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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR (IM)

A administração via intramuscular (IM) permite que seja injetado medicamento


diretamente no músculo em graus de profundidade variados. É usada para administrar
suspensões aquosas e soluções oleosas, garantindo sua absorção em longo prazo.
Devemos estar atentos à quantidade a ser administrada em cada músculo, um
cliente adulto em massa muscular dentro dos parâmetros de normalidade pode tolerar 3
mL e idosos ou crianças podem tolerar bem 2 mL; as literaturas indicam que no deltóide,
o volume máximo é de 2 mL, a região glútea e o vasto lateral da coxa podem tolerar bem
até 5 mL. É necessário que o profissional realize uma avaliação da área da aplicação,
certificando-se do volume que esse local possa receber.
ATENÇÃO: Não esquecer que esse volume irá depender da massa muscular do
cliente; quanto maior o volume maior os riscos para danos no local da aplicação.

MATERIAL NECESSÁRIO PARA PREPARO DO MEDICAMENTO E INJEÇÃO IM

Bandeja contendo
 Luva de procedimento
 Seringa de 3 mL ou 5 mL
 Agulha para aspiração da medicação 40/12
 Medicação a ser aspirada
 Agulha para aplicação da medicação 25/8 ou 30/8
 Bolas de algodão e álcool a 70%

EVOLUÇÃO DO PROCEDIMENTO DA APLICAÇÃO INTRAMUSCULAR

 Checar medicação prescrita: data, dose, via e nome do paciente.


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Rua Getúlio Vargas, nº 20, Setor Centro – CEP 76.230-000 – Piranhas - GO
Fone: (64) 3665-1881
 Lavar as mãos;
 Preparar medicação, conforme técnica descrita;
 Orientar o cliente do procedimento;
• Reunir o material para a aplicação IM.
 Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local de aplicação se
possível permitir que o cliente faça a escolha com você, deixe a área de aplicação
relaxada.
 Calçar as luvas de procedimento.
 Fazer antissepsia do local.
 Realizar aplicação no músculo escolhido, sempre com bisel lateralizado,
introduzir a agulha no ângulo de 90º.
 Com a sua mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação
da injeção.
 Realize aspiração, é recomendada após a introdução da agulha, certificando-
se de que não houve punção da agulha, certificando-se de que não houve punção de vaso
sanguíneo; caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o
medicamento, novamente preparado e aplicado.
 Realizar a aplicação do medicamento após aspiração local.
 Realize massagem leve para proporcionar melhor distribuição e absorção do
medicamento.
 Não realize massagem em medicamentos com contra-indicações por ação
prolongada (Exemplo: anticoncepcionais injetáveis)
 Descarte o material, seguindo as precauções padrão, higienize as mãos e
proceda à sua anotação de Enfermagem, descrevendo o local da aplicação, para rodízio
na próxima aplicação.
OBSERVAÇÕES:
Locais de aplicação:
O local apropriado para aplicação da injeção intramuscular é fundamental para
uma administração segura. Na seleção do local deve-se considerar o seguinte:
• Distância em relação a vasos e nervos importantes;
• Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento;
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• Espessura do tecido adiposo;
• Idade do paciente;
• Irritabilidade da droga;
• Atividade do paciente.

Dorsoglútea (DG):
1. Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para
dentro, para um bom relaxamento. A posição de pé é contra-indicada, pois há completa
contração dos músculos glúteos, mas, quando for necessário, pedir para o paciente ficar
com os pés virados para dentro, pois ajudará no relaxamento.
. Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária, a partir da
espinha ilíaca póstero-superior até o trocânter do fêmur.
3. Administrar a injeção no quadrante superior externo da cruz imaginária.
4. Indicada para adolescentes e adultos com bom desenvolvimento muscular e
excepcionalmente em crianças com mais de 2 anos, com no mínimo 1 ano de eambulação.

