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Trabalho Coletivo de Enfermagem

Tema: Vias de administração terapêutica entérica

Nampula, Abril de 2023


Instituto comercial de Muahivire-Expansão

Discentes

Inêncio Elídio

Julieta Salimo Chande

Benzato Raja Daniel

Lucília Júlio pedro

Guilherme Armando Filipe

Trabalho de carácter avaliativo


da disciplina de Enfermagem
lecionada por Arsénia
Bernardino

Classificação
Índice

Introdução............................................................................................................................................4

Vias de administração terapêutica de medicamentos...........................................................................5

Regra de cinco passos certos...............................................................................................................5

Tipos de administração terapêutica......................................................................................................6

Administração terapêutica via entérica................................................................................................6

Administração terapêutica via parenteral.............................................................................................8

Administração terapêutica via tópica...................................................................................................9

Conclusão..........................................................................................................................................10

Referências bibliográficas.................................................................................................................11
Introdução
A administração de medicamentos é dos procedimentos de maior responsabilidade para a
equipe de enfermagem. Para executar este procedimento é necessário conhecimento sobre
farmacologia e terapêutica médica, principalmente em relação ação, a dose, aos efeitos colaterais
e as vias de administração. A via prescrita para a administração de um medicamento depende das
propriedades e dos efeitos que se espera, assim como das condições físicas e mentais do
paciente. A enfermagem deve colaborar com o médico para determinar a melhor via de
administração para o medicamento prescrito. Para evitar erros na administração de
medicamentos, é fundamental que os profissionais de enfermagem adotem padrões durante a
execução do procedimento.

E por meio deste trabalho de enfermagem, apresentar-se-ão os mecanismos de administração


terapêutica entérica com o intuito de de aquisição de noções e competências de administração de
medicamentos por via desse meio (Entérica).

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Vias de administração terapêutica de medicamentos
A administração terapêutica consiste num conjunto de acções que visam a preparação e
administração de substâncias químicas com fins terapêuticos ao doente. Este processo, termina
com o devido registo dos medicamentos administrados.
A administração de medicamentos é um dos procedimentos mais cruciais para a enfermagem.
Para tal, é importante ter conhecimento sobre os efeitos e recções que o medicamento pode
causar, bem como, possuir competência e habilidade para administrar tais medicações, passando
assim para o paciente confiança e segurança, minimizando a ansiedade e aumentando assim a
eficácia da medicação.
Vias de administração o é a maneira como o medicamento entra em contato com o organismo;
é sua porta de entrada.

Regra de cinco passos certos


A enfermagem deve utilizar a regra dos cinco passos certos como rotina de seu trabalho

Essa regra refere às cinco condições que devem ser verificados antes da administração dum
medicamento:

 Paciente certo

 Medicamento certo

 Dose certa

 Via de administração certa

 Horário certo

Também é de extrema importância verificar a data de validade, já que medicamentos expirados


podem ser nocivos e/ou não atingirem seu real efeito.

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Para a administração da terapêutica são utilizadas diversas vias. O método de administração de
medicamentos depende:

 Da rapidez com que se deseja a acção do medicamento;

 Da natureza e quantidade do medicamento a ser administrado;

 Das condições do utente.

Tipos de administração terapêutica


Existem três tipos de administração terapêutica nomeadamente:

1. Entérica (não parenteral);


2. Parental;
3. Típica.

Administração terapêutica via entérica

Via Entérica – a absorção do medicamento ocorre no trato digestivo, envolve a administração


de medicamentos por vias que não requerem a injeção nos tecidos corporais. E podem ser:

 Via oral: administração de medicamentos pela boca. A via oral é a mais fácil e mais
desejada. Os pacientes normalmente são capazes de ingerir ou autoadministrar
medicamentos orais com quase nenhum problema.

 Via sublingual: colocação de medicamento debaixo da língua. Esta via possibilita


absorção mais rápida que a via oral. Na administração, orientar o paciente a não mastigar
e a não engolir o medicamento.

 Via gástrica ou enteral: introdução de medicamentos por meio da sonda gástrica ou


enteral. Antes de dar um medicamento por esta via, verificar se a localização da sonda é
compatível com a absorção da medicação (estômago ou jejuno). Optar sempre por
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medicamentos líquidos, quando disponível. Alguns medicamentos podem ser esmagados
ou cápsulas abertas para misturar com uma solução de administração. Nunca utilizar água
de torneira como solução.
 Via tópica ou cutânea: aplicação de medicamento por fricção na pele. Esta via envolve
o uso de pomadas ou cremes. Sua ação pode ser local ou geral

 Via de inalação: administração por meio de inaladores manuais por meio de aerossóis
em spray, borrifação, ou pó que penetram nas vias pulmonares. A rede alvéolo capilar
absorve o medicamento rapidamente.

