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PROCEDIMENTO ESTÉTICO

INJETÁVEL PARA MICROVASOS


(PEIM)
INTRODUÇÃO
O Procedimento Estético Injetável para Microvasos (PEIM)
consiste na injeção de um produto químico dentro dos microvasos e
telangiectasias.
A solução injetada causa a fibrose do microvaso pela irritação do
endotélio, provocando trombose, reorganização e desaparecimento do
microvaso.
A utilização de agente esclerosantes em microvasos e
telangiectasias prejudicados, faz com que ocorra o endurecimento e
obstrução do fluxo sanguíneo.
Com essa obstrução, o sangue buscará veias mais saudáveis para
que volte a fluir na região melhorando o aspecto estético e
proporcionando uma aparência saudável.
O sangue não pode mais penetrar por este microvaso o que evita
a formação telangiectasias no mesmo local.
Pode haver necessidade de reaplicação de uma a seis novas
injeções para o desaparecimento de cerca de 80% a 90% das lesões.
A origem das varizes
Existem dois tipos de veias nos membros inferiores, as veias superficiais que
ficam na camada de gordura sob a pele, que podem ser visíveis; e existem as
veias profundas que ficam no meio da musculatura da perna e não são visíveis.
Existem ainda, as veias comunicantes, que ligam as veias superficiais às
profundas. As veias normalmente têm estruturas anatômicas denominadas
válvulas que permitem que o sangue vá das pernas ao coração mesmo contra a
ação da gravidade. As válvulas permitem ao sangue ir sempre da veia superficial
para a profunda, através da veia comunicante, e impedem que o sangue faça o
caminho errado mesmo quando a pessoa está de pé ou sentada. Quando essas
válvulas estão doentes acontece, então, uma inversão no caminho do sangue,
que passa a ir de cima para baixo e da veia profunda para a veia artificial. Este
fato provoca o aumento do volume do sangue dentro da veia superficial,
ocorrendo o processo de dilatação e aparecimento das varizes.
A origem das varizes
Este é o esquema que
mostra o sistema de
válvulas dentro das veias. À
esquerda a válvula está
preservada e à direita a
válvula está incompetente,
fazendo com que o sangue
volte, permitindo a
dilatação anormal da veia.
Causas
• Pré-disposição familiar ;
• Predominante no sexo feminino ;
• Terapia hormonal (estrógenos) ;
• Posição ereta prolongada ;
• Exposição à fontes de calor ;
• Insuficiência venosa ;
• Traumas ;
• Sobrepeso ;
• Obesidade ;
Tipos de varizes: primárias e secundárias
• Existem dois tipos de varizes:

1. As chamadas primárias: que surgem por uma tendência hereditária.


2. As chamadas secundárias: que surgem por doenças adquiridas no decorrer
da vida e são de tratamento difícil.

As mais comuns são as varizes primárias que aparecem nas pernas como linhas
vermelhas e azuis de diversos tamanhos e apresentam uma conotação
antiestética relevante.
Varizes Primárias:

• Ardor plantar ;
• Incômodo ao ficar muito tempo em pé ;
• Esses sintomas desaparecem quando o paciente caminha ou deita ;

Varizes Secundárias:

• Dor ;
• Cansaço ;
• Peso nas pernas quando o paciente fica em pé ;
• Edema venoso ;
• Esses sintomas aumentam quando o paciente caminha e demora muito a
desaparecer quando o paciente deita ;
Tipos de Varizes
Telangiectasias < 1mm (Microvarizes)
• 82% de prevalência ;
• Vênulas ou capilares intra-dérmicos dilatados

Varizes primárias ou essenciais


• Reticulares – 1 a 3 mm
• Varizes de calibres variados > 3 mm

Varizes secundárias
• TVP
• Mal formação vasculares
• Pós traumas (TVP ; FAV)
Classificação científica das varizes
• Classificação científica das varizes (CEAP) ;

• Baseada na Clínica, Etiologia, Anatomia e Patofisiologia ;

