Você está na página 1de 27

1- Caracterizar a composição dos grupos de alimentos

(pirâmide alimentar) e sua importância na dieta.


2. Diferenciar os processos relacionados à secreção e
absorção de nutrientes.
3. Descrever como acontece o processo dos diversos
segmentos do sistema digestório.
4. Explicar as alterações da produção e consumo energético
nutricional em situações de catabolismo e anabolismo.

1- Caracterizar a composição dos grupos de alimentos


(pirâmide alimentar) e sua importância na dieta.
A estrutura da pirâmide alimentar indica os alimentos considerados essenciais para
a nossa saúde, apresentando aqueles que fornecem os nutrientes necessários
para uma vida saudável e para prevenção de doenças.
Cada andar da pirâmide representa um nível. Existem quatro níveis como segue:
1. Alimentos Energéticos: Grupo 1
2. Alimentos Reguladores: Grupos 2 e 3
3. Alimentos Construtores: Grupos 4, 5 e 6
4. Alimentos Energéticos Extras: Grupos 7 e 8
Classificação dos Grupos alimentares
Grupo 1: Carboidratos (alimentos energéticos)
Representa a base da pirâmide, indicando os alimentos que fornecem energia, pois
ao serem consumidos os carboidratos são convertidos em açúcar no sangue.
O consumo na forma integral é recomendado pelo número de fibras, vitaminas e
minerais que deixam essa absorção mais lenta. As principais fontes de carboidrato
são: arroz, pão, batata, massa, mandioca, cereais, etc.
Grupo 2: Verduras e Legumes (alimentos reguladores)
Está acima da base da pirâmide, representando as fontes de fibras, vitaminas e
minerais que ajudam no controle e funcionamento do corpo.
O consumo de verduras e legumes melhora o hábito intestinal. Alguns alimentos
deste grupo são: brócolis, couve, repolho, abobrinha, etc.
Grupo 3: Frutas (alimentos reguladores)
As frutas estão ao lado das verduras e legumes, representando outro tipo de fonte
de fibras, vitaminas e minerais.
A frutose (açúcar da fruta) aumenta o nível de açúcar no sangue de forma rápida.
Alguns exemplos de frutas são: abacaxi, maçã, banana, kiwi, caju, acerola, etc.
Além das opções tradicionais, as frutas exóticas são também opções de frutas a
serem consumidas.
Grupo 4: Leite e derivados (alimentos construtores)
Localizado na parte intermediária da pirâmide, o leite e seus derivados são uma
excelente fonte de cálcio, essencial para a constituição óssea e dos dentes.
Além disso, também fornecem proteínas ao organismo. Os principais alimentos
deste grupo são: queijo, leite, iogurtes, etc.
Grupo 5: Carnes e Ovos (alimentos construtores)
Assim como os leites e derivados, este grupo está na parte intermediária da
pirâmide e representa a fonte de proteína de origem animal.
Os alimentos deste grupo têm como característica serem ricos em ferro e vitaminas
B6 e B12, prevenindo anemias. Os principais alimentos deste grupo são: peixe,
frango, carne, ovos, etc.

Grupo 6: Leguminosas e oleaginosas (alimentos construtores)


As leguminosas completam a parte intermediária da pirâmide, representando as
fontes de proteína vegetal. Também são excelentes fontes de fibras. Compõem
esse grupo: feijão, soja, lentilha, grão-de-bico, castanhas, etc.
Grupo 7: Óleos e Gorduras (alimentos energéticos extras)
Os óleos e gorduras fazem parte do topo da pirâmide. Os alimentos deste grupo são
fontes de energia, além de serem responsáveis pelo transporte de vitaminas do
complexo. B.
São ricos em calorias e seu consumo deve ser controlado. São alimentos desse
grupo: azeite, manteiga, óleo de soja, etc.
Grupo 8: Açúcares e Doces (alimentos energéticos extras)
Dividindo o topo da pirâmide alimentar, estão os açúcares e doces. São alimentos
ricos em carboidratos simples, não possuem fibras e apresentam poucos nutrientes.
Seu consumo deve ser moderado. Os alimentos que compõem esse grupo são:
açúcar, mel, chocolate, sorvete, bolo, etc.
A despeito da água não fazer parte da pirâmide alimentar tradicional, os
nutricionistas recomendam a ingestão diária de no mínimo 2 litros.
Contudo, o volume de água adequado é medido segundo a massa corporal de cada
indivíduo.