 Via ocular: aplicação de medicamentos diretamente na bolsa conjuntival. Os


medicamentos comuns utilizados pelos pacientes são os colírios e as pomadas oftálmicas.
Grande parte dos pacientes que recebem medicamentos oftálmicos é idosa.

 Via otológica: administração de medicamentos diretamente no conduto auditivo externo.


O uso de medicações por esta via deve ser feito cuidadosamente devido ao risco de
perfuração do timpânico quando se usa de pressão excessiva.

 Via nasal: instilação de medicamentos pelas narinas. A forma mais comum de instilação
nasal é o spray ou gotas descongestionantes utilizadas para aliviar os sintomas de
congestão nasal ou resfriado. O soro fisiológico 0,9% é o mais seguro como
descongestionante do que soluções nasais, que contêm simpatomiméticos.

 Via retal: administração de medicamentos na mucosa retal por meio do orifício anal.
Geralmente as medicações retais são utilizadas para auxiliar na defecação (uso de
supositórios). Os supositórios retais possuem formato de balas de resolver, sua
extremidade arredonda evita um trauma durante a inserção.

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 Via vaginal: introdução de medicamentos no canal da vagina. As medicações vaginais
estão disponíveis como supositórios, espuma, géis ou cremes. Durante a aplicação é
fundamental utilizar luvas de acordo com as precauções padrão, isso inclui orientar o
paciente na autoadministração.

Administração terapêutica via parenteral


A administração parenteral envolve injetar um medicamento nos tecidos corporais. Há uso de
dispositivos que auxiliam a administração dos medicamentos, como seringas e agulhas, que serão
específicas para cada via. As principais vias de administração são citadas abaixo:

 Intradérmico (ID): injeção na derme, exatamente abaixo da epiderme. Tipicamente as


injeções ID são utilizadas para testes cutâneos, por exemplo, hipersensibilidade, processo
de dessensibilização e imunização (BCG). Por serem potentes, esses medicamentos são
injetados na derme, onde o aporte sanguíneo é reduzido e a absorção é mais lenta. O
ângulo de inserção da agulha varia de 5° a 15° e o bisel deve estar voltado para cima.

 Via intravenosa- a via intravenosa é aquela na qual a administração do medicamento é


realizada diretamente na corrente sanguínea por uma veia. A aplicação de medicamentos
por essa via pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua, como aqueles
medicamentos que se dissolvem no soro e ficam pendurados ao lado da cama do paciente.
Por apresentar efeito mais rápido, é a primeira opção durante emergências. Outra
justificativa para a administração por essa via é que muitos fármacos não conseguem ser
absorvidos pelo intestino, sendo necessário o uso dessa via. Entretanto, é uma via em que
o paciente precisa de ajuda de profissional treinado para realizar esse procedimento
(enfermeiros e médicos). A via deve ser manipulada com muito cuidado, pois há chances
de infecção no local, podendo piorar o quadro do indivíduo. Alguns medicamentos, como
antibióticos ou os usados para o tratamento do câncer, são formulados apenas em
apresentações injetáveis.

 Intramuscular -a administração via intramuscular permite que o medicamento seja


injetado diretamente no músculo. É indicado para medicamentos de aplicação única ou de
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efeito mais prolongado, como o caso de anticoncepcionais injetáveis; devem ter pequeno
volume. Não tem efeito tão imediato, se comparada com os medicamentos administrados
por via intravenosa, mas são bastante eficientes. Alguns cuidados devem ser tomados:
higiene das mãos antes da manipulação desses medicamentos e observação da indicação
de uso dos medicamentos, pois medicamentos contraindicados para via intramuscular,
caso sejam administrados por ela, podem causar danos musculares irreversíveis.
Dependendo do medicamento, a administração por via intramuscular pode causar dor no
local de aplicação.

Administração terapêutica via tópica


Na via Tópica – a acção do medicamento ocorre na pele ou mucosas. Tem um efeito local, o
medicamento é aplicado directamente onde deseja-se sua acção.

