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2023/2024

PROCEDIMENTOS
PRÁTICOS
ENFERMAGEM DO
ADULTO E DO IDOSO II

Criado por:
Brigite Oliveira
INFORMAÇÕES GERAIS
Tipos de lavagem
Lavagem higiénica: água e sabão
Lavagem assética: água e sabão (lavar também os punhos)
Lavagem cirúrgica: escova para lavar as unhas, lavar até aos cotovelos

5 Momentos de Higienização das mãos

1. Antes do contacto com o doente


2. Antes de procedimentos limpos/asséticos
3. Após o risco de exposição a fluidos orgânicos
4. Após contacto com o doente
5. Após contacto com o ambiente envolvente do doente
INFORMAÇÕES GERAIS
Triagem de Resíduos
Grupo 1: resíduos equiparados a urbanos (não apresentam exigências
especiais no seu tratamento)
Grupo 2: resíduos hospitalares não perigosos (não estão sujeitos a
tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanos)
Material ortopédico
Fraldas e resguardos não contaminados e sem vestígios de sangue
Material de proteção individual nos serviços gerais de apoio
Embalagens vazias de medicamentos ou outros produtos (com exceção
dos incluídos nos grupos III e IV)
Frascos de soros não contaminados (com exceção dos do grupo IV)
Grupo 3: resíduos hospitalares de risco biológico (resíduos contaminados
ou suspeitos de contaminação, suscetíveis de incineração ou de outro pré-
tratamento eficaz)
Grupo 4: resíduos hospitalares específicos (resíduos de vários tipos, de
incineração obrigatória)
Materiais corto-perfurantes
PROCEDIMENTOS
Cateterização Venosa Periférica e transfusões sanguíneas
Colheita de sangue para análises por CVP
Pensos cirúrgicos com drenos
Pensos de feridas infetadas
Extração de pontos e pensos em suturas
Penso e cuidados à pessoa com ostomia de eliminação
Penso e otimização de traqueostomia recente
CATETERIZAÇÃO VENOSA
PERIFÉRICA
E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
Objetivo
Assegurar o acesso ao sistema venoso com fins terapêuticos e/ou
diagnósticos
Colheita de sangue venoso
Infusão contínua de soluções
Administração (intermitente) de medicamentos
Orientações
Consultar o processo clínico
Verificar as condições ambientais da unidade: Tº, ventilação, iluminação
Assegurar a técnica asséptica na cateterização, na manipulação do cateter,
do sistema e do local de inserção
Cateterizar preferencialmente nos locais de eleição para administração de
terapêutica intravenosa:
Dorso das mãos: veias metacarpianas dorsais
Antebraços: veia basílica (interna) e cefálica (externa)
Fossa antecubital
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
Cateterizar a zona mais distal do membro, para preservar o vaso, evitando
as zonas de flexão
Cateterizar de preferência e se possível, no membro não dominante do
utente
Cateterizar sempre o membro oposto ao do acesso vascular, no utente
com fístula arteriovenosa ou prótese vascular para hemodiálise
Evitar puncionar o membro superior do lado afetado, nos utentes
hemiplégicos ou mastectomizados
Cateterizar, se possível, o membro do lado oposto ao da abordagem
cirúrgica
Ao fazer o flush, se o utente sentir dor, retirar imediatamente o cateter
Atenuar pressão do garrote antes de retirar a agulha/mandril para não
refluir sangue para dentro do cateter
O garrote não deve permanecer mais de 60 segundos
Cateterizar zona mais distal do membro não dominante
Limpar cateter com soro (flush) após cada medicação ou a cada 24h
(detetar possíveis extravasamentos, dor e desconforto) Realizar flush antes
de uma administração em bolus ou qualquer outra medicação. No caso de
administração de soro, não é necessário precisamente por ser soro
fisiológico.
Substituir penso a cada 24h horas e CVP a cada 72h
Cateterismo por soro: Tubo deve estar sem ar − Sistema tem de estar
fechado − Verificar se há bolhas, se houver tirá-las
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
NFORMAÇÕES
Não puncionar
Braço dolado mastectomizado
Veias varicosas
Veias esclerosadas
Zonas de contusão
Fístulas arteriovenosas
Anteriores locais de punção
Locais com ferida muscular
Veias trombosadas ou inflamadas
Bifurcações venosas
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS

