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Vias de Administração de Injetáveis e

Aplicações na Estética

Profª. Mayara de Andrade Silva


Especialista em Estética Avançada e
Dermatologia
Módulo: Vias de Administração de Injetáveis, Disfunções Estéticas,
Semiologia, Avaliação, Consulta e Acompanhamentos Estéticos
➢ Aprender noções básicas das vias de aplicação em injetáveis;

➢ Reconhecer os tipos de agulhas e seringas utilizadas na estética;

➢ Relacionar os tipos de procedimentos com as vias de administração.


Introdução

Atualmente, existe uma enorme demanda pela realização de procedimentos estéticos


minimamente invasivos. Devido aos avanços nas técnicas estéticas, além de maior
qualificação dos profissionais de saúde habilitados (Enfermeiros, Biomédicos,
Farmacêuticos, Esteticistas e outros), os procedimentos injetáveis vêm sendo executados
com muito sucesso, fomentando uma crescente visibilidade das profissões.
É muito importante que os profissionais da estética avançada compreenda e tenha
domínio absoluto das técnicas injetáveis para evitar intercorrências e trabalhar com
segurança e destreza.
Administração de injetáveis

Para o sucesso dos procedimentos injetáveis, além dos fármacos, faz-se necessário
também o conhecimento sobre as suas vias e técnicas de administração, bem como a
assepsia da área a ser tratada, além do conhecimento do produto e dosagem utilizada.
Dessa forma, garantimos a eficiência e segurança nesses procedimentos.
Para a aplicação de injetáveis, algumas regras precisam ser consideradas:
 Os medicamentos devem ser estéreis e na forma líquida;
 Não administrar medicamentos sem rótulo e fora da data de validade;
 Não administrar substâncias preparadas por terceiros;
 Se tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, não o administrar e conhecer cada
fármaco e seus efeitos adversos e/ou colaterais.
Administração de injetáveis

Antes de começarmos a comentar sobre essas vias, vamos conhecer as diferentes seringas e
agulhas que podemos utilizar?
A seringa é composta pelo corpo, êmbolo e bico (luer slip e luer lock).

LUER SLIP
LUER LOCK
Administração de injetáveis

Existem diferentes tipos de seringas e graduações, e a escolha varia de acordo com a via
de administração e quantidade de fármaco a ser administrado.
Como fazer a leitura das seringas?

• Seringa de 3ml: cada


traço menor equivale
a 0,1ml;
Como fazer a leitura das seringas?

• Seringa de 5ml: cada


traço menor equivale
a 0,2ml;
Como fazer a leitura das seringas?

• Seringa de 10ml: cada


traço menor equivale
a 0,2ml;
Como fazer a leitura das seringas?

• Seringa de 20ml: cada


traço menor equivale
a 1,0ml;
Como fazer a leitura das seringas?

• Seringa de 100 unidades (1ml);


• Seringa de 50 unidades (0,5ml);
• Seringa de 30 unidades (0,3ml).
OBS: Cada unidade equivale a 0,01 ml.
Como fazer a leitura das seringas?

As seringas de 30 UI, 40 UI e 50 UI são graduadas de


uma em uma UI (algumas seringas de 30 UI
apresentam uma subdivisão de 0,5 em 0,5 UI),
enquanto as seringas de 100 UI apresentam escala
graduada de duas em duas UI. Por isso, na hora de
escolher a seringa, fique atento: Se você precisar
ministrar uma dose com número ímpar de UI ( 25
UI; 33 UI ou 45 UI, por exemplo) deve escolher uma
seringa com divisão de uma em uma UI (seringas de
30 UI; 40 UI ou 50 UI, dependendo do tamanho de
cada dose). Isso porque a seringa de 100 UI é
graduada em números pares (de duas em duas UI).
Administração de injetáveis
A agulha é composta por três partes:

