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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO


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Tipo do Documento PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP.UHHO.013 – Página 1/4


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RETIRADA DE CATETER VENOSO CENTRAL 29/11/2022 revisão:
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Versão: 1 29/11/2024

1. OBJETIVOS
Padronizar a retirada do Cateter Venoso Central (CVC) com técnica asséptica de
forma segura e prevenir complicações por infecção ou tempo de inserção.

2. MATERIAL
 Equipamentos de Proteção Individual - EPI (gorro, máscara descartável, óculos de
proteção, avental de manga longa);
 Luvas de procedimento;
 Fita adesivo hipoalergênica;
 Bandeja;
 Gazes estéreis;
 Pacote estéril de curativo;
 Clorexidina alcoólica 0,5%;
 Lâmina de bisturi estéril ou pacote de retirada de pontos;
 Frasco estéril para coleta de amostra (se necessário, coletar ponta de cateter);
 Tesoura estéril ou lâmina de bisturi (se necessário, coletar ponta de cateter);
 Saco de plástico para lixo.

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS


 Realizar desinfecção da bandeja e agrupar o material sobre a mesma;
 Higienizar as mãos, conforme protocolo institucional (POP.NSP.001);
 Colocar os EPIs;
 Apresentar-se e explicar para o paciente e/ou acompanhante o procedimento que será
realizado;
 Verificar com pulseira de identificação do paciente;
 Interromper as vias de infusão endovenosa para evitar extravasamento de líquidos;
 Colocar o paciente em posição supina ou decúbito dorsal (para evitar embolia) com a
cabeça voltada para o lado contrário da inserção do cateter;
 Realizar desinfecção da mesa auxiliar com produto, conforme rotina da instituição;
 Higienizar as mãos;
 Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica sobre a mesa auxiliar;
 Dispor o material sobre o campo, com técnica asséptica;
 Se coleta de ponta de cateter, abrir o frasco de coleta, mantendo assepsia das paredes
internas do frasco e da tampa;
 Calçar luvas de procedimento;
 Retirar a cobertura do cateter com pinça dente de rato ou com as mãos enluvadas, com
ajuda de removedor de adesivos e descartar no lixo;
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 Realizar antissepsia da pele em esfregaço com gazes, em movimentos de vai-e-vem,


retirando resíduos (se houver), com clorexidina alcoólica 0,5% e examinar o local na busca
de sinais de drenagem ou inflamação (sinais flogísticos);
 Deixar o antisséptico secar espontaneamente (pelo menos 30 segundos);
 Retirar os pontos das suturas com pinça e tesoura estéril (ou lâmina de bisturi);
 Tracionar suave e continuamente o cateter com a mão dominante;
 Pedir ao paciente para fazer a manobra de valsava, enquanto o cateter estiver sendo
retirado para prevenir embolia aérea;
 Realizar hemostasia local por compressão com gaze;
 Cobrir o pertuito com a gaze estéril, imediatamente após a retirada do cateter e controle
da hemostasia;
 Atentar para não contaminar a ponta do cateter, se houver coleta de ponta de cateter;
 Colocar a ponta do cateter dentro do frasco de coleta e cortar com tesoura estéril ou
bisturi, mantendo técnica asséptica, se houver coleta de ponta de cateter;
 Manter o pertuito coberto com gaze e fita hipoalergênica, atentando para sinais de
sangramento;
 Manter o curativo durante 24 horas após a retirada;
 Avaliar a cada 24 horas até que ocorra a epitelização;
 Fechar o frasco de coleta e identificá-lo, se coleta de ponta de cateter e seu posterior
encaminhamento para o laboratório, juntamente com a solicitação do exame;
 Inspecionar o cateter e sua ponta para se certificar de que o mesmo não se rompeu;
 Registrar a data do procedimento em fita adesiva sobre a cobertura;
 Deixar o paciente confortável;
 Realizar desinfecção da mesa auxiliar;
 Reunir o material para o descarte correto;
 Realizar desinfecção da bandeja;
 Higienizar as mãos conforme POP.NSP.001;
 Registrar o procedimento no prontuário AGHU.