untitled (saude.gov.br) guia alimentar do SUS

Dez Passos para uma Alimentação Saudável Uma alimentação saudável é aquela
que reúne os seguintes atributos:
• é acessível e não é cara,
• valoriza a variedade,
• as preparações alimentares usadas tradicionalmente
• são harmônicas em quantidade e qualidade,
• naturalmente colorida
• segura sanitariamente

Os Dez Passos para uma Alimentação Saudável são orientações práticas sobre
alimentação para pessoas saudáveis com mais de dois anos de idade. Caso você
tenha alguma doença como diabetes, hipertensão, colesterol alto e necessite de
orientação nutricional específica, procure um nutricionista.
Comece escolhendo aquela orientação que lhe pareça mais fácil, interessante ou
desafiadora e procure segui-la todos os dias. Não é necessário que você tente
adotar todos os passos de uma vez e também não é preciso seguir a ordem dos
números sugerida nos 10 passos.
1. Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois
lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições.
Fazendo todas as refeições, você evita que o estômago fique vazio por muito
tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de ficar com muita fome e exagerar na
quantidade quando for comer.
Evite “beliscar” entre as refeições, isso vai ajudar você a controlar o peso.
Aprecie a sua refeição, coma devagar, mastigando bem os alimentos.
Saboreie refeições variadas dando preferência a alimentos saudáveis típicos da
sua região e disponíveis na sua comunidade.
O consumo frequente e em grande quantidade de sal, gordura, açúcar, doce,
refrigerante, salgadinho e outros alimentos industrializados aumenta o risco de
doenças como câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do
coração. Escolha os alimentos mais saudáveis, lendo as informações e a
composição nutricional nos rótulos dos alimentos.
Siga as normas básicas de higiene na hora da compra, do preparo, da conservação
e do consumo de alimentos. A higiene é essencial para redução dos riscos de
doenças transmitidas pelos alimentos e pela água.
2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo,
pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a
mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e
aos alimentos na sua forma mais natural.
Alimentos como cereais (arroz, milho, trigo), pães e massas, preferencialmente na
forma integral; tubérculos como as batatas e raízes como a
mandioca/macaxeira/aipim são a mais importante fonte de energia e devem ser o
principal componente da maioria das refeições, pois são ricos em carboidratos.
Distribua as seis porções desses alimentos nas principais refeições diárias (café da
manhã, almoço e jantar) e nos lanches entre elas.
Nas refeições principais, preencha metade do seu prato com esses alimentos. Se
utilizar biscoitos para os lanches, leia os rótulos: escolha os tipos e as marcas com
menores quantidades de gordura total, gordura saturada, gordura trans e sódio.
3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como
parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e
lanches.
Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras e devem estar
presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e
diminuição do risco de ocorrência de várias doenças.
Varie o tipo de frutas, legumes e verduras consumidos durante a semana. Compre
os alimentos da época (estação) e esteja atento para a qualidade e o estado de
conservação deles.
Para alcançar o número de porções recomendadas, é necessário que esses
alimentos estejam presentes em todas as refeições e lanches do dia. De preferência
a frutas, legumes e verduras crus.
Procure combinar verduras e legumes de maneira que o prato fique colorido,
garantindo assim diferentes nutrientes.
Sucos naturais de fruta feitos na hora são os melhores. A polpa congelada perde
alguns nutrientes, mas ainda é uma opção melhor que sucos artificiais, em pó ou em
caixinha e aqueles processados com muito açúcar, como os néctares de fruta.
4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por
semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom
para a saúde.
Misture uma parte de feijão para duas partes de arroz cozido.
Varie os tipos de feijão usados (preto, da colônia, manteiguinha, carioquinha, verde,
de corda, branco e outros) e as formas de preparo.
Use também outros tipos de leguminosas. A soja, o grão-de-bico, a ervilha seca, a
