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Administração de Medicamentos por Via Oral

Cuidados de Enfermagem

A via oral é um dos tipos de administração de medicamentos por via enteral. Enteral vem do
grego enteron que significa intestino. A via enteral, divide-se em:

Via oral;
Via sublingual;
Via retal.
Vantagens da Via Oral

A administração de medicamentos por via oral apresenta as seguintes vantagens:


Maior segurança – Elevação gradual das concentrações plasmáticas do princípio ativo e
efeitos colaterais mais graduais em comparação com a medicação injetável;
Fácil administração;
Menor custo operacional – Via parenteral necessitam de punção venosa ou arterial;
Confortável – sem dor por exemplo;
Comodidade – As diversas formas farmacêuticas por via oral, como drágeas, comprimidos,
cápsulas, xaropes são fáceis são simples e práticos;
Possibilidade de remoção da droga – vômito, adsorção com carvão ativado e lavagem
gástrica.

Desvantagens da Via Oral


Metabolismo de Primeira Passagem – Quando o medicamento é absorvido, parte do
medicamento é metabolizado no fígado. Medicações realizadas por via parenteral não tem
esse efeito;
Requer cooperação – Paciente deve aceitar tomar a medicação – Pacientes em surtos
psicóticos são resistentes por causa dos delírios (ex.:medicamento é veneno);
Irritação das mucosas – Anti-inflamatórios e antibióticos podem causar epigastralgia – dor
estomacal provocada da irritação da mucosa gástrica;
Contra-Indicações
Pacientes com:
Náuseas e vômitos;
Dificuldade de deglutição;
Pacientes com queda de consciência;

Materiais para Administração de medicamentos por via oral


Administração de medicamentos por via oral e sublingual envolve os seguintes materiais:
Bandeja;
Copinhos descartáveis;
Fita Adesiva para identificação;
Material acessório: gazes, seringa, conta-gotas, etc.
Água, leite, suco ou chá.

Cuidados com administração de medicamentos de acordo com a forma farmacêutica:


Os cuidados de enfermagem na administração de medicamentos por via oral, dependem de
sua apresentação: líquido e comprimidos.

Medicamentos líquidos
Para administrar medicamentos líquidos como xaropes deve-se:
Agitar o conteúdo do frasco antes de entorná-lo no recipiente graduado (copinho com
medidor). Se formar espuma, esperar desaparecer. Isso garante a homogeneidade da
concentração do medicamento em cada dose.
Durante o agito do medicamento, segurar o frasco com o rótulo voltado para cima para
prevenir que o medicamento derrame sobre ele;
Envolver o gargalo do frasco com uma gaze de modo a aparar o líquido, caso ocorra
derramamento;
Para garantir a quantidade de dose certa, segurar o copo medidor á altura dos olhos no
momento de entornar o conteúdo do frasco. Isso facilita a visualização da dose no copo
medidor.
Comprimidos, drágeas ou cápsulas
Para retirar a quantidade desejada de medicamentos de dentro do frasco, utilizar a tampa do
mesmo.
Interação Medicamentosa
Quando há a administração simultânea de medicamentos, um medicamento pode interferir na
ação do outro. Podem ser efeitos da interação medicamentosa:
Potencialização do efeito terapêutico;
Redução da eficácia medicamentosa;
Aparecimento de efeitos adversos em diferentes graus;
Produzir ineficácia do medicamento.
Para evitar tais efeitos, o enfermeiro deve:
Planejamento dos horários de administração de medicamentos de acordo com a prescrição
médica;
Estabelecer horários de intervalo entre medicamentos que interagem entre si quando
administrados simultaneamente por mesma via;
Evitar colocar no mesmo horário diversos medicamentos via oral;
Evitar a administração simultânea de vários comprimidos;
Determinar o intervalo médio de 2 horas na administração de antiácidos e outros
medicamentos – Antiácidos alteram o pH gástrico podendo aumentar ou diminuir a absorção
medicamentosa;
Utilizar o mesmo veículo na administração de medicamentos que sofrem alteração na
biodisponibilidade – Um veículo pode interagir com outro, podendo, desse modo, reduzir a
absorção medicamentosa;
Evitar associar classes de “medicamentos alvo” e “precipitadores” nos mesmos horários de
administração.

Medicamentos precipitadores
São fármacos que atuam em outros agentes, por exemplo, em enzimas, ativando ou as
inibindo. Já os medicamentos alvos, são aqueles que atuam em receptores celulares, possuem
dose resposta com inicio abrupto, cuja alteração de dose, mesmo em pequena quantidade,
promove uma grande modificação em seu efeito.
O medicamentos precipitadores, não podem ser administrados juntamente com os
medicamentos alvo pela via oral, pois haverá interação medicamentosa.
Os fármacos precipitadores, subdividem-se em:
Inibidores enzimáticos
Alguns exemplos:
 Allopurinol
 Anticolinesterásicos
 Cimetidina
 Cloranfenicol
 Corticosteróides
 Dissulfiran
 Metronidazol

Indutores enzimáticos:
Alguns exemplos:
 Carbamazepina
 Clordiazepóxido .
 Fenitoína
 Fenobarbital
 Griseofulvina
 Rifampicina
 Tolbutamida

FONTE
http://www.enfermagemesquematizada.com.br/administracao-de-medicamentos-por-via-
oral-e-sublingual-cuidados-de-enfermagem/
18/04/2018 AS 21:58

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