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Farmacologia – é a ciência que estuda os fármacos.

Farmacocinética
A farmacocinética consiste no estudo do caminho que o medicamento vai fazer a partir do momento
em que é administrado até ser eliminado, passando por processos de absorção, distribuição,
metabolismo e excreção. Neste caminho, o medicamento vai encontrar um local de ligação.

Etapas da Farmacocinética
1. Absorção
A absorção consiste na passagem do medicamento do local onde é administrado, para a circulação
sanguínea. A administração pode ser feita via enteral, o que significa que o remédio é ingerido
através da via oral, sublingual ou via retal, ou parenteral, o que significa que o remédio é
administrado via intravenosa, subcutânea, intradérmica ou intramuscular.

2. Distribuição
A distribuição consiste no caminho que o medicamento faz depois de atravessar a barreira do epitélio
do intestino para a corrente sanguínea, podendo estar na forma livre, ou ligado às proteínas
plasmáticas, podendo depois atingir vários locais:
 Local de ação terapêutica, onde vai exercer o efeito pretendido;
 Reservatórios teciduais, onde vai ser acumulado sem exercer efeito terapêutico;
 Local de ação inesperada, onde vai exercer uma ação indesejada provocando efeitos
colaterais;
 Local onde são metabolizados, podendo aumentar a sua ação ou serem inativados;
 Locais onde são excretados.
Quando um medicamento se liga às proteínas plasmáticas não consegue atravessar a barreira para
atingir o tecido e exercer ação terapêutica, por isso um medicamento que tenha alta afinidade para
estas proteínas, vai ter uma menor distribuição e metabolismo. No entanto, o tempo de permanência
no organismo vai ser maior, porque a substância ativa demora mais tempo a chegar ao local de ação
e a ser eliminado.

3. Metabolismo
O metabolismo ocorre em grande parte no fígado, podendo acontecer o seguinte:
 Inativar uma substância, que é o mais comum;
 Facilitar a excreção, formando metabólitos mais polares e mais hidrossolúveis de forma a
serem eliminados mais facilmente;
 Ativar compostos originalmente inativos, alterando o seu perfil farmacocinético e formando
metabólitos ativos.
O metabolismo de medicamentos também pode ocorrer com menos frequência nos pulmões, rins e
glândulas adrenais.

4. Excreção
A excreção consiste na eliminação do composto através de várias estruturas, principalmente no rim,
em que a eliminação se faz pela urina. Além disso, os metabólitos também podem ser eliminados
através de outras estruturas como o intestino, através das fezes, o pulmão caso sejam voláteis, e a
pele através do suor, leite materno ou lágrimas.
Vários fatores podem interferir com a farmacocinética como a idade, sexo, peso corporal, doenças e
disfunção de certos órgãos ou hábitos como fumar e beber álcool, por exemplo.

Farmacodinâmica
A farmacodinâmica consiste no estudo da interação dos fármacos com os seus recetores, onde
exercem o seu mecanismo de ação, produzindo um efeito terapêutico.

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1. Local de ação
Os locais de ação são os locais onde as substâncias endógenas, que são substâncias produzidas
pelo organismo, ou exógenas, que é o caso dos medicamentos, interagem para produzir uma
resposta farmacológica. Os principais alvos para a ação das substâncias ativas são os
recetores onde se costumam ligar substâncias endógenas, canais iônicos, transportadores, enzimas
e proteínas estruturais.

2. Mecanismo de ação
O mecanismo de ação é a interação química que uma determinada substância ativa exerce com o
receptor produzindo uma resposta terapêutica.

3. Efeito terapêutico
O efeito terapêutico é o efeito benéfico e desejado que o medicamento provoca no organismo
quando administrado.

Fármacos – é toda substância de estrutura química bem definida utilizada para modificar ou explorar
sistemas fisiológicos ou estados patológicos, para o benefício do organismo receptor.

Medicamentos – é toda substância ou associação de substâncias utilizada para modificar ou


explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos, para benefício do organismo receptor.

Forma farmacêutica – é a forma na qual um medicamento pode ser utilizado, por exemplo,
comprimidos, cápsulas, xaropes, infusões ou supositórios.

Produto farmacêutico – é o produto que contém um ou mais fármacos convenientemente


manufaturados em processo industrial neste processo de manufatura são geralmente adicionadas
outras substâncias.

Droga – é toda substância capaz de modificar sistemas fisiológicos ou estados patológicos; utiliza-se
com ou sem intenção de benefício do receptor. Ex: Alucinógenas são drogas que atualmente não são
consideradas medicamentos.

Remédio – é termo com conceito amplo; significa tudo aquilo que é aplicado com a intenção de
combater a dor, a doença ou o que possa prejudicar o organismo receptor. Inclui, além dos
medicamentos dietéticos, cirúrgicos, psicológicos, alterações de hábitos, higiene, exercícios, crenças
religiosas.

Formas Farmacêuticas Sólidas

Comprimido – é uma forma farmacêutica em que o pó é comprimido em formato próprio. Pode ser
cilíndrico, oval, formato de losango, etc. Por ex: Plasil, Dramin.

Drágea – é uma forma farmacêutica em que o núcleo (comprimido pequeno que contém o princípio
ativo) é revestido com várias camadas de substâncias próprias, terminando com açúcar e corante.
Este processo é feito, normalmente, para proteger o princípio ativo da acidez de estômago. Portanto,
uma drágea nunca pode ser cortada ou amassada, ou qualquer outro processo que rompa as
camadas de proteção. Por ex: Cataflan, Voltaren.

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Cápsula – compõe-se de um pó em um invólucro de gelatina. Esta cápsula facilita a deglutição,
protege o usuário contra medicamentos de uso amargo ou com cheiro forte, e, a não ser que o
fabricante autorize, também não deve ser aberta. Por ex: Amoxil, Binotal.

Granulado – compõem-se de um granulado de forma irregular, porém de aspecto final homogêneo.

Pó – o medicamento vem na forma do próprio pó, podendo ser rediluído em água, ou utilizado puro.
Por ex: Amoxil, pó para suspensão oral, Bicarbonato de Sódio.

Supositório – o medicamento apresenta formato próprio, somente para uso retal. Por ex: Supositório
de Glicerina, Novalgina, supositório.

Óvulo – o medicamento apresenta formato próprio, somente para uso vaginal. Por ex: Gino-Icaden,
Gino-Tralen.

Formas Farmacêuticas Líquidas


Solução – o medicamento existe na forma de líquido homogenio, sem depósitos de substâncias ou
partículas. Por ex: solução de Água Boricada 3%, solução injetável de Gentamicina.

Suspensão – o medicamento é um líquido heterogêneo, apresentado, no fundo do frasco, uma certa


quantidade de pó desositado. Deve ser agitado antes de usar. Por ex: Ilosone suspensão, Keflex
suspensão.

Emulsão – corresponde a uma mistura de óleo e água, perfeitamente homogeneizados com ajuda de
uma substância chamada de agente emulsificante. Por ex: Emulsão de Scott, Agarol.

Elixir – composto de mistura de fase aquosa, 20% de álcool e 20% de açúcar. Por ex: Elixir
Paregórico.

Xarope – composto de 2/3 de açúcar e o restante de água. Por ex: Mucofan xarope, Fenergan
xarope.

Formas Farmacêuticas Pastosas


Pomada – forma pastosa oleosa, de pouca absorção na pele, para uso em problemas totalmente
externos. Por ex: Pomada de Neomicina, Quadriderme pomada.

Creme – forma pastosa, composta de uma mistura de óleo e água, que penetram na pele, podendo
até atingir a corrente sanguínea. Por ex: Creme Fenergan, Quadriderme creme.

Pasta – forma pastosa, em que há grande quantidade de pó. Por ex: Pasta D’Água, Pasta de Óxido
de Zinco.

Gel – forma pastosa, de uso externo, praticamente não absorvido pela pele. Por ex: Gel de Lidocaína
a 2%.

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Vias de Administração dos Medicamentos

Ao se considerar um medicamento, devemos atentar para a melhor via de administração


deste, como:
 Existem determinadas vias que são mais eficientes que outras;
 Deve-se considerar a comodidade do paciente, “consciência e nível de colaboração e
compreensão do paciente”;
 Problemas que o paciente apresente como obstrução faríngea impede o uso de comprimidos;
 Tempo que se pretende obter a ação, etc.

As vias de administração de medicamentos propiciam um meio capaz de o fármaco alcançar seu


local de ação e produzir o efeito terapêutico previsto.
As vias de administração de medicamentos são divididas em dois grupos:

1. Enteral;

2. Parenteral.
A via enteral é composta pelas vias:

1. Via oral;

2. Via sublingual;

3. Via retal.

Já a via parenteral compostas pelas seguintes vias:


Vias Diretas

1. Via intradérmica;

2. Via subcutânea;

3. Via intramuscular;

4. Via Intravenosa
Vias Indiretas

 Via inalatória;

 Via dérmica – Otológica, Nasal

 Via vaginal.

 Intraperitoneal

 intra-óssea

 Intra-articular

 Outras

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Prescrição Médica

A prescrição médica ou receita reúne as indicações do médico ou veterinário, com relação


à preparação, dispensação e uso dos medicamentos de que o paciente fará uso.

Deve conter:
 Nome do paciente;
 Uso interno ou externo;
 Fármacos e suas respectivas quantidades, caso se trate de uma fórmula magistral;
 Via de administração;
 Nome do medicamento, sua dosagem e apresentação;
 Posologia;
 Indicações quanto ao uso do medicamento (por exemplo, ao deitar, em jejum);
 Data;
 Assinatura;
 Carimbo ou identificação do médico que fez prescrição.

Classificação dos Medicamentos

Nome Genérico – nome comum, pelo qual o fármaco é conhecido como substância isolada, sem
levar em conta o fabricante. Este nome é escolhido por órgãos oficiais. No Brasil, seguimos a
Denominação Comum Brasileira, de 1993.
Exemplo:
 Nome químico: 3 – [2 – (dimetilamino) etil] – N – metil 1 H – indol – 5 – metanosulfonamida.
 Nome genérico: sumatriptana.
 Nome comercial: Imigran.

Princípio Ativo – substância quimicamente ativa, que responde pela ação do medicamento. Por ex:
sumatriptana.

Veneno – substância que, em pequenas quantidades, provoca alteração à saúde ou conduzem à


morte. Em tese, todas as substâncias são venenosas, a diferença está na dose administrada. Se o
paciente tomar um comprimido de Aspirina, obterá uma ação, mas, se tomar 10 comprimidos,
certamente terá uma intoxicação.

Excipiente – substância que dá volume à fórmula na forma de pó de pasta.

Veículo – substância que dá volume à fórmula, na forma líquida.

Homeopatia – cura pelo semelhante.

Alopatia – cura pelo contrário.

Uso interno – se destina a ser utilizado no interior do organismo, por via bucal ou pelas cavidades
naturais, como via retal, nasal, etc. Por ex: comprimido antigripal, anti-hiperertensivo.

Uso externo – aplicação na superfície do corpo ou em mucosas acessíveis ao organismo. Por ex:
creme para assaduras, solução anti-séptica.
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Antibióticos e Antimicrobianos

As primeiras noções sobre antibióticos nos foram dadas por Alexander Fleming em 1928,
quando ele descobriu que um produto do fungo Penicilium tinha o poder de combater doenças
causadas por microorganismos. Os antibióticos são substâncias que inibem o crescimento ou matam
esses agentes. Antibióticos BACTERIOSTÁTICOS são os que determinam inibição do crescimento
bacteriano, e BACTERICIDA são aqueles capazes de causar a morte das bactérias. Quando a sua
produção é originária de outro microrganismo, são chamados de ANTIBIÓTICOS, e quando são
sintetizados, são denominados de QUIMIOTERÁPICOS. O termo ANTIMICROBIANO abrange todas
as drogas com atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral e antiparasitária.

Fatores que influenciam na escolha do antibiótico a ser utilizado no paciente

 Identificação do agente infeccioso;


 Determinação da sensibilidade do microorganismo isolado;
 Fatores relacionados ao hospedeiro: histórico prévio de reação adversa a antimicrobianos,
idade, anormalidades genéticas ou metabólicas, gravidez e lactação, função renal e hepática
e local da infecção.

Grupos de Antimicrobianos

Antibióticos Betalactâmicos
Todos os betalactâmicos atuam inibindo a síntese da parede celular bacteriana, ligando-
se às proteínas ligadoras de penicilinas (PBP= penicilin-binding-proteins) existentes na membrana
celular.

