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Bouba Aviária

Disciplina: Doenças de Aves e Suínos


Prof.ª: Dra. Bruna Coelho Lopes
Integrantes: João Victor A. Rodrigues
Jéssica dos Santos
Laís C. Brandão Miranda
Introdução
• O avipoxvirus é responsável por transmitir
a doença chamada bouba aviária, ou
varíola aviária que afetam as aves, a
doença pode ocorrer de forma diftérica ou
cutânea.
• A forma cutânea é a mais comum de
aparecimento nas aves, essas lesões
podem evoluir de pápulas para vesículas,
pústulas e também crostas, as regiões mais
acometidas são: cabeça, pescoço, patas,
pernas e ao redor da cloaca. Essas lesões
podem provocar o caimento das penas.
Ocorrência
no Brasil e no
Mundo
Ocorrência no
Brasil e no Mundo
• Segundo MAPA é uma doença que requer notificação
mensal de qualquer caso confirmado
• Pouco relatada oficialmente no Brasil
• No Brasil, a doença pode ser considerada reemergente
• Ocorre com maior frequência em períodos quentes e
chuvosos, e em locais próximos a águas paradas
• No Brasil é conhecida como bouba aviária, e entre os
avicultores da região nordeste é denominada como
“caroço”
Ocorrência no Brasil
e no Mundo
• De distribuição global, esta patologia recebe diversas
denominações de acordo com a região em que ela se
apresenta:
Difteria aviária (Espanha)
Bouba aviária (Portugal)
Varíola aviária (França e Alemanha)
Epitelioma contagioso e em outras locais pode ser
chamada de varíola gallinarum
Importância econômica da política de prevenção de doenças avícolas para o Brasil: o caso da Influenza Aviária
versão revisada de acordo com a resolução CoPGr 6018 de 2011
Carlos Santos Amorim Neto
Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em Ciências. Área de concentração: Economia Aplicada
Surto de forma cutânea de poxvírus aviário em perus comerciais previamente vacinados contra a varíola

• varíola aviária em perus no estado de Minas Gerais


• Coleta de amostra. Em junho de 2013, perus de 115 dias, de uma fazenda em Indianápolis
• 30 carcaças da linha de abate deste rebanho para coletar fragmentos de pele com lesões sugestivas de varíola
• Avipoxvírus foi detectada por PCR em 83% (25/30) das amostras
• A maioria dos casos ocorreu no verão (dados não mostrados)
• A profilaxia vacinação adotada na região aparentemente não preveniu novos casos da doença
Caracterização
do agente
etiológico
Caracterização do
agente etiológico
• O agente patológico é o Poxvírus avícolas,
pertencente ao gênero Avipoxvírus, da família
Poxviridae
• O vírus da espécie Fowlpoxvírus é responsável
por infectar as galinhas. É um vírion DNA de
cadeia dupla, linear e contínua, que se replica
no citoplasma da célula
• Tem formato oval, com núcleo bicôncavo
centralizado.
• Encontrado em aves comerciais, domésticas e
selvagens
• marrecos, patos, gansos, galinholas e outras
aves não contraem o patógeno.
Persistência
do agente
etiológico no
meio ambiente
Persistência do
agente etiológico no meio
ambiente
• Pode permanecer por vários anos no solo e
causar a doença em aves que não foram
vacinadas
• Facilmente destruído pela maioria dos
desinfetantes.
• Resistência do vírus ao uso de éter e
clorofórmio, aquecimento a 50° C durante 30
minutos.
• Quando dessecado, o vírus da bouba aviária
mostra resistência, podendo sobreviver em
crostas secas por meses ou mesmo anos no
ambiente
Modo de
transmissão
da doença
Modo de transmissão
da doença
Via mecânica
• Transmissão através de lesões na pele se
dá por agressão entre as aves
(canibalismo)

• A transmissão por via ocular ou


respiratória pode ocorrer por secreções da
nasofaringe, ou aerossóis provenientes da
descamação das crostas formadas na pele.

