Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tubarão
2020
LUANA JULYA BROLO HONORATO CALDAS
Tubarão
2020
LUANA JULYA BROLO HONORATO CALDAS
Agradeço primeiramente à Deus, pelo dom da vida e por ter me dado força e coragem
durante essa minha caminhada na graduação. Sem Ele eu não teria capacidade para
desenvolver este trabalho.
Dedico este trabalho ao meu filho, Joaquim Honorato Caldas, meu grande amor. Ele é
o responsável por eu estar aqui hoje, na reta final da minha formação. O meu maior incentivo
para seguir em frente, tudo por ele. Joaquim chegou na minha vida quando eu estava na
metade da minha graduação e foi o melhor presente que Deus me deu. Amo você, meu filho.
Agradeço à minha família que esteve sempre presente, apoiando-me e dando-me
forças para que eu continuasse na luta durante essa etapa da minha vida. Sempre me senti
segura para continuar, minha principal base para a vida.
Aos meus queridos pais, Altair e Juliana, pelo amor, carinho, paciência, ensinamentos
e por depositarem toda a confiança em mim e não medirem esforços para que eu pudesse ter a
oportunidade de estudar, sempre com muito amor e zelo no decorrer dessa trajetória da minha
vida. Agradeço também por cuidarem do meu filho Joaquim em todos os momentos que
precisei. Sem vocês do meu lado, essa nossa conquista não seria possível. Meus maiores
exemplos. Amo vocês. Ao meu irmão Leonardo, obrigada por ajudar a cuidar do Joaquim
quando precisei. Você é uma benção na minha vida. Amo muito você.
Agradeço ao meu esposo, Samuel Pedro Caldas, que compartilhou comigo esse
momento, foi muito paciente em minhas ausências e ajudou-me bastante com dicas e apoio
para o desenvolvimento deste e de todos os outros trabalhos da universidade. Obrigada por ser
tão atencioso e aguentar tantas crises de estresse e ansiedade. Agradeço também por cuidar
tão bem do nosso filho Joaquim. Meu grande companheiro de todas as horas, que está
presente em todos os momentos da minha vida. Esse trabalho não seria possível sem você ao
meu lado. Jamais conseguirei expressar em palavras o amor que sinto por você.
Agradeço à minha avó Terezinha por sempre estar ao meu lado em todas as decisões
da minha vida e por ter ajudado na minha criação. Agradeço também à minha avó Lúcia por
estar comigo em todos os momentos da minha vida. Amo muito vocês.
Agradeço à minha sogra Andresa por sempre estar do meu lado, apoiando-me. Por
várias vezes ouviu meus desabafos e sempre teve uma palavra de conforto e perseverança.
Gratidão à Deus por você ter entrado e permanecido em minha vida. Obrigada minha sogra e
minha cunhada Lorena por sempre estarem dispostas a ajudar a cuidar do nosso Joaquim.
À minha prima Eulália que sempre esteve presente em todos os momentos, dando-me
apoio, incentivando-me e ajudando-me em alguns trabalhos da graduação. Minha eterna
gratidão, minha prima querida. És muito especial para mim.
Ao meu avô Nelci Brolo (in memoriam), que não pode estar presente nesse momento
tão importante na minha vida, mas que em algum lugar está vibrando pelas minhas
conquistas. Obrigada por me olhar mesmo de longe. Você estará sempre nos meus
pensamentos e no meu coração.
À Pollyana, Gabrieli, Eugênia e Layza, agradeço por sempre estarem ao meu lado.
Durante a formação, é necessário o apoio dos familiares e parentes, mas também precisamos
do apoio de amigos e elas foram as pessoas que mais me ajudaram durante a graduação.
Amizades que quero carregar comigo para o resto da minha vida. Gratidão a vocês, minhas
grandes amigas.
Agradeço à querida Larissa Rocha, que me ajudou muito neste trabalho, sempre
disposta a passar seus conhecimentos. Minha eterna gratidão, Lari.
Agradeço à minha turma por cada ajuda, ombro amigo, risada, desespero, ensino,
amizade e a todos que tiveram a humildade de compartilhar os seus conhecimentos. Sentirei
saudades, tendo a eterna gratidão por ter conhecido vocês.
Um agradecimento especial para meu querido professor e orientador Aires pela
constante ajuda e orientação neste trabalho. Sempre me apoiando e encorajando-me a seguir
em frente. Minha eterna gratidão por ter me dado a oportunidade de ser sua orientanda e
contribuído com o meu aprendizado. Um dos meus maiores exemplos da Odontopediatria.
Aos pacientes por depositarem confiança em nosso trabalho e, em retribuição,
devolver-nos um sorriso de satisfação. Sem dúvidas, um dos maiores incentivos para a
formação de um Cirurgião-Dentista.
Agradeço à minha banca por aceitar participar do meu trabalho e por todo
conhecimento passado.
Também quero agradecer à Universidade do Sul de Santa Catarina, do qual fico
lisonjeada de ter feito parte e a todos os professores pela elevada qualidade de ensino
oferecida.
