epidemiológica, vigilância em saúde
ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e
Composição vigilância sanitária e alinha-se com o conjunto de
políticas de saúde no âmbito do SUS,
considerando a transversalidade das ações de
vigilância em saúde sobre a determinação do
processo saúde doença.
Art. 4º A PNVS tem como finalidade definir os
princípios, as diretrizes e as estratégias a serem
observados pelas três esferas de gestão do SUS,
para o desenvolvimento da vigilância em saúde,
Finalidade visando a promoção e a proteção da saúde e a
prevenção de doenças e agravos, bem como a
redução da morbimortalidade, vulnerabilidades e
riscos decorrentes das dinâmicas de produção e
consumo nos territórios.

Definições

Art. 2º - Parágrafo 1. Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta,
consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde,
visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação,
intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da
saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças.

Art. 6º X – Vigilância em saúde ambiental: conjunto de ações e serviços que propiciam o


conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio
ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de
promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos relacionados às doenças ou
agravos à saúde.

Art. 6º XI – Vigilância em saúde do trabalhador e da trabalhadora: conjunto de ações que visam


promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos e vulnerabilidades na
população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nas doenças e agravos e
seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de
trabalho.

Art. 6º XII – Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a


detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças,
transmissíveis e não-transmissíveis, e agravos à saúde.

Art. 6º XIII – Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos
à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação
de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. Abrange a prestação de serviços e o
controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo e descarte.

É de competência da Vigilância em Saúde:

 Examinar as condições de vida e saúde das populações para organizar intervenções nos seus
respectivos territórios, portanto, a ação da vigilância deve incidir sobre diversos planos:

 Nas políticas e mecanismos regulatórios de todos os setores econômicos, sociais e ambientais que
tenham relação com a saúde; na rede de atenção à saúde, considerando todos os seus dispositivos; e
com a sociedade, integrada aos territórios.

Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013

Art. 2º A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação,


análise e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a
implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e
controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.

1. (Câmara Legislativa-DF/FCC/2018) De acordo com a Política Nacional de Vigilância em Saúde de


2018, derivada da 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, alguns desafios contemporâneos da
Vigilância em Saúde a partir de seus fundamentos conceituais, práticas, trajetórias e resultados, numa
perspectiva ampliada, incluem:

a) Conceber e desenvolver um sistema de informações para a vigilância em saúde estruturado a partir


das necessidades dos gestores das unidades básicas de saúde.
b) Estabelecer políticas e mecanismos regulatórios específicos para setores políticos e econômicos que
tenham relação com doenças e epidemias de modo geral.
c) Orientar de modo mais eficaz e de forma focalizada as populações vulneráveis e em territórios de
extrema pobreza.
d) Examinar as condições de vida e saúde das populações para organizar intervenções nos seus
respectivos territórios.
e) Examinar a saúde no âmbito da atenção da rede de saúde, de forma a integrar os valores e
percepções materiais das populações carentes.

2. (Policlínica de Saúde da Região de Jequié-BA/Fundação CEFETBAHIA/2019) A Vigilância em Saúde


pode ser compreendida como “[...] o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de
dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a
implementação de medidas de saúde pública [...]” (BRASIL, 2018, p. 2). A Resolução nº 588/2018
contempla, dentre outros aspectos, as diretrizes a serem observadas para que a Política Nacional de
Vigilância em Saúde (PNVS) seja implementada no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS (BRASIL,
2018).

Sobre as diretrizes da PNVS, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as falsas.

( ) A PNVS preconiza que as práticas de gestão e de trabalho assegurem a integralidade do cuidado,


inserindo ações de vigilância em saúde em toda a Rede de Atenção à Saúde.

( ) As ações prestadas por serviços de vigilância e voltadas à saúde pública devem ocorrer por meio de
intervenções individuais ou coletivas, em todos os pontos de atenção da rede.

( ) A PNVS prevê a produção de evidências a partir da análise da situação da saúde da população de


forma a fortalecer a gestão, com fragilização das práticas em saúde coletiva.

( ) A articulação e a pactuação de responsabilidades entre as três esferas de governo, deve respeitar os


princípios do SUS, sem considerar a diversidade e a especificidade locorregional.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

a) V F V F.
b) V F F V.
c) V V F F.
d) F V F V.
e) F V V F.

