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FACULDADE DE MEDICINA

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO


DEI DE FARMACOLOGIA

Formas Farmacêuticas e
Vias de Administração de Fármacos

Por: Beatriz Van-Dúnem


SUMÁRIO

 Introdução
 Objectivos
 Conceitos
 Classificação
 Vantagens e desvantagens
 Considerações finais
INTRODUÇÃO
Ao chegar-se ao diagnóstico de uma
determinada enfermidade, é imperial que
o processo terapêutico seja correcto,
visando a melhoria e/ou restabelecimento
da saúde física e mental de um paciente.
Desta forma, torna-se imperial que o
profissional de saúde tenha o
conhecimento necessário para prescrever
e administrar medicamentos ao seu
paciente.
OBJECTIVOS
EDUCACIONAIS
Que no final da apresentação
possamos:
 Conhecer as diferentes formas
farmacêuticas;
 Saber quais são as diferentes vias
em que os fármacos podem ser
administrados;
 Conceituar e classificar os
conhecimentos adquiridos.
Formas Farmacêuticas
Forma farmacêutica é o estado final
que as substâncias activas apresentam
depois de serem submetidas às
operações farmacêuticas necessárias, a
fim de facilitar a sua administração e obter
o efeito terapêutico mais desejado.
Os fármacos fazem parte de uma
formulação ao lado de uma ou mais
substâncias adjuvantes ou excipientes.
Uma substância adjuvante é aquela
que terá por função final solubilizar,
suspender, espessar, diluir, emulsionar,
estabilizar, preservar, colorir e melhorar o
sabor da mistura final, favorecendo as
características organolépticas do
medicamento.
A forma farmacêutica pode estar no
estado sólido, como a aspirina; em
estado líquido, como a nicotina; e estado
gasoso, como o óxido nitroso. Existe
ainda os estados semi-sólido e especial.
As formas farmacêuticas variam
dependendo de factores importantes,
por isso podem existir várias formas
farmacêuticas de um único princípio
activo. Os motivos para isto são os de:
 Facilitar a administração.
 Garantir a precisão da dose.
 Proteger a substância durante o
percurso pelo organismo.
 Garantir a presença no local de acção.
 Facilitar a ingestão da substância
activa.
Formas Farmacêuticas
As formas farmacêuticas, tendo em
conta o seu estado físico, podem assumir
várias formas:
Sólidas: comprimidos, cápsulas, drageias,
implantes, pílulas, pós, supositórios, etc.
Semi-sólidas: cremes, pastas, pomadas,
linimentos, loções, etc.
Líquidas: suspensões, emulsões,
soluções, gotas, xaropes, enemas, óleos
medicinais, etc.
Gasosas: inalantes.
Vantagens e desvantagens
das formas farmacêuticas
Toda a forma farmacêutica tem a sua
vantagem terapêutica e, ao mesmo tempo,
quase nenhuma forma farmacêutica deixa
de apresentar desvantagens.
Apesar de serem sentidos os
benefícios terapêuticos, situações não
desejáveis e paralelas a esses processos
também têm lugar.
Sólidas
VANTAGENS:

 Maior probabilidade de dosagem correcta


e alto grau de precisão (comprimidos)
 Maior estabilidade que em outras formas;
 Forma usada para administrar fármacos
insolúveis em água;
 Redução da percepção de sabores e
odores desagradáveis (drageias)
 Possibilidade de introdução de
revestimentos (cápsulas)
DESVANTAGENS:

 Taxa de dissolução limita a sua absorção,


principalmente dos fármacos pouco
hidrossolúveis;
 Irritação da mucosa gástrica;
 Desconforto durante a administração do
fármaco, principalmente em crianças e
idosos (comprimidos e supositórios).
Semi-sólidas
VANTAGENS:

 Mantêm-se fixos no local de aplicação;


 Com acção protectora;
 Promovem acção local ou penetração
percutânea dos princípios activos do
medicamento;
 Administração tópica;
DESVANTAGENS:

 Obturam poros, que diminuem a


transpiração e podem causar edemas;
Líquidas
VANTAGENS:

 Flexibilidade de doses;
 Acção prolongada do fármaco;
 Facilidade de deglutição;
 Rapidez de absorção no TGI em relação
aos fármacos sólidos;
 Boa conservação (xaropes)
DESVANTAGENS:

 Desconforto durante e depois da


administração (injecções) ;
 Restrição de uso a diabéticos (xaropes);
 Sedimentação de fármaco (suspensões);
 Menor estabilidade físico-química e
microbiológica em relação aos fármacos
sólidos.
Gasosas
VANTAGENS:

 Absorção quase instantânea através do


epitélio e mucosas pulmonares;
 Metabolismo de primeira passagem
evitado;
 No caso de afecção pulmonar, a
aplicação do fármaco é local.
DESVANTAGENS:

 Controlo insatisfatório da dose;


 Método de administração pouco prático
em alguns casos;
 Muitos fármacos voláteis e gasosos
provocam irritação do epitélio pulmonar;
 Diferenças fisiológicas entre mulheres
gestantes e não gestantes, que podem
afectar a absorção pulmonar de agentes
tóxicos.
Especiais
VANTAGENS:
 A adesão ao tratamento é mais
facilitada por causa da diversidade e
practicidade (implantes e adesivos);

DESVANTAGENS:
 Pode causar desconforto (implantes);
 Necessidade de intervenções invasivas
(implantes);
 O contacto com a água deve ser evitado
(adesivos)
Vias de administração
Uma via de administração é a
forma como o agente terapêutico/
medicamento entrará em contacto com o
organismo, para exercer sua actividade
farmacológica.
Por este motivo, o conhecimento das
vantagens e desvantagens destas opções
de administração é fundamental.
Vias de administração
As via de administração
conhecidas e utilizadas na prática médica
são:
 Via Enteral
 Via Parenteral
Via Enteral
Nesta via, o fármaco é administrado
por intermédio do trato gastrointestinal,
pela boca ou pelo recto. Inclui três
subdivisões:
 Ingestão oral
 Administração sublingual
 Administração rectal
Via Enteral
Vantagens:
 É o método mais usado para
administrar os fármacos e também o
mais seguro, conveniente e económico.
Desvantagens:
 A sua absorção pode ser limitada, por
diversos factores, como vómitos por
irritação gástrica, destruição por
enzimas, hidrossolubilidade e/ou
permeabilidade da membrana reduzida,
metabolismo de 1ª passagem.
Via Parenteral
O fármaco é administrado por
qualquer via que não seja enteral.
Apresenta as seguintes subdivisões:
 Via Intravenosa
 Via Intramuscular
 Via Subcutânea
 Via Intra-arterial
 Via Intratecal
 Absorção Pulmonar
 Absorção Dérmica
 Aplicação Tópica (mucosas)
Via Parenteral
Vantagens:
 Nem toda a via parenteral depende dos
processos de absorção nem de factores que
podem alterá-la, havendo assim uma acção
rápida.
 Pode ser utilizada como alternativa à via
enteral, no caso de pacientes cirúrgicos ou
com vómitos.
Desvantagens:
 Administração de fármacos contraindicada
pode causar danos irreversíveis.
Bibliografia
 Goodman & Gilman “As Bases
Farmacológicas da Terapêutica” 12ª Ed.
Editora Mc Graw Hill (2012), pg 20-23
 Flórez “Farmacología Humana” 3ª Ed. Editora
Masson (1997), pg 53-54
 Formas Farmacêuticas de Prof. Cláudio Luís
Venturini | Centrus Cursos
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Adjuvante
 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/
artigos/odontologia/absorcao-pulmonar/23488

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