Preparar os matérias: 1 pinça dente-de-rato; 1 pinça de Kocher; 1 pinça de Kelly;
Gaze estéril (quantidade de acordo com o tamanho e tipo de curativo); Bandeja ou cuba rim (opcional); Luva de procedimento; Solução fisiológica (SF 0,9%); Fita adesiva (esparadrapo ou fita adesiva hipoalergenica); Atadura de crepom se necessário; Mesa auxiliar; Lixeira com saco branco leitoso; Lixeira com saco preto.
Siga os passos: Preparar o ambiente: limpar bancada e carrinho de curativo com
pano limpo umedecido em álcool a 70%; lixeira com pedal para lixo comum (saco preto) e lixeira com pedal para lixo hospitalar (saco branco); Realize a lavagem das mãos com água e sabão antes e após a realização de cada curativo mesmo que seja num mesmo paciente; Utilizar somente material esterilizado; Reúna todo o material no carro do curativo: identificar soro fisiológico, disponibilizar pacotes de gazes, de curativo e medicações tópicas indicadas; Priorizar curativo por ordem: as emergências; Calce as luvas de procedimentos; Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica, dispondo as pinças de forma que a parte que será pegue durante o procedimento fique com o cabo fora do campo para manuseio. Não tocar na parte interna do campo; Com as pinças Kocher ou dente-de-rato fazer um chumaço de gaze, prendendo-o com a pinça de Kocher e embebê-la em solução fisiológica; Retirar o curativo anterior (se houver), com uma pinça dente-de-rato ou luva de procedimento; Desprezar o chumaço de gaze e curativo contaminado na lixeira de lixo hospitalar e pinça dente de rato em um recipiente com tampa. A pinça Kocher deve ser colocada no campo, em área mais distante da pinça Kelly e das gazes; Limpar a ferida com a pinça Kelly e um chumaço de gaze embebida em solução fisiológica, seguindo o princípio da técnica asséptica (do menos para o mais contaminado). Utilizar quantos chumaços umedecidos em soro fisiológicoscaso, necessário; Observar: cor, umidade (secreção) e maceração ao redor da ferida, evasão e condições das mesmas; Secar toda a área adjacente com gaze seca para facilitar afixação do adesivo; Colocar data e hora da realização do curativo, após oclusão; Lavar as mãos; Fazer registro do curativo e da evolução do processo de cicatrização para acompanhamento da ferida, presença de secreção e drenagem se houver; Fazer orientações ao paciente e /ou família e organizar a sala.
2. Oxigenioterapia
É a administração de oxigênio suplementar em concentrações maiores àquelas
do ar ambiente, visando tratar ou prevenir os sintomas ou manifestações de hipóxia. Com o objetivo de melhorar a oxigenação, a perfusão tecidual e corrigir a acidose respiratória.
Os materiais utilizados são EPI (luvas de procedimento), Bandeja ou cuba rim;
Kit cateter nasal e/ou kit máscara de Venturi e/ou kit máscara de nebulização; Fonte de oxigênio; Água destilada; Fluxômetro de O2.
Descrição do procedimento: Conferir a prescrição médica; Reunir o material;
Higienizar as mãos (POP 42); Apresentar-se ao paciente e explicar o procedimento que será realizado, sanando todas suas dúvidas antes de iniciar a execução; Paramentar-se com o EPI; Posicionar adequadamente o paciente (elevando a cabeceira do leito se acamado ente 30 a 45º).
3. Cuidados com dreno
Primeiramente, observe a segurança do dreno e sua localização a respeito da
ferida; note o tipo de dreno; observe a quantidade, a cor, o odor e a consistência da drenagem; como um sistema de drenagem necessita estar permeável, observe o fluxo da drenagem através da tubulação e ao redor da tubulação; uma diminuição súbita na drenagem através da tubulação pode indicar um dreno obliterado e é preciso notificar ao provedor de cuidado da saúde; quando um dreno é conectado a uma aspiração, avalie o sistema para se certificar de que a pressão prescrita está sendo exercida; quando o instrumento de evacuação é incapaz de manter um vácuo por conta própria, notifique o cirurgião, que, então, solicitará um sistema de vácuo secundário (p.ex., sucção de parede). Caso o fluido se acumule dentro dos tecidos, a cicatrização da ferida não terá progresso em uma frequência ideal e isso aumentará o risco de infecção. Um dreno de Penrose encontra-se sob um curativo; no momento da colocação de um pino ou clipe ele é colocado através do dreno para evitar que deslize para mais longe em uma ferida; geralmente, é responsabilidade do médico puxar ou avançar o dreno à medida que a drenagem diminui para permitir a cicatrização profunda dentro do local do dreno. Unidades evacuadoras como um Hemovac ou Jackson-Pratt exercem uma pressão baixa constante contanto que o instrumento de sucção (bexiga ou recipiente) esteja totalmente comprimido.