Ventroglútea (VG):
1. Paciente pode estar em decúbito sentado lateral, ventral ou dorsal.
2. Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente.
3. Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca ântero-
superior direita.
4. Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca.

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5. Espalmar a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o
indicador em triângulo. 6. Indicada para crianças acima de 03 anos, pacientes magros,
idosos ou caquéticos.

Face Vasto Lateral da Coxa:


1. Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado.
2. Traçar um retângulo delimitado pela linha média na anterior da coxa, na frente
da perna e na linha média lateral da coxa do lado da perna, 12-15 cm do grande trocânter
do fêmur e de 9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de largura.
3. Indicado para lactantes e crianças acima de 1 mês, e adultos. Deltóide:
• Paciente poderá ficar sentado ou decúbito lateral.
• Localizar músculo deltóide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um
triângulo imaginário com a base voltada para cima e administrar a medicação no centro
do triângulo imaginário.

Escolha correta do ângulo:


• Vasto lateral da coxa – ângulo 45 em direção podálica.
• Deltóide – ângulo 90º.
• Ventroglúteo – angulação dirigida ligeiramente à crista ilíaca.
• Dorso glúteo – ângulo 90º.

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Escolha correta da agulha:
Conforme Horta e Teixeira a dimensão da agulha em relação à solução e à
espessura da tela subcutânea (quantidade de tecido abaixo da pele) na criança e no adulto,
deve seguir o seguinte esquema:

FAIXA ETÁRIA ESPESSURA SOLUÇÃO SOLUÇÃO


SUBCUTÂNEA AQUOSA OLEOSA OU
SUSPENSÃO

ADULTO •Magro •25 x 6/7 25 x 8

• Normal • 30 x 6/7 • 30 x 8

• Obeso • 30 x 8 • 30 x 8

CRIANÇA •Magra •20 x 6 •20 x 6

• Normal • 25 x 6/7 • 25 x 8

• Obesa • 30 x 8 • 30 x 8

ADMINISTRAÇÃO VIA ENDOVENOSA (EV)

A administração via endovenosa EV permite a aplicação de medicações


diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar
desde uma única dose até uma infusão contínua.
Com o medicamento ou a solução são absorvidas imediatamente, a resposta do
cliente também é imediata. A biodisponibilidade instantânea transforma a via EV, na
primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. Como a absorção
pela corrente sanguínea é completa, grandes doses de substâncias podem ser fornecidas
em fluxo contínuo.

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Indicam – se diluições em seringas de 20 e 10 mL, ou seja, com 20 ou 10 mL de
água destilada ou para injeção. Para medicamentos com altas concentrações, indicam- se
diluições em frascos de soluções salinas (Solução Fisiológica 0,9%) ou glicosadas
(Solução Glicosada 5%); ATENÇÃO: clientes com restrição hídrica podem ter PM com
diluições menores.

. LOCAIS MAIS INDICADOS PARA PUNÇÃO ENDOVENOSA

Região Cefálica: utilizada com freqüência em pediatria, quando não há


possibilidade de realizar a punção em regiões periféricas.
Região dos membros superiores: área em que encontramos vários locais
disponíveis para realizar a punção, tais como: veia cefálica acessória, veia cefálica, veia
basílica, veia intermédia do cotovelo e veia intermédia do antebraço.
Região do dorso da mão: área em que encontramos veias superficiais de fácil
acesso, porém atenção à punção de longa duração nesse local, pois pode limitar os
movimentos. Veias: veia basílica, veia cefálica e veias metacarpianas dorsais.

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MATERIAL NECESSÁRIO PARA PUNÇÃO VENOSA

. Bandeja contendo

 Luva de procedimento
 Garrote
 Bolas de algodão e álcool a 70%
 Cateter periférico (cateter agulhado - tipo escalpe) para punções de curta
duração em torno de 24 horas, cateteres sobre agulha para punções de curta duração em
torno de 72 horas.
 Adesivo para fixação do cateter

EVOLUÇÃO DO PROCEDIMENTO DA PUNÇÃO PERIFÉRICA

 Checar medicação prescrita: data, dose, via e nome do paciente.