RESUMO
O leite materno é vital para o desenvolvimento do bebê. Além de alimentar, tem a função de
satisfazer a sucção, devido ao grande esforço dos músculos que são exercidos durante a
mamada. Durante os seis primeiros meses de vida, a amamentação é o único alimento da
criança, protegendo-a contra doenças e fortalecendo sua saúde física, mental e emocional. O
leite materno é de extrema importância para o desenvolvimento do sistema estomatognático,
pois a criança recebe vários estímulos que proporcionam o seu desenvolvimento físico e
psicológico. Os estímulos são tátil-cinestésicos, térmicos, olfativos, visuais, auditivos e
motores e possibilitarão o desenvolvimento das funções básicas de sucção, mastigação,
deglutição e respiração. As crianças que são amamentadas pelo leite natural possuem uma
menor probabilidade de possuírem hábitos orais nocivos. Mesmo com muitas vantagens do
aleitamento materno, observa-se que existe uma espécie de tendência ao desmame precoce e
ao aleitamento misto, historicamente presentes na sociedade. A pesquisa foi realizada através
de uma abordagem qualitativa, a partir de uma revisão de literatura e terá como finalidade
abordar a importância do aleitamento materno na prevenção do surgimento de hábitos
deletérios. A pesquisa foi realizada a partir das bases de dados SciELO e Google Acadêmico,
onde foram consultados artigos originais e de revisão sobre o tema referente a este trabalho.
Foram utilizadas as palavras chaves: aleitamento materno, hábitos deletérios e desmame
precoce, na língua portuguesa e inglesa. A ausência de aleitamento materno, além de propiciar
o aparecimento de hábitos deletérios, também faz com que haja uma alteração do crescimento
e desenvolvimento das estruturas faciais. Um aspecto que merece uma atenção especial é a
importância do profissional ligado à saúde no incentivo ao aleitamento materno, promovendo,
apoiando e instruindo a nutriz através do acompanhamento pré-natal e após o nascimento,
alojamento conjunto durante a puericultura, entre outros.
Breast milk is vital for the baby's development. In addition to feeding, it has the function of
satisfying suction, due to the great effort of the muscles that are exercised during feeding.
During the first six months of life, breastfeeding is the child's only food, protecting him
against illness and strengthening his physical, mental and emotional health. Breast milk is
extremely important for the development of the stomatognathic system, as the child receives
various stimuli that provide his physical and psychological development. The stimuli are
tactile-kinesthetic, thermal, olfactory, visual, auditory and motor and will enable the
development of the basic functions of sucking, chewing, swallowing and breathing. Children
who are breastfed with natural milk are less likely to have harmful oral habits. Even with
many advantages of breastfeeding, it is observed that there is a kind of tendency to early
weaning and mixed breastfeeding, historically present in society. The research was carried out
using a qualitative approach based on a literature review and will aim to aims to address the
importance of breastfeeding in preventing the emergence of harmful habits. The research was
carried out from the SciELO and Google Scholar databases, where original and review
articles on the topic related to this work were consulted. The keywords were used:
breastfeeding, deleterious habits and early weaning, in Portuguese and English. The absence
of breastfeeding, in addition to promoting the appearance of harmful habits, also causes a
change in the growth and development of facial structures. One aspect that deserves special
attention is the importance of the health professional in encouraging breastfeeding, promoting,
supporting and instructing the nursing mother, through prenatal care and after birth, joint
accommodation during childcare, among others.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 9
2.1 OBJETIVOS GERAIS ....................................................................................................... 9
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................. 9
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 10
4 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 11
5 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 25
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 29
8
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 REVISÃO DE LITERATURA
gradualmente. O leite maduro é gerado a partir da terceira semana após o parto e será
preservado até o fim da amamentação. Ele contém lipídeos, que são a principal fonte de
energia para o crescimento do lactente, e vitaminas que complementam as necessidades
fundamentais de vitaminas lipossolúveis e de ácidos graxos poli-insaturados (SILVA;
SOARES; MACEDO, 2017).
A fisiologia da sucção normal é chamada de ordenha, um processo com alternação de
sucção e pressão que compõe duas fases distintas. A primeira fase é a de aspiração e garante a
preensão da mama. A segunda é a de pressão para que se consiga extrair o leite. Ao preender
o mamilo e parte da aréola mamária entre os lábios, a língua torna-se acanelada
longitudinalmente, circundando o mamilo, sendo que o lábio inferior serve de suporte para
ela. Os lábios adaptam-se em proeminências radiais durante a amamentação, permitindo o
selamento hermético em torno do mamilo. A língua justapõe-se ao palato mole e
simultaneamente a mandíbula abaixa-se criando um vácuo e aspirando com força o mamilo,
que repousará sobre a plataforma incisal do rodete gengival superior sem ter a saída de leite.