3. (SES-PE/INSTITUTO AOCP/2018) Em relação à Vigilância em Saúde, é correto afirmar que

a) a vigilância sanitária desenvolve ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de qualquer


mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente, que interferem na saúde
humana.
b) a vigilância epidemiológica realiza ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e
intervir em problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens de
consumo e da prestação de serviços de interesse da saúde.
c) as ações da vigilância sanitária relacionadas ao meio ambiente natural referem-se às edificações e
formas de uso e parcelamento do solo, sendo realizado o controle sanitário de indústrias,
estabelecimentos comerciais, edifícios, meios de locomoção e toda a infraestrutura urbana de serviços,
para prevenir acidentes, danos individuais e coletivos.
d) a promoção de medidas de controle de doenças e agravos nos municípios e sua execução, em forma
supletiva às ações municipais, nas situações epidemiológicas de interesse federal é uma atribuição do
nível municipal e federal.
e) a ação de vigilância da saúde do trabalhador é múltipla e articula o acolhimento de queixas, o
atendimento clínico, a análise epidemiológica, a análise das situações de risco, a busca de alternativas
sociais e tecnológicas, intervenções regulatórias e processos de apoio social que são identificados e
implementados de forma continuada em que a rede constituída confere uma perenidade ao processo.
Vigilância Epidemiológica

Principais diferenças entre as abordagens clínica e epidemiológica

Clínico Epidemiológico
Tipo de diagnóstico Individual Comunitário/populacional

Melhorar o nível de saúde da


Curar e prevenir a doença da
Objetivo comunidade/identificar fatores
pessoa
risco...

Dados populacionais Dados com


referência de tempo e espaço
História Clínica Exame Físico
Informação necessária geográfico de causas de morte,
Exames Complementares
serviços de saúde, incapacidade,
fatores risco...

Tratamento
Ações Programas de saúde/promoção
Reabilitação

Mudanças no estado de saúde


Acompanhamento clínico (evitar da população bem como
Monitoramento no tempo doenças/melhorar/ curar a diminuição das taxas de
pessoa) mortalidade, da incidência de
doenças...

4. (SEASTER-PA/IADES/2019) A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orientação


técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de
controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a
ocorrência dessas doenças ou agravos, bem como

a) dos critérios utilizados para a seleção de doenças e agravos notificáveis.


b) dos seus fatores condicionantes em uma área geográfica ou população determinada.
c) o comportamento epidemiológico da doença ou agravo escolhido como alvo das ações.
d) a construção de programas de controle localmente diferenciados, respeitadas as bases técnico-
científicas de referência nacional. e) os preceitos da reforma sanitária instituída e implementação no
país.

São funções da Vigilância Epidemiológica

I. Coletar dados;
II. Processar dados coletados;
III. Analisar e interpretar os dados processados;
IV. Recomendar as medidas de prevenção e de controle apropriadas;
V. Promover as ações de prevenção e de controle indicadas;
VI. Avaliar a eficácia e a efetividade das medidas adotadas;
VII. Divulgar as informações pertinentes.
Conceitos básicos em Epidemiológia

Epidemia: Elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e período
de tempo, caracterizando, de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada.

Endemia: Ocorrência de um agravo dentro de um número esperado de casos em um determinado local,


em um determinado período de tempo.

Pandemia: Epidemia que ocorre em grande área geográfica (países em diferentes continentes).

Erradicação: Exterminação de qualquer possibilidade de contágio, pela distribuição irreversível do


agente infeccioso em todo o mundo. Ex.: Varíola.

Surto: Uma situação epidêmica limitada a um espaço localizado (creches, quartéis, escolas, etc.). Como
situação epidêmica, portanto um surto é o aparecimento súbito e representa um aumento não esperado
na incidência de uma doença.

Agravo: Qualquer dano à integridade do indivíduo, provado por circunstâncias nocivas.

Prevalência: Definida como o número de pessoas afetadas (casos novos e antigos) em uma população
em um período específico de tempo.

Incidência: Definida como o número de casos novos de um determinado evento que ocorrem durante
um período específico de tempo em uma população. A incidência nos fornece uma estimativa de risco.

5. (Prefeitura de Unaí-MG/COTEC/2019) Quando o enfermeiro do Programa Saúde da Família (PSF)


afere a "persistência" da doença na população, ele está utilizando o coeficiente

a) incidência.
b) prevalência.
c) morbidade.
d) mortalidade.
e) intervenção.

6. (Prefeitura de Bombinhas-SC/COTEC/2019) Assinale a alternativa correta acerca das endemias,


pandemias e epidemias.

a) A pandemia é a classificação dada para doenças que ocorrem com frequência em uma região
delimitada e se mantêm restritas a ela.
b) A endemia é a classificação dada para doenças infecciosas e transmissíveis que se espalham por um
ou mais continentes, ou por todo o mundo.
c) Como exemplo de endemia temos a gripe A (gripe suína), em 2009, que registrou casos em vários
continentes.
d) Epidemia é a ocorrência de casos de doença ou outros eventos de saúde com uma incidência maior
que a esperada para uma área geográfica e em períodos determinados.
e) Surto é o surgimento lento e progressivo de uma determinada doença que já estava erradicada.