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Conclusão
A administração terapêutica consiste num conjunto de acções que visam a preparação e
administração de substâncias químicas com fins terapêuticos ao doente. Este processo, termina
com o devido registo dos medicamentos administrados.
Os 5 passos básicos a conferir antes da administração terapêutica são:

 Paciente certo

 Medicamento certo

 Dose certa

 Via de administração certa

 Horário certo

As vias de administração terapêutica mais usadas são:

 Via Entérica – a absorção do medicamento ocorre no trato digestivo (boca, estômago,

 intestino). Pode ser oral, gástrica ou rectal.

 Via Tópica – a acção do medicamento ocorre na pele ou mucosas. Tem um efeito local, o
medicamento é aplicado directamente onde deseja-se sua acção.

 Via Parentérica ou parenteral – a introdução do medicamento se faz mediante injecção


intramuscular, subcutânea, intradérmica ou endovenosa/intravenosa. Apresenta uma
rápida absorção do medicamento.

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Referências bibliográficas
Fundamentos Básicos em Enfermagem. Guia de Bolso. Sebenta das aulas práticas da disciplina
de Fundamentos Básicos em Enfermagem I e II. Escola Superior de Saúde, Universidade
Fernando Pessoa. Brasil, 2006
Manual de Procedimentos Básicos de Enfermaria em Cuidado Primário. Generalitat Valenciana.
Conselleria de Sanitat. Valencia, Espanha, 2007
Manual de Procedimentos de Enfermaria. 1ª Edição. Hospital de Basurto, Bilbao. Espanha,
Setembro 2001
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44102/1/9789241597906_eng.pdf˃. Acesso em: 02
junho de 2017.

INVESTIGACAO

A Taenia solium atinge de três a cinco metros de comprimento e apresenta como hospedeiro
intermediário o porco. Essa espécie possui a cabeça ou escólex com ventosas e rostro com
ganchos. Após o escólex, localiza-se o colo ou pescoço e, posteriormente, segue-se o corpo, o
qual lembra uma longa fita dividida em várias unidades (proglotes).

Cada proglote apresenta órgãos sexuais capazes de autofecundação. As proglotes são divididas
em jovens, maduras e grávidas, sendo as últimas as que apresentam o ovo do animal. A Taenia
saginata possui a mesma divisão corpórea da T. solium, entretanto, diferencia-se por não possuir
ganchos no rostro e atingir de seis a sete metros de comprimento.

As tênias são animais que se destacam pela ausência de boca e cavidade gastrovascular. Esses
animais usam a superfície de seu corpo para absorver os nutrientes dos alimentos ingeridos pelo
ser humano e processados no sistema digestório.

A teníase

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A teníase, também conhecida como solitária, é uma verminose intestinal que se caracteriza pela
presença da forma adulta dos parasitas Taenia solium ou Taenia saginata no nosso corpo. A
doença é contraída quando uma pessoa alimenta-se de carne mal passada ou crua, de bovinos ou
suínos, contendo os chamados cisticercos.

Ciclo de vida da tênia

Os suínos e bovinos são, respectivamente, os hospedeiros intermediários da Taenia solium e


Taenia saginata. Eles se contaminam quando ingerem alimentos contaminados com ovos ou
proglotes eliminados no ambiente com as fezes de humanos portadores da teníase. Após os ovos
serem ingeridos, eles seguem pelo sistema digestório e liberam um embrião, que penetra na
mucosa intestinal, cai na corrente sanguínea e aloja-se na musculatura do animal,
desenvolvendo-se em uma forma larval denominada cisticerco.

O ciclo de vida da tênia envolve um hospedeiro definitivo e um intermediário. Na figura temos o


ciclo da Taenia saginata.

O homem contrai a teníase ao alimentar-se da carne mal passada ou crua contendo os cisticercos
vivos. As larvas são liberadas, o escólex da tênia fixa-se no intestino delgado, e o parasita
desenvolve-se alimentando-se dos nutrientes, liberados no processo de digestão, por absorção
pela superfície corpórea. As primeiras proglotes são eliminadas de 60 a 70 dias após a fixação no
intestino. Cada proglote grávida pode apresentar até 40 mil ovos do animal. Esses ovos podem
sobreviver por muito tempo no meio externo.

Sintomas da teníase

A teníase pode apresentar-se de maneira assintomática ou desencadear sintomas. Dentre os


sintomas da teníase, podemos citar:

Alterações no apetite

Dor abdominal

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Diarreia ou constipação

Perda de peso

Náusea

Vômitos

Vale destacar que a teníase pode provocar complicações quando o verme obstrui apêndice,
colédoco ou ducto pancreático.