Existem diversos tamanhos de agulhas, cujo uso também varia de acordo com a via
de administração escolhida. Tamanho das agulhas de acordo com o tamanho (mm) x
calibre (mm):
• Agulhas 13 mm x 0,30 mm que são utilizadas para as vias intradérmicas e
subcutâneas (hipodérmica).
• Agulhas 13 mm x 0,45 mm utilizadas para as vias intradérmicas e subcutâneas
(hipodérmica).
• Agulhas 25 mm x 0,70 mm utilizadas para a via intramuscular.
• Agulhas 4 mm x 1,20 mm utilizadas para aspiração de medicamentos durante o
preparo.
Tipos de vias de Administração:
Intradérmica (ID)

Na estética, essa via é muito utilizada para aplicações de substâncias na derme ou


epiderme, e a agulha de escolha deve ser a hipodérmica. Para este tipo de aplicação,
deve-se considerar o ângulo de inclinação da agulha entre 10° e 15° em relação à
superfície da pele; e a injeção de pequenos volumes (0,1-0,5 mL, mas na prática é
injetado até 0,2 mL) de medicamentos.
Tipos de vias de Administração:
Intradérmica (ID)

Para a aplicação, a mão dominante deve segurar a seringa quase paralelamente à


superfície da pele e a penetração da agulha não deve ultrapassar de 2 mm da mesma
(apenas o bisel, voltado para cima, é introduzido). Em seguida, deve-se injetar levemente
a solução de maneira a formar uma pequena pápula (Lesão cutânea, elevada, com menos
de 1cm de diâmetro) sob a pele. Para esta aplicação, deve-se fazer a assepsia do local (em
geral, com álcool, de preferência a 70%); pode-se ainda utilizar água e sabão.
.
Tipos de vias de Administração:
Sucutânea (SC)

Na via de administração subcutânea, o objetivo é alcançar o tecido adiposo. Na estética,


essa via é muito utilizada para tratamento de Lipodistrofia (distribuição irregular de
gordura no corpo). As regiões mais comuns de aplicação incluem abdômen, flancos e
braços. Para que alcancemos o tecido subcutâneo, a agulha de escolha deve ser a
hipodérmica, assim como vimos na via ID, porém, com angulação de 45° ou 90° em
relação à superfície da pele.

.
Tipos de vias de Administração:
Subcutânea (SC)
A aplicação na via SC é indicada quando as substâncias não necessitam ser rapidamente
absorvidas, ou seja, a absorção ocorrerá lentamente, através de capilares sanguíneos, de
forma contínua e segura. O volume injetado geralmente varia de 0,1 a 0,5 mL, e não é
recomendado passar dessa quantidade.
Para esta aplicação, deve-se fazer a assepsia do local (em geral, com álcool, de preferência
a 70%; pode-se, ainda, utilizar água e sabão), segurar a seringa com a mão dominante,
fazer uma prega na pele da região e introduzir a agulha com firmeza e rapidez. Em
seguida, injetar o líquido lentamente, retirar agulha rapidamente e fazer uma ligeira
pressão no local com algodão.

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Tipos de vias de Administração:
Intramuscular (IM)
No caso da via de administração intramuscular, o objetivo é injetar substâncias no tecido
muscular, cuja absorção é mais rápida e sistêmica (atinge todo o organismo).
Para a escolha adequada do local de aplicação, torna-se necessário levar em consideração a
distância em relação a nervos e vasos sanguíneos importantes, a musculatura suficiente da região
para absorção dos medicamentos, a espessura do tecido subcutâneo, a idade do paciente e a
irritabilidade dos ativos.
As regiões indicadas são o músculo deltoide e o músculo dorso-glúteo. A agulha de escolha
deve ser a intramuscular, com tamanho de 25 a 30 mm de comprimento por 0,7 mm de calibre. O
ângulo de inserção deve ser perpendicular à pele, ou seja, a 90° em relação à superfície da pele.
Na estética, utiliza-se amplamente a região dorso-glútea, por ser uma região indicada para
aplicação em qualquer idade, além de ser considerada mais confortável.