lentilha podem ser cozidas e usadas também em saladas frias. A fava também é
uma leguminosa de ótima qualidade nutricional.
As sementes (de girassol, gergelim, abóbora e outras) e as castanhas (do Brasil, de
caju, nozes, nozes-pecan, amendoim, amêndoas e outras) são fontes de proteínas e
de gorduras de boa qualidade.
5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de
carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele
das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis!
Leite e derivados são as principais fontes de cálcio na alimentação. Carnes, aves,
peixes e ovos fazem parte de uma alimentação nutritiva e contribuem para a saúde
e para o crescimento saudável. Todos são fontes de proteínas, vitaminas e
minerais.
Os adultos devem preferir leite e derivados com menores quantidades de gorduras
(desnatados). Gestantes devem dar preferência a esses alimentos nas formas
integrais, se não houver orientação contrária de seu nutricionista ou médico.
Consuma mais peixe e frango e sempre prefira as carnes magras.
Procure comer peixe fresco pelo menos duas vezes por semana, tanto os de água
doce como salgada são saudáveis. Coma pelo menos uma vez por semana
vísceras e miúdos, como o fígado bovino, moela, coração de galinha, entre outros.
Esses alimentos são excelentes fontes de ferro, nutriente essencial para evitar
anemia.
Caso opte por uma alimentação sem carnes (com ou sem ovos, leite e derivados),
procure um nutricionista para receber orientações necessárias para alimentação
adequada.
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite,
manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha
aqueles com menores quantidades de gorduras trans.
Reduza o consumo de alimentos gordurosos, como carnes com gordura aparente,
embutidos (salsicha, linguiça, salame, presunto, mortadela), queijos amarelos,
frituras e salgadinhos, para, no máximo, uma vez por semana.
Use pequenas quantidades de óleo vegetal quando cozinhar (canola, girassol,
milho, algodão e soja), sem exagerar nas quantidades. Uma lata de óleo por mês é
suficiente para uma família de quatro pessoas.
Use azeite de oliva para temperar saladas, sem exagerar na quantidade. Evite usá-
lo para cozinhar, pois perde sua qualidade nutricional quando aquecido.
Prepare os alimentos de forma a usar pouca quantidade de óleo, como assados,
cozidos, ensopados e grelhados. Evite cozinhar com margarina, gordura vegetal ou
manteiga.
Na hora da compra, dê preferência às margarinas sem gordura trans ou a marcas
com menores quantidades desse ingrediente (procure no rótulo essa informação).
7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e
recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da
alimentação.
Consuma no máximo uma porção do grupo dos açúcares e doces por dia.
Valorize o sabor natural dos alimentos e das bebidas evitando ou reduzindo o
açúcar adicionado a eles.
Diminua o consumo de refrigerantes e de sucos industrializados; a maioria dessas
bebidas contém corantes, aromatizantes, açúcar ou edulcorantes (adoçantes
artificiais), que não são bons para a saúde.
Prefira bolos, pães e biscoitos doces preparados em casa, com pouca quantidade
de gordura e açúcar, sem cobertura ou recheio.
8. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite
consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer,
charque, salsicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais,
sopas, molhos e temperos prontos.
A quantidade de sal por dia deve ser, no máximo, uma colher de chá rasa, por
pessoa, distribuída em todas as refeições.
Utilize somente sal iodado. Não use sal destinado ao consumo de animais, que é
prejudicial à saúde humana.
Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer,
charque e embutidos (salsicha, linguiça, salame, presunto, mortadela), salgadinhos
e outros produtos industrializados como conservas de vegetais, sopas, molhos e
temperos prontos. Leia o rótulo dos alimentos e prefira aqueles com menor
quantidade de sódio. O consumo excessivo de sódio aumenta o risco de
hipertensão arterial e doenças do coração e rins.
Utilize temperos como cheiro verde, alho, cebola e ervas frescas e secas ou suco
de frutas, como limão, para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos.
9. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê
preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
A água é muito importante para o bom funcionamento do organismo das pessoas
em todas as idades. O intestino funciona melhor, a boca se mantém úmida e o
corpo hidratado.
Use água tratada, fervida ou filtrada para beber e preparar refeições e sucos.
Ofereça água para crianças e idosos ao longo de todo o dia. Eles precisam ser
estimulados ativamente a ingerir água.
Bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos industrializados e bebidas com
cafeína como café, chá preto e chá mate não devem substituir a água.
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de
atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha
o peso dentro de limites saudáveis.
Além da alimentação saudável, a atividade física regular é importante para manter
um peso saudável.
Movimente-se! Descubra um tipo de atividade física agradável, o prazer é também
fundamental para a saúde. Caminhe, dance, ande de bicicleta, jogue bola, brinque
com crianças. Aproveite o espaço doméstico e espaços públicos próximos a sua
casa para movimentar-se. Convide os vizinhos, amigos e familiares para
acompanhá-lo.
Incentive as crianças a realizarem brincadeiras mais ativas como aquelas que você
fazia na sua infância e ao ar livre: pular corda, correr, pular amarelinha, esconde-
esconde, pega-pega, andar de bicicleta e outras.
Evitar o fumo e o consumo frequente de bebida alcoólica também ajuda a diminuir o
risco de doenças graves, como câncer e cirrose, e pode contribuir para melhorar a
qualidade de vida.
Quantidade recomendada dos alimentos
Cada um dos grupos de alimentos trabalhados nos “Dez Passos para uma
Alimentação Saudável” tem um determinado número de porções a serem
consumidas por dia. As tabelas que seguem apresentam, para cada grupo, o valor
calórico médio de uma porção, exemplos de alimentos e as medidas caseiras.
As porções foram distribuídas para um plano alimentar de 2.000 calorias por dia,
quantidade média necessária para uma pessoa adulta saudável. Essa quantidade
pode variar de acordo com a necessidade de cada pessoa, dependendo do seu
peso, altura, sexo, idade e também de acordo com suas atividades.
2. Diferenciar os processos relacionados à secreção e
absorção de nutrientes.
saliva, um líquido produzido por três pares de glândulas salivares: as parótidas, as
submandibulares e as sublinguais.
A saliva tem como função lubrificar e diluir o alimento (facilitando a mastigação, a
gustação e a deglutição), além de proteger contra bactérias e umedecer a boca. A
saliva é composta por ar (por isso o aspecto espumoso), água (99,5%), ptialina,
nitrogênio, enxofre, potássio, sódio, cloro, cálcio, magnésio, ácido úrico e ácido
cítrico. Possui também proteínas enzimáticas, estruturais e imunológicas.
A saliva humana contém uma substância chamada de imunoglobulina secretória A
(IgA), que tem a função de proteger o organismo contra vírus que invadem o trato
respiratório e digestivo. A saliva também possui um efeito microbiano, que controla
o crescimento de bactérias, por isso, quando não há saliva, há maiores chances de
aparecerem cáries dentárias. Alterações na quantidade de saliva também podem
causar halitose.
Uma das enzimas presentes em nossa saliva é a amilase salivar, também
conhecida como ptialina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio, quebrando-
os em maltose. A ptialina age no pH neutro da boca, mas é inibida ao chegar no
estômago, por causa da acidez do suco gástrico.
Uma pessoa adulta produz cerca de 1 a 2 litros de saliva por dia e ao ingerir algum
alimento, a quantidade de saliva secretada aumenta. Ficamos com “água na boca”
porque o nosso sistema nervoso estimula a produção de saliva pelas glândulas
salivares quando sentimos o cheiro ou o sabor de algum alimento.
A xerostomia é uma alteração na quantidade de saliva na boca. Pode ser causada
pela ingestão de alguns medicamentos, idade avançada (com o envelhecimento, as
glândulas salivares vão se atrofiando), câncer na região da cabeça e pescoço,
diabetes, entre outros. Com baixa quantidade de saliva, os riscos de se ter doenças
periodontais, saburra na língua e mau hálito são maiores. Isso também impede a
mastigação adequada dos alimentos, fazendo com que a pessoa mude a
consistência dos alimentos que ingere, podendo causar problemas digestivos.