A - PENICILINAS: Em geral têm pouca absorção oral por serem sensíveis à ação ácida do
estômago. Os níveis sangüíneos são rapidamente atingidos e a sua distribuição é boa em todos os
tecidos e fluídos orgânicos. No líquor, cérebro, próstata e olhos, os níveis terapêuticos só são
atingidos quando ocorre inflamação nestes órgãos. A principal via de excreção é a renal, e a meia-
vida em geral é curta, apenas a penicilina G procaína e a benzatina são as que apresentam maior
vida média e por isso podem ser administradas em intervalos grandes (12/12h para a penicilina G
procaina e 7/15 dias para a benzatina). As penicilinas têm ampla utilização clínica, podendo ser
utilizadas no tratamento de meningites, otites, sinusites, pneumonias, infecções intestinais, urinárias,
de pele e partes moles, endocardites, osteomielites, etc.. A incidência de efeitos adversos é baixa e
são considerados antibióticos seguros. As reações mais comuns são as alérgicas, que ocorrem em
0,7 a 4% dos pacientes tratados. Com menor freqüência pode ocorrer a anafilaxia (0,004% a
0,019%). Outros eventos tóxicos são sintomas gastrointestinais, depressão da medula óssea,
hepatite, convulsões e reações nos locais de injeção intramuscular.
Exemplos: Amoxacilina - Amoxil, Clavulin. Ampicilina - Binotal, Ampicilina, Amplacilina. Oxacilina -
Staficilin. Penicilina benzatina - Benzetacil, Longacilin. Penicilina procaína - Wycillin, Despacilina.
Penicilina V - Pen-V-Oral. Penicilina G cristalina.

B - CEFALOSPORINAS: É estruturalmente relacionado às penicilinas, sendo o seu núcleo básico o


ácido 7- aminocefalosporâmico. São obtidas de culturas de Cephalosporinium acremonium, e a partir
daí podem ser semi-sintetizadas. São tidas como antibióticos de médio espectro, agindo tanto em
cocos Gram-positivos (estafilococos, meningococos, e estreptococos) como em bacilos Gram-
negativos (Eschericia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis e algumas cepas de Enterobacter
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aerogenes). Não possuem ação contra Pseudomonas aeruginosas, Proteus indol-positivos, Serratia
e Enterobacter clocae. Reserva-se o uso das cefalosporinas às seguintes situações: Infecções
estafilocócicas, endocardite por Streptococcus viridans, infecções por pneumococos ou
estreptococos do grupo A, infecções por Klebsiella e infecções urinárias. As cefalosporinas são
classificadas em gerações:
 Primeira Geração: Cefalexina (Keflex), cefadroxil (Cefamox), cefalotina (Keflin) e cefazofina
(Kefazol). Indicadas no tratamento de infecções leves a moderadas de pele e tecidos moles,
vias aéreas superiores e inferiores, infecções urinárias , otites e como profilaxia de cirurgias
limpas como as ortopédicas, cardíacas e neurológicas.
 Segunda Geração: Cefaclor (Ceclor), cefuroxima (Zinacef) e cefoxitina (Mefoxin). Engloba as
indicações das cefalosporinas de primeira geração e, em especial, quando há suspeita de
infecção por Gram-negativo sensível, principalmente Haemophilus influenzae. A cefoxitina é
indicada na profilaxia de cirurgias intra-abdominais e ginecológicas, assim como no
tratamento de infecções nesses locais.
 Terceira Geração: Cefotaxima (Claforan), ceftriaxona (Rocefin), ceftazidima (Fortaz) e
cefoperazona (Cefobid). Constituem medicação de primeira escolha no tratamento de
meningites bacterianas e nas infecções graves de qualquer localização anatômica ou nas
infecções sistêmicas (sepse). A ceftazidima (Fortaz) possui ação contra Pseudomonas
aeruginosas.
 Quarta Geração: Cetepima (Maxcef). Possui espectro de ação superior às demais,
ampliando a sua ação contra bactérias Gram-positivas e alguns anaeróbios. As
cefalosporinas são em geral bem toleradas, onde as reações adversas podem ocorrer com
reações alérgicas de hipersensibilidade

C - OUTROS BETALACTÂMICOS
 lmipenem (Tienam).
 Aztreonam (Azactam): uso restrito a bactérias Gram-negativas, incluindo Pseudomonas
aeruginosas neissérias e haemófilos.

Antibióticos Aminiglicosídeos
São antibióticos com estrutura química complexa, derivados de espécies diversas de
Streptomyces sp e Micromonospora sp. Seu espectro antimicrobiano é restrito aos bacilos Gram-
negativos aeróbios, incluindo Pseudomonas aeruginosas. São ativos também contra Staphylococos
áureus e Mycobacterium tuberculosis. O mecanismo de ação é a INIBIÇAO DA SINTESE
PROTEICA. São BACTERICIDAS. Os seus efeitos adversos incluem: NEFROTOXICIDADE,
OTOTOXICIDADE E BLOCUEIO NEUROMUSCULAR. Reações alérgicas são raras. Exemplos:
Amicacina, Gentamicina (Garamicina), Neomicina, Kanamicina, Tobramicina, Netilmicina,
Estreptomicina.

Antibióticos Quinolonas
Exemplo é a norfloxacina (Floxacin). Antibiótico que pode ser utilizado no tratamento de
infecções no sistema urinário e gastrointestinal. Outro exemplo é a ciprofloxacina (Cipro) que
apresenta boa concentração em outros tecidos como pulmões, ossos, próstata, líquor, humor
aquoso, além dos sistemas gastrointestinal e urinário.

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Cloranfenicol
Apresenta amplo espectro de ação, agindo contra espiroquetas, riquétsias, clamídias,
microplasma e bactérias G+, - e anaeróbios. Pode desencadear Anemia Plasmática. Age inibindo a
síntese protéica bacteriana e é considerado BACTERIOSTATICO para a maioria dos
microorganismos. Não deve ser usado nos recém-nascidos pela possibilidade de ocorrência da
síndrome cinzenta do recém-nascido: distensão abdominal, vômitos, flacidez, cianose e choque.

Clindamicina
Age inibindo a síntese protéica. Possui ação antiparasitária contra Pneumocystis carinii,
Toxoplasma gondii, Plasmodium falciparum e Babésia sp. Pode ser utilizada por via oral,
intramuscular e intravenosa. É muito utilizada no tratamento de anaeróbios, como no caso dos
abcessos.

Metronidazol (FIagyI)
É um quimioterápico com ação antiparasitária (Giardia lamlia, Entamoeba histolytica,
Entamoeba coli, Tricomonas sp e Balantidium coli) e que age também contra bactérias anaeróbias.
Age induzindo a formação intracelular de radicais livres, produzindo lesão de DNA e
macromoléculas. É indicado no tratamento de amebíase, giardíase, vaginite por Gardnerella
vaginalis, diarréia por Clostridium difficile, úlcera péptica e medicação alterna tiva no tétano.

Glicopeptídeos
Entre seus representantes destacamos a VANCOMICINA e a TEICOPLANINA. Sua
administração se dá exclusivamente por via parenteral, intravenosa para a vancomicina e
intravenosa ou intramuscular para a teicoplanina. A excreção é renal, devendo-se corrigir a sua dose
nos quadros de insuficiência renal. São antibióticos OTOTÓXICOS. São indicados nas seguintes
situações: estafilococcias por germes resistentes à oxacilina e cefalosporinas (meningites e
endocardites); estreptocoacias por germes resistentes à penicilina; colite pseudomembranosa e
pacientes alérgicos aos betalactâmicos.

Sulfas e Trimetoprim
As suIfas são quimioterápicos bacteriostáticos que agem inibindo a síntese do ácido
didrofólico, mas quando em associação com o trimetoprim tornam-se bactericidas (exemplo de nome
comercial: Bactrim). As principais indicações são: infecções no trato urinário como cistites,
pielonefrites, prostatites e profilaxia para ITU; infecções respiratórias como sinusite, otite, bronquite
crônica, pneumocistose; infecções gastrointestinais com salmonelose, shigelose e outras diarréias.

Macrolídeos
Antibióticos bacteriostáticos, que inibem a síntese protéica bacteriana. Incluem-se neste
grupo: Eritromicina ( Eritromicina, Ilosone), Roxitromicina, Claritromicina e Azitromicina.( Zitromax).
Indicados no tratamento de pneumonia atípica por Microplasma pneumoniae, infecções por
Legionella sp, Coqueluche, Cancro mole (H.Ducreyi).
Tetraciclinas
São BACTERIOSTÁTICOS que inibem a síntese protéica. A absorção oral é melhorada
com sua administração em jejum. A adição de leite, antiácidos e compostos de ferro diminui sua
absorção. Não devem ser administradas em gestantes por determinar infiltração gordurosa no fígado
e nas crianças podem se fixar nos dentes levando a coloração acinzentada ou marrom e hipoplasia.
O seu uso é indicado nas riquetsioses (febre maculosa, tifo murino, febre Q), nas infecções por
Microplasma pneumoniae, por Clamydia (doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo).

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Rifamicinas
Droga de escolha no tratamento da Tuberculose, Lepra e Profilaxia da Meningite
Meningocócica e por Haemophilus. (Rifampicina).

Polimicinas
Polimixina B e E (colistina). São bactericidas, não são absorvidas por via oral, sendo
utilizadas como componentes de produtos de uso tópico devido à sua baixa absorção pelas mucosas
(infecções de ouvido, olhos e pele).

Anti-sépticos Urinários
Exemplo: NITROFURANTOÍNA. Possui ação bactericida. Atua sobre os principais
agentes causadores de infecções urinárias. Usada apenas para profilaxia de TU.

Cuidados de Enfermagem em relação aos antimicrobianos

1. Conferir a data de validade cuidadosamente antes do preparo do medicamento.


2. Questionar previamente o paciente quanto a reações alérgicas aos antibióticos.
3. Observar e orientar o paciente quanto a possíveis efeitos indesejáveis, como erupções na
pele, dificuldades respiratórias e outros sintomas.
4. Colocar etiquetas em prontuários bem visíveis no caso de relato de processos alérgicos aos
antibióticos.
5. Orientar o paciente a tomar a dose exata, a fim de prevenir o desenvolvimento de bactérias
resistentes.
6. Uso de técnicas e assepsia rigorosas quanto ao preparo e administração.
7. Muitos antibióticos são irritantes, portanto devem ser administrados profundamente quando
forem utilizados por via intramuscular.
8. Fazer controle de temperatura, pois o término da febre é sinal utilizado para conferir a eficácia
do medicamento.
9. Saber reconhecer os efeitos colaterais dos antibióticos.
10. Manter o paciente em boas condições de higiene e o ambiente agradável, para providenciar o
bem-estar geral do doente e sua breve recuperação.
11. Zelar pela boa nutrição, oferecendo ou orientando sobre o que lhe é permitido comer.
12. Controlar sinais vitais para prevenir choque anafilático.
13. Diluir os antibióticos conforme prescrição médica, orientação do laboratório, ou rotina do
serviço de enfermagem.
14. Controlar rigorosamente a dose a ser administrada e o horário correto.
15. Comunicar à chefia de enfermagem ou ao médico alterações possíveis e fazer anotações de
enfermagem em prontuário.
16. Controlar gotejamento quando administrado em soro ou utilizar bomba de infusão. Se for
diretamente da seringa, fazê-lo lentamente.

DROGAS ANTIVIRAIS

Introdução
Os vírus são agentes infecciosos constituídos por partículas de composição química
relativamente simples e de pequenas dimensões. São formados por um núcleo ou genoma, que
corresponde a material genético representado por ácido ribonucléico (RNA) ou por ácido
desoxirribonucléico (DNA), e por uma cápsula protéica, responsável pela proteção do núcleo e a
especificidade antigênica.
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Mecanismo de ação e classificação das drogas antivirais
 Drogas que interferem sobre a entrada do vírus na célula do hospedeiro: amantadina.
 Drogas que inibem a replicação do genoma viral: idoxuridina, citarabina e ribaverina.
 Drogas que inibem a síntese de proteínas virais: metisazona e rifampicina.

Interferon: O fenômeno da interferência inibitória, já conhecido há alguns anos, caracteriza-se pelo


fato de que, quando um vírus está se replicando num sistema constituído de células vivas, sua
presença não permite a multiplicação de outro tipo de vírus, especialmente se as duas infecções
transcorrerem no mesmo período de tempo. Entretanto, protege apenas as células do órgão ou
tecido em que teve origem.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA CARDIO VASCULAR

Síndromes coronárias agudas


As síndromes clínicas coronárias agudas, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Angina
Instável (AI) ou mesmo a morte súbita, surgem da ruptura patológica da placa de ateroma. Uma
fissura na capa fibrosa da placa permite que o sangue atinja a camada íntima e se misture com
potentes agregantes plaquetários, tais como colesterol cristalino, ácidos graxos e colágeno. O trombo
é então formado dentro da própria placa, aumentando a obstrução luminal.

Terapêutica das Síndromes Coronárias Agudas


 Aumentar a oferta de O2 e diminuir seu consumo através de: NITRATOS, BLOQUEADORES
DOS CANAIS DE CÁLCIO E BETABLOCUEADORES ADRENÉRGICOS.
 Anticoagulantes e antiagregantes plaquetários: HEPARINA, ÁCIDO ACETILSALICILICO.
 Agentes trombolíticos: ESTREPTOQUINASE E ATIVADOR TECIDUAL DO
PLASMINOGÊNIO.