Na segunda fase, a mandíbula avança e faz uma prensa com o auxílio da língua, agora
transversalmente disposta sob o mamilo. A língua então serpenteia com a ação do músculo
milo-hioideo e o leite materno é levado até a faringe, iniciando o reflexo de deglutição
(FERNANDES NETO et al., 2009).
Para a mulher a amamentação tem uma grande importância sob vários aspectos. Ao
amamentar, o instinto da mãe é satisfeito e supre a separação abrupta ocorrida no momento do
parto, que pode até causar depressão, amenizada pela formação de um “cordão psíquico”
duradouro até o desmame progressivo. Os benefícios para a mãe após a amamentação são
vários: a forma física retorna ao peso pré-gestacional, menor risco de desenvolver artrite
reumatoide, risco reduzido de osteoporose aos 65 anos e menor probabilidade de desenvolver
esclerose múltipla (ANTUNES et al., 2008).
Em relação aos vários tipos de câncer, amamentar por no mínimo dois meses diminui
o risco dessa enfermidade no epitélio ovariano em 25%. Já a amamentação por um período de
3 a 24 meses é um dos principais fatores protetores do câncer de mama que ocorre antes da
menopausa, além de estabilizar o progresso da endometriose materna, diminuindo o risco de
câncer endometrial e de ovário (ANTUNES et al., 2008).
A face do ser humano pode ser considerada como sua janela para o mundo, já que
possui estruturas anatômicas responsáveis por três dos cinco sentidos: os olhos, responsáveis
pela visão; o nariz, responsável pelo olfato; e a boca, responsável pelo paladar. Essas
estruturas originam-se entre a oitava e a décima semana de vida intrauterina e começam a
13
desempenhar suas funções ainda nessa fase. Podemos afirmar que quando o indivíduo nasce a
cavidade bucal é um sistema muito ativo, pois é por meio dela que o bebê estabelece seus
primeiros vínculos com o mundo (LEITE; VIEIRA, 2018).
Em recém-nascidos, os movimentos mandibulares são pequenos, apenas no sentido
anteroposterior, devido ao pequeno desenvolvimento do côndilo mandibular e da cavidade
glenóide. Os processos alveolares estão cobertos pelos abaulamentos gengivais, que logo se
comportam para indicar os locais de desenvolvimento dos dentes. Neste momento, a boca
edentada da criança apresenta mucosa gengival de cor rósea firmemente aderida, que é
denominada rodete gengival. A cavidade bucal cumpre o seu papel alimentar na realização da
sucção do leite materno devido à disposição do ponto de vista morfológico de lábios,
vilosidades, concavidade palatina e o auxílio da musculatura jugal, suportada pela bola de
gordura de Bichat e pela membrana gengival de Robin-Magitot, língua e mandíbula
(FERNANDES NETO et al., 2009).
A maxila e a mandíbula do recém-nascido são pequenas quando comparadas com as
outras estruturas ósseas da cabeça. A maxila apresenta-se com formato arredondado, pouco
profunda e com as rugosidades palatinas bem pronunciadas, enquanto a mandíbula apresenta-
se em forma de “U” (LEITE; VIEIRA, 2018).
No decorrer da amamentação a mãe deve aconchegar o bebê próximo ao seu corpo
para que ela receba todos os estímulos tátil-sinestésicos. A posição correta para amamentar é a
ortostática, na qual a criança fica de frente para o corpo da mãe, em uma posição horizontal
inclinada ou na vertical, com a sua região torácica em contato com ela, obtendo-se assim a
sucção adequada (CAMARGO, 1998 apud CASAGRANDE et al., 2008).
Na ordenha do peito materno, o bebê prende o bico da mama e, sem soltar os lábios,
movimenta a mandíbula para baixo, para frente e para cima. Como consequência haverá um
aumento do espaço interno da boca, criando uma pressão negativa que faz com que o leite saia
da mama e adentre à cavidade bucal (PRAETZEL et al., 2002 apud CASAGRANDE et al.,
2008).
Do ponto de vista funcional, os movimentos de ordenha realizados durante a
amamentação natural envolvem a movimentação de cerca de vinte músculos, como: orofaciais
com abaixamento, protusão, elevação e retrusão da mandíbula por meio da atuação dos
músculos pterigoideo e medial, masseter temporal, digástrico, geno-hioideo e milo-hioideo
(FERNADES NETO et al., 2009).
A mama permite um exercício fisioterápico necessário ao desenvolvimento do sistema
estomatognático. Através da amamentação a mandíbula posiciona-se mais anteriormente;
14
crescimento anteroposterior da mandíbula deixa de ser estimulado, pois para sugar o leite da
mamadeira o lactente não precisa fazer o exercício muscular que leva à propulsão e à retrusão
mandibular. Assim, a criança aprende a engolir sem sincronia com a respiração, o que gera
uma tendência ao aparecimento da respiração bucal (FERNANDES NETO et al., 2009).