• Classificação muito complexa e não utilizada na prática de


atendimento de pacientes ;

• Classificação clínica - Classificação Estético Funcional ou


“Classificação de Francischelli”, que divide em 4 tipos ;
Tipos de Varizes
• Tipo 1 – IVIPE – INSUFICIÊNCIA VENOSA DE IMPORTÂNCIA PREDOMINANTEMENTE
ESTÉTICA
Varizes pequenas telangiectasias (vasinhos), veias reticulares (microvasos)

• Tipo 2 – IVIFE – INSUFICÊNCIA VENOSA DE IMPORTÂNCIA FUNCIONAL E ESTÉTICA


É um problema de saúde (funcional) tanto quanto um problema de aparência (estética)

• Tipo 3 - IVFA – INSUFICIÊNCIA VENOSA FUNCIONAL ASSINTOMÁTICA


É um problema de saúde (funcional) sem que o paciente tenha preocupações estéticas
e que ainda não apresentam complicações.

• Tipo 4 – IVFS – INSUFICIÊNCIA VENOSA FUNCIONAL SINTOMÁTICA


Varizes que são um problema de saúde (funcional) e que já apresentam complicações.
TIPO 1 TIPO 2

TIPO 3 TIPO 4
Indicação X Biomedicina estética
• Para tratamento de TELANGIECTASIAS E VEIAS RETICULARES (TIPO 1)

• Telangiectasias – pequenos vasos localizados na derme resultantes de uma


dilatação na vênula que podem aparecer isoladamente ou confluentes “teia
de aranha”.
-0,1 a 1 mm de diâmetro

• Microvasos – pequenos vasos localizados no tecido subcutâneo


Trajeto tortuoso ou retilíneo e aspecto saliente na pele
- 1 a 2 mm de largura (algumas literaturas até 4 mm)
IVIPE – INSUFICIÊNCIA VENOSA DE IMPORTÂNCIA
PREDOMINANTEMENTE ESTÉTICA
• TELANGIECTASIAS = Vasinhos

• VEIAS RETICULARES = Microvasos


TELANGIECTASIAS
A. SIMPLES
B. ARBORIZADAS
C. ARACNEFORM
D. PÁPULAS

Telangiectsia: Tele = longe


Angio = Vaso
Ectesia = dilatação
Portanto: Dilatação do vaso distante (pele)
TELANGIECTASIAS
• São as pequenas veias da pele (vasinhos),
da espessura de um fio de cabelo,
avermelhadas ou um pouco maiores,
azuladas, mas que estão na intimidade da
pele.

• Apresentam vários formatos, desde


pequenos riscos, até grandes arborizações.

• Podem estar presentes em todos os locais


dos membros, atingindo a coxa, perna,
glúteo e, em alguns casos, até a região das
costas.
VEIAS RETICULARES
• São maiores, e se apresentam como trajetos
longos, azulados, e estão sob a pele, mas a
ela intimamente relacionadas.

• É muito frequente a associação de


Telangiectasias da lateral da coxa, com estas
veias reticulares que se estendem para a
região lateral do e atinge até a perna.

• Apesar de ser um problema de saúde, uma


doença, estas pequenas veias não causam
riscos imediatos, sendo um problema que
atinge mais a autoestima do paciente.
PROCEDIMENTO PODE SER REALIZADO COM:
• Glicose a 50% ou 75%

• LIP (luz intensa pulsada)

• Laser ND YAG
PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL PARA
MICROVASOS (PEIM)

Apenas com :

Glicose a 50% ou 75 %
ESCLEROSANTES
• Glicose 50% ou 70%
Mais seguro com relação a alergia, menor risco de hipercromia quando
injetadas fora do microvaso.

Opcional:
-Lidocaína 1ML (alivio da dor)
- Bolsa de gelo no local da aplicação (alívio da dor)
Outras drogas:
• Polidocanol 0,5%, 2%
• Etanolamida
GLICOSE 75%

• Mecanismo de ação:

A glicose hipertônica ( glicose 75% - glicose com alta concentração de soluto) é


uma solução osmótica que age promovendo a desintegração das células da parede
dos vasos sanguíneos e que, consequentemente, acarreta a destruição e
desintegração da parede do vaso.