INFORMAÇÕES
Agulha
Adulto: 20G (maior obstrução); 18G (flui melhor)
Quanto maior o número, menor
o calibre
Escolha da agulha
Largura/calibre
Pouca quantidade: agulha mais
fina de maior calibre
Grande quantidade: agulha mais
grossa de menor calibre
Comprimento
Depende do tamanho da pessoa
e do local
SC: curta, o líquido só precisa de
chegar à camada mais superficial da pele
IM: longa, tem que atravessar as camadas de pele e gordura até chegar ao
músculo Tipo de soros
Sistema de soros Ringer com Lactato
Gotas (1ml = 20 gts) Ringer Simples
Solução Nacl a 0.9%
Microgotas (1m = 60 gts)
Solução de Glicose a 5% em NaCl a 0,9%
Solução de Glcose a 5%
Pré-operatório: quando em jejum (Soro Glicosado a 5%)
Pós-operatório: longo período sem comer (Soro Polieletrolítico com Glicose)
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
MATERIAL
Tabuleiro
Resguardo
Luvas não esterilizadas
Garrote
Cateter endovenoso 18G
SABA
Spray antissético
Soro, Sistema de soro e prolongamento
Compressas esterilizadas
Penso esterilizado poroso, de preferência transparente
Adesivo
Torneira de 3 vias
Contentor para cortantes/perfurantes
Recipiente para sujos (G3)
Suporte para soros
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos
2. Preparar o material
3. Desinfetar as mãos
4. Preparar sistema de soro (não esquecer de preencher)
5. Desinfetar as mãos
6. Dirigir-se ao utente
7. Fechar as cortinas para manter a privacidade
8. Apresentar-se
9. Explicar o que vai fazer e pedir consentimento
10 . Baixar as grades
11. Explicar o que está a fazer durante o procedimento
12. Posicionar o utente
13. Meter resguardo sobre o braço
14. Observar a veia a puncionar
15. Desinfetar as mãos
16. Meter o garrote, cerca de 5 a 10 cm acima do local de punção
17. Instruir o utente a abrir e fechar a mão, repetidas vezes
18. Palpar a veia
19. Tirar garrote
20. Desinfetar as mãos
21. Meter as luvas
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
PROCEDIMENTO
22. Voltar a meter garrote
23. Palpar a veia
24. Desinfetar a área a puncionar com movimentos circulares, do centro para a
periferia (meter desinfetante na compressa ou diretamente na área e deixar
secar)
25. Comprimir a pele no sentido da porção distal do braço, com a mão NÃO
dominante, devendo o dedo polegar ficar colocado 2,5 cm abaixo da zona
selecionada para a punção
26. Informar o utente do início da punção pedindo para fazer uma inspiração
profunda
27. Puncionar a veia com a mão DOMINANTE com o bisel virado para cima
num ângulo aproximado de 10 a 30º com a pele
28. Diminuir a inclinação do cateter após a perfuração da pele, fazendo-o
progredir lentamente no interior da veia. Exteriorizar simultaneamente o
mandril, sem o retirar completamente
29. Observar se há refluxo de sangue
30. Remover o garrote
31. Remover o mandril, fazendo pressão acima da ponta do cateter, com o
indicador da mão NÃO dominante
32. Aplicar torneira de 3 vias
33. Conectar o sistema de soro
34. Fixar o cateter com uma tira de adesivo em forma de gravata, apenas sobre
o cateter
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
PROCEDIMENTO
35. Remover as luvas
36. Desinfetar as mãos
37. Reposicionar o utente
38. Informar o utente para chamar se precisar de alguma coisa e que
passaremos para verificar se há algum problema com o local de punção
(sinais de inflamação: rubor, calor, dor, tumor, perda de função)
39. Desinfetar as mãos
40. Elevar as grades
41. Abrir a cortina
42. Desinfetar as mãos
43. Realizar a triagem de resíduos
44. Lavar as mãos
45. Fazer os registos

