Você está na página 1de 77

Regras Gerais na

Administração de
Medicamentos
ASPECTOS LEGAIS
RESOLUÇÃO COFEN-281/2003

﹡ Art. 1º - É vedado a qualquer Profissional de


Enfermagem (executar a repetição de
prescrição de medicamentos, por mais de 24
horas), salvo quando a mesma é validada nos
termos legais;
2
ASPECTOS LEGAIS
﹡ Art. 2º - Quando completar-se 24 horas da
prescrição efetivada (adotar as providências
para denunciar a situação ao responsável
técnico da Instituição ou plantonista);.

3
ASPECTOS LEGAIS
﹡ RESOLUÇÃO COFEN-225/2000

﹡ Art. 1º- É vedado ao Profissional de Enfermagem


cumprir ou executar prescrições
medicamentosas/terapêuticas, através de
rádio, telefonia ou meios eletrônicos);

4
ASPECTOS LEGAIS
﹡ Art. 2º - Não se aplica ao artigo anterior as
situações de urgência, na qual, efetivamente,
haja iminente e grave risco de vida do cliente.

5
Resoluções do Cofen
225/ 2000
﹡ Art. 1º- É vedado ao Profissional de Enfermagem aceitar,
praticar, cumprir ou executar prescrições
medicamentosas/terapêuticas, oriundas de qualquer
Profissional da Área de Saúde, através de rádio, telefonia
ou meios eletrônicos, onde não conste a assinatura dos
mesmos.
﹡ Art. 2º - Não se aplica ao artigo anterior as situações de
urgência, na qual, efetivamente, haja iminente e grave
risco de vida do cliente.
6
Resoluções do Cofen
311/ 2007
﹡ Art. 37 – (direito)Recusar-se a executar prescrição
medicamentosa e terapêutica, onde não conste a
assinatura e o número de registro do profissional, exceto
em situações de urgência e emergência.
﹡ Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá
recusar-se a executar prescrição medicamentosa e
terapêutica em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.

7
REGRAS GERAIS
1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico.
2. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em
caso de emergência, a enfermagem pode atender
prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico
logo que possível.
3. Nunca administrar medicamento sem rótulo.
4. Verificar data de validade do medicamento.
5. Não administrar medicamentos preparados por outras
pessoas.
8
6. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer
cuidados específicos e efeitos colaterais.
﹡ melhor horário;
﹡ diluição formas, tempo de validade;
﹡ ingestão com água, leite, sucos;
﹡ antes, durante ou após as refeições ou em jejum;
﹡ incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
9
REGRAS GERAIS

7. Tendo dúvida sobre o medicamento, não


administra-lo.
8. Manter controle rigoroso sobre medicamentos
disponíveis.
9. Alguns medicamentos, como antibióticos,
vitaminas e sulfas, precisam ser guardados
corretamente, pois se alteram na presença da luz, do
ar ou do calor.
10
11
Via Parenteral
A administração parenteral de medicamentos é a
administração por meio de injeções.
﹡ Constitui um procedimento invasivo que requer
técnica asséptica.
﹡ Utilizada quando se deseja uma ação imediata da
droga ou quando outras vias não estão indicadas
12
Via Parenteral
Via de administração onde a medicação é absorvida

mais rapidamente;
Deve-se manter o máximo de atenção, pois podem

provocar lesões importantes quando aplicadas de


maneira incorreta;
Incluem as vias:

13
Via Parenteral
﹡ Intravenoso (IV)

﹡ Endovenoso (EV)

﹡ Intramuscular (IM)

﹡ Subcutâneo (SC)

﹡ Intradérmica (ID)
(POTTER e PERRY, 2005, p. 922)
14
Cada via de medicação atinge determinado local da pele
humana e seu adjacentes, ou seja:
– Via intradérmica: atinge a DERME;

– Via subcutânea: atinge o tecido SUBCUTÂNEO

(adiposo);
– Via intramuscular: atinge o tecido MUSCULAR;

15
Vias de Medicações
;

16
Vias de Medicações
;

17
18
19
;

20
;

21
;

22
;

23
VANTAGENS via Parenteral
;
﹡ Absorção mais rápida e completa.
﹡ Possibilidade de administrar determinadas drogas
que são destruídas pelos sucos digestivos.
﹡ Doses mais precisas.

24
DESVANTAGENS- Via Parenteral
;
﹡ Picada da agulha ou irritação da droga =>DOR
﹡ Engano lesão considerável.
﹡ Rompimento da pele risco de infecção.
﹡ Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.