.
Tipos de vias de Administração:
Intramuscular (IM)

Para a aplicação nessa região, preconiza-se que o paciente esteja em decúbito ventral,
com a cabeça de preferência voltada para o aplicador e com os braços esticados ao longo
do corpo. Em seguida, divide-se o glúteo em 4 quadrantes e a aplicação deve ser realizada
no quadrante superior externo, para evitar atingir o nervo ciático, fundamental para a
motricidade dos membros inferiores.

.
Tipos de vias de Administração:
Intramuscular (IM)

Para executar a técnica, deve-se realizar a assepsia do local, como já abordamos


anteriormente. Segurar a seringa com a mão dominante (com os dedos polegar e
indicador). Introduzir rapidamente a agulha com o bisel virado no sentido das fibras
musculares. Aspirar puxando o êmbolo para verificar se lesionou algum vaso (se houver
retorno sanguíneo, retirar e aplicar em outro local adjacente). Empurrar o êmbolo
introduzindo a solução vagarosamente. Retirar a agulha rapidamente e, por fim, fazer
pressão no local massageando em movimentos circulares.
Nessa via de administração, é preconizado utilizar o volume de 5-10 mL. Na região glútea,
a aplicação para fins estéticos é normalmente feita com 5 mL de cada lado.

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Tipos de vias de Administração:
Intramuscular (IM)
ATENÇÃO
Importante ressaltar que antes de injetar qualquer substância por essa via, sempre
devemos aspirar para confirmar que o conteúdo não seja introduzido em nenhum vaso,
comprometendo, assim, a irrigação local. Quando atingimos um vaso, ao aspirar, a seringa
fica suja com sangue. Se o sangue atingir apenas o canhão da agulha, esta deve ser trocada.
Se ao aspirarmos, o sangue atingir o conteúdo da seringa, devemos descartar a seringa e
preparar uma nova solução.
. Agora que conhecemos as vias de administração, é importante sabermos como preparar
as soluções injetáveis. Primeiro passo importante é que o material de uso seja descartável e
estéril (seringas e agulhas).
Para o preparo, devemos realizar a desinfecção da tampa do frasco ou do gargalo da
ampola com algodão e álcool 70%, em seguida colocar o frasco/ampola posicionado na mão
entre os dedos
TÉCNICA DE APLICAÇÃO PARA:

❖INTRADERMMOTERAPIA

❖HIDROLIPOCLASIA ULTRASSÔNICA NÃO ASPIRATIVA

❖PEIM (PROCEDIMENTO ESTÉTICO PARA MICROVASOS)

❖BOTOX
TÉCNICA DE APLICAÇÃO PARA INTRADERMOTERAPIA:

 A Intradermoterapia é realizada com o uso de seringas e agulhas curtas que podem estar
acopladas a pistolas para a injeção dos medicamentos

 É considerada um dos tratamentos mais eficazes para eliminar a gordura localizada


TÉCNICA DE APLICAÇÃO PARA INTRADERMOTERAPIA:

Agulha de 4 mm ou 6 mm
Ação local concentrada
Múltiplos sítios
Possibilidade de Retroinjeção (estrias)
Volume: 0,2 Ml por ponto.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO SUBCUTÂNEO

Atinge diretamente o tecido adiposo;


Agulha de 13 mm
Ativos mais agressivos.
Múltiplos sítios.
Ação local.
Volume até 0,5 mL.
TÉCNICAS INTRADÉRMICAS
TÉCNICA NAPPAGE:
- Consiste na aplicação de injeções com profundidade de 1-2mm, com curtos espaçamentos em ângulos
de 30-60º ;
- Mais desconfortável para o paciente;
- Tratamento de couro cabeludo e rejuvenescimento.

TÉCNICA PAPULAR:
- Consiste na aplicação de ativos na junção dermoepidermica com profundidade de 2-4mm;
- Tratamento de rugas e alopecia.