 Lavar as mãos;
 Preparar medicação, conforme técnica descrita;
 Orientar o cliente do procedimento;
 Reunir o material para punção.
 Deitar o cliente em posição confortável com a área de punção apoiada.
 Escolher o local para punção, se possível permitir que o cliente faça a escolha
com você.
 Calçar as luvas de procedimento.
 Garrotear o local para melhor visualizar a veia.
 Fazer antissepsia do local.
 Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para
cima, introduzir a agulha no ângulo de 45°.
 Após a punção, realizar fixação adequada com adesivo disponível.
 Realizar dobraduras nas laterais do adesivo para facilitar a sua troca diária.

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 Identificar o adesivo com data, nome do realizador do procedimento e hora,
para controle de uma nova punção ou para troca de fixação do cateter.
 Reunir o material e deixar o ambiente em ordem.
 Realizar higiene das mãos e anotação de Enfermagem do procedimento,
descrevendo local e intercorrências.

ACIDENTES QUE PODEM OCORRER DURANTE E APÓS APLICAÇÕES DOS


MEDICAMENTOS

1. Não reencape as agulhas após realizar o procedimento de aplicação injetável de


medicamentos (ID, SC, IM e EV), risco de autocontaminação.
2. Atenção para não esquecer perfurocortante no leito ou no quarto do cliente,
risco de contaminação para o cliente e de autocontaminação para a equipe.
3. Durante a administração das medicações, podem ocorrer alguns acidentes
relacionados à manutenção e permanência do dispositivo venoso.
3.1. Extravasamento: ocorre por meio de uma infiltração da medicação ou
solução que está sendo injetada, causando a formação de edema, dor local; a infusão deve
ser interrompida e o cateter deve ser retirado.
3.2. Obstrução: ocorre quando a infusão é interrompida por algum motivo
e o dispositivo fica sem fluxo ou fechado durante muito tempo, impedindo a infusão da
solução, indica-se a Prescrição de Enfermagem da injeção de solução salina ou água
destilada (10 ml em seringa de 10 ml em bolus), garantindo assim a permeabilidade do
cateter.
3.3. Flebite: ocorre uma inflamação na veia, após a punção venosa e ou
administração da medicação, o cliente apresenta dor local, calor, edema e sensibilidade
ao toque e hiperemia (vermelhidão), a inclusão deve ser interrompida e o cateter deve ser
retirado.

ERROS MAIS COMUNS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

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- Preparo da droga errada.
- Administração de droga certa em cliente errado.
- Modificação da coloração da droga injetável, tornando-se leitosa.
- Modificação da droga injetável com presença de cristais.
- Administração da droga intravenosa com extravasamento discreto, causando
irritação local.
- Administração de droga subcutânea em quantidade superior ao tolerável pelo
espaço subcutâneo.
- Falta de rodízio na aplicação de droga subcutânea, ocasionando hematomas e
irritações locais.
- Administração de droga intramuscular em quantidade superior ao tolerado pelo
espaço intramuscular.
- Falta de rodízio na aplicação da droga intramuscular, ocasionando
endurecimento de tecido muscular e favorecendo o aparecimento de abcessos
intramusculares.
- Administração de drogas com atraso em seus horários, podendo ocasionar
alteração em seus níveis plasmáticos, gerando interferência no tratamento.

VIA INJETÁVEL (INTRADÉRMICA, SUBCUTÂNEA,


INTRAMUSCULAR, INTRAVENOSA)

Os medicamentos administrados por via injetável têm a vantagem de


fornecer uma via mais rápida; quando a VO é contra-indicada, favorecendo, assim a
absorção mais rápida. Para realizarmos esse procedimento, é necessário entender sobre
a graduação das seringas e calibre das agulhas disponíveis universalmente. Vejamos
agora alguns tipos de seringas e agulhas.