Schinestsck (1996 apud FERREIRA, Fernanda Vargas; FERREIRA, Fabiana Vargas;
TABARELLI, 2007) sugeriu que para o crescimento e desenvolvimento harmoniosos do
sistema estomatognático são fundamentais os estímulos oriundos da amamentação materna,
da respiração nasal e da mastigação adequada dos alimentos. Através desse trabalho muscular,
há a movimentação da mandíbula para frente e para trás em sincronia com a deglutição, sendo
que a respiração no decorrer da sucção ou da mastigação é realizada somente pelo nariz. O
autor concluiu que a amamentação possibilita um estímulo ao crescimento da mandíbula,
podendo prevenir então as distoclusões (Classes II de Angle).
Durante a amamentação há uma ação coordenada entre as funções de sucção,
deglutição e respiração, estando relacionadas com o correto desenvolvimento das estruturas
buco-faciais e sendo essas funções consideradas reflexas nessa fase. Durante esse processo
deve ocorrer uma correta sincronia entre o fluxo de leite e a velocidade de sucção, que vai
determinar o momento exato de deglutição e das pausas respiratórias (FERNANDES NETO
et al., 2009).
Para Lusvarghi (1999), Paiva et al. (1999), Pastor e Montanha (1994) e Haddad
(1992), conforme citados por Fernanda Vargas Ferreira, Fabiana Vargas Ferreira e Tabarelli
(2007), o leite materno além de estimular o crescimento anteroposterior da mandíbula reforça
o circuito neurofisiológico da respiração nasal. Ocorre a excitação das terminações neurais
das fossas nasais oferecendo o desenvolvimento adequado entre o neurocrânio e o
viscerocrânio do recém-nascido; um melhor relacionamento entre os rodetes gengivais e o
desenvolvimento de padrão de respiração nasal e deglutição normais, ambos com vedação
labial e postura adequada da cabeça; e o desenvolvimento equilibrado de músculos,
mandíbula e articulações temporomandibulares.
Sies e Carvalho (2001 apud FERREIRA, Fernanda Vargas; FERREIRA, Fabiana
Vargas; TABARELLI, 2007) apuraram que durante o aleitamento natural a criança recebe
muitos estímulos como os tátil-cinestésicos, térmicos, olfativos, visuais, auditivos e motores.
Esses estímulos irão interferir no desenvolvimento dos aspectos fisiológicos de funções como
sucção, mastigação, deglutição e respiração. Os autores consideram a respiração nasal como
sendo fundamental e necessária para a manutenção da organização dos sistemas ósseo
dentário e muscular. Caso ocorram alterações nessas funções, poderão ser estabelecidas
17
Crianças com respiração bucal possuem diversas alterações que, se não diagnosticadas
rapidamente, podem trazer consequências inesperadas, tanto no comportamento, quanto na
questão física e psicológica e, portanto, no relacionamento pessoal. Assim sendo, é de
extrema importância a implantação de políticas de saúde com o intuito de incentivar hábitos
que possam evitar a respiração bucal, como a amamentação, e coibir hábitos que possam levar
a desenvolvê-la, bem como diagnosticar precocemente, de forma a melhorar a qualidade de
vida de crianças portadoras de respiração bucal (FELCAR et al., 2010).
O Cirurgião-Dentista, durante sua formação básica, deve aprender sobre a importância
da prevenção e interceptação das maloclusões. Entretanto, muitos dos pacientes
encaminhados pelo clínico ou pelo Odontopediatra chegam ao ortodontista na fase da
dentadura permanente, quando a maioria dos problemas oclusais já se encontram instalados.
Portanto, o monitoramento do estabelecimento das dentições e da oclusão deve ser realizado
pelo Cirurgião-Dentista e pelo Odontopediatra, com o propósito de garantir o
desenvolvimento potencial de todas as estruturas pertencentes ao complexo buco-maxilo-
facial, possibilitando o desenvolvimento de suas funções normais (GIMENEZ et al., 2008).
Na infância, os hábitos de sucção não-nutritiva são muito comuns, principalmente a
sucção digital e chupeta (FELÍCIO, 2004; CAVASSANI, 2003; FAYYAT, 2000; SERRA-
NEGRA et al., 1997 apud MELO et al., 2017), e estão frequentemente associados às
maloclusões (SIQUEIRA, 2003; PILLON; VIEIRA, 2001; TOMITA et al. 2000 apud MELO
et al., 2017).
A chupeta é considerada um hábito de sucção não-nutritiva, decorrente da
necessidade de sucção. Quando a sucção não é satisfeita pela alimentação natural, o hábito se
instala (MEDEIROS, 1992 apud MELO et al., 2017). Ele pode iniciar logo após o
nascimento, já que é comum a família ofertar a chupeta ao recém-nascido nos primeiros dias
de vida (COLETTI; BARTHOLOMEU, 1998 apud MELO et al., 2017).
As chupetas são utilizadas para acalmar o bebê e representam um hábito cultural. Não
fornecem alimentação e podem levar a uma menor frequência da criança querer a
amamentação natural (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2001; WOODRIDGE,
1996 apud MELO et al., 2017).