Triagem de resíduos
Mandril: corta-perfurantes
Resguardo, luvas e compressas: G3 (Risco biológico)
Invólucros e adesivo: G2 (Resíduos hospitalares não perigosos)
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
Tem como objetivos:
pesquisa de erros resultantes da componente sanguínea
restabelecer o volume sanguíneo,
assegurar a correção das alterações hemorrágicas e dos fatores de
coagulação, e de deficiências imunológicas
Cuidados a ter:
administrar logo o sangue após a sua receção. Baixas temperaturas
podem desencadear disritmias ou paragem cardíaca e temperaturas
elevadas podem provocar hemólise.
monitorizar sinais vitais:
antes de iniciar a transfusão,
15 minutos após o início,
1/1h durante a administração,
1h após terminar
administrar os componentes no tempo standard:
eritrócitos: 1 a 2h
plaquetas: 30min a 1h
plasma congelado: 30 min a 1h
não ultrapassar as 4h
aplicar um sistema com filtro apropriado
utilizar calibres de 16 a 20g, porque a passagem de sangue através de
agulhas de pequeno calibre pode danificar os eritrócitos.
CATETERIZAÇÃO VENOSA PERIFÉRICA E TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
observar o utente durante a transfusão para detetar sinais e sintomas de
reação transfusional
sensação de mal-estar,
arrepios,
prurido,
rubor,
exantema,
dificuldade respiratória,
dor na região lombar,
dor precordial,
febre,
hipotensão persistente.
administrar a transfusão a um ritmo lento. Podem surgir reações
anafiláticas, principalmente nos primeiros 15 minutos.
se for necessário interromper a administração, manter o acesso venoso
com uma perfusão de cloreto de sódio isotónico
registos sempre duplicados e guardados durante 30 anos
pulseira (Gricode) só se retira 48h após a transfusão
sangue depois de descongelado, só pode ser usado nas próximas 4h
COLHEITA DE SANGUE PARA
ANÁLISES POR CVP
COLHEITA DE SANGUE PARA ANÁLISES POR CVP
INFORMAÇÕES
1º Tubo (Rosa): Hemograma (sangue total) – usado EDTA (anticoagulante)
Eritrograma
Leucograma
Plaquetas
2º Tubo (Verde): Coagulação (plasma) – usado Citrato de Sódio que
impede que o sangue coagule antes de ser analisado
Tempo de coagulação
Tempo de protrombina
3º Tubo (Castanho/Amarelo): Bioquímica (soro) – sem anticoagulante –
ativa cascata de coagulação (componente eletrolítico e microcristais de
gel)
Creatinina
Glicose
Ureia
Colesterol
Identificação de anticorpos e/ou antigénios no soro
Tubo rosa: Tipagem (EDTA)
Tubo roxo: Densidade de sedimentação
Se só tubo vede, desperdiça o 1º e o 2º vai para análise
Se estudo da coagulação: 1º verde, 2º rosa
Há tubos que após a colheita têm de ser mantidos com revestimentos
(prata – folha de alumínio) – vitaminas, ácido fólico, doenças autoimunes
Flush: seringa 5 ou 10 ml
Veia cefálica
Adaptador
COLHEITA DE SANGUE PARA ANÁLISES POR CVP
INFORMAÇÕES
Tipos de colheita
Sistema vácuo seringa compatível com borboleta
Sistema tubo compatível com agulha
Cateter com adaptação para colheita (obturador permite que não haja
refluxo de sangue)

Objetivo
Análises ao sangue para fins terapêuticos/diagnósticos

Orientações
Verificar quais as análises a realizar (sobretudo para saber quantos e quais
tubos preparar)
COLHEITA DE SANGUE PARA ANÁLISES POR CVP
MATERIAL
CVP
Tabuleiro
Resguardo
Luvas não esterilizadas
Garrote
Cateter endovenoso 18G
SABA
Spray antissético
Compressas esterilizadas
Adesivo
Obturador
Contentor para cortantes/perfurantes
Recipiente para sujos (G3)