Nitratos: Proporcionam uma fonte exógena de Óxido nítrico, que é um fator de relaxamento derivado
do endotélio. Eles atuam em 3 pontos: vasodilatação coronária direta; redução da pré-carga
ventricular, pela intensa ação venodilatadora sistémica; redução da pós-carga ventricular pela
vasodilatação arterial periférica. Vias de administração: endovenosa, oral, transdérmica e sublingual.

1- Nitroglicerina: Tridil (EV), Nitradisc (TD).


2- Dinitrato de isossorbida: lsordil (SL, VO).
3- Propatilnitrato: Sustrate (VO).
4- Mononitrato de isossorbida: Monocordil (EV, VO).

Bloqueadores dos Canais de Cálcio: Bloqueiam o influxo de cálcio através dos canais lentos da
membrana das células do miocárdio contrátil, das células do sistema excitocondutor e da
musculatura lisa vascular. Desta forma, atuam causando depressão da contração ventricular,
diminuindo a freqüência cardíaca e promovendo vasodilatação coronária e sistêmica. Principais
drogas:

1- Nifedipina (Adalat).
2- Verapamil (Dilacoron).
3- Diltiazem ( Balcor, Cardizem).
4- Anlodipina (Norvasc, Pressat, Tensodin).

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Não devem ser utilizados no IAM transmural, isto é, aquele onde a falta de irrigação sanguínea
acomete toda a espessura do miocárdio, pois trabalhos de literatura têm evidenciado um aumento da
mortalidade com estas drogas na fase aguda do infarto.

BetaBloqueadores Adrenérgicos: São compostos que agem bloqueando os receptores


betaadrenérgicos, tanto ao nível do coração (receptor B1) quanto sistêmico(receptores B2). Ao nível
cardíaco, levam à redução da contratilidade miocárdica e da freqüência cardíaca, reduzindo também
a tensão parietal da cavidade ventricular esquerda. Os seus principais efeitos colaterais são:
bradicardia, lCC, broncoconstrição, agravamento de IVP e mascarar a reação hipoglicêmica,
restringindo seu uso em diabéticos descompensados. Principais drogas:

1- Atenolol (Atenol): VO
2- Metoprolol (Seloken): VO, EV
3- Propranolol (Propranolo VO

Anticoagulantes: A anticoagulação tem 4 objetivos: prevenir a formação da trombose venosa


profunda e, conseqüentemente, evitar a embolização pulmonar; impedir a formação de trombos
murais na parede do ventrículo esquerdo, evitando a embolização sistêmica; prevenir a progressão
do trombo intracoronário; prevenção de reinfartos. A principal representante deste grupo é a
HEPARINA (EV ou SC).

Antiagregantes Plaquetários: O emprego destes fármacos fundamenta-se na prevenção de


reoclusões coronárias; inibir o espasmo coronário e prevenir a extensão da área de necrose.
Principal fármaco: ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS).

Agentes Trombolíticos: O uso destes agentes no tratamento do IAM, reduziu a mortalidade


hospitalar de 20 a 30%, tornando-se rotineiro no tratamento destes episódios isquêmicos agudos. Os
fármacos disponíveis até o momento no Brasil são a Estreptoquinase (SK) e o r-TPA (ativador
tecidual do plasminogênio).

Estreptoquinase (SK): É uma enzima bacteriana obtida a partir de proteína do estreptococo.


Caracteriza-se por possuir ação lítica sistêmica. Liga-se ao plasminogênio circulante e forma um
complexo ativo que cinde o plasminogênio circulante e é ligado ao trombo transformando-o em
plasmina. A plasmina por sua vez liga a rede de fibrina que dá sustentação ao trombo, produzindo a
sua dissolução. Por ser derivada de uma proteína estranha é capaz de desencadear reações
alérgicas.

Ativador tecidual do plasminogênio: Obtido através de engenharia genética pela técnica


recombinante (r TPA). Considerado um ativador LOCAL do plasminogênio (ao nível do trombo):

Indicações e contra-indicações dos agentes trombolíticos

 Indicações: IAM transmurais nas primeiras 12 horas de evolução.


 Contra-indicações: Hemorragia ativapresente, suspeita de dissecção aórtica, reanimação
cardio-pulmonar recente, TCE, gravidez, reação alérgica a SK, HAS severa, AVC recente,
trauma ou cirurgia há menos de duas semanas.
 Complicações: hemorrágicas (AVC, HDA); hipotensão arterial; reações alérgicas.

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MANEJO TERAPÊUTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Definição de Hipertensão Arterial Sistêmica


A definição de HAS normalmente se baseia na pressão arterial diastólica (PAD), mas os
níveis sistólicos estão intimamente relacionados com os riscos maiore de coronariopatias e doenças
cérebro - vasculares. Desta forma podemos definir HAS como a ocorrência de níveis tensionais
médios persistentemente acima de 140/ 90 mmHg em adultos. Aqueles com PAD abaixo de 90
mmHg, mas com PA sistólica (PAS) acima de 160 mmHg, são definidos como portadores de
hipertensão sistólica isolada.

Tipos de HAS
 HIPERTENSÃO PRIMÁRIA: Aquela para que não encontramos causa detectável.
Corresponde à 95% dos adultos hipertensos de 18 a 65 anos.
 HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA: Doença parenquimatosa renal (3 a 4%), Hipertensão
renovascular (0,5 a 1%), Hiperfunção da Adrenal (0,1 a 0,3%) - Feocromocitoma; Síndrome
de Cushing; Aldosteronismo Primário.

Tratamento medicamentoso
Diuréticos: Induzem inicialmente a natriurese, que reduz o volume sangüíneo e o seu
uso contínuo leva a uma redução da resistência vascular periférica, que é a principal razão do efeito
anti-hipertensivo. A maioria dos pacientes apresentará uma redução de 10 mmHg na pressão
arterial. Tipos:
 Tiazídicos: clortalidona (Higroton).
 De alça: furosemida (Lasix), ácido etacrínico (Edecrin), bumetamida (Burinax).
 Poupadores de potássio: espironalactona (Aldactone), amilorida (Moduretic), triantereno
(Diurana).
 Osmóticos: Manitol.

Efeitos colaterais: depleção de potássio, hiperuricemia, hiperglicemia, hipomagnesemia.


A Terapia com diuréticos promove: menor reabsorção renal de Na e Mg > hipomagnesemia
> natriurese e diurese> hiponatremia e hipocalemia;
diminuição do volume plasmático > menor débito cardíaco;
> estimula aldosterona > secreção renal de cálcio > hipocalcemia > maior tolerância à glicose
(hiperglicemia) e hipercolesterolemia;
> menor fluxo rena! > diminui taxa de filtração glomeruiar;
> aumenta reabsorção proximal de ácido úrico> depuração de ácido úrico > hiperuricemia > gota.

Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA):


Proporcionam excelente ação anti-hipertensiva, sendo indicados hoje em dia para todos
os graus de HAS: leve, moderada ou severa.

Modo de ação: Quando temos uma queda do fluxo plasmático (desidratação, hemorragia,
extravasamento para terceiro espaço, queimaduras, etc.) o rim produz Renina que transforma o
Angiotensinogênio em Angiotensina I. A conversão do pró-hormônio angiotensina I inativo (AI) em
angiotensina II vasoconstritor potente (AII) é obtida através de uma ECA disponível no organismo.
Desta forma quando bloqueamos a ECA não se produz AlI e assim não teremos vasoconstrição e
portanto elevação da PA.

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Drogas disponíveis no mercado: Captopril (Capoten), Enalapril (Renitec, Eupressin, Vasopril),
Lisinopril (Prinivil), Ramipril (Triatec), etc.

Efeitos colaterais: tosse seca, hipotensão , retenção de potássio, exantemas, perda do paladar.
Possuem uma ação de proteção renal para os pacientes diabéticos, restabelecendo as
cargas negativas da membrana basal do glomérulo diminuindo assim a proteinúria e retardando com
isso o surgimento da nefropatia diabética.

Bloqueadores dos canais de cálcio: Diminuem a pressão arterial reduzindo a entrada de cálcio nas
células musculares lisas dos vasos sangüíneos. A diminuição do cálcio intracelular reduz o tônus e a
contratilidade vascular, diminuindo assim a resistência periférica e a PA..

Drogas mais utilizadas: Nifedipina (Adalat), Diltiazem (Balcor, Cardizem), Anlodipina (Norvasc,
Pressat), Verapamil (Di!acoron).

Efeitos colaterais: náuseas, cefaléia, hipotensão postural, edema de tornozelos, bradicardia,


depressão do miocárdio.

Betabloqueadores: Constituem o segundo maior grupo de agentes hipotensores ficando atrás


apenas para os diuréticos. Eles diminuem a PA reduzindo o débito cardíaco, inibindo a liberação de
refina, reduzindo a liberação de noradrenalína dos neurônios e diminuindo a atividade vasomotora
central. Principais medicamentos: Propranolol, Atenolol, Metoprolol, Carvedilol.

Efeitos colaterais: bradicardia, bloqueios átrio - ventriculares, broncoespasmos, alteram a tolerância


à glicose, hipertrigliceridemia, fadiga, queda da taxa de filtração glomerular renal.

Simpatolíticos: São aqueles agentes que promovem diminuição da pressão arterial por diminuírem
o refluxo simpático destinado à musculatura lisa dos vasos sangüíneos e ao coração. São
classificados em simpatolíticos de ação central ou periférica (alfabloqueadores), na dependência de
seu local de ação no sistema nervoso.

Alfabloqueadores: O bloqueio dos receptores alfa pós - sinápticos localizados nas células do
músculo liso vascular, inibe a fixação das catecolaminas por parte das células do músculo liso,
diminuindo assim a vasoconstrição e provocando vasodilatação periférica. Exemplo: Frazosina.
Agonistas centrais: Atuam como agonistas dos receptores alfa 2, principalmente em centros
vasomotores no interior do cérebro, diminuindo o fluxo simpático ao nível do SNC e desta forma
reduzindo a resistência vascular periférica com queda da PA. Exemplo: Metildopa (Aldomet).

Escolha do primeiro medicamento: O tratamento farmacológico se impõe quando as medidas não


farmacológicas não são suficientes para controlar a PA. Drogas de primeira escolha são diuréticos,
beta-bloqueadores, IECA e bloqueadores dos canais de cálcio. Como regra geral devemos tentar o
controle pressórico através de monoterapia, reservando associações quando com doses maiores não
se consegue o efeito desejado.

Pacientes especiais
 Idade avançada: > 65 anos. Neste grupo devemos combater a retenção de sódio, desta
forma respondem bem aos diuréticos. Como segunda opção temos os bloqueadores dos
canais de cálcio que também possuem bom efeito nesta faixa etária.

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 Raça Negra: possuem menor resposta terapêutica aos betabloqueadores e aos lECA. Por
isso damos preferência aos diuréticos, simpatolíticos e aos bloqueadores dos canais de
cálcio.
 Diabéticos: damos preferência aos lECA ou bloqueadores do canal de cálcio.
 Dislipêmicos: devemos tomar cuidado com os diuréticos e os betabloqueadores que podem
aumentar os níveis de colesterol. Damos preferência aos lECA.
 Pacientes obesos: diuréticos e betabloqueadores não são uma boa opção por aumentarem
a resistência à insulina.
 Pacientes asmáticos: lECA e bloqueadores dos canais de cálcio são opções visto que os
betabloqueadores podem desencadear crises de broncoespasmo.
 Grávidas com HAS: Como os níveis pressóricos são menores na gravidez, o encontro de
uma PA diastólica maior ou igual a 90 mmHg já faz o diagnóstico de HAS. Os agentes mais
indicados são a alfametildopa, betabloqueadores e hidralazina. Antagonistas do cálcio só
após a 12ª semana de gestação e os inibidores de enzima conversora não devem ser
utilizados por serem teratogênicos. Os diuréticos são usados nos casos com sinais de
congestão.

Cuidados de Enfermagem com medicamentos que atuam no sistema cardiovascular

1. Monitorar o pulso do paciente antes de cada dose de medicamento. Se o pulso for inferir a 60
bpm, informar o médico antes de se administrar digitálicos e betabloqueadores.

2. O aumento do volume urinário geralmente é visto como sinal de melhora quando este está
sendo tratado de insuficiência cardíaca congestiva.

3. Observar formação e/ou diminuição de edemas.

4. Efetuar controles de ingestão hídrica nos casos de insuficiência cardíaca congestiva,


conforme recomendação médica.

5. Promover decúbito de Fowley, nos casos de dispnéia.

6. Instruir sobre dieta com pouco sal afim de minimizar a retenção hídrica.

7. Observar e controlar efeitos tóxicos do digital, comunicando à chefia de enfermagem e/ou


médico: anorexia, náuseas, vômitos, visão turva, etc..

8. Comunicar a presença de ritmo cardíaco irregular.

9. Controle da pressão arterial.

10. Controle rigoroso do gotejamento do soro.

11. Orientar o paciente a permanecer sentado por alguns minutos antes de se levantar após
períodos prolongados de decúbito dorsal, para evitar hipotensão postural.