Portaria Nº 264 de 17 de fevereiro de 2020

Altera a Portaria de Consolidação nº 4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir a doença de


Chagas crônica, na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde
pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
7. (Câmara de Belo Horizone-MG/CONSULPLAN/2018) “A Notificação Compulsória de doença, agravo
ou evento de saúde pública é definida em legislação específica como a ‘comunicação obrigatória à
autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos
estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de
doença, agravo ou evento de saúde pública’.” A periodicidade de notificação pode ser:

a) Semanal ou mensal.
b) Imediata ou semanal.
c) Semanal ou quinzenal.
d) Imediata ou quinzenal.

8. (Prefeitura do Rio de Janeiro-RJ/2019) De acordo com a Portaria nº 204/2016, a qual define a Lista
Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de
saúde públicos e privados em todo o território nacional, constitui doença cuja notificação deve ser
realizada em até 24 horas:

a) hanseníase.
b) hepatites virais.
c) sífilis adquirida.
d) doença meningocócica e outras meningites.

Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes


conceitos:

I - Agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias
nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões
decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada;

II - Autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal
e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS);

III - Doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa
representar um dano significativo para os seres humanos;

IV - Epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde
pública;

V - Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública,
como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão
clínicoepidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude,
a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos
decorrentes de desastres ou acidentes;

VI - Notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,


profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a
ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no
anexo, podendo ser imediata ou semanal;

VII - Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e
quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública,
pelo meio de comunicação mais rápido disponível;

VIII - Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a
partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo;

IX - Notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo


estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi
identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação
Compulsória; e

X - Vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico


para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública,
com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS/MS).
9. (UFPE/COVEST-COPSET/2019) Em relação à vigilância epidemiológica, analise as afirmativas a
seguir.

1) Notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada por


profissionais de saúde ou por responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados,
sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública.

2) Vigilância sentinela é um modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde


estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde
pública, e é imposta de forma obrigatória aos gestores de saúde.

3) Evento de saúde pública é uma situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como
a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida.

4) As ações de vigilância epidemiológica se iniciam com a notificação das doenças, seguida da


investigação dos casos.

Estão corretas, apenas:

a) 1, 3 e 4.
b) 1, 2 e 3.
c) 1, 2 e 4.
d) 2 e 4.
e) 2 e 3.

Vigilância Ambiental

Atenção!

A vigilância em saúde ambiental centra-se nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam
promover riscos à saúde humana: a água para consumo humano, o ar, o solo, os desastres naturais,
as substâncias químicas, os acidentes com produtos perigosos, os fatores físicos e o ambiente de
trabalho.

10. (Prefeitura de Palmeirina-PE/ADM&TEC/2019) Com base no texto 'AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM


SAÚDE', leia as afirmativas a seguir:

I. A vigilância em saúde ambiental centra-se nos fatores não biológicos do meio ambiente que possam
promover riscos à saúde humana, conforme pode ser observado no texto.
II. A atuação da vigilância em saúde ambiental centra-se em fatores como as substâncias químicas, os
acidentes com produtos perigosos, os fatores físicos e o ambiente de trabalho, de acordo com as
informações apresentadas pelo texto. Marque a alternativa CORRETA:

a) As duas afirmativas são verdadeiras.


b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.

11. (Prefeitura de Barreiras-BA/Fundação CEFETBAHIA/2019) A área da Vigilância em Saúde envolve


um conjunto complexo de ações de saúde, voltadas para o planejamento e a implementação de medidas
de saúde pública. Tais ações incluem aquelas relacionadas a regulação, intervenção e atuação em
condicionantes e determinantes da saúde, com foco na proteção e na promoção da saúde da população,
ou mesmo na prevenção e controle de riscos, agravos e doenças (BRASIL, 2018). Em relação aos
conceitos pertinentes à Vigilância em Saúde, analise as assertivas e identifique com V as verdadeiras e
com F as falsas.

( ) A atuação da vigilância sanitária permite recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de


doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e agravos à saúde.

( ) As ações da vigilância em saúde ambiental permitem a detecção de mudanças nos fatores


determinantes e condicionantes do meio ambiente, que interferem na saúde humana.

( ) As ações da vigilância epidemiológica buscam eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde,


decorrentes da produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde.

( ) A vigilância em saúde do trabalhador envolve ações que visam a promoção da saúde, a prevenção da
morbimortalidade e a redução de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora. A alternativa
que contém a sequência correta, de cima para baixo, é

a) F V V F
b) F V F V
c) F F V V
d) V F V F
e) V F F V

Vigilância Sanitária

É o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes: do meio ambiente; da produção e circulação de bens; da prestação de
serviços de interesse da saúde;

A vigilância sanitária abrange:

 O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, relacionem se com a saúde,


compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e descarte;

 Controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde;

Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990

• Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:

VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;

Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em


circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar
do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de
disseminação nacional.

12. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2019) A vigilância sanitária tem por característica orientar


a atuação dos profissionais para o controle de doenças de importância em saúde pública. Com essa
mesma perspectiva, que diz respeito à vigilância em saúde, analise as seguintes assertivas:

I. As ações de vigilância sanitária fazem parte das atividades que se destinam à promoção e à proteção
da saúde dos trabalhadores de qualquer ramo econômico ou social.
II. A vigilância sanitária abrange o controle da prestação de serviços relacionados com a saúde.
III. As normas e a execução das ações de vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras são de
competência dos estados e municípios.

Quais estão corretos?

a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I, II e III.
• Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):

§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se
destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da
saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:

Saúde do Trabalhador

A saúde do trabalhador visa promover a saúde e reduzir a morbimortalidade e redução de riscos e


vulnerabilidades da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos
doenças e agravos e em seus determinantes, decorrentes dos modelos de desenvolvimento e de processo
produtivos e de trabalho.

13. (IAPEN-AC/IDABE/2020) Conforme determinado na Lei 8080, no Capítulo I, dos Objetivos e


Atribuições, artigo 6º, § 3º, entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de
atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. A saúde
do trabalhador abrange:

a) o controle da prestação de serviços que se relaciona direta ou indiretamente com a saúde.


b) o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde.
c) o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde.
d) avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde.
e) a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

14. (IAPEN-AC/IDABE/2020) A notificação compulsória é realizada por médicos, por outros


profissionais de saúde ou por responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam
assistência ao paciente. Sobre a notificação compulsória relacionada ao trabalho é correto afirmar que:

a) notificar os casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos é facultado ao primeiro profissional


de saúde que atender o trabalhador.
b) ao receber um trabalhador que sofreu acidente de trabalho, deve-se notificar apenas após sua alta
hospitalar e retorno para sua função de origem.
c) ao receber um trabalhador intoxicado, deve-se preencher a ficha de notificação somente se for um
caso suspeito há mais de 5 anos.
d) dentre os grupos que apresentam considerável vulnerabilidade à exposição a agrotóxicos estão os
trabalhadores rurais e os casos suspeitos e/ou diagnosticados de intoxicação exógena devem ser
notificados.
e) a ficha a ser utilizada para referir o agravo ou a doença de notificação compulsória é a SIA-SUS –
Sistema de Informação Ambulatorial.

Vigilância em Saúde do Trabalhador

Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um componente do Sistema Nacional de Vigilância em


Saúde, como definido na Portaria GM/MS nº 3252 de dezembro de 2009, que visa à promoção da saúde
e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que
intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processo
produtivos.

A VISAT acontece de forma transversal e articulada com as demais vigilâncias.


A VISAT é considerada eixo estruturante do cuidado à saúde dos trabalhadores e apresenta dois
componentes básicos:

• Vigilância dos agravos à saúde e doenças relacionados ao trabalho, que guarda interfaces com a
Vigilância Epidemiológica e

• Vigilância dos ambientes e condições de trabalho que se articula com as práticas da Vigilância
Sanitária, que deve ampliar seu objeto tradicional, focado no produto e no consumidor e incluir as
condições de trabalho e a saúde dos trabalhadores, e a Vigilância Ambiental, uma vez que na origem de
muitos problemas ambientais estão os mesmos processos produtivos responsáveis por agravos à saúde
dos trabalhadores.

As ações de VISAT são definidas e organizadas a partir da Atenção Básica considerando:

a) a configuração epidemiológica das doenças e dos agravos à saúde relacionados com o trabalho
atendidos e ou notificados pelos serviços de saúde;

b) as situações de risco à saúde identificadas a partir da análise das atividades produtivas presentes no
território;

c) denúncias e solicitações dos movimentos sindicais;

d) outras situações de caráter técnico ou político definidas no âmbito da gestão da saúde, ou por uma
combinação delas.

15. (COPASA/FUMARC/2018) As ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) são definidas e


organizadas a partir da Atenção Básica considerando, EXCETO

a) A configuração do desenvolvimento mediador das doenças e dos agravos à saúde relacionados com o
trabalho, atendidos e ou notificados pelos serviços de saúde.
b) As situações de risco à saúde identificadas a partir da análise das atividades produtivas presentes no
território.
c) Denúncias e solicitações dos movimentos sindicais e sociais organizados.
d) Situações de caráter técnico ou político definidas no âmbito da gestão da saúde, ou por uma
combinação delas.

GABARITO

1.D
2. C
3. E
4. B
5. B
6. D
7. B
8. D
9. A
10. A
11. B
12. C
13. D
14. D
15. A

Você também pode gostar