Colheita de sangue
Desinfetante cutâneo
Seringa 5 a 10 ml
Soro
Adaptador
Tubos
COLHEITA DE SANGUE PARA ANÁLISES POR CVP
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos;
2. Preparação do material;
3. Desinfetar as mãos;
4. Dirigir-se ao utente
5. Fechar as cortinas para manter a privacidade
6. Apresentar-se
7. Explicar o que vai fazer e pedir consentimento
8. Baixar as grades
9. Explicar o que está a fazer durante o procedimento
10. Posicionar o utente
11. Desinfetar as mãos;
12. Abrir o material
13. Desinfetar as mãos
14. Meter resguardo sobre o braço
15. Observar a veia a puncionar
16. Desinfetar as mãos
17. Meter o garrote, cerca de 5 a 10 cm acima do local de punção
18. Instruir o utente a abrir e fechar a mão, repetidas vezes
19. Palpar a veia
20. Tirar garrote
21. Desinfetar as mãos
22. Meter as luvas
23. Voltar a meter garrote
24. Palpar a veia
COLHEITA DE SANGUE PARA ANÁLISES POR CVP
PROCEDIMENTO
25. Desinfetar a área a puncionar com movimentos circulares, do centro para a
periferia (meter desinfetante na compressa ou diretamente na área e deixar
secar)
26. Comprimir a pele no sentido da porção distal do braço, com a mão NÃO
dominante, devendo o dedo polegar ficar colocado 2,5 cm abaixo da zona
selecionada para a punção
27. Informar o utente do início da punção pedindo para fazer uma inspiração
profunda
28. Puncionar a veia com a mão DOMINANTE com o bisel virado para cima
num ângulo aproximado de 10 a 30º com a pele
29. Diminuir a inclinação do cateter após a perfuração da pele, fazendo-o
progredir lentamente no interior da veia. Exteriorizar simultaneamente o
mandril, sem o retirar completamente
30. Observar se há refluxo de sangue
31. Remover o mandril, fazendo pressão acima da ponta do cateter, com o
indicador da mão NÃO dominante
32. Meter adaptador
33. Colocar tubo por ordem de colheita e retirar o sangue até ao limite indicado
34. Colocar obturador
35. Fixar o cateter com uma tira de adesivo em forma de gravata, apenas sobre
o cateter
36. Remover as luvas
COLHEITA DE SANGUE PARA ANÁLISES POR CVP
PROCEDIMENTO
37. Desinfetar as mãos
38. Reposicionar o utente
39. Informar o utente para chamar se precisar de alguma coisa e que
passaremos para verificar se há algum problema com o local de punção
(sinais de inflamação: rubor, calor, dor, tumor, perda de função)
40. Informar o utente que assim que tivermos os resultados das análises, este
lhe serão comunicados
41. Desinfetar as mãos
42. Elevar as grades
43. Abrir a cortina
44. Desinfetar as mãos
45. Realizar a triagem de resíduos
46. Lavar as mãos
47. Fazer os registos

Triagem de resíduos
Invólucros: G2 (Resíduos hospitalares não perigosos)
Luvas, compressas e resguardo: G3 (Risco biológico)
Mandril e adaptador: corto-perfurantes
PENSOS CIRÚRGICOS COM
DRENOS
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
INFORMAÇÕES
Objetivos
Evacuar secreções, líquidos ou gases dos órgãos ou cavidades normais ou
patológicas
Introduzir no organismo diversas substâncias como líquidos de lavagem,
antisséticos
Controlar o fluxo de gases ou favorecer a sua expulsão
Evitar ou controlar a infeção da ferida
Líquido drenado
Constitui um meio de cultura microbiana
Aumenta a pressão local e interfere na correta irrigação da ferida
Comprime as áreas subjacentes
Causa irritação e necrose tecidual (bílis, pus, suco pancreático, urina)
Colocação depende de:
Líquido a ser drenado
Cavidado ou órgão onde vai ser colocado
Tempo de duração de drenagem
Localização
Interior de feridas operatórias
Interior de deiscência de feridas
Interior de feridas infetadas
Interior de abcessos
Interior de órgãos ocos
Podem formar tecido de granulação se permanecer por longo período
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
INFORMAÇÕES
Tipos de drenos
Gravidade ou drenagem livre (aberto)
Penrose
Canelado ou lenha/telha
Multitubulares ou capilar
Ativa
Vácuo aspirativo (Redivac) – marcas ao nível da pele – inserido com
agulha
Gravidade ou baixa pressão
Torácicos
Sondas de Mallecot e Pezzer (raro)
Kherr ou “T” (fechado)
Shirley (raro) drenagem e irrigação
Sistema harmónio: tem de fazer vácuo comprimido
Aberto: Faz vácuo
Fechado: não faz vácuo
Tipos de líquidos
Seroso
Sanguinolento
Purulento
Serosanguinolento
Purosanguinolento
Biliar
Fecaloide
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
INFORMAÇÕES
Dreno sistema aberto ou fechado
Aberto: saco coletor (substituir saco coletor a cada 24h)
Fechado: reservatório