4. Administração de edema
Conversar com o paciente no mínimo 15 minutos diários, a fim de ouvir como o
paciente está se sentindo para possíveis ajuste para que ele fique mais confortável o possível; Investigar o que a paciente deseja saber a respeito de sua doença; Orientar a paciente de forma simples, objetiva e clara quanto ao mecanismo do edema; Explicar a inter-relação repouso, alimento e medicação, na compensação da doença; Orientar a paciente quanto a importância de ser pesada diariamente, bem como de guardar a diurese de 24 h; Pesar em jejum, levando a balança próxima a paciente; Instruir a paciente para chamar pessoal de enfermagem após cada micção; Medir a circunferência abdominal diariamente, estando o paciente em decúbito dorsal; Observar sinais de hipocalemia, tais como: vômitos, diarreia, pulso arrítmico, hipotensão arterial, etc.; Observar sintomas de hiponatremia como: fraqueza, cãibra, tontura, dor abdominal, etc.; Providenciar ambiente limpo, arejado e com pequeno número de pessoas; Observar dispneia: intensidade, hora em que ocorre, duração e providenciar medicamento; Averiguar sintomas de intoxicação digitálica, tais como anorexia, vômitos, cefaleia e arritmias cardíacas.
5. Punção venosa
Separe os materiais: Bandeja para acondicionar o material; Luvas de
procedimento; Dispositivo venoso adequado para a rede venosa (considerar o tempo de permanência necessário); Conector de sistema fechado; Algodão com álcool a 70%; os matérias para fixação: fita adesiva hipoalergênica ou filme transparente.
Em seguida higienizar as mãos; Separar o material necessário; Orientar o
paciente sobre o procedimento a ser realizado; Higienizar as mãos e calçar as luvas; Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o melhor local a ser puncionado; Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser puncionado; Abrir o material com técnica asséptica; Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes, mantendo a mão fechada até a obtenção do retorno venoso; Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida em álcool a 70% com movimento único de baixo para cima; Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da agulha voltado para cima, em ângulo de 30º, 1 cm abaixo do local da punção; Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente abrir a mão, introduzir delicadamente o corpo do cateter e retirar o mandril (cateter sobre agulha); Soltar o garrote; Adaptar conector de sistema fechado; Fixar o cateter com filme transparente e Reunir o material e deixar a unidade em ordem. Anotação dos cuidados pós-morte. Desligar todos os aparelhos e/ou equipamentos que por ventura estejam ligados ao paciente; 2. Higienizar as mãos; 3. Reunir os materiais necessários e encaminhá-los ao leito; 4. Checar se o médico constatou o óbito por escrito; 5. Observar a hora e relatar no registro de enfermagem; 6. Preparar duas identificações (esparadrapo ou fita adesiva) constando: nome, registro, enfermaria, leito, data e hora do óbito e nome do responsável pelo preparo do corpo; 7. Preencher o formulário de notificação de óbito em duas vias. No caso do óbito ocorrer em horário comercial encaminhar a 1ª via ao Serviço Social, para que este faça comunicado do óbito ao responsável pelo paciente. No caso do óbito ocorrer fora do horário comercial o enfermeiro responsável deverá realizar o comunicado do óbito aos responsáveis através do contado telefônico solicitando aos familiares que compareçam ao hospital portando documento oficial do paciente com foto. Em ambos casos a 2ª via da notificação de óbito deverá ser anexada ao prontuário; 8. Colocar biombo para preparar o corpo com privacidade; 9. Calçar as luvas de procedimento; 10. Elevar a cabeceira do leito a 30º graus para evitar a mudança de coloração da face por acúmulo de sangue; 11. Remover todos cateteres, drenos e cânulas; 12. Caso o paciente utilize prótese dentaria retirar a mesma identificar e entregar a família devidamente protocolada; 13. Realizar tamponamento, com algodão, nos orifícios onde possam haver drenagem de líquidos; 14. Realizar curativos oclusivos em sitos de punção, local de retirada de drenos e em feridas; 15. Higienizar o corpo caso haja necessidade; 16. Posicionar mãos, pés, pálpebras e queixo, utilizando atadura crepe; 17. Colocar primeira identificação no tórax do paciente, fechar o lençol de óbito com fita adesiva e colar a segunda identificação sobre o lençol; 18. Retirar as luvas; 19. Higienizar as mãos; 20. Retirar os EPIs; 21. Realizar contato telefônico com ao responsável pela capela mortuária e solicitar que retire o corpo; 22. Reunir e entregar os pertences a família, caso esteja algum familiar presente. Se não, deixar os pertences devidamente identificados para serem entregues posteriormente; 23. Recolher e dar o destino adequado aos materiais; 24. Proceder às anotações de enfermagem, constando todos os dados relacionados ao óbito.
André Luiz Thomaz de Souza e Bárbara de Oliveira Prado Sousa FVR –
Faculdades Integradas do Vale do Ribeira (MANUAL DE PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM). Registro São paulo, 2017. D’ORÁSIO A.C et al. Manual de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem – PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Versão 3 Campinas, 2020. BEARIEL. ENL Linhares EP Azevedo. PREPARO DO CORPO APÓS A MORTE. Procedimento Operacional Padrão/ EBSERH. Código: POP ENF 1.35. Versão: 03, 2020