25
Seringa de 1ML
Pode ser graduada em ml(mililitros)ou UI (Unidade
Internacional);
• Em ml cada “risquinho” corresponde a 0,02ml pois
ela foi dividida em 50;
• Em UI cada “risquinho” corresponde 2 UI

26
;

27
;

28
Agulhas (13x4,5; 25x7; 25x8; 30x7; 30x8; 40x8).

29
Escolha do calibre adequado
Espessura do tecido subcutâneo Soluções Oleosas Soluções Aquosas

Adulto magro 25 x 8 25x6 ou 7

Adulto normal 30 x 8 30x6 ou 7

Adulto obeso 40 x 8 40x6 ou 7

Criança magra 20 x 8 20x6 ou 7

Criança normal 25 x 8 25x6 ou 7

Criança obesa 30 x 8 30x6 ou 7

30
Locais para administração de injeção intramuscular:

﹡ Região deltóidea (músculo deltóide).

﹡ Região dorsoglútea (músculo glúteo máximo).

﹡ Região ventroglútea (músculos glúteos, médio e


mínimo).
﹡ Região face ântero-lateral da coxa (músculo vasto
lateral).
31
Injeção Intramuscular
﹡ Depositam medicações no tecido muscular;

﹡ Requer agulha mais longa para penetrar no tecido;

﹡ Ângulo de aplicação de 90° e o bisel Lateralizado;

﹡ Fatores como: viscosidade da medicação, local da


injeção, peso da pessoa e espessura do tecido
adiposo podem influenciar na seleção da agulha.
32
Injeção Intramuscular
﹡ O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido,
ser de fácil acesso e não possuir vasos de grosso
calibre e nervos superficiais.
﹡ O volume máximo que devemos administrar pela
Via Intramuscular deve ser compatível com a
estrutura muscular.
33
Injeção Intramuscular
﹡ ATENÇÃO:

﹡ Região do Deltóide – 2 ml;

﹡ Região Glútea – 4 ml;

﹡ Região da Coxa – 3 ml;

﹡ Região Ventroglútea – até 5 ml

34
Região Deltóidea
﹡ Volume máximo: 3 ml.
﹡ Angulação da agulha: perpendicular à pele (90°).
﹡ Evitar várias aplicações consecutivas (massa
muscular relativamente pequena).
Delimitação:
﹡ 4 dedos abaixo do final do ombro (Acrômio)
﹡ ponto médio no sentido da largura (ao nível da
axila) 3 a 3,5 cm acima da margem inferior do
deltóide
35
Contraindicações de aplicação no
Deltoide
Criança de 0 a 10 anos;
– Desenvolvimento muscular inadequado;
– Injeções consecutivas;
– Clientes vítimas de AVC com parestesia ou paralisia
dos braços;
– Mastectomia
36
Região Deltóidea

37
Região Ventroglútea
﹡ É a região mais indicada por estar livre de
estruturas anatômicas importantes.
﹡ Não apresenta vasos sanguíneos ou nervos
significativos.
﹡ PRIVATIVO DO ENFERMEIRO

38
;

39
Região Dorsoglútea
﹡ ;Indicada quando tiver a necessidade de se
administrar 3 a 5 ml.
﹡ Um dado anatômico importante é o nervo ciático,
fundamental para a motricidade dos membros
inferiores.

40
Região Dorsoglútea
Delimitação:
﹡ Traçar um eixo imaginário horizontal com origem
na saliência mais proeminente da região sacra
﹡ Outro eixo vertical na metade do primeiro eixo.
﹡ Aplicar a injeção no quadrante látero-superior
externo.

41
Região Dorsoglútea

42
Região Dorsoglútea
﹡ Angulação da agulha: 90°.

﹡ Não é indicada para crianças menores de 2 anos,


pois nesta faixa etária a região dorso glútea é
composta de tecido adiposo e há somente um
pequeno volume de massa muscular.

43
Região face anterolateral da coxa
﹡ Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos ou
nervos importantes nas proximidades.
﹡ Apresenta grande massa muscular.

﹡ Extensa área de aplicação, podendo receber


injeções repetidas.

44
﹡ Delimitação:

﹡ Medir 5 dedos ou 12 cm acima da parte superior do


joelho e 12 cm abaixo da região inguinal
(articulação coxo-femural).
﹡ Entre a linha média lateral e a linha média anterior
da coxa.
45
Região face anterolateral da coxa
﹡ Volume máximo: 3 ml.

﹡ Angulação da agulha: 90 - 45°.

﹡ Indicada para lactente e infante (29 dias a 10


anos).
﹡ Contraindicada para RN devido ao risco de
contratura do quadríceps femoral.
46
47
Cuidados gerais na via I.M.
﹡ Após antissepsia da área com álcool 70%, aguarde um
momento para que o mesmo seque, evitando ardor
quando o álcool penetrar pelo orifício da punção da
agulha.
﹡ Aspirar SEMPRE antes de injetar o medicamento,
certificando-se de que não tenha atingido nenhum vaso
sanguíneo.
48
RISCOS
﹡ Trauma ou compressão acidental de nervos

﹡ Injeção acidental em veia ou artéria

﹡ Difusão da solução

﹡ Injeção em músculo contraído

﹡ Lesão do músculo por soluções irritantes

﹡ Abcessos
49
50
51
Via Subcutânea

﹡ É a administração de pequena quantidade de


medicamento no tecido subcutâneo (S.C.).
﹡ Volume máximo: 1 ml.