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DROGAS QUE ATUAM NO APARELHO RESPIRATÓRIO

Broncodilatadores= As drogas broncodilatadoras mais usadas pertencem a três grupos


fundamentais: aminas simpatomiméticas predominantemente betaestimulantes, parasimpatolíticos,
relaxantes da musculatura lisa do grupo das xantinas e corticoesteróides.

Aminas simpatomiméticas: São drogas betaagonistas estimulando a formação de AMPc.


Medicamentos como adrenalina, isoproterenol, efedrina, fenoterol (BEROTEC), salbutamol
(AEROLIN) e terbutalina (BRICANYL) atuam nos receptores betaadrenérgicos da musculatura lisa
brônquica, causando aumento do AMPc intracelular e assim brocodilatação. São empregadas por via
oral, parenteral, sub-cutânea ou por inalação. São mais efetivas quando administradas por via
inalatória. Entre seus efeitos colaterais mais importantes que limitam o seu uso são os tremores,
taquicardia, arritmias cardíacas e hipocalemia.

Agentes parassimpatolíticos: Destacamos o sulfato de atropina e o brometo de ipratrópio


(ATROVENT, DUOVENT). Agem impedindo a ação do receptor alfa da musculatura lisa da árvore
brônquica diminuindo a liberação de GMPc que iria promover a liberação de agentes
broncoconstritores. São indicados principalmente para os pacientes com bronquite crônica. Devem
ser usados com cautela nos doentes com GLAUCOMA e HIPERTROFIA PROSTÁTICA.

Xantinas: Destacamos a teofilina e o seu derivado a aminofilina.


Corticóides: Reduzem a reação inflamatória nas paredes brônquicas. São broncodilatadores
potentes, de ação geralmente rápida. Entre seus efeitos adversos mais freqüentes destacamos:
hiperglicemia, hipocalemia, retenção de sódio e água, miopatias, comprometimento do sistema auto-
imune e desordens psiquiátricas. Podem ser dados por via inalatória, endovenosa e via oral. Em
situações de emergência (broncoespasmo agudo e severo usamos a hidrocortisona
(FLEBOCORTID, SOLUCORTEF 100-200 mg EV cada 4 horas, seguindo-se o uso oral de
prednisolona (DELTACORTRIL) ou prednisona (METICORTEN), nas doses de 20 a 60 mg. Após a
injeção de corticóide, o efeito máximo pode levar entre 4 a 8 horas.

Antitussígenos: A produção de muco e sua mobilização pelos cílios e reflexos como da tosse e
espirro atuam na limpeza constante do ar inspirado. A tosse é um reflexo fisiológico que protege os
pulmões eliminando secreções exageradas ou irritantes. Suprimimos a tosse somente quando esta
for excessiva e improdutíva, causando debilidade ao doente, perturbando o sono ou a alimentação.

São classificados em NARCÓTICOS e NAO-NARCÓTICOS.

Narcóticos: Codeina (Belacodid), Hidrocodona, Etilmorfina, Hidromorfona, Morfina. Com o efeito


antitussígeno associa-se a sedação e analgesia.

Não-narcóticos: Noscarpina (Euphon), Dextrometorfano (Silencium).

Expectorantes e Mucolíticos
 Iodeto de potássio: Promove aumento nas secreções salivares, nasal, lacrimal e
traqueobrônquica, tornando-as mais fluídas.
 Guaiacolato de Glicerila (Guaiasil, Toplexil).
 Cloreto de amônia: aumenta a secreção e fluidez através de irritação da mucosa.
 N-Acetilcisteína (Fluimucil): altera a composição do muco diminuindo sua viscosidade.

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Cuidados de Enfermagem com as drogas que atuam sobre o aparelho respiratório

1. Estimular a ingestão adequada de fluídos durante O tratamento das infecções


respiratórias, afim de liquefazer o muco e ajudar na sua eliminação.
2. Orientar que, em alguns casos, a tosse é benéfica para a eliminação das secreções
respiratórias e que os antitussígenos somente são prescritos caso a tosse seja excessiva
ou não-produtiva.
3. Para acalmar a tosse obtém-se maior conforto quando o paciente é colocado sentado.
4. Não misturar medicamentos com codeína ou drogas semelhantes com anti-histamínicos,
pois pode ocorrer um aumento da sedação do paciente.
5. Não administrar altos níveis de oxigênio para pacientes com patologias respiratórias
crônicas graves, como enfisema e fibrose cística, pois nestes casos a respiração é
estimulada pelos níveis de gás carbônico.
6. Monitorar níveis de saturação de oxigênio.
7. Observar e controlar o aparecimento de cianose.
8. Monitorar freqüência cardíaca durante a administração de medicamentos que provoquem
taquicardia, como a teofilina.
9. Promover ambiente tranqüilo e aliviar ansiedades.
10. Fazer aplicação EV lentamente.

DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO

Introdução
A classificação farmacológica das drogas que atuam sobre o sistema nervoso central
(SNC) baseia-se nos efeitos de cada medicamento sobre a expressão motora do indivíduo. Por
exemplo, qualquer droga que promova aumento da atividade motora por ação central será
classificada genericamente como “estimulante”. Desta forma torna-se muito confuso o estudo dos
medicamentos por classes, assim abordaremos o assunto por enfermidades, dando ênfase a
terapêutica.

Convulsões e Epilepsia: Estima-se que existam no mundo cerca de 50 milhões de pacientes com
epilepsia. Com os medicamentos disponíveis até o presente, somente é possível o controle de pouco
mais de 50% destes doentes. As epilepsias se caracterizam por alterações crônicas na função
neuronal decorrente de anormalidades da atividade elétrica cerebral. A disfunção neurológica na sua
fase aguda é chamada de crise epiléptica, a qual pode se manifestar através de distúrbios motores
(convulsão) ou através de alterações sensitivas, emocionais ou cognitivas. As manifestações da
convulsão refletem a função da área envolvida, e muitas formas de epilepsias podem incluir
distúrbios da consciência, movimentos involuntários, de comportamento ou manifestações
autonômicas, sensoriais ou psíquicas. Uma única convulsão generalizada pode ocorrer em
indivíduos normais em reação ao estresse, privação do sono, efeito do álcool, drogas ou traumatismo
crânio-encefálico. Processos infecciosos, tóxicos ou metabólicos também podem originar crises
convulsivas. Na maioria dos pacientes epilépticos a anormalidade funcional se localiza no córtex
cerebral, incluindo o córtex límbico. É de grande importância diferenciarmos crises focais de
generalizadas, pois as focais podem representar uma causa curável como infeccções e neoplasias, e
o medicamento anticonvulsivante é escolhido pelo tipo de manifestação. Para crises parciais e
convulsões generalizadas utilizamos fármacos como: carbamazepina (TEGRETOL), fenitoína
(EPELIN HIDANTAL), fenobarbital (GARDENAL), ácido valproíco (DEFAKENE) e primidona
49
(PRIMIDONA). Para crises de ausência usamos o ácido vaiproico e para mioclonias, clonazepan
(RIVOTRIL).

Epilepsia e gravidez: A mulher epiléptica fértil e com vida sexual ativa, que faz uso de anovulatórios
e de anticonvulsivantes, pode apresentar uma interação medicamentosa com maior metabolização
dos hormônios da pílula e conseqüentemente perda da eficácia contraceptiva. Crianças de mães
epilépticas possuem maior risco de prematuridade, baixo peso, hipóxia, hemorragias e mal
formações congênitas. Uma síndrome fetal pela fenitoína é conhecida, determinando fenda palatina,
lábio leporino, defeitos cardíacos, hipoplasia digital e displasia ungueal. O ácido valproíco pode
causar espinha bífida. Os níveis de ácido fálico são inversamente proporcionais aos da fenitoína,
assim devemos prescrevê-los durante a gestação destas mulheres. Além disso a fenitoína e o
fenobarbital podem causar uma deficiência transitória dos fatores de coagulação dos recém-nascidos
das mulheres que fizeram o uso destes fármacos, sendo necessário também o uso de vitamina K. A
amamentação materna pode ser feita normalmente.

Estado de mal epiléptico: Ocorre quando uma crise dura mais que 30 minutos ou ocorrem crises
intermitentes persistindo por mais de 30 minutos sem recuperação da consciência. A causa mais
comum é a parada brusca da medicação anticonvulsiva, anóxia, hipotensão, alcoolismo, infecções,
tumores e hemorragias cerebrais. O tratamento é feito com benzodiazepínicos EV (DIENPAX,
DIAZEPAN, VALIUM), podendo-se em alguns casos associar fenitoína. Nos casos rebeldes ao
tratamento acima precisamos utilizar anestesia geral com halotano e/ou thinembutal.

Distúrbios Vasculares
A doença vascular cerebral é a terceira causa de morte depois das doenças
cardiovasculares e das neoplasias. Pode ser causada por vários processos patológicos, como
aterosclerose, inflamação, trombose, embolia ou ruptura de um vaso no espaço subaracnóide ou no
parênquima cerebral.

Isquemia cerebral transitória (TIA): Caracterizada por déficit neurológico focal devido à isquemia
cerebral que persiste por períodos inferiores à 24 horas. Os episódios são decorrentes
principalmente de doença aterosclerótica dos vasos extracranianos do pescoço. O tratamento se faz
com o uso de anticoagulantes como heparifla (HEPARINA) EV, SC ou oral tipo warfarin (MAREVAN)
ou feneprocumona (MARCOUMAR); ácido acetilsalicílico (AAS, ASPIRINA); dipiridamol
(PERSANTIN) ou ticlopidina (TICLID). Além disso devemos evitar o tabagismo, controlar o diabetes,
HAS e a dislipidemia. A cirurgia de tromboembolectomia das artérias carótidas se faz quando houver
estenoses >70% de obstrução da luz arterial.

Acidente vascular cerebral (AVC): Caracterizado por um déficit neurológico focal que persiste por
mais de 24 horas, em conseqüência de hemorragia ou infarto isquêmico. A maioria dos infartos
cerebrais são devidos à doença vascular aterosclerótica ou embolia arteriaI. O tratamento é
inespecífico devendo-se manter os parâmetros vitais dos pacientes como controle da PA, hidratação
e ventilação adequadas. Após confirmação diagnóstica com tomografia computadorizada, se o
acidente é do tipo isquêmico ou hemorrágico é que podemos tomar algumas providências como:
anticoagulantes e/ou antiagregantes plaquetários no caso de ser isquêmico e o uso de nimodipina
(NIMOTOP, OXYGEN) VO ou EV para prevenir vasoespasmo cerebral.
O uso de corticoesteróides se faz na presença de edema cerebral confirmado como
ocorrem nos casos de tumores cerebrais e/ou traumatismos crânio-encefálicos.

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Anestésicos Gerais
Anestesia significa ausência de sensibilidade. É classificada em dois grupos: anestesia
geral e a parcial. A anestesia geral se refere a um estado de depressão do sistema nervoso central,
ocorrendo inconsciência e a ausência de outros tipos de sensibilidade. Já a anestesia parcial
preserva a integridade da consciência. A anestesia pode ser aplicada pelas vias endovenosa ou
pulmonar, através de inalação.

Anestesia por via venosa: destacamos o uso dos:

HIPNÓTICOS = drogas capazes de induzir ao sono fisiológico, e em altas doses levam a ausência
de toda a sensibilidade. Exemplos: Barbitúricos como o pentobarbital (NEMBUTAL),
Benzodiazepínicos como flurazepan (DALMADORM), Alcool, como o álcool, etílico, hidrato de cloral
e o Thiopental (THIONEMBUTAL). Possuem a tendência de se acumular nos lípides. Induzem ao
sono pela capacidade de bloquear o sistema reticular ativador ascendente, no tronco cerebral.
Promovem depressão do sistema respiratório, diminuem o débito cardíaco e aumentam a resistência
vascular periférica. Possuem a tendência de estimular a secreção do hormônio antidiurético,
diminuindo assim a diurese.

HIPNOANALGÉSICOS = Promovem analgesia e induzem ao sono profundo. Exemplos: Morfina,


Petidina (DOLANTINA), Fentanil (INOVAL).

NEUROLÉPTICOS = São capazes de induzir ao sono, provocar indiferença psiquíca e


hipomotilidade. Possuem a vantagem de produzirem vasodilatação periférica, esta bilidade
cardiocirculatória e são antieméticos. Exemplo: clorpromazina (AMPLICTIL).

ANSIOLÍTICOS = São sedativos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes. Possuem ação sobre o


sistema límbico, diminuindo assim a agressividade. São capazes de produzir depressão respiratória
quando administrados rapidamente por via endovenosa. Exemplo: diazepínicos como diazepa.n
(DIENPAX, VALIUM).

Anestesia por via inalatória: São capazes de produzir o mais diferente grau de depressão do SNC,
desde o sono superficial até o óbito (devido a apnéia e à depressão miocárdica). Exemplos:
Halotano, Éter, Metoxiflurano. Enflurano, Clorofórmio.