A glicose é o agente esclerosante mais viscoso (que tem uma consistência grossa e
pegajosa entre o sólido e o líquido), chegando a ser extremamente lenta a sua
injeção. A glicose hipertônica (glicose 75% - glicose com alta concentração de
soluto) apresenta ação lenta de 30 minutos a 4 dias, sendo considerada mais suave
e menos capaz de produzir grandes descamações quando comparada aos agentes
esclerosantes do tipo detergentes (por serem fluidos e fáceis de injetar em alto
fluxo, provocam maiores descamações).
A aplicação da glicose 75% pode provocar reações de dor, ardência local e cãibras,
sendo que tais sintomas diminuem rapidamente (menos de 5 minutos).

Este líquido provoca uma alteração da célula da parede do vaso fazendo com que
ele desapareça e seja reabsorvido.

Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores é diluído pelo


sangue e perde a concentração e, portanto, o efeito.

Minimizando os efeitos indesejáveis.


Tratar as varizes estéticas é “unir o útil ao agradável”. Agradável é
melhorar a aparência e auto estima e útil é controlar uma doença que
pode causar complicações no futuro.
Contra Indicações

• Relativa:

- Gravidez, longo período acamado, recente episódio de Tromboflebite superficial


ou trombose profunda, diabetes descompensada, tumor maligno, doença de
glândula suprarenal.

• Absoluta:

-Certas doenças do fígado (hepatite virótica aguda, tóxico ou droga induzida;


cirrose), estado febril, alergia e bronquite asmática, algumas doenças do coração
(miocardites e endocardites).
Falha da técnica
• Injeção de volumes excessivos de esclerosante ;

• Injeção fora do microvaso ;

• Pressão exagerada na punção Pode levar a uma inflamação perivascular


extensa, estimulando de angiogênese ( mecanismo de crescimento de novos vasos
sanguíneos a partir dos já existentes) Angiogênese pós escleroterapia
Complicações
• Hiperpigmentação ;
• Recidivas ;
• Telangiectasias secundárias ;
• Não desaparecimento ;
• Edema temporário ;
• Urticária ;
• Bolhas (compressão por faixas ou esparadrapo) ;
• Necrose (úlcera) ;
• Flebite (inflamação nas veias) ;
Prevenção
• Meias elásticas
• Evitar sol e calor
• Evitar excesso de peso
• Fazer exercícios
• Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais
• Evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo
• NÃO EXISTE CURA
Anamnese
• Alergias
• Tendência a hiperpigmentação
• Cicatrizes ou foliculites hiperpigmentadas
• Pele amarela
• Distúrbios de Coagulação
• Vasculite (inflamação na parede dos vasos)
• Uso de anticoncepcionais
Anamnese
• Reposição hormonal O antibiótico Minocina produz Hiperpigmentação
pós escleroterapia por provável interferência da
degradação de hemossiderina
• Gravidez

• Antibióticos

• Distúrbios do metabolismo de ferro


Exame físico Inspeção
• Observar a paciente de pé e descalça ;

• Observar dilatações superficiais importantes ;

• Aumento de volume de um ou dois membros


inferiores ;

• Presença de hiperpigmentação ;

• Presença de dermatite, cicatrizes, úlceras ;


Exame físico Palpação
• Endurecimento subcutâneo ;

• Aumento de temperatura no vaso dilatado ;

• Varizes endurecidas (tromboflebite) ;


Registro fotográfico
• Local com boa iluminação ;

• Fundos uniformes de preferência na cor branca

• Fotografe os membros (membro inteiro – anterior e


posterior)

• Fotografe as áreas (procure uma melhor posição que


evidencie bem os vasos )

• Sempre busque pontos que irão diferenciar os lados do


corpo, como joelhos, panturrilha e pés.
Ruim (fundo em desarmonia) Boa (iluminação e qualidade)
Técnica
• Utilizar um líquido muito concentrado, chamado esclerosante ;