A influência da chupeta perante o sistema estomatognático, em especial no primeiro
ano de vida, pode comprometer o engajamento motor-oral da criança, alterando a
movimentação da musculatura perioral, comprometendo o desenvolvimento motor-oral da
face. Ofertar a chupeta para criança se acalmar ao invés do peito, pode fazer com que o bebê
tenha episódios menos frequentes de aleitamento materno, por consequência, menor produção
21
de leite materno e a duração da amamentação. Além disso, os bebês podem desenvolver uma
tendência por bicos artificiais em troca do mamilo da mãe (SAMPAIO et al., 2020).
Neto et al. (2013 apud SAMPAIO et al., 2020) mostraram em seu estudo que o uso de
chupetas é prejudicial ao aleitamento natural, independentemente do tempo de introdução,
proporcionando assim um desmame precoce. A chupeta pode ser introduzida como hábito no
bebê mediante a dificuldade na amamentação, como forma de acalento ao choro e a demanda
de mamadas.
Em uma revisão realizada pela Cochrane, Jaafar et al. (2016 apud SAMPAIO et al.,
2020) revelaram que o uso de chupetas não teve impacto na duração da amamentação,
concluindo que o desempenho da amamentação foi o mesmo quando comparado entre os
bebês que fizeram o uso de chupetas e os que não o fizeram.
Outra possível interferência durante o aleitamento natural pode se originar pela
confusão de bicos gerada devido à sucção do bico da chupeta e o do mamilo antes do
estabelecimento da amamentação, fazendo com que o lactente não reconheça e realize
perfeitamente a pega da mama da mãe. A falta de estímulos leva a diminuição da produção de
leite, reduz o número de mamadas e, como consequência, desencadeia o desmame total ou
parcial (SAMPAIO et al., 2020).
A falta de aleitamento natural favorece a sucção digital e, assim como a chupeta, não
gera a satisfação neural de sucção. Fatores como carência afetiva, ciúmes e ansiedade podem
contribuir para a instalação do hábito de sucção digital (CAVASSANI et al., 2003 apud
MELO et al., 2017).
A sucção digital prolongada, quando comparada com a sucção de chupeta, é, de fato,
muito mais prejudicial. A disponibilidade do dedo dificulta a remoção do hábito, além de
exercer maior pressão sobre a cavidade bucal, com maior potencial para as deformidades
ósseas e dentais (CAMARGO et al., 1998 apud MELO et al., 2017). Contudo,
independentemente do tipo de sucção, elas podem interferir no crescimento e
desenvolvimento craniofacial, com grandes prejuízos ao sistema estomatognático (respiração,
mastigação, deglutição e fala) e à oclusão (EMMERICH, 2004; CAVASSANI, 2003;
TOMITA et al. 2000 apud MELO et al., 2017).
A maioria dos hábitos são abandonados pela criança por volta do 3º e 4º ano de vida
(BISHARA, 2001; MOYERS, 1991; SASSOUNI; FORREST, 1971 apud MELO et al.,
2017). Contudo, quando a dentadura decídua estiver completa, os hábitos não-nutritivos
deverão ser substituídos pelos de pegar ou morder, evitando-se, assim, o prolongamento da
22
fase oral e, consequentemente, a perpetuação do hábito (MOYERS, 1991 apud MELO et al.,
2017).
Existem evidências que sugerem que o uso de chupetas pode ter um efeito positivo
durante a amamentação, pois elas ajudam a diminuir o tempo da criança no peito e, assim,
aumentar o intervalo entre a alimentação e a ingestão de leite materno pelo bebê. Não está
claro, contudo, se a interrupção precoce da amamentação precede o uso de chupeta ou se o
uso de chupeta desencadeia o desmame precoce (SAMPAIO et al., 2020).
Kair et al. (2017 apud SAMPAIO et al., 2020) ressaltam que o uso de chupeta não
interfere no desenvolvimento do aleitamento materno em mulheres que são motivadas a
amamentar. Concluíram, portanto, que o uso de chupetas pode ser um marcador de
dificuldades durante a amamentação e não uma causa para que ocorra a interrupção do
aleitamento materno.
Carvalho et al. (2018 apud SAMPAIO et al., 2020) mostraram que o uso de chupetas
não parece afetar a prevalência ou a duração da amamentação materna quando essa prática
está bem estabelecida, embora nos primeiros dias de vida devam ser evitadas.
O ato de amamentar é simples e um instinto nato, mas seu sucesso requer
ensinamentos e um conjunto de condições interacionais no contexto social da mulher e do
filho (BASTOS et al., 2004 apud SOUSA et al. 2004).
A amamentação é um comportamento social que sofreu mudanças durante a história
(ALMEIDA; NOVAK, 2004 apud SOUSA et al. 2004). Este ato é influenciado tanto pela
família quanto pelo meio social em que a mulher vive (JAVORSKI et al., 2004 apud SOUSA
et al. 2004).