Cuidados de Enfermagem com as drogas que atuam sobre o Sistema Nervoso

1. Os estimulantes do sistema nervoso central geralmente são administrados no início do dia,


urna vez que eles podem interferir com o padrão do sono do paciente. Eles podem agravar
outras patologias, tais como a hipertensão arterial, as doenças cardio vasculares e o
hipertireoidismo. O aumento da pressão sangüínea ou do ritmo cardíaco geralmente são seus
efeitos mais indesejáveis. Podem causar dependência (hábito) e não devem ser utilizados
para aliviar a fadiga normal ou induzir a insônia indevida.
2. Os agentes pré-anestésicos administrados para promover sedação ajudam no sucesso da
indução pelos anestésicos gerais. O objetivo é o de acalmar o paciente.
3. A enfermagem deve orientar sobre as ações da medicação pré-anestésica.
4. Os anestésicos locais podem ter como efeito colateral a estimulação do SNC e a irritabilidade.
Em alguns casos, a estimulação pode ser grave o bastante para causar convulsões.
5. Os hipnóticos são administrados para produzir um sono relaxante em ambientes não
familiares, tais como os hospitais.
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6. Podem ser observadas ressacas ou sedação continuada no dia seguinte da medicação
hipnótica. As pessoas mais idosas são mais susceptíveis à sedação destas drogas e podem
precisar de hipnóticos de curta ação.
7. Quando for prescrito ao paciente um sedativo ou um hipnótico, deve-se utilizar grades de
proteção na cama para prevenir acidentes. O paciente deve ser instruído para não sair da
cama sem assistência, após a administração destes medicamentos.

8. Quando os analgésicos forem prescritos, a equipe de enfermagem deve administrar a


medicação dentro do tempo prescrito.
9. Cuidados especiais:
a) Guardar as ampolas vazias, para serem devolvidas à farmácia, juntamente com a
receita afim de serem substituídas.

b) Observação constante do paciente devido ao risco de quedas, diminuição do pulso e


da respiração.

c) Observação do nível de consciência e das pupilas.

d) Controlar sinais vitais.

e) Anotar efeitos colaterais e alterações presentes.

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO DIGESTIVO

Conceitos e classificação: As funções do aparelho digestivo podem ser modificadas de 3 maneiras:


1) alterando em quantidade ou qualidade as secreções,
2) alterando a motilidade das estruturas,
3) administrando substâncias que substituem as secreções.

Secreção salivar: A saliva possui papel importante na articulação da fala, no mecanismo da sede e
função protetora e digestiva. Os componentes da saliva são: sódio, potássio, bicarbonato, cloreto,
proteínas, glicoproteínas e amilase. A amílase é uma proteína catalítica que inicia a digestão do
amido. O SNA parassimpático promove aumento do fluxo salivar mas é pobre em material orgânico
enquanto o SNA simpatico produz saliva rica em constituintes orgânicos.
 Sialorréla = é o aumento da produção de saliva.
 Sialosquese = é a redução da produção de saliva.
As drogas que atuam sobre a secreção salivar são classificadas em:

Sialagogas: Aumentam a produção salivar. Exemplos: compostos organofosforados, noradrenalina,


substâncias amargas e ácidas.

Anti-sialagogas: Reduzem a produção salivar. Exemplos: atropina, escopolamiona. Usadas em


medicações pré-anestésicas e nas intoxicações exógenas por inseticidas.

Secreção gástrica: O suco gástrico é formado por ácido clorídrico, muco, enzimas como pepsina,
lipase, urease e eletrólitos como cloreto, fosfato, sódio, potássio, cálcio efator intrínseco.

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Antiácidos: São agentes destinados a neutralizar e remover o excesso de acidez do conteúdo
gástrico. Devem ser administrados em quantidade suficiente para elevar o pH do conteúdo gástrico
acima de 4.
São classificados em SISTÊMICOS e NÃO SISTÊMICOS.
Os não sistémicos são aqueles cujo componente catiônico forma compostos alcalinos
praticamente não absorvidos pelo intestino.
Exemplos: Carbonato de cálcio (CaCO3): CaCO3 + 2HCL > CaCI2 + H2O + CO2. O CaCI2 formam
precipitados no intestino que são eliminados pelas fezes, sendo assim
OBSTIPANTES.
Hidróxido de magnésio: MgCO3 (leite de magnésia) > provoca DIARREIA.
Hidróxido de alumínio (ALDROX) > OBSTIPANTE.
Os sistêmicos alteram o pH do fluído extracelular produzindo alcalose. Exemplo:
bicarbonato de sódio > circulação sangüínea > eliminado pelos rins.

Anti-histamínicos: bloqueadores dos receptores H2, os quais antagonizam seletivamente a ação da


histamina na secreção gástrica. Exemplos: cimetidina (TAGAMET) e ranitidina (ANTAK).

Inibidores da Bomba Protônica: OMEPRAZOL (LOSEC/ VICTRIX).

Drogas que atuam na motilidade intestinal

Peristalse:
estimulantes = neostigmina (usada na atonia intestinal). antiespasmódicos hioscina (BUSCOPAN) e
atropina (ATROVERAN).

Eméticos: drogas ou recursos que iniciam o reflexo do vômito. O vômito é um ato reflexo que resulta
na expulsão do conteúdo gástrico, precedido por uma sensação de náuseas e intensa secreção de
saliva; simultaneamente ocorrem palidez, suores frios e alterações da respiração. O refluxo pode ter
origem em diversas regiões do corpo, provocado por estimulação mecânica do glossofaríngeo,
irritação do estômago, distensão abdominal ou compressão de vísceras.
Uso clínico: envenenamento agudo.
Exemplos: Mostarda, Apomorfina, água morna, estímulo da úvula.

Antieméticos: Drogas ou recursos eficazes contra o vômito. Mecanismo: por depressão do centro
do vômito. Exemplos: Metoclopramida (EUCIL, PLASIL): que também acelera o esvaziamento
gastroduodenal. Piridoxifla (VITAMINA B6): indicada na gravidez e em crises labirínticas.
Dimenidrinato (DRAMIN).
Outros mecanismos: através de gelo picado, alimentação fria e xilocaína por diminuírem
a sensibilidade da mucosa ao reflexo.

Catárticos: São drogas que auxiliam o trânsito do conteúdo intestinal, facilitando a evacuação.
Conforme provoquem eliminação de fezes normais ou liqüefeitas são classificados em : LAXATIVOS:
eliminam fezes normais; PURGANTES: eliminam fezes líquidas.
Podem também ser subdivididos em:
Formadores de massa: Plantas ou gomas naturais indigeríveis. Exemplo: ágar.
Emolientes: lubrificam as fezes. Ex: odioctil sulfossuccinato sódico = Humectol.
Diacetoxidifenil piridil metano = Dulcolax.
Óleo de oliva e semente de algodão.
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Osmóticos: retém água na luz intestinal aumentando o volume do bolo fecal. Ex: magnésio = sulfato
de magnésio: Leite de Magnésio.
Estimulantes: estimulam diretamente a motilidade do intestino. Ex: cáscara sagrada (Rhamnus
purshiana e Rhamnus fragula); óleo de rícino (Ricinus communis) = Laxol e fenolftaleína = Agarol.
Constipantes: São antidiarréicos. Retardam o trânsito intestinal diminuindo o conteúdo hídrico do
intestino. Podem ser classificados como depressores da motilidade, protetores e adstringentes.
Depressores da motilidade: atropina (Atroveran), metil homatropina (Novatropina), elixir paregórico,
difenoxilato (Lomotil) e loperamida (lmosec).
Protetores: impedem a ação nociva de substâncias irritantes e das bactérias causadoras de
doenças diarréicas. Ex: carvão ativado e pectina.
Adstringentes: Favorecem o processo de digestão. Exemplos: COLERÉTICOS: estimulam a
secreção da bile facilitando a emulsificação de gorduras e a absorção de vitaminas lipossolúveis (A,
D, E e K). Exemplo: ácido cólico.

COLAGOGOS estimulam o esvaziamento da vesícula biliar, não aumentando sua secreção.


Exemplo: colecistoquinina, gema do ovo, creme de leite e sulfato de magnésio.

Cuidados de Enfermagem com medicamentos que atuam no Aparelho Digestivo


1. Os antiácidos interferem com a absorção de muitas drogas, particularmente os antibióticos. O
tempo ideal para a administração de um antiácido é de 2 horas depois de uma refeição,
quando ocorre o rebote ácido. Eles devem ser administrados isoladamente, em tempo
diferente de outra droga que estiver prescrita.
2. As drogas líquidas devem ser agitadas antes da administração VO.
3. Observar alívio dos sintomas como dor epigástrica e distensão abdominal.
4. O paciente deve ser encorajado a adotar uma dieta leve, sem frituras e temperos, nem
bebidas que contenham álcool ou cafeína.
5. Observar efeitos como obstipação ou diarréia.
6. Observar efeitos colaterais dos antieméticos como boca seca, visão turva e retenção urinária.
Eles devem ser administrados quando lM em grandes grupos musculares pois são muito
irritantes para os tecidos.
7. Devem ser evitadas administração concomitante de antieméticos e outras drogas
depressoras do SN como álcool, sedativos e hipnóticos, devido a potencialização de seus
efeitos colaterais.
8. Os laxativos são recomendados em casos de alterações do sistema intestinal em decorrência
da inatividade e o repouso no leito dos pacientes hospitalizados.
9. Os laxativos devem ser administrados na hora de dormir afim de promoverem seus efeitos
pela manhã seguinte.
10. As preparações antidiarréicas que contêm elixir paregórico ou análogos podem causar
dependência.

OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

Adição
Ao somar decimais, as vírgulas são colocadas uma em baixo da outra.
Exemplo: 3,032 + 4,32 + 0,3
3,032
4,32
0,3 +
7,652
54
Subtração
Ao subtrair decimais, as vírgulas são colocadas uma em baixo da outra.
Exemplo: 6,231 – 5,35
6,231
5,35 -
0,881

Multiplicação
Neste caso as vírgulas não precisam ficar embaixo uma das outras. O importante é a resposta.
Precisa-se somar as casas decimais a (D) do multiplicador e do multiplicando. Desconte a partir da
(D), o total das casas para colocar a vírgula na resposta.
Exemplo: 2,363 x 0,31
2,363 = multiplicando
x 0,31 = multiplicador
2363
7089 +
0,73253
Divisão
Tanto o divisor como o dividendo devem ser transformados em números inteiros. Para isso, há
necessidade de deslocar a vírgula tantas casas para a (D) quantas forem necessárias. O número de
casa a ser deslocado para o divisor, deve ser o mesmo para o dividendo.
Exemplo: 36,23 ÷ 2,3
36,23 2,30
1323 15,75
1730
1200
50

SISTEMAS DE MEDIDAS

O sistema métrico decimal utilizado em hospitais para cálculos de dosagem tem como
unidade básica o litro, o grama e o metro.
• Metro (m) - unidade de comprimento.
• Litro (1) - unidade básica de volume ou capacidade (medida para líquidos).
• Grama (g) - unidade básica de peso (medida seca).
Para designar os submúltiplos das unidades, utilizam-se os seguintes prefixos:
Unidades mais utilizadas em dosagem de medicação:
peso g (grama)
mg (miligrama)
volume l (litro)
ml (mililitro)
Obs: ml = cc = cm³

55
Conversão de medidas
• Para transformar: miligrama em grama e mililitro em litro = dividir por 1000.
• Para transformar: grama em miligramas e litro em mililitro = multiplicar por 1000.
Exemplo
64mg 64 : 1000 = 0,064g
0,5 litros = 500 ml

2 litros = 2000 ml
0,25g = 250 mg

Padronizações
cp / comp = Comprimido
gts = gotas
mgts = microgotas

1 gota = 3 microgotas
1 mI =20 gotas
1 colher de sopa = 1 med = 15 ml
1 colher de sobremesa = 10 ml
1 colher de chá = 5 ml
1 colher de café = 2,5 ml
1 copo = 200 ml

Exercícios
1) Quantos mg há em 5,75 g?

2) Quantos ml há em 7 l?

3) Quantos ml há em 3/4 de l?

4) Quantos mg há em 4,25 g?

5) Quantos gramas há em 10.000 mg?

6) Quantos mg há em 20 g?

7) Quantos g há em 500 mg?

1- Calcule quantas gramas de soluto há em 10% de 500 ml.


Resposta: 50 g

2- Calcule quantas gramas de soluto há em 5% de 50 ml.


Resposta: 2,5 g

3- Calcule quantas gramas de soluto há em 25% de 20 ml.


Resposta: 5 g

56
4-Calcule quantas gramas de soluto há em 50% de 20 ml.
Resposta: 10 g

5- Calcule quantas gramas de soluto há em 5% de 10 ml.


Resposta: 0,5 g

6- Calcule quantas gramas de soluto há em 15% de 150 ml.


Resposta: 22,5 g

7- Calcule quantas gramas de soluto há em 10% de 1000 ml.


Resposta: 100 g

8- Calcule quantas gramas de soluto há em 0,9% de 250 ml.


Resposta: 2,25 g

9- Calcule quantas mg tem em 1 ml de Efortil a 0,75%.