Entenda o processo de absorção dos nutrientes


Para entender o processo de absorção dos nutrientes, é preciso
compreender também a digestão, a etapa anterior. Afinal, sem a digestão
do que é consumido, não há nutrição.
A digestão se dá pela trituração dos alimentos sólidos, que acontece
graças às funções motoras do organismo, como a mastigação e a ação do
tubo digestório. ²
No tubo, acontece o que se conhece como hidrólise, que é a quebra de
macronutrientes dos alimentos ingeridos por meio da ação das enzimas digestivas
que ficam localizadas no tubo. ²
Assim, quando todo o alimento é quebrado em pequenas partículas, o processo de
digestão acaba e inicia-se a etapa da nutrição no intestino delgado, onde ocorre a
absorção dos nutrientes. ²
O processo de absorção dos nutrientes nada mais é do que o transporte dos
macronutrientes e micronutrientes obtidos durante a digestão para a circulação
sanguínea. ²
E é no intestino delgado, como falamos, onde ocorre essa absorção dos nutrientes. ²
Assim, através de transportadores específicos, os nutrientes são carregados para o
sistema circulatório, onde irão se espalhar por todo o organismo, garantindo a
nutrição. ²

Vale lembrar que é no intestino delgado que ocorre a maior parte da


absorção dos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos). ²
Já os micronutrientes, como a água, sais minerais e vitaminas, também
são absorvidos no intestino delgado, mas não totalmente, e sua absorção
é finalizada no intestino grosso, a última etapa do sistema digestivo. ²
Assim, depois da absorção dos micronutrientes pelo intestino grosso, o
que sobra, que não é utilizado pelo organismo, é transformado em fezes,
que depois são eliminadas pelo organismo através do reto. ²
Todo esse processo costuma acontecer em um período de três horas, mas
pode levar mais tempo a depender do que foi consumido, e de algumas
atitudes que podem atrapalhar esse fluxo. ¹

Para onde vão os nutrientes após a absorção?


Agora que você sabe como e onde ocorre a absorção dos nutrientes, deve
estar se perguntando para onde vão essas substâncias.
Quando o processo de absorção ocorre no intestino delgado, os nutrientes
são levados aos tecidos e órgãos, através da corrente sanguínea, onde
ocorre o metabolismo celular. ²
Assim, eles são utilizados pelo organismo como uma fonte de energia que
garantem o bom funcionamento do corpo humano.

3. Descrever como acontece o processo dos diversos


segmentos do sistema digestório.
O trato digestório e os órgãos anexos constituem o sistema digestório. O trato
digestório é um tubo oco que se estende da cavidade bucal ao ânus, sendo também
chamado de canal alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestório
incluem: Boca, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino
Grosso, Reto e Ânus.
Os órgãos digestório acessórios são os Dentes, a Língua, as Glândulas Salivares,
o Fígado, Vesícula Biliar e o Pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do
alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os outros órgãos
digestórios acessórios, nunca entram em contato direto com o alimento. Produzem
ou armazenam secreções que passam para o trato gastrintestinal e auxiliam na
decomposição química do alimento.