3.1 Critérios para remoção do Cateter Venoso Central


 Ao término do tratamento ou da indicação de acesso venoso;
 Na presença de sinais flogísticos;
 Na presença de febre sem foco definido;
 Na tração parcial do cateter;
 No caso de obstrução do cateter;
 Na inserção do cateter em situação de emergência, sem a utilização de barreira máxima,
não ultrapassar 48 horas;
 A retirada do cateter deve ser realizada de acordo com a prescrição médica.
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3.2 Recomendações
 Examinar a ponta do cateter e medir seu comprimento para garantir que foi totalmente
retirado. Diante da suspeita da não remoção completa, avisar o médico imediatamente,
e sobretudo, monitorar o paciente quanto a sinais de sofrimento.
 A manobra de Valsalva consiste em solicitar ao paciente consciente que faça uma
inspiração profunda e segurar o ar por 10 segundos, em seguida, soltar o ar e respirar
com rapidez. Essa manobra aumenta o nível de pressão intratorácica reduzindo o risco de
embolia gasosa no momento da retirada do cateter venoso central. Não é indicada em
pacientes portadores de hipertensão intracraniana e para aqueles que não estejam
conscientes, alertas e cooperativos.
 No que compete a equipe de enfermagem, este procedimento é privativo do enfermeiro.

3.3 Condutas frente a suspeita de infecção relacionada ao CVC


 Colher duas ou mais amostras de sangue para hemocultura. Pelo menos, uma amostra
pelo cateter central, e a outra, em acesso venoso periférico. Seguir prescrição médica.
 Quando solicitado a cultura da ponta do cateter, cortar (não usar tesouras embebidas em
soluções antissépticas) aproximadamente, 5 centímetros da sua ponta distal, após a sua
retirada, utilizando técnica asséptica. Acondicioná-la em tubo seco e esterilizado, sem
dobrá-la, e encaminhar ao laboratório, imediatamente.
 Colocar o pedaço de cateter de forma asséptica num frasco estéril, sem meio de cultura
e transportar imediatamente em temperatura ambiente ao laboratório evitando sua
excessiva secagem (no máximo 1 hora após a coleta). Não há significado clínico
estabelecido para cultura de ponta de cateter sem hemocultura simultânea.
 Sempre que houver suspeita de infecção relacionada a cateter de natureza sistêmica (não
restrita ao local), colher imediatamente após a retirada do cateter 2 frascos de
hemocultura de veia periférica, de locais diferentes e encaminhar a ponta do cateter
(<5cm) para cultura;
 Não há indicação para cultura da ponta do cateter venoso central na rotina, exceto se
houver evidências de infecção relacionada a este ou quando os cateteres são retirados de
pacientes gravemente enfermos ou imunodeprimidos.

4. REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Infecção da corrente sanguínea relacionada a
cateter. Brasília: Anvisa. Disponível em:
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<https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/mod
ulo5/pre_corrente8.htm>. Acesso em: 28 ago. 2022.
LIMA, E. G. et al. Manual de coleta, acondicionamento e transporte de amostras para exames
laboratoriais. 5. ed. Fortaleza: SESA, 2022.
SOUZA, E. N.; VIEGAS, K.; CAREGNATO, R. C. A. Manual de cuidados de enfermagem em
procedimentos de intensivismo. Porto Alegre: Ed. da UFCSPA, 2020.

5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

1 30/09/2022 Elaboração do Documento

Elaboração:
Adriana Maria Pereira da Silva - Enfermeira da Ala Oncopediatria/Unidade de Hematologia e Oncologia
Giseli Borborema Alves e Silva – Técnica em Enfermagem da Ala Oncopediatria/Unidade de Hematologia
e Oncologia
Fernanda Carla da Silva Santos - Técnica em Enfermagem da Ala Oncopediatria/Unidade de Hematologia
e Oncologia Data: 30/09/2022
Josester Luiz da Silva - Técnica em Enfermagem da Ala Oncopediatria/Unidade de Hematologia e
Oncologia
Muanna Jéssica Batista Ludgério - Enfermeira da Ala Oncopediatria/Unidade de Hematologia e Oncologia
Samilla Gonçalves de Moura – Enfermeira da Agência Transfusional e Membro do Comitê Transfusional/
Unidade de Hematologia e Oncologia
Análise:
Data: 21/10/2022
Claudileide Pereira dos Santos – Assistente Administrativo do Setor de Gestão da Qualidade
Validação:
Data: 24/10/2022
Andréia Oliveira Barros Sousa - Chefe do Setor de Gestão da Qualidade
Aprovação
Data: 20/10/2022
Rogers Richard Pedroza Crispim – Chefe da Unidade de Hematologia e Oncologia

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