Via de more: Não pode fazer adução e rotação interna


Via anterior/lateral: Não pode fazer abdução e rotação externa

Características do penso:
Odor
Penso repassado
Vigiar sinais de infeção: rubor, edema, calor, dor e perda de função
Observar o tipo de exsudado
Cuidados ao dreno:
Utiliza, que é um sistema o dreno de Redyvac fechado e têm uma pressão
ativa.
Verifica se está funcionante, se está a fazer vácuo e vigiar o líquido de
drenagem
Nos drenos de gravidade, o saco tem de estar abaixo do local de inserção
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
INFORMAÇÕES
Diagnósticos e intervenções de enfermagem:
Ferida cirúrgica presente:
avaliar ferida cirúrgica
executar tratamento da ferida cirúrgica
executar tratamento ao local de inserção do dreno
monitorizar líquido de drenagem

Risco de infeção presente:


aplicar medidas de prevenção da contaminação
vigiar sinais inflamatórios
monitorizar temperatura corporal
restringir infeção
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
MATERIAL
Resguardo
Taça para resíduos
SABA
Luvas não esterilizadas
Kit de pensos
Compressas esterilizadas extra
Soro
Adesivo
Tesoura
Almofada
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos;
2. Preparação do material;
3. Desinfetar as mãos;
4. Dirigir-se ao utente
5. Fechar as cortinas para manter a privacidade
6. Apresentar-se
7. Explicar o que vai fazer e pedir consentimento
8. Baixar as grades
9. Explicar o que está a fazer durante o procedimento
10. Posicionar o utente: fletir perna não mais de 60º
11. Desinfetar as mãos;
12. Calçar luvas (Se penso conspurcado, meter luvas antes do resguardo);
13. Colocar o resguardo;
14. Retirar penso: se seco (cefalo-caudal), se exsudativo (distal-proximal);
15. Avaliar as características do penso, enrolar na luva e colocar na taça de
resíduos (a taça vai sempre ao leito);
16. Observar a ferida;
17. Desinfetar as mãos;
18. Preparar o soro (se soro aberto, desperdiçar primeiras gotas);
19. Abrir o kit de pensos;
20. Limpar 1º ferida cirúrgica (de cima para baixo; de baixo para cima e depois
à volta)
21. Secar
PENSOS CIRÚRGICOS COM DRENOS
PROCEDIMENTO
22. Limpar a região de inserção do dreno – primeiro a região proximal, depois
a distal
23. Secar
24. Colocamos uma compressa em cima da ferida dobrada em dois e duas
compressas no dreno (uma por baixo do dreno para não magoar a pele da
pessoa, e outra por cima);
25. Colocar penso;
26. Desinfetar as mãos;
27. Retirar o resguardo;
28. Desinfetar as mãos
29. Garantir que o dreno está funcionante:
a.Características do drenado,
b. Se está a realizar vácuo
30. Desinfetar as mãos
31. Reposicionar o utente
32. Informar o utente para chamar se precisar de alguma coisa
33. Desinfetar as mãos
34. Elevar as grades
35. Abrir a cortina
36. Desinfetar as mãos
37. Realizar a triagem de resíduos
38. Lavar as mãos
39. Fazer os registos
PENSOS DE FERIDAS
INFETADAS
PENSOS DE FERIDAS INFETADAS
INFORMAÇÕES
Diagnósticos e intervenções de enfermagem:
Infeção presente:
executar tratamento da ferida
manter a prevenção de contaminação,
restringir infeção
monitorizar temperatura corporal