• Utilizar bolsa de gelo antes do procedimento para alívio da dor e


conforto do paciente ;

• Utilizar lidocaína junto à glicose para amenizar a dor (caso


paciente sensível)

• Injetar através de micro agulhas 30G (extremamente finas),


dentro do vasinho ;

• Começando pelos de maior calibre até que o vasinho seja


preenchido pela solução esclerosante ou perca da punção ;
Técnica
• Comprimir as punções com micropore, esparadrapo ou faixa elástica ;

• Realizar as sessões com intervalos de 15 dias na mesma região ou a


critério ;

• Quantidade média de 3 a 5 ml, variável de acordo com a quantidade e


calibre dos microvasos ;

• Não ultrapasse 10 ml por sessão, independente da quandidade de


Telangiectasias e microvasos ;

• Caso de hematomas e inchaço (utilizar pomadas) : TROMBOFOB,


HEPARINA SÓDICA, VENALOT ou HIRUDOID de 3 a 5 vezes ao dia.
Técnica passo a passo
• Higienizar o local com gaze algodão ;
• Colocar bolsa de gelo sobre a região por alguns segundos ;
• Introduzir a agulha nos vasos de maior calibre ;
• Ângulo de 15° a 45° (em média) ;
• Sentido no retorno venoso ;
• Iniciar a injeção e observar o desaparecimento imediato do vaso “poderá
ficar visível logo após a aplicação” (aplicação na luz do vaso)
• Injetar até formar pequenas pápulas (botões); parar a aplicação e iniciar em
nova área caso necessário ;
• Avisar o paciente que irá sentir desconforto inicial e logo após poderá
apresentar coceira “pedir para que não coce”.
Logo após o procedimento
Evolução do processo de PEIM
RECOMENDAÇÃOES PRÉ-PROCEDIMENTO ESTÉTICO PARA MICROVASOS
 Evite tomar bebidas alcoólicas nos dois dias que antecedem a sessão ;
 Não depile ou raspe as pernas e ainda não use óleos ou cremes nos dias que for fazer o
tratamento ;
 Se possível, tome banho antes de cada sessão, utilizando sabonetes antibactericidas ;
 Evite banhos muito quentes por todo o período que estiver em tratamento ;

RECOMENDAÇÕES PÓS-PROCEDIMENTO ESTÉTICO PARA MICROVASOS


 Imediatamente após cada sessão, pode-se manter as pernas com compressão, preferencialmente
por meia elástica indicada ;
 A meia elástica pode ser usada todos os dias, principalmente nos três primeiros dias após cada
sessão ;
 Evite grandes caminhadas e ficar em pé por longos períodos no dia de tratamento ;
 Evite atividades de grande impacto ou carregar grandes pesos nas primeiras 72 horas após a
sessão ;
 Não tome banho muito quente durante todo o tratamento ;
 Não se exponha ao sol enquanto tiver vestígios e sinais da aplicação na região ;
 Depilação, massagem, atividade física após 12-24 horas ;
 Não compare o seu resultado com o de outras pessoas, cada organismo responde de forma única
ao tratamento. Siga à risca as orientações feitas especificamente em consultório.
DICAS PARA EVITAR VARIZES
Evitar ganhos exacerbados de peso ;
Adotar uma dieta rica em fibras para evitar a constipação intestinal ;
Procurar não permanecer muito tempo parado em pé ou sentado ;
Não usar cintas abdominais apertadas ;
Realizar caminhadas e/ou exercícios físicos com supervisão médica ;
Não fumar ;
Utilizar sistematicamente meias elásticas de média compressão, principalmente
durante a gravidez ;
Evitar anticoncepcionais ;
VALORES
Sessão: R$100,00 a R$ 200,00

Pacote inicial em média de 3 sessões


ONDE COMPRAR A SUBSTÂNCIA?
Laboratórios:

• Pineda ;
• Sag ;
• Biometil ;
• Octalab ;
• Halexlstar ;

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