Seringas

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Seringa de 20 ml

É graduada e dividida em mm3 (milímetros cúbicos), que significa que 20 ml


foram divididos em partes iguais com graduação de identificação da quantidade a ser
aspirada e posteriormente administrada. Uma seringa de 20 ml possui números inteiros
pois: 20/20 = 1 ou1 ml, ou seja, essa seringa é dividida de 1 em 1ml.

• Seringa de 10ml
É graduada e dividida em mm3 (milímetros cúbicos), que significa que 10ml
foram divididos em partes iguais com graduação de identificação, divididos em
10/50 0,2ml, ou seja, essa seringa é dividida de 1 em 1ml e cada 1ml é dividido em 0,2ml.

• Seringa de 5 ml
É uma seringa dividida em mm3 (milímetros cúbicos), os 5 ml foram divididos
em partes iguais, que correspondem a: 5 / 25 = 0,2 ml, ou seja, é dividida de 1 em 1ml
e cada 1ml é dividido em 0,2 ml.

• Seringa de 3ml
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É uma seringa dividida em mm3 (milímetros cúbicos), os 3ml foram divididos
em partes iguais, que correspondem a: 3 / 30 = 0,1ml, ou seja, é dividida de 0,5 em 0,5
ml e cada 0,5ml é dividido em 0,1ml.

• Seringa de 1ml
A seringa de 1ml é dividida em 100 partes iguais, que correspondem a: 1/100,
pois 1ml é = a 100UI. (geralmente usada para insulina e subcutâneas):

Agulhas

Os componentes básicos da agulha são: o canhão (local onde se encaixa na


seringa); a haste (corpo da agulha); e o bisel (ponta com óstio em diagonal). O canhão
é a porção mais larga da agulha que se fixa na seringa, a haste é a porção maior e mais
fina e o bisel é a abertura final na parte distal da agulha.
A escolha da agulha deve ser realizada, levando-se em consideração a vida de
administração, o local a ser administrado, o volume e a viscosidade do medicamento e
o próprio cliente, avaliando as condições da musculatura, peso, da pele local etc.
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•Agulha 40/12 e 40/10
Utilizadas para preparo e aspiração de medicações (usualmente com o canhão
na cor ROSA).

•Agulha 30/7e 25/7


Utilizadas para aplicação intravenosa no cliente adulto; na criança, utilizamos
agulhas de calibres menores e, no geral, para punções venosas é mais seguro com o uso
de cateteres usualmente com o canhão na cor CINZA).

•Agulha 30/8 e 25/8


Utilizadas para aplicação intramuscular no cliente adulto; no cliente
emagrecido, idoso ou criança, utilizamos agulhas de calibres menores. É importante que
o profissional realize uma avaliação da massa muscular para escolha do material
(usualmente com o canhão na cor VERDE)

•Agulha 13/4,5 e 13/4,0

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Utilizada para aplicação das vias intradérmica e subcutânea; existem outros
calibres próximos a esses que podem ser utilizados. (usualmente com o canhão na cor
MARROM).
No mercado há outras numerações utilizadas nas mesmas vias em neonatologia
e pediatria.

TÉCNICA PARA O PROCEDIMENTO DE ASPIRAÇÃO DA


MEDICAÇÃO INJETÁVEL

- Higienizar as mãos antes do procedimento.


- Reunir o material necessário.
- Abrir a seringa na técnica.
- Para medicação ID, seringa de 1 ml ou 3 ml.
- Para medicação SC, seringa de 1 ml ou 3 ml.
- Para medicação IM, seringa de 3 ml ou 5 m.
- Para medicação EV, seringa de 10 ou 20 ml.
- Proteger a seringa na sua embalagem.
- Abrir a agulha na técnica.
- Para injeção ID, 13/4,5 ou 13/4,0.
- Para injeção SC, 13/4,5 ou 13/4,0.
- Para injeção IM, 25/8 ou 30/8.
- Para injeção EV, 30/7 ou 25/7.
- Encaixar o canhão da agulha na seringa, utilizando a técnica.
- Usar agulha adequada para aspiração 40x12 ou 40/10.
- Retire o ar da seringa, empurrando o êmbolo para o bico, já com a agulha
conectada.
- Para continuar o procedimento, proteja a seringa na sua embalagem.
- Fazer a antissepsia com álcool a 70% no frasco ampola e no gargalo da
ampola.