São diversos fatores que estão interligados com o abandono desta prática alimentar,
agindo de uma forma negativa ou positiva, sendo os principais: nível socioeconômico, grau de
escolaridade da mãe, idade da mãe, trabalho materno, urbanização, condições do parto,
incentivo do cônjuge e parentes, bem como a intenção da mãe de amamentar e experiência
anterior a esta (ARAÚJO et al., 2008; ESCOBAR et al., 2002 apud ROCHA et al., 2010).
Mesmo as muitas vantagens do aleitamento materno sendo apresentadas com
contundência pela comunidade científica, observa-se que existe uma espécie de tendência ao
desmame precoce e ao aleitamento misto, historicamente presentes na sociedade. A maioria
das mulheres inicia a amamentação, porém poucas a realizam conforme recomenda o
Ministério da Saúde, ou seja, oferecendo a amamentação materna exclusiva durante os seis
primeiros meses de vida da criança, e, após esse período, com o objetivo de suprir suas
necessidades nutricionais. A presença das mães no mercado de trabalho, segundo o Ministério
23
da Saúde, consta como uma das mais expressivas causas de desmame precoce (MARTINS et
al., 2012).
Segundo Carreiro et al. (2018), o desmame precoce pode ter sido influenciado por
variáveis, tais como: dificuldades relacionadas à percepção quanto à produção de leite;
problemas relacionados à preensão, sucção e deglutição da criança; variáveis
sociodemográficas maternas, como nível de escolaridade e situação conjugal e fatores
relacionados à obstetrícia, que incluem o uso de chupeta e o tipo de mamilo.
Em pesquisa realizada por Rocha et al. (2010), mães relataram os motivos do
desmame precoce de seus filhos, sendo encontrados quatro subtemas diferentes: o filho não
aceitou mais o peito; a falta de leite ou leite seco; doença da mãe; e trabalho materno. Como
exemplo destes discursos, as mães responderam: “o leite não desceu”; “chorava de fome, [...]
comecei a dar Nan, assim ele não quis mais”; “por que o leite secou”; “por que a criança não
quis mais”; “por que ela não conseguia pegar o peito”; “por causa que eu não tinha bico”;
“por causa do meu trabalho”; “por que eu tenho que trabalhar”; “voltei a trabalhar”.
Um aspecto que merece atenção especial é a importância do profissional ligado à
saúde no incentivo ao aleitamento materno, promovendo, apoiando e instruindo a nutriz,
através do acompanhamento pré-natal e após o nascimento, alojamento conjunto durante a
puericultura, entre outros. Quando definimos os motivos que podem contribuir com o
desmame precoce, é possível agir melhor e de forma mais eficaz na prevenção desses fatores
(ESCOBAR et al., 2002 apud ROCHA et al., 2010).
Torna-se fundamental fornecer informações precisas à mãe sobre a importância do
aleitamento, mostrando a ela os riscos provenientes do desmame precoce. Bem-orientadas e
conscientizadas durante a gestação pelos profissionais da saúde sobre o aleitamento materno,
tudo que engloba o ato de amamentar e a relação entre o aleitamento natural e o
desenvolvimento do sistema estomatognático do seu filho, a mãe terá prazer em fornecer esse
precioso alimento, sabendo que isso repercutirá durante toda vida da criança (SILVA;
SOARES; MACEDO, 2017).
O aleitamento materno exclusivo até seis meses de idade ou mais é de suma
importância, pois pode impedir a aquisição de hábitos de sucção não-nutritiva. Crianças que
não recebem amamentação natural e utilizam mamadeira há mais de um ano tem maior
possibilidade de desenvolver hábitos de sucção não-nutritiva, assim como crianças que
recebem amamentação natural por menos de seis meses, o que está fortemente relacionado
com as maloclusões. (HERMONT et al., 2015; MORAIS, 2014; BOECK, 2013; THOMAZ,
24
2012; ROMERO, 2011; GONZÁLEZ, 2011; CEPERO, 2011 apud RODRIGUES et al.,
2017).
É importante ressaltar que o aparecimento dos hábitos bucais deletérios mantém
relação com o tempo de amamentação natural da criança. Desta forma, quanto menor o tempo
de aleitamento natural, maiores são as chances de surgimento dos hábitos bucais deletérios,
estimando-se um risco sete vezes maior quando comparado com aquelas crianças que foram
aleitadas naturalmente por um período mínimo de seis meses (SERRA-NEGRA et al., 1997
apud MELO et al., 2017).
A ausência de aleitamento materno, além de propiciar o aparecimento de hábitos
deletérios, também faz com que haja alteração no crescimento e desenvolvimento das
estruturas faciais, deficiência no crescimento anteroposterior da mandíbula, apinhamentos,
classe II de Angle, sobremordida e tipo de perfil convexo. Além disso, a ausência do
aleitamento materno pode influenciar na interposição da língua em repouso, na respiração e
na fonação (HERMONT et al., 2015; MOIMAZ et al., 2014; GÓNZALEZ, 2014; SILVA,
2012; GONZÁLEZ, 2011 apud RODRIGUES et al., 2017).