Diagnóstico e tratamento da teníase

A teníase é diagnosticada por meio da análise dos sintomas do paciente e do exame de fezes, no
qual se analisa a presença de proglotes e ovos no material. O tratamento é medicamentoso, com
uso de vermífugos como mebendazol e albendazol.

Prevenção da teníase

A teníase é contraída quando nos alimentamos de carne contaminada mal cozida ou mal passada.
Desse modo, para prevenirmo-nos, é essencial não fazer a ingestão de carnes nessas condições.
Recomenda-se também não provar a carne antes de cozinhá-la. Além disso, é importante
conhecer a origem da carne que estamos comprando, certificando-nos sempre de que o produto
tenha sido liberado pela inspeção sanitária.

Leia mais: Dicas para evitar intoxicação alimentar"Veja mais sobre "Teníase" em:
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/teniase.htm

"O que é cisticercose?

A cisticercose é uma doença desencadeada pela ingestão de ovos da tênia. A tênia, tanto a de
suínos quanto a de bovinos, apresenta dois hospedeiros durante seu ciclo de vida: um definitivo e

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um intermediário. Os seres humanos são os hospedeiros definitivos das tênias, sendo o nosso
intestino o local em que o adulto desenvolve-se e reproduz-se.

Nos hospedeiros intermediários (suínos e bovinos), as tênias apresentam-se no seu estágio larval,
fixando-se, por exemplo, na musculatura esquelética e também no músculo cardíaco. A
cisticercose ocorre quando nos tornamos hospedeiros intermediários e passamos a abrigar a fase
larval do parasita."

Veja mais sobre "Cisticercose" em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/cisticercose.htm

"pós ingerirmos ovos da tênia, eles seguem pelo nosso sistema digestório e, ao chegarem ao
intestino delgado, ocorre a liberação dos embriões. Estes caem na corrente sanguínea e fixam-se
nos diferentes tecidos do nosso corpo, podendo alojar-se, por exemplo, nos nossos olhos e no
sistema nervoso central, sendo essa última condição conhecida como neurocisticercose.

A larva pode também se fixar em outras partes do corpo, como nos músculos e na região
subcutânea, porém esses achados apresentam menor risco ao paciente, apesar de serem um alerta
para larvas em outras regiões do corpo. Ao estacionarem nesses locais, formam um cisto, uma
espécie de bolsa em que a larva desenvolve-se. Esse cisto aumenta de tamanho e forma os
cisticercos.

Neurocisticercose

A neurocisticercose caracteriza-se pela presença de cisticercos no sistema nervoso central, sendo


o tipo de cisticercose com maior importância clínica. Pode ser classificada em espinhal ou
cerebral, a depender da região acometida. Na maioria dos casos, o parasita é encontrado no

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encéfalo. É uma forma grave da doença que pode causar problemas como dores de cabeça,
convulsões, hidrocefalia, meningite, demência, e alterações psíquicas.

O tratamento é individualizado e depende da localização dos cistos e do seu grau de atividade. O


tratamento pode incluir cirurgia, antiparasitários e medicamentos que controlam alguns sintomas,
como fármacos que reduzem as crises epiléticas."

Veja mais sobre "Cisticercose" em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/cisticercose.htm

"omo a cisticercose é transmitida?

Como mencionado, a cisticercose é transmitida com a ingestão de ovos da tênia. Isso ocorre
quando ingerimos alimentos ou água contaminada pelas fezes de seres humanos que possuem
teníase. Essa contaminação pode ocorrer quando as fezes são liberadas em ambiente inadequado,
contaminando, por exemplo, a água que será utilizada para a irrigação ou mesmo para o
consumo.

Hábitos de higiene inadequados também podem fazer com que a doença espalhe-se, podendo
ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa com teníase sem hábitos adequados de higiene
manipula alimentos ou leva sua mão à boca.

É importante deixar claro que a cisticercose não é adquirida pela ingestão de carne de porco ou
vaca com cisticercos. Nessa situação temos o desenvolvimento de uma doença denominada
teníase.

"

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Veja mais sobre "Cisticercose" em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/cisticercose.htm

"Quais os sintomas da cisticercose?

A cisticercose pode causar diferentes sintomas a depender da localização do cisticerco. Quando


afeta o sistema nervoso, pode provocar convulsões, dores de cabeça e até mesmo demência. Ao
atingir os olhos, pode provocar alterações visuais e até cegueira. Nos músculos e na região da
coluna, pode provocar dificuldade para andar."

Veja mais sobre "Cisticercose" em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/cisticercose.htm

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