Ferida presente:
avaliar ferida
executar tratamento da ferida,
reforçar penso da ferida,
vigiar penso da ferida
PENSOS DE FERIDAS INFETADAS
MATERIAL
Tabuleiro
Taça de resíduos (Grande)
Kit de pensos
Luvas não esterilizadas (Não levar caixa) - 6x pares (usar 2x pares ao
mesmo tempo)
Compressas estéreis
Resguardo
Bata impermeável ou avental + manguitos + touca + sapatos + máscara
com viseira
Solução de irrgação
SABA
Adesivo já cortado
Bata cirúrgica
PENSOS DE FERIDAS INFETADAS
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos
2. Preparar o material
3. Higienizar as mãos
4. Equipar antes de entrar no quarto
a. Touca
b. Avental
c. Máscara
d. Sapatos
5. Desinfetar as mãos
6. Manguitos
7. Bata cirúrgica
8. Luvas (2 pares)
9. Dirigir-se ao utente
10. Fechar as cortinas para manter a privacidade
11. Apresentar-se
12. Explicar o que vamos fazer e pedir consentimento
13. Explicar o que estamos a fazer durante o procedimento
14. Posicionar o utente, de acordo com a sua situação clínica e área a expor
(auxílio de um colega)
15. Meter resguardo
16. Abrir kit de pensos
17. Tirar penso (de cima para baixo)
18. Avaliar características do penso
19. Tirar luvas (1 par, o outro fica)
PENSOS DE FERIDAS INFETADAS
PROCEDIMENTO
20. Meter luvas
21. Tirar compressas
22. Limpar (fora para dentro): perilesional + necrose + locoas + interior da
ferida (se escorrência, voltar a limpar bordos)
23. Preencher locas com compressas
24. Preencher zona da ferida com compressas
25. Cobrir tudo com compressas
26. Meter adesivo
27. Tirar resguardo
28. Tirar luvas (1 par, o outro fica)
29. Meter luvas
30. Cobrir pessoa
31. Posicionar o utente
32. Meter a grades
33. Antes de sair do quarto, meter todo o material no G3, SABA fica no quarto,
utensílios vão para esterilizar
34. Tirar luvas (1 par, o outro fica)
35. Tirar bata rasgando e deixando mangas do avesso
36. Tirar última par de luvas
37. Desinfetar as mãos
38. Tirar sapatos de dentro para fora
39. Desinfetar as mãos
40. Tirar manguitos
41. Tirar avental
PENSOS DE FERIDAS INFETADAS
PROCEDIMENTO
42. Desinfetar as mãos
43. Tirar a máscara
44. Tirar touca
45. Desinfetar as mãos
46. Lavagem assética das mãos
47. Fazer os registos
EXTRAÇÃO DE PONTOS E
PENSOS EM SUTURAS
EXTRAÇÃO DE PONTOS E PENSOS EM SUTURA
INFORMAÇÕES
Tipos de sutura
Sutura simples/descontínua/interrompida
Sutura contínua
Sutura continua superficial
Sutura continua intradérmica
Tipos de pontos
Simples
Donati
Chuleio simples
Intradérmico

Material
Favorecer a cicatrização de uma incisão, por união dos seus bordos, a fim
de diminuir a tensão entre eles
Objetivos
Diminuição do espaço morto entre os tecidos
Distribuição da tensão ao longo da linha da sutura até que a regeneração
dos próprios tecidos se desenvolva
Aproximação da camada epitelial da pele de forma a promover um
encerramento correto
EXTRAÇÃO DE PONTOS E PENSOS EM SUTURA
INFORMAÇÕES
Características dos fios
Esterilidade
Uniformidade do comprimento e do diâmetro
Maleabilidade do mesmo
Força tênsil uniforme
Classificação
Origem
Naturais
Sintéticos
Permanência
Absorvíveis
Não absorvíveis
Estrutura filamentar
Monofilamentares
Multifilamentares
Agulhas
Cilíndrica
Romba
Lanceolada
EXTRAÇÃO DE PONTOS E PENSOS EM SUTURA
MATERIAL
Resguardo
Taça para resíduos
Luvas não estéreis
SABA
Soro fisiológico 0,9%
Kit de pensos
Lâmina de bisturi
Compressas esterilizadas extra
Adesivo
Tesoura
Corto-perfurantes
EXTRAÇÃO DE PONTOS E PENSOS EM SUTURA
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos;
2. Preparação do material;
3. Desinfetar as mãos;
4. Dirigir-se ao utente
5. Fechar as cortinas para manter a privacidade
6. Apresentar-se
7. Explicar o que vai fazer e pedir consentimento
8. Baixar as grades
9. Explicar o que está a fazer durante o procedimento
10. Expor a região a tratar;
11. Posicionar
12. Desinfetar as mãos
13. Colocar o resguardo
14. Desinfetar as mãos
15. Meter luvas
16. Retirar penso (cefalo-caudal)
17. Avaliar as características do penso
18. Observar a ferida;
19. Retirar as luvas
20. Desinfetar as mãos;
21. Abrir o kit de pensos;
22. Limpar cefalo-caudal e depois perilesional
23. Secar
EXTRAÇÃO DE PONTOS E PENSOS EM SUTURA
PROCEDIMENTO
24. Desinfetar pontos com Betadine (Iodopovidona)
25. Meter uma compressa perto da ferida para meter os pontos após os retirar
26. Tirar pontos alternado (verificar se deiscência antes de tirar tudo) – cortar
com a lâmina virada para fora
27. Desperdiçar bisturi no corto-perfurantes
28. Limpar a ferida cefalo-caudal e depois perilesional
29. Secar
30. Aplicar pele plástica
31. Retirar resguardo
a.Sem conteúdo – sem luvas e a enrolar por baixo
b.Com conteúdo – com luvas e também a enrolar
32. Desinfetar as mãos
33. Reposicionar o utente
34. Informar o utente para chamar se precisar de alguma coisa
35. Desinfetar as mãos
36. Elevar as grades
37. Abrir a cortina
38. Desinfetar as mãos
39. Realizar a triagem de resíduos
40. Lavar as mãos
41. Fazer os registos
EXTRAÇÃO DE PONTOS E PENSOS EM SUTURA
PROCEDIMENTO
Triagem de resíduos:
Campo, compressas, luvas, etc: G3 (Risco biológico)
Invólucros: G2 (Resíduos hospitalares não perigosos)
Pinças: esterilizar
Lâminas: corta-perfurantes