Resposta: 0,0075 mg

10-Calcule quantas mg tem em 1 ml de Aminofilina a 2,4%.


Resposta: 24 mg

11- Calcule quantas mg tem em 1 ml de Gardenal a 4%.


Resposta: 40 mg

12- Calcule quantas mg tem em 5 mi de Gamaglobulina a 16%.


Resposta: 800 mg

13-Calcule quantas mg tem em 100 ml de Glicerina a 25%.


Resposta: 25000 mg

14- Calcule quantas mg tem em 1 ml de Argirol a 1%.


Resposta: 10 mg

15- Calcule quantas mg tem em 1 ml de Nitrato de Prata a 2%.


Resposta: 20 mg

16- Calcule quantas mg tem em 5 ml de Aspartane a 4%.


Resposta: 200 mg

17-Calcule quantas mg tem em 1 ml de Tiavendazol a 25%.


Resposta: 0,25mg

18- Calcule quantas mg tem em 1 ml de Neozine a 10%.


Resposta: 0,1 mg

19- Quanto é: 305,25 + 1,005 + 0,05?


Resposta: 306,305

57
20- Quanto é: 0,01 + 0,015 + 1,012?
Resposta: 1,037

21- Quanto é: 900,0 - 2,075?


Resposta: 897,925

22- Quanto é: 35 -3,15 -0,72?


Resposta: 31,13

23- Quanto é: 65,00 x 10?


Resposta: 650

24- Quanto é: 250,5 x 0,75?


Resposta: 187,875

25- Quanto é: 75,080 x 0,41 ?


Resposta: 30,7828

26- Quanto é: 134,78 : 1,6?


Resposta: 84,2375

27- Quanto é: 0,6 : 9?


Resposta: 0,066

28- Quanto é: 0,25 : 9?


Resposta: 0,027

29- Quanto é: 0,0192 ÷ 0,0024?


Resposta: 8

CÁLCULOS DE DOSAGENS DE MEDICAMENTOS

Dosagem: É a quantidade da droga, prescrita pelo médico, que deve ser dada ao
paciente.
A dosagem dos medicamentos pode ser expressa em unidade de peso (G ou Mg) em
unidades internacionais (UL ou U) ou ainda em unidade de volume (Cm ou ML).
Nem sempre a dosagem prescrita pelo médico é a dosagem disponível na unidade,
sendo então necessário fazer cálculos. Para verificar a dose disponível devemos ler e seguir
atentamente as indicações do fabricante. Esta orientação geralmente está impressa no rótulo do
frasco-ampola, ampolas ou frascos. Podem estar também contidas na bula do medicamento.
A dose de um medicamento líquido acondicionado em frascos é geralmente receitada em
medidas caseiras, por exemplo, uma colher de chá, uma colher de sopa.
Para cálculo de dosagens é importante que o sistema métrico esteja bem compreendido.

58
Medidas caseiras
Colher de sopa 15 ml
Colher de sobremesa 10 ml
Colher de chá 5 ml
Colher de café 2,5 ml
1 ml 20 gotas

Para calcularmos a quantidade de medicamento a ser administrada ao paciente,


utilizamos:
• Regra de três
• Utilização de fórmula

Fórmula: quantidade desejada = concentração desejada x quantidade disponível


(Concentração Disponível).
Exemplo
Prescrição médica pede 750 mg de quemicetina. Temos frasco de 1g. Vou diluir em 4 ml. Quantos ml
vou diluir.

a) Pela regra de três:


1g = l000mg

1000mg 4ml
750mg x
x. l000mg = 750 ml x 4ml = 3000
l000mg 1000
x = 3 ml

Portanto: vou aspirar na seringa 3 ml de solução que irá ter a quantidade de 750 mg de quemicetina.

b) Utilizando a fórmula:
Quantidade desejada = concentração desejada X quantidade disponível (concentração disponível)
Qt. desejada = 750 mg x 4 ml = 3000
1000
1000
Qt. Desejada = 3 ml

Exercícios propostos

1) Prescrição médica: Dar 125 mg de Binotal suspensão de 8 em 8 horas.


Sabendo-se que uma colher de sobremesa tem 10 ml. Temos frasco de 250 mg por 5 ml. Quantos ml
do medicamento vou administrar?

2) A prescrição médica dizia: Dar 0,75 g de Persantin.


Sabendo-se que cada comprimido tem 125 mg, quanto do remédio darei ao paciente?

3) Prescrição médica: 125 mg de amicacina. Temos frasco de 500 mg, diluir em 4 ml de água
destilada, quantos ml vou administrar?

59
4) Aplicar 250 mg de um medicamento. Temos frasco de 2 g, diluído em 4 ml de água destilada.
Quantos ml vou aspirar?

5) Prescrição: 1000 mg. temos frascos de 1 g. Em quantos ml vou diluir e quanto vou administrar?

6) Prescrição: 750 mg. Temos frasco de 1 g, diluído e 4 cc de A. D, quantos cm³ vou tirar para dar
750 mg?

7) Prescrição: 500 mg. Temos frascos de 2 g. Se diluir em 4 cc, quantos cc vou tirar para dar 500
mg?

8) Cada drágea de quemicetina tem 250 mg. Sabendo-se que o médico prescreveu 750 mg, quantas
drágeas devemos dar?
9) A prescrição pede 750 de Binotal. Temos frascos de 500 mg. Como devo proceder?

10) O rátulo de uma embalagem hospitalar de aspirina indica que cada comprimido tem 0,5 g; o
médico receitou 250 mg. O que você dará ao paciente?

11) Cada comprimido de uma determinada droga tem 125 mg. Tenho que dar 0,5 g. Quantos
comprimidos darei?

12) Um vidro de uma determinada droga líquida tem 5.000.000 UL em 100 ml. Sabendo-se que a
prescrição pede 250.000 UL, quantos ml da droga darei ao paciente?

13) Sabendo-se que 1 ml tem 20 gotas, quantas gotas tem em 250 ml; 500 ml e 1000 ml?

14) Administrar 200 U de Heparina EV usando frasco de 5 ml com 25.000 U. Quanto aspirar na
seringa?

15) Prescrição médica 0,2 ml adrenalina SC. Quantas unidades aspiro na seringa de insulina de
escala de 100?

16) Prescrição é de 100 mg de aminofilina EV diluída no soro. Tenho ampolas de 10 ml com 240 mg.
Quantos ml aspiro na seringa?

17) Prescrição médica é de 2 mg de Decadron IM de 12/12h. Frasco de 2,5 ml com 10 mg ou 4


mg/ml. Quantos ml aspiro na seringa?

18) Prescrição médica é de 1 5 mg de Decadron EU de 12/12h. Frasco de 2,5 ml com 10 mg ou 4


mg/ml. Quantos ml aspiro na seringa?

19) Prescrição médica é de 400.000 U de Penicilina cristalina EV. Frasco-ampola de 1.000.000 U.


Quantos ml aspiro na seringa?

20) Prescrição médica é de 3.000.000 U de Penicilina cristalina EV. Frasco-ampola de 5.000.000 U.


quantos ml aspiro na seringa?

21) Prescrição médica é de 60 mg de Flebocortid EV. Temos frasco-ampola de 500 mg, com diluente
de 5 ml. Quantos ml aspiro na seringa?
60
22) Prescrição médica é de 70 mg de Novamin IM. Temos frasco-ampola de 250 mg com 2 ml.
Quantos ml aspiro na seringa?

23) Prescrição médica é de 350 mg Amicacina IM. Temos frasco-ampola de 500 mg de 2 ml.
Quantos ml aspiro na seringa?

24) O médico prescreveu para Patricia, Aminofitina 120 mg EV. Temos no posto de enfermagem
ampolas contendo 10 ml a 0,24 g. Como proceder?
Resposta: 5 ml

25) O médico prescreveu para Suzete, Aspirina 125 mg VO. Temos no posto de enfermagem
comprimidos contendo 500 mg cada, diluir em 10 ml de água destilada. Como proceder?
Resposta: 2,5 ml

26) O médico prescreveu para lzolina, Bactrin 1/2 comprimido VO. Temos no posto de enfermagem 1
comprimido, diluir em 10 ml de água destilada. Como proceder? Resposta: 5 ml

27) O médico prescreveu para Maneta, Binotal 300 mg VO. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 0,25g/5ml. Como proceder?
Resposta: 6 ml

28) O médico prescreveu para Marinalva, Binotal 250 mg VO. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 25Dm g/5ml. Como proceder?
Resposta: 5ml

29) O médico prescreveu para Marcos, Berotec 1,25 mg VO. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 2,5 mg/5m Como proceder?
Resposta: 2,5 ml

30) O médico prescreveu para ivo, Claforan 2 g EV. Temos no posto de enfermagem frasco contendo
1 g. Como proceder?
Resposta: 20 ml

31) O médico prescreveu para Joselita, Benzetacil 400000 u lM. Temos no posto de enfermagem
frasco contendo 1 200 000 u/4ml e diluente de 10 ml. Como proceder?
Resposta: 1,3 mi

32) O médico prescreveu para Ricardo, Decadron 1 mg EV. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 2,5 ml, sendo que 4mg/ml. Como proceder?
Resposta: 0,25 ml

33) O médico prescreveu para Ruth, Diabenese B6 1/2 amp lM. Temos no posto de enfermagem
ampola de 1 ml. Como proceder?
Resposta: 0,5 ml

34) O médico prescreveu para Sonia, Dramin B6 1/2 amp IM. Temos no posto de enfermagem
ampola de 1 ml. Como proceder?
Resposta: 0,5 ml

61
35) O médico prescreveu para Vitória, Flebocortid 200 rng EV. Temos no posto de enfermagem
frasco contendo 250 mg e diluente de 5 ml, Como proceder?
Resposta: 2 ml

36)O médico prescreveu para Eliza, Garamicina 120 mg IM. Temos no posto de enfermagem
ampolas contendo 160mg/2ml. Como proceder?
Resposta: 1,5 ml.

37) O médico prescreveu para Vera, Garamicina 70 mg IM . Temos no posto de enfermagem


ampolas contendo 80mg/2ml. Como proceder?
Resposta: 1,75 ml ou aproximadamente 1,8 ml

38) O médico prescreveu para Daniela, Gardenal 2 mg VO. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 20 ml de solução 1 mg/gota.
Resposta: 2 gotas

39)O médico prescreveu para Luciene, Heparina 7500 u EV. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 5000/ml. Como proceder?
Resposta: 1,5 ml

40) O médico prescreveu para Tatiane, Hidantal 100 mg EV. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 250mg/5ml. Como proceder?
Resposta: 2 ml

41)O médico prescreveu para Alexandre, Liquemine 7500 u EV. Temos no posto de enfermagem
frasco contendo 5000 u/ml. Como proceder?
Resposta: 1,5 ml

42) O médico prescreveu para Juraci, Novamin 50 mg EV Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 0,5g/2ml. Como proceder?
Resposta: 0,2 ml ou 20 u na seringa de insulina

43) O médico prescreveu para Magali, Neozine 1 mg VO/gotas. Temos no posto de enfermagem
frasco contendo 0,25 mg/gota. Como proceder?
Resposta: 4 gotas

44) O médico prescreveu para Heloísa, Novamin 20 mg EV . Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 500 mg/2m e diluente de 8 ml de água destilada. Como
proceder?
Resposta: 0,4 ml

45) O médico prescreveu para Sandra, Penicilina Cristalina 4 000 000 u EV . Temos no posto de
enfermagem frasco contendo 5 000 000 u diluídos em 8 ml de água destilada. Como proceder?
Resposta: 8 ml

46) O médico prescreveu para Sandra, Penicilina Cristalina 1 000 000 u EV. Temos no posto de
enfermagem frasco contendo 5 000 000 u diluídos em 8 ml de água destilada . Como proceder?
Resposta: 2 ml

62
47) O médico prescreveu para Sandra, Penicilina Cristalina 200 000 u EV. Temos no posto de
enfermagem frasco contendo 5 000 000 u diluídos em 8 ml de água destilada. Como proceder?
Resposta: 0,4 ml ou 40 u na seringa de 1 ml

48) O médico prescreveu para Sandra, Quemicetina 300 mg EV. Temos no posto de enfermagem
frasco contendo 1 g diluídos em 10 ml de água destilada. Como proceder?
Resposta: 3ml

49) O médico prescreveu para Suzana, Wycillin 100 000 u IM. Temos no posto de enfermagem
frasco contendo 400 000u/2ml. Como proceder?
Resposta: 0,5 ml

50) O médico prescreveu para Suzana, Wycillin 75000 u IM. Temos no posto de enfermagem frasco
contendo 400 000u/2ml. Como proceder?
Resposta: 0,37 ml aproximadamente 0,4 ml ou 40 u na seringa de 1 ml.

CÁLCULO DE GOTEJAMENTO DE SORO

A prescrição médica geralmente indica o volume de soro que um paciente deve receber
em um determina do número de horas. Cabe à enfermagem calcular para que o paciente receba o
volume prescrito no prazo determinado. Para que isso seja possível, devemos calcular quantas gotas
o paciente deve receber por minuto.
(gts/min).