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- Abrir a ampola, envolvendo-a com algodão para evitar acidente.
- Retire a capa de proteção da agulha, deixando-a sobre a embalagem da
seringa.
- Realize a aspiração da medicação, tendo o devido cuidado para não
contaminar o material, caso isso aconteça, despreze tudo e inicie o procedimento
novamente.

ADMINISTRAÇÃO VIA INTRADÉRMICA (ID)

A administração intradérmica (ID) de medicações é empregada, sobretudo para


fins diagnósticos, quando se testam alergias ou reação para tuberculose. Essa via resulta
em pouca absorção sistêmica produz efeito principalmente local. Ao realizar a técnica
de aplicação, deve- se certificar de não injetar o medicamento profundo, evitando
iatrogenia na administração ID. O volume indicado para essa via é de 0,5 ml.

TÉCNICA DA VIA INTRADÉRMICA

Material
Bandeja contendo:

 Luva de Procedimento
 Seringa de 1 mL
 Agulha para aspiração de medicação 25/6 ou 25/8
 Medicação a ser aspirada
 Agulha para aplicação da medicação 13/4,5 ou 13/4,0
 Bolas de algodão e álcool a 70%

Evolução do Procedimento

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 Checar medicação prescrita: data, dose, via e nome do paciente.
 Lavar as mãos;
 Preparar medicação, conforme técnica descrita;
 Orientar o cliente do procedimento;
 Escolher local de fácil visualização, como região anterior de antebraço,
livre de vasos sanguíneos; parte do antebraço, livre de vasos sanguíneos; para teste
de alergia. Pode ser utilizada a região dorsal;
 Realizar antissepsia do local, sempre com o algodão embebido em álcool;
• Realize aplicação no ângulo de 10 a 15°, introduza em torno de 3mm da
agulha, não realize aspiração, aplique o medicamento de forma lenta e suave,
observando a forma da pápula;
 Caso seja um teste, faça uma demarcação da área para futura avaliação.
• Descarte o material, seguindo as precauções padrão, higienize as mãos
e proceda à anotação de Enfermagem;
• Vacina BCG ocorre pela Intradérmica.

ADMINISTRAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA (SC)

Na administração via subcutânea (SC), o líquido é absorvido lentamente, a


partir do tecido subcutâneo, prolongando assim seus efeitos. Essa via não pode ser usada
quando o cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois a circulação
periférica diminuída retarda a absorção da medicação.
É uma via utilizada com frequência na aplicação de medicamentos em
tratamentos de longa duração (Diabetes), em pós- operatórios na profilaxia de
ocorrências vasculares obstrutivas. O volume indicado para essa via é de 0,5 mL até 2,0
mL.
ATENÇÃO: quanto maior o volume, maiores os riscos para danos no local da
aplicação.
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MATERIAL NECESSÁRIO PARA PREPARO DO MEDICAMENTO E INJEÇÃO SC
Bandeja contendo
 Luva de procedimento
 Seringa de 1 ml
 Agulha para aspiração da medicação 25/6 ou 25/8
 Medicação a ser aspirada
 Agulha para a aplicação da medicação 13/4,5 ou 13/4,0
 Bolas de algodão e álcool a 70%
 Orientar o cliente quanto ao procedimento

. EVOLUÇÃO DO PROCEDIMENTO

 Checar medicação prescrita: data, dose, via e nome do paciente.