FUNÇÕES:
1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas ditas
alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais.
2- Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas
(proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para
serem absorvidas pelo intestino.
3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os
capilares sanguíneos da mucosa do intestino.
4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente
com restos de células descamadas da parte do trato gastrointestinal e substâncias
secretadas na luz do intestino.
O trato gastro intestinal apresenta diversos segmentos que sucessivamente são:
BOCA, FARINGE, ESÔFAGO, ESTÔMAGO, INTESTINO DELGADO, INTESTINO
GROSSO, RETO e ÂNUS.
Órgãos Anexos:
• GLÂNDULAS PARÓTIDAS
• GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES
• GLÂNDULAS SUBLINGUAIS
• FÍGADO
• PÂNCREAS
BOCA
A boca também referida como Cavidade Oral ou Bucal é formada pelas bochechas
(formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por pele e
internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole (parede
posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto
e fala).
A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no
estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva,
proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar
controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase
voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte
expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição.
Dentes
Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila
que são usados na mastigação e na assistência à fala.

Língua
A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além
de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca,
dentro da curva do corpo da mandíbula.
FARINGE
A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago.
A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos
que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea,
um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da
deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e
o esôfago.
Três estágios:
• Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe.
• Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o
esôfago.
• Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esôfago para o
estômago.
A faringe pode ainda ser dividida em três partes: nasal (Nasofaringe), oral
(Orofaringe) e laríngea (Laringofaringe).
Parte Nasal – situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia
da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se
anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior
encontra-se a tonsila faríngea (adenoide em crianças).
Parte Oral – estende-se do palato mole até o osso hioide. Em sua parede lateral
encontra-se a tonsila palatina.
Parte Laríngea – estende-se do osso hioide à cartilagem cricoide. De cada lado do
orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme.
A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da deglutição
normalmente direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo tubo que se
esvazia no estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente não pode entrar
nas vias nasal e respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas
dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em direção a
abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando a traqueia
se move para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de epiglote, cubra a
entrada da via respiratória.

PARTES E ESTRUTURA DA FARINGE


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.

ESÔFAGO
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o
estômago. Se localiza posteriormente à traqueia começando na altura da 7ª vértebra
cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na
parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de comprimento.
A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz
com que o alimento mova-se para o estômago.
As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao
estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o estômago
leva 4 – 8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa
azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo
estomacal.
O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior (localizado na
parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento ter entrado
no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago.
ESTÔMAGO
O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao
pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É parcialmente coberto
pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante superior esquerdo do
abdome (Ver quadrantes abdominais no menu principal), entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos
permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago
e o intestino delgado.
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro.
O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a junção
do esôfago com o estômago.
O corpo representa cerca de 2/3 do volume total.
Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício de
entrada do estômago – óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia, situada
logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo
ao coração.
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o
estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado Piloro
(orifício de saída do estômago – óstio pilórico).
Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica.
O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem esquerda do
estômago) e a Curvatura Menor (margem direita do estômago).

PARTES DO ESTÔMAGO
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.

Funções Digestivas do Estômago:


• Digestão do alimento
• Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido
hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
• Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.
• Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue
ao intestino delgado.
• Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.

INTESTINO DELGADO
A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro
até a junção ileocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O intestino
delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e absorção
ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente adaptada para
essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e
absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e
microvilosidades.
O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-se do piloro
até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu
comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a
única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui mesentério.
Apresenta 4 Partes:
1) Parte Superior ou 1ª porção – origina-se no piloro e estende-se até o colo da
vesícula biliar.
2) Parte Descendente ou 2ª porção – é desperitonizada e encontramos a chegada
de dois Ductos:
• Ducto Colédoco – provêm da vesícula biliar e do fígado (bile)
• Ducto Pancreático – provêm do pâncreas (suco ou secreção pancreática)

3) Parte Horizontal ou 3ª porção


4) Parte Ascendente ou 4ª porção
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno, recebe este
nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo
(aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de
cor mais forte que o íleo.
Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe
este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas
e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no intestino
grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal.
Juntos, o jejuno e o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno
situa-se no quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no
quadrante inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo, mede
cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende
do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo.
O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o
material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.
O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o
calibre, as tênias, os haustos e os apêndices epiploicos.
O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: Ceco (cecun), Colo (cólun)
(Ascendente, Transverso, Descendente e Sigmoide), Reto e Ânus.
A primeira é o ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para
impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula
localizada na junção do íleo com o ceco – Válvula Ileocecal (ileocólica). No fundo do
ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme.
A porção seguinte do intestino grosso é o Colo, segmento que se prolonga do ceco
até o ânus.