52
Via Subcutânea
﹡ Angulação da agulha:

﹡ 45 ou 90°.

﹡ Ângulo de 45º

﹡ agulhas 20x5,5; 20x5 e 20x6.

﹡ Ângulo de 90º

﹡ agulhas 10x5; 10x6 e 13x4,5.


53
54
Vantagens
﹡ Absorção quase completa se a circulação do
paciente for boa.
﹡ Injeção relativamente indolor.

﹡ Há vários locais de aplicação, podendo a


medicação ser ministrada durante períodos
prolongados.
55
Recomendações
﹡ Realizar rodízio sistemático dos locais de aplicação
e que seja feita a alguns centímetros (2,5 cm) da
aplicação anterior.
﹡ Aplicar em locais que apresentem adequada
circulação, que não tenham cicatrizes, irritação,
prurido ou lesão tecidual.
56
Locais para administração
﹡ Face externa anterior e posterior dos braços. 
Face lateral das coxas.
﹡ Região glútea.

﹡ Região escapular e infra escapular.

﹡ Região abdominal (hipocôndrios D e E), dois dedos


longe da cicatriz umbilical.
57
Locais mais comumente usados para
aplicação

58
59
Via Intradérmica

﹡ Administração de pequena quantidade de líquido


(0,1 – 0,5 ml) na camada dérmica, utilizando
seringa milimetrada e agulha hipodérmica.
﹡ Via indicada para aplicação da vacina BCG,
testes alérgicos e tuberculínicos.

60
Via Intradérmica

﹡ Área usada para aplicação: face interna do antebraço.

﹡ A área deve ter pouca pigmentação, poucos pelos, pouca


vascularização superficial e ser de fácil acesso para leitura
dos resultados das reações aos alérgenos introduzidos.

61
Técnica de aplicação

Preparar o material;
﹡ Colocar o paciente sentado, com o antebraço descoberto e
apoiado sobre um suporte ou mesa;
﹡ Esticar a pele com o polegar da outra mão e introduzir a
agulha aproximadamente 3 mm com o bisel voltado para
cima, num ângulo de 10 a 15° graus;

62
Técnica de aplicação

63
Técnica de aplicação

Injetar a medicação lentamente (observar a formação de uma


pápula no local);

Retirar a agulha e não friccionar ou massagear;

Proceder a leitura conforme recomendações específicas.

64
65
66
Intravenosa / Endovenosa
Introdução de droga diretamente na corrente sanguínea.
Vantagens:
Efeito farmacológico imediato.
Admite grandes volumes.
Controle da dose.
Desvantagens:
Efeito farmacológico imediato.
Material esterilizado.
Facilidade de intoxicação.
67
Critérios para seleção da rede venosa
para punção
﹡ Visibilidade;

﹡ Calibre;

﹡ Elasticidade;

﹡ Trajeto;

﹡ Palpação.
68
Critérios para escolha do local de
aplicação
﹡ Acessibilidade;

﹡ Mobilidade; (longe das articulações)

﹡ Localização; (de distal para proximal)

Ausência de terminação nervosa importante.

69
Cont...

﹡ Acesso Periférico: veias Cefálicas (Mediana e Acessória),


Basílica (Mediana), Mediana, Metacarpianas (Dorsal),
Jugular, Femoral, Pedial.

70
Cont.....
﹡ Acesso Central: vai até veia cava.

71
Tipos de cateteres venosos
﹡ Cateter agulhado ou com asas, dispositivo com asas (Scalp,
butterfly).
﹡ Cateter flexível sem asas, cateter curto (Abocath ou Jelco).

72
Tipos de cateteres venosos
﹡ Tempo de permanência: 24h.

Números: 19, 21, 23, 25, 27


﹡ Tempo de permanência: 72 a 96h.

Números: 14, 16, 18, 20, 22, 24.

73
Orientações
﹡ As drogas para administração I.V. devem ser:

﹡ Límpidas;

﹡ Transparentes;

﹡ Não oleosas;

﹡ Não conter cristais visíveis em suspensão;

﹡ Diluídas.
74
Via Endovenosa
﹡ Injeção in bolus
﹡ Infusão contínua ou intermitente

Injeção in bolus
Administração do medicamento diretamente da seringa para um
acesso venoso.
Produz um nível de medicamento máximo quase imediato no sangue
do paciente.
Monitorar cuidadosamente quanto aos efeitos adversos.

75
Infusão intermitente ou contínua
﹡ Feita através de um equipo.
﹡ Os medicamentos são diluídos em bolsas ou frascos com soluções
salinas, glicosadas ou outras específicas.

76
77

Você também pode gostar