Sabemos que:
1 ml = 20 gotas
1 hora = 60 minutos
1 ml = 3 macrogotas
1 ml = 60 microgotas

Número de gotas por minuto nos é dado pela seguinte fórmula:

Nº gotas/min = volume em ml
horas x 3

Se utilizarmos o equipo de microgotas temos:

Nº microgotas = vol. Total em ml


Nº de horas

Tipos de cálculos

1) Foi prescrito SG a 5%, 1000 ml para correr em 8 horas. Quantas gotas deverá correr por minuto.
Utilizando a fórmula:

Nº gotas/minuto = volume em ml
Horas x 3

63
Dados:
Volume: 1000 ml
Horas : 8 horas
Gotas/min =?

Gotas/min = 1000
(8x3)

Gotas/min = 1000
24

gotas/min = 41,6
aproximadamente temos: 42 gotas/minuto
Isto significa que para um soro de 1000 ml, gotejando em 8 horas, devemos controlá-lo
para que possa gotejar 42 gotas por minuto.

Exercícios propostos

1) Quantas gotas por minuto deverá correr um soro de 250 ml para terminar em 6 horas?

2) Quantas gotas por minuto deverá correr um soro de 500 ml para terminar em 8 horas?

3) Quantas gotas por minuto deverá correr um soro de 1250 ml para terminar em 24 horas?

4) Quantas gotas por minuto deverá correr um soro de 150 ml para que termine em meia hora?

5) Em quantas horas correrá um soro de 750 ml controlado para correr 25 gotas por minuto?

6) Em quantas horas correrá um soro de 1000 ml cuja prescrição pede 20 gotas por minuto?

7) Em quantas horas correrá um soro de 1000 ml cuja prescrição pede 15 gotas por minuto?

8) SG a 5%, 1000 ml para correr em 8 horas. Qual o número de gotas por minuto?

9) SF a 0,9% - 500 ml correndo 10 gotas por minuto. Quanto tempo levará para correr o frasco todo?

10) Qual o volume de um soro mantido por 12 horas num gotejamento de 8 gotas por minuto?

11)Qual o volume de um soro mantido por 12horas num gotejamento de 30 gotas por minuto?

12) SG a 5% - 200 ml para correr em 12 horas. Qual o número de microgotas por minuto?

13) SG a 5% - 1000 ml em 24 horas. Dê o número de gotas e microgotas.

14) Quanto tempo levará para correr 1500 ml de soro glicofisiológico a 20 gotas por minuto?

15) Quantas gotas e quantas microgotas por minuto de verá correr 100 ml de um soro para que
termine em 20 minutos?

64
16) Foi prescrito 250 ml de soro para correr em 6 horas. Quantas gotas e mgts por minuto?

Cálculos de horas

1- Quantas horas deverão correr os soros abaixo:


500 ml de S.F. 0,9% a 30 gotas/min.
Resposta: 5,5 h

2- 1000 ml de S.F. 0,9% a 40 gotas/min.


Resposta: 8,3 h

3-1000 ml de S.F. 0,9% a28 gotas/min.


Resposta: 11,9 h

4- 500 ml de S.F. 0,9% a 20 gotas/min.


Resposta: 8,3 h

5- 1000 ml de S.F. 0,9% a 30 gotas/min.


Resposta: 11,1 h

6- 500 ml de S.F. 0,9°/à a 15 gotas/min.


Resposta: 11,1 h

7- 1000 ml de S.F. 0,9% a 600 gotas/min.


Resposta: 0,5 h

8-250 ml de S.F. 0,9% a 15 gotas/min.


Resposta: 5,5 h

9-1000 ml de S.F. 0,9% a 100 gotas/min.


Resposta: 3,3 h

10- 500 ml de S.F. 0,9% a 50 gotas/min.


Resposta: 3,3 h

Cálculo para gotejamento de soro

12- Calcule o gotejamento de soro em gotas por minuto e em ml/h. 1000 ml em 24h
Resposta: 14 g/mim e 41 mI/h.

13- 1000 ml em 12h


Resposta: 28 g/mim e 83 ml/h.

14- 1000 ml em 08 h
Resposta: 42 g/mim e 125 mI/h.

65
15- 1000 ml em 06 h
Resposta: 55 g/mim e 166 ml/h.

16- 1000 ml em 02 h
Resposta: 166 g/mirn e 500 mI/h.

17- 500 ml em 24 h
Resposta: 7 g/mim e 21 ml.

18- 500 ml em 12h


Resposta: 14 g/mim e 41 ml/h.

19- 500 ml em 08 h
Resposta: 21 g/mim e 62 ml/h.

20- 500 ml em 06 h
Resposta: 28 g/mim e 83 ml/h.

TRANSFORMAÇÃO DE SOLUÇÕES

Noções elementares

SOLUÇÃO = É uma mistura homogênea composta de 2 partes (soluto e solvente) distintas.

SOLUTO = É a substância a ser dissolvida.

SOLVENTE = É o líquido no qual o soluto será dissolvido.

Resistência de uma Solução (osmolaridade): Significa a quantidade de soluto numa porção


definida de solvente. De acordo com a osmolaridade, as soluções podem ser classificadas em:
• isotônicas
• hipertônicas
• hipotônicas

Concentração das Soluções: Pode ser expressa em termos de porcentagem, peso ou volume do
ingrediente ativo (soluto). Podem ser expressas em:

 porcentagem.
Exemplo: 5% - significa que em cada 100 partes do solvente, há 5 partes do soluto.
 quantidade definida.
Exemplo : 40 U por cm
 proporção.
Exemplo: 1: 10 — significa que em cada 10 partes do solvente há 1 parte do soluto.

Soluções mais usadas: Geralmente chamadas de soro, para uso parenteral, mais comumente
encontradas são:

 Solução glicosada ou soro glicosado.


Exemplo 2: SG a 5%, 10%, 25% e 50%

66
 Solução de cloreto de sódio ou soro fisiológico.
Exemplo 3: SF a 0,9%
 Solução de glicose e cloreto de sódio ou soro glicofisiológico ou soro misto.
Solução de Ringer com ou sem lactato.

Usaremos para transformação de soluções a regra de três e tomaremos como padrão o


frasco de 500 ml de soro.
a) Transformação de SG isotônico em hipertônico.
Exemplo 1: Temos 500 ml de soro SG a 5%, e a prescrição foi de 500 ml a 10%.

1º Passo: verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5%:


l00mI 5g x = 500 x 5 = 25g
500 ml x 100
500 ml de SG a 5% contêm 25g de glicose.

2º Passo: verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto de glicose há no frasco a 10%.
100mI 10g x = 500 x 10 = 50g
500 ml x 100
500 ml de SG a 10% contêm 50 g de glicose.

3º Passo: encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de glicose hipertônica.


Temos 25g e a prescrição foi de 50g, isto é, 50g do 2º passo - 25g do 1º Passo = 25g

4º Passo: Temos ampolas de glicose de 20 ml a 50%.


100ml 50g x = 20 x 50 = 10g
2Oml x 100

Logo, cada ampola de 20ml de glicose a 50% contém 10g de glicose.


Se a diferença é de 25g, portanto, temos,
20ml 10g x = 20 x 25 = 50ml
x 25g 10

Então colocaremos 50ml de glicose a 50%, ou seja, 2 ½ ampolas de 20 ml no frasco de


500 ml a 5%. Ficaremos com 550 ml e 50 g de glicose.
Obs: Em alguns casos, temos necessidade de transformar um soro a 5% em 15% ou 10% em 20%.
Quando a diferença de concentração é superior a 5% temos de adicionar maior quantidade de
glicose hipertônica, o que não é possível, pois o frasco não tem capacidade para tanto.
Teremos que retirar certa quantidade (geralmente 100 ml), antes de colocarmos a glicose
hipertônica, e em seguida suprir toda a falta, incluindo a parte que foi retirada.

Exemplo 2: Temos 500 ml de SG a 5% e precisamos transformá-lo em SG a 15%.

1º Passo: 100 ml 5g x = 500 x 5 = 25g


500 ml x 100
500 ml de SG a 5% contém 25g de glicose.

2º Passo: 100 mI 15g x = 500 x 15 = 75g


500ml x 100
500 ml de SG a 15% contém 75g de glicose.
67
3º Passo: A diferença é de 50g (75 - 25)

4º Passo: Temos ampolas de glicose de 20 ml a 50%


100 ml 50g x = 20 x 50 = 10g
20 ml x 100

Cada ampola de 20 ml a 50% contém 10g de glicose.


Se uma ampola de 20 ml a 50% contém 10g de glicose.
Em quantos ml teremos 50g. ?
20 ml 10g 50 x 20
x 50g 10
Deveríamos colocar 100 ml de glicose a 50%, como isto não é possível, teremos que
retirar 100 ml de soro a 5%.

5º Passo: 500 ml (a 5%) — 100 ml = 400 ml = 20g de glicose.

6º Passo: Para suprir esta falta, colocaremos mais ½ ampola de 20 ml de glicose a 50% que
fornecerá 5g de glicose.

Resultado final
400 ml de SG a 5% = 20g de glicose
110 ml de glicose a 50% = 55g de glicose
510 ml (total) = 75g, ou seja, 510 ml de soro a 15%.

Exemplo 3
Transforme S.F. 0,9% 1000 ml em S.G.F. 1000 ml. Temos ampolas de glicose 50% 20 ml e ampolas
de NaCI 20% com 10 ml.

1º Passo:
Decobrir quantas gramas de NaCI tem no S.F. 0,9%.
0,9
100
R = Temos 9 g de Sódio no S.F. 0,9% 1000 ml.

2º Passo:
Descobrir quantas gramas de glicose deve ter num S.G. 5% 1000 ml.
5
100
R = Temos 50 g de glicose no S.G. 5% 1000 ml

3º Passo:
Descobrir quantas gramas de glicose tem na ampola 50% com 20ml
50
100
R = Temos 10 g de glicose na ampola a 50% contendo 20 ml

68
4º Passo:
S.G.F. (Soro Glico Fisiológico) = S.G. 5% + S.F. 0,9%. Se cada ampola de glicose contém 20 ml 10 g
cada
X 50g
X = 100 ml de glicose
R = Desprezar 100 ml de S.F. 0,9% e acrescentar 100 ml de glicose a 50%.

5º Passo:
Clacular quantas gramas de NaCI se perde ao se desprezar 100 ml de S.F. 0,9%
0,9
100
R = Perde-se 0,9 g de NaCl em 100 ml de S.F. 0,9%

6º Passo:
Calcular quantas gramas tem a ampola de NaCl 2O% 10 ml.
20
100
Se cada ampola tem 2 g 10 ml
X 0,9g
X = 4,5ml
R = Devemos acrescentar + 4,5 ml de NaCI ao S.F. 0,9% devido a perda obtida ao se desprezar 100
ml.

Exercícios Propostos

1) Temos 500 ml de S.F. 0,9%, ampolas de NaC a 20% com 10 ml e a prescrição foi de 500 ml a 2%.
Como proceder?

2) A prescrição médica é de 400 ml de S.G. a 6,5%. Temos na unidade 500 ml de S.G. 5% e


ampolas de glicose a 25% de 10 ml.
Resposta:

3) Temos 500 ml de SF a 0,9%, e a prescrição foi de 500 ml a 2%.

4) A prescrição médica é de 400 ml de SG a 6,5%. Temos na unidade 500 ml de SG 5% e ampolas


de glicose de 25% de 10 ml.

5) A prescrição médica é de SG a 2,5% de 500 ml. Temos frasco de SG a 5% de 500 ml e frasco de


água de 500 ml. Como devo preparar a solução?

6) A prescrição médica é de 300 ml de SG a 15%. Possuo SG a 5% de 500 ml e ampolas de glicose


a 50% com 10 ml. Quantas ampolas devemos acrescentar para obter o soro prescrito?

7) A prescrição médica é de 350 ml de SG a 10%. Possuo SG a 5% de 1000 ml e ampolas de glicose


com 20 ml a 25%. Como devo preparar o soro.

69
8) A prescrição médica é de 250 ml de SG a 20%. Possuo 500 ml de SG a 10% e ampolas de glicose
com 10 ml a 25%. Como devo preparar o soro?

9) A prescrição médica é de 500 ml de SF a 2%. Temos frasco de 500 ml de SF a 0,9%, temos


ampolas de solução de cloreto de sódio de 10 ml a 20%.

10) A prescrição foi de 500 ml de solução glicofisiológica. Temos frasco de 500 ml de SG a 5%, e
ampolas de cloreto de sódio de 10 ml a 20%.

11) A prescrição médica é de S.G. 2,5% de 500 ml. Temos frascos de S.G. 5% de 500 ml. Como
devo preparar a solução?

12) A prescrição médica é de 300 ml de S.G. 15. Possuo S.G. 5% de 500 ml e ampolas de glicose a
50% com 10 ml. Quantas amp. devemos acrescentar para obter o soro prescrito?