 Lavar as mãos;
 Preparar medicação, conforme técnica descrita;
 Orientar paciente sobre o procedimento;
 Escolher local de fácil visualização como região de braço, antebraço,
abdome, região anterior e posterior da coxa, glúteo bilateral. Atenção: nessa via deve
ser realizada rodízio dos locais de aplicação com rigor, evitando assim iatrogenias.
 Realize antissepsia do local, sempre com o algodão embebido em álcool
70%.
 Realize a aplicação no ângulo de 90°, com agulha 13x4,0 ou 13x 4,5 e
ângulo de 45°, com agulha 25x7, 25x8.
 Com a sua mão não dominante, segure a pele ao redor do local da injeção
e leve firmemente o tecido subcutâneo para formar uma dobra adiposa.
 Não realize aspiração, no caso de Heparina, pois pode ocorrer a formação
de hematomas no local de aplicação.
 Para outras medicações, inclusive Insulina, é recomendada a aspiração,
após a introdução da agulha, certificando- se de que não houve punção de vaso
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sanguíneo; caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o
medicamento, novamente preparado e aplicado.
 Realize a aplicação do medicamento após aspiração local.
 Não realize massagem no caso de Insulina, pois pode ocorrer aceleração
no processo de absorção do medicamento.
 Medicamentos que não tenham ação prolongada e que não atuem na
coagulação sanguínea, uma massagem leve podem proporcionar melhor distribuição
e absorção do medicamento.
 Descarte o material, seguindo as precauções padrão, higiene as mãos e
proceda à anotação de Enfermagem, descrevendo o local da aplicação, para rodízio
na próxima aplicação.
 Vacinas que são utilizadas nessa via são: Sarampo, Caxumba e Rubéola.
Observações: Na administração de insulina não realizar massagem após aplicação,
para evitar a absorção rápida.

Locais de aplicação:
•Região deltóide no terço proximal.
•Face superior externa do braço.
•Face anterior da coxa.
•Face anterior do antebraço.

ADMINISTRAÇÃO VIA ORAL

(VO)

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A administração de medicamentos por via oral é segura e não requer técnica
estéril na sua preparação, nessa via os medicamentos podem ser na apresentação de
comprimidos, drágeas, cápsulas ou líquidos; são absorvidos principalmente, no
estômago e intestino. Devem ser administrados com água filtrada de 100 até 200 ml,
favorecendo sua absorção.
Observação: a medicação via oral não é indicada em clientes apresentando
náuseas, vômitos, dificuldade de deglutição, ou estejam em jejum para cirurgia

Materiais:

1. Copo descartável/ graduado.


2. Medicação.
3. Conta gotas.
4. Bandeja.

Descrição do Procedimento:
1. Checar prescrição: data, nome do paciente, medicação, dose, via de
administração e apresentação.
2. Lavar as mãos.
3. Separar a medicação evitando tocar as mãos nos comprimidos. Usar a
própria tampa do frasco ou gaze para auxiliar.
4. Em caso de líquido – agitar o frasco e colocar a dose prescrita com auxílio
do copo graduado, ou conta gotas.
5. Explicar o procedimento ao paciente.
6. Oferecer a medicação.
7. Certificar-se que o medicamento foi deglutido.
8. Lavar as mãos.
9. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar;
10. Anotar na planilha de produção.
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11. Manter ambiente de trabalho limpo e organizado.

ADMINISTRAÇÃO POR SONDA GÁSTRICA OU ENTERAL

Use o mesmo critério de medicação VO, diluindo o comprimido ou as gotas e


líquidos que devem ser aspirados e administrados em seringa de 10 a 20 ml, após
administração do medicamento, a sonda deve ser lavada com água filtrada em seringa
de 10 a 20 ml em bolus, evitando sua obstrução.

ADMINISTRAÇÃO POR VIA SUBLINGUAL


Os medicamentos sublinguais seguem o mesmo procedimento empregado para
aqueles de via oral, exceto que a medicação deve ser colocada sob a língua.