É pacífica a discussão que o aleitamento materno desempenha uma importante
função na nutrição, no sistema imunológico, emocional e estomatognático e no crescimento e
desenvolvimento da criança até a vida adulta, exercendo também um controle no
desenvolvimento de hábitos deletérios. (ARAÚJO et al., 2019).
25
5 DISCUSSÃO
Segundo Martins et al. (2012), o aleitamento materno é visto como um dos pilares
fundamentais para a redução da mortalidade infantil e tem sido cada vez mais considerado
como estratégia para a proteção, promoção e melhoria da qualidade da saúde das crianças.
Outros autores, como Antunes et al. (2008) e Tollara et al. (2001 apud CASAGRANDE et al.,
2008), corroboram com essa afirmação.
Tanto Silva, Soares e Macedo (2017), como Tollara et al. (2001 apud CASAGRANDE
et al., 2008), enfatizaram a importância protetora e imunomoduladora do leite materno e sua
relevante concentração de substâncias como proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, dentre
outros.
Para Ferreira et al. (2009 apud CASAGRANDE et al., 2008), o aleitamento materno é
de extrema importância para o desenvolvimento do sistema estomatognático, pois a criança
recebe vários estímulos que proporcionam o seu desenvolvimento físico e psicológico.
Entretanto, para Mohebbi et al. (2008 apud CASAGRANDE et al., 2008), o aleitamento
materno pode ser substituído por um método artificial (mamadeira, copo ou colher) quando,
por alguma razão, a mãe não puder amamentar. Mas o uso desse método alternativo é
duvidoso, principalmente em relação ao correto desempenho e à contribuição ao
desenvolvimento psicológico e do sistema estomatognático do bebê. Em concordância com a
afirmativa anterior, Carvalho e Sies (2002 apud CASAGRANDE et al., 2008) enfatizaram que
no aleitamento artificial a estimulação neuromotora de todo o complexo craniofacial ocorre de
maneira totalmente distinta do método natural.
Fernanda Vargas Ferreira, Fabiana Vargas Ferreira e Tabarelli (2007) e Heringer et al.
(2005) concordam que, durante o aleitamento materno, o recém-nascido terá melhores
condições de estimulação de seu sistema sensório-motor-oral, pois durante a mamada, é
exigida força muscular. O aleitamento materno contribui para o crescimento da mandíbula,
podendo prevenir as distoclusões (Classes II de Angle), além de propiciar o posicionamento
correto da língua e a coordenação para as forças musculares atuantes.
Fernandes Neto et al. (2009) e Fernanda Vargas Ferreira, Fabiana Vargas Ferreira e
Tabarelli (2007) seguem a mesma linha de pensamento ao afirmarem que o aleitamento
materno, através da sucção, além de estimular o crescimento anteroposterior da mandíbula,
reforça o circuito neural fisiológico da respiração nasal, pois excita as terminações neurais das
fossas nasais, oferecendo o desenvolvimento adequado entre o neurocrânio e o viscerocrânio
26
do recém-nascido. Essa posição estimulará um correto relacionamento dos dentes nos arcos
dentários antagonistas.
Para Fernandes Neto et al. (2009) e Heringer et al. (2005), as crianças que são
amamentadas pelo leite natural possuem uma menor probabilidade de possuir hábitos orais
nocivos. A criança que não é amamentada pelo leite natural tem a tendência de sugar o dedo
para exercitar sua musculatura, pois sua fome vai ser saciada por meio de outros artifícios
nutricionais; porém sua necessidade de sucção, não. Nesse momento, o hábito se instala.
Quando o aleitamento materno é substituído por mamadeiras, deixa de haver estímulo para o
crescimento anteroposterior da mandíbula, pois para sugar o leite da mamadeira, o lactente
não precisa fazer o exercício muscular que leva à propulsão e retrusão da mandíbula. Assim, a
criança aprende a engolir sem sincronia com a respiração, o que gera uma tendência ao
aparecimento da respiração bucal.
Heringer et al. (2005), Cavanassi et al. (2003 apud MELO et al., 2017), Fletcher (apud
ZUANON, 2000) e Serra-Negra et al. (1997 apud MELO et al., 2017) concordam que o leite
materno, além de alimentar o bebê, tem a função de satisfazer a sucção, devido ao grande
esforço dos músculos que são exercitados durante a mamada. A não satisfação das
necessidades psicoemocionais devido ao tempo inadequado de amamentação natural leva a
criança a supri-las utilizando chupetas ou o próprio polegar. A sucção do polegar também
pode ser decorrente de problemas ambientais, tais como carência afetiva, ansiedade e ciúmes,
o que pode ser prejudicial à criança.
Para Araújo et al. (2019), Hermont et al. (2015 apud RODRIGUES et al., 2017),
Queluz (2000 apud MELO et al., 2017), Serra-Negra et al. (1997 apud MELO et al., 2017) e
Soares (1996 apud SOUSA et al. 2004), as principais consequências procedentes dos hábitos
deletérios relacionadas à oclusão que podem surgir da não amamentação materna são:
mordida aberta, vestibularização dos incisivos centrais superiores, lábios hipotônicos,
predisposição à respiração bucal, estreitamento maxilar (mordidas cruzada posterior), abóbada
palatina mais profunda, assoalho nasal mais estreito, sobressaliência, sobremordida e retrusão
mandibular.