Diagnósticos e intervenções de enfermagem:


Risco de infeção presente:
avaliar risco de infeção
manter a prevenção da contaminação
vigiar sinais inflamatórios
monitorizar temperatura corporal

Ferida cirúrgica presente:


avaliar ferida
remover material de sutura
executar tratamento da ferida cirúrgica
reforçar penso da ferida
PENSO E CUIDADOS À
PESSOA COM OSTOMIA DE
ELIMINAÇÃO
PENSO E CUIDADOS À PESSOA COM OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO
INFORMAÇÕES
Estoma: abertura de um órgão ao exterior. Pode ser definitivo ou temporário
Ostomias:
Respiratórias: traqueostomia
Alimentação: gastrostomia; jejunostomia
Eliminação:
Vesical: Urostomia; Nefrostomia: Ureterostomia: Litostomia
Intestinal: leostomias (quadrante direito); Colostomias (ascendente,
transversa, descendente, sigmoide

As dejeções diferem com o tipo de ostomia. Quanto mais próximas do


intestino delgado mais líquidas e com menos odor são as fezes.
Sistemas variam:
Aberto ou fechado;
Duas peças ou peça única
Se deitado colocar saco de lado, se em pé deixar saco para baixo.
A realização de ostomias de eliminação intestinal deve ser considerada, de
acordo com a situação clínica e contexto individual:
Para desvio do trânsito intestinal por obstrução (neoplasias, doenças
inflamatórias ou bridas cirúrgicas);
Para minimizar a deiscência anastomótica (ex: cirurgia de cancro do reto
tratado com radioterapia neoadjuvante;
Em casos de perfuração intestinal;
Na perfuração traumática;
Para proteção em casos de fístulas retovaginais ou lesões perineais
extensas.
PENSO E CUIDADOS À PESSOA COM OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO
MATERIAL
2 taças pequenas (1: água e sabão; 2: água)
Taça grande
Tabuleiro
Resguardo
Luvas não estéreis
Kit de pensos
Adesivo
Compressas estéreis extra
Avental
Esponja
Sabão de Ph neutro
Soro
SABA
Tesoura
Saco ostomia
PENSO E CUIDADOS À PESSOA COM OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos;
2. Preparação do material;
3. Desinfetar as mãos;
4. Dirigir-se ao utente
5. Fechar as cortinas para manter a privacidade
6. Apresentar-se
7. Explicar o que vai fazer e pedir consentimento
8. Baixar as grades
9. Explicar o que está a fazer durante o procedimento
10. Desinfetar as mãos
11. Colocar o avental
12. Colocar as luvas
13. Posicionar o utente
14. Colocar o resguardo
15. Descolar a ostomia (de cima para baixo)
16. Colocar compressa sobre o estoma
17. Meter o saco no G3
18. Cuidados de higiene
Água e sabão para lavar a zona perilesional
Água para lavar estoma
Água para lavar zona perilesional
Secar zona perilesional e estoma com compressa
PENSO E CUIDADOS À PESSOA COM OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO
PROCEDIMENTO
19. Colocar compressa sobre o estoma
20. Colocar saco de baixo para cima, não esquecer de retirar a compressa
21. Tirar luvas
22. Desinfetar a mãos
23. Colocar luvas
24. Tirar penso (cefalo-caudal)
25. Observar características do penso e sutura
26. Tirar luvas
27. Desinfetar as mãos
28. Abrir kit de pensos
29. Limpar ferida (de cima para baixo, de baixo para cima) + perilesional
30. Secar
31. Refazer o penso com duas compressas dobradas
32. Desinfetar as mãos
33. Tirar resguardo
34. Cobrir paciente
35. Responder a dúvidas
36. Desinfetar as mãos
37. Tirar avental
38. Desinfetar as mãos
39. Abrir cortina
40. Triagem de resíduos
41. Realizar registos
PENSO E OTIMIZAÇÃO DE
TRAQUEOSTOMIA RECENTE
PENSO E OTIMIZAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA RECENTE
INFORMAÇÕES