Nesse procedimento, solicita-se que o cliente abra a boca e repouse a língua no


palato; a seguir, coloca-se o medicamento sob a língua (em comprimidos ou gotas); o
cliente deve permanecer com o medicamento sob a língua até a sua absorção total.
Nesse período, o cliente não deve conversar nem ingerir líquido ou alimentos.
As medicações administradas por via sublingual promovem uma rápida absorção da
droga em curto espaço de tempo, além de se dissolverem rapidamente, deixando pouco
resíduo na boca.

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MEDICAÇÃO VIA OCULAR

FINALIDADE: Auxiliar no tratamento de patologias oculares, exames


oftalmológicos ou lubrificação ocular.
INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO: Indicação: pacientes em tratamento de
patologias oculares, dilatação pupilar, anestesia, melhoria dos tecidos oculares
irritados,

lubrificação ocular em pacientes em coma, sedados e inconscientes. Contraindicação:


pacientes em pós-operatório imediato de cirurgia ocular.
RESPONSABILIDADE: Enfermeiro e Técnico em Enfermagem.
RISCOS/PONTOS CRÍTICOS: Verificação do medicamento prescrito, olho a
ser tratado e dose; Irritação ocular; dor e ardor; Infecções por má realização do

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procedimento MATERIAL: Gaze, conta-gotas e medicação prescrita, lenço de papel,
bandeja,
luva de procedimento se necessário.

AÇÃO DA ENFERMAGEM

1. Higienizar as mãos;
2. Conferir a prescrição médica, preparar o material e levá-lo numa bandeja
até o paciente;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Utilizar luvas de procedimento, se houver presença de secreção;
5. Fazer ou auxiliar o paciente na lavagem dos olhos, com água, se houver
presença de secreção/resíduos;
6. Lavar e secar no sentido do canto interno do olho para o externo;
7. Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira com a cabeça inclinada
para trás;
8. Afastar com os dedos a pálpebra inferior com auxilio de uma gaze e
solicitar que o paciente olhe para cima;
9. Aplicação de colírio:
• Remover o conta-gotas e pingar o número de gotas prescritas,
aproximadamente 1 a 2 cm acima do saco conjuntival com o cuidado de não tocar na
conjuntiva do paciente.
• Orientar o cliente a fechar os olhos, movê-los e piscar suavemente.
• Secar o excesso de medicação com um lenço de papel.
10. Aplicação de pomadas:
• Aplicar uma fina camada de pomada ao longo da extremidade interna da
pálpebra inferior (na conjuntiva), com o cuidado de não tocar a ponta da bisnaga na
conjuntiva do paciente.
• Limpar o excesso com uma gaze.
• Solicitar que o paciente permaneça com o olho fechado por alguns minutos.
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Rua Getúlio Vargas, nº 20, Setor Centro – CEP 76.230-000 – Piranhas - GO
Fone: (64) 3665-1881
11. Recolher o material em uma bandeja e encaminhar ao expurgo;
12. Higienizar as mãos;
13. Checar o procedimento;
14. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

RECOMENDAÇÕES

Caso tenham sido prescritas gotas e pomada, as gotas devem ser instiladas
primeiramente.
Utilizar um novo lenço de papel absorvente para cada olho para evitar
contaminação cruzada.
Se a ponta do conta-gotas ou pomada for contaminada, descarte-os e
providencie outro estéril.

MEDICAÇÃO VIA AURICULAR

FINALIDADE: Auxiliar no tratamento de patologias específicas no interior do


pavilhão auricular, exames otológicos.
INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO: Indicação: pacientes em tratamento de
patologias otológicas, diminuir o cerúmen e alívio da dor e produzir anestesia local.
Contra-indicação: pacientes com otorragia e em pós-operatório imediato de cirurgia
otológica ou auricular.
RESPONSABILIDADE: Enfermeiro e Técnico em Enfermagem.