TÉCNICA PONTO A PONTO:


-Aplicação intradermica ou subcutânea com ângulo de 90º, injetando 0,1 a 0,2ml por ponto; com
profundidade de 4-13 mm;
- Tratamento de gordura localizada e celulite.
- Tratamento de gordura submentoniana (0,1 ou 10 unidades por ponto)
TÉCNICA RETROINJEÇÃO
- Consiste na aplicação de injeções com profundidade de 2-4mm, no ângulo de 15º ;
TÉCNICAS INTRADÉRMICAS

Nappage

Pápulas

Ponto a Ponto
MATERIAIS: TÉCNICA MANUAL

Álcool 70% Algodão ou gaze


Agulha para aspirar: 18G 1 ½(opcional)
Agulha: 30G ½ e 32G (4mm)
Seringa varia de acordo com a quantidade de fármaco.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO INTRAMUSCULAR
A técnica Intramuscular necessita de uma avaliação mais criteriosa e sistemática, já que as substâncias ativas injetadas,
possuem ação sistêmica, sendo metabolizadas no fígado e excretada no rim.

Devemos avaliar cuidadosamente o estado de saúde do paciente tratado, assim como, sua função hepática, renal e
cardíaca. Ainda, vale ressaltar que estamos tratando de disfunções estéticas, o que implica em pacientes saudáveis.

INDICAÇÕES:

Potencializar os tratamentos intradermicos;


Perda de peso em clientes devidamente saudáveis.
TÉCNICA INTRAMUSCULAR

Utilizar agulha 25x7mm em ângulo de aplicação à 90º, introduzindo-a completamente. Não ultrapassando o volume de 5 ml
por área muscular. Manter a velocidade de aplicação por cerca de 1mL para 10 segundos. OBS: Posicionar o bisel da agulha
de forma lateral minimizando agressões das fibras musculares.

A Técnica em Z é a mais indicada para se evitar o refluxo da medicação.

Deitar a paciente em decúbito dorsal, pés voltados para dentro, delimitando o local.
Fazer assepsia com álcool 70º

Tracionar a pele e injetar a agulha com o bisel lateral, mantendo a pele esticada durante a injeção. Puxe o embolo, caso
venha sangue, retire a agulha e coloque novamente.

Somente soltar a pele tracionada após todo medicamento ser injetado para que não haja o retorno e a distribuição do
fármaco seja total.
ASSOCIAÇÃO COM INTRAMUSCULARES

• Somatória de efeito local e sistêmico;


• Lipólise associada à ganho de massa magra, regulação metabólica, controle de ansiedade,
antienvelhecimento;
• Tratamentos complementares: um não substitui o outro;
• Aplicações IM: até 5,0 mL em cada glúteo.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO PARA HIDROLIPOCLASIA

MATERIAIS: TÉCNICA MANUAL

Álcool 70%
Algodão ou gaze
Agulha para
aspirar
Agulha
Solução fisiológica
hipertônica (USO
ENDOVENOSO)
Métodos de Aplicação e
Biossegurança
– Solução Injetável
• Deve-se demarcar a área a ser tratada e também a distância entre os
pontos de aplicação: 2cm a 5 cm (dependendo da quantidade injetada
por ponto).
• Ao introduzir a solução deve-se sempre realizar a aspiração para visualizar
se perfurou em algum vaso e retornou sangue, caso na aspiração retorne
com sangue, desprezar seringa.
• Utilizar preferencialmente seringas de 3 e 5 ml por oferecer menor
pressão e facilitar a aplicação.
Deve-se observar também no local da aplicação a simetria, para que se alcance
harmonia no resultado. Realizar registro fotográfico.

É importante que não seja realizado aplicação nos mesmos pontos, para que
não haja formação de pequenos nódulos na região ou sensibilize-a.

