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Disciplina de Fundamentos I

Profa. Dra. Ana Carolina Simões Pereira

Punção Venosa Periférica

O equipamento endovenoso inclui os dispositivos de acesso vascular (VAD);


torniquete; luvas de procedimento; curativos; recipientes de líquido IV; vários tipos de
equipo; e dispositivos de infusão eletrônicos (EID), também chamados de bombas
infusoras. Os VAD, que são cateteres IV periféricos curtos, estão disponíveis em
inúmeros calibres como os calibres 20 e 22 comumente utilizados. Um calibre maior
indica um cateter de diâmetro menor. Um VAD periférico é chamado de cateter sobre
agulha; ele consiste em um pequeno tubo de plástico ou cateter enfiado sobre um
estilete afiado (agulha).
Quando você insere um estilete e avança o cateter para dentro da veia, você
retira o estilete, deixando o cateter na posição. Estes dispositivos apresentam um
mecanismo de segurança que cobre o estilete afiado quando ele é retirado para reduzir o
risco de lesão por punção por agulha (Fig. 42-14). Os sistemas sem agulha permitem
que você faça conexões sem a utilização de agulhas, o que reduz as lesões por punção
por agulha.
A punção venosa ou venipuntura está contraindicada em um local que apresente
sinais de infecção, infiltração ou trombose. Um local de infecção se mostra
avermelhado, doloroso, inchado e possivelmente quente ao toque. O exsudato pode
estar presente.

Não use um local infectado por causa do perigo de introduzir bactérias da


superfície da pele dentro da corrente sanguínea. Evite usar um membro com uma
fístula/enxerto vascular (diálise) ou no mesmo lado de uma mastectomia. Evite áreas de
flexão quando possível. Escolha o local mais distal apropriado. Utilizar um local distal
possibilita, em primeiro lugar, o uso dos locais proximais quando o paciente precisa de
uma mudança do local de punção venosa.
As finalidades gerais da punção venosa consistem em coletar uma amostra de
sangue, iniciar uma infusão IV, prover o acesso vascular para uso futuro, instilar um
medicamento ou injetar um marcador radiopaco ou de outro tipo para exames
diagnósticos especiais.
TERAPIA INTRAVENOSA – PUNÇÃO VENOSA
Material
1. Bandeja ou cuba rim.
2. Luvas de procedimento.
3. O dispositivo de acesso vascular (VAD) aprovado pela instituição para a punção
venosa, como um cateter sobre agulha com o calibre apropriado, dependendo do
tamanho da veia, para infusões de líquido contínuas: cateter 20 periférico para
um adulto, calibre 22 para idosos e crianças (Alexander et al., 2014).
4. Kit de instalação IV (disponível em algumas instituições) — contém um campo
estéril para colocar embaixo do braço do paciente, torniquete, preparações de
limpeza e antissépticas, curativos estéreis, um pequeno rolo de esparadrapo
estéril. Quando um kit IV não está disponível: • Campo descartável ou toalha •
Torniquete (Determine o tipo de torniquete com base na avaliação do paciente
[p. ex., manguito de pressão arterial [PA] — idoso, faixa de borracha —
lactentes]. Use torniquetes descartáveis para evitar as transferências de
microrganismos entre pacientes.) (Alexander et al., 2014) • Swabs antissépticos
(clorexidina a 2%, preferido) (INS, 2011) • Curativo transparente ou, com menor
frequência, compressa de gaze de 5 × 5 cm ou 10 × 10 cm • Esparadrapo não
alergênico e esparadrapo estéril. • Anestésico local (p,ex., lidocaína
intradérmica, anestésico transdérmico tópico) (opcional). Copo embebido com
bolas de algodão.
5. Equipo de curta extensão com conector sem agulha fundida ou separada
(também chamado de acesso salinizado, acesso heparinizado, plug IV, capa de
injeção, adaptador SOS, “buf cap” ou “buf alo cap”).
6. Seringa de 5 ml pré-cheia com a solução de lavagem (cloreto de sódio a 0,9%
[solução salina normal] estéril sem conservantes para adultos) (INS, 2011).
7. Dispositivo de estabilização de cateter manufaturado (p. ex., STATLOCK),
quando disponível (INS, 2011) (Fig. 42-17).
8. Equipamento de proteção individual: luvas limpas, óculos, máscara (opcional,
verificar a política da instituição).
9. Recipiente de descarte de agulhas (descarte de objetos perfurocortantes).
10. RESUMO da realidade profissional: EPI: luvas de procedimento; • Cateter
agulhado na numeração adequada com dispositivo de segurança; • Bandeja
ou cuba rim; • Algodão embebido em álcool a 70%; • Garrote; •
Tricotomizador (se necessário); • Venoscópio (se necessário); • Fita adesiva
hipoalergênica ou filme transparente de poliuretano esterilizados; •
Materiais complementares, de acordo com o procedimento a ser
desenvolvido, tais como: sistema de infusão montado, ou seringa com
medicamento, ou outra solução, ou frascos para coleta sangue, etc.).