Indicação para traqueostomia
Traumatismos faciais ou cervicais
Obstrução das vias aéreas superiores,
Controlo da ventilação em cirurgia de cabeça e pescoço
Ventilação artificial prolongada
Diagnósticos e Intervenções de enfermagem:
Risco de infeção presente:
avaliar risco de infeção
manter a prevenção da contaminação
vigiar sinais inflamatórios
monitorizar temperatura corporal com potencial para melhorar o
autocuidado da traqueostomia
instruir a trocar a cânula de traqueostomia
treinar o autocuidado ao estoma
treinar no trocar cânula de traqueostomia
treinar no autocuidado: traqueostomia
Estoma na traqueia
Pode ser temporário (situações life saving) ou definitivo (90% dos casos
ex. cancro da laringe)
No pós-operatório imediato existe risco de hemorragia e de obstrução da
traqueostomia
O utente tem de estar sempre monitorizado pelo menos com um
saturometro
PENSO E OTIMIZAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA RECENTE
MATERIAL
Taça de resíduos
Tabuleiro
Óculos + máscara ou máscara com viseira
Avental
Resguardo
Luvas não estéreis
Esponja para lavar a boca
Copo com solução (clorexidina ou elixir) para lavar a boca
Kit de pensos
Apósito de substituição
Fita de nastro
Covete riniforme esterilizada
Soro
Água oxigenada (peróxido de hidrogénio) para limpar a cânula
Escovilhão
SABA
Covete (se pessoa dependente)
PENSO E OTIMIZAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA RECENTE
PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos;
2. Preparação do material;
3. Desinfetar as mãos;
4. Dirigir-se ao utente
5. Fechar as cortinas para manter a privacidade
6. Apresentar-se
7. Explicar o que vai fazer e pedir consentimento
8. Baixar as grades
9. Explicar o que está a fazer durante o procedimento
10. Desinfetar as mãos
11. Posicionar o utente em Semi-Fowler
12. Colocar máscara com viseira
13. Colocar luvas
14. Colocar avental
15. Destapar a pessoa
16. Tirar a almofada
17. Colocar resguardo sobre a cabeça e o pescoço
18. Colocar toalha sobre o peito
19. Cuidados de higiene orais (molhar esponja na solução e lavar)
20. Tirar luvas
21. Desinfetar as mãos
22. Abrir tina riniforme e meter 50% soro e 50% de água oxigenada
23. Abrir kit de pensos
PENSO E OTIMIZAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA RECENTE
PROCEDIMENTO
24. Abrir escovilhão e colocar na tina riniforme
25. Abrir apósito e colocar no campo do kit de pensos
26. Desinfetar as mãos
27. Colocar luvas
28. Retirar cânula interna e meter na tina riniforme
29. Tirar fita de nastro
30. Tirar apósito
31. Limpar taqueostomia de um lado e do outro
32. Limpar em cima e em baixo
33. Secar em volta
34. Colocar apósito (parte absorvente em contacto com a lesão)
35. Tirar luvas
36. Desinfetar as mãos
37. Colocar luvas
38. Fixar fita de nastro
39. Limpar cânula com o escovilhão
40. Pegar na cânula com uma compressa e meter no sítio
41. Retirar luvas
42. Colocar luvas
43. Tirar toalha
44. Tirar resguardo
45. Meter almofada
46. Cobrir a pessoa
PENSO E OTIMIZAÇÃO DE TRAQUEOSTOMIA RECENTE
PROCEDIMENTO
47. Tirar luvas
48. Desinfetar as mãos
49. Colocar as grades e reposicionar a cama
50. Desinfetar as mãos
51. Tirar o avental
52. Desinfetar as mãos
53. Tirar máscara com viseira
54. Informar o utente que pode chamar se precisar
55. Triagem de resíduos
56. Realizar registos

Triagem de resíduos
Invólucros: G2 (Resíduos hospitalares não perigosos)
Luvas e compressas: G3 (Risco biológico)
Covete riniforme e taça para resíduos: esterilizar

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