Aplicação do soro fisiológico realizada com seringa nu.m ângulo de 90 graus


em relação a pele. É colocada toda a a.gulha.
Utilizar agulha 0,70X30mm (22G1¼) ou 1,20X40mm
(18G1¼) para aspirar; trocar agulha, colocando agulha
de aplicação 0,55X20mm (24G¾) ou 0,45X13mm
(26G½);
Punturado, sendo 1 a 20 ml por ponto. Distância
dos pontos: 1a 6cm.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO PARA PEIM

Técnica ▪ Assepsia local;


▪ Gelo;
▪ Gaze seca – “estancar” e gaze úmida – destaca os microvasos.
▪ Lidocaína associada;
▪ Líquido esclerosante: introdução da agulha com ângulo de 15º
a 45º nos vasos de maior calibre, até que o vasinho seja
preenchido - iniciar injeção e observar desaparecimento
imediato – poderá ficar visível logo após;
▪ Ponto lateral-distal e ir subindo – entrega em favor do ciclo;
▪ Iniciar pelos de maior calibre (dentro dos limites que
tratamos), até que o microvaso seja preenchido pela solução
esclerosante ou ocorra perda da punção;
Técnica ▪ Seringas de 1 mL e microagulhas 30G ou 32G – ROSQUEAR A
SERINGA!;
▪ Formou pápula antes de percorrer: parar e iniciar novamente;
▪ A pápula imediata ocorre, pois extravasou líquido para além do lúmem
do microvaso;
▪ Comprimir as punções com micropore, esparadrapo ou faixa elástica –
12 a 24h;
▪ Sessões semanais (diferentes áreas), quinzenais (baixos volumes em
áreas comuns) ou mensais ( mais volumes em múltiplas áreas)
▪ Não ultrapassar 10mL por sessão, independente da quantidade;
▪ Foco/lupa;
▪ Cobrir a maca com folha dupla,
▪ Desconforto inicial e coceira logo após – pedir para não coçar.
▪ Perna distal, perna proximal, coxa distal, coxa proximal
▪ Introduzir de 1mm a 3mm da agulha

Detalhes ▪ Introdução intradérmica – agulha reta ou angulada


▪ Bisel para cima
▪ Buscar a raiz: atingiu: desaparece a ramificação, não atingiu:
pápula/esbranquiçado
▪ Entregar a solução (0,1 a 0,3 em circulação)
▪ Pressionar
▪ Limpar
▪ Ocluir
▪ Classe 0: não visível, 1: telangiectasias e veias reticulares, 3: veias varicosas
▪ Itensidade +, ++, +++
▪ Ramificado, linear ou ambos
▪ Fina ou calibrosa
▪ Tirar foto dos membros distante e focando, com o nome adesivado
TÉCNICA DE APLICAÇÃO EM BOTOX

Para aplicação da toxina existem algumas possibilidades, tanto


de calibre quanto de comprimento de agulha.

A agulha pode ser 30G ½”, que representa agulha (0,30 mm


calibre 13 mm de comprimento) possibilita a aplicação em
todos os músculos da face, inclusive mastigação.

Outra agulha interessante para músculos mímicos é a


conhecida como lebel (30G com 4 mm de comprimento).
Também estão disponível no mercado agulhas mais finas,
como a 32G, que representa calibre de 0,23 mm e
comprimentos de 4 e 13mm.
TÉCNICA DE VENOPUNÇÃO

Tipos de coleta de sangue


SERINGA E AGULHA
• Esse é um dos tipos de coleta de sangue mais comuns e
envolve, necessariamente, uma seringa e uma agulha.
• Da seringa, o sangue pode ser colocado em um tubo de
.
coleta, para então ser encaminhado para o laboratório
de análises clínicas.

COLETA DE SANGUE A VÁCUO


• Aqui um adaptador toma o lugar da agulha e seringa.
• Seguindo os mesmos passos da punção com seringa e
agulha, se coloca o garrote e se encontra a veia ou
artéria do paciente.
Quais são os materiais para coleta de sangue?

Existem alguns materiais essenciais para qualquer tipo de intervenção que


possamos fazer em um paciente. São eles:

•Luvas;
•Máscara cirúrgica;
•Óculos de proteção;
•Agulha e seringa descartáveis;
. •Adaptador e seringa descartáveis;
•Tubo a vácuo;
•Algodão e álcool 70%;
•Interruptor adesivo com algodão
•Garrote.