Procedimento
1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao cliente e/ou familiar ou
acompanhante;
2. Higienizar as mãos;
3. Realizar a tricotomia da região escolhida, se necessário;
4. Higienizar as mãos;
5. Levar a bandeja (cuba rim) para perto do paciente, colocando a bandeja sobre a
mesinha de cabeceira;
6. Posicionar o cliente de acordo com o local escolhido. Se o cliente estiver sentado,
apoiar seu braço esticando o cotovelo;
7. Calçar luvas de procedimentos;
8. Avaliar a rede venosa e escolher uma veia de bom calibre (de acordo com a finalidade
da punção, como no caso de hemotransfusão);
9. Utilizar o venoscópio, se necessário;
10. Colocar o garrote acima do local escolhido, aproximadamente de 7,5 a 10 cm, de
modo que não interfira no fluxo arterial, além de solicitar que o cliente mantenha a mão
fechada;
11. Fazer antissepsia do local com álcool a 70%, em sentido único, de dentro para fora,
e esperar o fluido secar espontaneamente;
12. Pegar o cateter com a mão dominante com o bisel da agulha voltado para cima e em
sentido do retorno venoso;
13. Delimitar e imobilizar a veia, esticando a pele do paciente, com a mão não
dominante, utilizando os dedos polegar e indicador;
14. Proceder à punção e à introdução do dispositivo na veia, com o dispositivo em
angulo de 15 a 45 graus pelo método direto ou indireto;
15. Observar o refluxo de sangue para o cateter (canhão);
16. No caso de punção com cateter endovenoso, introduzir a parte externa do
dispositivo com o mandril (agulha);
17. Retirar o garrote e solicitar que o paciente abra a mão;
18. Pressionar com o polegar a pele onde está apontado dispositivo e retirar o mandril;
19. Conectar o extensor ou o equipo de soro, devidamente preenchido com soro, ou a
seringa no dispositivo intravenoso;
20. Abrir o clamp do equipo para iniciar a infusão;
21. Verificar se a solução flui facilmente, observando se não há infiltração no local;
22. Realizar a fixação com a fita adesiva hipoalergênica ou filme transparente de
poliuretano esterilizados;
23. Identificar o acesso venoso com data, hora, dispositivo utilizado e nome do
profissional que realizou o procedimento;
24. Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas);
25. Manter a unidade do paciente organizada;
26. Desprezar o material utilizado em local apropriado;
27. Retirar as luvas;
28. Higienizar as mãos;
29. Proceder às anotações de enfermagem, constando: tipo do dispositivo e calibre que
foram utilizados, número de tentativas de punção, local de inserção e ocorrências
adversas e as medidas tomadas.

No caso de coleta de amostra de sangue:


1. Quando evidenciar o sangue na seringa, continuar a puxar o êmbolo até a
quantidade necessária;
2. Terminada a coleta, retirar o garrote;
3. Retirar a agulha/seringa;
4. Comprimir o vaso (veia) com algodão seco;
5. Solicitar ao paciente para permanecer com braço estendido;
6. NÃO flexionar o braço quando a punção ocorrer na dobra do cotovelo, pois esse
gesto logo após a punção provoca lesão e hematoma no local;
7. Se ocorrer hematoma no local de aplicação, aplicar gelo nas primeiras 24 horas e
calor após. Observação: Fazer limpeza dos garrotes com água e sabão e depois
desinfecção com álcool a 70%, antes de cada procedimento.
A presença de hematoma ou dor indica que a veia foi transfixada ou a agulha está
fora da veia: 1. Retirar a agulha, dispositivo intravenoso scalp® ou cateter
endovenoso; 2. Pressionar o local com algodão; 3. Fazer nova punção em outro
local.

Na coleta de exames:

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