Tanto para Felcar et al. (2010) quanto para Gimenez et al. (2008), o Cirurgião-Dentista
deve informar as mães sobre a importância da prevenção e interceptação das maloclusões,
com o intuito de incentivar hábitos que possam evitar a respiração bucal, como a
amamentação, e coibir hábitos que possam levar a desenvolvê-la, bem como diagnosticá-la
precocemente, de forma a melhorar a qualidade de vida de crianças portadoras de respiração
bucal.
27
Para Sampaio et al. (2020), Coletti e Bartholomeu (1998 apud MELO et al., 2017),
Woodridge (1996 apud MELO et al., 2017) e Medeiros (1992 apud MELO et al., 2017), a
chupeta é utilizada para acalmar o bebê. É considerada um hábito de sucção não-nutritiva,
decorrente da necessidade de sucção e pode iniciar logo após o nascimento. A influência da
chupeta perante o sistema estomatognático, em especial no primeiro ano de vida, pode
comprometer o engajamento motor-oral da criança, alterando a movimentação da musculatura
perioral e comprometendo o desenvolvimento motor-oral da face.
Carvalho et al. (2018 apud SAMPAIO et al., 2020), Kair et al. (2017 apud SAMPAIO
et al., 2020) e Jaafar et al. (2016) revelam que o uso de chupetas não interfere no
desenvolvimento do aleitamento materno quando essa prática está bem estabelecida. Já os
autores Sampaio e colabores (2020) e Neto et al. (2013 apud SAMPAIO et al., 2020) revelam
que os bebês podem desenvolver uma tendência por bicos artificiais em troca do mamilo da
mãe e que o uso de chupetas é prejudicial ao aleitamento natural, independentemente do
tempo de introdução, proporcionando, assim, um desmame precoce.
Almeida e Novak (2004 apud SOUSA et al. 2004), Bastos et al. (2004 apud SOUSA et
al. 2004) e Javorski et al. (2004 apud SOUSA et al. 2004) corroboram o pensamento de que o
ato de amamentar é influenciado tanto pela família quanto pelo meio social em que a mulher
vive.
Para, Carreiro et al. (2018), Martins et al. (2012), Rocha et al. (2010), Araújo (2008
apud ROCHA et al., 2010) e Escobar et al. (2002 apud ROCHA et al., 2010), mesmo com
muitas vantagens do aleitamento materno, existem vários fatores que estão interligados ao
abandono desta prática alimentar, tais como: dificuldades relacionadas à percepção quanto à
produção de leite; problemas relacionados à preensão, sucção e deglutição da criança;
variáveis sociodemográficas maternas, como nível de escolaridade e situação conjugal e
fatores relacionados à obstetrícia, que incluem o uso de chupeta, o tipo de mamilo e a volta da
mãe ao trabalho.
Silva, Soares e Macedo (2017) e Escobar et al. (2002 apud ROCHA et al., 2010)
concordam que é fundamental fornecer à mãe informações precisas sobre a importância do
aleitamento, mostrando-a os riscos provenientes do desmame precoce, promovendo, apoiando
e instruindo a nutriz através do acompanhamento pré-natal e após nascimento, alojamento
conjunto durante a puericultura, entre outros.
28
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Leonardo dos Santos et al. Amamentação natural como fonte de prevenção em
saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 103-109, 2008.
GIMENEZ, Carla Maria Melleiro et al. Prevalência de más oclusões na primeira infância e
sua relação com as formas de aleitamento e hábitos infantis. Revista Dental Press de
Ortodontia e Ortopedia Facial, Maringá, v. 13, n. 2, p. 70-83, mar. 2008.
MELO, Patrícia Gizeli Brassalli de et al. Análise dos hábitos de amamentação e sucção-não
nutritiva em crianças de 0 a 12 anos. Revista UNINGÁ, Maringá, v. 53, n. 2, p. 73-80, jul.
2017.
ROCHA, Najara Barbosa et al. O ato de amamentar: um estudo qualitativo. Physis Revista de
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 1293-1305, 2010.
30
SAMPAIO, Renata Correia Teles et al. Associação entre o uso de chupetas e interrupção da
amamentação: Uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 3,
n. 4, p. 7353-7372, jul. 2020.
SILVA, Dayane Pereira da; SOARES, Pablo; MACEDO, Marcos Vinicius. Aleitamento
materno: causas e consequências do desmame precoce. Unimontes Científica, Montes
Claros, v. 19, n. 2, p. 146-157, jul. 2017.
SOUSA, Fátima Regina Nunes de et al. O aleitamento materno e sua relação com hábitos
deletérios e maloclusão dentária. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica
Integrada, Campina Grande, v. 4, n. 3, p. 211-216, set. 2004.