.
Passo a passo da coleta de sangue
Coleta de sangue com seringa e agulha
1. Coloque a agulha na ponta da seringa, sem retirar dela a sua capa protetora. Tome cuidado para não tocar na
parte inferior da agulha e a manuseie apenas pela capa;
2. Pressione o êmbolo da seringa, retirando dela todo o ar;
3. Coloque o garrote no braço do seu paciente e peça para que ele feche a mão;
4. Escolha a veia que será puncionada delicadamente;
5. Faça a assepsia da pele, utilizando álcool 70% e algodão e não toque mais no local que foi limpo;
6. Retire a capa da agulha, peça que o paciente abra a mão e faça rapidamente e cuidadosamente a punção da
veia;
7. Solte o garrote tão logo o sangue flua pela seringa;
8. Retire 10 ml de sangue entre adultos e entre crianças, no máximo 5 ml;
9. Retire, então, a agulha da seringa e coloque-a em uma embalagem apropriada para perfurantes;
10. Pressione delicadamente o local da punção e depois peça que o paciente repita o movimento com a mesma
pressão;
11. Coloque, então, o sangue da seringa no tubo apropriado para a sua amostra;
12. Descarte também a seringa em local apropriado.
Passo a passo da coleta de sangue
 Siga atentamente o passo a passo para a coleta eficiente através do sistema a
vácuo:
1. Coloque a agulha no adaptador para retirada de sangue cuidadosamente, sem tocar
na base da agulha, manuseando-a apenas pela capa;
2. Ajuste o garrote no braço do paciente de forma cuidadosa;
3. Peça que o paciente feche a mão e escolha a veia que será puncionada;
4. Limpe o braço do seu paciente utilizando algodão e álcool 70% e não toque mais o
local da punção;
5. Então, retire do adaptador a capa da agulha e faça a punção, no local escolhido;
6. Imediatamente, coloque o tubo de coleta no canhão;
7. Retire, então, o garrote tão logo o sangue flua pelo tubo;
8. Tire a agulha e faça seu descarte de forma apropriada, bem como do próprio canhão;
9. Pressione cuidadosamente o local da punção e oriente o paciente para que
mantenha pressionado, sem dobrar o braço.
Vantagens da coleta de sangue a vácuo

A coleta de sangue a vácuo permite, com uma única punção, fazer diversos
exames. Isso leva mais conforto para o paciente, mais segurança e, sobretudo,
índice muito baixo de contaminação de amostras.
Quando o técnico segue cuidadosamente a sequência dos tubos para a coleta, as
amostras são viabilizadas, fazendo com que o resultado da análise seja muito
confiável.
Assim, as vantagens da coleta de sangue via adaptador à vácuo são muito
superiores em relação à coleta feita por meio de seringa e agulha.
Atualmente, grande parte dos laboratórios já utilizam esse tipo de coleta de sangue,
melhorando muito a qualidade e confiança dos seus resultados.
BIBLIOGRAFIA

 BORGES, F. S. Dermato Funcional Modalidades Terapêuticas nas Disfunções


Estéticas. São Paulo: Phorte, 2010.
 FLEMING, D.O. et al., 1995, Laboratory Safety: Principles and Practices, ed.,
American Society for Microbiology, Washington, DC, 406 p.GRISHT, N.R.,
1995, Manual de Segurança para Laboratório, Editora Santos, São Paulo,
133 p.
 MAIO, Mauricio de. Tratado de Medicina Estética. Roca. 2011.
 TSAO, Sandy. Atlas Colorido de Dermatologia Estética. Artmed. 2008.
 GUIRRO, Elaine. Fisioterapia Dermato-Funcional. Manole. 2010
 REICHEMBACH, M. T. et al. Administração de medicamentos por via
subcutânea: Convenção ou controvérsia para a enfermagem? In: Rev.
bras. enferm., v. 58, n. 5, Brasília, sept./oct. 2005.
Vias de Administração de Injetáveis e
Aplicações na Estética

Profª. Mayara de Andrade Silva


Especialista em Estética Avançada e
Dermatologia

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