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RISCOS/PONTOS CRÍTICOS: Derrame de gotas fora do ouvido por um mau
posicionamento; Irritação, dor, ardor, prurido.

MATERIAL: Bandeja, medicação prescrita, conta-gotas, gaze e luvas de


procedimento, se necessário.

AÇÃO DA ENFERMAGEM

1. Higienizar as mãos;
2. Conferir a prescrição e reunir o material em uma bandeja e levar até o paciente;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Colocar o paciente sentado ou deitado, com a cabeça inclinada lateralmente;
5. Calçar luvas de procedimento se houver presença de secreção;
6. Segurar a porção superior do pavilhão auricular e puxar suavemente o lóbulo
para cima e para trás em pacientes adultos. Em crianças, o lóbulo é puxado para baixo
e para trás;
7. Com o auxílio de uma fonte de luz, examine o canal auditivo para verificar se
há secreção. Caso haja, limpe o canal com lenço de papel absorvente ou cotonete;
8. Pingar a quantidade de gotas prescritas sem tocar o conta gotas no paciente;
9. Pedir ao paciente para permanecer em decúbito lateral por 2 a 3 minutos;
10. Repetir o procedimento no lado contrário, se estiver prescrito;
11. Recolher o material do quarto, deixando o paciente confortável e
encaminhar o material de descarte ao expurgo;
12. Higienizar as mãos;
13. Checar o procedimento;
14. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

RECOMENDAÇÕES

Para aplicação de cremes, faz-se um fuso de gaze colocando creme na


extremidade. Deve-se introduzir no ouvido com o auxilio de uma pinça.
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A medicação deve ser administrada em temperatura ambiente, se estiver
guardada em geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário.
Orientar o paciente para permanecer alguns minutos em posição lateral, para
evitar refluxo da medicação.

Se o cliente apresentar vertigem, mantenha a grade lateral do leito levantada e


ajude-o durante o procedimento, se necessário.

MEDICAÇÃO VIA NASAL

FINALIDADE: Administrar medicamento através das narinas para auxilio no


tratamento de doenças inflamatórias e infecciosas das vias respiratórias superiores ou
para serem absorvidos sistematicamente.
INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO: Indicação: pacientes em tratamento de
patologias inflamatórias/infecciosas das vias aéreas superiores ou servir de via de
absorção para determinados medicamentos e tratamentos hormonais. Contra-
indicação: pacientes com epistaxe e em pós-operatório imediato de cirurgias de
otorrinolaringologia e Rinoplastia.
RESPONSABILIDADE: Enfermeiro e Técnico em
Enfermagem. RISCOS/PONTOS CRÍTICOS: Irritação, dor,
epistaxe, ardor.
MATERIAL: Bandeja, lenços de papel ou gaze, conta gotas e medicação
prescrita

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AÇÃO DA ENFERMAGEM

1. Higienizar as mãos;
2. Conferir a prescrição e reunir todo o material necessário numa
bandeja e levá-lo até o paciente;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Solicitar para que limpe as narinas com lenços de papel;
5. Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira;
6. Higienizar as mãos;
7. Para acesso do medicamento:
• à faringe posterior: solicitar ao paciente que incline a cabeça para
trás.
• ao seio etmóide ou esfenóide: colocar um travesseiro sob os ombros
e inclinar a cabeça do paciente para trás.
• aos seios frontais e maxilares: solicitar ao paciente que incline a
cabeça para trás e para o lado que deve ser tratado.
8. Pingar as gotas nas narinas, não tocar nas paredes da narina;
9. Observar a reação do paciente e posicioná-lo novamente no leito, de
acordo com sua necessidade;
10. Recolher o material, colocá-lo na bandeja e encaminhar ao expurgo;
11. Higienizar as mãos;
12. Checar o procedimento;
13. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.

RECOMENDAÇÕES

Orientar o paciente a não assoar o nariz imediatamente após a instilação da


medicação, apesar do desconforto que ela pode vir a causar.

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