DIVISÕES DO INTESTINO GROSSO


Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.

O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso
termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus) passando
a se chamar de canal anal.
O canal anal apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante
por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal, das
quais citamos os esfíncteres anais.
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras
musculares lisas circulares, sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal
externo é constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente
em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres
devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Funções do Intestino Grosso:
• Absorção de água e de certos eletrólitos;
• Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
• Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
• Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
Peristaltismo:
Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal do ceco
para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á medida que se move
através do colo, a água é continuamente reabsorvida das fezes, pelas paredes do
intestino, para o interior dos capilares. As fezes que ficam no intestino grosso por um
período maior perdem o excesso de água, desenvolvendo a chamada constipação.
Ao contrário, movimentos rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para
que ocorra a reabsorção de água, causando diarreia.

PERITÔNIO
O peritônio é a mais extensa membrana serosa do corpo. A parte que reveste a
parede abdominal é denominada Peritônio Parietal e a que se reflete sobre as
vísceras constitui o Peritônio Visceral. O espaço entre os folhetos parietal e visceral
do peritônio é denominada cavidade peritoneal.
Apêndices Epiploicos – são pequenas bolsas de peritônio cheias de gordura,
situadas ao longo do cólon e parte superior do reto.
ÓRGÃOS ANEXOS
O aparelho digestório é considerado como um tubo, recebe o líquido secretado por
diversas glândulas, a maioria situadas em suas paredes como as da boca, esôfago,
estômago e intestinos.
Algumas glândulas constituem formações bem individualizadas, localizando nas
proximidades do tubo, como qual se comunicam através de ductos, que servem para
o escoamento de seus produtos de elaboração.
As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: Glândulas Salivares
Menores e Glândulas Salivares Maiores. A saliva é um líquido viscoso, claro, sem
gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da
cavidade da boca.
Glândulas Salivares Menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos
disseminados nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e
molares.
Glândulas Salivares Maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas,
submandibulares e sublinguais.

FÍGADO
O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa víscera
abdominal.
Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando
mais à direita
O fígado apresenta duas faces: Diafragmática e Visceral.
Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar, ducto
cístico e ducto colédoco.
O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele
– além da bile que é indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o
importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e
vitaminas.
A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula
biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura
e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção.
Outras Funções do Fígado são:
• Metabolismo dos carboidratos;
• Metabolismo dos lipídios;
• Metabolismo das proteínas;
• Processamento de fármacos e hormônios;
• Excreção da bilirrubina;
• Excreção de sais biliares;
• Armazenagem;
• Fagocitose;
• Ativação da vitamina D.
VESÍCULA BILIAR
A Vesícula Biliar (7 – 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula biliar na
face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do lobo
quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a
parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A vesícula
biliar tem capacidade para até 50 ml de bile.
O Ducto Cístico (4 cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto Hepático
comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto Colédoco. O
comprimento varia de 5 a 15 cm. O ducto colédoco desce posterior a parte superior
do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No lado esquerdo
da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com o ducto
pancreático principal.
PÂNCREAS
O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que entra
no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz
glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 –
1500 ml de suco pancreático.
O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo, Corpo
(dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda.
Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e
corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está intimamente relacionada
com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e
vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum chamado ampola
hepatopancreática.
O Pâncreas tem as seguintes Funções:
• Dissolver carboidrato (amilase pancreática);
• Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastase);
• Dissolver triglicerídeos nos adultos (lípase pancreática);
• Dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).