13) A prescrição médica é de 350 ml de S.G. 10%. Possuo a 5% de 1000 ml e ampolas de glicose
com 20 ml a 25%. Como devo preparar o soro?

14) A prescrição médica é de 500 m de S.F. 2%. Temos frascos de 500 ml de S.F. a 0,9% e temos
ampolas de NaCl a 20% com 10 ml. Como proceder?

15) A prescrição foi de 500 ml de solução glicofisiológica. Temos frasco de 500 ml de S.G. a 5% e
ampolas de NaCl a 20% com 10 ml. Como proceder?

16) Um S.F. de 1000 ml EV para correr 8 h, foi iniciado a infusão por scalp 23 no MSD do Sr. A.J.L.
do Q. 131. As 8h a funcionária observou que havia 600 ml no frasco. Pergunta-se:
a) O soro está adiantado, atrasado ou no horário?
b) Quantas gotas deverão correr para o soro correr no horário certo?

17) Um S.G. de 500 ml EV para correr 6 h, foi iniciado a infusão por jelco 22 no MSE da Sra. M.A.S.
do Q. 135. As 8h haviam sido infundido 200 ml. Pergunta-se:
a) O soro está adiantado, atrasado ou no horário?
b) Quantas gotas deverão correr para o soro correr no horário certo?

18) Um S.G.F. de 500 ml EV para correr 10 h, foi iniciado a infusão por jelco 16 no MSE da Sra.
R.A.F. do Q 15. Às 8h haviam 300 ml de soro. Pergunta-se:
a) O soro está adiantado, atrasado ou no horário?
b) Quantas gotas deverão correr para o soro correr no horário certo?

19) Um S.F. de 1000 ml EV para correr 6 h, foi iniciado a infusão por scalp 19 no MSE da Sra. R.J.F.
do Q. 58. As 4h haviam 100 ml de soro. Pergunta-se:
a) O soro está adiantado, atrasado ou no horário?
b) Quantas gotas deverão correr para o soro correr no horário certo?

20) Um S.G. de 1000 ml EV para correr 8 h, foi iniciada a infusão por jelco 22 no MSE da Sra.
P.G.F.J. do Q. 65. As 14h haviam sido infundidos 200 ml de soro. Pergunta-se:
a) O soro está adiantado, atrasado ou no horário?
b) Quantas gotas deverão correr para o soro correr no horário certo?

70
KMnO4 = PERMAGANATO DE POTÁSSIO
• Ação = antisséptica, antimicótico e desodorante
• Diluição = 1:10 000 a
1:40 000
• Efeitos colaterais: irritabilidade e em alta concentração é corrosivo
• Obs 1: 40 000 significa 1 g de KmnO4 para cada 40000 ml de água.
• Preparar 1000 ml de KmnO4 a 1: 40 000 com Comprimidos de 100 mg.

1º Passo:
Transformar a grama de solução /
1g l000mg

2º Passo:
1: 40 000 significa 1000 mg para 40 000 ml de água, portanto:
l000 mg 40000 mI
X 1000 ml
X = 25 mg

3º Passo:
1 comprimido 100 mg
X 25 mg
X = 0,25 comprimido
4º Passo: 1
4

Como é difícil cortar o comprimido em 4 partes iguais, devemos preparar a solução em dosagem
correta diluindo em por exemplo 10 ml de água, ficando assim:
100 mg 10 ml
25 mg X
X = 2,5 ml
R = Para formar a solução de KmnO4, devemos colocar 2,5 ml da solução concentrada em 1 litro de
água.

Exercidos Propostos

1) Prescrição médica de 2000 ml de KMNO4 a 1:40.000 Comprimidos de 100 mg.


Quantos devo acrescentar para obter a solução prescrita?

2) Prescrição médica de 1000 ml de KMNO4 a 1:4000. Solução preparada a 5%.


De quantos ml necessito da solução preparada para obter a solução prescrita?

3) Prescrição médica de 2000 ml de KMNO4 a 1:4000. Comprimidos de 100 mg.


Quantos comprimidos devo acrescentar para obter a solução prescrita?

4) Prescrição médica de KMNO4 a 1 :30.000. 1 comprimido de 100 mg.


De quantos ml de H20 necessito para obter a solução prescrita?

71
5) Prescrição médica de 3000 ml de KMNO4 a 1:4.000. Solução preparada a 2%.
De quantos ml necessito da solução preparada para obter a solução prescrita?

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Administrar 200U de Heparifla EV usando frasco de 5ml com 25.000U. Quanto aspirar na seringa?

2) Prescrição médica 400U de Heparína EV. Frasco-ampola 5ml com 25.000U. Diluir com 5ml de HO
destilada. Quantos ml aspiro na seringa.

3) Prescrição médica de 0,5ml de Heparina EV. Frasco-ampola de 5ml com 5.000U/ml. A rediluição
feita em 9ml de AD. Quantas unidades estão sendo administradas?

4) Prescrição médica de 3.500U de Heparina EV. Frasco-ampola de 5ml com 25.000U. Quantos ml
aspiro na seringa?

5) Prescrição médica 3mg de Decadron EV de 24/24hs. Frasco-ampola de 2,5ml com 10mg ou


4mg/ml. Quantos ml aspiro na seringa?

6) Prescrição médica 15mg de Decadron EV de 12/ l2hs. Frasco-ampola com 10mg ou 4mg/ml.
Quantos ml aspiro na seringa?

7) Prescrição médica de 12mg de Decadron EV 6/Shs. Frasco-ampola de 2,5ml com 10mg ou


4mg/ml. Quantos ml aspiro na seringa?

8) Prescrição médica de 3.000.000U de Penicilina Cristalina EV. Frasco-ampola de 5.000.000U.


Quantos ml aspiro na seringa?

9) Prescrição médica de 7.500.000U de Penicilina Cristalina EV. Frasco-ampola de 10.000.000U.


Quantos ml aspiro na seringa?

10) Prescrição médica de 300000U de Penicilina Cristalina EV. Frasco-ampola de 5.000.000U.


Quantos ml aspiro na seringa? Fazer rediluição com 9ml.

11) Prescrição médica de 1.500.000U de Penicilina Cristalina EV. Frasco-ampola de 10.000.000U.


Quantos ml aspiro na seringa? Fazer diluição em 20ml.

12) Prescrição médica de 8.000.000U de Penicilina Cristalina diluída em soro fisiológico em 200 ml
para correr em 30 minutos. Frasco-ampola de 10.000.000U. Quantos ml aspiro para preparar a
solução prescrita? Diluir em 10ml.

13) Prescrição médica de 800.000U lM. Penicilina G Benzatina Frasco-ampola de 600.000 U com 4
ml. Quantos ml aspiro na seringa?

14) Prescrição médica de 300.000U-lM de Penicilina G Benzatina. Frasco-ampola de 1.200.000U de


Benzetacyl com 4ml. Quantos ml aspiro na seringa?

72
15) Prescrição médica de 300.000U-lM de Penicilina G Procaína e Potássica (wycilin, majercilin,
despacilina). Frasco-ampola de 400.000U. Quantos ml aspiro na seringa?

16) Prescrição médica de 125mg de binotal=ampicilina. Frasco-ampola de 0,5g. Quantos ml aspiro


na seringa?

17) Prescrição médica de 700mg de binotal. Frasco-ampola de 500mg. Quantos ml aspiro na seringa
e de quantos frascos necessito?

18) Prescrição médica de 250mg EV de ampicilina. Frasco-ampola de 1g. Quantos ml aspiro na


seringa? Diluir em 4 ml.

19) Prescrição médica de 40mg de Garamicina ou Gentamicina IM. Ampola de 60mg com 1,5ml.
Quantos ml aspiro na seringa?

20) Prescrição médica de 40mg de Garamicina IM. Ampola de 10mg com 1 ml. Quantos ml aspiro na
seringa?

21) Prescrição médica de 15mg de Garamicina lM. Ampola de 20mg com 1 ml. Quantos ml aspiro na
seringa?
22) Prescrição médica de 25mg de Garamiciria IM. Ampolas de 80mg com 2ml. Quantos ml aspiro na
seringa?

23) Prescrição médica de 75mg de Gentamicina IM. Ampola de 160mg com 2ml. Quantos ml aspiro
na seringa?

24) Prescrição médica de 60mg de Garamicina IM. Ampola de 40mg com 1ml. Quantos ml aspiro na
seringa?

25) Prescrição médica de 4mg de Garamicina IM. Ampola de 20mg com 1ml. Quantos ml aspiro na
seringa?

26) Prescrição médica de 0,2 ml de adrenalina SC. Quantas unidades aspiro numa seringa de
insulina de escala de 100 U. Ampola de 1 ml (1:1000).

27) Prescrição médica de 0,1 ml de adrenalina SC. Quantas unidades aspiro na seringa de escala de
100 U. Ampola de 1 ml (1:1000).

28) Prescrição médica de 0,3ml de adrenalina SC. Quantas unidades aspiro na seringa de insulina
de escala de 100U. Ampola de 1mI (1:1000).

29) Prescrição médica de 0,15ml de adrenalina SC. Quantas unidades aspiro na seringa de insulina
de escala de 100 U. Ampola de 1 ml (1:1000).

30) Prescrição médica de 100 mg de Aminofilina EV diluída no soro. Quantos ml aspiro na seringa?
Ampolas 10ml com 240mg.

31) Prescrição médica de 24mg de aminofilina EV. Quantos ml aspiro na seringa. Ampolas de 10ml
com 240mg.
73
32) Prescrição médica de 2mg de aminofilina EV. Quantas mg contêm na quantidade prescrita?
Ampolas de 10 mI com 240mg.

33) Prescrição médica de 60 mg de aminofilina EV. Quantos ml aspiro na seringa? Ampola de 10ml
com 240mg.

34) Prescrição médica de 300mg de Flebocortid ou Solu-Cortef. Frasco de 500mg. Quantos ml aspiro
na seringa?

35) Prescrição médica de 100mg de Flebocortid EV. Frasco de 0,5g. Fazer diluição em 5ml. Quantos
ml aspiro na seringa.

36) Prescrição médica de 750mg de Flebocortid EV. Frasco de 1g. Fazer diluição em 4ml. Quantos
ml aspiro na seringa?

37) Prescrição médica de 60mg de Flebocortid EV. Frasco de 100mg. Fazer diluição em 5ml.
Quantos ml aspiro na seringa?

38) Prescrição médica de 70mg de Amicacina ou Novamin IM. Frasco-ampola de 100mg de 2ml.
Quantos ml aspiro na seringa?

39) Prescrição médica de 100g de Amicacina IM. Frasco-ampola de 250mg de 2ml. Quantos ml
aspiro na seringa?

40) Prescrição médica de 125mg de Amicacina IM. Frasco-ampola de 100mg de 2ml. Quantos ml
aspiro na seringa?

41) Prescrição médica de 350mg de Amicacina IM. Frasco-ampola de 500rng de 2ml. Quantos ml
aspiro na seringa?

42) Prescrição médica de 300ml de SG a 15%. Possuímos SG a 5% e ampolas de glicose a 50%


com 10ml. Quantas ampolas devemos acrescentar para obter o soro prescrito?

43) Prescrição médica de SG a 10% de 350ml. Possuo SG a 5% a l000ml e ampolas de glicose com
20ml de 25%. Como devo preparar o soro?

44) Prescrição médica de SG a 20% de 250ml. Possuo SG a 10% de 500ml e ampolas de glicose
com 10ml de 25%. Como devo preparar o soro?

45) Prescrição médica de SG a 7,5% de 150ml. Possuo SG a 5% de 250ml e ampolas de glicose


com 10ml a 25%. Como devo preparar o soro?

46) Prescrição médica de SG a 3% de 160ml. Possuo SG 10% de 500ml e água destilada em


ampolas de 20ml. Como devo preparar o soro?

47) Quantas gramas de glicose existem numa solução de 1000ml a 5%?

48) Quantas gramas de glicose existem numa solução de 500ml a 5%?

74
49) Quantos ml de água existem numa solução de 10.000ml a 75%?

50) Quantas gramas de NaCI são necessários para preparar 2 litros de uma solução a 5%?

51) Quantas mg há em 4,25g?

52) Quantos ml há em 2 litros?

53) Quantas gramas de Na são necessárias para preparar 250ml de uma solução salina a 1%?

54) Que quantidade de água e sal é necessária para preparar 1000ml de uma solução a 10%?

55) Que quantidade de água deverá ser acrescentada a ½ litro de álcool puro para fazer uma
solução a 40%?

56) Que quantidade de uma solução a 10% é necessária para fazer uma solução a 2%?

57) Quantos gramas de Permanganato de Potássio são necessários para preparar 250 ml numa
solução a 2%?

58) Que quantidade de solução original de álcool a 25% é necessária para preparar 1 litro de solução
a 2%?

59) Que quantidade de solução original de Sulfato de Magnésio a 80% é necessária para preparar
250 ml de uma solução a 20%?

60) Quantos gramas de Hipoclorito de Sódio são necessários para preparar 1 litro de uma solução
salina a 24%?

75

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