• Manipulação inadequada de vacina


Determinantes
da doença
Determinantes da
doença

• Apresenta-se tanto em filhotes


quanto em aves adultas

• É comumente encontrada em aves


de pequenas criações

• Grande contato com o meio externo


e com outros animais da
propriedade
Transmissão
e manutenção
da infecção
na granja
Transmissão e manutenção • Transmissão através dos
fômites que estejam
da infecção na granja contaminados

• Inseminação artificial
(Machos infectados)

• Mosquitos servem como


vetores do vírus
(dípteros, Aedes
Aegypti, Culex
quinquefasciatus que se é
conhecido como muriçoca)
Transmissão e
manutenção da
infecção na granja
• A manutenção da doença na
granja ocorre através de da
presença de pássaros,
excrementos em excesso,
aumentando o número de
mosquitos fazendo com que o
vírus se propague ainda mais,
falta de higiene na utilização
dos utensílios, e até mesmo na
hora da vacinação, quando
não há o descarte das agulhas,
e quando não é utilizado todos
os parâmetros de
biossegurança.
Controle e
Prevenção
Manejo
Controle
e Prevenção
Boas práticas de manejo:
• Limpeza periódica para diminuir
a incidência de mosquitos
• Desinfecção dos galpões para evitar
a permanência do vírus na granja
• Telas de proteção para evitar a
entrada de pássaros
• Utilização da profilaxia como método
mais viável.
Controle
e Prevenção
• Controle é feito através da vacinação de
aves
• Utilização das cepas de pombos ou de
galinhas tendo as variações de cepas grau
mais forte ou mais suave
• Vacinação é feitas em aves
reprodutoras, geralmente são feitas duas
vacinações:
- idade menor que semanas (atenuada
suave)
- mais de 6 semanas (atenuada forte)
• É um medicamento muito
utilizado, ele é aplicado no
local das lesões, no periodo de
sete dias seguios. Usam
durante 14 dias 1 colher de chá
em um litro de água para os
animais beberem, o produto
tem rápida absorção.
Diagnóstico
Diagnóstico
• Ele é baseado através dos sinais clínicos,
lesões e também histórico do animal,
também podemos obter o diagnóstico
através dos exames laboratoriais:
• Histopatológico: É utilizado um pedaço de
tecido deum frango com suspeita de boubaa
viária,é feita a avaliação microscópica, ness
e exame consegue ser detectado o corpúsc
ulos de inclusão.
• Lesões macroscópicas traqueais produzidas pelo
Diagnóstico vírus da bouba aviária na forma diftérica são
semelhantes às causadas pelo vírus da
diferencial laringotraqueíte infecciosa, caso
laringotraqueíte, histologicamente corpúsculos de
da

inclusão intracitoplasmáticos eosinofílicos não são


detectados no epitélio traqueal, Lesões por
deficiência de vitamina A .
Lesões
Lesões
• Macroscópica
Setas indicando a manifestação
cutânea do AVP em um Peru.
(Lesões proliferativas, nodulares e
crostosas em região cefálica.

• Microscopia
Setas indicando a presença de
Corpúsculos de Bollinger
intracitoplasmáticos eosifnofílicos
em células epidérmicas de aves
infectadas pelo AVP.
Tendo em vista a grande disseminação do vírus da
bouba aviária, levando em consideração que o
tratamento não é eficaz, o método mais indicado é
a profilaxia, já que no ambiente a doença possui
vários vetores, o manejo adequado da granja
é de suma importância para não deixar que o vírus
se instale, a biossegurança é fundamental para o
bem estar dos animais.
Referências:

• SOUZA.Bouba Cutânea Atípica e Mista em frangos Caipiras vacinados no Nordeste


Brasileiro.2019. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal do Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, 2019.

• Sousa, R. T. (2019). Bouba cutânea atípica e mista em frangos caipiras vacinados


no Nordeste brasileiro. 2019. 33 f. Dissertação (Mestrado em medicina Veterinária)
– Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.

• BORGES, T.P. et al. Bouba aviaria: alterações clinico-patológicas, diagnostico,


controle e profilaxia - revisão de literatura. 2017. Artigo cientifico (Curso de
medicina veterinária) Faculdades Integradas de Ourinhos – FIO/FEMM.
Obrigado!
Bouba Aviária
Disciplina: Doenças de Aves e Suínos
Prof.ª: Dra. Bruna Coelho Lopes
Integrantes: João Victor A. Rodrigues
Jéssica dos Santos
Laís C. Brandão Miranda

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