Sistema Digestório | Sistemas | Aula de Anatomia

4. Explicar as alterações da produção e consumo energético


nutricional em situações de catabolismo e anabolismo.
O metabolismo, a soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma
célula ou em um organismo, ocorre por meio de uma série de reações catalisadas
por enzimas que constituem as vias metabólicas. Cada uma das etapas
consecutivas em uma via metabólica produz uma pequena alteração química
específica, em geral a remoção, a transferência ou a adição de um átomo particular
ou um grupo funcional. O precursor é convertido em um produto por meio de uma
série de intermediários metabólicos chamados de metabólitos. O termo metabolismo
intermediário frequentemente é aplicado às atividades combinadas de todas as vias
metabólicas que interconvertem precursores, metabólitos e produtos de baixo peso
molecular).
O catabolismo é a fase de degradação do metabolismo, na qual moléculas
nutrientes orgânicas (carboidratos, gorduras e proteínas) são convertidas em
produtos finais menores e mais simples (como ácido láctico, CO2 e NH3). As vias
catabólicas liberam energia, e parte dessa energia é conservada na forma de ATP e
de transportadores de elétrons reduzidos (NADH, NADPH e FADH2); o restante é
perdido como calor. No anabolismo, também chamado de biossíntese, precursores
pequenos e simples formam moléculas maiores e mais complexas, incluindo
lipídeos, polissacarídeos, proteínas e ácidos nucleicos. As reações anabólicas
necessitam de fornecimento de energia, geralmente na forma de potencial de
transferência do grupo fosforil do ATP e do poder redutor de NADH, NADPH e
FADH2 (Figura 3).
Algumas vias metabólicas são lineares e algumas são ramificadas, gerando
múltiplos produtos finais úteis a partir de um único precursor ou convertendo vários
precursores em um único produto. Em geral, as vias catabólicas são convergentes e
as vias anabólicas são divergentes (Figura 4). Algumas vias são cíclicas: um
composto inicial da via é regenerado em uma série de reações que converte outro
componente inicial em um produto. Serão analisados exemplos de cada tipo de via
nos capítulos a seguir.
A maioria das células tem as enzimas para realizar tanto a degradação quanto a
síntese das categorias importantes de biomoléculas – ácidos graxos, por exemplo.
No entanto, a síntese e a degradação simultâneas de ácidos graxos seriam inúteis,
e isso é evitado pela regulação recíproca das sequências de reações anabólicas e
catabólicas: quando uma sequência está ativa, a outra está suprimida. Tal regulação
não poderia ocorrer se as vias anabólicas e catabólicas fossem catalisadas por
exatamente o mesmo grupo de enzimas, operando em um sentido para o
anabolismo, e no sentido oposto para o catabolismo: a inibição de uma enzima
envolvida no catabolismo também inibiria a sequência de reações no sentido do
anabolismo. As vias catabólicas e anabólicas que conectam os mesmos produtos
finais (p. ex., glicose para piruvato, e piruvato para glicose) podem empregar muitas
das mesmas enzimas, mas invariavelmente pelo menos uma das etapas é
catalisada por enzimas diferentes nos sentidos catabólico e anabólico, e essas
enzimas constituem pontos de regulação independentes. Além disso, a fim de que
as vias anabólicas e catabólicas sejam essencialmente irreversíveis, pelo menos
uma das reações específicas de cada sentido deve ser termodinamicamente muito
favorável – em outras palavras, uma reação cuja reação inversa é muito
desfavorável. Como contribuição adicional à regulação independente das
sequências de reações anabólicas e catabólicas, elas geralmente ocorrem em
compartimentos celulares distintos: por exemplo, o catabolismo de ácidos graxos na
mitocôndria, e a síntese dos ácidos graxos no citosol. As concentrações de
intermediários, enzimas e reguladores podem ser mantidas em diferentes níveis
nesses compartimentos distintos. Como as vias metabólicas são cineticamente
controladas pela concentração do substrato, conjuntos separados de intermediários
anabólicos e catabólicos também contribuem para o controle das taxas metabólicas.
Esses recursos que separam os processos anabólicos e catabólicos serão de
interesse particular em nossa discussão sobre o metabolismo.

Você também pode gostar